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INSTITUTO DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO TEOLÓGICA – IFETE
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
RAVENA DE MELO BEZERRA
PARAZINHO/RN
2014
OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
RAVENA DE MELO BEZERRA
Monografia apresentada como requisito parcial
ao Instituto de Formação e Educação Teológica
– IFETE para obtenção do título de Licenciada
em Pedagogia, sob orientação da Profª. Esp.
Liziane Martins Evaristo.
PARAZINHO/RN
2014
Catalogação da Publicação na Fonte /
Bibliotecária Alexsandra Santana dos Santos CRB-15/530
B574p Bezerra, Ravena de Melo.
Os professores como mediador das tecnologias na educação /
Ravena de Melo Bezerra. – Parazinho, RN, 2014.
36f.
Orientador: Profª. Liziane Martins Evaristo.
Monografia (Graduação) – Instituto de Formação e Educação
Teológica - IFETE.
1. Inclusão digital – Monografia. 2. Capacitação – Monografia. 3.
Educação – Monografia. I. Bezerra, Ravena de Melo. II. – Instituto
de Formação e Educação Teológica. III. Título.
CDU 37
Monografia apresentada como requisito necessário para obtenção do grau de
Licenciada em Pedagogia. Qualquer citação atenderá as normas da ética científica.
RAVENA DE MELO BEZERRA
Monografia Aprovada em _______/ _______/_______
__________________________________________________
LIZIANE MARTINS EVARISTO
Orientadora
_________________________________________________
1º Examinador (a)
__________________________________________________
2º Examinador (a)
___________________________________________________
Coordenador (a) do curso
Dedico este trabalho a Deus, a minha família,
amigos e colegas de classe que estiveram
sempre presentes na minha.
AGRADECIMENTOS
Primeiro agradeço a Deus, por nos a vida, por estar presente comigo em todos os
momentos, me fortalecendo, dando sempre o entendimento e cumprindo com suas
promessas em minha.
Em Segundo, agradeço a minha família, que são pessoas maravilhosas e
importantes na minha vida, me dando sempre o apoio necessário e amor.
Quero também agradecer os meus amigos e colegas, por compartilhar seus
conhecimentos e ajudar nos desafios de cada dia para sermos pessoas melhores.
Agradeço aos meus professores que sempre nos ensinaram de forma magnífica e
com todo amor. Agradeço também a minha orientadora, que apesar das dificuldades
na realização do trabalho final, esteve sempre me apoiando e com enorme
paciência.
Por ultimo agradeço ao IESP por sempre nos dar apoio, tirar nossas duvidas e
oferecer os melhores educadores para nos formar, mais do que alunos, mas
cidadãos.
“Meus filhos terão computadores, sim, mas
antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os
nossos filhos serão incapazes de escrever
inclusive a sua própria história.”
Bill Gates
RESUMO
O acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação não contempla toda a
sociedade. Desta forma, é necessário criar estratégias que possa alcançar o acesso
de ferramentas tecnológicas de forma geral, ou seja, abranger e promover
democraticamente a inclusão digital e a capacitação para a utilização dessas
tecnologias de acordo com a necessidade do indivíduo. A Inclusão Digital deve ser
considerada como um processo facilitador no desenvolvimento e auxílio na melhoria
da educação, inclusão social, do desenvolvimento do individuo em si e de
economias locais da comunidade. Um dos maiores desafios identificados até então
que influenciam diretamente e indiretamente na sociedade, é a exclusão digital. A
inclusão digital da sociedade do contribui na formação de competências, de
produtividade e na competição global que tem como princípio básico para o
desenvolvimento de invenções, inovações, geração de renda. Como uma das
estratégias que pode vir a contribuir para a diminuição deste quadro, vê-se a
educação como o principal elemento na formação de uma sociedade fundamentada
na informação, no conhecimento e no aprendizado.
Palavras-Chaves: Tecnologia. Informação. Comunicação. Inclusão Digital.
ABSTRACT
Access to Information and Communication Technologies does not include the whole
society. Thus, it is necessary to create strategies that can achieve access to
technological tools in general, ie, cover and democratically promote digital inclusion
and empowerment for the use of these technologies according to the individual need.
The Digital Inclusion should be considered as a facilitator in the development process
and help to improve the education, social inclusion, development of the individual
itself and of local community economies. One of the biggest challenges identified so
far that influence directly and indirectly in society, is the digital divide. Digital inclusion
of the society contributes on building skills, productivity and global competition that is
as basic to the development of inventions, innovations, income generation principle.
As one of the strategies that may ultimately contribute to the reduction of this table,
we see education as a key element in the formation of a based on information,
knowledge and learning society.
Keywords: Information. Technologies. Communication. Digital Inclusion
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 09
2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO................................. 12
2.1 INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE.................... 12
2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL...................... 13
3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS. 16
3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL....................... 17
3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA............................................... 19
3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL.................................................... 21
4.
PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO
CONHECIMENTO TECNOLOGICO.......................................................
24
4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA.......................................................... 25
4.2
O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE
ENSINO-APRENDIZAGEM.....................................................................
26
4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS......................... 28
5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA.......... 30
5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR........................................... 30
5.2 PLATAFORMA FREIRE.......................................................................... 31
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 32
REFERÊNCIAS....................................................................................... 34
9
1. INTRODUÇÃO
Vivemos em um mundo cercado de tecnologias, sejam elas consideradas
como “velhas” ou “ultrapassadas” e as novas tecnologias, que são a evolução de
tecnologias já existentes. Os avanços tecnológicos nos dão possibilidades de nos
comunicar e obter informações em tempo real e em qualquer lugar. As TICs,
Tecnologias da Informação e Comunicação, estão a todo o momento sendo
atualizadas e junto com elas devemos está preparados e atualizados para esse
mundo globalizado.
Falar sobre tecnologias é um tanto complexo, principalmente quando
envolvemos educação. Antes devemos ter um conhecimento prévio do que são
essas tecnologias e como usa-las. Mais do que uma ferramenta de trabalho e meio
de comunicação, as tecnologias devem ser vistas como ferramentas de ensino-
aprendizagem.
O acesso às tecnologias da informação e comunicação está relacionado
com os direitos básicos de liberdade e de expressão e democracia. Por isso que se
tornam necessários e indispensáveis que as TICs se tornem ferramentas
contributivas para desenvolvimento social, econômico, cultural e intelectual.
Essa realidade social brasileira com tantas diversidades sociais, culturais e
econômicas, são exemplos que dificultam a inclusão digital. Estes são apenas
alguns dos principais desafios da globalização e a exclusão digital que impede o
acesso às tecnologias de informação e comunicação.
É preciso ampliar as iniciativas de inclusão, pois, a partir daí o individuo tem
a possibilidade de se comunicar de formar eficiente, essa vantagem não se restringe
somente ao individuo, mas se estende ao mercado e ao desenvolvimento do país.
Para que o individuo seja incluso digitalmente é necessário que o mesmo tenha uma
capacitação prévia que lhe permita a compreender as ferramentas de acesso.
Segundo (Barreto, 1994) democratizar a informação não deve envolver
apenas programas facilitadores de acesso à informação, também é necessário
utilizar as informações recebidas e transformar em conteúdo para beneficiar e
esclarecer ao individuo e a sociedade.
Uma das tentativas de se repensar a educação tem sido feita por intermédio
da introdução do computador na escola, o que não significa necessariamente, o
10
repensar da educação. O computador usado como meio de passar a informação ao
aluno mantém a abordagem pedagógica utilizada atualmente.
Por outro lado, o computador apresenta recursos importantes para auxiliar o
processo de mudança na escola - a criação de ambientes de aprendizagem que
enfatizam a construção do conhecimento e não a instrução. Isso implica em
entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento
provocando um redimensionamento dos conceitos básicos já conhecidos e
possibilitando a busca e compreensão de novas ideias e valores.
Usar o computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que
significa ensinar e aprender, demanda rever a prática e a formação do professor
para esse novo contexto, bem como mudanças no currículo e na própria estrutura da
escola.
Gomez (2013), afirma: “[...] a escola que temos é dedicada a transmitir
informação e pedir que os alunos acumulem, retenham e reproduzam informação.
Na era digital, a informação é inabarcável e pode ser acessada por qualquer
pessoa.”
As tecnologias da informação têm possibilidades de mudar o ensino nas
escolas e universidades, e a maneira de estudar e aprender dos alunos. A Internet
não vai substituir essas instituições, como muitos receiam, mas acrescentar uma
nova dimensão. O aumento de recursos de acesso à Internet dá ao estudante meio
de recolher informações de interesse para a aula. Em muitos casos, pode ser o
estudante a ensinar a turma, incluindo o professor em determinado tópico.
Tradicionalmente é o professor que detém a autoridade da informação, com
este sistema de ensino, essa autoridade passa a ser desafiada. Por outro lado os
alunos passam a deter maior cultura informática e experiência em computadores.
Com isso os alunos passam a ter a capacidade de procurar informação na Internet
sobre vários assuntos, de serem mais críticos e criativos, tornando-se mais
confortável para esses estudantes, que se sentem mais seguros para fazer
perguntas e dar opiniões. Deve o professor promover e encorajar os alunos na
participação criativa na rede e na extração de informação interessante.
A tecnologia possibilita diversos benefícios que estão à disposição do
homem como também diversos perigos. Paulo Freire (1968, p. 98) critica em
diversas passagens de seus livros, o dualismo entre divinização e
“demonologização” da tecnologia. Não se pode entender a tecnologia como
11
salvadora dos homens, nem como a promotora de todos os males. É preciso sim,
evitar o que ele chama de “desvios míticos” gerados pela tecnologia.
Sempre existiu a resistência às mudanças, o ceticismo e desinteresse pelos
computadores é um dos maiores contras, mas felizmente essa mentalidade está a
mudar com esta geração que já esta mais “informatizada”. Outra resistência
adicional provém dos medos pelo futuro das instituições do ensino superior. Mas
apesar disso tudo leva a crer que a inclusão digital e a Internet, juntos, vão vencer
os opositores, aliás, tem argumentos para isso.
12
2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
Há muito tempo se discute sobre o que são tecnologias passadas e
contemporâneas. Tecnologia nada mais é do que invenções da humanidade para
agilizar processos de forma rápida e simples, isso vai desde uma simples roda feita
de rocha na era dos homossapiens até a construção de um mega computador atual
para uma estação espacial.
Na era feudal, não se utilizava equipamentos modernos, apenas a produção
de materiais por meio de camponeses, que apenas tinham o conhecimento
assistemático de como fazer e utilizavam ferramentas do cotidiano. Depois disso
veio a revolução industrial, que mudou a forma de produção, diminuindo o número
de pessoas e a utilização de maquinas para fazer esses serviços.
Hoje ainda é assim, existem serviços que somente o homem pode fazer, e
que as maquinas ainda não vão chegar a criatividade humana. As maquinas apesar
de terem papel importante na vida do homem atual, não pode substituí-lo, mas pode
ajudar a realizar tarefas do dia a dia que antes levava horas ou até dias, o que são
casos mais complexos.
De quadros negros até um retroprojetor, as tecnologias vieram para ficar e
ajudar a melhorar a educação. Não veio para substituir o professor nem muito
menos a escola, mas para auxiliar e servir como ferramenta com intuito de fazer o
ser humano melhor e mais produtivo, seguindo sempre para a evolução.
2.1INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE
Hoje em dia com tantas inovações tecnológicas, o ser humano já não tem
capacidade de acompanhar os avanços tecnológicos. É previsto que em poucos
anos maquinas substituam as pessoas em varias áreas, principalmente em
processos que envolvem sistema de comunicação e dados, isso já ocorre nos dias
atuais em diversas áreas. O certo é que, em poucos anos muitas pessoas estarão
sem trabalho por não acompanharem o desenvolvimento da veloz área tecnológica.
Não se pode negar que nos dias atuais, não vivemos sem as TICs, estamos
o tempo todo conectados, seja em casa, na rua, no trabalho ou escola. Podemos
perceber que em casa vemos TV, obtemos informações audiovisuais, seja ela qual
for, de noticias a entretenimento que pode ser da nossa cidade, país ou do mundo.
13
Também podemos acessar a Internet através de um computador, pesquisar
sobre os mais diversos assuntos, sendo ainda mais completos e de fontes global,
podendo compartilhar essas informações com outras pessoas através de e-mail,
chat ou redes sociais. Temos os telefones fixos ou celulares, hoje mais utilizados
Smartphones e Tablets, que além de fazer ligações, podem acessar a internet e
utilizar aplicativos de produtividade, tudo isso em um único equipamento móvel e a
um custo baixo.
Assim, a influência que esses equipamentos têm para o ser humano é
impressionante. Pessoas que nasceram da década de 80 até aqui, vêm
acompanhando esse desenvolvimento e nova forma de compartilhar informações.
Antigamente usavam-se somente cartas para poder conversar com alguém muito
distante, depois veio o telefone e agora a Internet, indispensável nos dias atuais.
Não de se estranhar de que essa nova forma de enviar e receber informações
mudou a vidas de varias pessoas e empresas, temos a informação que queremos e
aonde quiser em tempo real e a poucos cliques.
Portanto, a sociedade nos tempos atuais é influencia por essas novas
tecnologias, a maioria das pessoas não quer mais perder seu tempo pesquisando
sobre determinado assunto em livros, basta ir à internet e procurar em buscadores e
Wikipédia. Praticamente ninguém mais usa cartas por correspondência para falar
com um parente distante, basta ligar pelo celular ou enviar mensagens por
aplicativos móveis ou por chats na internet.
Também comprar em lojas fixas toma tempo de pessoas que são ocupadas,
agora varias pessoas compram pela internet, o que se torna mais fácil à escolha do
produto, além de poder pesquisar o melhor os preços e receber suas compras em
casa, com comodidade e rapidez. Isso só alguns exemplos de influencia e mudança
de hábitos que vem ocorrendo na sociedade atual com o uso das novas tecnologias
da informação e comunicação.
2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL
Antigamente usava-se a lousa e o giz, era o material didático usado pelo
educador, limitava-se a repetir conceitos, fórmulas, esquemas e modelos prontos.
Sem espaço para a criação e interatividade por parte dos alunos. Depois veio o PC
14
ligado em redes locais e, finalmente, a internet. Esse foi o inicio das mudanças nas
aulas.
Desde 1970, no Brasil já existia a preocupação com o uso da informática na
Educação. Em 1972, foi criado a Coordenação de Assessoria ao Processamento
Eletrônico (CAPRE), com o objetivo de assessorar o uso dos recursos informáticos
da União e ser um centro de criação de uma politica brasileira para o setor de
informática-microeletrônica.
Em 1989, quando as instituições brasileiras passaram a se conectar, a
educação nunca mais foi a mesma. Conectados a rede mundial, estudantes e
professores puderam chegar além da informação na sala de aula, navegando em um
espaço de pesquisa dos revolucionários sites de busca, que os obtinha informações
de todos os tipos de assuntos, eliminando assim as barreiras.
De 1988 a 1989, o MEC iniciou as atividades de capacitação por meio do
Projeto Formar, oferecido pela Unicamp, e os professores cursistas deveriam criar
os Centros de Informática Educativas CIEds junto à Secretaria de Educação,
mediante o apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação em diferentes
estados do Brasil. O objetivo era preparar recursos humanos para implantar o
projeto de informática na educação.
Em 1989, foi instituído o Proninfe, que tinha o objetivo de promover o
desenvolvimento da informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de
ensino (1º 2º e 3º graus e educação especial). No ano de 1997, foi criado o ProInfo,
com o objetivo de universalizar o uso da telemática no sistema publico de ensino
fundamental e médio, como ferramenta pedagógica.
Nos sistemas estaduais de ensino, a implementação do Programa de forma
descentralizada tem uma Coordenação Estadual do ProInfo para introduzir as
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas escolas publicas. O ProInfo é
desenvolvido pela Secretaria de Educação à Distancia – SEED, por meio do
Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica – DITEC, em parceria com as
Secretarias Estaduais e algumas Municipais de Educação.
Cidadão Conectado - Computador para Todos é um Projeto que faz parte do
Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal, iniciado em 2003, mais
precisamente a partir da instalação do governo Lula. O Computador para Todos tem
como objetivo principal possibilitar a população que não tem acesso ao computador
possa adquirir um equipamento de qualidade, com sistema operacional e aplicativos
15
em software livre, que atendam ao máximo às demandas de usuários, além de
permitir acesso à Internet. O Projeto prevê ainda que todo cidadão, que adquirir o
Computador para Todos, terá o direito a suporte, tanto para atendimento técnico
(problemas com hardware, defeitos de fabricação, etc.), como para o uso dos
aplicativos.
A principal premissa do Projeto Computador para Todos é a de que o
cidadão disponha de uma solução informática, em sua residência, que lhe permita,
de modo simples e rápido, conectar os fios dos periféricos, ligar o equipamento à
tomada e, imediatamente, acessar as facilidades disponibilizadas. Para facilitar a
compra do Computador para Todos, o Governo Federal disponibilizará linhas de
financiamento mais vantajosas.
O Projeto não apenas disponibilizará o acesso às tecnologias, como também
permitirá que toda uma cadeia produtiva venha a ser reforçada no Brasil, inibindo a
ação do mercado "cinza", que não paga impostos nem contrata mão-de-obra com
garantias trabalhistas.
Com esse olhar os alunos e professores deram um grande salto de
qualidade na educação, apesar do índice de informatização das escolas brasileiras
ainda não ser o ideal. As escolas que têm computadores em sala de aula, não estão
conectados em rede local, e muito menos, à internet.
Para estar integrada à realidade atual, a escola tem de estar familiarizada
com os recursos e ferramentas informáticas e saber utiliza-las na ação educativa
normal. É preciso, ainda, saber marcar presença no ciberespaço, incluindo os alunos
para se familiarizarem no acesso, tanto para obter dados sobre informações globais,
mas também às múltiplas oportunidades de interação social com outros alunos.
16
3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS
Considerando o Brasil, uma política de informação deveria privilegiar ações
de mudança da realidade, visando proporcionar ao País condições de competir no
mercado internacional igualitariamente. Dentre os principais obstáculos está a atual
situação de desnível sócio-econômico-educacional brasileiro em que, em oposição a
ilhas de excelência em desenvolvimento científico, contrasta-se uma grande maioria
de marginalizados informacionalmente.
Além das barreiras econômicas, os brasileiros não têm sido educados para
produção e consumo de bens informacionais, menos ainda em meio digital. Numa
sociedade organizada em torno da informação, como a que se configura, a
educação tem seu papel multiplicado já que dela depende a formação de indivíduos
capazes de aprender continuamente.
Hoje não basta a capacidade de armazenar um grande volume de dados, já
que num mundo de contínuas mudanças, estes dados logo estarão obsoletos.
Atualmente é exigida a capacidade de atualizar-se durante toda a vida, o que
envolve também habilidades de seleção e julgamento cada vez mais apuradas.
Para poder atuar nas mais diversas escalas de interação social: no trabalho,
no grupo de amizades ou para o exercício da cidadania, manter-se informado é
premissa básica. Isso pressupõe uma formação não só técnica, mas também em
uma formação que desenvolva uma abordagem humanista para lidar com
informações oriundas de diversas fontes e culturas, além do uso ativo, consciente e
crítico da informação. De onde se conclui que a educação é a própria viabilizadora
da ideia de Sociedade da Informação.
“Democratizar a informação não pode, assim, envolver somente programas
para facilitar e aumentar o acesso à informação. É necessário que o indivíduo tenha
condições de elaborar este insumo recebido, transformando-o em conhecimento
esclarecedor e libertador, em benefício próprio e da sociedade onde vive.”
(BARRETO, 1994).
Para ser competente em informação, uma pessoa deve ser capaz de
reconhecer quando uma informação é necessária e deve ter a habilidade de
localizar, avaliar e usar efetivamente a informação. Resumindo, as pessoas
competentes em informação são aquelas que aprenderam a aprender.
17
Assim, as instituições escolares têm o papel essencial de orientar os
indivíduos nesse processo de aprendizagem, pois na Escola circulam informações
constantemente. A partir desse processo de aprendizagem, o sujeito absorve
informações e é estimulado a criar e recriar conceitos utilizando as novas
informações, suas experiências e conceitos elaborados anteriormente. A interação
constante entre sujeito e informação, acarretará a formulação de novos
conhecimentos, que por sua vez possibilitarão a criação de novas informações.
3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL
Hoje em dia, com os avanços tecnológicos, é fundamental que todos tenham
acesso a computadores e saiba operar alguns sistemas básicos que permitem
digitar textos, fazer cálculos, trabalhar com gráficos e imagens, elaborar planilhas e
etc. Não podemos resistir nem ignorar os avanços tecnológicos, ou com desculpas
de que faltam recursos, privando-se de uma ferramenta hoje básica e extremamente
necessária no meio pessoal e profissional.
O Analfabetismo Digital não é a incapacidade de “ler”, mas de manusear
ferramentas tecnológicas modernas, principalmente dominar conteúdos da
informática como editores de textos, planilhas e Internet. A principal causa do
analfabetismo digital é associada à “exclusão digital”, vista como por todo o mundo
como desigualdade social.
O que acontece é que quem não domina a informática é um “analfabeto”,
desatualizado por causa da rápida evolução tecnológica que possibilita o acesso à
informação. O analfabetismo digital é um grande fator de exclusão, que resulta em
serias implicações sociais, políticas, econômicas e culturais.
“[...] Ela não é um instrumento por si só. A tecnologia na escola, por
exemplo, favorece uma intervenção do poder público na vida de quem não
tem condições para comprar um computador ou conhecimentos para utilizá-
lo. A democratização da escrita não pode ser só um desejo. Deve ser uma
obrigação. Nossa sociedade está vendo nascer um novo modelo de
analfabetismo: o digital. Ele é marcado pela impossibilidade de usar um
computador para ler, escrever ou realizar tarefas simples.” (ROGER
CHATIER, 2013).
Assim as pessoas não podem se privar das tecnologias, e as escolas têm
como papel incluir pessoas nesse mundo digital. As crianças de hoje, diferente de
18
muitos adultos, tem o privilégios de ter computador, telefones celulares de ultima
geração e tablets, já pessoas adultas e os mais velhos têm dificuldades de atenção
no dia a dia e na escola para utilizar esses dispositivos em suas vidas.
As escolas públicas principalmente sentem falta de programas educacionais
que funcionem como passaporte para inclusão de a escola e pessoas no mundo
digital. Não podemos esperar que educadores e gestores tomem essa iniciativa se o
estado e administração da educação não garantem a infraestrutura nem capacitação
para funcionamento do processo de inclusão e inovação tecnológica.
Nesse processo, muitos problemas aparecem, até mesmo os professores
tem dificuldade de trabalhar com computadores, sendo muitas vezes, eles não
admitindo esse déficit de conhecimento. O professor só irá descobrir quando se
deixar conduzir pela curiosidade e pelo prazer de explorar e conhecer novidades,
como fazem os jovens.
Segundo a educadora Emília Ferreiro (2001), com o computador assumindo
função principal na informação, é fundamental que a sociedade se preocupe com as
pessoas que estão à margem desta evolução, para não gerar uma massa de
analfabetos tecnológicos.
O professor ainda está longe de dominar e os conhecimentos da informática
e a utilizar o computador e outros recursos que as novas tecnologias exigem,
chegando a fazer parte do analfabetismo que cresce em todo mundo. Nesse
contexto, a exclusão digital vem crescendo com a informatização de serviços
públicos básicos.
A discursão sobre a Inclusão Digital está aí há anos, apesar de poucas
pessoas saberem realmente o que ela representa para a sociedade. As novas
tecnologias estão restrita à um numero pequeno de pessoas, que há alguns anos já
vem trabalhando com elas.
Um exemplo de que grande parte das pessoas que não tem conhecimento
desses recursos e estão fora dessa nova realidade são as longas e demoradas filas
de bancos, supermercados e grandes lojas de varejo. O principal público que ainda
enfrentam isso são pessoas idosas ou que não estão informadas ou que não tem
acesso aos recursos de fazer pagamentos online e compras pela Internet. Navegar
pela Internet, fazer transações bancaria e compras online, são recursos ainda pouco
utilizados e conhecidos para a maioria das pessoas.
19
Estamos vivendo em uma época que ignorar ou estar fora das possibilidades
de se utilizar a Internet por meio de computadores, Smartphones e Tablets, é está
se excluindo do da era digital e consequentemente, em pouco tempo, sofrerá com a
exclusão digital e até social.
A inclusão digital é está ligada a inclusão social, por haver a democratização
do acesso a informação, disponibilizando tecnologia à população. Também vale
ressaltar que o objetivo principal e mais importante não é disponibilizar a tecnologia
em si, mas fazer integração das pessoas sobre as tecnologias disponíveis e assim,
integrar o individuo excluído digitalmente na sociedade.
Com a integração do individuo no meio digital, o usuário que antes era um
excluído digital, passar a aprender que o computador é um meio de acesso à
educação, ao trabalho, ao contato e a troca com a sua comunidade, fazendo parte
da sociedade e tendo um pensamento mais critico e ao exercício de sua cidadania.
O professor tem esse papel de integrar seus alunos à sociedade e ao meio
digital, o professor não pode mais ser visto como transmissor de informações. A
utilização da Internet deve proporcionar aprendizagens aos alunos e aos professores
para a criação e construção de conhecimentos que ampliem a capacidade critica das
pessoas. A Internet deve chegar às escolas públicas, possibilitando a inclusão digital
de alunos que não possuem acesso ao computador.
De acordo com o autor Manuel Castells (2003) “a Internet é de fato uma
tecnologia da liberdade. Mas pode libertar os poderosos para oprimir os
desinformados, pode levar à exclusão dos desvalorizados pelos conquistadores do
valor” (p. 225).
Portanto, todos os indivíduos devem ter o conhecimento e a liberdade, como
falou Castells, para que não fique restrita a informação somente às pessoas de
poder e utilizar esses recursos para oprimir aos que estão fora da Internet e os
desinformados.
3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA
De geração em geração muita coisa e muitos comportamentos mudam. Isso
sempre existiu, entretanto, atualmente o que está acontecendo é uma aceleração
dessa corrida de gerações, em que a idade é apenas um dos fatores que as
20
separam e que o comportamento, a forma de agir e as novas tecnologias são as
principais diferenças.
Atualmente crianças e adolescentes, chamados de geração “C” (letra que
vem de “Connected Collective”), chamam mais atenção pela facilidade que tem de
utilizar equipamentos eletrônicos, principalmente computadores e telefones
celulares. Esse público são pessoas que nasceram depois dos anos 90 e que vivem
a adolescência depois dos anos 2000.
A letra “C” também significa que estes usuários são considerados mais
Comunicativos, Conectados e Computadorizados, por estarem sempre On-line e
clicando. O contato com a tecnologia desde cedo, faz com que o cérebro das
crianças tenham essa facilidade em manusear esses equipamentos tecnológicos
ajudando no desenvolvimento, coisa que os adultos não tiveram chances quando
mais jovens.
Crianças de até três anos de idade, o cérebro pode ter o dobro da
capacidade de processamento de informações em relação ao cérebro de um adulto.
Isso explica o porquê da dificuldade de pessoas mais velhas terem problemas em se
atualizar com novas tecnologias e aprender a utiliza-las no dia-a-dia.
A ideia de Geração “C” foi criada por Dan Pankraz, diretor de planejamento e
estratégias para o público jovem da DDB Sydney, mas o conceito está mais para um
grupo do que para uma geração de fato. Ou seja, a Geração C não é composta por
um grupo que nasceu em determinada década.
Essas pessoas podem ter entre 9 ou 39 anos. O que elas têm em comum é
a importância das mídias sociais em sua vida. Dan Prankz listou uma série de
características que resultaram em 5 dicas que os profissionais de diversas áreas
devem seguir para criar conteúdo para a geração C: Seja relevante, útil e divertido.
Melhore seu status social dentro das tribos. Peça uma reação e tenha uma interface
social e divertida. Conecte os integrantes da geração uns aos outros, não apenas
com a marca. Permita a geração C a participar, interagir ou produzir conteúdo e
passar adiante.
Na ótica de Cysneiros (2013), o uso das tecnologias tem o potencial de
modificar os modos de pensar, de ensinar e de aprender, e até mesmo de ver o
mundo. Mas a verdadeira mudança que vem ocorrendo deve-se, sobretudo, à
capacidade criativa do professor. Ou seja, não é a tecnologia em si que está
trazendo as inovações para a sala de aula, mas os jovens professores que
21
entendem como natural o fato de que o conhecimento está disperso, pulverizado no
mundo, nas redes sociais, na internet. E assumem sem problemas o papel de guiar
e estimular os alunos a encontrarem por eles mesmos o que desejam.
“A atividade de ensino-apredizagem, por ser um processo no qual ao mesmo
tempo em que o conhecimento é produzido pelo professor e pelo aluno, ele
consumido pelo aluno e pelo professor, pois o professor ensina e aprende, e o aluno
aprende e ensina.” (ROMILDA TEODORA ENS, 2002)
3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL
No mundo atual com o desenvolvimento tecnológico e econômico, surgem
novos paradigmas educacionais que contemplam a inserção de tecnologias da
informação e comunicação em ambientes educacionais. A informática na educação
é um assunto polemico e marcado por contradições entre os educadores e a
sociedade, mas que precisa ser incorporada no processo de ensino e de
aprendizagem.
Ameaçados por novos meios de estudo, como é o caso da Educação à
Distância (EAD) ou e-learning, a escola e educadores devem se atualizar para
oferecer aulas diferenciadas, trazendo novas metodologias e ferramentas de ensino
para a sala de aula. Se a escola não acompanhar as transformações, o futuro das
escolas será impactado por novos meios de comunicação, que são reflexos do
modelo atual da escola.
Paulo Freire faz a seguinte constatação:
“A minha questão não é acabar com escola, é mudá-la completamente, é
radicalmente fazer que nasça dela um novo ser tão atual quanto a
tecnologia. Eu continuo lutando no sentido de pôr a escola à altura do seu
tempo. E pôr a escola à altura do seu tempo não é soterrá-la, mas refazê-
la.” (FREIRE&PAPERT, 1996, p. 02)
Segundo Freire, mesmo defendendo a atuação docente em ambientes
interativos, com a utilização de recursos audiovisuais e a informática no processo de
ensino a de aprendizagem, não aceitava a utilização de forma critica como ele
mesmo explica. “nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um
22
lado, nem a diabolizo, de outro. Por isso, sempre estive em paz para lidar com ela.”
(FREIRE, 1996, p. 97).
No processo de ensino e de aprendizagem, é fundamental a curiosidade do
professor para buscar novas formas de utilizar as tecnologias da informação e
comunicação na sua pratica docente, esse comportamento abre o espaço para
novos praticas pedagógicas, não limitando os profissionais da educação aos tempos
passados, trazendo-os para os tempos atuais. “faço questão de ir me tornando um
homem do meu tempo. Como individuo, recuso o computador porque acredito muito
na minha mão. Mas como educador, acho que o computador, o vídeo, tudo isso é
muito importante.” (FREIRE, 2001, p. 198).
Angel Pérez Gómez (2013), afirma que:
“Os sistemas escolares que temos hoje são do século XIX, adaptados às
exigências de uma sociedade que não tem nenhuma relação com a atual. A
aprendizagem exigida hoje é de ordem superior, e a escola que temos é
dedicada a transmitir informação e pedir que os alunos acumulem,
retenham e reproduzam informação. Na era digital, a informação é
inabarcável e pode ser acessada por qualquer pessoa. É preciso saber
processar, reconstruir, organizar e utilizar a informação de maneira crítica e
criativa para resolver os problemas de um mundo tão complexo. A evolução
é tão rápida e crucial que ou as escolas se adaptam às novas exigências ou
vão desaparecer em pouco tempo. Surgirão outras instituições que
cumpram esse papel. As escolas têm que se flexibilizar.”
Para Gómez os tipos de aprendizagem que são essenciais para a era digital
são exemplos para as diferenças do que ensinamos hoje em dia. Antigamente,
quando o aluno era visto apenas como “deposito” de informações e o professor
como “depositado”. Na era atual, a escola tem que se adaptar e buscar novos meios
para transmitir essas informações, fazendo com que o aluno passe de receptor de
informações a ser um indivíduo que saiba utilizar o que aprendeu de forma critica e
criativa.
Não é de hoje, que vemos muitos dos estudantes e professores cansados da
mesmice e de apenas seguir os livros didáticos não adaptados a sua realidade, ou o
ato de apenas ler e escrever o que se está no quadro branco, limitando-se apenas
ao que foi passado, dentro da sala de aula e sem interação com outras pessoas e
culturas, compartilhando informações dos mais variados assuntos, com objetivo de
aprender, ensinar e questionar sobre a informação obtida.
Dias de Figueiredo diz:
23
“De fato, penso que a variedade explosiva da escolha e a agressividade
crescente da oferta estão a mergulhar os cidadãos em geral, e as crianças e
jovens em particular, na mais profunda das dissonâncias e ansiedades. Por
outro lado, como dizia Naisbitt na sua identificação das megatendências
atuais, a frieza das altas tecnologias impõe uma contrapartida indispensável
de calor humano: quanto mais tecnológica é uma sociedade, mais necessita
de compensações ao nível dos valores humanos e da afetividade. É aqui
que se situa, a meu ver, a função chave de uma escola reinventada: dar
estrutura a um mundo de diversidade, fornecer os contextos e saberes de
base para uma autonomia de sucesso nesse mundo, e fornecer as
respostas humanas compensatórias de que a escola dos nossos dias se
está a distanciar tão perigosamente.”
É preciso entender que apesar dos recursos tecnológicos dentro da sala de
aula e do não contato humano em alguns casos, a escola deve estar ligada aos
alunos a todo o momento, não perdendo esse contato real e social com os
professores e alunos. As tecnológicas devem ser vistas como ferramentas para
aproximar o individuo da escola, para obter e transmitir informações, não para
distanciá-los.
24
4. PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO
TECNOLOGICO
O processo de ensino-aprendizagem tem mudado sua tradicional forma de
ser empregado, onde a inserção do computador nas escolas tornou-se um dos
fatores responsáveis por tal mudança. Aliada a este fator, vem a crescente exigência
dos alunos por técnicas inovadoras que tornem o ensino mais dinâmico e motivador.
Diante destas novas exigências, pode-se inserir a Informática na Educação como
uma das formas mais interessantes para a disseminação mais rápida e eficaz do
conhecimento. VALENTE (2002) afirma: “A Informática na Educação significa a
inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos
curriculares de todos os níveis e modalidades da educação”.
Podem-se considerar duas formas de abordar a Informática na Educação,
segundo Valente. A primeira utiliza o computador simplesmente como meio de
transmissão de conhecimentos, mantendo a mesma prática pedagógica adotada em
uma aula presencial. Neste caso, o computador é utilizado para informatizar os
processos de ensino já existentes. Não há necessidade de grandes investimentos na
formação dos cursos e dos professores. Segundo o autor, os resultados a partir
desta abordagem são bastante pobres, pois tendem a preparação de profissionais
obsoletos.
A segunda abordagem utiliza o computador para a criação de ambientes de
ensino-aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento através da
iniciativa do educando. Neste caso, necessita-se de grandes investimentos na
formação dos professores, pois os mesmos devem propiciar a vivência de
experiências educacionais no lugar de simplesmente transmitir um conhecimento
previamente adquirido.
“O professor deve passar de ser um transmissor de informação para um
facilitador da aprendizagem. Deve ser um tutor permanente para as crianças.
Primeiro, deve ensinar com seu exemplo como buscar, selecionar e avaliar as
informações. É uma missão mais difícil e complexa.” (GÓMEZ, 2013). A melhor
maneira de adaptarem-se as novas tecnologias é usando-as. O professor como
facilitador, deve:
Ensinar seus alunos a realizar pesquisas na internet, de forma objetiva e
especifica em buscadores. Buscar vídeos que podem complementar e ilustrar as
25
aulas. Ensinar aos alunos a utilizar fóruns, chats e blogs educacionais.
Principalmente, o professor deve orientar aos seus alunos a utilizar a internet de
forma segura e no uso adequado das ferramentas tecnológicas em beneficio do
aprendizado.
4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA
Muito ainda se discute qual a melhor metodologia para se ensinar a um
individuo. Temos que analisar primeiro a realidade atual desse aluno, saber sobre
sua historia, a cultura que carrega, conhecimento que tem e qual o seu nível de
desenvolvimento. Após isso que o educador deve buscar metodologias e recursos
necessários e eficazes para o desenvolvimento do aluno.
Algo muito criticado em escolas atuais é a falta de recursos materiais e
tecnológicos na sala de aula, algumas escolas apenas têm um quadro branco e
carteiras em cada sala, sem nenhum aparato tecnológico, fazendo que a escola e os
alunos estejam ainda em um ambiente dos séculos passados.
Apesar de isso ocorrer em varias escolas, na maioria das vezes em
comunidades pobres e distantes dos grandes centros urbanos. Vejamos também
que em algumas escolas em áreas nobres, ou com grande investimento do governo
em tecnologias para o desenvolvimento da educação, não tem profissionais
preparados para utilizar esses recursos nem repassar as informações necessárias
para os alunos.
Nessa perspectiva os educadores por ainda estarem utilizando sistemas de
ensino passadas e não utilizarem ferramentas de ensino contemporâneas acaba
pecando e reduzindo o nível de desenvolvimento do aluno, que ao estar fora da
escola irão precisar ter os conhecimentos que não foram repassados na sala de
aula, e serem prejudicados. Há, no entanto, uma questão que precisa ser levada em
conta nessa relação com as TICs, como diz GARDIN (1999): “Se uma terminada
pratica é ruim sem os computadores [TICs], ela não vai melhorar com eles e pode
ficar ainda pior.”
Porém, para a utilização destes recursos disponíveis com a inclusão das
TICs no cotidiano escolar, encontramos algumas dificuldades que precisam ser
encaradas como desafios, ou então correremos o risco de continuar com um modelo
26
educacional que não educa, mas que aliena e aprisiona. São vários os desafios,
mas são necessários para o desenvolvimento intelectual e social de todos.
Os desafios nos convidam para que possamos ultrapassar barreiras de
encontrar novas soluções de ensino, e todos são incrivelmente possíveis de solução
para a educação. Basta a cada um buscar o conhecimento e ir além, não limitar-se a
metodologias fora da realidade atual. Refletindo sobre essa nova forma de utilizar os
recursos tecnológicos para formação do individuo, trazemos o questionamento de
Blikstein E Zuffo:
“Em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias?
Aquele em que os alunos seguem passo-a-passo ou quando empreendem
projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos
regulamentos de conduta e comportamento?” (2003, p. 26).
Já se foi à era em que os professores ensinavam aos seus alunos de uma
forma de ensino sistemática baseada em conceitos e ideias de séculos passados,
não adaptados a realidade atual nem utilizando de ferramentas de necessidade do
cotidiano do século XXI. As más utilizações das tecnologias com metodologias
defasadas atrapalham, ao invés de auxiliar no ensino. Gómez explica isso:
“Para mim, o mais importante é a pedagogia usada com as novas
tecnologias. Novas tecnologias com velhas pedagogias não servem para
nada. O mais importante é que o professor esteja preparado para usar bem
essas poderosíssimas ferramentas ao serviço de novas pedagogias que
ajudam as crianças a aprender. Estados e municípios deveriam focar seus
esforços na melhor qualificação dos seus docentes.” (GÓMEZ, 2013, p. 03).
Com os esforços do Governo, sociedade e a escola, podemos capacitar e
qualificar profissionais para o uso correto das tecnologias dentro da sala de aula,
auxiliando e aprimorando no conhecimento dos educandos.
4.2 O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
Quando o assunto é mídia educacional, quanto mais o aluno aprender a usar
e mesclar os diversos recursos tecnológicos disponíveis, mais eficientes, interativas,
alegres, desafiadoras serão as aulas. Cabe o professor o papel de organizador
dessas situações de aprendizagem, além, é claro, do uso correto da tecnologia.
27
Usar as TICs para apresentar ou transmitir as informações é como explicita
Demo (1995), a tendência moderna, uma que a “didática transmissiva tende a migrar
para os meios modernos eletrônicos de comunicação.” (p. 28), mas no processo de
construção de conhecimento está o professor que tem ai uma função indispensável.
No entanto, como afirma o autor, o aprimoramento do manejo das TICs pelo
professor possibilita a esse, “aprimorar a transmissão de conhecimento, socializar de
modo mais amplo e atraente o saber disponível e, sobretudo, economizar tempo e
oportunidade para construir.” (DEMO, 1995, p. 55).
Os educadores têm as ferramentas multimídia para auxiliar e complementar
as aulas, não para substituir o professor, que tem a tarefa de ser mediador,
orientando os alunos e tirando suas duvidas em sala de aula. Assim, a internet e a
evolução de tecnologias da comunicação e do conhecimento trouxeram
possibilidades tanto no quesito comunicação quanto aprendizado.
O que faz com que às vezes se tenha essa percepção de que a internet nos
deixa mais “burros” é a falta de interesse em determinados assuntos, mas mesmo
isso pode ser relativo. Muitas pessoas hoje tem acesso a internet em casa ou na
escola, mas não sabem utilizar essa ferramenta de forma correta, fazendo pesquisas
de assuntos triviais e sem conteúdo.
Além disso, a educação pela internet faz com que a pessoa economize
tempo com locomoção e possa realizar o curso em horários nos quais seria
impossível caso fosse presencial. Da mesma forma, também há uma questão de
custo envolvida, fazendo com que estudar online seja mais barato do que em uma
sala de aula.
O mesmo será possível para atender a palestras ou debates com outros
estudantes e profissionais. Talvez a tecnologia nunca substitua o modelo “pessoal”
para a educação, mas sem dúvidas terá um papel muito importante como um
suplemento para enriquecer ainda mais o aprendizado.
A internet é uma ferramenta excelente, não há dúvidas sobre isso. No
entanto, o uso que fazemos dela pode não ser o mais adequado, especialmente
porque estamos acostumando o nosso cérebro a não armazenar informações por
um tempo mais longo, afinal, esses dados vão estar sempre disponíveis e basta
outra pesquisa do Google para acessá-los.
O fato de você poder armazenar conteúdo online e “liberar” espaço na sua
mente é algo bom, especialmente para explorar novos assuntos. O problema é que
28
o cérebro também precisa ser exercitado e estimulado, como os músculos do nosso
corpo, e a qualidade de uma leitura é parte desse processo.
É importante que os alunos sejam estimulados, a pesquisar também em
livros físicos, para terem contato com o não virtual, dando espaço para a leitura e
estimulo de filtragem e seleção do conhecimento adquirido. Muitas vezes
esquecemos que muita da nossa historia e informações estão paradas em nossas
casas e espaço escolar.
4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS
Formar cidadãos informados e críticos é desafiador. Não basta apenas
repassar a informação para quem está recebendo as informações, é preciso
incentivar a quem está aprendendo e questionar o transmissor da informação. As
tecnologias tem a função como ferramenta de transmitir informação ao usuário,
assim como permite espaços para o recebimento também de informações e opiniões
a usuários online.
Quem estiver utilizando desses recursos tecnológicos, deve está ciente que
nem tudo o que se tem de informação sobre determinado assunto é verídico e
correto. É preciso saber pesquisar, analisar, filtrar a informação para se obter a
informação correta, e assim, se ter a própria opinião.
[...] O exercício de pensar o tempo, de pensar a técnica, de pensar o
conhecimento enquanto se conhece, de pensar o quê das coisas, o para
quê, o como, o em favor de quê, de quem, o contra quê, o contra quem são
exigências fundamentais de uma educação democrática à altura dos
desafios do nosso tempo (FREIRE, 2000, p. 102).
Expressar opinião, fazer criticas e compartilhar informações é o espaço que
a Internet oferece ao individuo. Apesar de o computador ser uma ferramenta
mecânica, ela é totalmente controlada por seres humanos, que ali depositam sua
cultura e conhecimento.
Como podemos aproximar pessoas, ao mesmo tempo em que podemos ter
a oportunidade de ensinar e aprender juntos. “É importante humanizar as
tecnologias: [estas] são meios, caminhos para facilitar o professo de aprendizagem.
29
É importante também inserir as tecnologias nos valores, na comunicação afetiva, na
flexibilização do espaço e tempo do ensino-aprendizagem.” (MORAN, 2007, p. 38).
Utilizar o computador a internet como ferramentas para ajudar a pessoas a
serem mais criticas e informadas pode não parecer uma tarefa fácil, mas é pratica se
olharmos pelo lado inovador. Os professores devem mudar sua atitude e usar da
criatividade para utilizar os recursos tecnológicos para desenvolvendo senso critico
do individuo independente da sua área de atuação, como afirma GÓMEZ (2013):
“A melhor maneira de fazer isso é substituir um currículo fragmentado em
disciplinas por um currículo centrado em problemas. O que temos que
trabalhar são os problemas da vida cotidiana. O importante é recorrer a
conceitos da matemática, da física, da geografia, entre outros, para
entender e resolver problemas. Um currículo do tipo requer um ensino
interdisciplinar e muito mais ativo. O aluno tem que ir à escola para fazer
coisas não apenas escutar e repetir. Ele tem que fazer projetos, debater,
pensar, criar. É preciso inverter a metodologia didática. O professor pode
gravar vídeos com informações e conceitos e colocá-los na internet, para
que o aluno lhes assista em casa, quando quiser e quantas vezes quiser.
Depois, na escola, ele vai tirar dúvidas e trabalhar em grupos.” (GÓMEZ,
2013, p 02).
Trabalhar, ensinar e estudar na escola ou em casa há diferenças, mas por
meio das tecnológicas, a distancia se torna nada, podendo chegar aonde quiser com
apenas um clique e compartilhando o que se sabe com todos numa mesma rede.
30
5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA
A educação continuada é de fundamental importância para as mudanças na
pratica pedagógica dos professores. Para educar na era da informação, é
necessário enfrentar paradigmas que envolvem uma educação fundamentada em
teorias de ensino-aprendizagem, que é um modelo “ultrapassado” de ensino, os
professores precisam encontrar caminhos próximos ao momento histórico que
vivemos. O sucesso do uso dos recursos tecnológicos na educação depende de
uma infra-estrutura adequada, com um bom planejamento e investimentos que
privilegiam a formação de educadores e decisão política.
A formação continuada foi uma proposta utilizada pelo Ministério da
Educação para atualizar a pratica educacional, visando capacitar os profissionais
para métodos educacionais contemporâneos e melhorar a qualidade da educação
no país. Muitos professores já tiveram a oportunidade de poder aprender e trabalhar
com as tecnologias, e os incentivos do governo está ai, para ajudar a esses
profissionais a se capacitarem e fazer parte da nova era digital.
5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR
Com a globalização e avanços tecnológicos constantes, vários professores
estão fora do mundo digital. Muitos veem as tecnologias como um bicho de sete
cabeças e não se propõem a aprender como utilizá-las. O educador deve ter essa
visão de pensar nas tecnologias como uma barreira ou um inimigo, que está ali
somente para atrapalhar o seu trabalho.
O professor precisa se atualizar para não ficar para trás. Alunos hoje em dia
estão à frente dos professores quanto ao conhecimento tecnológico, enquanto
muitos educadores estão parados nos seus conhecimentos passados, não sabendo
sequer a ligar a um projetor dentro da sala, ficando perdidos numa simples conversa
com vocabulário sobre internet e computadores.
Umas das justificativas dos professores são a falta de equipamento na
escola, não dando oportunidade para os professores terem o contato com
tecnologias. Isso é um fato atual, que acontece em muitas escolas brasileiras que
não tem investimento nessa área, mas mais do que investimento, o educador
31
precisar ter também o interesse para aprender as novas formas de ensino e
utilização de ferramentas digitais didáticas no seu dia a dia.
5.2 PLATAFORMA FREIRE
O governo tem oferecido vários projetos para aproximar os professores na
utilização de computadores, além de capacitação profissional em diversas áreas por
email da internet. A Plataforma Paulo Freire é um sistema eletrônico criado em
2009 pelo Ministério da Educação, com a finalidade de realizar a gestão e
acompanhamento do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação
Básica.
Em maio de 2012, o sistema passou a ser gerido pela Capes e está sendo
reestruturado para incluir um conjunto de funcionalidades que permitirão informatizar
todo o processo de gestão, acompanhamento e revisão do planejamento da
formação inicial dos professores da educação básica.
Nesse sistema a Capes atualmente publica a relação dos cursos superiores
ofertados pelas Instituições de Educação Superior para os professores da rede
pública de educação básica; os professores interessados em participar dos cursos
fazem sua pré-inscrição; as secretarias municipais e estaduais de educação validam
a pré-inscrição dos professores de sua rede; as universidades extraem a relação de
professores pré-inscritos e, após o processo seletivo, registram os alunos
matriculados.
Com a reestruturação do sistema, além do registro das matrículas, as IES
deverão informar a evasão; as secretarias municipais e estaduais de educação
poderão informar anualmente a demanda por formação de sua rede; os fóruns terão
acesso eletrônico tanto aos dados da demanda quanto das matrículas e evasão, o
que permitirá a revisão anual do Planejamento Estratégico; os dados cadastrais dos
professores serão filtrados diretamente da base de dados do Educando, de modo a
otimizar os processo de validação e matrícula. Com essas e outras funcionalidades
que estão sendo inseridas no sistema, espera-se que ele opere no sentido de
aperfeiçoar a gestão e acompanhamento do Programa.
32
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ter acesso à informação é fundamental para o crescimento intelectual do
individuo, mais do que receber informação, é importante que o aprendiz saiba como
utilizar e filtrar essa informação para beneficio próprio e de toda a sociedade.
Não basta saber, tempos que também compartilhar essa informação. Não
basta receber a informação, tempos que saber utiliza-la para melhoria de vida e
crescimento do individuo em si.
Os resultados obtidos neste presente trabalho foram satisfatórios e de
grande importância. A utilização da informática no dia a dia das pessoas
revolucionou a forma de das pessoas se comunicar, trabalhar e aprender, formando
um círculo de troca de informações, gerando um conhecimento mais aberto e
espontâneo.
Isso não foi observado só em empresas, como nas residências e centros de
informática, a cultura tecnológica pode sim mudar a vida das pessoas,
principalmente se essa for estimulada nas escolas para o crescimento pessoal
quanto para a vida profissional das pessoas.
Os alunos e professores passam a ter capacidade obter informações através
da internet e a utilizar os recursos tecnológicos como ferramentas, obtendo
experiências na área de informática e conhecimento sobre vários assuntos,
formando pessoas criticas e criativas.
As TICs, são um exemplo de ferramentas que vem evoluindo com o tempo
para otimizar processos e obter informações. O ser humano deve saber como utiliza-
las de forma segura e critica, para que não haja influencias que desviem do objetivo
final que é tornar o individuo critico e responsável, conhecedor dos seus direitos e
deveres diante da sociedade.
A curiosidade de aprender a utilizar essas ferramentas e obter informações é
necessária para os dias atuais, com a evolução rápida de sistemas e processos,
devemos estar atentos ao novo, ao desconhecido, sem ter medo de enfrentar novos
desafios e aprender a reaprender, não limitando somente a utilizar e acreditar em
sistemas de ensino e aprendizagem passadas, que não fazem parte do nosso
cenário atual.
As pessoas mudam, os sistemas mudam, os hábitos mudam. Mudar os
hábitos é de grande importância para o desenvolvimento do ser humano, quem ficar
33
na inércia e não se atualizar vai sentir que está fora da realidade atual, não
pertencendo ao mundo que evolui a cada dia e acabará sendo engolido pela nova
geração, que estará bem mais preparada e aberta a receber o novo.
34
REFERÊNCIAS
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POLATO, Amanda. Angel Pérez Gómez: “Novas tecnologias com velhas
pedagogias não servem para nada” Disponível em:
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2013/05/angel-perez-gomez-novas-
tecnologias-com-velhas-pedagogias-nao-servem-para-nada.html. Acessado em:
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saber, o fazer, o saber conviver e o saber ser. Revista Digital. nº 1, p 37-44,
Curitiba, Fev, 2002.
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Artes e Ofícios, 2000.
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2000.

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  • 1. INSTITUTO DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO TEOLÓGICA – IFETE CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO RAVENA DE MELO BEZERRA PARAZINHO/RN 2014
  • 2. OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO RAVENA DE MELO BEZERRA Monografia apresentada como requisito parcial ao Instituto de Formação e Educação Teológica – IFETE para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, sob orientação da Profª. Esp. Liziane Martins Evaristo. PARAZINHO/RN 2014
  • 3. Catalogação da Publicação na Fonte / Bibliotecária Alexsandra Santana dos Santos CRB-15/530 B574p Bezerra, Ravena de Melo. Os professores como mediador das tecnologias na educação / Ravena de Melo Bezerra. – Parazinho, RN, 2014. 36f. Orientador: Profª. Liziane Martins Evaristo. Monografia (Graduação) – Instituto de Formação e Educação Teológica - IFETE. 1. Inclusão digital – Monografia. 2. Capacitação – Monografia. 3. Educação – Monografia. I. Bezerra, Ravena de Melo. II. – Instituto de Formação e Educação Teológica. III. Título. CDU 37
  • 4. Monografia apresentada como requisito necessário para obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia. Qualquer citação atenderá as normas da ética científica. RAVENA DE MELO BEZERRA Monografia Aprovada em _______/ _______/_______ __________________________________________________ LIZIANE MARTINS EVARISTO Orientadora _________________________________________________ 1º Examinador (a) __________________________________________________ 2º Examinador (a) ___________________________________________________ Coordenador (a) do curso
  • 5. Dedico este trabalho a Deus, a minha família, amigos e colegas de classe que estiveram sempre presentes na minha.
  • 6. AGRADECIMENTOS Primeiro agradeço a Deus, por nos a vida, por estar presente comigo em todos os momentos, me fortalecendo, dando sempre o entendimento e cumprindo com suas promessas em minha. Em Segundo, agradeço a minha família, que são pessoas maravilhosas e importantes na minha vida, me dando sempre o apoio necessário e amor. Quero também agradecer os meus amigos e colegas, por compartilhar seus conhecimentos e ajudar nos desafios de cada dia para sermos pessoas melhores. Agradeço aos meus professores que sempre nos ensinaram de forma magnífica e com todo amor. Agradeço também a minha orientadora, que apesar das dificuldades na realização do trabalho final, esteve sempre me apoiando e com enorme paciência. Por ultimo agradeço ao IESP por sempre nos dar apoio, tirar nossas duvidas e oferecer os melhores educadores para nos formar, mais do que alunos, mas cidadãos.
  • 7. “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever inclusive a sua própria história.” Bill Gates
  • 8. RESUMO O acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação não contempla toda a sociedade. Desta forma, é necessário criar estratégias que possa alcançar o acesso de ferramentas tecnológicas de forma geral, ou seja, abranger e promover democraticamente a inclusão digital e a capacitação para a utilização dessas tecnologias de acordo com a necessidade do indivíduo. A Inclusão Digital deve ser considerada como um processo facilitador no desenvolvimento e auxílio na melhoria da educação, inclusão social, do desenvolvimento do individuo em si e de economias locais da comunidade. Um dos maiores desafios identificados até então que influenciam diretamente e indiretamente na sociedade, é a exclusão digital. A inclusão digital da sociedade do contribui na formação de competências, de produtividade e na competição global que tem como princípio básico para o desenvolvimento de invenções, inovações, geração de renda. Como uma das estratégias que pode vir a contribuir para a diminuição deste quadro, vê-se a educação como o principal elemento na formação de uma sociedade fundamentada na informação, no conhecimento e no aprendizado. Palavras-Chaves: Tecnologia. Informação. Comunicação. Inclusão Digital.
  • 9. ABSTRACT Access to Information and Communication Technologies does not include the whole society. Thus, it is necessary to create strategies that can achieve access to technological tools in general, ie, cover and democratically promote digital inclusion and empowerment for the use of these technologies according to the individual need. The Digital Inclusion should be considered as a facilitator in the development process and help to improve the education, social inclusion, development of the individual itself and of local community economies. One of the biggest challenges identified so far that influence directly and indirectly in society, is the digital divide. Digital inclusion of the society contributes on building skills, productivity and global competition that is as basic to the development of inventions, innovations, income generation principle. As one of the strategies that may ultimately contribute to the reduction of this table, we see education as a key element in the formation of a based on information, knowledge and learning society. Keywords: Information. Technologies. Communication. Digital Inclusion
  • 10. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 09 2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO................................. 12 2.1 INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE.................... 12 2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL...................... 13 3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS. 16 3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL....................... 17 3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA............................................... 19 3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL.................................................... 21 4. PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO TECNOLOGICO....................................................... 24 4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA.......................................................... 25 4.2 O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM..................................................................... 26 4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS......................... 28 5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA.......... 30 5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR........................................... 30 5.2 PLATAFORMA FREIRE.......................................................................... 31 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 32 REFERÊNCIAS....................................................................................... 34
  • 11. 9 1. INTRODUÇÃO Vivemos em um mundo cercado de tecnologias, sejam elas consideradas como “velhas” ou “ultrapassadas” e as novas tecnologias, que são a evolução de tecnologias já existentes. Os avanços tecnológicos nos dão possibilidades de nos comunicar e obter informações em tempo real e em qualquer lugar. As TICs, Tecnologias da Informação e Comunicação, estão a todo o momento sendo atualizadas e junto com elas devemos está preparados e atualizados para esse mundo globalizado. Falar sobre tecnologias é um tanto complexo, principalmente quando envolvemos educação. Antes devemos ter um conhecimento prévio do que são essas tecnologias e como usa-las. Mais do que uma ferramenta de trabalho e meio de comunicação, as tecnologias devem ser vistas como ferramentas de ensino- aprendizagem. O acesso às tecnologias da informação e comunicação está relacionado com os direitos básicos de liberdade e de expressão e democracia. Por isso que se tornam necessários e indispensáveis que as TICs se tornem ferramentas contributivas para desenvolvimento social, econômico, cultural e intelectual. Essa realidade social brasileira com tantas diversidades sociais, culturais e econômicas, são exemplos que dificultam a inclusão digital. Estes são apenas alguns dos principais desafios da globalização e a exclusão digital que impede o acesso às tecnologias de informação e comunicação. É preciso ampliar as iniciativas de inclusão, pois, a partir daí o individuo tem a possibilidade de se comunicar de formar eficiente, essa vantagem não se restringe somente ao individuo, mas se estende ao mercado e ao desenvolvimento do país. Para que o individuo seja incluso digitalmente é necessário que o mesmo tenha uma capacitação prévia que lhe permita a compreender as ferramentas de acesso. Segundo (Barreto, 1994) democratizar a informação não deve envolver apenas programas facilitadores de acesso à informação, também é necessário utilizar as informações recebidas e transformar em conteúdo para beneficiar e esclarecer ao individuo e a sociedade. Uma das tentativas de se repensar a educação tem sido feita por intermédio da introdução do computador na escola, o que não significa necessariamente, o
  • 12. 10 repensar da educação. O computador usado como meio de passar a informação ao aluno mantém a abordagem pedagógica utilizada atualmente. Por outro lado, o computador apresenta recursos importantes para auxiliar o processo de mudança na escola - a criação de ambientes de aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento e não a instrução. Isso implica em entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento provocando um redimensionamento dos conceitos básicos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de novas ideias e valores. Usar o computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender, demanda rever a prática e a formação do professor para esse novo contexto, bem como mudanças no currículo e na própria estrutura da escola. Gomez (2013), afirma: “[...] a escola que temos é dedicada a transmitir informação e pedir que os alunos acumulem, retenham e reproduzam informação. Na era digital, a informação é inabarcável e pode ser acessada por qualquer pessoa.” As tecnologias da informação têm possibilidades de mudar o ensino nas escolas e universidades, e a maneira de estudar e aprender dos alunos. A Internet não vai substituir essas instituições, como muitos receiam, mas acrescentar uma nova dimensão. O aumento de recursos de acesso à Internet dá ao estudante meio de recolher informações de interesse para a aula. Em muitos casos, pode ser o estudante a ensinar a turma, incluindo o professor em determinado tópico. Tradicionalmente é o professor que detém a autoridade da informação, com este sistema de ensino, essa autoridade passa a ser desafiada. Por outro lado os alunos passam a deter maior cultura informática e experiência em computadores. Com isso os alunos passam a ter a capacidade de procurar informação na Internet sobre vários assuntos, de serem mais críticos e criativos, tornando-se mais confortável para esses estudantes, que se sentem mais seguros para fazer perguntas e dar opiniões. Deve o professor promover e encorajar os alunos na participação criativa na rede e na extração de informação interessante. A tecnologia possibilita diversos benefícios que estão à disposição do homem como também diversos perigos. Paulo Freire (1968, p. 98) critica em diversas passagens de seus livros, o dualismo entre divinização e “demonologização” da tecnologia. Não se pode entender a tecnologia como
  • 13. 11 salvadora dos homens, nem como a promotora de todos os males. É preciso sim, evitar o que ele chama de “desvios míticos” gerados pela tecnologia. Sempre existiu a resistência às mudanças, o ceticismo e desinteresse pelos computadores é um dos maiores contras, mas felizmente essa mentalidade está a mudar com esta geração que já esta mais “informatizada”. Outra resistência adicional provém dos medos pelo futuro das instituições do ensino superior. Mas apesar disso tudo leva a crer que a inclusão digital e a Internet, juntos, vão vencer os opositores, aliás, tem argumentos para isso.
  • 14. 12 2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO Há muito tempo se discute sobre o que são tecnologias passadas e contemporâneas. Tecnologia nada mais é do que invenções da humanidade para agilizar processos de forma rápida e simples, isso vai desde uma simples roda feita de rocha na era dos homossapiens até a construção de um mega computador atual para uma estação espacial. Na era feudal, não se utilizava equipamentos modernos, apenas a produção de materiais por meio de camponeses, que apenas tinham o conhecimento assistemático de como fazer e utilizavam ferramentas do cotidiano. Depois disso veio a revolução industrial, que mudou a forma de produção, diminuindo o número de pessoas e a utilização de maquinas para fazer esses serviços. Hoje ainda é assim, existem serviços que somente o homem pode fazer, e que as maquinas ainda não vão chegar a criatividade humana. As maquinas apesar de terem papel importante na vida do homem atual, não pode substituí-lo, mas pode ajudar a realizar tarefas do dia a dia que antes levava horas ou até dias, o que são casos mais complexos. De quadros negros até um retroprojetor, as tecnologias vieram para ficar e ajudar a melhorar a educação. Não veio para substituir o professor nem muito menos a escola, mas para auxiliar e servir como ferramenta com intuito de fazer o ser humano melhor e mais produtivo, seguindo sempre para a evolução. 2.1INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE Hoje em dia com tantas inovações tecnológicas, o ser humano já não tem capacidade de acompanhar os avanços tecnológicos. É previsto que em poucos anos maquinas substituam as pessoas em varias áreas, principalmente em processos que envolvem sistema de comunicação e dados, isso já ocorre nos dias atuais em diversas áreas. O certo é que, em poucos anos muitas pessoas estarão sem trabalho por não acompanharem o desenvolvimento da veloz área tecnológica. Não se pode negar que nos dias atuais, não vivemos sem as TICs, estamos o tempo todo conectados, seja em casa, na rua, no trabalho ou escola. Podemos perceber que em casa vemos TV, obtemos informações audiovisuais, seja ela qual for, de noticias a entretenimento que pode ser da nossa cidade, país ou do mundo.
  • 15. 13 Também podemos acessar a Internet através de um computador, pesquisar sobre os mais diversos assuntos, sendo ainda mais completos e de fontes global, podendo compartilhar essas informações com outras pessoas através de e-mail, chat ou redes sociais. Temos os telefones fixos ou celulares, hoje mais utilizados Smartphones e Tablets, que além de fazer ligações, podem acessar a internet e utilizar aplicativos de produtividade, tudo isso em um único equipamento móvel e a um custo baixo. Assim, a influência que esses equipamentos têm para o ser humano é impressionante. Pessoas que nasceram da década de 80 até aqui, vêm acompanhando esse desenvolvimento e nova forma de compartilhar informações. Antigamente usavam-se somente cartas para poder conversar com alguém muito distante, depois veio o telefone e agora a Internet, indispensável nos dias atuais. Não de se estranhar de que essa nova forma de enviar e receber informações mudou a vidas de varias pessoas e empresas, temos a informação que queremos e aonde quiser em tempo real e a poucos cliques. Portanto, a sociedade nos tempos atuais é influencia por essas novas tecnologias, a maioria das pessoas não quer mais perder seu tempo pesquisando sobre determinado assunto em livros, basta ir à internet e procurar em buscadores e Wikipédia. Praticamente ninguém mais usa cartas por correspondência para falar com um parente distante, basta ligar pelo celular ou enviar mensagens por aplicativos móveis ou por chats na internet. Também comprar em lojas fixas toma tempo de pessoas que são ocupadas, agora varias pessoas compram pela internet, o que se torna mais fácil à escolha do produto, além de poder pesquisar o melhor os preços e receber suas compras em casa, com comodidade e rapidez. Isso só alguns exemplos de influencia e mudança de hábitos que vem ocorrendo na sociedade atual com o uso das novas tecnologias da informação e comunicação. 2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL Antigamente usava-se a lousa e o giz, era o material didático usado pelo educador, limitava-se a repetir conceitos, fórmulas, esquemas e modelos prontos. Sem espaço para a criação e interatividade por parte dos alunos. Depois veio o PC
  • 16. 14 ligado em redes locais e, finalmente, a internet. Esse foi o inicio das mudanças nas aulas. Desde 1970, no Brasil já existia a preocupação com o uso da informática na Educação. Em 1972, foi criado a Coordenação de Assessoria ao Processamento Eletrônico (CAPRE), com o objetivo de assessorar o uso dos recursos informáticos da União e ser um centro de criação de uma politica brasileira para o setor de informática-microeletrônica. Em 1989, quando as instituições brasileiras passaram a se conectar, a educação nunca mais foi a mesma. Conectados a rede mundial, estudantes e professores puderam chegar além da informação na sala de aula, navegando em um espaço de pesquisa dos revolucionários sites de busca, que os obtinha informações de todos os tipos de assuntos, eliminando assim as barreiras. De 1988 a 1989, o MEC iniciou as atividades de capacitação por meio do Projeto Formar, oferecido pela Unicamp, e os professores cursistas deveriam criar os Centros de Informática Educativas CIEds junto à Secretaria de Educação, mediante o apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação em diferentes estados do Brasil. O objetivo era preparar recursos humanos para implantar o projeto de informática na educação. Em 1989, foi instituído o Proninfe, que tinha o objetivo de promover o desenvolvimento da informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino (1º 2º e 3º graus e educação especial). No ano de 1997, foi criado o ProInfo, com o objetivo de universalizar o uso da telemática no sistema publico de ensino fundamental e médio, como ferramenta pedagógica. Nos sistemas estaduais de ensino, a implementação do Programa de forma descentralizada tem uma Coordenação Estadual do ProInfo para introduzir as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas escolas publicas. O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação à Distancia – SEED, por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica – DITEC, em parceria com as Secretarias Estaduais e algumas Municipais de Educação. Cidadão Conectado - Computador para Todos é um Projeto que faz parte do Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal, iniciado em 2003, mais precisamente a partir da instalação do governo Lula. O Computador para Todos tem como objetivo principal possibilitar a população que não tem acesso ao computador possa adquirir um equipamento de qualidade, com sistema operacional e aplicativos
  • 17. 15 em software livre, que atendam ao máximo às demandas de usuários, além de permitir acesso à Internet. O Projeto prevê ainda que todo cidadão, que adquirir o Computador para Todos, terá o direito a suporte, tanto para atendimento técnico (problemas com hardware, defeitos de fabricação, etc.), como para o uso dos aplicativos. A principal premissa do Projeto Computador para Todos é a de que o cidadão disponha de uma solução informática, em sua residência, que lhe permita, de modo simples e rápido, conectar os fios dos periféricos, ligar o equipamento à tomada e, imediatamente, acessar as facilidades disponibilizadas. Para facilitar a compra do Computador para Todos, o Governo Federal disponibilizará linhas de financiamento mais vantajosas. O Projeto não apenas disponibilizará o acesso às tecnologias, como também permitirá que toda uma cadeia produtiva venha a ser reforçada no Brasil, inibindo a ação do mercado "cinza", que não paga impostos nem contrata mão-de-obra com garantias trabalhistas. Com esse olhar os alunos e professores deram um grande salto de qualidade na educação, apesar do índice de informatização das escolas brasileiras ainda não ser o ideal. As escolas que têm computadores em sala de aula, não estão conectados em rede local, e muito menos, à internet. Para estar integrada à realidade atual, a escola tem de estar familiarizada com os recursos e ferramentas informáticas e saber utiliza-las na ação educativa normal. É preciso, ainda, saber marcar presença no ciberespaço, incluindo os alunos para se familiarizarem no acesso, tanto para obter dados sobre informações globais, mas também às múltiplas oportunidades de interação social com outros alunos.
  • 18. 16 3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS Considerando o Brasil, uma política de informação deveria privilegiar ações de mudança da realidade, visando proporcionar ao País condições de competir no mercado internacional igualitariamente. Dentre os principais obstáculos está a atual situação de desnível sócio-econômico-educacional brasileiro em que, em oposição a ilhas de excelência em desenvolvimento científico, contrasta-se uma grande maioria de marginalizados informacionalmente. Além das barreiras econômicas, os brasileiros não têm sido educados para produção e consumo de bens informacionais, menos ainda em meio digital. Numa sociedade organizada em torno da informação, como a que se configura, a educação tem seu papel multiplicado já que dela depende a formação de indivíduos capazes de aprender continuamente. Hoje não basta a capacidade de armazenar um grande volume de dados, já que num mundo de contínuas mudanças, estes dados logo estarão obsoletos. Atualmente é exigida a capacidade de atualizar-se durante toda a vida, o que envolve também habilidades de seleção e julgamento cada vez mais apuradas. Para poder atuar nas mais diversas escalas de interação social: no trabalho, no grupo de amizades ou para o exercício da cidadania, manter-se informado é premissa básica. Isso pressupõe uma formação não só técnica, mas também em uma formação que desenvolva uma abordagem humanista para lidar com informações oriundas de diversas fontes e culturas, além do uso ativo, consciente e crítico da informação. De onde se conclui que a educação é a própria viabilizadora da ideia de Sociedade da Informação. “Democratizar a informação não pode, assim, envolver somente programas para facilitar e aumentar o acesso à informação. É necessário que o indivíduo tenha condições de elaborar este insumo recebido, transformando-o em conhecimento esclarecedor e libertador, em benefício próprio e da sociedade onde vive.” (BARRETO, 1994). Para ser competente em informação, uma pessoa deve ser capaz de reconhecer quando uma informação é necessária e deve ter a habilidade de localizar, avaliar e usar efetivamente a informação. Resumindo, as pessoas competentes em informação são aquelas que aprenderam a aprender.
  • 19. 17 Assim, as instituições escolares têm o papel essencial de orientar os indivíduos nesse processo de aprendizagem, pois na Escola circulam informações constantemente. A partir desse processo de aprendizagem, o sujeito absorve informações e é estimulado a criar e recriar conceitos utilizando as novas informações, suas experiências e conceitos elaborados anteriormente. A interação constante entre sujeito e informação, acarretará a formulação de novos conhecimentos, que por sua vez possibilitarão a criação de novas informações. 3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL Hoje em dia, com os avanços tecnológicos, é fundamental que todos tenham acesso a computadores e saiba operar alguns sistemas básicos que permitem digitar textos, fazer cálculos, trabalhar com gráficos e imagens, elaborar planilhas e etc. Não podemos resistir nem ignorar os avanços tecnológicos, ou com desculpas de que faltam recursos, privando-se de uma ferramenta hoje básica e extremamente necessária no meio pessoal e profissional. O Analfabetismo Digital não é a incapacidade de “ler”, mas de manusear ferramentas tecnológicas modernas, principalmente dominar conteúdos da informática como editores de textos, planilhas e Internet. A principal causa do analfabetismo digital é associada à “exclusão digital”, vista como por todo o mundo como desigualdade social. O que acontece é que quem não domina a informática é um “analfabeto”, desatualizado por causa da rápida evolução tecnológica que possibilita o acesso à informação. O analfabetismo digital é um grande fator de exclusão, que resulta em serias implicações sociais, políticas, econômicas e culturais. “[...] Ela não é um instrumento por si só. A tecnologia na escola, por exemplo, favorece uma intervenção do poder público na vida de quem não tem condições para comprar um computador ou conhecimentos para utilizá- lo. A democratização da escrita não pode ser só um desejo. Deve ser uma obrigação. Nossa sociedade está vendo nascer um novo modelo de analfabetismo: o digital. Ele é marcado pela impossibilidade de usar um computador para ler, escrever ou realizar tarefas simples.” (ROGER CHATIER, 2013). Assim as pessoas não podem se privar das tecnologias, e as escolas têm como papel incluir pessoas nesse mundo digital. As crianças de hoje, diferente de
  • 20. 18 muitos adultos, tem o privilégios de ter computador, telefones celulares de ultima geração e tablets, já pessoas adultas e os mais velhos têm dificuldades de atenção no dia a dia e na escola para utilizar esses dispositivos em suas vidas. As escolas públicas principalmente sentem falta de programas educacionais que funcionem como passaporte para inclusão de a escola e pessoas no mundo digital. Não podemos esperar que educadores e gestores tomem essa iniciativa se o estado e administração da educação não garantem a infraestrutura nem capacitação para funcionamento do processo de inclusão e inovação tecnológica. Nesse processo, muitos problemas aparecem, até mesmo os professores tem dificuldade de trabalhar com computadores, sendo muitas vezes, eles não admitindo esse déficit de conhecimento. O professor só irá descobrir quando se deixar conduzir pela curiosidade e pelo prazer de explorar e conhecer novidades, como fazem os jovens. Segundo a educadora Emília Ferreiro (2001), com o computador assumindo função principal na informação, é fundamental que a sociedade se preocupe com as pessoas que estão à margem desta evolução, para não gerar uma massa de analfabetos tecnológicos. O professor ainda está longe de dominar e os conhecimentos da informática e a utilizar o computador e outros recursos que as novas tecnologias exigem, chegando a fazer parte do analfabetismo que cresce em todo mundo. Nesse contexto, a exclusão digital vem crescendo com a informatização de serviços públicos básicos. A discursão sobre a Inclusão Digital está aí há anos, apesar de poucas pessoas saberem realmente o que ela representa para a sociedade. As novas tecnologias estão restrita à um numero pequeno de pessoas, que há alguns anos já vem trabalhando com elas. Um exemplo de que grande parte das pessoas que não tem conhecimento desses recursos e estão fora dessa nova realidade são as longas e demoradas filas de bancos, supermercados e grandes lojas de varejo. O principal público que ainda enfrentam isso são pessoas idosas ou que não estão informadas ou que não tem acesso aos recursos de fazer pagamentos online e compras pela Internet. Navegar pela Internet, fazer transações bancaria e compras online, são recursos ainda pouco utilizados e conhecidos para a maioria das pessoas.
  • 21. 19 Estamos vivendo em uma época que ignorar ou estar fora das possibilidades de se utilizar a Internet por meio de computadores, Smartphones e Tablets, é está se excluindo do da era digital e consequentemente, em pouco tempo, sofrerá com a exclusão digital e até social. A inclusão digital é está ligada a inclusão social, por haver a democratização do acesso a informação, disponibilizando tecnologia à população. Também vale ressaltar que o objetivo principal e mais importante não é disponibilizar a tecnologia em si, mas fazer integração das pessoas sobre as tecnologias disponíveis e assim, integrar o individuo excluído digitalmente na sociedade. Com a integração do individuo no meio digital, o usuário que antes era um excluído digital, passar a aprender que o computador é um meio de acesso à educação, ao trabalho, ao contato e a troca com a sua comunidade, fazendo parte da sociedade e tendo um pensamento mais critico e ao exercício de sua cidadania. O professor tem esse papel de integrar seus alunos à sociedade e ao meio digital, o professor não pode mais ser visto como transmissor de informações. A utilização da Internet deve proporcionar aprendizagens aos alunos e aos professores para a criação e construção de conhecimentos que ampliem a capacidade critica das pessoas. A Internet deve chegar às escolas públicas, possibilitando a inclusão digital de alunos que não possuem acesso ao computador. De acordo com o autor Manuel Castells (2003) “a Internet é de fato uma tecnologia da liberdade. Mas pode libertar os poderosos para oprimir os desinformados, pode levar à exclusão dos desvalorizados pelos conquistadores do valor” (p. 225). Portanto, todos os indivíduos devem ter o conhecimento e a liberdade, como falou Castells, para que não fique restrita a informação somente às pessoas de poder e utilizar esses recursos para oprimir aos que estão fora da Internet e os desinformados. 3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA De geração em geração muita coisa e muitos comportamentos mudam. Isso sempre existiu, entretanto, atualmente o que está acontecendo é uma aceleração dessa corrida de gerações, em que a idade é apenas um dos fatores que as
  • 22. 20 separam e que o comportamento, a forma de agir e as novas tecnologias são as principais diferenças. Atualmente crianças e adolescentes, chamados de geração “C” (letra que vem de “Connected Collective”), chamam mais atenção pela facilidade que tem de utilizar equipamentos eletrônicos, principalmente computadores e telefones celulares. Esse público são pessoas que nasceram depois dos anos 90 e que vivem a adolescência depois dos anos 2000. A letra “C” também significa que estes usuários são considerados mais Comunicativos, Conectados e Computadorizados, por estarem sempre On-line e clicando. O contato com a tecnologia desde cedo, faz com que o cérebro das crianças tenham essa facilidade em manusear esses equipamentos tecnológicos ajudando no desenvolvimento, coisa que os adultos não tiveram chances quando mais jovens. Crianças de até três anos de idade, o cérebro pode ter o dobro da capacidade de processamento de informações em relação ao cérebro de um adulto. Isso explica o porquê da dificuldade de pessoas mais velhas terem problemas em se atualizar com novas tecnologias e aprender a utiliza-las no dia-a-dia. A ideia de Geração “C” foi criada por Dan Pankraz, diretor de planejamento e estratégias para o público jovem da DDB Sydney, mas o conceito está mais para um grupo do que para uma geração de fato. Ou seja, a Geração C não é composta por um grupo que nasceu em determinada década. Essas pessoas podem ter entre 9 ou 39 anos. O que elas têm em comum é a importância das mídias sociais em sua vida. Dan Prankz listou uma série de características que resultaram em 5 dicas que os profissionais de diversas áreas devem seguir para criar conteúdo para a geração C: Seja relevante, útil e divertido. Melhore seu status social dentro das tribos. Peça uma reação e tenha uma interface social e divertida. Conecte os integrantes da geração uns aos outros, não apenas com a marca. Permita a geração C a participar, interagir ou produzir conteúdo e passar adiante. Na ótica de Cysneiros (2013), o uso das tecnologias tem o potencial de modificar os modos de pensar, de ensinar e de aprender, e até mesmo de ver o mundo. Mas a verdadeira mudança que vem ocorrendo deve-se, sobretudo, à capacidade criativa do professor. Ou seja, não é a tecnologia em si que está trazendo as inovações para a sala de aula, mas os jovens professores que
  • 23. 21 entendem como natural o fato de que o conhecimento está disperso, pulverizado no mundo, nas redes sociais, na internet. E assumem sem problemas o papel de guiar e estimular os alunos a encontrarem por eles mesmos o que desejam. “A atividade de ensino-apredizagem, por ser um processo no qual ao mesmo tempo em que o conhecimento é produzido pelo professor e pelo aluno, ele consumido pelo aluno e pelo professor, pois o professor ensina e aprende, e o aluno aprende e ensina.” (ROMILDA TEODORA ENS, 2002) 3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL No mundo atual com o desenvolvimento tecnológico e econômico, surgem novos paradigmas educacionais que contemplam a inserção de tecnologias da informação e comunicação em ambientes educacionais. A informática na educação é um assunto polemico e marcado por contradições entre os educadores e a sociedade, mas que precisa ser incorporada no processo de ensino e de aprendizagem. Ameaçados por novos meios de estudo, como é o caso da Educação à Distância (EAD) ou e-learning, a escola e educadores devem se atualizar para oferecer aulas diferenciadas, trazendo novas metodologias e ferramentas de ensino para a sala de aula. Se a escola não acompanhar as transformações, o futuro das escolas será impactado por novos meios de comunicação, que são reflexos do modelo atual da escola. Paulo Freire faz a seguinte constatação: “A minha questão não é acabar com escola, é mudá-la completamente, é radicalmente fazer que nasça dela um novo ser tão atual quanto a tecnologia. Eu continuo lutando no sentido de pôr a escola à altura do seu tempo. E pôr a escola à altura do seu tempo não é soterrá-la, mas refazê- la.” (FREIRE&PAPERT, 1996, p. 02) Segundo Freire, mesmo defendendo a atuação docente em ambientes interativos, com a utilização de recursos audiovisuais e a informática no processo de ensino a de aprendizagem, não aceitava a utilização de forma critica como ele mesmo explica. “nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um
  • 24. 22 lado, nem a diabolizo, de outro. Por isso, sempre estive em paz para lidar com ela.” (FREIRE, 1996, p. 97). No processo de ensino e de aprendizagem, é fundamental a curiosidade do professor para buscar novas formas de utilizar as tecnologias da informação e comunicação na sua pratica docente, esse comportamento abre o espaço para novos praticas pedagógicas, não limitando os profissionais da educação aos tempos passados, trazendo-os para os tempos atuais. “faço questão de ir me tornando um homem do meu tempo. Como individuo, recuso o computador porque acredito muito na minha mão. Mas como educador, acho que o computador, o vídeo, tudo isso é muito importante.” (FREIRE, 2001, p. 198). Angel Pérez Gómez (2013), afirma que: “Os sistemas escolares que temos hoje são do século XIX, adaptados às exigências de uma sociedade que não tem nenhuma relação com a atual. A aprendizagem exigida hoje é de ordem superior, e a escola que temos é dedicada a transmitir informação e pedir que os alunos acumulem, retenham e reproduzam informação. Na era digital, a informação é inabarcável e pode ser acessada por qualquer pessoa. É preciso saber processar, reconstruir, organizar e utilizar a informação de maneira crítica e criativa para resolver os problemas de um mundo tão complexo. A evolução é tão rápida e crucial que ou as escolas se adaptam às novas exigências ou vão desaparecer em pouco tempo. Surgirão outras instituições que cumpram esse papel. As escolas têm que se flexibilizar.” Para Gómez os tipos de aprendizagem que são essenciais para a era digital são exemplos para as diferenças do que ensinamos hoje em dia. Antigamente, quando o aluno era visto apenas como “deposito” de informações e o professor como “depositado”. Na era atual, a escola tem que se adaptar e buscar novos meios para transmitir essas informações, fazendo com que o aluno passe de receptor de informações a ser um indivíduo que saiba utilizar o que aprendeu de forma critica e criativa. Não é de hoje, que vemos muitos dos estudantes e professores cansados da mesmice e de apenas seguir os livros didáticos não adaptados a sua realidade, ou o ato de apenas ler e escrever o que se está no quadro branco, limitando-se apenas ao que foi passado, dentro da sala de aula e sem interação com outras pessoas e culturas, compartilhando informações dos mais variados assuntos, com objetivo de aprender, ensinar e questionar sobre a informação obtida. Dias de Figueiredo diz:
  • 25. 23 “De fato, penso que a variedade explosiva da escolha e a agressividade crescente da oferta estão a mergulhar os cidadãos em geral, e as crianças e jovens em particular, na mais profunda das dissonâncias e ansiedades. Por outro lado, como dizia Naisbitt na sua identificação das megatendências atuais, a frieza das altas tecnologias impõe uma contrapartida indispensável de calor humano: quanto mais tecnológica é uma sociedade, mais necessita de compensações ao nível dos valores humanos e da afetividade. É aqui que se situa, a meu ver, a função chave de uma escola reinventada: dar estrutura a um mundo de diversidade, fornecer os contextos e saberes de base para uma autonomia de sucesso nesse mundo, e fornecer as respostas humanas compensatórias de que a escola dos nossos dias se está a distanciar tão perigosamente.” É preciso entender que apesar dos recursos tecnológicos dentro da sala de aula e do não contato humano em alguns casos, a escola deve estar ligada aos alunos a todo o momento, não perdendo esse contato real e social com os professores e alunos. As tecnológicas devem ser vistas como ferramentas para aproximar o individuo da escola, para obter e transmitir informações, não para distanciá-los.
  • 26. 24 4. PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO TECNOLOGICO O processo de ensino-aprendizagem tem mudado sua tradicional forma de ser empregado, onde a inserção do computador nas escolas tornou-se um dos fatores responsáveis por tal mudança. Aliada a este fator, vem a crescente exigência dos alunos por técnicas inovadoras que tornem o ensino mais dinâmico e motivador. Diante destas novas exigências, pode-se inserir a Informática na Educação como uma das formas mais interessantes para a disseminação mais rápida e eficaz do conhecimento. VALENTE (2002) afirma: “A Informática na Educação significa a inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades da educação”. Podem-se considerar duas formas de abordar a Informática na Educação, segundo Valente. A primeira utiliza o computador simplesmente como meio de transmissão de conhecimentos, mantendo a mesma prática pedagógica adotada em uma aula presencial. Neste caso, o computador é utilizado para informatizar os processos de ensino já existentes. Não há necessidade de grandes investimentos na formação dos cursos e dos professores. Segundo o autor, os resultados a partir desta abordagem são bastante pobres, pois tendem a preparação de profissionais obsoletos. A segunda abordagem utiliza o computador para a criação de ambientes de ensino-aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento através da iniciativa do educando. Neste caso, necessita-se de grandes investimentos na formação dos professores, pois os mesmos devem propiciar a vivência de experiências educacionais no lugar de simplesmente transmitir um conhecimento previamente adquirido. “O professor deve passar de ser um transmissor de informação para um facilitador da aprendizagem. Deve ser um tutor permanente para as crianças. Primeiro, deve ensinar com seu exemplo como buscar, selecionar e avaliar as informações. É uma missão mais difícil e complexa.” (GÓMEZ, 2013). A melhor maneira de adaptarem-se as novas tecnologias é usando-as. O professor como facilitador, deve: Ensinar seus alunos a realizar pesquisas na internet, de forma objetiva e especifica em buscadores. Buscar vídeos que podem complementar e ilustrar as
  • 27. 25 aulas. Ensinar aos alunos a utilizar fóruns, chats e blogs educacionais. Principalmente, o professor deve orientar aos seus alunos a utilizar a internet de forma segura e no uso adequado das ferramentas tecnológicas em beneficio do aprendizado. 4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA Muito ainda se discute qual a melhor metodologia para se ensinar a um individuo. Temos que analisar primeiro a realidade atual desse aluno, saber sobre sua historia, a cultura que carrega, conhecimento que tem e qual o seu nível de desenvolvimento. Após isso que o educador deve buscar metodologias e recursos necessários e eficazes para o desenvolvimento do aluno. Algo muito criticado em escolas atuais é a falta de recursos materiais e tecnológicos na sala de aula, algumas escolas apenas têm um quadro branco e carteiras em cada sala, sem nenhum aparato tecnológico, fazendo que a escola e os alunos estejam ainda em um ambiente dos séculos passados. Apesar de isso ocorrer em varias escolas, na maioria das vezes em comunidades pobres e distantes dos grandes centros urbanos. Vejamos também que em algumas escolas em áreas nobres, ou com grande investimento do governo em tecnologias para o desenvolvimento da educação, não tem profissionais preparados para utilizar esses recursos nem repassar as informações necessárias para os alunos. Nessa perspectiva os educadores por ainda estarem utilizando sistemas de ensino passadas e não utilizarem ferramentas de ensino contemporâneas acaba pecando e reduzindo o nível de desenvolvimento do aluno, que ao estar fora da escola irão precisar ter os conhecimentos que não foram repassados na sala de aula, e serem prejudicados. Há, no entanto, uma questão que precisa ser levada em conta nessa relação com as TICs, como diz GARDIN (1999): “Se uma terminada pratica é ruim sem os computadores [TICs], ela não vai melhorar com eles e pode ficar ainda pior.” Porém, para a utilização destes recursos disponíveis com a inclusão das TICs no cotidiano escolar, encontramos algumas dificuldades que precisam ser encaradas como desafios, ou então correremos o risco de continuar com um modelo
  • 28. 26 educacional que não educa, mas que aliena e aprisiona. São vários os desafios, mas são necessários para o desenvolvimento intelectual e social de todos. Os desafios nos convidam para que possamos ultrapassar barreiras de encontrar novas soluções de ensino, e todos são incrivelmente possíveis de solução para a educação. Basta a cada um buscar o conhecimento e ir além, não limitar-se a metodologias fora da realidade atual. Refletindo sobre essa nova forma de utilizar os recursos tecnológicos para formação do individuo, trazemos o questionamento de Blikstein E Zuffo: “Em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias? Aquele em que os alunos seguem passo-a-passo ou quando empreendem projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos regulamentos de conduta e comportamento?” (2003, p. 26). Já se foi à era em que os professores ensinavam aos seus alunos de uma forma de ensino sistemática baseada em conceitos e ideias de séculos passados, não adaptados a realidade atual nem utilizando de ferramentas de necessidade do cotidiano do século XXI. As más utilizações das tecnologias com metodologias defasadas atrapalham, ao invés de auxiliar no ensino. Gómez explica isso: “Para mim, o mais importante é a pedagogia usada com as novas tecnologias. Novas tecnologias com velhas pedagogias não servem para nada. O mais importante é que o professor esteja preparado para usar bem essas poderosíssimas ferramentas ao serviço de novas pedagogias que ajudam as crianças a aprender. Estados e municípios deveriam focar seus esforços na melhor qualificação dos seus docentes.” (GÓMEZ, 2013, p. 03). Com os esforços do Governo, sociedade e a escola, podemos capacitar e qualificar profissionais para o uso correto das tecnologias dentro da sala de aula, auxiliando e aprimorando no conhecimento dos educandos. 4.2 O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO- APRENDIZAGEM Quando o assunto é mídia educacional, quanto mais o aluno aprender a usar e mesclar os diversos recursos tecnológicos disponíveis, mais eficientes, interativas, alegres, desafiadoras serão as aulas. Cabe o professor o papel de organizador dessas situações de aprendizagem, além, é claro, do uso correto da tecnologia.
  • 29. 27 Usar as TICs para apresentar ou transmitir as informações é como explicita Demo (1995), a tendência moderna, uma que a “didática transmissiva tende a migrar para os meios modernos eletrônicos de comunicação.” (p. 28), mas no processo de construção de conhecimento está o professor que tem ai uma função indispensável. No entanto, como afirma o autor, o aprimoramento do manejo das TICs pelo professor possibilita a esse, “aprimorar a transmissão de conhecimento, socializar de modo mais amplo e atraente o saber disponível e, sobretudo, economizar tempo e oportunidade para construir.” (DEMO, 1995, p. 55). Os educadores têm as ferramentas multimídia para auxiliar e complementar as aulas, não para substituir o professor, que tem a tarefa de ser mediador, orientando os alunos e tirando suas duvidas em sala de aula. Assim, a internet e a evolução de tecnologias da comunicação e do conhecimento trouxeram possibilidades tanto no quesito comunicação quanto aprendizado. O que faz com que às vezes se tenha essa percepção de que a internet nos deixa mais “burros” é a falta de interesse em determinados assuntos, mas mesmo isso pode ser relativo. Muitas pessoas hoje tem acesso a internet em casa ou na escola, mas não sabem utilizar essa ferramenta de forma correta, fazendo pesquisas de assuntos triviais e sem conteúdo. Além disso, a educação pela internet faz com que a pessoa economize tempo com locomoção e possa realizar o curso em horários nos quais seria impossível caso fosse presencial. Da mesma forma, também há uma questão de custo envolvida, fazendo com que estudar online seja mais barato do que em uma sala de aula. O mesmo será possível para atender a palestras ou debates com outros estudantes e profissionais. Talvez a tecnologia nunca substitua o modelo “pessoal” para a educação, mas sem dúvidas terá um papel muito importante como um suplemento para enriquecer ainda mais o aprendizado. A internet é uma ferramenta excelente, não há dúvidas sobre isso. No entanto, o uso que fazemos dela pode não ser o mais adequado, especialmente porque estamos acostumando o nosso cérebro a não armazenar informações por um tempo mais longo, afinal, esses dados vão estar sempre disponíveis e basta outra pesquisa do Google para acessá-los. O fato de você poder armazenar conteúdo online e “liberar” espaço na sua mente é algo bom, especialmente para explorar novos assuntos. O problema é que
  • 30. 28 o cérebro também precisa ser exercitado e estimulado, como os músculos do nosso corpo, e a qualidade de uma leitura é parte desse processo. É importante que os alunos sejam estimulados, a pesquisar também em livros físicos, para terem contato com o não virtual, dando espaço para a leitura e estimulo de filtragem e seleção do conhecimento adquirido. Muitas vezes esquecemos que muita da nossa historia e informações estão paradas em nossas casas e espaço escolar. 4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS Formar cidadãos informados e críticos é desafiador. Não basta apenas repassar a informação para quem está recebendo as informações, é preciso incentivar a quem está aprendendo e questionar o transmissor da informação. As tecnologias tem a função como ferramenta de transmitir informação ao usuário, assim como permite espaços para o recebimento também de informações e opiniões a usuários online. Quem estiver utilizando desses recursos tecnológicos, deve está ciente que nem tudo o que se tem de informação sobre determinado assunto é verídico e correto. É preciso saber pesquisar, analisar, filtrar a informação para se obter a informação correta, e assim, se ter a própria opinião. [...] O exercício de pensar o tempo, de pensar a técnica, de pensar o conhecimento enquanto se conhece, de pensar o quê das coisas, o para quê, o como, o em favor de quê, de quem, o contra quê, o contra quem são exigências fundamentais de uma educação democrática à altura dos desafios do nosso tempo (FREIRE, 2000, p. 102). Expressar opinião, fazer criticas e compartilhar informações é o espaço que a Internet oferece ao individuo. Apesar de o computador ser uma ferramenta mecânica, ela é totalmente controlada por seres humanos, que ali depositam sua cultura e conhecimento. Como podemos aproximar pessoas, ao mesmo tempo em que podemos ter a oportunidade de ensinar e aprender juntos. “É importante humanizar as tecnologias: [estas] são meios, caminhos para facilitar o professo de aprendizagem.
  • 31. 29 É importante também inserir as tecnologias nos valores, na comunicação afetiva, na flexibilização do espaço e tempo do ensino-aprendizagem.” (MORAN, 2007, p. 38). Utilizar o computador a internet como ferramentas para ajudar a pessoas a serem mais criticas e informadas pode não parecer uma tarefa fácil, mas é pratica se olharmos pelo lado inovador. Os professores devem mudar sua atitude e usar da criatividade para utilizar os recursos tecnológicos para desenvolvendo senso critico do individuo independente da sua área de atuação, como afirma GÓMEZ (2013): “A melhor maneira de fazer isso é substituir um currículo fragmentado em disciplinas por um currículo centrado em problemas. O que temos que trabalhar são os problemas da vida cotidiana. O importante é recorrer a conceitos da matemática, da física, da geografia, entre outros, para entender e resolver problemas. Um currículo do tipo requer um ensino interdisciplinar e muito mais ativo. O aluno tem que ir à escola para fazer coisas não apenas escutar e repetir. Ele tem que fazer projetos, debater, pensar, criar. É preciso inverter a metodologia didática. O professor pode gravar vídeos com informações e conceitos e colocá-los na internet, para que o aluno lhes assista em casa, quando quiser e quantas vezes quiser. Depois, na escola, ele vai tirar dúvidas e trabalhar em grupos.” (GÓMEZ, 2013, p 02). Trabalhar, ensinar e estudar na escola ou em casa há diferenças, mas por meio das tecnológicas, a distancia se torna nada, podendo chegar aonde quiser com apenas um clique e compartilhando o que se sabe com todos numa mesma rede.
  • 32. 30 5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA A educação continuada é de fundamental importância para as mudanças na pratica pedagógica dos professores. Para educar na era da informação, é necessário enfrentar paradigmas que envolvem uma educação fundamentada em teorias de ensino-aprendizagem, que é um modelo “ultrapassado” de ensino, os professores precisam encontrar caminhos próximos ao momento histórico que vivemos. O sucesso do uso dos recursos tecnológicos na educação depende de uma infra-estrutura adequada, com um bom planejamento e investimentos que privilegiam a formação de educadores e decisão política. A formação continuada foi uma proposta utilizada pelo Ministério da Educação para atualizar a pratica educacional, visando capacitar os profissionais para métodos educacionais contemporâneos e melhorar a qualidade da educação no país. Muitos professores já tiveram a oportunidade de poder aprender e trabalhar com as tecnologias, e os incentivos do governo está ai, para ajudar a esses profissionais a se capacitarem e fazer parte da nova era digital. 5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR Com a globalização e avanços tecnológicos constantes, vários professores estão fora do mundo digital. Muitos veem as tecnologias como um bicho de sete cabeças e não se propõem a aprender como utilizá-las. O educador deve ter essa visão de pensar nas tecnologias como uma barreira ou um inimigo, que está ali somente para atrapalhar o seu trabalho. O professor precisa se atualizar para não ficar para trás. Alunos hoje em dia estão à frente dos professores quanto ao conhecimento tecnológico, enquanto muitos educadores estão parados nos seus conhecimentos passados, não sabendo sequer a ligar a um projetor dentro da sala, ficando perdidos numa simples conversa com vocabulário sobre internet e computadores. Umas das justificativas dos professores são a falta de equipamento na escola, não dando oportunidade para os professores terem o contato com tecnologias. Isso é um fato atual, que acontece em muitas escolas brasileiras que não tem investimento nessa área, mas mais do que investimento, o educador
  • 33. 31 precisar ter também o interesse para aprender as novas formas de ensino e utilização de ferramentas digitais didáticas no seu dia a dia. 5.2 PLATAFORMA FREIRE O governo tem oferecido vários projetos para aproximar os professores na utilização de computadores, além de capacitação profissional em diversas áreas por email da internet. A Plataforma Paulo Freire é um sistema eletrônico criado em 2009 pelo Ministério da Educação, com a finalidade de realizar a gestão e acompanhamento do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Em maio de 2012, o sistema passou a ser gerido pela Capes e está sendo reestruturado para incluir um conjunto de funcionalidades que permitirão informatizar todo o processo de gestão, acompanhamento e revisão do planejamento da formação inicial dos professores da educação básica. Nesse sistema a Capes atualmente publica a relação dos cursos superiores ofertados pelas Instituições de Educação Superior para os professores da rede pública de educação básica; os professores interessados em participar dos cursos fazem sua pré-inscrição; as secretarias municipais e estaduais de educação validam a pré-inscrição dos professores de sua rede; as universidades extraem a relação de professores pré-inscritos e, após o processo seletivo, registram os alunos matriculados. Com a reestruturação do sistema, além do registro das matrículas, as IES deverão informar a evasão; as secretarias municipais e estaduais de educação poderão informar anualmente a demanda por formação de sua rede; os fóruns terão acesso eletrônico tanto aos dados da demanda quanto das matrículas e evasão, o que permitirá a revisão anual do Planejamento Estratégico; os dados cadastrais dos professores serão filtrados diretamente da base de dados do Educando, de modo a otimizar os processo de validação e matrícula. Com essas e outras funcionalidades que estão sendo inseridas no sistema, espera-se que ele opere no sentido de aperfeiçoar a gestão e acompanhamento do Programa.
  • 34. 32 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ter acesso à informação é fundamental para o crescimento intelectual do individuo, mais do que receber informação, é importante que o aprendiz saiba como utilizar e filtrar essa informação para beneficio próprio e de toda a sociedade. Não basta saber, tempos que também compartilhar essa informação. Não basta receber a informação, tempos que saber utiliza-la para melhoria de vida e crescimento do individuo em si. Os resultados obtidos neste presente trabalho foram satisfatórios e de grande importância. A utilização da informática no dia a dia das pessoas revolucionou a forma de das pessoas se comunicar, trabalhar e aprender, formando um círculo de troca de informações, gerando um conhecimento mais aberto e espontâneo. Isso não foi observado só em empresas, como nas residências e centros de informática, a cultura tecnológica pode sim mudar a vida das pessoas, principalmente se essa for estimulada nas escolas para o crescimento pessoal quanto para a vida profissional das pessoas. Os alunos e professores passam a ter capacidade obter informações através da internet e a utilizar os recursos tecnológicos como ferramentas, obtendo experiências na área de informática e conhecimento sobre vários assuntos, formando pessoas criticas e criativas. As TICs, são um exemplo de ferramentas que vem evoluindo com o tempo para otimizar processos e obter informações. O ser humano deve saber como utiliza- las de forma segura e critica, para que não haja influencias que desviem do objetivo final que é tornar o individuo critico e responsável, conhecedor dos seus direitos e deveres diante da sociedade. A curiosidade de aprender a utilizar essas ferramentas e obter informações é necessária para os dias atuais, com a evolução rápida de sistemas e processos, devemos estar atentos ao novo, ao desconhecido, sem ter medo de enfrentar novos desafios e aprender a reaprender, não limitando somente a utilizar e acreditar em sistemas de ensino e aprendizagem passadas, que não fazem parte do nosso cenário atual. As pessoas mudam, os sistemas mudam, os hábitos mudam. Mudar os hábitos é de grande importância para o desenvolvimento do ser humano, quem ficar
  • 35. 33 na inércia e não se atualizar vai sentir que está fora da realidade atual, não pertencendo ao mundo que evolui a cada dia e acabará sendo engolido pela nova geração, que estará bem mais preparada e aberta a receber o novo.
  • 36. 34 REFERÊNCIAS FREITE & PARPET. O futuro da escola. São Paulo: TV PUC, 1996. POLATO, Amanda. Angel Pérez Gómez: “Novas tecnologias com velhas pedagogias não servem para nada” Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2013/05/angel-perez-gomez-novas- tecnologias-com-velhas-pedagogias-nao-servem-para-nada.html. Acessado em: 20/01/2014. FERREIRO, Emília. O mundo digital e o anúncio do fim do espaço Institucional escolar. Pátio Revista Pedagógica. Ano IV, nº16, Fev/Abr, Artmed, 2001. TEODORA ENS, Romilda. Relação Professor, Aluno, Tecnologia: um espaço para o saber, o fazer, o saber conviver e o saber ser. Revista Digital. nº 1, p 37-44, Curitiba, Fev, 2002. LÉVY, Pierre. Ciberespaço: um hipertexto com Pierre Lévy. Porto Alegre: Editora Artes e Ofícios, 2000. MORAN, José Manoel. A educação que desejamos: Novos desafios de como chegar lá. São Paulo: Papirus, 2007. PIROZZI, Giani Peres. Tecnologia ou Metodologia? O grande desafio para o século XXI. Revista Pitágoras. nº 4, Nova Andradina/MS, dez/mar, 2013. BLIKSTEIN, Paulo e ZUFFO, Marcelo Knörich. As sereias do ensino eletrônico. In: SILVA, Marco (org.). Educação Online. São Paulo: Loyola, 2003. FORTES, Vanio. Tecnologia X Metodologia. Disponível em: http://www.vaniofortes.com.br/blog/tag/tecnologia-x-metodologia/. Acessado em: 27/03/2014. GARDIN, L. A. Reflexões em torno do uso de computadores em educação. In: GARDIN, D. ; GARDIN, L. A. Temas para um projeto politico-pedagógico. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 159 – 166. TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: Novos paradigmas na educação. São Paulo: Integrare Editora, 2006. CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. DEMO, P. Educação e qualidade. 2ª. ed. Campinas, Papirus, 1995. FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Tradução de Claudia Schilling. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.
  • 37. 35 FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 1993. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra (Coleção Leitura), 1996. LOFY, Willian. Inclusão Digital X Analfabetismo. Disponível e em: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2025/Inclusao-Digital-X- Analfabetismo> Acessado em: 30/03/2014 PELLEGRINI, Denise. Entrevista com Emilia Ferreiro. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/ato-ler-evolui- 423536.shtml> Acessado em 30/03/2014. FERNANDES, Elisangêla. Roger Chartier fala sobre analfabetismo digital. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/roger-chartier-fala- analfabetismo-digital-leitura-livros-747601.shtml?page=0 Acessado em: 30/04/2014. POLATO, Amanda. Entrevista com Léa Fagundes sobre a inclusão digital. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/planejamento-e- financiamento/podemos-vencer-exclusao-digital-425469.shtml. Acessado em: 30/04/2014. . BARRETO, A. A. A questão da informação: São Paulo em Perspectiva. São Paulo, [s.n], 1994. Disponível em: http://aldoibct.bighost.com.br/quest/quest2.pdf Acesso em: 06/05/2014. VALENTE, J. A. O Uso Inteligente do Computador na Educação. Pátio - Revista pedagógica, Editora Artes Médicas Sul, Ano 1, Nº 1. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP 2000.