2. A infecção hospitalar é aquela que não
estava presente e nem em incubação
no momento em que o paciente interna
no hospital.
Adquirida após a admissão do paciente
e que se manifeste durante a
internação ou após a alta, quando
puder ser relacionada com a internação
ou a procedimentos invasivos.
3. Toda infecção adquirida
após 72 horas de
internação, quando se
desconhece o período de
incubação do micro-
organismo.
4. Aquelas manifestadas antes
de 72 horas de internação ,
desde que esteja relacionada
com procedimentos
diagnósticos ou terapêuticos,
realizados durante este
período.
5. Tipos de Infecção Hospitalar
PrevençãodeInfecção
•Infecção urinaria
• Infecções cirúrgicas
• Infecções respiratórias
• Sepse (infecções presentes no
sangue)
6. Quem está sob maior risco de adquirir
infecções?
Pessoas nos extremos das faixas etárias, isto é,
recém-nascidos e idosos
Os recém nascidos por sua imunidade ainda não
completamente desenvolvida e os idosos em função de
que os diversos sistemas do organismo aos poucos vão
reduzindo sua perfeita capacidade funcional.
PrevençãodeInfecção
7. Pessoas sob estresse
Pessoas com necessidade de drogas
imunossupressoras, como quimioterápicos e
corticosteróidesPessoas com alterações em suas barreiras
naturais
Pessoas desnutridas
Pessoas com problemas neurológicos que
afetam suas respostas reflexas
Pessoas obesas (maior risco de infecção
cirúrgica)
Fumantes (maior risco p/ infecções cirúrgicas e
respiratórias)
Pessoas com determinados tipos de doenças.
Ex.: diabetes, leucemias, etc .
PrevençãodeInfecção
8. Como as pessoas podem evitar o risco de
adquirir infecções?
PrevençãodeInfecção
Por meio de cuidados básicos de higiene
Mantendo uma alimentação saudável e
equilibrada
Com sono e repouso adequados
Evitando o estresse e procurando cultivar
condições emocionais equilibradas
Realizando atividades físicas regulares
Fazendo exames preventivos
Não fumando
9. Ao longo da história, observamos o
desenvolvimento dos povos e das comunidades,
que objetivavam a melhoria da qualidade de vida
de sua população, pelo conhecimento
documentado, a presença dos hospitais, os
aspectos sanitários e o aparecimento de práticas
exercidas pelos profissionais.
À medida que as doenças e calamidades
afetaram a humanidade, às vezes oriundas da
própria degradação humana, vimos o quanto
profissionais e leigos buscavam práticas ou
técnicas que minimizassem os sofrimentos de
seus doentes e a cura de seus males.
10. Mesmo com o avanço científico e tecnológico,
o processo de mudança sempre estará frente
a novos desafios. O hospital, em toda a sua
história, buscou adaptar-se às mudanças,
principalmente nas questões que envolvem a
diversidade de funções, a complexidade e,
principalmente, o desenvolvimento
profissional de seus colaboradores.
11. Na análise dos primórdios da história da
humanidade, dificilmente encontramos, na
Antigüidade, a denominação de um local
específico, onde pessoas doentes fossem
aceitas para permanência e tratamento por
elementos com algum conhecimento, seja de
doenças, seja da "vontade divina".
Num sentido geral, pobres, órfãos, doentes e
peregrinos, misturavam-se no que se refere à
necessidade de cuidados.
12. As transformações
Após o declínio do sistema hospitalar cristão,
mudanças progressivas foram ocorrendo,
fazendo com que o hospital geral, estabelecido
sob a direção das municipalidades, se
desenvolvesse ao longo da Idade Moderna, com
uma organização diferenciada daquela que a
caridade cristã lhe imprimiu durante o período
anterior. Entretanto, não foi a simples
secularização dos estabelecimentos que influiu
em suas modificações. Ao contrário. Em seu
início, os hospitais conservaram vários aspectos
da forma precedente.
13. Três fatores convergiram para que surgisse
um dos principais traços descritivos dos
hospitais, tal como hoje os conhecemos, ou
seja, a introdução, em seu âmbito, da
medicina profissional leiga:
1º - A reforma legislativa, promovida por
Kaiser Sigismund, em 1439, incorporando a
atenção médica aos deveres de assistência
social e estipulando "bases mais consistentes
para a oferta de serviços médicos nas cidades
alemãs, determinando a contratação de
médicos municipais para atender aos pobres
gratuitamente".
14. 2º - No século XVI, a percepção de que a
atenção médica possibilitaria a diminuição do
"tempo édio de permanência dos doentes no
hospital", o que poderia implicar "na redução
de custos para o erário" (Antunes, 1989:152).
3º - Uma nova postura, estabelecida no início
do século XVII, na cidade holandesa de
Leyden, segundo a qual os hospitais deveriam
servir como centros para o estudo e ensino
da medicina e não apenas locais de abrigo e
segregação do doente, para impedi-lo de
disseminar seus males pela sociedade.
15. É na Idade Moderna que surge a descentralização,
a segregação de atividades complementares e a
coexistência de pessoal administrativo, médico e
auxiliar dentro das instituições hospitalares. Na
Idade Contemporânea cresce a descentralização,
aumenta a complexidade das estruturas
organizacionais e a diversidade de funções.
Muito embora os desenvolvimentos técnico e
científico estivessem na sua plenitude, observa-se
uma certa austeridade daqueles que
"administravam" os hospitais. Nos séculos
seguintes, a pesquisa científica, direcionada para a
área farmacêutica e o controle das infecções, figura
como meta de ser atingida para a obtenção de
qualidade no atendimento hospitalar.
16. A nossa reflexão final é para o conceito atual,
definido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), no Informe Técnico número 122, de 1957:
"O hospital é parte integrante de um sistema
coordenado de saúde, cuja função é dispensar à
comunidade completa assistência à saúde, tanto
curativa quanto preventiva, incluindo serviços
extensivos à família, em seu domicílio e ainda
um centro de formação para os que trabalham no
campo da saúde e para as pesquisas biossociais".
A sua função, complementando, é a de prevenir a
doença, restaurar a saúde, exercer funções
educativas e promover a pesquisa.
17. Palavra de origem do latim “hopes” –
hospede, que significa “ lugar em que há
pessoas hospedadas” . Foram diversas
definições de hospital dadas ao longo dos
tempos na tentativa de conceituar mais
amplamente possível este ambiente
fundamental no restabelecimento da saúde
perdida.
18. Os hospitais em conjunto com os demais EAS
(Estabelecimento de Assistência a Saúde)
formam um sistema de atenção à saúde que,
no caso brasileiro, denomina-se Sistema
Único de Saúde (SUS). Neste sistema, os
hospitais destacam-se por sua complexidade
funcional, elevada resolubilidade e custos de
implantação e operação.
19. O termo resolubilidade, em geral
desconhecido dos arquitetos não
familiarizados com a área da saúde, refere-se
à capacidade de um EAS receber, diagnosticar
e dar seguimento ao tratamento dos
pacientes que o procuram. Quanto maior a
resolubilidade de uma unidade, mais
complexos deverão ser o seu apoio ao
diagnóstico e os setores de tratamento e
internação.
20. Existem inúmeros relatos na
literatura sobre a transmissão de
literatura doenças infecciosas a
profissionais da saúde.
A partir da pandemia de HIV/AIDS
preocupação com a prevenção
tornou-se mais evidente.
21. O atendimento nos Hospitais (século
XIX)
Relatório Tenon (1777) no
Hotel-Dieu (Paris):
– Mortos juntos com vivos Mortos
– Sujeira, umidade e pestilência
– Compartilhamento de camas
22. – Sarna presente em pacientes,
profissionais de saúde e seus
familiares
– Morriam um a cada quatro
pacientes
– Morriam anualmente de 6 a 12%
dos funcionários
– Propostas corretivas que
foram postergadas
23. Histórico das Infecções Hospitalares
Médico obstetra é considerado
o pai do controle de
infecções hospitalares
24. Papel das mãos da equipe na
transmissão cruzada das infecções
hospitalares
– Maior incidência na unidade atendida por
médicos
– Afetava indistintamente mães e filhos
– Aumento após início da anatomia
patológica
– Identidade das lesões sugeriam causa
única: parturientes, seus filhos e médico
acidentado
Histórico das Infecções Hospitalares
25. Lavagem obrigatória das mãos ao
entrar na unidade reduziu sua
incidência
• surtos posteriores identificaram o papel do
paciente contaminado fazendo-o introduzir a
lavagem das mãos entre exames e medidas de
isolamento
• novo surto relacionado a roupas de cama com
secreções purulentas (Semmelweis levou roupa
suja ao diretor, solicitando sua higienização)
Histórico das Infecções Hospitalares
26. Situação:
• Doentes deitados no chão sob acúmulos
de palha com uniforme sujo
• Carnes cozidas na própria enfermaria
atiradas em sua direção
• Mortos e detritos acumulados
• Sem sistema de água corrente e esgoto a
céu aberto no porão (sanitário)
• Prostituição das viúvas dos soldados
Histórico das Infecções Hospitalares
27. Organiza Equipe de Enfermagem
• Utiliza de dados estatísticos para
administração e avaliação de
resultados
• Colchões de palha
• Escovões para limpeza
Histórico das Infecções Hospitalares
28. • Criou a Cozinha (cozinheiros, pratos,
bandejas e talheres) e fez cardápio
dietético
• Construiu caldeira e lavanderia (com
esposas dos soldados)
• Rede de esgoto e água quente nas
enfermarias
• Criou atividades de recreação
Mortalidade institucional: redução
de 20 vezes
Continuação:
30. 1983 – Portaria 196 (constitui
CCIH)
1987 – Portaria 140 (Cria CNIH)
1988 – Portaria 232 (Oficializa a
CNIH como Programa Nacional)
Regulamentação da Prevenção
de Infecção Hopsitalar no Brasil