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A SOCIEDADE DO
  SÉCULO XIX
MOBILIDADE SOCIAL NA
SOCIEDADE DE CLASSES DO
 SÉCULO XIX: MITO OU
      REALIDADE?
1. Que classes sociais é possível identificar a partir deste
   excerto do filme?

2. O que determinava a posição social de cada classe?

3. O que motivava o antagonismo de classes?
4. Que instrumentos foram usados por uma das classes
   sociais para melhorar as suas condições de vida?
Média burguesia


Pequena burguesia


Proletariado
COMO ERA A VIDA
  NAS CIDADES?
CONTRASTES NA CIDADE DO SÉC. XIX
Os novos bairro de negócios [...] são os
primeiros a beneficiar das melhorias da
vida urbana, como a pavimentação das
ruas, a construção de passeios e de
esgotos o traçado das avenidas, a
iluminação [...]
Pierre Léon (dir), História Económica e Social do Mundo,
                           vol.IV, Sá da Costa, lisboa, 1983
JEAN BÉRAUD - LE BOULEVARD ST. DENIS, PARIS
1875-1890
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Os vossos prefeitos de polícia deixam
uma centena de fábricas cercar a
capital: Senhor, é a corda que um dia
nos estrangulará [...]. Os bárbaros que
ameaçam a sociedade estão nos
subúrbios     das      nossas   cidades
manufatureiras.
 Carta de Chabrol, prefeito do Sena, ao rei Carlos X, 1830
UMA RUA DE UM BAIRRO POBRE DE LONDRES (DUDLEY STREET), GRAVURA DE GUSTAVE DORÉ - 1872

“Desde que se lhe afinava a natureza, mais o magoavam as promiscuidades do
cortiço.- Então eles eram alguns animais para viverem assim encurralados, uns com
os outros, [...], tão acamados que não se podia mudar de camisa sem mostrar o
traseiro aos vizinhos? E o que aquilo era de bom para a saúde! Como as raparigas e
os rapazes ali apodrecem a esmo![...] é bem verdade que não é bom para ninguém
viver assim, junto. Dá sempre em resultado homens borrachos e raparigas prenhes.”
                                                                                Germinal, Émile Zola
A VIDA DA BURGUESIA E DO
                PROLETARIADO
“Entre a burguesia e o proletariado não há nada em comum. Este é
encarado pela burguesia como uma máquina que ela aluga, da qual se
serve e apenas paga pelo tempo em que é necessário. Da mesma
forma, aos olhos da maior parte do proletariado, os burgueses são
inimigos e não aceitam a sua superioridade. “
                                                  Michel Chevalier, 1865
QUE VALORES DEFENDIA
A SOCIEDADE BURGUESA?
LE BOULEVARD MONTMARTRE, JEAN BÉRAUD - 1886
RETRATO DA FAMÍLIA BELLELLI, EDGAR DEGAS - 1858-1867
QUAIS ERAM AS CONDIÇÕES
DE VIDA DO PROLETARIADO

    NO SÉCULO XIX?
A FUNDIÇÃO, ADOLPH MENZEL - 1872 ATÉ 1875
CANDIDATOS À INTERNAÇÃO NUM ASILO, LUKE FIELDS, 1874
CRONOLOGIA
1825 – Direito à greve (Inglaterra)         [...]
1833- Proibição do trabalho a menores de
                                            Abomináveis na grandeza
9 anos e do trabalho noturno a crianças e
jovens (Inglaterra)                         Os reis da mina e da fornalha
1841 – Proibição do trabalho a menores de   Edificaram a riqueza
8 anos (França)                             Sobre o suor de quem trabalha!
1947 – Dia de trabalho de 10 horas para
mulheres e crianças (Inglaterra)            Todo o produto de quem sua
1850 – Dia de trabalho de 10 horas para     A corja rica o recolheu
todos (Inglaterra)                          Querendo que ela o restitua
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1884 – Criação do seguro de acidentes de                Letra original de Eugène Pottier 1871
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Sociedade do séc.XIX

  • 1. A SOCIEDADE DO SÉCULO XIX
  • 2. MOBILIDADE SOCIAL NA SOCIEDADE DE CLASSES DO SÉCULO XIX: MITO OU REALIDADE?
  • 3. 1. Que classes sociais é possível identificar a partir deste excerto do filme? 2. O que determinava a posição social de cada classe? 3. O que motivava o antagonismo de classes? 4. Que instrumentos foram usados por uma das classes sociais para melhorar as suas condições de vida?
  • 4.
  • 6. COMO ERA A VIDA NAS CIDADES?
  • 7. CONTRASTES NA CIDADE DO SÉC. XIX Os novos bairro de negócios [...] são os primeiros a beneficiar das melhorias da vida urbana, como a pavimentação das ruas, a construção de passeios e de esgotos o traçado das avenidas, a iluminação [...] Pierre Léon (dir), História Económica e Social do Mundo, vol.IV, Sá da Costa, lisboa, 1983
  • 8. JEAN BÉRAUD - LE BOULEVARD ST. DENIS, PARIS 1875-1890
  • 9. CONTRASTES NA CIDADE DO SÉC. XIX Os novos bairro de negócios [...] são os primeiros a beneficiar das melhorias da vida urbana, como a pavimentação das ruas, a construção de passeios e de esgotos o traçado das avenidas, a iluminação [...] Pierre Léon (dir), História Económica e Social do Mundo, vol.IV, Sá da Costa, lisboa, 1983 Os vossos prefeitos de polícia deixam uma centena de fábricas cercar a capital: Senhor, é a corda que um dia nos estrangulará [...]. Os bárbaros que ameaçam a sociedade estão nos subúrbios das nossas cidades manufatureiras. Carta de Chabrol, prefeito do Sena, ao rei Carlos X, 1830
  • 10. UMA RUA DE UM BAIRRO POBRE DE LONDRES (DUDLEY STREET), GRAVURA DE GUSTAVE DORÉ - 1872 “Desde que se lhe afinava a natureza, mais o magoavam as promiscuidades do cortiço.- Então eles eram alguns animais para viverem assim encurralados, uns com os outros, [...], tão acamados que não se podia mudar de camisa sem mostrar o traseiro aos vizinhos? E o que aquilo era de bom para a saúde! Como as raparigas e os rapazes ali apodrecem a esmo![...] é bem verdade que não é bom para ninguém viver assim, junto. Dá sempre em resultado homens borrachos e raparigas prenhes.” Germinal, Émile Zola
  • 11. A VIDA DA BURGUESIA E DO PROLETARIADO “Entre a burguesia e o proletariado não há nada em comum. Este é encarado pela burguesia como uma máquina que ela aluga, da qual se serve e apenas paga pelo tempo em que é necessário. Da mesma forma, aos olhos da maior parte do proletariado, os burgueses são inimigos e não aceitam a sua superioridade. “ Michel Chevalier, 1865
  • 12. QUE VALORES DEFENDIA A SOCIEDADE BURGUESA?
  • 13. LE BOULEVARD MONTMARTRE, JEAN BÉRAUD - 1886
  • 14.
  • 15. RETRATO DA FAMÍLIA BELLELLI, EDGAR DEGAS - 1858-1867
  • 16. QUAIS ERAM AS CONDIÇÕES DE VIDA DO PROLETARIADO NO SÉCULO XIX?
  • 17. A FUNDIÇÃO, ADOLPH MENZEL - 1872 ATÉ 1875
  • 18.
  • 19. CANDIDATOS À INTERNAÇÃO NUM ASILO, LUKE FIELDS, 1874
  • 20. CRONOLOGIA 1825 – Direito à greve (Inglaterra) [...] 1833- Proibição do trabalho a menores de Abomináveis na grandeza 9 anos e do trabalho noturno a crianças e jovens (Inglaterra) Os reis da mina e da fornalha 1841 – Proibição do trabalho a menores de Edificaram a riqueza 8 anos (França) Sobre o suor de quem trabalha! 1947 – Dia de trabalho de 10 horas para mulheres e crianças (Inglaterra) Todo o produto de quem sua 1850 – Dia de trabalho de 10 horas para A corja rica o recolheu todos (Inglaterra) Querendo que ela o restitua 1854 – Proibição do trabalho a menores de O povo só quer o que é seu! 12 anos (Alemanha) 1864 – Despenalização da Greve (França) Bem unidos façamos Constituição da Associação Internacional Nesta luta final dos trabalhadores (Inglaterra) Uma terra sem amos 1871 – Reconhecimento dos sindicatos A Internacional! (Inglaterra) 1883 – Criação de um seguro de doença [...] (Alemanha) Excerto de A Internacional (hino operário) 1884 – Criação do seguro de acidentes de Letra original de Eugène Pottier 1871 trabalho (Alemanha) Música de Pierre De Geyter 1888 Reconhecimento dos sindicatos (França)

Notas do Editor

  1. Ao longo do século XIX, com as revoluções liberais e a própria revolução industrial, a sociedade foi-se transformando. A sociedade do Antigo Regime era uma sociedade de ordens, isto é, a posição social de cada um era determinada pelo nascimento (era quase certo que o filho de um encadernador seguiria o ofício do pai). No século XIX surgiu uma nova sociedade – a sociedade de classes
  2. Discussão da situação problema.A sociedade de classes era mais flexivel e dinâmica onde, pelo menos teoricamente, todos os cargos e funções estavam abertos a todos os cidadãos.As diferenças são determinadas não pelo nascimento, mas pelas capacidades individuais de cada um, profissão e poder económico. Permite a mobilidade ascendente e descendente.Esta sociedade está assente no liberalismo, no reconhecimento da igualdade.
  3. Ver filmeO filme que iremos ver chama-se Germinal, de 1993, dirigido por Claude Berri e baseado no romance homónimo, escrito por Émile Zola no final do século XIX.
  4. Filme(A história refere-se ao quotidiano de exploração sofrido pelos trabalhadores de várias minas de carvão na região de Montsou, França. Baixos salários, exaustivas jornadas e péssimas condições de trabalho são alguns dos pontos apresentados na obra. Aos poucos os ânimos foram-se acirrando, os mineiros começaram a ter consciência que a forma de vida que levavam não era algo natural, que enquanto eles penavam por pão e água ao fim do dia, os burgueses comiam carnes e biscoitos. O momento chave desses trabalhadores foi uma súbita redução de seus salários, que por sinal já eram baixíssimos. A alegação dada pelos burgueses para o acontecimento era a crise que o mundo capitalista estava a viver, marcada pela superprodução de mercadorias e pela falta de mercados consumidores. Entretanto, os já desgastados proletários não aguentavam mais aquela situação e resolveram ir à luta, reivindicar os seus direitos, entrar em greve. A temática sobre a luta do operariado contra a exploração e por melhores condições de vida e trabalho é algo mais recente do que nunca, sendo constantes as notícias nos meios de comunicação sobre greves dos trabalhadores. Aos poucos vão-se extinguindo direitos sociais e vantagens tradicionais adquiridas através de anos de luta e reivindicação.)
  5. 1. Que classes sociais é possível identificar a partir deste excerto do filme?Alta Burguesia – grupo social com maior poder económico, constituído pelos grandes proprietários.Classes médias – grupo social que se situa entra a alta burguesia e o proletariado, composto por pequenos comerciantes e industriais, intelectuais, professores, médicos e outras profissões liberais, funcionários públicos e dos serviços. Proletariado – Grupo social cujos membros vivem, exclusivamente, do seu trabalho manual.2. Na nova sociedade de classes o que é que determinava a posição social?O que distinguia estas classes?O controlo dos meios de produção e a riqueza.Quem vai ocupar o principal lugar nesta sociedade? A burguesiaOnde vivia a burguesia?A cidade tornou-se o espaço da Burguesia. Foi aqui que os burgueses construíram luxuosas residências.Onde vivia o proletariado?Também estava a afluir às cidades. A cidade atraia gente vinda das áreas rurais próximas (êxodo rural) que afluiam à cidade à procura de trabalho e de melhores condições de vida.Estes grupos sociais viveriam no mesmo espaço ou haveria segregação?
  6. As cidades do século XIX conheceram um grande aumento da população e são o espelho da sociedade industrial. (analisar o mapa com a alteração dos limites de paris)Assim, A partir de meados do século, com o desenvolvimento dos transportes, acontece um movimento centrífugo que leva à destruição das velhas muralhas e à densificação da periferia. A cidade remete para a periferia o que rejeita (indústrias, matadouros e populações mais pobres)A organização do espaço urbano refletia a organização da sociedade.No centro... (ler texto)rasgaram-se largas praças e avenidas, parques e jardins.
  7. O centro urbano tornou-se o espaço privilegiado da burguesia, aí se passaram a concentrar os bancos, escritórios, grandes armazéns, bolsas de valores, monumentos, palácios, edifícios administrativos e governamentais (públicos), os salões, os teatros, a ópera e, à volta os bairros residenciais pejados de belas mansões ladeando ruas pavimentadas, com água, luz e saneamento. Nas cidades criaram-se espaços de convívio: o passeio público.Esta era a cidade da Burguesia.
  8. Onde vivia o proletariado? (ler texto) Como é que o operariado era visto pela burguesia?) 
  9. Nos subúrbios iam crescendo, desordenadamente, habitações miseráveis, ladeando ruas estreitas, escuras e lamacentas, sem água, saneamento ou transporte. Muitas dessas habitações estaam nas imediações das fábricas e dos caminhos de ferro, em ambientes ruidosos e poluídos. Eram os bairros operários, onde se instalavam os camponeses recém chegados à cidade.O crescimento rápido da população provoca certos desequilíbrios no tecido urbano. A cidade cresce de forma desordenada e aumentam os focos de poluição e contágio, nomeadamente da cólera. Por isso, as primeiras intervenções urbanas visavam sobretudo atender aos problemas de saúde pública, nomeadamente o lançamento de redes de distribuição de água e esgotos. Assim, o próprio crescimento urbano acentuou os desníveis sociais através de uma maior segregação geográfica dos espaços dos mais ricos e dos mais pobres.“Essas ruas são em geral tão estreitas que se pode saltar de uma janela para a da casa em frente, e os edifícios apresentam, por outro lado, uma tal acumulação de andares que a luz mal pode penetrar no pátio ou na ruela que os separa. Nesta parte da cidade não há nem esgoto nem banheiros públicos ou sanitários nas casas, e é por isso que as imundícies, detritos ou excrementos de, pelo menos, 50.000 pessoas são lançadas todas as noites nas valetas, de tal modo que, apesar da limpeza das ruas, há uma massa de excrementos secos com emanações nauseabundas, que não só ferem a vista e o olfato, como, por outro lado, representam um perigo extremo para a saúde dos habitantes. Causaria espanto que em tais locais se negligenciam os mínimos cuidados com a saúde, os bons costumes e até as regras mais elementares da decência? Pelo contrário, todos os que conhecem bem a situação dos habitantes testemunharão o alto grau que a doença, a miséria e a ausência de moral ali atingiram. Nestas regiões a sociedade desceu a um nível indescritivelmente baixo e miserável. As habitações da classe pobre são em geral muito sujas e aparentemente nunca são limpas, seja de que maneira for; compõe-se, a maior parte das casas, de uma única sala – onde, apesar da ventilação ser das piores, faz sempre frio por causa das janelas partidas ou mal adaptadas – que muitas vezes é húmida e fica no subsolo, sempre mal mobiliada e invariavelmente inabitável, a ponto de um monte de palha servir frequentemente de cama para uma família inteira, cama onde se deitam, numa confusão revoltante, homens, mulheres, velhos e crianças. Só se encontra água nas bombas publicas e a dificuldade para a ir buscar favorece naturalmente toda a imundice possível”
  10. Os aspetos mais relevante da “nova Sociedade” são a ascensão da burguesia, a expansão do setor terciário e o aparecimento do operariado. Este e a grande burguesia estavam em polos opostos, o que gerou graves conflitos.
  11.  Com a industrialização desenvolveu-se, então, a grande burguesia industrial e financeira, provinda de estratos diversos (populares burgueses ou até aristocratas). É a alta burguesia que domina as instituições bancárias e financeiras e as empresas industriais e comerciais. Controlavam o poder económico e político. Para além de controlarem os mecanismos de produção e reprodução de riqueza, também propagavam os seus valores à sociedade, pois controlavam o ensino e a imprensa.A sociedade de classes caracterizava-se pela mobilidade, isto é, cada um pode melhorar ou piorar a sua condição social. Alguns membros da alta burguesia, por exemplo, eram provenientes de estratos humildes mas, graças às suas capacidades, audácia, sorte, casamento ou outras razões, conseguiam subir na sociedade. Criou-se o mito do self-made man devido ao enriquecimento rápido dos grandes patrões da indústria e da finança vindos, em alguns casos, de posições modestas. No entanto, esta situação pode ter ocorrido nos primórdios da industrialização, mas à medida que avançamos no século XIX vai havendo cada vez mais rigidez e a ascensão social diminui. Este mito corresponde sobretudo à justificação burguesa para as desigualdades sociais. A riqueza, o poder e a promoção social estaria ao alcance de todos, dependendo do talento e virtudes individuais.As dinastias burguesas cruzam-se com as famílias da velha aristocracia. A nobreza reemerge no séc. XIX como modelo. A compra de terra e a busca de títulos nobiliárquicos remetem para esse lugar de promoção social. O estilo de vida fascina os burgueses.Nos finais do século XIX a aristocracia tradicional e burguesia empresarial distinguia-se cada vez menos, não apenas nos modos de vida, mas também na genealogia devido às alianças matrimoniais. Os estratos mais importantes da sociedade possuíam uma mentalidade própria – a mentalidade burguesa. A sociedade burguesa defendia valores como:o direito à propriedade;a herança (que garantia a transmissão da propriedade e da riqueza aos descendentes)a defesa da família;a valorização do trabalho, do esforço e da poupança (self-made man);a submissão da mulher ao lar;o gosto pelo bem-estar e pela ostentação, pelos quais procura demarcar-se socialmente;Privilegiava momentos de ócio e de convívio através de festas, passeios e encontros sociaisa prática da caridade como forma de reduzir as misérias sociais (filantropia) e mecenato...Para afirmar o seu prestígio, a alta burguesia vivia luxuosamente (palacete). Não descurava o convívio nos clubes e nos cafés ou os encontros nos passeios públicos. As senhoras ocupavam o seu tempo livre tomando chá com as amigas ou fazendo compras. À noite eram frequentes as idas à ópera e ao teatro. A referida burguesia ligava-se, através de laços de casamento, a famílias aristocratas ou deixava o seu nome associado ainstituições culturais e filantrópicas. Utilizavam o seu poder económico para controlar o poder político, pressionando os governos, participando neles, chegando a ocupar os mais altos cargos políticos.
  12. Entre a alta burguesia e o proletariado desenvolveu-se, ao longo do século XIX, uma numerosa classe média. Os seus membros desempenhavam funções sobretudo no setor terciário e os seus rendimentos permitiam-lhe um razoável níve de vida.A sua característica mais evidente era a sua heterogeneidade e a constante mobilidade social. Esta classe média, a que também se chama pequena burguesia, defensora dos ideais democráticos, tem um elevado ou razoável nível cultural, defendem o seu poder de compra, são conservadores no código moral e prezam o culto das aparências. Os seus salários podiam não ser muito elevados, mas o seu grau de instrução dava-lhes pretígio. Foi ganhando gradual importância política e social. O crescimento das classes médias, bem como a mobilidade que lhe está associada constituíram um dos mais importantes fenómenos sociais do século XIX.O seu crescimento está associado à expansão e especialização do setor terciário. A administração pública torna-se mais complexa. O estado alarga e desenvolve as suas funções: instrução, assistência, policiamento, correios.As empresas necessitam de quadros técnicos e empregados de escritório; as profissões liberais tornam-se imprescindíveis, o pequeno comércio e o artesanato proliferam.As classes médias diversificam-se e reforçam a sua presença social na segunda metade do século XIX.- é um espaço social de composição, estilos de vida e comportamentos diferentes- há muita mobilidade social, quer ascendente quer descendente- caracteriza-se por um conservadorismo político (não querem perder privilégios)- distanciam-se do operariado pela instrução, comportamento e atitude- procuram emitar as camadas superiores a que aspiram ascender.
  13. O proletariado é uma designação aplicada ao conjunto daqueles cujos recursos provêm apenas da sua força de trabalho, que vendem a troco de um salário. Na Antiga Roma era aqueles que, não tendo rendimento para pagar impostos ao Estado, ofereciam os seus filhos (prole) para combater nas fileiras do exército.
  14. Condições de trabalho numa metalurgia. Neste quadro de Adolf Menzel, são bem evidentes as difíceis condições de trabalho: a atmosfera carregada; o trabalho duro, perigoso, insalubre, os reduzidos tempos de paragem, pois, como se vê à direita, os trabalhadores faziam a refeição no interior da fábrica.Condições de trabalho: Salários baixos; jornadas de trabalho de 12 a 16 horas; insegurança; despedimentos; trabalho infantil e feminino.Condições de vida: Casas insalubres; doenças e fome; violência e prostituição.O proletariado era a classe laboriosa que a burguesia empregava e explorava nas suas minas, fábricas e vias férreas.Recebiam salários baixos por horários longos (10 a 16 horas diárias) em condições de trabalho precárias no tocante a iluminação, ventilação e prevenção de acidentes, e podiam ser despedidos a qualquer momento sem justa causa. Geralmente os patrões empregaam mão-de-obra feminina e infantil, à qual podiam pagar ainda menos.As condições de vida destes trabalhadores e das respetivas famílias era igualmente má: situadas em bairros operários da periferia desprovida de condições mínimas de habitabilidade, as habitações, frequentemente sobrelotadas, eram pequenas, sujas e doentias. A alimentação era pobre e desequilibrada e a educação dosfilhos uma questão secundária. Um quaotidiano tão penosos conduzia à degradação das relações familiares e sociais e desembocava frequentemente no alcoolosmo, na prostituição, na vadiagem, na mendicidade, na violência doméstica, na marginalidade e no crime.Mal alimentados, os pobres estavam sujeitos a muitas doeças. A tuberculose foi a que mais vítimas fez.
  15. Na primeira metade do século XIX, a condição operária foi uma verdadera tortura. A abundência da mão-de-obra disponível, proveniente do meio rural, e a ausência de legislação laboral, facilitava a vida dos patrões e deixava os trabalhadores desarmados.A tomada de consciência da sua importância laboral e social e das injustiças a que eram sujeitos, estimulou a luta dos operários por uma sociedade mais justa.Os operários começaram cedo a lutar pela melhoria das suas condições de trabalho. O problema é que não havia “consciência de classe” e o impacto das suas ações foi inicialmente muito reduzido.As primeras formas de luta foram espontâneas e violentas: os operários atacavam as fábricas e destruíam as máquinas, vistas como causadoras de desemprego (ludismo-movimento de destruição de máquinas liderado por Ned Lud, que teve lugar em Inglaterra entre 1811 e 1816).Mais tarde, os operários organizaram-se em sindicatos e passaram a usar a greve como forma de luta. Os trabalhadores reivindicavam basicamente três coisas: redução do horário de trabalho, aumento do salário e proteção social.
  16. Retratou a miséria dos que, não tendo abrigo, procuravam os asilos para passar a noite. Este tipo de estabelecimentos (muito procurados por mendigos, desempregados ou pessoas com salários muito baixos) era suportado por instituições religiosas e de caridade e também pelo estado.Alguns intelectuais, e até mesmo empresários, sensibilizados com a exploração e miséria das classes laboriosas, apresentaram propostas para acabar com as injusticas sociais. Na 2.º metade do século XIX assiste-se a uma vasta produção legislativa que visava regulamentar:Condições de trabalho das mulhers e das crianças horários de trabalho (anos oitenta foi encurtada para 10-12 horas) repouso semanal salubridade e segurança nas fábricas e minas direito á associação e à greve resolução de conflitos laborais através do tribunal estabelecimento de sistemas de assistência social.Muitas vezes estes direitos são desrespeitados e não são acompanhados de mecanismos de inspeção. Os liberais condenam a intervenção do estado