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Arlindo Ugulino Netto – FARMACOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2


MED RESUMOS 2012
NETTO, Arlindo Ugulino.
FARMACOLOGIA

                                                   ANTIPSICÓTICOS
                                               (Professora Edilene Bega)

         Os antipsicóticos ou neurolépticos s€o f•rmacos que se caracterizam por sua a‚€o psicotrƒpica, com efeitos
sedativos e psicomotores. Por isso, al„m de se constitu…rem como os f•rmacos preferencialmente usados no tratamento
sintom•tico das psicoses, principalmente a esquizofrenia, tamb„m s€o utilizados como “calmantes” e em outros
distˆrbios ps…quicos. O uso dos antipsicƒticos „, hoje, conduta padr€o na terapia de psicoses agudas.


DEFINI•‚O DE ESQUIZOFRENIA E FISIOPATOLOGIA
         Durante muito tempo, transtornos que caracterizam as esquizofrenias eram considerados como apenas uma
doen‚a de diagnƒstico isolado: esquizofrenia ou psicose. O termo esquizofrenia foi criado por Eugen Bleuler, em 1911,
que determinou que a desorganiza‚€o de pensamento era o principal sintoma da patologia, e o termo usado para
designar tal doen‚a significa: mente fendida ou dividida.
         A esquizofrenia „ uma das formas mais importantes de doen‚as psiqui•tricas, afetando pessoas de todas as
idades, inclusive as jovens, se mostrando como uma condi‚€o cr‰nica e incapacitante de etiopatogenia obscura. Assim
como ocorre com a doen‚a de Parkinson, n€o h• tratamento curativo, apenas efetivo, buscando diminuir a sua
sintomatologia e evolu‚€o.
         No que diz respeito Š sua fisiopatologia, v•rias teorias foram lan‚adas no intuito de explicar as bases da doen‚a.
A teoria neuroquímica, por exemplo, defende que a esquizofrenia seja causada por um aumento da dopamina em uma
das vias dopamin„rgicas do c„rebro (a via mesolímbica), causando, em suma, uma hiperatividade desse sistema. A
hipƒtese glutamin„rgica, embora ainda n€o elucidada, defende que h• uma reduzida express€o do receptor NMDA (n-
metil, d-•cido asp•rtico).
         A hipótese dopaminérgica para a psicose determina, portanto, que a hiperatividade dos neur‰nios
dopamin„rgicos na via mesol…mbica pode mediar os sintomas positivos da psicose. O objetivo terap‹utico tem como
base a hipótese do antagonista do receptor dopaminérgico na ação dos antipsicóticos, de modo que, com a via
mesol…mbica bloqueada, os sintomas positivos ser€o combatidos.
    1
OBS : Al„m da via mesol…mbica, existem outras vias dopamin„rgicas encef•licas importantes que tamb„m podem sofrer
influ‹ncias medicamentosas indesejadas durante o tratamento farmacolƒgico da esquizofrenia. As vias dopamin„rgicas
do enc„falo e os efeitos que sofrem sob a‚€o de bloqueadores dos receptores dopamin„rgicos s€o:
     1. Via nigro-estriada: a utiliza‚€o de bloqueadores de
         receptores dopamin„rgicos para evitar a psicose, pode
         alcan‚ar esta via e gerar efeitos indesejados extra-piramidais,
         como o parkinsonismo farmacolƒgico. As rea‚Œes extra-
         piramidais ocorrem quando h• defici‹ncia de dopamina e
         excesso de acetilcolina na via dopamin„rgica nigrostriada:
         normalmente, a dopamina suprime a atividade da acetilcolina.
         Uma vez bloqueada, n€o haver• inibi‚€o da libera‚€o de
         ACh, gerando os efeitos extra-piramidais.
     2. Via mesolímbica: a a‚€o de bloqueadores dos receptores
         dopamin„rgicos deve ocorrer nesta via, quando se quer
         reduzir os efeitos dos sintomas positivos da psicose.
     3. Via mesocortical: o uso de bloqueadores de receptores
         dopamin„rgicos, ao afetar esta via, cria o aparecimento de
         sintomas negativos da psicose como efeitos adversos.
     4. Via túbero-infundibular: bloquear a dopamina desta via
         significa inibir a inibi‚€o da secre‚€o da prolactina, o que faz
         com que haja a libera‚€o deste horm‰nio (desenvolve na
         mulher as gl•ndulas mam•rias e, no homem, ginecomastia).
    2
OBS : O Haloperidol e a Tioridazina s€o f•rmacos utilizados como neurol„pticos que bloqueiam os receptores
dopamin„rgicos. Por„m, devido ao fato da tioridazina ter tamb„m uma maior efeito de bloqueio muscar…nico, faz com que
ele seja mais comumente utilizado, pois, ao bloquear os receptores dopamin„rgicos (atuando sobre os efeitos da
psicose) e muscar…nicos (atuando sobre a capta‚€o da ACh, que, neste caso, desencadearia os efeitos do
parkinsonismo farmacolƒgico), inibe tamb„m os efeitos adversos como a rea‚€o extra-piramidal, sendo, portanto, uma
boa droga escolha. Em contrapartida, a Tioridazina apresenta uma vastid€o de efeitos adversos simpatomim„ticos
perif„ricos (constipa‚€o, reten‚€o urin•ria, midr…ase, etc).
                                                                                                                          1
Arlindo Ugulino Netto – FARMACOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2



SINTOMAS DA PSICOSE
        Psicose „ um termo psiqui•trico gen„rico que se refere a um
estado mental no qual existe uma "perda de contacto com a realidade" ou a
prƒpria    esquizofrenia.   Embora    nenhum       sintoma     estritamente
patognom‰nico possa ser identificado, para fins pr•ticos, „ ˆtil dividir os
sintomas de acordo com as fases da doen‚a, tais como:
     Características pré-morbidas: introvers€o, isolamento social,
        timidez, indiferen‚a emocional, funcionamento social e escolar
        insatisfatƒrio.
     Início dos sintomas (fase prodrômica): em geral ocorre na
        adolesc‹ncia e adulto jovem, com sintomas prodr‰micos
        inespec…ficos (perda de energia, iniciativa e interesses,
        comportamento estranho, neglig‹ncia com apar‹ncia e higiene
        pessoal).
     Sintoma da fase aguda: surge o processo psicƒtico, com a perda
        do contato com a realidade. Ocorrem del…rios, alucina‚Œes (60-70%
        destas na forma auditivas), incoer‹ncia e desagrega‚€o do
        pensamento, inadequa‚€o afetiva, estereotipias e maneirismos.
     Sintomas da fase crônica: embotamento afetivo, discurso
        empobrecido,       aboli‚€o   da      vontade,       distraibilidade,
        ensimesmamento.
    1
OBS : Costuma-se tamb„m agrupar os sintomas da esquizofrenia em
positivos e negativos, a depender do padr€o de “atividade” destes
sintomas:
     Sintomas positivos: s€o sintomas mais “ativos”, e est€o presentes com maior visibilidade na fase aguda da
        doen‚a e s€o as perturba‚Œes mentais "muito fora" do normal, como que “acrescentadas” Šs fun‚Œes
        psicolƒgicas do indiv…duo. Entende-se como sintomas positivos:
             Del…rios;
             Alucina‚Œes;
             Distor‚Œes ou exageros da linguagem e da comunica‚€o;
             Discurso desorganizado;
             Comportamento catat‰nico;
             Agita‚€o.

       Sintomas negativos: s€o sintomas menos “ativos”, mas que afetam suas rela‚Œes sociais, pois s€o resultado
        da perda ou diminui‚€o das capacidades mentais, acompanhando a evolu‚€o da doen‚a. Entende-se por
        sintomas negativos:
             Afeto embotado;
             Dificuldade de relacionamento;
             Passividade;
             Retraimento social ap•tico;
             Dificuldade de pensamento abstrato;
             Falta de espontaneidade;
             Pensamento estereotipado;
             Pobreza afetiva – express€o.


TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA
       De uma forma geral, o tratamento das esquizofrenias pode ser socioter•pico e farmacolƒgico, com base no uso
de neurol„pticos.
     Tratamento socioterápico: psicoterapia, terapia familiar e ocupacional.
     Tratamento farmacológico:
           o Neurol„pticos t…picos (afinidade por receptores D2)
                   Diminuem sintomas positivos e previnem reca…das (80% recaem no 1• ano sem medica‚€o,
                     apenas 20% usando antipsicƒticos).
                   Efeitos adversos: acatisia, parkinsonismo, hiperprolactinemia, discinesia tardia.
           o Neurol„pticos at…picos (afinidade por receptores 5HT2a, H1, D4)
                   S€o mais efetivos nos sintomas negativos em compara‚€o aos t…picos, mas tamb„m s€o efetivos
                     nos sintomas positivos.
                   A Clozapina est• relacionada com agranulocitose
                                                                                                                          2
Arlindo Ugulino Netto – FARMACOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2



        Os neurol€pticos, uma sub-divis€o dentro dos antipsicƒticos, foram os primeiros f•rmacos desenvolvidos para o
tratamento de sintomas positivos da psicoses (alucina‚Œes e del…rios). Seus efeitos adversos s€o caracterizados por um
conjunto de sintomas conhecido vulgarmente como impregan‚€o neurol„ptica ou efeitos extrapiramidais.
        Como se sabe, a superatividade das vias neuronais de dopamina (e a diminui‚€o dos n…veis de acetilcolina) em
n…vel do sistema l…mbico cerebral „ importante na patogenia da esquizofrenia. O receptor mais importante dessas vias „
o receptor dopamin„rgico D2. Os antipsicƒticos funcionam como antagonistas do receptor D2, diminuindo a sua ativa‚€o
pela dopamina endƒgena. Os efeitos de controle sobre os sintomas da esquizofrenia surgem quando 80% dos
receptores D2 est€o bloqueados pelo antagonista. Atualmente, certos neurol„pticos t‹m a capacidade de atuar nos
receptores serotonin„rgicos, acetilcolin„rgico, histam…nico e noradren„rgico.

NEUROL•PTICOS “TƒPICOS” (CL…SSICOS OU DE PRIMEIRA GERA†‡O)
        Os antipsicƒticos de primeira gera‚€o s€o medicamentos que bloqueiam preferencialmente os receptores D2 da
dopamina nos sistemas dopamin„rgicos mesol…mbico e mesocortical (objetivos do tratamento), nigroestriatal e tˆbero-
infundibular (relacionados com os efeitos colaterais). S€o eficazes para tratar alucina‚Œes, del…rios, desagrega‚€o do
pensamento e agita‚€o psicomotora, e produzem efeitos colaterais importantes (vide abaixo).
        S€o medicamentos eficazes para o tratamento de episƒdios psicƒticos agudos ou cr‰nicos. S€o
predominantemente eficazes para os sintomas positivos e n€o t‹m a‚€o importante nos negativos. Os principais s€o:
     Fenotiazinas: Clorpromazina (Amplictil•), Flufenazina, Levomepromazina (Neozine•)
     Butirofenonas: Haloperidol (Haldol•), Droperidol (Droperdal•)
     Tioxantinas: Clopentixol, Tiotixeno

Efeitos colaterais: Prolactina aumentada (pois bloqueiam os receptores dopamin„rgicos da via tˆbero-infundibular),
Efeitos anticolin„rgicos (porque bloqueiam os receptores muscar…nicos, que inclusive reduz os efeitos extrapiramidais),
Seda‚€o (porque bloqueiam receptores histamin„rgicos), Ganho de peso, Sintomas extrapiramidais (bloqueio dos
receptores dopamin„rgicos da via nigro-estriada), Rea‚Œes de hipersensibilidade (favorece e produ‚€o mastocit•ria de
histamina), Hipotens€o (bloqueiam os receptores α-adren„rgicos).

NEUROL•PTICOS “ATƒPICOS” (RECENTES OU DE SEGUNDA GERA†‡O)
        Os antipsicƒticos at…picos s€o os neurol„pticos de segunda gera‚€o, que atuam em outros s…tios da dopamina e
que produzem menos efeitos parkinsonianos. S€o medica‚Œes mais bem toleradas, mais eficazes para sintomas
negativos, por„m, de alto custo.
        S€o medicamentos que constituem a primeira op‚€o para o tratamento do primeiro episƒdio psicƒtico, quando h•
intoler•ncia aos neurol„pticos t…picos ou predomin•ncia dos sintomas negativos. Os mais indicados s€o a Risperidona e
a Olanzapina. Os principais representantes s€o:
      Clozapina (Leponex•): seu uso est• mais correlacionado Š agranulocitose, e quando os leucƒcitos caem abaixo
         de 3.000, a medica‚€o deve ser interrompida.
      Olanzapina (Zyprexa•)
      Risperidona: bloqueia os receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina. Efeitos colaterais: ins‰nia,
         agita‚€o, ansiedade, efeitos extra-piramidais, pseudoparkinsonismo, discinesia, etc.
      Sulpirida, Remoxiprida e Pimozida: manifestam menores efeitos piramidais
      Sertindol (associado a arritmias) e Quetiapina (associado a taquicardia).

ESCOLHA DO ANTIPSICˆTICO (NEUROL•PTICO)
    Problema: alto risco de distonia (homem abaixo dos 30 anos, mulher abaixo de 25 anos). Escolha: Risperidona.
    Problema: Riscos geri•tricos (muito anticolin„rgico, ortostatismo, seda‚€o), comprometimento cognitivo ou
     delirium. Escolha: Alta pot‰ncia (exemplo: Haloperidol) ou Risperidona. Evitar Clozapina ou Olanzapina.
    Problema: sintomas negativos predominantes ou severos. Escolha: Risperidona ou Clozapina.
    Problema: Resistente ao tratamento. Escolha: depois de potencializar o tratamento, optar por Risperidona
     ou Clozapina.
    Problema: risco de convulsŒes. Escolha: alta pot‰ncia (ex: Haloperidol). Evitar Clozapina.
    Problema: obesidade. Escolha: Alta pot‰ncia. Evitar neurol€pticos de baixa pot‰ncia. Aconselhar o
     paciente a perder peso. Evitar Clozapina, Risperidona e Quetiapina.
    Problema: Arritmia card…aca. Escolha: Alta pot‰ncia; evitar Sertindol e Quetiapina.
    Problema: agita‚€o extrema. Escolha: Alta pot‰ncia (Haloperidol).
    Problema: ader‹ncia m…nima ao medicamento. Escolha: Decanoato de Haloperidol ou Flufenazina (depŠsito,
     alta pot‰ncia).




                                                                                                                        3

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Farmacologia 11 antipsicóticos - med resumos (dez-2011)

  • 1. Arlindo Ugulino Netto – FARMACOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 MED RESUMOS 2012 NETTO, Arlindo Ugulino. FARMACOLOGIA ANTIPSICÓTICOS (Professora Edilene Bega) Os antipsicóticos ou neurolépticos s€o f•rmacos que se caracterizam por sua a‚€o psicotrƒpica, com efeitos sedativos e psicomotores. Por isso, al„m de se constitu…rem como os f•rmacos preferencialmente usados no tratamento sintom•tico das psicoses, principalmente a esquizofrenia, tamb„m s€o utilizados como “calmantes” e em outros distˆrbios ps…quicos. O uso dos antipsicƒticos „, hoje, conduta padr€o na terapia de psicoses agudas. DEFINI•‚O DE ESQUIZOFRENIA E FISIOPATOLOGIA Durante muito tempo, transtornos que caracterizam as esquizofrenias eram considerados como apenas uma doen‚a de diagnƒstico isolado: esquizofrenia ou psicose. O termo esquizofrenia foi criado por Eugen Bleuler, em 1911, que determinou que a desorganiza‚€o de pensamento era o principal sintoma da patologia, e o termo usado para designar tal doen‚a significa: mente fendida ou dividida. A esquizofrenia „ uma das formas mais importantes de doen‚as psiqui•tricas, afetando pessoas de todas as idades, inclusive as jovens, se mostrando como uma condi‚€o cr‰nica e incapacitante de etiopatogenia obscura. Assim como ocorre com a doen‚a de Parkinson, n€o h• tratamento curativo, apenas efetivo, buscando diminuir a sua sintomatologia e evolu‚€o. No que diz respeito Š sua fisiopatologia, v•rias teorias foram lan‚adas no intuito de explicar as bases da doen‚a. A teoria neuroquímica, por exemplo, defende que a esquizofrenia seja causada por um aumento da dopamina em uma das vias dopamin„rgicas do c„rebro (a via mesolímbica), causando, em suma, uma hiperatividade desse sistema. A hipƒtese glutamin„rgica, embora ainda n€o elucidada, defende que h• uma reduzida express€o do receptor NMDA (n- metil, d-•cido asp•rtico). A hipótese dopaminérgica para a psicose determina, portanto, que a hiperatividade dos neur‰nios dopamin„rgicos na via mesol…mbica pode mediar os sintomas positivos da psicose. O objetivo terap‹utico tem como base a hipótese do antagonista do receptor dopaminérgico na ação dos antipsicóticos, de modo que, com a via mesol…mbica bloqueada, os sintomas positivos ser€o combatidos. 1 OBS : Al„m da via mesol…mbica, existem outras vias dopamin„rgicas encef•licas importantes que tamb„m podem sofrer influ‹ncias medicamentosas indesejadas durante o tratamento farmacolƒgico da esquizofrenia. As vias dopamin„rgicas do enc„falo e os efeitos que sofrem sob a‚€o de bloqueadores dos receptores dopamin„rgicos s€o: 1. Via nigro-estriada: a utiliza‚€o de bloqueadores de receptores dopamin„rgicos para evitar a psicose, pode alcan‚ar esta via e gerar efeitos indesejados extra-piramidais, como o parkinsonismo farmacolƒgico. As rea‚Œes extra- piramidais ocorrem quando h• defici‹ncia de dopamina e excesso de acetilcolina na via dopamin„rgica nigrostriada: normalmente, a dopamina suprime a atividade da acetilcolina. Uma vez bloqueada, n€o haver• inibi‚€o da libera‚€o de ACh, gerando os efeitos extra-piramidais. 2. Via mesolímbica: a a‚€o de bloqueadores dos receptores dopamin„rgicos deve ocorrer nesta via, quando se quer reduzir os efeitos dos sintomas positivos da psicose. 3. Via mesocortical: o uso de bloqueadores de receptores dopamin„rgicos, ao afetar esta via, cria o aparecimento de sintomas negativos da psicose como efeitos adversos. 4. Via túbero-infundibular: bloquear a dopamina desta via significa inibir a inibi‚€o da secre‚€o da prolactina, o que faz com que haja a libera‚€o deste horm‰nio (desenvolve na mulher as gl•ndulas mam•rias e, no homem, ginecomastia). 2 OBS : O Haloperidol e a Tioridazina s€o f•rmacos utilizados como neurol„pticos que bloqueiam os receptores dopamin„rgicos. Por„m, devido ao fato da tioridazina ter tamb„m uma maior efeito de bloqueio muscar…nico, faz com que ele seja mais comumente utilizado, pois, ao bloquear os receptores dopamin„rgicos (atuando sobre os efeitos da psicose) e muscar…nicos (atuando sobre a capta‚€o da ACh, que, neste caso, desencadearia os efeitos do parkinsonismo farmacolƒgico), inibe tamb„m os efeitos adversos como a rea‚€o extra-piramidal, sendo, portanto, uma boa droga escolha. Em contrapartida, a Tioridazina apresenta uma vastid€o de efeitos adversos simpatomim„ticos perif„ricos (constipa‚€o, reten‚€o urin•ria, midr…ase, etc). 1
  • 2. Arlindo Ugulino Netto – FARMACOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 SINTOMAS DA PSICOSE Psicose „ um termo psiqui•trico gen„rico que se refere a um estado mental no qual existe uma "perda de contacto com a realidade" ou a prƒpria esquizofrenia. Embora nenhum sintoma estritamente patognom‰nico possa ser identificado, para fins pr•ticos, „ ˆtil dividir os sintomas de acordo com as fases da doen‚a, tais como:  Características pré-morbidas: introvers€o, isolamento social, timidez, indiferen‚a emocional, funcionamento social e escolar insatisfatƒrio.  Início dos sintomas (fase prodrômica): em geral ocorre na adolesc‹ncia e adulto jovem, com sintomas prodr‰micos inespec…ficos (perda de energia, iniciativa e interesses, comportamento estranho, neglig‹ncia com apar‹ncia e higiene pessoal).  Sintoma da fase aguda: surge o processo psicƒtico, com a perda do contato com a realidade. Ocorrem del…rios, alucina‚Œes (60-70% destas na forma auditivas), incoer‹ncia e desagrega‚€o do pensamento, inadequa‚€o afetiva, estereotipias e maneirismos.  Sintomas da fase crônica: embotamento afetivo, discurso empobrecido, aboli‚€o da vontade, distraibilidade, ensimesmamento. 1 OBS : Costuma-se tamb„m agrupar os sintomas da esquizofrenia em positivos e negativos, a depender do padr€o de “atividade” destes sintomas:  Sintomas positivos: s€o sintomas mais “ativos”, e est€o presentes com maior visibilidade na fase aguda da doen‚a e s€o as perturba‚Œes mentais "muito fora" do normal, como que “acrescentadas” Šs fun‚Œes psicolƒgicas do indiv…duo. Entende-se como sintomas positivos:  Del…rios;  Alucina‚Œes;  Distor‚Œes ou exageros da linguagem e da comunica‚€o;  Discurso desorganizado;  Comportamento catat‰nico;  Agita‚€o.  Sintomas negativos: s€o sintomas menos “ativos”, mas que afetam suas rela‚Œes sociais, pois s€o resultado da perda ou diminui‚€o das capacidades mentais, acompanhando a evolu‚€o da doen‚a. Entende-se por sintomas negativos:  Afeto embotado;  Dificuldade de relacionamento;  Passividade;  Retraimento social ap•tico;  Dificuldade de pensamento abstrato;  Falta de espontaneidade;  Pensamento estereotipado;  Pobreza afetiva – express€o. TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA De uma forma geral, o tratamento das esquizofrenias pode ser socioter•pico e farmacolƒgico, com base no uso de neurol„pticos.  Tratamento socioterápico: psicoterapia, terapia familiar e ocupacional.  Tratamento farmacológico: o Neurol„pticos t…picos (afinidade por receptores D2)  Diminuem sintomas positivos e previnem reca…das (80% recaem no 1• ano sem medica‚€o, apenas 20% usando antipsicƒticos).  Efeitos adversos: acatisia, parkinsonismo, hiperprolactinemia, discinesia tardia. o Neurol„pticos at…picos (afinidade por receptores 5HT2a, H1, D4)  S€o mais efetivos nos sintomas negativos em compara‚€o aos t…picos, mas tamb„m s€o efetivos nos sintomas positivos.  A Clozapina est• relacionada com agranulocitose 2
  • 3. Arlindo Ugulino Netto – FARMACOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 Os neurol€pticos, uma sub-divis€o dentro dos antipsicƒticos, foram os primeiros f•rmacos desenvolvidos para o tratamento de sintomas positivos da psicoses (alucina‚Œes e del…rios). Seus efeitos adversos s€o caracterizados por um conjunto de sintomas conhecido vulgarmente como impregan‚€o neurol„ptica ou efeitos extrapiramidais. Como se sabe, a superatividade das vias neuronais de dopamina (e a diminui‚€o dos n…veis de acetilcolina) em n…vel do sistema l…mbico cerebral „ importante na patogenia da esquizofrenia. O receptor mais importante dessas vias „ o receptor dopamin„rgico D2. Os antipsicƒticos funcionam como antagonistas do receptor D2, diminuindo a sua ativa‚€o pela dopamina endƒgena. Os efeitos de controle sobre os sintomas da esquizofrenia surgem quando 80% dos receptores D2 est€o bloqueados pelo antagonista. Atualmente, certos neurol„pticos t‹m a capacidade de atuar nos receptores serotonin„rgicos, acetilcolin„rgico, histam…nico e noradren„rgico. NEUROL•PTICOS “TƒPICOS” (CL…SSICOS OU DE PRIMEIRA GERA†‡O) Os antipsicƒticos de primeira gera‚€o s€o medicamentos que bloqueiam preferencialmente os receptores D2 da dopamina nos sistemas dopamin„rgicos mesol…mbico e mesocortical (objetivos do tratamento), nigroestriatal e tˆbero- infundibular (relacionados com os efeitos colaterais). S€o eficazes para tratar alucina‚Œes, del…rios, desagrega‚€o do pensamento e agita‚€o psicomotora, e produzem efeitos colaterais importantes (vide abaixo). S€o medicamentos eficazes para o tratamento de episƒdios psicƒticos agudos ou cr‰nicos. S€o predominantemente eficazes para os sintomas positivos e n€o t‹m a‚€o importante nos negativos. Os principais s€o:  Fenotiazinas: Clorpromazina (Amplictil•), Flufenazina, Levomepromazina (Neozine•)  Butirofenonas: Haloperidol (Haldol•), Droperidol (Droperdal•)  Tioxantinas: Clopentixol, Tiotixeno Efeitos colaterais: Prolactina aumentada (pois bloqueiam os receptores dopamin„rgicos da via tˆbero-infundibular), Efeitos anticolin„rgicos (porque bloqueiam os receptores muscar…nicos, que inclusive reduz os efeitos extrapiramidais), Seda‚€o (porque bloqueiam receptores histamin„rgicos), Ganho de peso, Sintomas extrapiramidais (bloqueio dos receptores dopamin„rgicos da via nigro-estriada), Rea‚Œes de hipersensibilidade (favorece e produ‚€o mastocit•ria de histamina), Hipotens€o (bloqueiam os receptores α-adren„rgicos). NEUROL•PTICOS “ATƒPICOS” (RECENTES OU DE SEGUNDA GERA†‡O) Os antipsicƒticos at…picos s€o os neurol„pticos de segunda gera‚€o, que atuam em outros s…tios da dopamina e que produzem menos efeitos parkinsonianos. S€o medica‚Œes mais bem toleradas, mais eficazes para sintomas negativos, por„m, de alto custo. S€o medicamentos que constituem a primeira op‚€o para o tratamento do primeiro episƒdio psicƒtico, quando h• intoler•ncia aos neurol„pticos t…picos ou predomin•ncia dos sintomas negativos. Os mais indicados s€o a Risperidona e a Olanzapina. Os principais representantes s€o:  Clozapina (Leponex•): seu uso est• mais correlacionado Š agranulocitose, e quando os leucƒcitos caem abaixo de 3.000, a medica‚€o deve ser interrompida.  Olanzapina (Zyprexa•)  Risperidona: bloqueia os receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina. Efeitos colaterais: ins‰nia, agita‚€o, ansiedade, efeitos extra-piramidais, pseudoparkinsonismo, discinesia, etc.  Sulpirida, Remoxiprida e Pimozida: manifestam menores efeitos piramidais  Sertindol (associado a arritmias) e Quetiapina (associado a taquicardia). ESCOLHA DO ANTIPSICˆTICO (NEUROL•PTICO)  Problema: alto risco de distonia (homem abaixo dos 30 anos, mulher abaixo de 25 anos). Escolha: Risperidona.  Problema: Riscos geri•tricos (muito anticolin„rgico, ortostatismo, seda‚€o), comprometimento cognitivo ou delirium. Escolha: Alta pot‰ncia (exemplo: Haloperidol) ou Risperidona. Evitar Clozapina ou Olanzapina.  Problema: sintomas negativos predominantes ou severos. Escolha: Risperidona ou Clozapina.  Problema: Resistente ao tratamento. Escolha: depois de potencializar o tratamento, optar por Risperidona ou Clozapina.  Problema: risco de convulsŒes. Escolha: alta pot‰ncia (ex: Haloperidol). Evitar Clozapina.  Problema: obesidade. Escolha: Alta pot‰ncia. Evitar neurol€pticos de baixa pot‰ncia. Aconselhar o paciente a perder peso. Evitar Clozapina, Risperidona e Quetiapina.  Problema: Arritmia card…aca. Escolha: Alta pot‰ncia; evitar Sertindol e Quetiapina.  Problema: agita‚€o extrema. Escolha: Alta pot‰ncia (Haloperidol).  Problema: ader‹ncia m…nima ao medicamento. Escolha: Decanoato de Haloperidol ou Flufenazina (depŠsito, alta pot‰ncia). 3