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Acesso aberto à Ciência
Ernest Abadal
Sobre o autor
. Catedrático da Faculdade de Biblioteconomia
e Documentação da Universidade de Barcelona.
. Licenciado em Filosofia, diplomado em Biblioteconomia
e Documentação e doutor em Ciências da Informação.
. Editor da revista BiD: textos universitários de biblioteconomia e
documentação.
. O âmbito de docência e de pesquisa são as tecnologias aplicadas à
documentação, em especial as publicações digitais.
Sobre o livro
. Publicado em 2012 pela Editorial UOC
(Coleção El Profesional de la Información).
. Estrutura:
. Apresentação
. Fundamentos
. Revistas científicas
. Repositórios
. Aspectos legais
. Os científicos
. Políticas de promoção
. Perspectivas de futuro
. Bibliografia
Sete mal entendidos sobre o acesso aberto
. O acesso aberto quer eliminar a revisão por pares (peer review)
. As revistas em acesso aberto não tem qualidade e nem são sustentáveis
economicamente
. Os repositórios contem material de pouca qualidade e não tem visibilidade
. O acesso aberto é uma maneira de esquivar-se dos direitos de autor
. Os científicos não estão interessados e nem motivados pelo acesso aberto
. Não há interesse em se promover o acesso aberto
. O acesso aberto tem uma presença residual na comunicação científica
APRESENTAÇÃO
Referenciais
Este livro possui um caráter de divulgação do acesso aberto.
Entre os principais teóricos dedicados ao estudo do acesso aberto:
- Peter Suber: professor em Stanford e autor dos textos mais citados sobre
o conceito de acesso aberto;
- Jean-Claude Guedón: professor na Universidade de Montreal que analisa
os aspectos sociológicos;
- Steven Harnad: da Universidade de Southampton e criador do diretório
ROAR;
- John Willinsky: impulsor do Public Knowledge Project.
APRESENTAÇÃO
. O cadeado que abre duas portas: a econômica e a jurídica.
. Mudança no modelo de funcionamento da comunicação
científica. Uma mudança de paradigma, uma revolução que
quer modificar o sistema de comunicação da ciência.
“Open access literature is digital, online, free of charge, and
free of most copyright and licensing restrictions”
(SUBER, 2006).
FUNDAMENTOS
Declaração de Budapeste (2002)
“Uma velha tradição e uma nova tecnologia convergem para tornar possível
um bem público sem precedentes. A velha tradição é a vontade dos científicos
e acadêmicos de publicar os frutos de suas pesquisas em revistas científicas
sem custo algum, somente pelo bem da pesquisa e pela difusão do
conhecimento. A nova tecnologia é a Internet.
O bem público que ambas tornam possível é a distribuição digital a todo o
mundo da literatura científica revista por pares assim como o acesso
totalmente livre e sem restrições a todos os científicos, acadêmicos,
professores, estudantes e outras pessoas interessadas.”
FUNDAMENTOS
FUNDAMENTOS
Arquivamento
em repositórios
Publicação em revistas
de acesso aberto
Cronologia
FUNDAMENTOS
1991: WWW, arXiv
1997: SciELO, RePEC, SPARC
1999: OAI, BioMed Central,
UNESCO Declaration
Antes
de
2000
2000 2001 2002 2003 2004
PubMed Central
Eprints
United Nations, Economic and
Social Council Declaration
PLoS Open letter
OAister, CC, RoMEO Project,
DSpace, OJS, Budapest
Declaration, IFLA Internet
Manifesto
FEDORA, DOAJ, PLoS Biology,
Bethesda Statement, Berlin
Declaration
SHERPA/RoMEO, Hybrid
Journal programa, OECD
Delcaration, IFLA Statement
Cronologia
FUNDAMENTOS
Science Commons, ROAR
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Driver, OpenDOAR,
SHERPA/JULIET, PLoS One,
SPARC Author’s Addendum
UKPMC
OASPA, US NIH Mandate,
Harvard University OA Mandate
PMC Canada, COAR, OpenAIRE
Declaración de Alhambra
Vantagens do OA
- Crescimento do uso e do impacto;
- Melhoria na qualidade da pesquisa;
- Redução de custos.
FUNDAMENTOS
Benefícios do OA
- Transferência direta de conhecimento para a sociedade;
- Rompe as barreiras entre países ricos e pobres;
- Permite visualizar o investimento público realizado em pesquisa.
Origens
As primeiras revistas científicas nascem em 1991: Surfaces (Jean-Claude
Guedón) e Psycoloquy (Stevan Harnad).
A Public Library Science (PLoS) consegue dar um grande impulso no contexto,
em 2003, com a publicação da sua primeira revista, PLoS Biology.
A fonte mais completa e confiável para saber o número de periódicos
existentes é o Ulrich’s periodicals directory (92 mil). Exclusivamente em acesso
aberto, a melhor fonte é o Directory of Open Access Journal (DOAJ) (7.400).
REVISTAS CIENTÍFICAS
REVISTAS CIENTÍFICAS
ELITE
PEER REVIEW
SEM REVISÃO
Revistas indexadas na Web of Science (10
mil) e na Scopus (19 mil).
Revistas revisadas por pares para
assegurar a qualidade (34 mil).
Revistas que trabalham mais com
divulgação do que com pesquisa, sem
revisão (39 mil).
REVISTAS CIENTÍFICAS
POSIÇÃO PAÍS TÍTULOS
1ª Estados Unidos 1345
2ª Brasil 664
3ª Reino Unido 529
4ª Espanha 401
5ª Índia 374
6ª Alemanha 242
7ª Canadá 225
8ª Romênia 217
9ª Itália 195
10ª Turquia 181
Principais países editores de revistas em
acesso aberto (DOAJ, 2012)
Tipologias
- Gratuitas e livres para autores e leitores
- Caso da maioria das revistas em acesso aberto
- Pagar para publicar
- Autor que quiser publicar precisa pagar para tal
- Paga para publicar em revista comercial
- Semelhante com o caso acima, mas que exigem o pagamento de uma
assinatura da revista
- Acesso gratuito
- Conteúdo gratuito após um período de tempo da publicação
REVISTAS CIENTÍFICAS
Origem
No início do movimento de acesso aberto, os “arquivos de eprints” e os
“arquivos abertos” viriam a se configurar depois como os atuais repositórios.
Um repositório é um espaço na web que recolhe, preserva e difunde a
produção acadêmica de uma instituição (ou de uma disciplina científica),
permitindo o acesso aos objetos digitais e aos seus metadados.
Contém textos completos, com acesso aos metadados de maneira
interoperável.
Podem ser institucionais ou temáticos.
REPOSITÓRIOS
Origem
No início do movimento de acesso aberto, os “arquivos de eprints” e os
“arquivos abertos” viriam a se configurar depois como os atuais repositórios.
Um repositório é um espaço na web que recolhe, preserva e difunde a
produção acadêmica de uma instituição (ou de uma disciplina científica),
permitindo o acesso aos objetos digitais e aos seus metadados.
Contém textos completos, com acesso aos metadados de maneira
interoperável.
Podem ser institucionais ou temáticos.
Armazenam artigos, recursos docentes, objetos de aprendizagem, livros,
vídeos...
REPOSITÓRIOS
Aspectos tecnológicos
- Fundamental intercambiar dados entre outros repositórios ou outros
sistemas (interoperabilidade);
- Protocolo OAI-PMH: peça fundamental para permitir a interoperabilidade.
REPOSITÓRIOS
Serviços de recoleções
- BASE: 30 milhões de documentos de mais de 2.500 repositórios;
- OAIster: produto da OCLC com mais de 25 milhões de registros;
- Recolecta: facilita o acesso aos conteúdos acadêmicos de repositórios
espanhóis.
Números
- Segundo ROAR, mais de cem países tem repositórios sendo encabeçados
por Estados Unidos (15%), Reino Unido (9%), Alemanha (7%), Japão (6%) e
Espanha (4%);
- 3 em cada 4 repositórios são de artigos de periódicos;
- 60% dos repositórios são de teses, working papers, livros e anais;
- Tipologias menos frequentes: softwares, patentes e objetos de
aprendizagem.
- DSpace é o software dominante (40-45%), seguido do ePrints (15-18%).
REPOSITÓRIOS
Direitos de autor
Direitos morais: reconhece a autoria sem prazo de validade.
Direitos de exploração: possui um prazo de validade (em torno de 70 anos após
morte do autor) em cima da criação. Podem ser direitos de: reprodução,
distribuição, comunicação pública e de adaptação.
ASPECTOS LEGAIS
Licenças abertas
Copyleft: garante a cópia, modificação, reprodução e distribuição do trabalho,
garantindo o mesmo tipo de licença entre os usuários do material.
CreativeCommons: estabelece um conjunto de textos legais que servem para
que o autor possa ter alguns direitos sobre sua criação. Possui 4 elementos
básicos: de reconhecimento, de uso não-comercial, compartilhar igual e sem
obra derivada.
Licenças CreativeCommons
ASPECTOS LEGAIS
OS CIENTÍFICOS
A Síndrome de Dr. Jekyll e Mr. Hyde
Enquanto leitores, os autores preferem as fontes
de acesso aberto e desejam a quebra de barreiras.
Enquanto autores, estão preocupados em publicar
em revistas de alto impacto sem que o copyright,
preço ou difusão das mesmas sejam relevantes no
momento da escolha.
O que pensam: comportamento como leitor
- Reconhecem cada vez mais o modelo de acesso aberto, inclusive
manifestando apoio.
- As revistas em acesso aberto poderiam beneficiar suas áreas de pesquisa.
- Destaque para algumas qualidades: bem à comunidade, benefício
econômico, acessibilidade, acesso online.
ASPECTOS LEGAIS
O que fazem: comportamento como autor
Por que não publicam em revistas?
- Falta de financiamento para o pagamento de submissão dos artigos.
- Qualidade das revistas científicas.
- Acessibilidade, desconhecimento ou falta de hábito.
Por que não depositam em repositórios?
- Dúvidas sobre infringir direitos autorais.
- Receios sobre a qualidade do espaço.
- Temor ao plágio.
- Muitos trâmites
ASPECTOS LEGAIS
Uma política que impulsione o acesso aberto tem que contemplar um
conjunto amplo de mecanismos de intervenção que podem ser a criação de
infraestruturas e prestação de serviços, a comunicação e difusão, o incentivo
econômico, a coordenação institucional assim como a regulamentação.
Alguns exemplos que tem suas próprias políticas: Southampton, Queensland
e Victoria, Harvard, MIT, Yale, Princeton, Stanford.
Espanha: Comunidade de Madrid aprovou em 2008 a obrigatoriedade de
depósito em acesso aberto de publicações oriundas de projetos de pesquisa
financiados. Desde 2009, 7 mandatos de acesso aberto requerem o depósito
de todas as publicações, não somente com financiamento.
POLÍTICAS DE PROMOÇÃO
Em meio a tantos impasses apresentados no decorrer do livro, tem se
percebido que o acesso aberto está se consolidando.
Um paradigma não se constrói do dia para a noite.
PERSPECTIVAS DE FUTURO
ABADAL, Ernest. Accesso abierto a la ciencia. Barcelona: Editorial UOC, 2012.
REFERÊNCIA
OBRIGADO!
Jorge Moisés Kroll do Prado
Doutorando em Ciência da Informação
Universidade Federal de Santa Catarina
jorge.exlibris@gmail.com

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Acesso aberto à ciência, de Ernest Abadal

  • 1. Acesso aberto à Ciência Ernest Abadal
  • 2. Sobre o autor . Catedrático da Faculdade de Biblioteconomia e Documentação da Universidade de Barcelona. . Licenciado em Filosofia, diplomado em Biblioteconomia e Documentação e doutor em Ciências da Informação. . Editor da revista BiD: textos universitários de biblioteconomia e documentação. . O âmbito de docência e de pesquisa são as tecnologias aplicadas à documentação, em especial as publicações digitais.
  • 3. Sobre o livro . Publicado em 2012 pela Editorial UOC (Coleção El Profesional de la Información). . Estrutura: . Apresentação . Fundamentos . Revistas científicas . Repositórios . Aspectos legais . Os científicos . Políticas de promoção . Perspectivas de futuro . Bibliografia
  • 4. Sete mal entendidos sobre o acesso aberto . O acesso aberto quer eliminar a revisão por pares (peer review) . As revistas em acesso aberto não tem qualidade e nem são sustentáveis economicamente . Os repositórios contem material de pouca qualidade e não tem visibilidade . O acesso aberto é uma maneira de esquivar-se dos direitos de autor . Os científicos não estão interessados e nem motivados pelo acesso aberto . Não há interesse em se promover o acesso aberto . O acesso aberto tem uma presença residual na comunicação científica APRESENTAÇÃO
  • 5. Referenciais Este livro possui um caráter de divulgação do acesso aberto. Entre os principais teóricos dedicados ao estudo do acesso aberto: - Peter Suber: professor em Stanford e autor dos textos mais citados sobre o conceito de acesso aberto; - Jean-Claude Guedón: professor na Universidade de Montreal que analisa os aspectos sociológicos; - Steven Harnad: da Universidade de Southampton e criador do diretório ROAR; - John Willinsky: impulsor do Public Knowledge Project. APRESENTAÇÃO
  • 6. . O cadeado que abre duas portas: a econômica e a jurídica. . Mudança no modelo de funcionamento da comunicação científica. Uma mudança de paradigma, uma revolução que quer modificar o sistema de comunicação da ciência. “Open access literature is digital, online, free of charge, and free of most copyright and licensing restrictions” (SUBER, 2006). FUNDAMENTOS
  • 7. Declaração de Budapeste (2002) “Uma velha tradição e uma nova tecnologia convergem para tornar possível um bem público sem precedentes. A velha tradição é a vontade dos científicos e acadêmicos de publicar os frutos de suas pesquisas em revistas científicas sem custo algum, somente pelo bem da pesquisa e pela difusão do conhecimento. A nova tecnologia é a Internet. O bem público que ambas tornam possível é a distribuição digital a todo o mundo da literatura científica revista por pares assim como o acesso totalmente livre e sem restrições a todos os científicos, acadêmicos, professores, estudantes e outras pessoas interessadas.” FUNDAMENTOS
  • 9. Cronologia FUNDAMENTOS 1991: WWW, arXiv 1997: SciELO, RePEC, SPARC 1999: OAI, BioMed Central, UNESCO Declaration Antes de 2000 2000 2001 2002 2003 2004 PubMed Central Eprints United Nations, Economic and Social Council Declaration PLoS Open letter OAister, CC, RoMEO Project, DSpace, OJS, Budapest Declaration, IFLA Internet Manifesto FEDORA, DOAJ, PLoS Biology, Bethesda Statement, Berlin Declaration SHERPA/RoMEO, Hybrid Journal programa, OECD Delcaration, IFLA Statement
  • 10. Cronologia FUNDAMENTOS Science Commons, ROAR 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Driver, OpenDOAR, SHERPA/JULIET, PLoS One, SPARC Author’s Addendum UKPMC OASPA, US NIH Mandate, Harvard University OA Mandate PMC Canada, COAR, OpenAIRE Declaración de Alhambra
  • 11. Vantagens do OA - Crescimento do uso e do impacto; - Melhoria na qualidade da pesquisa; - Redução de custos. FUNDAMENTOS Benefícios do OA - Transferência direta de conhecimento para a sociedade; - Rompe as barreiras entre países ricos e pobres; - Permite visualizar o investimento público realizado em pesquisa.
  • 12. Origens As primeiras revistas científicas nascem em 1991: Surfaces (Jean-Claude Guedón) e Psycoloquy (Stevan Harnad). A Public Library Science (PLoS) consegue dar um grande impulso no contexto, em 2003, com a publicação da sua primeira revista, PLoS Biology. A fonte mais completa e confiável para saber o número de periódicos existentes é o Ulrich’s periodicals directory (92 mil). Exclusivamente em acesso aberto, a melhor fonte é o Directory of Open Access Journal (DOAJ) (7.400). REVISTAS CIENTÍFICAS
  • 13. REVISTAS CIENTÍFICAS ELITE PEER REVIEW SEM REVISÃO Revistas indexadas na Web of Science (10 mil) e na Scopus (19 mil). Revistas revisadas por pares para assegurar a qualidade (34 mil). Revistas que trabalham mais com divulgação do que com pesquisa, sem revisão (39 mil).
  • 14. REVISTAS CIENTÍFICAS POSIÇÃO PAÍS TÍTULOS 1ª Estados Unidos 1345 2ª Brasil 664 3ª Reino Unido 529 4ª Espanha 401 5ª Índia 374 6ª Alemanha 242 7ª Canadá 225 8ª Romênia 217 9ª Itália 195 10ª Turquia 181 Principais países editores de revistas em acesso aberto (DOAJ, 2012)
  • 15. Tipologias - Gratuitas e livres para autores e leitores - Caso da maioria das revistas em acesso aberto - Pagar para publicar - Autor que quiser publicar precisa pagar para tal - Paga para publicar em revista comercial - Semelhante com o caso acima, mas que exigem o pagamento de uma assinatura da revista - Acesso gratuito - Conteúdo gratuito após um período de tempo da publicação REVISTAS CIENTÍFICAS
  • 16. Origem No início do movimento de acesso aberto, os “arquivos de eprints” e os “arquivos abertos” viriam a se configurar depois como os atuais repositórios. Um repositório é um espaço na web que recolhe, preserva e difunde a produção acadêmica de uma instituição (ou de uma disciplina científica), permitindo o acesso aos objetos digitais e aos seus metadados. Contém textos completos, com acesso aos metadados de maneira interoperável. Podem ser institucionais ou temáticos. REPOSITÓRIOS
  • 17. Origem No início do movimento de acesso aberto, os “arquivos de eprints” e os “arquivos abertos” viriam a se configurar depois como os atuais repositórios. Um repositório é um espaço na web que recolhe, preserva e difunde a produção acadêmica de uma instituição (ou de uma disciplina científica), permitindo o acesso aos objetos digitais e aos seus metadados. Contém textos completos, com acesso aos metadados de maneira interoperável. Podem ser institucionais ou temáticos. Armazenam artigos, recursos docentes, objetos de aprendizagem, livros, vídeos... REPOSITÓRIOS
  • 18. Aspectos tecnológicos - Fundamental intercambiar dados entre outros repositórios ou outros sistemas (interoperabilidade); - Protocolo OAI-PMH: peça fundamental para permitir a interoperabilidade. REPOSITÓRIOS Serviços de recoleções - BASE: 30 milhões de documentos de mais de 2.500 repositórios; - OAIster: produto da OCLC com mais de 25 milhões de registros; - Recolecta: facilita o acesso aos conteúdos acadêmicos de repositórios espanhóis.
  • 19. Números - Segundo ROAR, mais de cem países tem repositórios sendo encabeçados por Estados Unidos (15%), Reino Unido (9%), Alemanha (7%), Japão (6%) e Espanha (4%); - 3 em cada 4 repositórios são de artigos de periódicos; - 60% dos repositórios são de teses, working papers, livros e anais; - Tipologias menos frequentes: softwares, patentes e objetos de aprendizagem. - DSpace é o software dominante (40-45%), seguido do ePrints (15-18%). REPOSITÓRIOS
  • 20. Direitos de autor Direitos morais: reconhece a autoria sem prazo de validade. Direitos de exploração: possui um prazo de validade (em torno de 70 anos após morte do autor) em cima da criação. Podem ser direitos de: reprodução, distribuição, comunicação pública e de adaptação. ASPECTOS LEGAIS Licenças abertas Copyleft: garante a cópia, modificação, reprodução e distribuição do trabalho, garantindo o mesmo tipo de licença entre os usuários do material. CreativeCommons: estabelece um conjunto de textos legais que servem para que o autor possa ter alguns direitos sobre sua criação. Possui 4 elementos básicos: de reconhecimento, de uso não-comercial, compartilhar igual e sem obra derivada.
  • 22. OS CIENTÍFICOS A Síndrome de Dr. Jekyll e Mr. Hyde Enquanto leitores, os autores preferem as fontes de acesso aberto e desejam a quebra de barreiras. Enquanto autores, estão preocupados em publicar em revistas de alto impacto sem que o copyright, preço ou difusão das mesmas sejam relevantes no momento da escolha.
  • 23. O que pensam: comportamento como leitor - Reconhecem cada vez mais o modelo de acesso aberto, inclusive manifestando apoio. - As revistas em acesso aberto poderiam beneficiar suas áreas de pesquisa. - Destaque para algumas qualidades: bem à comunidade, benefício econômico, acessibilidade, acesso online. ASPECTOS LEGAIS
  • 24. O que fazem: comportamento como autor Por que não publicam em revistas? - Falta de financiamento para o pagamento de submissão dos artigos. - Qualidade das revistas científicas. - Acessibilidade, desconhecimento ou falta de hábito. Por que não depositam em repositórios? - Dúvidas sobre infringir direitos autorais. - Receios sobre a qualidade do espaço. - Temor ao plágio. - Muitos trâmites ASPECTOS LEGAIS
  • 25. Uma política que impulsione o acesso aberto tem que contemplar um conjunto amplo de mecanismos de intervenção que podem ser a criação de infraestruturas e prestação de serviços, a comunicação e difusão, o incentivo econômico, a coordenação institucional assim como a regulamentação. Alguns exemplos que tem suas próprias políticas: Southampton, Queensland e Victoria, Harvard, MIT, Yale, Princeton, Stanford. Espanha: Comunidade de Madrid aprovou em 2008 a obrigatoriedade de depósito em acesso aberto de publicações oriundas de projetos de pesquisa financiados. Desde 2009, 7 mandatos de acesso aberto requerem o depósito de todas as publicações, não somente com financiamento. POLÍTICAS DE PROMOÇÃO
  • 26. Em meio a tantos impasses apresentados no decorrer do livro, tem se percebido que o acesso aberto está se consolidando. Um paradigma não se constrói do dia para a noite. PERSPECTIVAS DE FUTURO
  • 27. ABADAL, Ernest. Accesso abierto a la ciencia. Barcelona: Editorial UOC, 2012. REFERÊNCIA
  • 28. OBRIGADO! Jorge Moisés Kroll do Prado Doutorando em Ciência da Informação Universidade Federal de Santa Catarina jorge.exlibris@gmail.com