A União Europeia está considerando novas regras para veículos autônomos. As regras propostas exigiriam que os fabricantes de veículos autônomos assumam mais responsabilidade por acidentes e garantam que os sistemas de direção automatizados sejam seguros e éticos. Os legisladores da UE esperam que as novas regras criem confiança nos consumidores e promovam a inovação responsável na indústria de veículos autônomos.
1. INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE
TÉCNICA DE EXECUÇÃO DE
LIGADURAS
Prof. Amadeu
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2. SUMÁRIO
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1. Executar a técnica da ligadura circular ou em espiral
2. Executar a técnica da ligadura em espiga
3. Executar a técnica da ligadura em leque ou voltas em oito
4. Executar a técnica da ligadura do capacete de Hipócrates
5. Executar a técnica da ligadura do coto de amputação
6. Executar a técnica da ligadura do cruzado posterior
7. Executar a técnica da ligadura de Gerdy ou Velpeau
8. Executar a técnica da ligadura de Robert Jones
3. CONCEITO
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INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM QUE CONSISTE NA
APLICAÇÃO DE UMA LIGADURA CUJA FINALIDADE É A
IMOBILIZAÇÃO COMPLETA OU PARCIAL, CONTENÇÃO
OU COMPRESSÃO DE UMA ÁREA CORPORAL.
4. Tipos de ligaduras:
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Ligaduras de gaze – feitas de tecido de gaze de vários
tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm). Estas ligaduras permitem
manter sempre a mesma tensão e servem essencialmente
para suster pensos oclusivos ou de compressão, manter
imobilizações das articulações, suster talas gessadas e
outros.
5. Tipos de ligaduras:
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Ligaduras elásticas – feitas de tecido elástico de nylon,
em vários tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm). Estas ligaduras
permitem alguma margem de compressão e são
utilizadas para assegurar a imobilização articular
facilitando alguma mobilização embora mínima. São
também usadas como ligaduras de contenção nos
membros inferiores.
6. Tipos de ligaduras:
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Ligaduras de forte componente elástica – feitas de
material elástico de forte contenção. São usadas numa
segunda fase para a moldagem de cotos.
Ligaduras elásticas adesivas – feitas de um tecido
elástico, de medidas standardizadas (10 cm),
impregnadas de um produto adesivo. São usadas
essencialmente na imobilização de articulações pós
acidente, permitem alguma mobilidade e funcionam
basicamente como tratamento antiálgico..
7. Tipos de ligaduras:
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Ligaduras de algodão – feitas de algodão ou material
sintético, de vários tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm). São
usadas principalmente para almofadamento e proteção
das proeminências ósseas antes da colocação de
aparelhos gessados para imobilização de fraturas. É
também usada como proteção e almofadamento em
várias imobilizações (como no caso da ligadura tipo
Robert Jonnes).
8. Princípios gerais na execução de ligaduras:
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As ligaduras devem ser colocadas em local de fácil
acesso de preferência o mais junto possível do doente,
antes de se iniciar a sua colocação;
Deve fazer sempre a limpeza da área a tratar, assim
como realizar os pensos necessários antes de iniciar a
imobilização;
9. Princípios gerais na execução de ligaduras:
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Segurar o rolo com a mão dominante e a extremidade inicial com
a mão não dominante;
• Iniciar e terminar a ligadura sempre com duas circulares
sobrepostas;
Aplicar a ligadura de modo regular exercendo pressão uniforme;
Se for necessário acrescentar outra ligadura, sobrepor totalmente
a última volta.
10. Princípios gerais na execução de ligaduras:
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A ligadura inicia-se sempre da extremidade distal para
a proximal.
Nos membros inicia-se a partir da raiz (base) dos
dedos, se possível de forma, a permitir a sua
mobilização ativa e despiste de sinais de alerta. Nos
cotos, inicia-se cerca de um palmo acima do extremo do
coto em forma de “V”, podendo ser necessário efetuar
algumas circulares à volta da cintura ou do tronco,
consoante o caso, para dar maior apoio e segurança;
11. Classificação das ligaduras:
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1. Ligaduras simples
• Circular ou espiral
• Espiga
• Leque ou voltas em oito
2. Ligaduras recorrentes
• Capacete
• Coto
3. Ligaduras de imobilização não funcionais
• Cruzado posterior
• Gerdy ou Velpeau
• Robert Jones
12. 1. Executar a técnica da ligadura circular ou em
espiral
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Estas ligaduras utilizam-se em pequenos segmentos para a
contenção, a imobilização ou a sustentação da região a tratar. A
sua forma de execução assemelha-se a uma espiral, cada volta
sobrepõe-se parcialmente à anterior, verificando-se que as
extremidades iniciais e terminais ficam com a mesma localização.
13. 1. Executar a técnica da ligadura circular ou em
espiral
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14. 2. Executar a técnica da ligadura em espiga
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Estas ligaduras utilizam-se em regiões onde é pretendido
aumentar a compressão e sustentabilidade. A sua forma de
execução inicia-se seguindo uma posição oblíqua e uma
orientação em “8”, sempre com uma distância de sobreposição
igual em cerca de metade da passagem anterior. O aspeto final
assemelha-se a uma espiga.
16. 3. Executar a técnica da ligadura em leque ou voltas
em oito
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Estas ligaduras utilizam-se para imobilizar articulações e para
dar continuidade à execução de uma ligadura (passar de um
segmento para outro). Inicia-se no centro da articulação e cada
volta cruza a anterior, formando um leque..
18. Ligaduras recorrentes
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As ligaduras recorrentes utilizam-se para contenção de pensos no
couro cabeludo e imobilização de áreas arredondadas, como
cotos de amputação.
19. Ligaduras recorrentes – Capacete de Hipocrates
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1. Reunir o material
• Ligadura elástica 10 cm
2. Ensinar a Pessoa
3. Posicionar a Pessoa
• Sentado
4. Lavar as mãos
5. Colocar a ligadura de forma a efetuar duas circulares sobrepostas e de seguida, na
região frontal, dobrar de forma a fazer uma perpendicular entre a região frontal e a
occipital.
6. Efetuar as restantes passagens em forma de “V” sobrepondo sempre a primeira, pelo
menos em metade da passagem anterior.
Pode ser necessário efetuar uma circular.
7. Finalizar com duas circulares e prender com adesivo.
21. Ligaduras recorrentes – coto de amputação
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1. Reunir o material.
• Numa primeira fase de tratamento as ligaduras selecionadas para o coto de amputação
devem ser de algodão e elasticas;
• Numa segunda fase de tratamento as ligaduras devem ser de forte componente elástica.
2. Ensinar a pessoa
3. Posicionar a Pessoa
• Sentado (no caso de amputação do membro superior)
• Decúbito dorsal (no caso de amputação no membro inferior)
4. Observar a pessoa
5. Lavar as mãos
6. A ligadura deve iniciar-se com uma perpendicular central e de seguida uma obreposição
em “V”.
22. Ligaduras recorrentes – coto de amputação
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7. De seguida inicia-se a sobreposição de circulares, em posição oblíqua, acima
dos bordos do coto, de modo a que a segunda passagem sobreponha sempre
pelo menos metade da passagem anterior em forma de “8”, procurando tapar o
coto por completo. O coto irá adquirir uma forma cónica.
8. Finalizar com duas circulares e prender com adesivo.
9. No caso da amputação acima do joelho ou acima do cotovelo pode ser necessario
passar duas circulares pela região torácica ou dorsal.
10. Ensinar a pessoa sobre:
• Diminuição da sensibilidade;
• Edemas.
24. Técnica da ligadura do cruzado posterior
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Esta técnica é usada para estabilizar uma fratura ou luxação da clavícula como
tratamento conservador. Funciona também como tratamento antiálgico.
1. Reunir o material:
• Para higiene da pele
• Ligaduras de algodão de 10 cm (uma);
• Ligadura de gaze 10 cm (uma a duas);
• Adesivo largo.
2. Ensinar a pessoa
3. Posicionar a Pessoa
• Sentado com as mãos na cintura, de forma a ficar com os braços abertos em
arco.
25. Técnica da ligadura do cruzado posterior
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4. Calçar luvas (não estéreis)
5. Limpar/desodorizar as axilas
6. Lavar as mãos
7. Iniciar-se a aplicação da ligadura de algodão, em forma de oito invertido, que se cruza nas
costas, mais ou menos 10 cm abaixo da região occipital.
8. De seguida deve aplicar-se a ligadura de gaze. Deixa-se a extremidade inicial solta e aplicase a ligadura em cima da de algodão, em forma de oito invertido
cruzando nas costas.
9. Para terminar dá-se um nó com as duas extremidades da ligadura (a inicial e a final)
exatamente no ponto de cruzamento das ligaduras na região interescapular.
10. Rematar com um pouco de adesivo.
Ensinar/ Instruir a pessoa sobre:
• Dor;
• Formigueiro.
27. Executar a técnica da ligadura de Gerdy ou Velpeau
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Estas técnicas são usadas no tratamento conservador de fraturas do colo do úmero,
de fraturas do 1/3 proximal do úmero e de luxações do ombro. Nestes casos
funciona também como tratamento antiálgico. O tempo de tratamento com este tipo
de ligaduras é habitualmente de quatro semanas, no entanto, por razões diversas,
tanto nos jovens como nos idosos, este período pode ser variável.
As imobilizações de Gerdy e Velpeau são basicamente iguais, tanto na forma de
se executarem como nos objetivos a atingir. Diferem sobretudo no posicionamento
e na imobilidade do antebraço. Nos últimos anos, a técnica e também os materiais
usados na realização destas imobilizações têm vindo lentamente a modificar-se,
dando origem a uma técnica única.
28. Técnica da ligadura de Gerdy ou Velpeau
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1. Reunir o material.
• Para higiene da pele;
• Compressas;
• Ligaduras elásticas de 10 ou 15 cm (uma);
• Ligaduras de gaze de 10 ou 15 cm (uma a duas);
• Ligadura elástica adesiva 10 cm
• Adesivo largo.
2. Ensinar a pessoa
3. Posicionar a Pessoa
• Em pé. (Se tiver muita dificuldade em manter-se de pé pode ficar sentado).
4. Calçar luvas (não estéreis)
29. Técnica da ligadura de Gerdy ou Velpeau
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5. Lavar e limpar as axilas
Nas mulheres – axilas e região inframamária Reunir o material.
6. Lavar as mãos
7. Colocar uma compressa grande/ligadura de algodão ao
longo do tórax desde a axila. Nas mulheres – Colocar uma compressa grande na
região infra e outra na intermamária.
8. Inicia-se com ligadura de gaze (15 cm) em circulares que sobem da cintura até
à região mamilar.
9. Colocar o membro na posição pretendida, junto ao tórax.
30. Técnica da ligadura de Gerdy ou Velpeau
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10. Continuar com as circulares envolvendo o braço e o antebraço, cruzando as ligaduras
no ombro, sob o braço contrário do doente, uniformemente, de forma a
conseguir um bom ajustamento sem demasiado aperto do braço ao tórax.
Fazer o envolvimento total de todo o membro, desde o ombro até ao punho, deixando a
mão livre.
11. Iniciar o mesmo trabalho com ligadura elástica adesiva (tipo Tensoplast)
12. Ensinar /Instruir a pessoa sobre:
• Edema;
• Cianose;
• Palidez;
• Formigueiro.
32. Executar a técnica da ligadura de Robert Jones
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Esta técnica é usada no tratamento com imobilização de uma articulação traumatizada,
principalmente a dos
joelhos (derrame pós-traumático). Pode funcionar também, e só, como tratamento
antiálgico.
1. Reunir o material.
• Ligaduras de algodão de 10 ou 15 cm (4-6);
• Ligaduras de gaze de 10 ou 15 cm (4-6);
• Ligadura elástica adesiva 10 cm (4-6);
• Adesivo (5 cm).
2. Ensinar a Pessoa
3. Posicionar a Pessoa (Decubito dorsal)
4. Lavar as mãos
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5. Inicia-se a imobilização com a ligadura de algodão, ligeiramente acima dos maléolos, de
forma que a segunda passagem recubra metade da primeira, em espiral, atá à raiz da
coxa.
6. Da mesma forma aplica-se a ligadura de gaze, por cima da de algodão, fazendo uma
segunda camada.
7. Segue-se a aplicação de nova camada de ligadura de algodão novamente dos maléolos
até a raiz da coxa.
8. Aplica-se uma quarta camada de ligadura de gaze, por cima da de algodão.
9. Para finalizar pode aplicar-se uma quinta camada de ligadura elástica adesiva (tipo
Tensoplast) ou adesivo de modo a produzir a imobilidade completa.
10. Ensinar/ Instruir a pessoa sobre:
• Edema;
• Diminuição da sensibilidade.