SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
 No final da aula os estudantes devem:
 Conhecer as técnicas de preparo intra -
canalar
 Conhecer a indicação de cada e os
respectivos objectivos.
1. Canal fácil de preparar:
- diâmetro observável; livre; ápice formado; recto ou com
curvatura suave.
2. Canal difícil de preparar:
- diâmetro delgado; angulação ˃ 40⁰; dilacerados ou em
forma”S”.
3. Canais que exigem cuidados especiais:
- àpice incompleto;
- canais com perfurações;
- canais com reabsorções;
- Canais de dentes que apresentam anomalias de
desenvolvimento (raízes extras; Dens invaginatus);
- re – tratamento endodontico;
- instrumentos fracturados no interior do canal radicular.
Finalidades do Preparo:
LIMPEZA:
= Remoção de todo o conteúdo do sistema canalar antes e
durante a dilatação.
MODELAGEM:
= É o estabelecimento de uma cavidade com determinada
forma específica respeitando 4 objectivos mecânicos (Acesso
coronário, Dilatação do 1/3 apical, Dilatação do corpo do
canal, Convergência.)
2) Dilatação do 1/3 apical
 Fase mais delicada da preparação
 Idealmente o foramen apical deve ficar no
mesmo sitio, deve conservar o mesmo
diâmetro e deve ser permeável
3) Dilatação do corpo do canal
 Fase em que se cria o espaço suficiente para se efectuar a
obturação do canal.
 Uma dilatação exagerada:
- enfraquece a estrutura da raíz;
- aumenta a probabilidade de fractura vertical
- aumenta o risco de uma perfuração
 Uma dilatação insuficiente:
- dificulta a limpeza
Convergência
- Devemos estabelecer uma preparação
afunilada convergente para a constrição
apical.
- Esta preparação favorece a possibilidade
de se conseguir uma obturação hermética.
 Físicos – irrigar, aspirar e inundar.
 Químicos – soluções irrigadoras.
 Mecânicos – técnica de instrumentação.
 Alargar, Modelar e Desinfectar
A remoção do conteúdo do canal pode
compreender a remoção do tecido pulpar vital
sadio ou estruturalmente comprometido –
(pulpoctomia/pulpectomia) e a remoção de
restos necróticos nos casos de polpa morta –
necropulpectomia ou ainda de material
obturador nos casos de reintervenção
endodôntica – Retratamento endodôntico.
 As técnicas modernas de instrumentação,
são referidas como técnicas de preparo dos
canais radiculares, porque são baseadas na
complexidade anatómica do sistema de
canais radiculares e visão racional da região
apical dando enfase á “Zona Crítica Apical”.
( Schilder, 1974; Roane et al, 1985;
Buchanan, 1991 e De Deus, 1992)
Esta zona compreende os 4 mm finais da raiz, ou seja, a área
apical.
É nesta área que ocorre a maioria dos problemas do tratamento
endodontico.
- contém em íntima relação os tecidos e os elementos
estruturais do periápice ( o canal radicular apical, o forame
apical e as foraminas).
- pode conter μorganismos, que estão presentes nos
canalículos dentinários, nas paredes dos forames, nos canais
laterais/acessórios e nos tecidos periapicais.
 Dentes com rizogenese incompleta – 0,5 mm
 Dentes adultos jovens – 1 mm
 Dentes de idosos – 1,5 mm
1) Normalizada ou Convencional ou Clássica -
consiste no aumento progressivo de diametro de limas Kerr
em canal amplo e reto e de limas flexíveis em canais atresicos
e curvos, no mesmo limite de trabalho.
2) Não convecional - empregada em canais curvos e que
consiste no preparo regressivo após a confecção da porção
apical (step-back) ou da penetração progressiva em ordem
decrescente de diametro (crown-down) e da
dilatação/retificação dos tetos coronários com limas e ou
brocas especiais, antes da confecção da porçã apical
Não convecional
1)Técnica Telescópica (Step-back);
- alargamento cervical após preparação
apical.
2)Técnica de Oregon (Cervico-apical, Crown-
Down)
- alargamento cervical antes da
preparação apical.
 INDICAÇÃO: canais radiculares rectos E amplos.
 Passos:
 1º Coloque no canal uma lima Kerr do nº superior aquela com que determinou o CT.
 (Caso não consiga penetrar com essa lima sirva-se da que usou para determinar o CT).
 Dê ¼ de volta à lima, no sentido horário ao mesmo tempo que faz uma leve pressão apical e
depois faça movimentos de alargamento e limagem .
 Repita esse vaivém até a lima entrar e sair sem prender.
 Retire a lima frequentemente e limpe-a com uma gaze para a libertar de detritos pulpares e
raspa de dentina.
 Termine o uso dessa lima quando o nº superior entrar no canal quase até ao CT.
 2º: Repita estes movimentos com limas de calibre gradualmente superior e sempre com o CT
TOTAL.
 INDICAÇÃO: Biopulpectomias, (canais rectos,
curvos molares, etc)
 PRINCÍPIOS:
A) Dilatação básica até o limite apical com uma lima inicial que se ajuste ao diâmetro
anatômico da região apical, mais 3 ou 4 instrumentos de diâmetros ascendentes.
B) Utilizar a recapitulação com uma lima de nº menor a que foi utilizada por último
(determinou o diâmetro cirúrgico do canal até o presente momento).
C) Escalonar (Step-back), com recuo programado de 1 milímetro em cada lima posterior,
com o objectivo de preparar os 1/3 médio e cervical do canal radicular.
 Exemplo abstrato: canal delgado, recto e com CT de 21 mm.
Passos:
1º - Preparo do canal até o CT em 21 mm, com as limas 10,15, 20, 25 e, se possível, 30.
2º - Usar a lima 25 como lima de recapitulação. LAP: Lima Apical Principal
3º - Dilatação do canal com a lima 30 com 20 mm.
4º - Usar a lima 25. Recapitulação em 21 mm.
5º - Dilatação do canal com a lima 35 em 19 mm.
6º - Usar a lima 25. Recapitulação em 21 mm.
7º - Dilatação do canal com a lima 40 em 18 mm.
 OBSERVAÇÕES:
a) Sempre irrigar o canal radicular entre as trocas de limas.
b) Deixar sempre o canal replecto de solução irrigante.
c) O recuo estabelecido no exemplo foi de 1 milímetro, mas, esse recuo pode ser
também de 0,5 milímetro, dependendo somente, do operador.
 Após estas etapas, a região cervical e média do canal radicular podem ser
modeladas com brocas Gates-Glidden.
 INDICAÇÃO: CANAIS RECTOS, SEMI-CURVOS E CURVOS.
Exemplo, utilizando-se de dados hipotéticos.
a) A radiografia de diagnóstico fornece um CPT (comprimento provisório de trabalho) de 21
mm;
b) Preparar a cirurgia de acesso à câmara pulpar e o orifício de entrada do canal radicular.
c) Verificar qual a lima ou alargador que penetra alguns milímetros no canal radicular.
d) No caso hipotético, lima 40. Girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no sentido
anti-horário e retirar o instrumento. Irrigar o canal radicular e deixar a câmara repleta de
líqüido irrigante.
e) Colocar uma lima 35, notar que ela penetra mais no canal radicular que a lima anterior e
girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no sentido anti-horário e retirar o
instrumento.
f) Colocar uma lima 30 e girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no
sentido anti-horário; retirar o instrumento.
g) Colocar uma lima 25 e girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no
sentido anti-horário; retirar o instrumento.
h) Colocar uma lima 20 e girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no
sentido anti-horário; retirar o instrumento
i) Cerifique se a lima 15 alcança o CTP. Se isto acontecer, realize a odontometria e
defina o CT.
O limite de trabalho deve ser o mais próximo do forame apical possível.
 j) Coloque uma lima 45 ou 50 no orifício de entrada do canal radicular e repita a
operação, como foi explicado anteriormente, diminuindo o diâmetro de cada lima..
Atingido o CT, repita a operação partindo de uma lima 55 ou 60.
Assim, repita a operação até que o orifício de entrada esteja preparado com uma
lima 80 ou 90, dependendo do caso.
A região apical deve, em dentes que possibilitem essas operações, ser preparada
com uma lima 30, 40, 45, ou até mais.
Tenha em mente que cada caso é um caso, que deve ser previamente planejado
Nota:
◦ Entre cada acção de cada lima, o canal deve ser abundantemente irrigado.
◦ Caso o canal apresente-se com curvatura, pode-se associar esta técnica com a
técnica telescópica ou step-back.
Primeiramente, utiliza-se a técnica Crown-Down na parte recta do canal e, com
a técnica telescópica, prepara-se a parte curva do canal.
 Remover todo o conteúdo do sistema canalar radicular;
 Desenvolver um preparação cónica (afunilada)
convergente desde a câmara até á ápice;
 Preparar um canal que reproduza a sua forma original;
 Manter a terminação apical tão pequena quanto possível
e o foramen apical na sua posição original;
 Preparar o canal para a sua selagem hermética criando
o espaço adequado;
 Trabalhar num canal sempre cheio de liquido irrigante;
 Utilização das limas em sequência sem saltos;
 Limpeza dos instrumentos antes da re-introdução.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 8.Preparação biomecânica dos canais radiculares.ppt

Aula tme preparo mecânico do canal blog
Aula tme   preparo mecânico do canal blogAula tme   preparo mecânico do canal blog
Aula tme preparo mecânico do canal blogCharles Pereira
 
Obturação dos canais radiculares.
Obturação dos canais radiculares.Obturação dos canais radiculares.
Obturação dos canais radiculares.Reinaldo Reis
 
Respiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealRespiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealAndressa Macena
 
Abertura Coronária - em todos os grupos dentais
Abertura Coronária - em todos os grupos dentaisAbertura Coronária - em todos os grupos dentais
Abertura Coronária - em todos os grupos dentaisJoaquimPereira93
 
Procedimentos Especiais
Procedimentos EspeciaisProcedimentos Especiais
Procedimentos Especiaisresenfe2013
 
Sinais vitais e curativos
Sinais vitais e curativosSinais vitais e curativos
Sinais vitais e curativosAlexandre Donha
 
Aula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenosAula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenosLaiane Alves
 
Lesão de tendões flexores.pptx
Lesão de tendões flexores.pptxLesão de tendões flexores.pptx
Lesão de tendões flexores.pptxFelipeBasilato1
 
Aula tme preparo mecânico do canal blog
Aula tme   preparo mecânico do canal blogAula tme   preparo mecânico do canal blog
Aula tme preparo mecânico do canal blogCharles Pereira
 
Anestesiologia 03 entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 03   entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)Anestesiologia 03   entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 03 entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)Jucie Vasconcelos
 
Curso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao Luz
Curso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao LuzCurso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao Luz
Curso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao LuzFluxus Design Ecológico
 
Contrastado sialografia ,fistulografia, flebografia
Contrastado sialografia ,fistulografia, flebografiaContrastado sialografia ,fistulografia, flebografia
Contrastado sialografia ,fistulografia, flebografialucianooliveira306
 
Trofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia Plástica
Trofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia PlásticaTrofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia Plástica
Trofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia PlásticaTrofa Saúde Hospital
 
Aula cirurgia plástica
Aula cirurgia plásticaAula cirurgia plástica
Aula cirurgia plásticaLiliane Ennes
 
Sondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptxSondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptxSemuso
 
Fissura Labial Bilateral II
Fissura Labial Bilateral IIFissura Labial Bilateral II
Fissura Labial Bilateral IIBrunno Rosique
 
Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)
Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)
Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)Jean Carlos
 

Semelhante a 8.Preparação biomecânica dos canais radiculares.ppt (20)

Aula tme preparo mecânico do canal blog
Aula tme   preparo mecânico do canal blogAula tme   preparo mecânico do canal blog
Aula tme preparo mecânico do canal blog
 
Obturação dos canais radiculares.
Obturação dos canais radiculares.Obturação dos canais radiculares.
Obturação dos canais radiculares.
 
Respiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealRespiração Orotraqueal
Respiração Orotraqueal
 
7.Odontometria.pdf
7.Odontometria.pdf7.Odontometria.pdf
7.Odontometria.pdf
 
Abertura Coronária - em todos os grupos dentais
Abertura Coronária - em todos os grupos dentaisAbertura Coronária - em todos os grupos dentais
Abertura Coronária - em todos os grupos dentais
 
Procedimentos Especiais
Procedimentos EspeciaisProcedimentos Especiais
Procedimentos Especiais
 
E Nf 01
E Nf 01E Nf 01
E Nf 01
 
Sinais vitais e curativos
Sinais vitais e curativosSinais vitais e curativos
Sinais vitais e curativos
 
Aula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenosAula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenos
 
Lesão de tendões flexores.pptx
Lesão de tendões flexores.pptxLesão de tendões flexores.pptx
Lesão de tendões flexores.pptx
 
Aula tme preparo mecânico do canal blog
Aula tme   preparo mecânico do canal blogAula tme   preparo mecânico do canal blog
Aula tme preparo mecânico do canal blog
 
Anestesiologia 03 entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 03   entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)Anestesiologia 03   entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 03 entubação orotraqueal - med resumos (set-2011)
 
Curso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao Luz
Curso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao LuzCurso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao Luz
Curso basico de formacao em manejo integrado de agua - Estacao Luz
 
Contrastado sialografia ,fistulografia, flebografia
Contrastado sialografia ,fistulografia, flebografiaContrastado sialografia ,fistulografia, flebografia
Contrastado sialografia ,fistulografia, flebografia
 
Trofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia Plástica
Trofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia PlásticaTrofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia Plástica
Trofa Saúde Hospital em Gaia - 8ª Health Talk FNAC - Cirurgia Plástica
 
Aula terapia intravenosa
Aula terapia intravenosaAula terapia intravenosa
Aula terapia intravenosa
 
Aula cirurgia plástica
Aula cirurgia plásticaAula cirurgia plástica
Aula cirurgia plástica
 
Sondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptxSondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptx
 
Fissura Labial Bilateral II
Fissura Labial Bilateral IIFissura Labial Bilateral II
Fissura Labial Bilateral II
 
Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)
Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)
Aula 2-protocolos-de-cranio-e-face-prof-claudio-souza (1)
 

Mais de Muniza Alfredo

Atendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdf
Atendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdfAtendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdf
Atendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdfMuniza Alfredo
 
AIA - Grupo III Atençao Integral em Odontogeriatria.pptx
AIA - Grupo III  Atençao Integral em Odontogeriatria.pptxAIA - Grupo III  Atençao Integral em Odontogeriatria.pptx
AIA - Grupo III Atençao Integral em Odontogeriatria.pptxMuniza Alfredo
 
Apresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptx
Apresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptxApresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptx
Apresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptxMuniza Alfredo
 
3-PLASTICIDADE NEURAL.pptx
3-PLASTICIDADE NEURAL.pptx3-PLASTICIDADE NEURAL.pptx
3-PLASTICIDADE NEURAL.pptxMuniza Alfredo
 
Microrganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptx
Microrganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptxMicrorganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptx
Microrganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptxMuniza Alfredo
 
Fluido extracelular – o meio interno.pptx
Fluido extracelular – o meio interno.pptxFluido extracelular – o meio interno.pptx
Fluido extracelular – o meio interno.pptxMuniza Alfredo
 
C.B [Guardado automaticamente].pptx
C.B [Guardado automaticamente].pptxC.B [Guardado automaticamente].pptx
C.B [Guardado automaticamente].pptxMuniza Alfredo
 
TEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptx
TEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptxTEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptx
TEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptxMuniza Alfredo
 
Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.
Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.
Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.Muniza Alfredo
 
2.... IMPRESSOES - Prótese
2.... IMPRESSOES - Prótese2.... IMPRESSOES - Prótese
2.... IMPRESSOES - PróteseMuniza Alfredo
 
9.Medicação e Irrigação Intracanalar.ppt
9.Medicação e Irrigação Intracanalar.ppt9.Medicação e Irrigação Intracanalar.ppt
9.Medicação e Irrigação Intracanalar.pptMuniza Alfredo
 
1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.ppt
1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.ppt1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.ppt
1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.pptMuniza Alfredo
 

Mais de Muniza Alfredo (15)

Atendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdf
Atendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdfAtendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdf
Atendi. Odontol á Pacientes Imunodeficientes - Grupo 03.pdf
 
AIA - Grupo III Atençao Integral em Odontogeriatria.pptx
AIA - Grupo III  Atençao Integral em Odontogeriatria.pptxAIA - Grupo III  Atençao Integral em Odontogeriatria.pptx
AIA - Grupo III Atençao Integral em Odontogeriatria.pptx
 
Apresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptx
Apresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptxApresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptx
Apresentação Medicina Bucal 6 grupo.pptx
 
3-PLASTICIDADE NEURAL.pptx
3-PLASTICIDADE NEURAL.pptx3-PLASTICIDADE NEURAL.pptx
3-PLASTICIDADE NEURAL.pptx
 
Microrganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptx
Microrganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptxMicrorganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptx
Microrganismos Causadores de Doenças da Cavidade Oral.pptx
 
Fluido extracelular – o meio interno.pptx
Fluido extracelular – o meio interno.pptxFluido extracelular – o meio interno.pptx
Fluido extracelular – o meio interno.pptx
 
2-SINAPSE.pptx
2-SINAPSE.pptx2-SINAPSE.pptx
2-SINAPSE.pptx
 
C.B [Guardado automaticamente].pptx
C.B [Guardado automaticamente].pptxC.B [Guardado automaticamente].pptx
C.B [Guardado automaticamente].pptx
 
TEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptx
TEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptxTEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptx
TEMA III, ORGAO PARAPROTETICO corr.pptx
 
infeccoes.pdf
infeccoes.pdfinfeccoes.pdf
infeccoes.pdf
 
ESPAOS_FACIAIS.pdf
ESPAOS_FACIAIS.pdfESPAOS_FACIAIS.pdf
ESPAOS_FACIAIS.pdf
 
Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.
Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.
Reabilitação, Cirurgia e Endodontia.
 
2.... IMPRESSOES - Prótese
2.... IMPRESSOES - Prótese2.... IMPRESSOES - Prótese
2.... IMPRESSOES - Prótese
 
9.Medicação e Irrigação Intracanalar.ppt
9.Medicação e Irrigação Intracanalar.ppt9.Medicação e Irrigação Intracanalar.ppt
9.Medicação e Irrigação Intracanalar.ppt
 
1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.ppt
1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.ppt1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.ppt
1. CONCEITO E USOS EPIDEMIOLOGIA.ppt
 

Último

Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroJoyceDamasio2
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 

Último (7)

Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 

8.Preparação biomecânica dos canais radiculares.ppt

  • 1.
  • 2.  No final da aula os estudantes devem:  Conhecer as técnicas de preparo intra - canalar  Conhecer a indicação de cada e os respectivos objectivos.
  • 3. 1. Canal fácil de preparar: - diâmetro observável; livre; ápice formado; recto ou com curvatura suave. 2. Canal difícil de preparar: - diâmetro delgado; angulação ˃ 40⁰; dilacerados ou em forma”S”. 3. Canais que exigem cuidados especiais: - àpice incompleto; - canais com perfurações; - canais com reabsorções; - Canais de dentes que apresentam anomalias de desenvolvimento (raízes extras; Dens invaginatus); - re – tratamento endodontico; - instrumentos fracturados no interior do canal radicular.
  • 4. Finalidades do Preparo: LIMPEZA: = Remoção de todo o conteúdo do sistema canalar antes e durante a dilatação. MODELAGEM: = É o estabelecimento de uma cavidade com determinada forma específica respeitando 4 objectivos mecânicos (Acesso coronário, Dilatação do 1/3 apical, Dilatação do corpo do canal, Convergência.)
  • 5. 2) Dilatação do 1/3 apical  Fase mais delicada da preparação  Idealmente o foramen apical deve ficar no mesmo sitio, deve conservar o mesmo diâmetro e deve ser permeável
  • 6. 3) Dilatação do corpo do canal  Fase em que se cria o espaço suficiente para se efectuar a obturação do canal.  Uma dilatação exagerada: - enfraquece a estrutura da raíz; - aumenta a probabilidade de fractura vertical - aumenta o risco de uma perfuração  Uma dilatação insuficiente: - dificulta a limpeza
  • 7. Convergência - Devemos estabelecer uma preparação afunilada convergente para a constrição apical. - Esta preparação favorece a possibilidade de se conseguir uma obturação hermética.
  • 8.  Físicos – irrigar, aspirar e inundar.  Químicos – soluções irrigadoras.  Mecânicos – técnica de instrumentação.  Alargar, Modelar e Desinfectar
  • 9. A remoção do conteúdo do canal pode compreender a remoção do tecido pulpar vital sadio ou estruturalmente comprometido – (pulpoctomia/pulpectomia) e a remoção de restos necróticos nos casos de polpa morta – necropulpectomia ou ainda de material obturador nos casos de reintervenção endodôntica – Retratamento endodôntico.
  • 10.  As técnicas modernas de instrumentação, são referidas como técnicas de preparo dos canais radiculares, porque são baseadas na complexidade anatómica do sistema de canais radiculares e visão racional da região apical dando enfase á “Zona Crítica Apical”. ( Schilder, 1974; Roane et al, 1985; Buchanan, 1991 e De Deus, 1992)
  • 11. Esta zona compreende os 4 mm finais da raiz, ou seja, a área apical. É nesta área que ocorre a maioria dos problemas do tratamento endodontico. - contém em íntima relação os tecidos e os elementos estruturais do periápice ( o canal radicular apical, o forame apical e as foraminas). - pode conter μorganismos, que estão presentes nos canalículos dentinários, nas paredes dos forames, nos canais laterais/acessórios e nos tecidos periapicais.
  • 12.  Dentes com rizogenese incompleta – 0,5 mm  Dentes adultos jovens – 1 mm  Dentes de idosos – 1,5 mm
  • 13. 1) Normalizada ou Convencional ou Clássica - consiste no aumento progressivo de diametro de limas Kerr em canal amplo e reto e de limas flexíveis em canais atresicos e curvos, no mesmo limite de trabalho. 2) Não convecional - empregada em canais curvos e que consiste no preparo regressivo após a confecção da porção apical (step-back) ou da penetração progressiva em ordem decrescente de diametro (crown-down) e da dilatação/retificação dos tetos coronários com limas e ou brocas especiais, antes da confecção da porçã apical
  • 14. Não convecional 1)Técnica Telescópica (Step-back); - alargamento cervical após preparação apical. 2)Técnica de Oregon (Cervico-apical, Crown- Down) - alargamento cervical antes da preparação apical.
  • 15.  INDICAÇÃO: canais radiculares rectos E amplos.  Passos:  1º Coloque no canal uma lima Kerr do nº superior aquela com que determinou o CT.  (Caso não consiga penetrar com essa lima sirva-se da que usou para determinar o CT).  Dê ¼ de volta à lima, no sentido horário ao mesmo tempo que faz uma leve pressão apical e depois faça movimentos de alargamento e limagem .  Repita esse vaivém até a lima entrar e sair sem prender.  Retire a lima frequentemente e limpe-a com uma gaze para a libertar de detritos pulpares e raspa de dentina.  Termine o uso dessa lima quando o nº superior entrar no canal quase até ao CT.  2º: Repita estes movimentos com limas de calibre gradualmente superior e sempre com o CT TOTAL.
  • 16.  INDICAÇÃO: Biopulpectomias, (canais rectos, curvos molares, etc)  PRINCÍPIOS: A) Dilatação básica até o limite apical com uma lima inicial que se ajuste ao diâmetro anatômico da região apical, mais 3 ou 4 instrumentos de diâmetros ascendentes. B) Utilizar a recapitulação com uma lima de nº menor a que foi utilizada por último (determinou o diâmetro cirúrgico do canal até o presente momento). C) Escalonar (Step-back), com recuo programado de 1 milímetro em cada lima posterior, com o objectivo de preparar os 1/3 médio e cervical do canal radicular.
  • 17.  Exemplo abstrato: canal delgado, recto e com CT de 21 mm. Passos: 1º - Preparo do canal até o CT em 21 mm, com as limas 10,15, 20, 25 e, se possível, 30. 2º - Usar a lima 25 como lima de recapitulação. LAP: Lima Apical Principal 3º - Dilatação do canal com a lima 30 com 20 mm. 4º - Usar a lima 25. Recapitulação em 21 mm. 5º - Dilatação do canal com a lima 35 em 19 mm. 6º - Usar a lima 25. Recapitulação em 21 mm. 7º - Dilatação do canal com a lima 40 em 18 mm.
  • 18.  OBSERVAÇÕES: a) Sempre irrigar o canal radicular entre as trocas de limas. b) Deixar sempre o canal replecto de solução irrigante. c) O recuo estabelecido no exemplo foi de 1 milímetro, mas, esse recuo pode ser também de 0,5 milímetro, dependendo somente, do operador.  Após estas etapas, a região cervical e média do canal radicular podem ser modeladas com brocas Gates-Glidden.
  • 19.  INDICAÇÃO: CANAIS RECTOS, SEMI-CURVOS E CURVOS. Exemplo, utilizando-se de dados hipotéticos. a) A radiografia de diagnóstico fornece um CPT (comprimento provisório de trabalho) de 21 mm; b) Preparar a cirurgia de acesso à câmara pulpar e o orifício de entrada do canal radicular. c) Verificar qual a lima ou alargador que penetra alguns milímetros no canal radicular. d) No caso hipotético, lima 40. Girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no sentido anti-horário e retirar o instrumento. Irrigar o canal radicular e deixar a câmara repleta de líqüido irrigante. e) Colocar uma lima 35, notar que ela penetra mais no canal radicular que a lima anterior e girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no sentido anti-horário e retirar o instrumento.
  • 20. f) Colocar uma lima 30 e girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no sentido anti-horário; retirar o instrumento. g) Colocar uma lima 25 e girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no sentido anti-horário; retirar o instrumento. h) Colocar uma lima 20 e girar 1/4 de volta no sentido horário e 1/4 de volta no sentido anti-horário; retirar o instrumento i) Cerifique se a lima 15 alcança o CTP. Se isto acontecer, realize a odontometria e defina o CT. O limite de trabalho deve ser o mais próximo do forame apical possível.
  • 21.  j) Coloque uma lima 45 ou 50 no orifício de entrada do canal radicular e repita a operação, como foi explicado anteriormente, diminuindo o diâmetro de cada lima.. Atingido o CT, repita a operação partindo de uma lima 55 ou 60. Assim, repita a operação até que o orifício de entrada esteja preparado com uma lima 80 ou 90, dependendo do caso. A região apical deve, em dentes que possibilitem essas operações, ser preparada com uma lima 30, 40, 45, ou até mais. Tenha em mente que cada caso é um caso, que deve ser previamente planejado
  • 22. Nota: ◦ Entre cada acção de cada lima, o canal deve ser abundantemente irrigado. ◦ Caso o canal apresente-se com curvatura, pode-se associar esta técnica com a técnica telescópica ou step-back. Primeiramente, utiliza-se a técnica Crown-Down na parte recta do canal e, com a técnica telescópica, prepara-se a parte curva do canal.
  • 23.  Remover todo o conteúdo do sistema canalar radicular;  Desenvolver um preparação cónica (afunilada) convergente desde a câmara até á ápice;  Preparar um canal que reproduza a sua forma original;  Manter a terminação apical tão pequena quanto possível e o foramen apical na sua posição original;  Preparar o canal para a sua selagem hermética criando o espaço adequado;  Trabalhar num canal sempre cheio de liquido irrigante;  Utilização das limas em sequência sem saltos;  Limpeza dos instrumentos antes da re-introdução.