O documento discute metodologias de avaliação de impactos ambientais. Apresenta conceitos sobre a formulação de critérios de avaliação e sobre as principais metodologias utilizadas, como listas de controle, matrizes de interação e modelos de simulação. Também descreve o Método Amorim & Cordeiro, desenvolvido para avaliar a ocupação de fundos de vale urbanos.
2. Conceito
A formulação de critérios de avaliação serve como
forma de melhorar a compreensão sobre o
planejamento e, com isso, sua execução.
Porém os critérios devem auxiliar os planejadores
e não serem vistos como algo inquestionável a
ser seguido, resultado de uma norma ou teoria da
moda. Os planejadores devem ser estimulados a
formular alterações e adições que julgarem
pertinentes a critérios pré-estabelecidos.
3. Conceito
As metodologias de avaliação ambiental geralmente
são escolhido devido à facilidade de aplicação e
baixo custo, sendo instrumentos possíveis de
serem aplicados por gestores públicos e
tomadores de decisão em geral. São utilizados
para analisar a tendência a sustentabilidade
ambiental .
4. Conceito
A seleção de uma determinada metodologia de avaliação,
deverá estar em função da atividade do projeto concreto, dos
seus objetivos, de se avaliarem aspectos parciais ou de se
considerar a totalidade do projeto ou atividade.
Numa primeira fase de elaboração do estudo, a relação causaefeito deve planear-se de forma aberta, com identificação dos
fatores ambientais e delimitação do sistema no sentido
espacial e temporal.
Posteriormente, numa segunda fase, há que determinar a
magnitude do impacto, não existindo em muitos casos uma
relação direta entre esta e o volume da obra ou projeto.
5. Conceito
São conhecidas mais de 50 metodologias de avaliação de
impacto ambiental, sendo muito poucas as que gozam de
uma aplicação sistemática.
Os instrumentos com que conta no processo de realização dos
EIA podem agrupar-se basicamente em:
- Métodos ou modelos de identificação (questionários, matrizes
etc.);
- Métodos ou modelos de previsão (Modelos matemáticos,
físicos, experimentos etc.);
- Métodos ou modelos de avaliação (cálculos etc.).
6. Métodos e técnicas
Os métodos e técnicas de avaliação ambiental
podem ser encontrados nas literaturas de
diversas formas como: métodos ad hoc, listas
de controle (checklists), matrizes de impacto
ou de causa-efeito (Matriz de Leopold e outras),
redes de fluxo ou diagramas de interação,
superposição de cartas (SIG) e modelos de
simulação (físicos, matemáticos e ecológicos),
cada um com sua peculiaridade.
7. Métodos Ad Hoc
Os métodos ad hoc consistem na criação de grupos
de trabalho formados por profissionais
multidisciplinares, em que se organizam em
reuniões técnicas para obterem informações a
respeito dos prováveis impactos ambientais do
projeto, possuindo a vantagem da utilização de um
curto tempo para a tomada de decisões, entretanto,
possui um alto grau de subjetividade, levando a
legislação vigente à não permitir sua utilização como
um método de AIA.
8. Métodos Ad Hoc
Propõe os seguintes cuidados na sua aplicação:
• as questões devem ser objetivas;
• o consultado deve ser bem informado sobre perguntas e
objetivos a serem discutidos;
• devem-se garantir respostas curtas, se possível na forma de
árvore dicotômica;
• as questões devem ser organizadas de forma a facilitar a
organização de um banco de respostas;
• a linguagem deve ser acessível;
9. Métodos Ad Hoc
• aconselha-se a existência de mais de um avaliador;
• devem-se criar meios para garantir a devolução dos
questionários;
• deve-se garantir um percentual representativo de cada
grupo envolvido (para representar as diversas opiniões ou
interesses);
• deve-se garantir o anonimato dos consultados; e
• deve-se decidir previamente a proporção de consenso
desejado.
10. Listagens de controle
Os checklists são listagens de controle que podem ser de
diversas formas como simples, descritivas, escalares ou
escalares ponderadas.
A listagem simples enumera os fatores ou indicadores
ambientais que podem estar associados a parâmetros de
ações do projeto, fazendo um diagnóstico ambiental da
área de influência.
A descritiva lista orientações para análises a partir de
fontes de dados e questionários com isto, além de fazer o
diagnóstico ambiental da área de influência também faz a
análise dos impactos.
11. Listagens de controle
A escalar faz uma escala de valores com a
lista de fatores de impactos ambientais, com
isto é possível comparar alternativas, também.
E a escalar ponderada, faz o mesmo das
escalares incluindo o grau de importância
dos impactos com a ponderação adotada.
12. Listagens de controle
Estes checklists são importantes para a enumeração
dos fatores a serem avaliados podendo evitar
impactos ambientais mais graves, porém, não
identificam se os impactos são diretos ou
indiretos, não consideram a relação tempoespaço, não analisam interação entre os fatores
e nem a magnitude dos impactos, sendo assim,
este método também trará resultados subjetivos.
13. Lista de verificação de características ambientais
Departament of environmental Addairs 1992, apud. Sánchez
14. Matrizes de interação
As matrizes de interação relacionam
fatores com ações gerando relações de
causa e feito o que identifica os impactos
ambientais diretos, com boa disposição visual,
simplicidade na elaboração e baixo custo, mas
ainda não são consideradas as características
espaciais dos impactos.
15. Matrizes de interação
Seu exemplo clássico é a matriz desenvolvida
por Leopold et al. (1971; citados por Shopley e
Fuggle, 1984). Nessa matriz são listadas uma
centena de ações em um eixo e oitenta e oito
características ambientais e humanas no outro.
Para sua aplicação, utiliza-se uma escala de 10
pontos para avaliar os impactos das ações sobre
o ambiente.
16. Matrizes de interação
Os impactos são avaliados segundo sua magnitude e
importância, sendo a primeira referente ao grau,
extensão ou escala do impacto (tamanho da área e
gravidade de seu efeito), e a segunda ao significado
do impacto para a população.
A magnitude, nesse método, refere-se à medida da
extensão do impacto; e a importância, à medida da
relevância do impacto e do fator ambiental afetado
diante de outros impactos e das características
ambientais da área afetada.
17. Matrizes de interação
As matrizes podem ser divididas em função dos
conteúdos de seus eixos:
• matrizes elementos-atividades, usadas para
apresentar os efeitos que cada atividade causa sobre
elementos do meio, sendo exemplo, a matriz de
Leopold;
• matrizes elementos-elementos, usadas para
relacionar efeitos primários e secundários;
18. Matrizes de interação
• matrizes atividades-atividades, usadas, por
exemplo, para analisar a possibilidade de atividades
diferentes serem desenvolvidas no mesmo espaço; e
• matrizes de integração de classificação, usadas
para reunir diferentes classificações, por exemplo,
obter uma classificação integrada de classes de
capacidade de uso da terra com classes de impacto
previsto para uma determinada atividade.
20. Matriz de impactos
A matriz de impactos gerada compõe-se dos impactos
ambientais considerados neste trabalho, numerados e
destacadas de forma a melhor identificação dos mesmos
Braz. J. Aquat. Sci. Technol., 2005
21. Matriz de interação de impactos entre as ações que as funções
urbanas demandam na bacia hidrográfica e os fatores
ambientais
Rutkowski,1999 apud Santos
22. Matriz de impactos
- Leopold
miliarium.com
1//3-/r/-3
=
(magnitude)/(importância)
(valor
ou
sentido)/
(reversibilidade)/(magnitude
x
importância). Os números São atribuídos
às propriedades dos impactos numa escala
crescente de 0 a 5; magnitude,
Importância. O sinal + ou – refere-se ao
sentido e as letras r e i referem-se à
reversibilidade. O produto Da matriz é
obtido por magnitude x importância, e os
totais, por simples soma dos produtos.
24. Matriz de Análise Estratégica
Um exemplo de matriz, proposta
para o planejamento de unidades
de conservação, é apresentada
pelo IBAMA (2002).
Essa matriz, denominada Matriz de Análise
Estratégica, permite a sistematização dos
fatores que impulsionam ou dificultam a
consecução dos objetivos de criação da
unidade de conservação
25. Matriz de Análise Estratégica
Os pontos fracos são fenômenos ou condições inerentes
à unidade de conservação que comprometem ou
dificultam seu manejo;
As ameaças são fenômenos ou condições externas à
unidade que comprometem ou dificultam o alcance de
seus objetivos;
As forças restritivas resultam da interação entre os
pontos fracos e ameaças, que debilitam a unidade de
conservação, comprometendo o manejo e alcance das
metas e objetivos de criação.
26. Matriz de Análise Estratégica
Os pontos fortes são fenômenos ou condições inerentes à
unidade que contribuem ou favorecem seu manejo;
As oportunidades são fenômenos ou condições externos que
contribuem ou favorecem o alcance de seus objetivos; e
As forças impulsoras resultam da interação dos pontos
fortes e oportunidades, que fortalecem a unidade,
contribuindo para o manejo e alcance de seus objetivos de
criação.
27. Redes de interação
As redes de interação são gráficos ou
diagramas com cadeias de impactos gerados
pelas ações, identificando os fatores diretos e
indiretos facilitando a troca de informações,
mas não considera a relação tempo-espaço e
nem o grau de importância dos impactos.
28. Superposição de cartas
A superposição de cartas utiliza mapas temáticos para
uma síntese das interações.
A partir do banco de dados obtém um produto final
com informações sobre restrições ou potencialidades
de uso e ocupação do espaço.
As informações são apresentadas de forma
iconográfica, o que facilita a visualização, mas traz
limitações para a utilização de fatores ambientais
não mapeáveis.
29. Modelos de simulação
Os modelos de simulação são modelos
matemáticos
computadorizados
que
representam o funcionamento dos sistemas
ambientais, fazem diagnósticos da qualidade
ambiental da área de influência, comparação
entre os cenários, relação temporal e atende
projetos de grande porte, mas o custo da
operação é muito elevado.
30.
31.
32. MÉTODO AMORIM & CORDEIRO –
PESQUISA UNIVERSITÁRIA
O método Amorim & Cordeiro
fundamentou-se, inicialmente, em uma
pesquisa teórica sobre ocupação
comumente encontrada em fundos de
vale nas cidades brasileiras, que
possibilitou a identificação de três
tipologias principais:
33. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
Tipologia 1: Caracterizada por intensa apropriação urbana do
fundo de vale, destacando-se avenidas marginais ou ruas
asfaltadas, loteamentos/edificações e assentamentos informais.
O curso d’água foi observado tanto no estado natural como no
modificado, com intensa impermeabilização.
Ocupação de fundo de
vale
por
avenidas
marginais
e
loteamentos
(curso
d’água não modificado).
Fonte:
AMORIM
(2004).
34. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
Ocupação de fundo de vale por edificações (curso d’água tamponado). Fonte:
AMORIM (2004).
Ocupação de fundo de vale por avenidas marginais e loteamentos (curso d’água
canalizado). Fonte: AMORIM (2004).
35. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
Tipologia 2: Destaque de áreas verdes (parques, bosques,
áreas de lazer, etc), áreas de hortifruticultura, áreas para
eventos itinerantes e áreas para retenção de água. Com o
curso d’água encontrado em seu estado natural ou sem
modificações significativas
Ocupação de fundo de vale por
áreas de lazer e áreas esportivas
(áreas verdes). Fonte: AMORIM
(2004).
36. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
Tipologia 3: Pouco encontrada nas cidades brasileiras, foi
caracterizada por constar mata ciliar nativa pouco
modificada ou com mata reflorestada, ausência de
modificações
no
curso
d’água
e
ausência
de
impermeabilizações
Ocupação de fundo de vale pela
mata ciliar na situação natural.
Fonte: AMORIM (2004).
37. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
A partir destas tipologias foram listados os principais
impactos, com os potenciais positivos e negativos. Para
facilitar a avaliação foi utilizado o método de matriz de
interação para identificar a valoração dos impactos e
para a percepção visual foi feita uma escala cromática
ao invés da numeração de 1 a 10. Em conseqüência desta
dinâmica, e posterior discussão dos efeitos, foram criados
doze critérios ambientais, que foram utilizados para o
desenvolvimento do Método Amorim & Cordeiro na
busca de alternativas para ocupação de fundos de vale
em áreas urbanas.
38. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
Estas fichas de avaliação são baseadas em 12 critérios
de ocupação que se subdividem em 15 parâmetros de
avaliação. Sua pontuação está variada entre os
valores 1 e 5, sendo que o número 5 é a situação
ideal, sem impactos negativos para o ambiente
e correspondência máxima ao critério. Já o
número 1 indica os maiores impactos negativos
e o maior distanciamento em relação ao
critério.
39. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
Os parâmetros utilizados para a avaliação são:
• tipo de ocupação do fundo de vale;
• permeabilidade do solo;
• presença de mata ciliar nativa;
• presença de áreas reflorestadas;
• Interconectividade;
• qualidade da água do curso d’água;
• enchentes e inundações urbanas;
40. Método Amorim & Cordeiro - PESQUISA
UNIVERSITÁRIA
• assoreamento do curso d’água;
• erosão das margens do curso d’água;
• alteração da topografia;
• modificação do curso d’água;
• respeito à legislação incidente;
• permeabilidade da bacia hidrográfica;
• grau de identificação e valorização pela população; e
• qualidade estética e paisagística.
46. Método Batelle-Columbus
Este sistema foi desenvolvido no Laboratório BatelleColumbus nos EUA, 1972, para a avaliação de
impactos relacionados a projetos de recursos hídricos,
inicialmente, usados de forma direta ou
modificados em vários projetos de recursos
hídricos. A abordagem geral pode ser aplicada a
outros tipos de projetos como autoestradas,
usinas nucleares, navegação, transporte por
oleoduto, melhoria de canais e estações de
tratamento de água etc.
47. Parâmetros ambientais adaptado do método
Battelle
Associa
valores
às
considerações
qualitativas,
formuladas para a avaliação de impactos do projeto,
dividindo o meio ambiente em 4 categorias: ecologia,
contaminação ambiental, aspectos estéticos e
aspectos de interesse humano. Cada categoria
contém um número de componentes, selecionados
especificamente para administração dos recursos
hídricos, totalizando em 18 componentes, que
subdivide em 78 parâmetros.
48. Parâmetros ambientais adaptado do
método Battelle
4 Categorias
Unidade de impacto ambiental
UIA = 1000
Situação de referência
Componentes 18
Parâmetros
78
Pesos ao parâmetro
49. Método
A UIP – Unidade de Impacto
ambiental é fixada a priori,
perfazendo um total de 1000
unidades distribuídas por
categorias,
componentes
e
parâmetros através de consulta
prévia de especialistas pelo
Método
Delphi,
sendo
modificadas para cada projeto.
Categoria
Componentes
Parâmetros
Pesos
50. Método
O índice de qualidade ambiental
(Nota de
Enquadramento de Situação – situação local) é
determinado a partir da medição dos parâmetros em
suas respectivas unidades e posterior conversão,
através de funções características de cada
parâmetro (escalares), em uma escala intervalar
que varia de 0 a 1. Estas escalas podem variar
conforme a natureza do parâmetro e do ecossistema
considerado.
51. Método
O conceito básico do Battelle é que um índice expresso nas
unidades de impacto ambiental (EIUs) pode ser desenvolvido para
cada alternativa como base da condição ambiental. A formulação
matemática deste índice é a seguinte:
• UIAi = unidade de impacto ambiental para a alternativa j
• QAij = valor da escala de qualidade ambiental para o fator i e a
alternativa j
• UIPi = unidade de importância do parâmetro para o fator i
52. Método
Então, a determinação do grau de impacto líquido para cada parâmetro ambiental é dada
pela expressão:
UIA = UIP x Q.A.
Onde:
UIA = 8 x 1 = 8
UIA = 8
Categoria = Contaminação Ambiental
Componente = Atividades poluidoras
Parâmetro = Enchentes e inundações – peso 8
UIA = unidade de impacto ambiental
UIP = unidade de importância
Q.A. = índice de qualidade ambiental
53. Método
A contabilização final é feita através do cálculo de um índice
global de impacto. UIA (projeto), dado pela diferença entre a
UIA total com a realização do projeto e a UIA sem a
realização do projeto, ou seja:
UIA (por projeto) =
UIA (com projeto) - UIA (sem projeto)
55. Método
Sobre o conjunto de parâmetros utilizados na
avaliação, deve-se ressaltar que o formato original do
método, descreve e propõe 78 parâmetros. No
entanto, nas diversas aplicações práticas desse
método, que se pode ter acesso e que fizeram uso
dessa metodologia para avaliação de impactos
ambientais (AIA), não mais do que 20 itens ou
impactos do projeto em avaliação são considerados.
56. LIMITAÇÕES DO MÉTODO
• Algumas vantagens:
- efetiva capacidade de valoração e avaliação dos impactos,
tornando-se desta forma, bastante objetiva para
fins de comparação de alternativas;
- disponibilidade de considerar a existência de incertezas;
-
possibilidade de alertar a impactos mais
significativos que deverão ser submetidos a uma
análise qualitativa mais detalhada.
57. LIMITAÇÕES DO MÉTODO
• Em relação às suas deficiências, são indicadas:
- dificuldades inerentes ao estabelecimento dos
escalares, havendo perda significativa das
informações, como as de natureza social e
cultural, por exemplo;
- impossibilidade de identificar os grupos sociais
afetados;
-
exigem uma quantidade apreciável
informações do ambiente de estudo.
de
59. Exemplo 1 – Rio Piabanha
O grau de impacto ambiental obtido para a bacia hidrográfica do rio
Piabanha corresponde ao valor total de 457 unidades.
O índice de qualidade ambiental, Q.A, que varia entre 0 e 1, foram
considerados 1 para todos os parâmetros , exceto os que violaram os
padrões do CONAMA, para qualidade das águas.
UIA = UIP x Q.A., para Q.A = 1, então UIA = UIP
UIA – Unidade de impacto ambiental – UIP – Unidade de importância do
parâmetro QA – Qualidade ambiental
60. Exemplo 1 – Rio Piabanha
No cálculo do índice global de impacto, considera-se, a unidade
de impacto ambiental por projeto, é dado pela diferença entre
a unidade de impacto ambiental total com a realização do
projeto e a unidade de impacto ambiental sem a realização do
projeto, ou seja:
UIA (com projeto) - UIA (sem projeto) = UIA (por
projeto)
UIA 1000 – UIA 457 = UIA 543
61. Exemplo 1
O índice global da bacia
hidrográfica
encontrada,
mostra que é necessário que
54,3
%
do
projeto
de
recuperação seja implantado
para melhorar as condições da
bacia, ou que o Plano de
Gestão dos Recursos Hídricos
da bacia seja implementado
para minimizar os pontos
críticos encontrados.
62. Exemplo 2
Exemplo hipotético de aplicação dessa
metodologia apresentada e detalhada
acima, com o uso de 6 parâmetros ,
envolvendo um conjunto de 5 situações
locais a serem avaliadas. Tratam-se de
5 locais fictícios de nomes: Piraí,
Cocuera, Xixico, Santana e Itaoca.
NES – Nota de enquadramento da
situação local
SR – situação de referência - Peso
63. Exemplo 2 - Caso hipotético
SR – situação de referência – Peso – Total de 1000 - Especialistas
NES – Nota de enquadramento da situação local – de 0 a 1
64. Exemplo 2 - Caso hipotético
NES – Nota de enquadramento da situação local
SR – situação de referência - Peso
65. Exemplo 2 - Caso hipotético
Pontuação final de casa SRL (Situação Real Local) avaliada
L4 – Santana – situação ideal
66. Exemplo 3 – Aterro sanitário
A instalação de um aterro sanitário em uma área de
cultivo de viníferas contaminou as águas superficiais,
tendo acarretado em aumento do custo de produção.
Durante as diligências o perito efetuou a coleta de
amostras de água na área do aterro sanitário e na
propriedade afetada. A avaliação do impacto na
produção foi realizada pelo método Batelle.
67. Exemplo 3 – Aterro sanitário
1º Passo: O perito atribuiu as
unidades de importância
aos
parâmetros
de
qualidade da água na área
onde se encontram as
pilhas de lixo e também na
área das viníferas afetada.
Valores das Unidades de Importância (UIP) definidos
pelo perito
68. Exemplo 3 – Aterro sanitário
2º Passo: Em seguida, o perito definiu os Índices de
Qualidade Ambiental (I.Q.A.) considerado o valor
máximo (100%) com base nos padrões de referencia que
se encontram na Resolução CONAMA 357 para a
classe 1, e definiu o valor (0 a 1) dos parâmetros
considerando os valores máximos permitidos (VMP);
69. Exemplo 3 – Aterro sanitário
3º Passo: A partir do estabelecimento dos intervalos de valores
dos parâmetros de qualidade da água superficial, o perito
comparou os resultados do laboratório das amostras de água
com os Índices de Qualidade
Valores individual e global do Índice de
Impacto sobre as águas superficiais
70. Exemplo 3 – Aterro sanitário
Os resultados descritos na tabela indicam que a
qualidade da água afetada pelo aterro é 65,86%,
significando que houve uma redução de 34,14% no
nível de qualidade. Como os índices de Nitrogênio
amoniacal e Coliformes Fecais foram maiores que os
valores máximos permitidos, a água é considerada
não potável, embora o seu índice de qualidade tenha
sido de 65,86%. Portanto, o dano neste caso é total,
pois a propriedade não dispõe de sistema de
tratamento da água contaminada.
71. ANÁLISE DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
AMBIENTAL
a) Confiabilidade, validade científica e padronização dos dados
de entrada.
A confiabilidade e a validade científica se referem à clareza e
objetividade dos procedimentos descritos para sua obtenção e ainda, à
possibilidade de serem repetidos gerando o mesmo resultado. É
importante que o método para a obtenção dos dados envolvendo a amostragem, a coleta, o registro, análise e seu
resultado final – siga normas e padrões técnicos e científicos
estabelecidos ou, na inexistência de padrões, que o método tenha sido
empregado anteriormente e seus resultados avaliados, também deve
ser analisada a sua fonte.
72. Análise Dos Métodos De Avaliação Ambiental
b) Exatidão Temporal e capacidade de representar a
evolução e a dinâmica do ambiente.
Considera-se que o critério exatidão temporal é atendido
quando o intervalo de tempo decorrido entre a
aquisição do dado e o momento a ser representado é
julgado adequado, considerando a sua variabilidade ao
longo do tempo no contexto da dinâmica própria da região de
estudo. Já a capacidade de representar a evolução e a
dinâmica do ambiente é analisada de acordo com a seleção de
indicadores de cada método.
73. Análise Dos Métodos De Avaliação Ambiental
c) Representatividade dos temas e relevância.
A representatividade se refere à abrangência dos dados em relação aos
temas cujo estudo é necessário para atender aos objetivos definidos no
planejamento e para a compreensão dos elementos e processos que
ocorrem na área de estudo. Verificando se os dados atendem quanto
às
questões
legais,
os
aspectos
físicos,
biológicos,
sócioeconômicos e políticos; e se contemplam a compreensão
dos elementos e processos que ocorrem na área de estudo
diante dos objetivos do planejamento. Além de verificar se o
levantamento dos dados é irrelevante diante dos objetivos do
planejamento.
74. Análise Dos Métodos De Avaliação Ambiental
d) Facilidade de aplicação e custo
Este parâmetro se refere ao tempo utilizado para a aplicação, o tipo
de tecnologia empregada, os recursos e dados disponíveis e o
custo envolvido na aplicação do método, verificando a
viabilidade de um gestor público na sua aplicação. Além de verificar a
complexidade do método para a forma de aplicação do público alvo em
questão, pois muitas vezes a aplicação de um método pode ser
dificultada ou mesmo inviabilizada se não houver, por exemplo, pessoal
treinado para sua execução, equipamentos para levantamentos em
campo ou recursos computacionais para o armazenamento e análise de
dados.
75. Análise Dos Métodos De Avaliação Ambiental
e) Forma de determinação dos indicadores e a
inter-relação entre os fatores.
Este critério analisa a forma de determinação dos
indicadores, descrevendo qual a técnica utilizada e
a fonte de obtenção e dentre os indicadores
determinados qual a relação entre eles para a
representação da dinâmica do ambiente.
76. Análise Dos Métodos De Avaliação Ambiental
f) Interpretabilidade.
A interpretabilidade dos indicadores envolve dois
aspectos. Primeiro, a capacidade de informar e
ser compreendido pelo público a que ele se
destina (tomadores de decisão, população ou outros).
Segundo, a capacidade de permitir a distinção entre
condições aceitáveis e críticas.
77. Análise Dos Métodos De Avaliação Ambiental
g) Acesso ao banco de dados.
É importante analisar se o formato do banco de dados permite
o acesso de dois diferentes tipos de usuários, atendendo a
duas diferentes finalidades: a primeira é voltada à sua
manutenção e execução de atualizações, análises e
elaboração de novos dados e informações, operações
geralmente realizadas por técnicos especializados; e a
outra é voltada à visualização e consulta dos dados
pela maioria de usuários, que não são especialistas e
precisam de ferramentas apropriadas.
78. ATIVIDADE - FLUXOGRAMA PARA APLICAÇÃO DE UMA
ADAPTAÇÃO DO MÉTODO DE BATELLE À BACIA CÓRREGO
RIBEIRÃO ANHUMAS
Definição do conjunto de itens (i) a serem
avaliados ( > 20 )
Levantamento das informações locais
referentes a cada um dos itens a serem
utilizados na avaliação.
Atribuição das respectivas notas de
enquadramento da situação ambiental atual
(IQA) encontrada na bacia para cada item.
(IQA devem estar entre 0,0 e 1,0 )
Atribuição de pesos aos itens
equipe
pela
Acordos finais do grupo sobre os pesos
P(i) dos itens a serem utilizados na
avaliação de modo que soma seja 1000
pontos
∑ SR(i) = 1000
Situação de Referência (SR) é a base de
comparação com a situação real que está
sendo avaliada Situação Ideal
Modelagem da avaliação ambiental da bacia
Situação Ambiental Atual = ∑ IQA(i) x P(i)
•Análise dos resultados (Situação
Ideal X Situação Atual)
•Discussão e decisão de cenários
futuros desejados para melhoria
dos itens ambientais existentes
•Proposta de ação envolvendo
decisão de prioridades
79. Referências
• Kling, Ana Silvia Mendes, Aplicação do Método Battelle na avaliação do impacto
ambiental na bacia hidrográfica do rio Piabanha / Ana Silvia Mendes Kling, Rio de
Janeiro, 2005
• Kaskantzis, Georges. Avaliação de Impactos na Perícia Ambiental – curso de
capacitação profissional. Setembro, 2010
• Estrutura
da
metodologia
de
Batelle
e
Columbus
www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/ARQS/RELATORIO/CRH/.../c_cap2.pdf
-
80. Referências
• Kling, Ana Silvia Mendes, Aplicação do Método Battelle na avaliação do impacto
ambiental na bacia hidrográfica do rio Piabanha / Ana Silvia Mendes Kling, Rio de
Janeiro, 2005
• Análise Comparativa De Métodos De Avaliação Ambiental Aplicáveis Em Áreas De
Fundos De Vales URBANOS– ESTUDO DE CASO DO AMORIM & CORDEIRO E
PESMU - Universidade Federal De São Carlos (Ufscar)
• Fidalgo, Elaine Cristina Cardoso Critérios para a análise de métodos e indicadores
ambientais usados na etapa de diagnóstico de planejamentos ambientais / Elaine
Cristina Cardoso Fidalgo. --Campinas, SP: [s.n.], 2003.
81. Referências – Para escolha da metodologia ler os
seguintes materiais
• SÁNCHEZ, LUIS ENRIQUE Avaliação de Impacto
Ambiental: conceitos e métodos, São Paulo: Oficina de
Textos, 2007.
• SANTOS, R. F. Planejamento Ambiental: Teoria e
Prática . São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
82. Agenda
• 1º ETAPA – 29/04 – Manhã - Diagnóstico Ambiental
• 1º ETAPA – 30/04 – Noite - Diagnóstico Ambiental
• 2º ETAPA – 06/05 – Manhã - Avaliação Ambiental
• 2º ETAPA – 07/05 – Noite - Avaliação Ambiental
• 3º ETAPA – 13/05 – Manhã - Propostas
• 3º ETAPA – 14/05 – Noite - Propostas
• Apresentação
• 20 e 21 de maio
• 23 e 24 de maio
• 27 e 28 de maio
83. Agenda
• PROVA – 06 JUNHO - NOITE
• PROVA – 07 JUNHO – MANHÃ
• RECUPERAÇÃO - 13 JUNHO – NOITE
• RECUPERAÇÃO – 14 JUNHO - MANHÃ
84. MONITORIA
• Quartas-feiras e Sextas feiras das 16:00 às
18:30 – sala A102 - Natália de Q. Martins nataliameioambiente@gmail.com