5. Definição de Ensino a Distância O EaD é uma modalidade de ensino no qual professor e aluno(s) não se encontram fisicamente no mesmo local, sendo a transmissão dos conteúdos educativos efectuada através da utilização de meios técnicos de comunicação, podendo ser realizada de forma síncrona ou assíncrona.
6. A Evolução do Ensino a Distância A origem e a evolução do EaD estão intimamente relacionadas com as grandes mudanças socio-económicas, que ocorreram na segunda metade do século XIX, e com as actuais revoluções tecnológicas.
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8. A Primeira Geração do EaD Por volta de 1850, agricultores europeus aprendiam, por correspondência, como plantar ou qual a melhor forma de cuidar do rebanho. O EaD começou com os cursos por correspondência.
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10. A Segunda Geração do EaD No início do século XX, com o advento do rádio e, mais tarde, da televisão, iniciou-se a segunda geração do EaD. Os anos sessenta e setenta foram marcados pela realização dos telecursos e da telescola.
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12. A Terceira Geração do EaD A terceira geração do EaD ocorre entre 1980 e 1990, e é caracterizada pela utilização das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), nomeadamente, cassetes áudio e cassetes de vídeo.
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14. A Quarta Geração do EaD A quarta geração do EaD, surge com o advento dos computadores multimédia, da Internet, do ensino online e dos ambientes virtuais de aprendizagem.
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16. Teorias do Ensino a Distância Teoria da Aprendizagem Independente Teoria da Distância Transnacional Teoria da Conversação Didáctica Guiada Teoria da Industrialização em EaD
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18. A Moderna Educação à Distância Os quatro autores que no decurso do século passado mais contribuiram para a conceptualização da educação a distância, são Charles A. Wedemeyer, Michael G. Moore, Börje Holmberg e Otto Peters.
19. A Moderna Educação à Distância Todos os autores referidos atrás trouxeram uma nova abordagem do EaD, introduzindo uma perspectiva pedagógica inovadora e focando aspectos, tais como, a educação mediada, os respectivos veículos de difusão, a valorização da comunicação e do papel activo e autónomo do estudante.
20. Teoria da Aprendizagem Independente Wedemeyer examinou a educação a distância dando enfoque à autonomía e independência do estudante no sistema de ensino.
21. Teoria da Distância Transnacional A Teoria da Autonomia do Aluno defendida por Moore é fortemente influenciado por Wedemeyer. Moore considera ainda que a distância funciona como um fenómeno pedagógico.
22. Teoria da Conversação Didáctica Guiada Holmberg considera que no sistema do EaD, a aprendizagem é um um processo de diálogo que se leva a cabo através de uma conversação didáctica guiada.
23. A Teoria da Industrialização em EaD (modelo organizacional) Petters considera o Ensino a Distância um tipo de ensino “industrializado” e um produto de uma sociedade industrial (modelo organizacional).
24. A Teoria da Industrialização em EaD Embora Peters não considerasse as suas ideias como uma teoria do Ensino a Distância, estas tiveram um impacto significativo, na medida em que diferiam consideravelmente de todas as contribuições propostas até essa altura.
25. A Teoria da Industrialização em EaD O modelo organizacional de Peters influenciou as teorias de Holmberg (Conversação Didáctica Guiada) e Moore (Distância Transaccional).
26. A Teoria da Industrialização em EaD Além dos aspectos inovadores e até visionários presentes no modelo organizacional, Peters teve o mérito de construir um modelo de ensino pragmático, porque partiu da realidade da sociedade industrial para a criação de uma teoria sobre o EaD.
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28. Comparação entre o EaD e o Processo de Produção Industrial Peters procedeu a uma comparação entre o Ensino a Distância e o processo de produção industrial, tentando identificar características comuns.
29. Comparação entre o EaD e o Processo de Produção Industrial De acordo com Peters, o sistema de EaD tem muitas semelhanças com uma fábrica industrial, como por exemplo, a necessidade de uma clara divisão de tarefas, a mecanização das actividades, a orientação para a produção em massa e a padronização da produção.
30. Comparação entre o EaD e o Processo de Produção Industrial Devido a estas semelhanças, Peters alega que o EaD foi aceite pela sociedade industrial como um método de produção em massa (1967).
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32. Ensino “industrializado” No seu início, o EaD foi essencialmente um veículo da era industrial para fornecer uma força de trabalho qualificada. O processo de EaD baseava-se na utilização de uma aprendizagem pré-concebida/pré-produzida (textos didácticos e ensino por correspondência).
33. Ensino “industrializado” A partir da década de 90 do século XX, a adição das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) tornaram possível que o EaD seja individualizado e interactivo.
34. Ensino “industrializado” Em clara oposição à teoria de Wedemeyer (Aprendizagem Independente), Peters defende que o Ensino a Distância deve adaptar-se às mudanças da sociedade industrial.
35. Economia de larga escala O desenvolvimento do EaD tem sido considerado por muitos autores como um método pedagógico que usa materiais estandardizados pré-produzidos, com o objectivo de abarcar uma economia de larga escala.
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37. Universidade Aberta Peters contribuiu grandemente para a génese do conceito de universidade aberta. Em 1963, o National Extension Institute foi criado no Reino Unido, como um modelo para uma universidade aberta, dando origem ao princípio de que a educação deve e pode ser acessível a todos.
38. Ensino Aberto e a Distância Este sistema de ensino caracteriza-se pela sua acessibilidade e flexibilidade, de forma a eliminar os obstáculos causados por determinadas restrições, como por exemplo, a idade, a localização geográfica, constrangimentos de tempo e a situação económica do estudante.
39. Universidade Aberta em Portugal A Universidade Aberta em Portugal, fundada em 1988, foi pioneira no ensino superior a distância em Portugal.
40. Universidade Aberta em Portugal É uma universidade pública que está vocacionada para a educação de grandes massas populacionais, geograficamente dispersas.
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42. Era pós-industrial Na década de 90, Peters constatou que o desenvolvimento do EaD procura agora responder às exigências da Sociedade da Informação, estando cada vez mais orientado para a auto-realização do indivíduo, o conceito de aprendizagem ao longo da vida e o ensino acessível a todos.
43. Era pós-industrial Peters defende que o Ensino deve evoluir de acordo com as tendências da nova era pós-industrial: emergência de tecnologias mais individualizadas, tomada de decisões mais descentralizadas e novos valores relativos à qualidade de vida.
44. Universidade do Futuro Peters (1999) acredita que a universidade do futuro, deverá ser aberta em muitos aspectos: terá que ser orientada para a prática e ser o resultado de um processo fundamental de transformação, em que será proporcionada a auto-aprendizagem.
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46. Tendências Futuras A selecção das TICs apropriadas e a concepção dos sistemas de ensino são cruciais na concretização do nível de acessibilidade de um sistema de EaD, de forma a futuramente ultrapassar as barreiras temporais e espaciais, bem como, os factores económicos e demográficos.
47. Tendências Futuras A evolução das TICs possibilitou o aumento da interacção (professor/aluno e aluno/aluno) no sistema de EaD. Num futuro próximo verificaremos a integração das TICs nos processos de aprendizagem em todo o tipo de contexto de ensino.
48. Tendências Futuras As TICs na educação do futuro também se multiplicarão, se tornarão mais e mais audiovisuais, instantâneas e abrangentes.
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50. Tendências Futuras O EaD tem-se expandido mundialmente a um ritmo bastante rápido, graças às novas tecnologias, em especial a Internet. A Internet permite a comunicação em rede e a criação de comunidades de aprendizagem, fomentando o intercâmbio de informação e conhecimentos.
51. Tendências Futuras A Internet, ao permitir novas oportunidades de aprendizagem, criará a ruptura com o sistema tradicional de ensino.
52. Tendências Futuras O EaD está, cada vez mais, solidamente implementado no âmbito empresarial. O ensino online substituirá as aulas presenciais.
53. Tendências Futuras A mobilidade virtual irá desempenhar um papel protagonista no desenvolvimento da actividade de professores e alunos e, possivelmente, irá proporcionar a democratização do ensino.