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AVALIAÇÃO PROJETIVA DA PERSONALIDADE
Slides
TEXTO 1 – TESTES PSICOLÓGICOS E TÉCNICAS PROJETIVAS
Referência: FORMIGA, S. N.; MELLO, I. Testes psicológicos e técnicas projetivas, Psicologia Ciência e Profissão,
vol. 20, n 2, p. 12-19, 2000.
Debate
 Objetividade x subjetividade;
 Testes psicológicos – objetivos, caráter científico;
 Técnicas projetivas – resgate do incosciente do sujeito – cientificidade questionada – dados qualitativos;
 Técnicas projetivas – uso no diagnóstico – científica;
Histórico
 Testes de inteligência geral e aptidões:
 Psicologia sai da tradição filosófica (segunda metade do séc. XIX);
 Influência da biologia, psicofísica;
 Deficiência mental x doença mental;
 Evolução da estatística;
 Método experimental;
Testes de inteligência geral e aptidões
 Influência das concepções mecânicas e empíricas;
 Positivismo de Augusto Comte;
 Busca de fatos observáveis;
 Materialismo – todas as coisas são passíveis de descrição em termos de propriedades físicas da matéria ou
energia.
Técnicas projetivas
 1939 – Frank – termo “método projetivo”
 Estudo da personalidade – teste de associação de palavras de Jung, Rorschah, e o T.A.T.;
 Dinâmica holística da personalidade, uma estrutura evolutiva onde os elementos se interagem e a pessoa
expressa em uma atividade construtiva e interpretativa a fantasia interior;
 Estímulos pouco estruturados – resposta projetiva, reveladora de sua maneira de ver a situação, sentir e
interpretar;
 Não busca a quantificação, mas na compreensão do sujeito;
 Valorização do simbólico;
 Freud – associação livre e interpretação dos sonhos;
 Jung – simbolismo coletivo;
 Depois da 2ª guerra – psicanalistas culturais;
 Mudanças na ciência que valorizam uma visão menos determinista:
 Física dialética – causalidade em rede;
 Teoria do caos;
 Gestalt – visão holística;
 Princípio da incerteza – o observável pode ser modificado;
 Física quântica – onda ou partícula – duas realidades;
 Não há mais uma única verdade, mas muitas verdades;
1
 Espaço para a subjetividade/intersubjetividade;
 Não representam um signo, mas uma espécie de oposição ao signo;
 Não se escolhe o signo – imaginação;
 Esse campo subjetivo adentrou a Psicologia e suas técnicas diagnósticas quebrando a explicação linear e
demasiada racional da Psicologia Clássica ou Fenomenológica.
 “Essas técnicas implicam em uma solicitação ao sujeito para que libere sua criatividade, sob condições
impostas pelo “teste”, podendo, através destes testes, projetar, “o mal objeto”, obtendo controle sobre a fonte de
perigo revelada ficando livre, para atacar ou destruí-lo, como também, evitar a separação do bom objeto, reparando-o”
(Fine, 1981).
 Captar o mundo simbólico, difícil de ser expressado pela linguagem verbal;
 Artistas – obras expressam seu mundo psíquico;
 Técnicas projetivas favorecem ao indivíduo revelar seu mundo e sua realidade pessoal;
O CONCEITO DE PROJEÇÃO EM PSICOLOGIA
Testes projetivos
 Progresso da Gestalt: figuras ambíguas;
 A Gestalt busca na ambigüidade um meio para abordar as condições externas da percepção;
 Testes projetivos: abordagem às condições internas;
 Influência da psicanálise;
 1904 – Prova de associação de palavras de Jung;
 1919 – Rosarch – interpretação das manchas;
 1920 a 1930 – uso do desenho e do relato livre com crianças;
 1935 – nos EUA, Muray cria o TAT;
 1949 – na Suíça, Koch publica o teste da árvore e Machover, EUA, o teste do desenho da pessoa;
Etimologia
Sentidos da palavra projeção:
Ação física (jato): expulsar da consciência os sentimentos repreensíveis, atribuindo-os a outra pessoa;
Matemático: planos e mapas (correspondência de pontos). Protocolo de resposta dado pelo sujeito nos testes
corresponde à estrutura de sua personalidade (mapa);
3. Projeção luminosa (cinema/raio X): um teste projetivo atravessa o interior da personalidade, fixa a imagem do seu
núcleo secreto sobre um revelador (aplicação do teste), permitindo depois sua leitura, por meio da ampliação ou
projeção ampliadora em uma tela (interpretação do protocolo).
O que está escondido fica iluminado; o latente se torna manifesto;
 Primeiro sentido – nível onde opera o teste projetivo: psicanálise condensada;
 Segundo sentido – correspondência estrutural entre a personalidade e as produções individuais (material e
instruções do teste);
 Terceiro sentido – representações arcaicas da imagem do corpo, lado de dentro se opões ao de fora, o
escondido à superfície (organização precoce da personalidade);
Projeção segundo Freud
 1895, nos Estudos sobre a Histeria: repressão do conflito e conversão na histeria; negação da realidade, por
ocasião de um sofrimento profundo, na alucinação;
 1911- projeção: “Uma percepção interna é reprimida e, substituindo-a, seu conteúdo, após sofrer certa
deformação, chega à consciência sob a forma de uma percepção vinda do exterior”;
 A projeção é a expulsão de um desejo intolerável e sua rejeição para fora da pessoa. Há projeção daquilo que
não se quer ser;
2
 Num segundo estágio, Freud amplia o conceito. A projeção entende-se como simples desconhecimento (e não
mais a expulsão) por parte do sujeito de desejos e emoções não aceitos por ele como seus, dos quais é parcialmente
inconsciente e cuja existência atribui à realidade externa;
 A essência da projeção está no deslocamento;
 A projeção é um processo psíquico “primário”: obedece ao princípio do prazer e visa instaurar a identidade
das percepções;
 Processos secundários – tendem à identidade de pensamentos e palavras (racionais);
Testes Projetivos
Necessidade de proceder a um inquérito uma vez terminado o teste, a fim de apreender, ao vivo, a dinâmica psíquica
pessoal que levou o indivíduo a fornecer as respostas tais como acabou de apresentar;
Sujeito revela indiretamente (material do teste) seu desejo ao psicólogo;
A transferência está mais livre do que na clínica;
Envolve-se rápido, mas por pouco tempo;
Efeitos dos testes
 Avivamento de conflitos psicológicos, desencadeamento da angústia e regressão;
 Angústia – conteúdo das respostas;
 Mecanismos de defesa do ego – características formais das respostas;
 Respostas integradas: sensação, afeto, imagem, humor – forma;
 Respostas desintegradas: impulsos, emoção – não predominância da forma;
Regressão psíquica, três aspectos:
1. Aspecto formal: regressão do pensamento racional ao pensamento por imagens;
2. Aspecto cronológico: regressão da fase adulta à primeira infância, ou a estágios anteriores do
desenvolvimento;
3. Aspecto tópico: regressão do ego ao id;
4. A regressão é maio ou menos acentuada, conforme o tipo de teste projetivo;
5. Testes TAT – recurso à linguagem verbal sintática – regressão limitada;
6. Rorschach e desenho – remetem à fase pré-verbal – regressão profunda;
Técnicas
 Técnicas expressivas: liberdade de instruções e do material (desenho, dramaticidade etc);
 Técnicas projetivas: respostas livres, mas com material definido e padronizado;
 Testes psicométricos: uma só resposta é correta e o material requer precisão rigorosa, formando a categoria
das técnicas da adaptação;
Tipos de projeção nos testes
1. Projeção espetacular: o indivíduo reencontra características que pretende serem suas, na imagem do outro.
2. Projeção catártica: atribui à imagem do outro características que erradamente pretende não ter, recusa
considerar como suas, deslocando-as para outro;
3. Projeção complementar: atribui aos outros sentimentos e atitudes que justifiquem as suas;
Categorias dos testes projetivos
Testes projetivo temáticos: TAT, desenhos e relatos livres, interpretação de quadros etc. “Dinâmica o ego” – o sujeito
pode neles projetar o que acredita ser, gostaria de ser, recusa ser, o que os outros deveriam ser em relação a ele;
Testes projetivos estruturais: Rorschach. Interrelações entre as instâncias do id, ego e superego – equilíbrio da
personalidade;
Interpretação psicolingüística
 Linguagem: função paradigmática (código) e a função sintagmática (mensagem);
 Rorschach – tarefa paradigmática. Em grande parte, as resposta são termos do léxico (adjetivos, substantivos);
 O TAT é mais estruturado, tarefa sintagmática: compor uma história a partir da figura apresentada;
3
ESCALA DE PERSONALIDADE DE COMREY
Fundamentação teórica
 Será possível mensurar a personalidade?
 Busca avaliar objetivamente a personalidade;
 Ela é entendida como elemento subjetivo por excelência de nossa natureza constitucional;
 Paradoxo entre quantitativo e qualitativo;
Teorias da personalidade
 Estudo da personalidade – área recente e complexa;
 As teorias da personalidade se agrupam em 4 correntes principais:
1. Ênfase na psicodinâmica;
2. Produto da aprendizagem;
3. Na realidade percebida;
4. No Estruturalismo;
Modelo Big Five
 Cinco grandes dimensões estruturais:
1. Extroversão – sociável, assertivo e comunicativo;
2. Neuroticismo – ansioso, inseguro e preocupado;
3. Agradabilidade – cortês, flexível e cooperativo;
4. Consciência – responsável, trabalhador e determinado;
5. Abertura à experiência – imaginativo, inteligente e adaptável;
A Escala de Personalidade Comrey (CPS)
 Inventário de personalidade baseado na autodescrição para identificação os principais fatores de constituição
do indivíduo.
 Influência da proposta teórica estruturalista;
A Escala de Personalidade Comrey (CPS)
 A CPS avalia 8 dimensões da personalidade:
1. Confiança x Atitude Defensiva (Escala T);
2. Ordem x Falta de Compulsão (Escala O);
3. Conformidade Social x Rebeldia (Escala C);
4. Atividade x Passividade (Escala A);
5. Estabilidade Emocional x Neuroticismo (Escala S);
6. Extroversão x Introversão (Escala E);
7. Masculinidade x Feminilidade (Escala M);
8. Empatia x Egocentrismo (Escala P);
A Escala de Personalidade Comrey (CPS)
 A CPS é composta por 100 afirmações que devem ser respondidas em uma escala de 7 opções:
1. Nunca/Certamente não;
2. Muito raramente/Muito provavelmente não;
3. Raramente/Provavelmente não;
4. Ocasionalmente/Possivelmente;
5. Frequentemente/Provavelmente sim;
6. Muito frequentemente/Muito provavelmente sim;
4
7. Sempre/Certamente sim;
A Escala de Personalidade Comrey (CPS)
 A CPS é composta por 10 escalas;
 As 8 escalas de personalidade;
 A escala V – para verificação da validade;
 A escala R – verificação de tendenciosidade na resposta;
 A escala V é composta por 4 afirmações positivas e 4 negativas;
 A escala R é composta por 6 afirmações positivas e 6 negativas;
 As demais escalas são compostas por 5 positivas e 5 negativas, para cada fator de personalidade: T+, T- etc;
Significado das escalas
 Escala V – Validade: verificação da validade, constatar o grau de aceitação das respostas. Quanto mais
elevado o escore, mais fica comprometida à validade;
 Escala R – Tendenciosidade na resposta: analisa a consistência das respostas dos sujeito. Detectar a simulação
dos indivíduos. Quanto mais elevado o escore, maior tendência de respostas socialmente aceitáveis;
Significado das escalas
 Escala T - Confiança x Atitude Defensiva: Escores altos – crença na honestidade, confiabilidade e boas
intenções das outras pessoas;
 Escala O - Ordem x Falta de Compulsão: Escores altos – pessoas meticulosas, cuidadosas, ordeiras e muito
organizadas;
 Escala C - Conformidade Social x Rebeldia: escores altos – pessoas que aceitam a sociedade como ela é;
Significado das escalas
 Escala A - Atividade x Passividade: Escores altos - pessoas com muita energia, trabalham muito e procuram
padrões de excelência;
 Escala S - Estabilidade Emocional x Neuroticismo: Escores altos – pessoas otimistas, tranqüilas, confiantes,
de humor estável;
 Escala E - Extroversão x Introversão: Escores altos – pessoas que interagem facilmente com os outros;
Significado das escalas
 Escala M - Masculinidade x Feminilidade: Escores altos – pessoas “fortes”, não se impressionam com cenas
de violência, não choram facilmente, ligadas ao esteriótipo social de masculinidade;
 Escala P - Empatia x Egocentrismo: Escores altos – pessoas prestativas, generosas, simpáticas e altruístas;
Aplicação
 Possui o Exercício I (reutilizável) e o Exercício II (descartável);
 Pode ser aplicada individual ou coletivamente;
 Na forma coletiva sugere-se a utilização do Exercício II;
 Aplicada a adultos com Ensino Médio Completo;
Avaliação
 Na Folha de resposta, preencha com valor 4 todas as omissões ou resposta ilegíveis;
 Valor da Escala V: V+ = A5 + A25 + A65+ A85; V- = A15 + A35 + A75 + A95. V = [32- (V+)] + (V-).
 Para os outros escores ver manual;
Interpretação
 Utilizar a Folha de Laudo com Perfil Gráfico;
ESCALAS BECK
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Historia e Descrição
 Escalas Beck são quatro medidas escalares:
1. O Inventário de Depressão (BDI);
2. O Inventário de Ansiedade (BAI);
3. A Escala de Desesperança (BHS);
4. A Escala de Ideação Suicida (BSI);
 Foram desenvolvidas por Beck e seus colegas no Center for Cognitive Therapy (CCT), na Universidade da
Filadélfia;
Inventário de Depressão Beck – BDI
Amostra Brasileira
3 grandes amostras:
1388 pacientes psiquiátricos (depressão, fobia, TOC etc) – 15 a 77 anos;
531 pacientes de clínica médica (HIV, cardiopatia, diabetes etc) – 16 a 79 anos;
2476 pacientes da população geral (não-clínica) – 12 a 94 anos;
 Foi inicialmente desenvolvido como uma escala sintomática de depressão, para uso com pacientes
psiquiátricos;
 Suas propriedades psicométricas foram estudadas, demonstrando satisfatória consistência interna, em grupos
clínicos e não-clínicos;
 Escala de autorrelato, de 21 itens, cada um com quatro alternativas, subentendendo graus crescentes de
gravidade de depressão;
 Os itens foram selecionados com base em observações e relato de sintomas e atitudes mais freqüentes em
pacientes com transtornos depressivos, e “não foram escolhidos para refletir qualquer teoria em particular”.
 Itens se refere: 1) tristeza; 2) pessimismo; 3) sentimento de fracasso; 4) insatisfação; 5) culpa; 6) punição; 7)
auto-aversão; 8) auto-acusações; 9) idéias suicidas; 10) choro; 11) irritabilidade; 12) retraimento social; 13) indecisão;
14) mudança na auto-imagem; 15) dificuldade de trabalhar; 16) insônia; 17) fatigabilidade; 18) perda de apetite; 19)
perda de peso; 20) preocupações somáticas; 21) perda de libido;
 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 15 minutos;
 Aplicado a sujeitos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;
 Escores: cada grupo apresenta 4 alternativas, que podem ter escore 0, 1, 2 ou 3;
 O maior escore é 63, se o sujeito assinalar duas questões, considerar a de maior escore;
 O escore total é o resultado da soma dos escores individuais dos itens e permite classificação de níveis de
intensidade da depressão;
 Normas brasileiras:
 Nível: Escore
Mínimo ________________ 0-11
Leve ___________________ 12-19
Moderado ______________ 20-35
Grave ___________________ 36-63
Inventário de Ansiedade Beck - BAI
 A escala foi construída com base em vários instrumentos de autorrelatos para medir aspectos da ansiedade;
 O constructo de ansiedade é complexo, as teorias diferem a seu respeito e é difícil diferenciá-lo da depressão;
 “o BAI foi construído para medir sintomas de ansiedade, que são compartilhados de forma mínima com os de
depressão”.
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 Inicialmente criado para uso com pacientes psiquiátricos, também é adequado para a população geral;
 Constituído por 21 itens, que são afirmações descritivas de sintomas de ansiedade e que devem ser avaliados
pelo sujeito com referência a si mesmo, numa escala de 4 pontos, refletindo níveis crescente de gravidade de cada
sintoma:
 1) absolutamente não;
 2) levemente: não me incomodou muito;
 3) moderadamente: foi muito desagradável, mas pude suportar;
 4) gravemente: dificilmente pude suportar;
 Itens: 1) dormência ou formigamento; 2) sensação de calor; 3) tremores nas pernas; 4) incapaz de relaxar; 5)
medo que aconteça o pior; 6) atordoado ou tonto; 7) palpitação ou aceleração do coração; 8) sem equilíbrio; 9)
aterrorizado; 10) nervoso; 11) sensação de sufocação; 12) tremores nas mãos; 13) trêmulo; 14) medo de perder o
controle; 15) dificuldade de respirar; 16) medo de morrer; 17) assustado; 18) indigestão ou desconforto no abdômen;
19) sensação de desmaio; 20) rosto afogueado; 21) suor (não devido ao calor);
 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 10 minutos;
 Aplicado a sujeitos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;
 Respostas mas constituem uma série escalar de 0 a 3 ponto: 0 - absolutamente não; 1- levemente; 2 -
moderadamente; 3 - gravemente;
 O escore total é o resultado da soma dos escores individuais dos itens e permite classificação de níveis de
intensidade da ansiedade;
Escala de Desesperança de Beck - BHS
 Medida da dimensão do pessimismo ou “da extensão das atitudes negativas frente ao mundo”;
 O constructo desesperança surgiu na década de 70, na literatura psicanalítica, como um tema central da
depressão;
 Vários autores colocaram a desesperança como um elemento-chave para a formulação teórica do
comportamento suicida (Werlang, 1997);
 Desesperança nexo causal entre depressão e suicídio, compondo a tríade teórica de Beck sobre a depressão;
 O instrumento foi criado para operacionalizar o componente desesperança do modelo cognitivo de Beck sobre
a depressão;
 “concepção de desesperança” – “como um sistema de esquemas cognitivos, nos quais o denominador comum
é a expectativa negativa a respeito do futuro próximo e remoto;
 Crenças: 1) nada sairá bem para elas; 2) nunca terão sucesso no que tentarem; 3) suas metas importantes
jamais poderão ser alcançadas; 4) seus piores problemas nunca serão solucionados;
 A BHS é uma escala dicotômica – 20 itens com afirmações que envolvem cognições sobre a desesperança.
 Respostas: Certo (C) e Errado (E).
 Exemplos:
 1. Penso no futuro com esperança e entusiasmo.
 2. Seria melhor desistir, porque nada há que eu possa fazer para tornar as coisas melhores para mim;
 3. Quando as coisas vão mal, me ajuda saber que elas não podem continuar assim para sempre.
 4. Não consigo imaginar que espécie de vida será a minha em dez anos.
 5. Tenho tempo suficiente para realizar as coisas que quero fazer.
 6. No futuro, eu espero ter sucesso no que mais me interessa.
 7. Meu futuro me parece negro.
 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 15 minutos;
 Aplicado especialmente a pacientes psiquiátricos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;
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 O escore total é o resultado da soma dos itens individuais, cuja resposta aponta no crivo vale 1 ponto cada.
 Pode variar de 0 a 20, que é a estimativa da extensão das expectativas negativas frente ao futuro, classificadas
em níveis;
 A BHS é um instrumento adequado como indicador psicométrico de risco de suicídio, mostrando-se mais útil
em pacientes com histórico de depressão e de tentativa de suicídio;
 Normas brasileiras para pacientes psiquiátricos:
Nível: Escore
Mínimo ________________ 0 - 4
Leve ___________________ 5 - 8
Moderado ______________ 9 -13
Grave ___________________ 14 - 20
Escala de Ideação Suicida Beck -BSI
 A BSI é uma versão de autorrelato para outro instrumento (SSI) que investiga a ideação suicida;
 O SSI tinha um formato de entrevista semi-estruturada;
 A BSI é constituída por 21 itens. Os primeiros 19, apresentados com 3 alternativa de respostas, “gradações da
gravidade de desejos, atitudes e planos suicidas”, subtendem os conteúdos:
 1) desejo de viver; 2) desejo de morrer; 3) razões para viver ou morrer; 4) tentativa de suicídio ativa; 5)
tentativa de suicídio passiva; 6) duração de idéias de suicídio; 7) freqüência de ideação; 8) atitude em relação a
ideação; 9) controle sobre os atos suicidas; 10) inibições para a tentativa; 11) razões para a tentativa; 12)
especificidade do planejamento; 13) acessibilidade ou oportunidade do método; 14) capacidade de realizar a tentativa;
15) probabilidade de tentativa real; 16) extensão de preparação verdadeira; 17) bilhete suicida; 18) atos finais; 19)
despistamento e segredo;
 Cautela no uso da BSI: necessidade de intervenção ao ser identificado risco de suicídio; não oferece subsídios
para identificar simulação ou confusão por parte do paciente; foi desenvolvida com base em pacientes psiquiátricos
adultos;
 Triagem de ideação suicida – se a resposta do examinador for 0 ao item 4 ou 5 passará diretamente para o
item 20, sem responder os itens anteriores;
 Se não, o examinando responderá todo o teste;
 O item 21só será respondido por sujeitos com história de tentativa de suicídio;
 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 10 minutos;
 Aplicado especialmente a pacientes psiquiátricos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;
 Quando não for 0 a resposta ao item 4 ou 5, pode-se avaliar a gravidade da ideação suicida, somando os
escores dos itens individuais (de 1 a 19) e obtendo um escore total;
 Os itens 20 e 21 não são incluídos no escore final – caráter informativo: número de tentativas e seriedade da
intenção de morrer na última delas;
 Não são recomendados pontos de corte específicos.
 A presença de qualquer escore diferente de 0 – ideação suicida, necessidade de acompanhamento;
INVENTÁRIO FATORIAL DE PERSONALIDADE - IFP
Fundamentação Teórica
 O IFP fundamenta-se no Edwards Personal
 Preference Schedule (EPPS);
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 Inventário de personalidade objetivo, da natureza verbal;
 Baseado na teoria das necessidades básicas formuladas por Murray;
 Personologia – lista de necessidades, resultado de longo trabalho, com o estudo profundo de uma amostra de
adultos “normais”;
O Inventário
São 15 necessidades ou motivos psicológicos:
1. Assistência; 2. Dominância; 3. Ordem; 4. Denegação; 5. Intracepção; 6. Desempenho; 7. Exibição; 8.
Heterossexualidade; 9. Afago; 10. Mudança; 11. Persistência; 12. Agressão; 13. Deferência; 14.Autonomia e 15.
Afiliação.
 Cada uma das 15 escalas é compostas de nove fases;
 Escala Likert de 7 pontos, sendo o 1 = nada característico e o 7 = totalmente característico;
 O IFP foi desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Avaliação e Medida da UnB;
 São 155 itens: 135 correspondentes às 15 variáveis da personalidade e 20 às escalas de desejabilidade e
validade, retiradas da Escala de Personalidade de Comrey;(aproximadamente 40 mim)
 Escala de validade: verificar se o sujeito respondeu adequadamente ao inventário;
 Escala de desejabilidade: tentou se apresentar de uma maneira que os outras gostaria que ele fosse visto;
As Escalas
 Assistência: escores altos mostram um sujeito com grandes desejos e sentimentos de piedade, compaixão e
ternura;
 Intracepção: escores altos – se deixa conduzir por sentimentos e inclinações difusas; é dominado pela procura
da felicidade, pela fantasia e imaginação. Adjetivos: subjetivo, imaginativo, pessoal nos julgamentos, pouco prático,
metafísico, parcial em suas opiniões, caloroso e apaixonado, sensitivo, egocêntrico, individualista, dedutivo, intuitivo
nas observações;
 Afago: busca de apoio e proteção. Espera ter seus desejos satisfeitos por alguma pessoa querida e amiga;
deseja ser afagado, apoiado, protegido, amado, orientado, perdoado e consolado. Sofre de sentimentos de ansiedade e
abandono, insegurança e desespero;
 Deferência: respeito, admiração e reverência caracterizam que tem altos escores, expressa o desejo de admirar
e dar suporte a um superior; gostam de elogia e honrar os superiores, bem como de imitá-los e obedecê-los.
 Afiliação: dar e receber afeto de amigos é o desejo de pessoas com altos escores; elas são caracterizadas por
confiança, boa vontade e amor. Gostam de se apegar e ser leais aos amigos.
 Dominância: escores altos – sentimentos de autoconfiança e o desejo de controlar os outros, influenciar ou
dirigir o comportamento deles através de sugestão, sedução, persuasão ou comando.
 Exibição: escores altos – desejo de impressionai, ser ouvido ou visto. Gosta de fascinar as pessoas, exercer
fascínio e mesmo chocá-las; gosta de dramatizar as coisas para impressionar e entreter.
 Agressão: escores altos – raiva, irritação, ódio, desejo de superar com vigor a oposição. Gostam de lutar,
brigar, atacar e injuriar os outros; gostam de fazer oposição, censurar e ridicularizar os outros.
 Denegação: escores altos – entrega à resignação. Tendência de se submeter passivamente à força externa;
aceitar desaforo, castigo e culpa; resignar-se ao destino, admitir inferioridade, erro e fracasso; confessar erros e desejo
de autodestruição, dor, castigo, doença e desgraça.
 Desempenho: escores altos - ambição e empenho, desejo de realizar algo difícil, como dominar, manipular e
organizar objetos, pessoas e idéias. Gostam de fazer coisas independentemente e com a maior rapidez possível,
sobressair vence obstáculos e manter altos padrões de realização.
 Ordem: tendência a pôr todas as coisas em ordem, manter limpeza, organização, equilíbrio e precisão.
 Persistência: escores altos – levar a cabo qualquer trabalho iniciado por mais difícil que possa parecer.
Obcecado pelo resultado final do trabalho, esquecendo o tempo e o repouso necessário. Queixas: falta de tempo,
cansaço e preocupações.
 Mudança: desliga-se de tudo que é rotineiro e fixo. Gosta de novidade, aventura, não ter nenhuma ligação
permanente em lugares, objetos ou pessoas.
 Autonomia: escores altos – desejo de sentir-se livre, sair do confinamento, resistir à coerção e à oposição. Não
gostam de executar tarefas impostas pela autoridade, pois gostam de agir independente e livremente.
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 Heterossexualidade: desejo de manter relações, desde romântica até sexuais, com indivíduos do sexo oposto.
Escores altos – fascinação por sexo e assuntos afins.
Aplicação
 Pode ser aplicado individual ou coletivamente;
 Auto-administrável;
 Indivíduos entre 18 e 60 anos de idade;
 Não tem tempo determinado, mas o tempo estimado de resposta é em torno de 45 minutos;
Apuração
 1. Escore Bruto – é obtida em cada um dos 17 fatores;
 1) para as 15 necessidades – somar as respostas dadas aos itens correspondentes a cada necessidade. Itens
indicados pelas cores;
 2) para os dois fatores ou escalas de controle (validade e desejabilidade), inverter a escala de 1 a 7 para 7 a 1
de alguns itens. Os itens são: 6, 24, 42, 61, 79, 99, 118, 138, os que estão com a cor preta na folha de resposta é que
serão invertidos as respostas de 1 a 7;
 Somar as respostas dadas;
A escala de desejabilidade é composta por 12 itens: 11, 23, 35, 47, 59, 71, 83, 96, 110, 123, 136, 150.
Inverter os escores de 1 a 7 para 7 a 1, para os itens com a cor preta na folha resposta;
Somar as respostas dadas;
2. Escores Percentílico: procurar nas tabelas de normas, diferenciadas entre sexo masculino e feminino;
Perfil das necessidades: se os escores brutos forem assinalados na folha de apuração e ligados por uma linha, surgirá o
perfil de necessidades;
Interpretação
Feitas em função do sexo;
O perfil de personalidade é expresso sobretudo para aquelas necessidades cujos os escores se situam além das duas
linhas pontilhadas grossas, abaixo do percentil 30 e acima do percentil 70.
Os escores entre os percentis 40 e 30, bem como os entre 60 e 70, representam necessidades salientes do sujeito, mas
menos acentuadas. Os escores abaixo de 40 – necessidades fracas e acima de 60 – fortes;
 Escala de validade – escore de 32 ou mais devem ser descartados
 Escala de desejabilidade – percentil de 70 ou acima prejudica a análise das demais escalas;
Intensa devoção a seus projetos.
Precisam trabalhar a função sentimento – fornecer padrões para julgamento. Precisam atenção às opiniões alheias.
Podem tentar impor suas regras a tudo e a todos e consequentemente realizar muito pouco.
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO TIPOLÓGICA
Fundamentação teórica
Modelo junguiano de tipologia – tentativa de definir estilos cognitivos e de comportamento individual, classificando
semelhanças e diferenças em determinados grupos.
Baseado na visão arquetípica e intimamente ligado a todo conjunto da psicologia analítica.
O Quati foi desenvolvido na USP e dirigido à população brasileira.
• O QUATI avalia a personalidade através das escolhas situacionais que cada sujeito faz.
• Duas respostas são possíveis.
• Resultados – conjunto de três códigos relacionados a atitude consciente e as funções mais ou menos
desenvolvidas (ou inconscientes).
Tipologia - Definições
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I – Foco de atenção
ATITUDE
1. Introversão – I: orienta-se por fatores subjetivos, dirige a sua atenção para o seu mundo interior de impressões
acerca do mundo. Normalmente controlado e reatraído.
2. Extroversão – E: dirige a atenção para o mundo externo. Expressa-se melhor falando do que escrevendo, gosta mais
de ouvir do que ler. Certa impulsividade, gosta de movimento e mudanças.
II – Recebendo informações
FUNÇÕES PERCEPTIVAS
1. Intuição – In: parte do que está percebendo no momento, mas esta não é sua preocupação. Interessado em
significados, relações e possibilidades futuras ao que está percebendo. Observa o todo, busca novas soluções, prefere
planejar do que executar.
2. Sensação – Ss: o sensitivo confia em seus sentidos para compreender objetivamente uma situação. Mais
interessado no aqui e agora. Prático e realista. Observa detalhes. Facilidade com objetos e máquinas. Prefere executar
do que planejar.
III – Tomando decisões
FUNÇÕES AVALIATIVAS
1. Pensamento – Ps: o reflexivo está atento à lógica dos atos e eventos. Padrão objetivo da verdade. Voltado para
razão.
2. Sentimento – St: o sentimental toma decisões com base em seus próprios valores pessoais(ou de outras
pessoas). Voltado para as relações pessoais, mostra-se receptivo e bom para lidar com pessoas.
Descrições baseadas nos tipos psicológicos
Extrovertido, função principal sentimento, função auxiliar intuição, função menos preferida pensamento. E St
In
• Pessoas desse estilo cognitivo – irradiam calor humano, valorizam o contato com as outras pessoas.
Perseverantes, conscienciosas e ordeiras. Sensíveis a manifestações de aprovação. Tendência a idealizar
excessivamente.
• Qualidade – valorizar a opinião alheia;
• A intuição aguça sua curiosidade por idéias novas.
• Geralmente se interessam pela leitura e pela teoria.
• Pensam melhor quando estão falando com outros do que sozinhas (escrita).
• Profissões que se dedicam a criar um clima de cooperação entre as pessoas: ensino, trabalho pastoral,
aconselhamento e vendas em geral.
Extrovertido, função principal intuição, função auxiliar sentimento, função menos utilizada sensação E In
St
• Inovadoras, grande imaginação, capacidade de tomar iniciativas e começar novos projetos;
• Habilidade para contornar e resolver as dificuldades.
• Envolvimento com as pessoas, habilidade de manejar os contatos interpessoais. Busca compreender e não
julgar os outros.
• Profissões: aconselhar pessoas, utilizar sua boas capacidade didática e liberdade para introduzir coisas novas.
• Campo das artes, jornalismo, ciência, publicidade e propaganda, vendas e literatura.
• Não gostam de rotina, dificuldades com trabalhos rotineiros.
• Perdem o interesse num projeto quando os desafios são solucionados.
Extrovertido, função principal pensamento, função auxiliar intuição, função menos utilizada sentimento E
Ps In
11
• Usam o pensamento para controlar o mundo que as rodeia. Lógicas, objetivas, analíticas e racionais.
• Gostam de executar coisas e fazer planos a longo prazo.
• Focalizam a atenção nas idéias e não nas pessoas que estão por trás das idéias.
• Não têm paciência com confusão e ineficiência.
• A função auxiliar, intuição, aumenta os interesses intelectuais, curiosidades por idéias novas, tolerância pelos
aspectos técnicos e gosta por problemas complexos.
• Gostam de funções executivas, nas quais podem implementar soluções inovadoras.
• Podem ser impulsivas e não levar em consideração o que os outros pensam e sentem.
Extrovertido, função principal intuição, função auxiliar pensamento, função menos utilizada sensação E In
Ps
• Inovadoras, engenhosas, vislumbram novas possibilidades e maneiras de fazer as coisas.
• Imaginação rica, confiantes na inspiração, sentem-se estimuladas pelas dificuldades e têm habilidades para
resolvê-las.
• Gostam de demonstrar competência em várias áreas e valorizam isso no outro.
• São intuitivas quanto aos pensamentos e sentimentos dos outros.
• Buscam mais compreender do que julgar os outros.
• Gostam de coisas diferentes, mas podem ter dificuldade em focalizar sua atenção em qualquer uma delas em
particular.
• Confiam no pensamento, tornando-as objetivas.
• Não gostam de trabalho rotineiro.
• Perdem o interesse num projeto quando os desafios são solucionados.
Extrovertido, função principal sentimento, função auxiliar sensação, função menos utilizada pensamento E St
Ss
Irradiam calor humano e simpatia.
Atenção voltada para as pessoas. Sensíveis a manifestações dos outro. Prazer = calor humano.
São perseverantes, conscienciosas e ordeiras.
Tendem a idealizar a pessoas, instituições ou causas que admiram.
Valorizam as opiniões alheias.
Tendem a harmonizar os conflitos, podendo até concordar com opiniões alheias dentro de limites razoáveis. Podem
perder as suas próprias opiniões de vista.
Interessadas na realidade percebida pelos órgãos dos sentidos. Práticas e realistas.
Gostam de novidades e variedades, mas são capazes de se adaptar à rotina.
Profissões que lidam com os demais, como: ensino, trabalho pastoral, vendas.
Compaixão + preocupação com condições físicas = áreas de saúde.
Não gostam de profissões que exijam domínio de idéias abstratas e análise impessoal.
Não gostam de tomar decisões e podem ter impulsividade nas mesmas.
Extrovertido, função principal sensação, função auxiliar sentimento, função menos utilizada intuição E Ss St
Amistosas, adaptáveis e realistas. Confiam na percepção dos seus órgãos sensoriais.
Buscam solução satisfatória em vez da imposição. Abertas e tolerantes.
Focalizam a atenção no momento presente, com aceitação realista do que existe. Bons “resolvedores de problemas”.
Curiosidade a respeito do novo apresentado aos seus sentidos. Gosto artístico apurado
Decisões tomadas a partir de valores pessoais em lugar da análise lógica do pensamento.
• Função auxiliar, o sentimento = simpáticas e cuidadosos com os outros.
• Podem ser negligentes com a disciplina.
• Aprendem mais com a experiência do que com livros.
• Esforço para ter bom desempenho acadêmico.
• Profissões com dose de realismo, ação e capacidade de adaptação: vendas, serviços de área de saúde,
arquitetura, estilista, turismo, setor de transporte etc.
• Carreiras onde a coragem e habilidade física, e a capacidade de resolver problemas sejam valorizadas. Bom
desempenho esportivo.
• Precisam desenvolver a capacidade de lidar com frustrações e levar adiante objetivos a longo prazo.
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Extrovertido, função principal pensamento, função auxiliar sensação, função menos utilizada sentimento E Ps
Ss
• Usam o pensamento para controlar o mundo.
• São lógicas, analíticas, críticas e racionais.
• Atenção voltada para o trabalho ou tarefas a serem executadas e não para as pessoas que irão executá-las.
• Gostam de organizar fatos, situações e opções ligadas a um projeto, assim como realizar os objetivos
definidos no prazo.
• São impacientes, podendo chegar a serem duras e inflexíveis.
• Preferem o aqui e agora, sendo práticas e realistas.
• Preferem tipos de trabalho onde os resultados de seus esforços sejam imediatos e visíveis. O mundo dos
negócios, da indústria, da produção, construção. Onde possam colocar objetivos a serem alcançados, tomar decisões e
dar as ordens necessárias para a execução.
• Podem ser impulsivas, sem levar em conta o que os outros dizem.
• Precisam fazer o esforço para valorizar o sentimento.
Extrovertido, função principal sensação, função auxiliar pensamento, função menos utilizada intuição E Ss Ps
• Realistas, amistosas e adaptáveis. Confiam no que podem conhecer através dos sentidos.
• Aceitam com bom-humor os fatos da vida.
• Procurar conciliar do que impor.
• São adaptáveis, com mente aberta e flexíveis.
• Ótimas para avaliar tensões e fazer com que as partes de um conflito cheguem a um acordo.
• Curiosidade ao que é apresentado aos sentidos.
• Boas em solucionar problemas.
• Focam a atenção no presente. Tomam decisões baseados na lógica.
• Aprendem mais pela experiência direta.
• Não confiam em teorias que não foram testadas.
• Profissões: realismo, ação e adaptação – engenharia, carreira policial, marketing, tecnologias da saúde, lazer,
construção etc. Carreiras onde a coragem física e a habilidade de resolver problemas sejam valorizadas.
• Necessitam desenvolver a função sentimento, para usar seus valores pessoais com referência.
Introvertido, função principal intuição, função auxiliar sentimento, função menos utilizada sensação I In St
• Inovadoras, confiam na intuição, estimuladas por problemas.
• Independentes e individuais, mas dão importância à harmonia e à concórdia.
• Forma de liderança: conquista de outras pessoas para sua causa.
• Trabalhos que possam usar a intuição e sentimentos.
• Sentem-se atraídos pelo magistério, formal ou artístico.
• Áreas técnicas ligadas à Ciência e à pesquisa.
• Intensa devoção a seus projetos.
• Precisam trabalhar a função sentimento – fornecer padrões para julgamento. Precisam atenção às opiniões
alheias.
• Podem tentar impor suas regras a tudo e a todos e consequentemente realizar muito pouco.
Introvertido, função principal sentimento, função auxiliar intuição, função menos utilizada pensamentoI I St In
• Calor humano, o que só demonstram depois de conhecer a outra pessoa bem.
• Cumprem com lealdade deveres e obrigações para com suas idéias.
• A visão do mundo se faz partir de seus valores pessoais e ideais .
• Expressam muito raramente seus sentimentos mais profundos – reservados.
• Tolerantes, abertas, compreensivas, flexíveis e adaptáveis. Contudo, se algo ameaça suas lealdades
não cedem num centímetro.
• Não querem impressionar ou dominar os outros, a não ser que seja necessário pela profissão.
• São eficientes quando trabalham no que acreditam.
• Desejam que o trabalho que realiza contribua para os demais. Perfeccionistas.
• Curiosidade por idéias novas. Interesses literários, boa capacidade de expressão, mas não são bons
escritores.
• Grande habilidade e capacidade de convencer os outros; não são barulhentos mas profundos.
• Profissões relacionadas ao aconselhamento em geral: ensino, arte, literatura, ciência ou psicologia.
13
• Problema resultante do que desejam almejar e o que conseguem – complexo de culpa e sentimento de
inferioridade. Acontece mesmo quando estão se mostrando tão competentes quanto os demais ao redor.
• Importante usar a intuição – expressar seus ideais, senão sonham muito, realizam pouco.
Introvertido, função principal intuição, função auxiliar pensamento, função menos utilizada sensação I In Ps
Inovadoras incansáveis, no pensamento e na ação.
Confiam na intuição, não ligando para a opinião pública.
São estimulados pelos problemas, sendo independentes e às vezes teimosos. Perseverantes.
Valorizam a eficiência. Acreditam em suas inspirações e quer que elas sejam colocadas em prática.
Focalizam a atenção nos pormenores da situação, para que sua visão possa ser realizada.
Ciência pura, Política, Filosofia e pesquisa de novos produtos e tecnologias.
Concentração quase maníaca – metas finais claras – não se preocupam em enxergar outros aspectos da situação que
entram em conflito.
Precisam aprender a ouvir as opiniões alheias.
Não valorizam os sentimentos.
Introvertido, função principal pensamento, função auxiliar intuição, função menos utilizada sentimento Ps In
Idéias baseadas no pensamento, confiam no intelecto. Analíticas, lógicas e capazes de crítica objetiva.
Prestam mais atenção às idéias do que às pessoas. Círculo de amigos restrito que gostam de discutir idéias.
Curiosidade intelectual.
Reservadas e caladas, mas podem falar por horas sobre um assunto conhecido. Absorvidas por alguma idéia,
podem até ignorar o mundo ao redor.
Adaptáveis à circunstâncias novas, quando não entram em conflito com seus princípios básicos. Quando isso
ocorre – inflexíveis.
Vislumbram possibilidades além do senso comum, do conhecido, do aqui e agora.
Compreensão rápida da coisas, curiosidade intelectual.
Bom desempenho no campo da ciência pura, pesquisa acadêmica, matemática, professores universitários e
pesquisadores: Economia, Filosofia e Psicologia – interesse em aspectos teóricos.
Interesse – grande desafio = encontrar solução original para um problema qualquer, mais do que ver se esta
solução pode ser colocada em prática.
Precisa desenvolver a percepção, senão fica com pouco conhecimento do mundo real. O que pode dificultar a
expressão de suas idéias, os outros não compreendem.
Tendem a deixar de lado os sentimentos. Conseguem expressar o que é errado, mas dificuldade em expressar
apreciação.
Introvertido, função principal sensação, função auxiliar sentimento, função menos utilizada intuição I Ss St
• Confiáveis e responsáveis.
• Respeito completo, realista e prático por fatos concretos.
• Analisam antes de tomar decisões.
• Lembram e utilizam grande número de fatos.
• Apreciam o que é apresentado de forma clara.
• Reações íntimas – vividas, intensas e imprevisíveis.
• Calmas, raramente demonstram suas emoções pelas expressões faciais.
• Perfeccionistas, diligentes e capazes de trabalhar com afinco.
• Perseverantes, pacientes com pormenores. Só desistem quando convencidas de que estão erradas através da
própria experiência.
• Carreias e profissões – observação cuidadosa e interesse genuíno que têm nas pessoas – áreas de saúde,
ensinos, trabalho de escritório etc.
• Usam função sentimento para lidar com o mundo – bondosas, compassivas e diplomáticas.
• Preocupação com precisão e organização – cargos executivos.
• Precisam desenvolver o julgamento, senão podem fechar-se dentro de si mesmas.
• Tendência de desconfiar da imaginação e da intuição.
Introvertido, função principal sentimento, função auxiliar sensação, função menos preferida pensamento I St Ss
• Pontos de vista muito particulares sobre a vida, tendendo a julgar tudo e todos pelos seu ideais e valores, mas
estes podem ser influenciados por aqueles de que gostam.
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• Não tem facilidade de fala sobre seus ideais e valores.
• Expressam raramente suas emoções, calmos e reservados.
• Tolerância, flexibilidade, adaptabilidade e espírito aberto.
• Inflexibilidade quando seus ideais são ameaçados.
• Aproveitam o máximo o momento presente.
• Valorizam pessoas que refletem longamente sobre seus valores pessoais e objetivos.
• Atenção voltada para realidade (interior ou exterior) apreendida pelos sentidos.
• São boas em atividades que envolvem bom-gosto, capacidade de discriminação e senso estético.
• Relação especial com natureza e animais.
• Grande habilidade manual.
• Necessitam trabalhar em algo que acreditam.
• Problema: contraste entre o que gostariam de realizar e o que conseguem. Sentimento de incompetência e
inabilidade, mesmo quando seu desempenho é bom ou melhor do que os outros.
• Modestas.
• Necessidade de encontrar uma forma prática de expressar seus ideais.
Introvertido, função principal sensação, função auxiliar pensamento, função menos utilizada intuição I Ss Ps
• Confiáveis e respeito completo, realista e prático pelos fatos.
• Podem absorver, lembrar e utilizar um grande número de fatos.
• Aceitam a responsabilidade pela execução de algo, muitas vezes além do que seria a sua obrigação.
• Gostam das coisas “preto no branco”.
• Raramente demonstram publicamente suas emoções, que podem ser vividas e intensas.
• Calmas e seguras em situações de crise.
• Em público e lidando com o mundo das realidades concretas mostram-se confiáveis e sensatas.
• Sistemáticas, perseverantes, trabalhadoras e capazes de levar em consideração os pormenores.
• Tendência de engajamento impulsivo.
• Profissões: talento para organização e levar pormenores em consideração – engenharia civil, contador, direito,
carreiras na área de saúde – cargos executivos.
• Problema: tendência a esperar que todos sejam tão lógicos e analíticos quanto elas. Podendo ser dominadoras
com pessoas menos assertivas.
• Regra útil – usar pensamento na tomada de decisões sobre objetos inanimados ou seu próprio comportamento
e usar percepção para compreender as pessoas.
Introvertido, função principal pensamento, função auxiliar sensação, função menos utilizada sentimento I Ps Ss
• Confiam no pensamento, lógicas, capazes de críticas objetivas, sendo influenciadas por argumentos racionais.
• Gostam de organizar fatos e dados a pessoas e situações.
• Curiosas de forma não explícita. Timidez em situações sociais, exceto entre amigos.
• Tranquilas e reservadas. Mas, em assuntos conhecidos podem fazer discurso intermináveis.
• Adaptáveis às atividades da vida diária, exceto quando seus princípios são violados.
• Gostam do ar livre, prática de esportes e possuem boa habilidade manual.
• Interesse em saber como e porquê as coisas funcionam – ciências aplicadas, mecânica e engenharia.
• Talento para organizar, direito, economia, marketing, vendas, estatística.
• Tendência a adiar decisões e deixar coisas incompletas.
• Não valorizam os sentimentos.
Aplicação
• Forma individual ou coletiva.
• Sem tempo limite, o estimado é de 45 minutos.
• Adultos, com escolaridade a partir do Ensino Médio.
Avaliação
• Três crivos de correção:
• Crivo R-1: Introversão/Extroversão;
• Crivo R-2: Intuição/Sensação;
• Crivo R-3: Pensamento/Sentimento;
• Tabela de profissões mais encontradas para cada tipo;
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ESCALA FATORIAL DE SOCIALIZAÇÃO – EFS
O Modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade – Big Five
 Origem – teorias fatoriais e teorias do traço;
 Explicação teórica da personalidade a partir de cinco fatores;
 Modelo atual: Extroversão (E), Socialização (S), Realização (R), Neuroticismo (N) e Abertura para novas
experiências (A);
 Importante contribuição da análise fatorial;
 Aceitação tardia do modelo:
 Necessidade de computadores com potência para análise fatorial;
 Os autores como Thurstone não continuaram os estudos iniciados na área, voltando-se para inteligência;
 Concepção que os psicólogos tinham sobre personalidade: ênfase na teoria e pouco em pesquisa sistemática;
Por que cinco fatores?
 A descoberta de cinco fatores foi acidental;
 Generalização empírica;
 Não foi desenvolvido de uma teoria a priori;
 Vários autores questionam o número de fatores;
 Esse modelo tem suas origens na análise da linguagem utilizada para descrever pessoas;
 Hipótese léxica: “as diferenças individuais mais significativas nas interações diárias das pessoas são
codificada na linguagem”.
 Traços de personalidade produzem comportamentos – relevantes para grupo – criação de palavras para
descrever essas características;
 McAdams (1992) – cinco fatores se referem a informações fundamentais, que geralmente queremos ter sobre
pessoas com quem vamos interagir:
Ativo e dominante ou passivo e submisso;
Socialmente agradável ou desagradável, amigável ou frio, distante;
Responsável ou negligente;
Louco, imprevisível ou normal, estável;
Esperto ou tolo, aberto a novas experiências ou desinteressado por tudo aquilo que não diz respeito à experiência
do cotidiano.
Universalidade de um sistema baseado numa estrutura lingüística.
Estudos em diversas línguas e países: japonês, chinês, hebraico, em Hong Kong, nas Filipinas, Turquia,
Vietnã,Índia, Portugal, EUA, Brasil etc.
O modelo se mostrou replicável;
O Fator Socialização
 Socialização é um importante componente da personalidade humana;
 No Big Five – descreve a qualidade das relações interpessoais dos indivíduos;
 Relaciona-se aos tipos de interações que uma pessoa apresenta ao longo de um contínuo que se estende da
compaixão ao antagonismo;
 Também avalia o quão capazes as pessoas se percebem no convívio social;
Cinco Fatores e Transtornos
Todos os 5 fatores podem ser úteis para identificação de transtornos de personalidade.
a) Avaliação de estilos emocionais, interpessoais e motivacionais;
b) Panorama compreensível do indivíduo;
c) Informações úteis na seleção de tratamento e avaliação do prognóstico dos casos;
Fator Socialização e avaliação
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Estudos indicam:
Pessoas com transtorno anti-social – baixos escores de socialização;
Dependentes químicos – fator de socialização;
Fator socialização – contexto do trabalho e organizações;
A EFS
 Os itens foram construídos na forma assertiva que descrevem atitudes, crenças e sentimentos e as escalas de
resposta são do tipo Likert de 7 pontos;
 A escala foi desenvolvida no Brasil;
 Amostra de padronização: 1100 participantes de ambos sexos, da Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e
Paraíba. Nível de escolaridade: Ensino Médio e Superior. Idade: 14 a 50 anos
Aplicação da EFS
Pode ser aplicada individualmente ou em grupo;
Não tem limite de tempo e usualmente não ultrapassa 40 minutos;
Aplicado a pessoas a partir dos 14 anos e do Ensino Médio;
Avaliação da EFS
 Obtenção de escores brutos (ver manual) – uso de crivos:
 S1 – Amabilidade;
 S2 – Pró-sociabilidade;
 S3 – Confiança;
 Os escores brutos são transformados em escores percentílicos consultando as tabelas, de acordo com o sexo;
Interpretação da EFS
 A EFS permite identificar tendências de comportamento, bem como padrões mais prováveis de atitudes e
crenças.
 Os padrões descritos são os extremos, raros de ocorrerem.
Interpretação da EFS
Escore geral – pessoas com alto escore apresentam “altruísmo”, confiança nas demais pessoas, franqueza etc.
Com baixo escore, hostilidade, manipulação, desconfiança, padrões mais elevados de consumo de
substâncias psicoativas, quebra de regras sociais etc.
Interpretação da EFS
S1 – Amabilidade:
Alto escore – pessoas atenciosas, agradáveis, compreensivas e empáticas, gostam de ajudar os outros. Comum em
transtorno de Personalidade Dependente;
Baixo escore – pouca disponibilidade para os outros, sendo auto-centradas e indiferentes.Comum em Transtorno
de Personalidade Anti-social e Narcisista;
Interpretação da EFS
S2 – Pró-sociabilidade
Alto escore: tendem a evitar situações de risco, bem como atitudes consideradas transgressoras às leis ou regras
sociais. Postura franca;
Baixo escore: tendem a envolver-se em situações de risco. Pouca preocupação em seguir regras. Podem ser
manipuladoras e hostis, risco para excesso de uso do álcool. Transtorno de Personalidade Anti-social e
Narcisista.
Interpretação da EFS
S3 – Confiança nas pessoas:
Alto escore: acreditam que os outros são honestos e bem intencionados. Podem ter postura ingênua, podendo ser
prejudicados pelos demais. Transtorno de Personalidade Histriônica e Dependente.
Baixo escore: céticos, assumem que os outros podem ser desonestos e perigosos. Podem ter ciúme excessivo e
dificuldade em desenvolver intimidade com os outros.Transtorno de Personalidade Paranóide, Esquizotípico e
Boderline.
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Definições
 Transtorno de Personalidade Histriônica ou Histérica (TPH) é uma desordem de personalidade (incluída
no grupo B "dramáticos, imprevisíveis ou irregulares" - Borderline, Histriônica, Anti-Social e Narcisista),
representada por pessoas dramáticas, exageradas, sedutoras, que tendem a chamar atenção para si mesmas e
controlam pessoas e circunstâncias para conseguirem o que querem - manipuladores.[1] É um distúrbio de
personalidade que pode ocorrer concomitante ao Transtorno de Personalidade Limítrofe (Borderline) e, por
isso, compartilham várias características em comum. Além disso, histriônicos têm uma probabilidade maior
de adquirir depressão do que a maioria das pessoas.
 A característica essencial do Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão invasivo de
distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos
interpessoais. Este padrão começa no início da idade adulta e se apresenta em variados contextos.
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide parecem não possuir um desejo de intimidade,
mostram-se indiferentes às oportunidades de desenvolver relacionamentos íntimos, e parecem não obter muita
satisfação do fato de fazerem parte de uma família ou de outro grupo social (Critério A1).
Eles preferem passar seu tempo sozinhos a estarem com outras pessoas. Com freqüência, parecem ser
socialmente isolados ou "solitários", quase sempre escolhendo atividades ou passatempos solitários que não
envolvam a interação com outras pessoas (Critério A2).
 Eles preferem tarefas mecânicas ou abstratas, tais como jogos matemáticos ou de computador. Podem ter
pouco interesse em experiências sexuais com outra pessoa (Critério A3) e têm prazer em poucas atividades
(se alguma) (Critério A4).
Existe, geralmente, uma experiência reduzida de prazer em experiências sensoriais, corporais ou
interpessoais, tais como caminhar na praia ao pôr-do-sol ou fazer sexo. Esses indivíduos não têm amigos
íntimos ou confidentes, exceto, possivelmente, algum parente em primeiro grau (Critério A5).
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide freqüentemente se mostram indiferentes à
aprovação ou crítica e parecem não se importar com o que os outros possam pensar deles (Critério A6). Eles
podem ignorar as sutilezas normais da interação social e com freqüência não respondem adequadamente aos
indicadores sociais, de modo que parecem socialmente ineptos ou superficiais e absortos consigo mesmos.
Eles geralmente exibem um exterior "insosso", sem reatividade emocional visível, e raramente retribuem
gestos ou expressões faciais, tais como sorrisos ou acenos (Critério A7). Afirmam que raramente
experimentam fortes emoções, tais como raiva e alegria, freqüentemente exibem um afeto restrito e parecem
frios e indiferentes.
Questão
 Em que contextos a EFS pode ser utilizada? Que contribuições a EFS traz para esses contextos?
TESTE ZULLIGER
Histórico
 Hans Zulliger (1893-1965) – psicólogo suíço.
 Usou como experimentos de Rorschach com mancha de tinta.
 Amizade com Oskar Pfister.
 Junto com esses e outros autores fundaram a Sociedade de Psicanálise de Zurique.
 Segunda Guerra – usou a técnica de Rorschach na seleção de oficiais das Forças Armadas Suíças.
 Dificuldade – tempo de aplicação, 10 cartões aplicados individualmente.
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 Começou a estudar formas de aplicação coletiva, com menos pranchas.
 1948 – técnica de aplicação coletiva em 3 Pranchas ou Cartões.
 No presente manual, o conceito de cartão é usado para aplicação individual e diapositivos ou figuras, como
sinônimos para aplicação coletiva.
 Esse teste tem diferentes denominações: Z-teste; Teste Z; Teste de Zulliger.
 Presente manual usa Z-teste.
Z-Tetes
Instrumento de avaliação da personalidade com base no psicodiagnóstico de Rorschach.
O Z-teste assim como o Rorschach é uma técnica relativamente não estruturada, multidimensional na mensuração
e avaliação da personalidade:
Número de respostas, respostas globais (G), detalhe comum (D), os determinantes forma pura (ã de F+, F- e F+-),
forma precisa (F+), movimento humano (M), movimento animal (FM), altamente quantificáveis.
As manchas não estruturadas projetadas sobre a tela suscitam associações percepto-associativas nos examinandos
situações que de uma forma ou de outra espelham situações internas, seu modo de tomar decisões, suas
tendências a determinadas atitudes, sua maneira de pensar e sentir, suas relações interpessoais.
Essas informações, transformadas em categorias, passam a ser quantificadas e interpretadas.
Quantificar aspectos funcionais e dinâmicos da personalidade.
Alta correlação entre os resultados do Z-teste Forma Coletiva e o Rorschach.
Aplicação
Ambiente adequado.
Materiais:
Um conjunto dos 3 diapositivos.
Tela bem clara.
Projetor de diapositivos.
Folhas de aplicação.
Um quadro para o examinador ilustrar como os examinandos devem proceder.
Canetas esferográficas.
Os participantes devem saber escrever.
Pessoas com problemas de visão para a leitura à distância podem ficar prejudicadas.
O número de examinandos na sala não deve ultrapassar 35.
Recomendável um pessoa auxiliar para apagar e acender as lâmpadas, distribuir as folhas etc.
Rapport
Instruções: “Nós vamos projetar na tela algumas figuras. Elas não têm forma precisa, são manchas feitas ao acaso.
A sala ficará escura por alguns instantes enquanto a imagem fica projetada sobre a tela. Cada um de vocês
procure fixar a atenção sobre a imagem projetada fazendo a pergunta a si mesmo: o que essa imagem me
lembra, o que ela me sugere?
Pode ser no total da figura, no centro, dos lados, à vontade. Não se preocupem com acerto nem com erro. O que
cada um imaginar está bem! Em seguida serão acesas algumas lâmpadas dos fundos da sala, de tal forma que
cada um poderá escrever tudo que a figura sugere, tudo que a figura lembra! Ao escrever na folha cada um
procure observar que ao lado esquerdo, na folha, se escreve o nome do que está sendo lembrado e sugerido
em seguida procure comentar aquilo que está sendo sugerido.
Verbalização:
Ao perceber que todos entenderam a instrução – apagar as luzes e projetar o diapositivo I sobre a tela. Passados
30 seg, acender as luzes do fundo e pedir para os examinandos escreverem.
Passados 5 min. incluindo os 30 seg. o examinador pede: “favor traçar uma linha horizontal de fora a fora na
folha, após a última frase que foi escrita”. Retira o diapositivo I.
Após todos terminarem, projeta o diapositivo II, seguindo o mesmo procedimento do anterior. Depois o
diapositivo III.
Mapeamento das respostas feito por cada um dos examinandos – entrega da folha de mapeamento, um para cada.
Solicita-se que indique a área da figura onde viu o que escreveu na primeira fase, contornando na folha de
localização a área onde se situa o que cada um imaginou e que está escrito à esquerda das folhas: marcara a
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área com um contorno e com uma seta. O Examinador projeta o diapositivo I e só deve projetar o II quando
notar que todos terminaram de mapear as respostas. Nessa fase, as lâmpadas podem ficar acesas.
Classificação das Respostas
Há vários sistemas de classificação, mas sem grandes diferenças nos resultados finais.
O presente manual adota o sistema de Bruno Klopfer.
Resposta - R: mais importante categoria. É uma idéia, conceito, expressando um conteúdo identificado e
particular, vinculado diretamente à determinada área estímulo do diapositivo, por exemplo besouro (total da
mancha do Diapositivo I) ou algas (nas áreas verdes do Diapositivo II).
 Cada respostas é classificada quanto a:
Localização, onde a pessoa localizou o que viu;
Determinantes, o que a levou a ver tal conteúdo;
Conteúdos, o que ela viu;
Fenômenos especiais, verbalizações mais difíceis de serem quantificadas, ex: “é difícil de explicar!”, “Horrível
isso!”.
Os três primeiros grupos são os dados quantitativos, o quarto é importante para compreensão dinâmica da
personalidade.
Localizações - as respostas podem ser classificadas em 3 grandes categorias, acompanhadas ou não de espaço
branco (S):
Globais, codificadas como G, GS, SG, DG, DGS etc.
Detalhes comuns, códigos D, DS, SD.
Respostas de detalhe incomum, Dd, DdS, SDd, que podem ser subdividas em 4 subcategorias, acompanhadas ou
não de Espaço branco (S): a) Detalhe raro (dr); b) Detalhe diminuto (dd); c) Detalhe interno (di); d) Detalhe
externo (de) ou de borda.
Localização-Global
Global – G, resposta englobando toda a figura, toda a mancha, acompanhada ou não de espaço em branco (S).
Global cortada – Gcort, usa pelo menos dois terços da mancha na verbalização de uma resposta, sem contudo
globalizar e cuja incidência estatística seja inferior a 4%.
Global elaborada, confabulada, contaminada – classificam-se quantitativamente como DG e em alguns casos
como G.
Global elaborada – examinando inicia a resposta a partir de um detalhe, segue coordenando o pensamento na
organização coerente de uma resposta bem trabalhada, de boa qualidade, abrangendo no final toda a mancha.
Ex: diapositivo III – “de um lado (área escura à direita) uma bailarina, do outro lado outra bailarina, estão
dançando num palco todo iluminado de lâmpadas vermelhas”.
Global confabulada – uma global de má qualidade. A resposta é construída a partir do detalhe da mancha e
encerrando-se numa percepção global, porém caracterizada por fantasia e divagação verbal. Ex: diapositivo
III “Vejo duas pessoas num lado e outras duas no outro; chegaram primeiro duas, depois as outras duas...são
do outro mundo, trabalhando e conversando sobre alguma coisa que estão programando...
Global contaminada – o examinador inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, tenta integrar os
detalhes que vai percebendo, só que de forma absurda, incoerente e ilógica. Se analisarmos, percebemos que o
sujeito percebe separadamente os detalhes, conteúdos comuns para as demais pessoas; mas pela desagregação
do pensamento em que o sujeito entra, ele tenta integrar tais elementos não conseguindo – síntese ilógica e
absurda.
Exemplo global contaminada – esquizofrenia paranóide: “Isso é Weinfelden; aí está o lago de Constança, o
vermelho em baixo é o vinho derramado. Foi aí que me casei; naquele tempo o lago chegava até Weinfelden.
Aqui está a porta do hotel onde estivemos, aí está dois indivíduos sentados e que beberam vinho na garrafa
mais aí também a caneca que na qual nós bebemos.
Localizações – Espaço Branco
Espaço Branco – S
É o uso do branco pelo examinando, quer apontando ou verbalizando a resposta numa área branca do diapositivo,
quer quando a resposta dada ou comentário incida sobre o branco, quer quando o examinando fala sobre o
branco, integrando-o ao conteúdo verbalizado.
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Exemplo (espaço branco) – Diapositivo III: “Vejo aí uma espinha dorsal”; Diapositivo I: “Isso é uma máscara
com uns furos brancos no meio”.
Quando o conteúdo é localizado na área branca sem o examinando falar sobre o branco. Diapositivo I, nos dois
brancos: “Dois olhos”.
O espaço Branco, pelo presente manual, é classificado não como uma categoria específica de localização mas
sempre como combinatório ou associativo às localizações dos três grupos (globais, detalhes comuns e
detalhes incomuns);
GS, DGS, Gcort S, DS, drS
Espaço em branco enfatizado (SG, SGcort, SDG, SDd).
Registra-se S anteriormente à área a que vem associado quando na verbalização da resposta o examinando
demonstrou preocupação com o branco, isto é, repetindo-o várias vezes na resposta, detendo-se em
comentários apreciativos, depreciativos ou críticos sobre o branco.
Preocupação pode se indicativo de sentimentos de insegurança, ansiedade.
Localização – Espaço Branco - Global
Global associada ao espaço branco – GS. É a resposta dada no conjunto de mancha com integração do espaço
branco. O examinando inclui o espaço branco, sem enfatizar a percepção do mesmo, Diapositivo I: “Um
morcego no céu bem claro”.
Global com S enfatizado – SG. O examinado demonstra preocupação, através da repetição, comentários
demorados sobre a área branca. Ex: Total do Diapositivo I: “Uma máscara no céu”; na coluna prevista para
comentário do examinando, escreve: “horrível esta máscara por causa dos furos que tem, como se fossem
buracos; horríveis esses furos”.
Global iniciada por detalhe com inclusão do branco intermediário – DSG.
É uma global em que o sujeito inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, inclui o espaço branco
intermediário e conclui globalizando uma resposta só.
Exemplo – Diapositivo II, na área vermelha superior: “O sol nascendo e árvores”. Comentário: “O sol vem
nascendo projetando claridade sobre umas árvores verdes, sobre o vazio do meio (branco intermediário) e o
terreno mais em baixo”.
Localizações – Detalhes Comuns
 Detalhe Comum – D: são detalhes que mais se evidenciam em virtude da distribuição das figuras no espaço
da prancha...são a grosso modo, as respostas mais freqüentes.
Localizações – Detalhe Incomuns
Detalhe incomum – respostas numa determinada área numa freqüência inferior a 4,5%.
Classificações quanto ao detalhe incomum:
Detalhe diminuto, dd – resposta situada numa área muito pequena da mancha, normalmente nas extremidades. Ex.
no diapositivo II, dd 22: “Cabeça de porco”.
Detalhe externo, de – usa apenas a borda da mancha para aí verbalizar o conteúdo. Ex. no diapositivo II, na borda
inferior, “raízes”.
Detalhe interno, di – quando o examinando seleciona uma parte interna da mancha e aí verbaliza um conteúdo.
Comumente, nessa situação ele detém-se em comentar minuciosamente o interior dessa área. Não observado
no Z-teste, mas teoricamente é possível ocorrer.
Detalhe inibitório, Do – detalhe oligofrênico.
O que caracteriza uma resposta DO é o fato de o sujeito perceber parte de uma pessoa (pernas, cabeça, braços)
sem ver a pessoa inteira, comumente percebida pelas demais pessoas.
Exemplo: nas áreas escuras do diapositivo III, é frequente o examinando verbalizar duas pessoas e não apenas
“cabeças de gente” – Do.
Detalhe raro, dr – resposta dada numa pequena área ou relativamente grande e que não se enquadre nos critérios
dos detalhes incomuns dd, di, de e DO. Há várias áreas consideras de detalhes raros, com freqüência maior do
que as dos demais detalhes incomum.
Localizações – Detalhes Incomuns – Espaço Branco
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A combinação do espaço branco com os detalhes incomuns ocorre nas respostas em que o examinando verbaliza
um percepto em área da mancha que corresponde a um dr, dd, de, di, DO e que são vistas associadamente
com o espaço branco ou localizadas no branco, S não enfatizado, e S enfatizado.
Codificação: drS, ddS, deS, diS, DOS ou Sdr, Sdd, Sde, Sdi, SDO. No Z-teste coletivo, a maior freqüência é de
drS ou Sdr.
Determinantes
 Identificar numa verbalização, quais fatores psíquicos levaram ou determinaram o examinando a dar essa ou
aquela resposta.
 Os determinantes são a expressão do modo como o examinando estabelece a relação entre o mundo externo
através das manchas e o seu mundo interno.
 Categorias: forma, movimento, cor e sombreado.
Determinante - Forma
 Determinante forma (total de F+, F- e F+-) – conteúdo baseado em sua forma, como um conceito
particularizado, com suas peculiaridades formais na mancha, sem nenhuma combinação com ação, cor,
textura e sombreado.
 Forma de boa qualidade - F+, resposta eu se enquadra em um dos dois critérios seguintes:
1. Quando a resposta é considerada comum pela área em que está localizada e tem um conteúdo com forma simples,
isto é, sem combinação com cor, movimento ou sombreado. Ex. Diapositivo II, área D1: “dois touros”. Comentário:
“dá para se notar bem o formato da cabeça, das patas e do corpo”.
2. Quando o examinando emite a resposta levado simplesmente pela forma e o conteúdo se situa numa área que não é
comum naquela figura, mas ele caracteriza bem este conteúdo, descrevendo-lhe o formato e o configura na área.
Exemplo: no Diapositivo II, dr 20: “Esquilo”. Comentário: “tem patas, cabeça e corpo perfeito de um esquilo”
 Forma de má perfomance (F-), quando a resposta de forma pura se enquadra em um dos três critérios:
1. Forma confusa ou vaga - na resposta, o conteúdo é percebido com forma simples, porém confusa e vaga; dá
para se observar que o próprio examinando, sente dificuldades para descrever e mesmo objetivar o conteúdo
verbalizado.
Ex, no diapositivo II: “uma coisa que não dá para saber bem”. Inquéritos: “é uma coisa assim parecida,
floresta não é, seria qualquer coisa assim, não dá para ver bem”.
2. Forma combinada com Fenômenos Especiais comprometedores. Pode ocorrer uma resposta em que o conteúdo,
percebido somente pela forma, vem associado a um ou mais dos fenômenos especiais: contaminação, confabulação,
idéia de autorreferência, idéia de referência e resposta de posição. Mesmo que o conteúdo seja comum, associado a
um desses fenômenos, classifica-se como F-.
Diapositivo I: “uma pessoa (área escura) cujos braços se desprenderam e estão parados do lado; elas estão
mortas ao redor de quatro caixões com 4 buracos (4 espaços brancos do meio)”.
3. Resposta de forma abstrata. Quando se trata de uma resposta com conteúdo abstrato e que não vem acompanhado
de nenhum determinante combinatório (cor, sombreado etc).
Ex. diapositivo I: no total “felicidade”. No comentário o examinado não acrescenta nenhuma expressão compatível
com qualquer determinante combinatório.
 Forma duvidosa (F+-) – conteúdo cuja forma não está bem clara para o examinando na sua maneira de
perceber nem na sua maneira de se expressar. Ás vezes dá uma resposta comum, mas por si mesmo tira a
precisão formal do que está vendo. Outras vezes, vê dois perceptos, ficando em dúvida se são dois ou um só.
 Exemplos: “um besouro”. No inquérito escreve: “um besouro ou um inseto”.
 O somatório de ((F+) + (F-) + (F+-)) tem papel importante para a interpretação quanto à capacidade de
controle geral e racional;
 Interpretados individualmente expressam as condições de funcionamento do pensamento lógico.
Determinantes – Movimento
Interpretações determinadas pela percepção da forma e acrescida de sensações cinestésicas.
Conteúdo expresso em ação.
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Movimento humano: pessoa em movimento.
 Movimento humano de boa performance (M+) – Pessoa inteira vista em ação vital de postura ou de
locomoção.
 Ex. diapositivo III (áreas vermelhas laterais inferiores): “Duas crianças”. Comentário: “Uma cena em que
vejo duas crianças brincando de pula-pula”.
 Movimento humano de má performance (M-). Detalhe humano ou humano descaracterizado visto em ação
vital de postura ou locomoção.
 Ex. Diap. I: “Dois olhos”. Comentário: “Dois olhos de pessoa brava”.
 Ex. diap. I: “um fantasma”. Comentário: “tipo humanóide, a maneira de caminhar é de gente, mas tem algo de
monstro...”
 Movimento humano duvidoso (M+-). Quando não está claro o movimento humano no conteúdo verbalizado
pelo examinando.
 Ex. “Uma dança”. Comentário: “Pessoa ou bruxa...não dá para ver bem...numa dança”.
 Movimento animal (FM) – resposta de conteúdo animal visto em ação, quer de deslocamento, quer de
postura.
 Ex. diap. I “um morcego voando”.
 Diap. II (áreas marrons inferiores) “dois touros”. Comentário: “os dois vinham correndo um em direção ao
outro e agora estão parados”.
 Diap. I “Duas águias pousadas”.
 Movimento inanimado (Fm, mF e m). Conteúdo visto em ação por forças físicas, químicas, mecânicas ou
abstratas.
 Fm – movimento com forma bem definida. Ex. diap. II (área do pequeno espaço branco central) “Um avião
subindo”.
 mF – sem forma definida. Ex. “algo parecido com um avião , não sei se é avião ou outro objeto subindo”.
 m – movimento não percebido com forma. Ex. diap. II “dança das cores, alegria pela dança das cores”. Ex.
diap. I “Há uma nuvem, do outro lado outra, elas estão se encontrando, sendo levadas pelo vento.”
Determinantes – Cor Cromática
 Examinando emite resposta levado pelo colorido.
 Cor com forma precisa e bem definida (FC). Ex. diap. III “Uma borboleta dessas da primavera, colorida”.
 Cor com forma imprecisa, não bem definida (CF). A forma é vaga e difusa, quando a resposta é de conteúdo
gasoso, líquido e difuso, respostas associadas a sangue (pessoa sangrando), resposta manchas (manchas de
tinta). Ex. diap. II (áreas verdes laterais): “duas coisas verdes”. Comentário: “são umas coisas verdes, não sei
bem do que se tratam”.
Determinantes - Cor
Cor arbitrária (F/C e C/F). Conteúdo visto como colorido, mas que na realidade não se trata de uma cor autêntica
mas de colorido artificial que levado a efeito por processo, quer de laboratório, quer de imagem fotográfica,
passa a se convencionar como tal. Mapas, carta topográfica, imagem de radio ou fotografado. Com forma
precisa (F/C) com forma imprecisa (C/F). Ex: diap. II “dois rins”. Comentário: “é a radiografia colorida de
dois rins”.
Cor forçada – F-C e C-F. atribui ao conteúdo uma cor que ele não tem. Ou verbaliza uma resposta com expressão
cromática não compatível com a cor da mancha.
Ex. diap. I : “Uma folha verde” O diap. I é preto. Forma bem definida F-C
Se o conteúdo for vago ou impreciso é C-F : “Como se fosse uma folha verde, não tenho certeza.”
Cor pura (C). Conteúdo sem forma visto como colorido. Respostas com líquido, nuvem, fogo, etc. Ex. diap. II
“Cores”. Comentário: “Muitas cores e bonitas”.
Ex. diap. III: “Sangue” Comentário: “sangue vermelho, escorrendo”.
Cor descrita,(Cdesc) – o examinando simplesmente descreve as tonalidades ou nuance da cor. Ex: diapositivo II:
“Cor marrom”. Comentário: “percebe-se um marrom mais claro e que pouco a pouco tem a tonalidade mais
forte”.
Cor simbólica, (Csimb) – cor pura usada por examinando como símbolo. Ex: diapositivo II: “Bons augúrios”.
Comentário: “o verde é sinal de bons futuros, esperança”.
Cor nomeada ou numerada (Cn) – o examinando apenas nomeia ou enumera as cores que visualiza. Ex:
diapositivo II “três cores”, “Marrom, vermelho e verde”.
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Cor acromática (FC’, C’F, C’) – Conteúdo visto em área preta, cinza ou escura.
FC’ – respostas de cor acromática com forma definida. Ex: diapositivo I “Inseto preto”.
C’F – não tem forma definida. Ex: III, “pessoas ou extraterrestres”. Comentário: “não dá para precisar se pessoas
deste planeta ou de outro, sei que estão vestidas de preto”.
C’ – não tem forma nenhuma. Ex: I “Cores”. Comentário: “só vejo cores pretas, nada mais”.
Determinantes – Sombreado
O sujeito percebe o conteúdo, levado pela sombra deste projetada nas mais variadas dimensões.
Sombreado radiológico (Fk, kF, k)- conteúdos radiográficos, de mapa geográfico ou de “negativos”
Forma definida (Fk).Ex: I, “A radiografia de dois pulmões”.
Forma não bem definida (kF). Ex: I, “pulmão”. Comentário: “dá idéia de pulmões, muito vagamente.”
Sombreado tridimensional em plano bidimensional, sem forma (k). Ex: “uma radiografia”. Comentário: “uma
radiografia, simplesmente”.
 Sombreado perspectiva, (FK, KF, K) – conteúdo tridimensional.
 Conteúdo visto em profundidade, forma definida (FK). Ex. II, “uma casa, com árvores atrás”. Comentário:
“uma casa japonesa tendo dos lados mais atrás duas árvores verdes”.
 Apenas alguma idéia de forma. Ex: I, “umas nuvens”. Comentário: “nuvens tomando forma de duas pessoas”.
 Conteúdos difusos, disfóricos (nuvens, fumaça, noite, imensidão etc. Ex: I, “uma nuvem enorme”. Nada
acrescentou no comentário.
 Sombreado textura, (Fc, cF, c) – percepção tátil (suave, macio, fofo, áspero, rugoso etc.).
 Forma definida (Fc). Ex: I, “um casaco”. Comentário: “de seda, pelas malhas macias”.
 Forma vaga (cF). Ex: II, “como se fosse um terreno”. Comentário: “idéia não muito clara de um terreno muito
arenoso, revestido de areia”.
 Ausência de forma (c). Ex: I, “uma pelugem”. Comentário: “uma pelugem, só”.
Vários de determinantes na mesma resposta
 Regra básica: trata-se como principal aquele que mais chamou a atenção do examinando: aquele que aparece
por primeiro na seqüência da verbalização, ou é mais repetido.
 Dois ou mais determinantes na mesma resposta, ordem de prioridade: movimento humano – cromáticos –
sombreado textura – forma – movimento animal – movimento inanimado – cores acromáticas – sombreado
perspectiva/profundidade – sombreado radiológico.
Conteúdos
O que viu o examinando na resposta dada.
Categorias mais freqüentes:
Humano - H: figura humana inteira.
Humano descaracterizado (H): conotações espirituais, sobrenaturais, mitológicas etc.
Detalhe humano – Hd: membros externos do ser humano.
Detalhe humano descaracterizado – (Hd).
Animal – A: animal visto por inteiro.
Animal descaracterizado (A): animal com alguma característica de pessoa, sobrenatural ou mitológica.
Conteúdos – Categorias mais Freqüentes:
 Detalhe animal – Ad: membros externos.
 Detalhe animal descaracterizado: membro do animal com conotação humana.
 Objeto – Obj: objeto para uso geral.
 Objeto humano – Hobj: objeto para uso pessoal.
 Objeto animal – Aobj: objeto para uso animal (coleira).
 Objeto espacial – Objesp: constructo feito para voar.
 Abstrato – Abstr: conteúdo de natureza abstrata.
 Alimento – Al.
 Anatômico – At: órgão interno (humano ou animal), ossos, conteúdo radiológico.
 Planta – Pl.
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 Natureza – Nat: astros, minérios e metais.
 Água – água.
 Arte – Arte.
 Nuvem – Nuv.
 Geográfico – Geo: visto em mapa geográfico.
 Arquitetônico – Arq: relacionado à arquitetura.
 Mecânico – Mec.
 Sangue – Sangue.
 Sexo – Sex: parte ou órgão com função sexual.
 Fogo – Fogo.
 Máscara – Masc.
 Explosão – Expl.
 Cena – Cena: conteúdos humanos ou animais em ação dentro de cenário ou pano de fundo.
Fenômenos Especiais
 Choque ao branco – preocupação com o branco ao redor (exterior) das manchas. Sinal de ansiedade
situacional mobilizando sentimentos de temor não objetivo, insegurança e às vezes inferioridade.
 Choque ao vazio – dificuldades diante dos espaços em branco do interior dos 3 diapositivos. Críticas,
desagrado, preocupação com o branco intermediário. Maior freqüência em crianças com sentimento de perda
afetiva e adultos com dificuldades psicossexuais.
 Choque acromático – dificuldades em relação às manchas escuras dos diapositivos I e II e que podem se
manifestar através:
 Comentário depreciativo sobre o diap.;
 Comentários depreciativos sobre as manchas;
 Diminuição da quantidade e qualidade de respostas;
 Expressão de repugnância;
 Choque cromático – perturbação diante dos estímulos coloridos dos diap. I e II manifestada por:
 Comentário depreciativo sobre o diap.;
 Comentários depreciativos sobre as manchas;
 Diminuição da quantidade e qualidade de respostas;
 Impressão de ter ficado chocado, diante do cartão colorido, sem dar resposta;
 Expressão de repugnância;
 Choque de exclamação – expressões não carregadas de emoção forte, como de estupefação. Ex: Ih! Bah!
Hum, Hum!. Geralmente, ocorrem no primeiro contato com o diap. Sinal de ansiedade situacional, sem maior
comprometimento.
 Confabulações – significa fuga, uso comprometedor da fantasia. Ocorre com maior freqüência com transtorno
neurótico.
 Contaminação – sinal de dissociação do pensamento. Ocorre em transtornos esquizofrênicos.
 Crítica à técnica – crítica às manchas ou ao teste. Ex: “Não seria melhor assim?” “Borrão mal feito”. Típico
de defesas paranóides.
 Idéia de autorreferência – identifica coisas suas, partes de si na mancha. Mais comum em transtorno
esquizofrênico.
 Idéia de referência – preocupação em descrever e ilustrar as verbalizações com coisas identificadas com as do
seu relacionamento. Ocorre com pessoas demasiadamente confusas ou com transtorno neurótico.
 Linguajar requintado – expressões rebuscadas, formais, de “termos esnobes”, “estrangeirismo”. Mais comum
em casos de pessoas com epilepsia, com dificuldades ou transtorno psicossexual.
 Mutilação – membros de animais ou pessoas, quebrado, acidentados etc. tendência sádica.
 PO. Resposta de posição - Sinal de dissociação do pensamento. Específico de transtorno esquizofrênico. Pode
aparecer também em pessoa com deficiência mental.
Tabulação dos Dados
 Computadas o total de respostas (R).
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 Percentual das demais variáveis são computadas dividindo-se o total de cada uma delas pelo total de respostas
e multiplicando-se por 100
 Ex: examinando teve 13 (R), 4 globais (G), 5 Detalhes comuns (D) e 3 Detalhes incomuns (Dd).
 Classificação:
 Total de R = 13;
 Percentual de G = 4/13 x 100 = 30%.
 Percentual de D = 6/13 x 100 = 46%.
 Percentual de Dd = 3/13 x 100 = 23%
 Os espaços em branco não devem ser computados, pois são avaliados junto com as 3 categorias. Mas, devem
ser pela freqüência em número absoluto (incidência).
 Determinantes e conteúdos
 Obter o somatório de cores, usa-se a fórmula:
 ΣC = (FC+ 2FC+ 3C)/2.
 Protocolo para tabulação do Z-teste.
Interpretação
 Seleção da amostra desse estudo – 1341 pessoas em Porto Alegre. Os grupos em que se observaram maior
discriminação é o das categorias de atividades profissionais, que deve ser levada em conta na análise do Z-
teste.
Número de Respostas por Diapositivo
 Diapositivo I – representa a capacidade de adaptação inicial do sujeito diante de uma situação nova. Pessoas
muito ansiosas perturbam-se com mais facilidade e tendem a descrever as manchas, a falar ou escrever
demais, sem objetivar os conteúdos. Pessoas depressivas dão poucas respostas a esse estímulo.
 Diapositivo II – mobiliza, além dos sentimentos de insegurança (S), o sistema afetivo emocional.
 O diapositivo III – relaciona-se à capacidade de relacionamento interpessoal, criatividade e empatia. Pessoas
empreendedoras, com poder de planejamento e senso de organização tendem a verbalizar resposta do tipo DG
elaborada.
 Diap III. Conteúdos de figura humana autêntica, em ação são considerados de boa qualidade, enquanto que os
de humano descaracterizado, com conotações antropomórficas, sobrenaturais ou mitológicas indicam
relacionamento interpessoal cauteloso, receoso e tímido.
 A média de respostas por diap. pode variar de acordo com a profissão (tabela 2A). Oscila de 5,4 para
operários a 8,3 para profissionais autônomos. Há tabelas de referência para nível de instrução e faixa etária.
 Número de respostas elevado e quanto maior afastamento em relação à média de seu grupo é indicativo de
obssessividade.
 Se o pensamento lógico (F+%), as condições de controle geral (ΣF) e as de relacionamento afetivo (FC em
proporção com CF+C), encontram-se dentro do “normal”, o elevado número de respostas como traço
obsessivo, mas adequado inclusive à profissão, como se observou no grupo de farmacêutico.
 Uma expressiva diminuição de respostas pode se indicativo de defensividade, ou depressão ou até um
“déficit” intelectual.
 Elevado número de respostas com detalhe diminuto (dd) – preocupação excessiva com minúcias em prejuízo
da percepção do conjunto.
Localizações
 Localizações relacionam-se com o modo como a pessoa percebe racionalmente a realidade.
 Respostas G (globais): percepção de síntese e capacidade de planejamento.
 Respostas detalhes comuns(D): inteligência voltada para o concreto e pragmático.
 Respostas detalhes incomuns (Dd): capacidade de análise, observação e bom senso.
 Espaço em branco (S): interferência da ansiedade situacional.
Globais: Percepção do conjunto e senso de organização
 15 grupos de ocupação média de 12,83 e 37,48%.
26
 Inteligência dirigida ao abstrato.
 Global elaborada (DG): capacidade de planejamento e senso de organização.
 Global elaborada com espaço branco (DSG): sinal de capacidade crítica. Consegue controlar a ansiedade (S)
de forma crítica, sem perder a visão de conjunto.
Globais
 Globais cortadas (Gcort): inibição do pensamento e do senso crítico.
 Presença de Gcort em avaliação psicotécnica normal (ansiedade).
 DG confabulada e DG contaminada: uso inadequado da fantasia e fuga da realidade, atenção para a hipótese
de transtorno esquizofrênico.
 Índices globais inferiores à média – hipótese de pessoa pouco inteligente, síntese prejudicada e falta de visão
de conjunto da realidade.
Detalhes
 Discernimento e senso de objetividade.
 Detalhe comum (D): expressão do concreto, da percepção da realidade.
 Diminuição de D – tendência a evitar o óbvio, pouco senso de realidade objetiva e inadaptação à realidade.
 Acima o máximo da média – preocupação excessiva com minucias, rigorosidade.
 Detalhes incomuns (Dd): capacidade de análise e senso de observação.
 Quanto mais minuciosas e observadoras forem as pessoas, maior será seu índice percentual de Dd.
 Detalhe inibitório(DO) – indicativo de tensão, ansiedade ou bloqueio emocional.
 Detalhes internos (di) – tendências introspectivas.
 Detalhe externo (de) – temor que a pessoa sente em se envolver, caso se entregue à participação profunda da
questão. Maior freqüência em pessoas marcadas pela idealização, em neuróticos obsessivo-compulsivos e em
esquizofrênicos forma paranóide.
Espaço Branco (S)
 Indicador de ansiedade situacional.
 Sentimentos de insegurança, desprazer, tensão diante de uma dificuldade circunstancial a ser transposta pela
pessoa.
 S>2, o nível de ansiedade situacional está elevado e pode orientar a inteligência para críticas excessivas.
 Ausência de S pode indicar rigidez, defesa do tipo paranóide ou mesmo negação.
Determinantes
 Representam os elementos dinâmicos da realidade.
 Forma (F%): controle geral sobre impulsos e reações afetivo-motivacionais.
 F% alto: controle demasiado, repressão dos afetos e emoções, com prejuízo na espontaneidade.
 F% baixo: casos de pobreza intelectual, descontrole emocional e em pessoas com pouco senso de
responsabilidade.
 F% = funções do superego.
Forma e Precisão Fomal (F+)
 F+% = funcionamento adequado do pensamento lógico em seu aspecto de precisão, coerência e organização.
 F+% baixo sem distúrbios afetivos pode tratar-se de baixo potencial de inteligência.
 F+% baixo em pessoas com boa capacidade intelectual – interferência de fatores afetivos, em especial,
estados depressivos.
Movimento Humano (M)
 Criatividade, espontaneidade e empatia.
 Índice elevado - inteligência criativa ou propensão da pessoa testada a reações ou defesa de tipo maníaco.
Este último revela-se especialmente se M vier combinado com CF e FM.
 Ausência de M – freqüente em pessoas ansiosas, tensas, inibidas, depressivas ou pouco inteligentes.
 Movimento de boa qualidade (M+): boas condições intelectuais e imaginação criadora.
27
 M-: comuns em pessoas inibidas, ansiosas e de relacionamento interpessoal receoso e tenso.
Movimento Animal (FM)
 Relacionado a características da infância.
 O que é de mais primário na estrutura da personalidade, representante dos instintos e impulsos.
 FM elevado – pode significar imaturidade e infantilismo.
 Ausência de FM – pessoa não tem senso de iniciativa, de competição.
Movimento Inanimado (Fm+mF+m)
 Refere-se a conflito psíquico.
 Fm maior ou igual do que m+mF: pessoa está conseguindo discriminar racionalmente os fatores tensionantes
e conviver com o conflito.
 Fm é menor que m+mF : pessoa não consegue superar o conflito psíquico.
Cor Cromática
 CF (forma imprecisa): tendência a excitabilidade emocional, escapes agressivos e atitudes sem o adequado
controle.
 C (Cor pura): tendência a reação emocional intensa (apreciação, estima, admiração, amor e paixão, desprezo,
ódio etc). Esperado freqüência baixa em pessoas normais
 Condições afetivo-motivacionais.
 Forma definida (FC): relacionamento afetivo adequado.
 FC ≥ CF (forma imprecisa) + C (Cor pura): a pessoa é capaz de liberar os sentimentos e afetos de forma
madura.
 FC ≤ CF + C: dificuldades em reagir de modo adequado quanto ao relacionamento interpessoal.
 Cor forçada (F-C e C-F) e cor arbitrária (F/C e C/F): nunca ocorreram no Z-teste coletivo. Pode significar
relacionamento interpessoal cauteloso e tímido.
 Cor descrita (Cdesc): não ocorreu no Z-teste coletivo. Reação à cor, pensamento desorganizado, o
examinando tende a descrever a cor, pessoas limitadas de inteligência.
 Cor pura (C): descontrole das emoções.
 Cor nomeada ou numerada (Cn): perturbações emocionais que levam desorganização do processo lógico do
pensamento – podem indicar esquizofrenia.
Textura (Fc,cF,c)
 Contato humano e interação social.
 Fc ≥ cF+c : atitudes adequadas de contato; por outro lado, pessoas que não buscam ou investem afeto
adequadamente.
Cor Acromática (FC’,C’F,C’)
 Depressão: a pessoa tende a evitar estímulos que lhe possam mobilizar reações emocionais e sentimentos para
o mundo exterior.
 Comprometedor quando FC’≤ C’F + C, especialmente na presença de C’ (pura), pode indicar depressão
crônica.
Sombreado Radiológico (Fk,kF,k)
 Ansiedade e adaptação racional.
 Fk (forma precisa): recorrer à intelectualização para enfrentar uma situação tensionante.
 K (sem forma): ante a situação de tensão, sentimentos de insegurança se elevam, não tem condições de
suportá-la.
 kF (forma vaga): controle da ansiedade de forma precária.
 Índice Fk ≥ (kF + k): defesa da ansiedade pela intelectualização.
Sombreado Perspectiva (FK,KF,K)
 Ansiedade e adaptação afetiva.
28
 FK (forma definida): ante a tensão e pressão externa se mobiliza e entra sofrimento, mas pode fazer
autocrítica e elaborar o sofrimento.
 KF e K: ante a tensão entra em sentimento de insegurança, sem ter adequada defesa. Sem tolerância para
tensão e frustração.
Conteúdos
 Sofrem maior influência do meio e cultura do que os outros elementos.
 Pessoas flexíveis tendem a dar 3 ou mais categorias de conteúdos.
 Menos de 3 categorias, tendem a ser pessoas estereotipadas e inflexíveis até mesmo na conduta.
 Conteúdos humanos (H+Hd): capacidade relacionamento com a pessoas.
 Conteúdos humanos descaracterizados (H) e (Hd): relacionamento interpessoal receoso, cauteloso e
controlador.
 Animal (A+Ad): comum em crianças e pessoas de menor nível educacional. Índice elevado pode ser
indicativo de estereotipa do pensamento, pouca flexibilidade.
 Anatômico (Ant.): uso da intelectualização para tolerar a ansiedade, tensão e frustração. Exceto área médica.
 Plant (Pl): aparece bastante, principalmente em pessoas do interior. Em tais casos não deve ser interpretado
como afeto primário.
Respostas Populares
Habilidade, condições que a pessoa tem para perceber as coisas, as situações, a realidade como elas são, em
consonância com a cultura.
Espera-se que 25% das respostas de um pessoa considerada ajustada ao convívio social seja de respostas
populares.
AS PIRÂMIDES COLORIDAS DE PFISTER
HISTÓRICO
 Max Pfister (1889-1958) – interessava-se por artes, foi arquiteto, bailarino e coreógrafo.
 Por problemas de saúde afastou-se da dança e fez formação em Psicologia.
 Como trabalho de conclusão de curso criou as técnicas das pirâmides coloridas para avaliação da
personalidade.
 Impressões subjetivas que as cores produziam nas pessoas.
 A estrutura da pirâmide facilita o aparecimento de grande variedade de configurações.
 No Brasil, a primeira publicação foi em 1956.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Cor
 Elemento natural, simbolismo “universais”.
 Simbolismos. Ex: Paixão de Cristo – uso da cor violeta ou roxa.
 Percepção visual: ondas eletromagnéticas;
 Emoções – definição: sensações subjetivas que ocorrem em resposta a um fator estimulante.
 As cores como as emoções prestam-se mais a serem sentidas do que compreendidas.
APLICAÇÃO
 Material:
 Jogos com quadrículos coloridos – 10 cores, 24 tonalidades;
 3 cartelas com esquema da pirâmide;
 Folha de protocolo;
 Mostruário de cores;
 Pode ser utilizada com crianças desde os 7 anos até indivíduos idosos.
29
 Excluir pessoas com deficiência em distinguir cores (ex. daltônicos).
 Aplicado de modo individual.
 Tempo de aplicação estimado em 15 minutos.
Instruções:
“Aqui temos uma grande quantidade de papeizinhos com cores e tonalidades diversas (nesse momento, abrir a
caixa contendo os quadrículos e despejá-los sobre a mesa, misturando levemente) e o esquema de uma
pirâmide (mostrar apenas o primeiro cartão). Cobrindo-se os espaços da pirâmide usando as cores que quiser,
pode trocar ou substituir à vontade, até que a pirâmide fique do seu gosto, fique bonita para você. Alguma
dúvida? Então pode começar”.
Deve-se anotar tudo o que o examinado faz: comentários, atitude, escolha da cor e o lugar em que está colocada
no esquema.
Cada cor e espaço do esquema tem um código.
No caso de trocas, continua-se o registro normalmente, na seqüência, não se deve apagar a cor que foi substituída.
Ao terminar a primeira pirâmide, retira-se o trabalho com cuidado de não desmanchá-lo, colocando-o de modo
que o sujeito não mais possa vê-lo, e apresenta-se o segundo esquema, dizendo: “Agora gostaria que fizesse
outra e depois há mais uma ser feita”.
Terminado as 3 pirâmides, mostramos as 3 alinhadas na frente do examinando na ordem que foram feitas, da
esquerda para a direita, e perguntamos:
Qual delas você acha que ficou mais bonita, de qual você mais gosta? Por quê?
De qual delas menos gosta?
Aqui no teste, qual a cor preferida?
De qual cor do material você menos gostou?
Esse inquérito permite apreender impressões e reflexões do sujeito, bem como verificar a coerência de seus
comentários e produções.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Transpor o que foi registrado para as pirâmides impressas na folha de correção.
Contagem das cores utilizadas em cada pirâmide para depois transformar tais valores em porcentagens.
Classificar o processo de execução, o modo de colocação e o aspecto formal de cada uma das 3 pirâmides.
Registrar as variações cromáticas e as variações de matizes para cada pirâmide.
Realizar a fórmula cromática.
PROCESSO DE EXECUÇÃO E MODO DE COLOCAÇÃO
Processo de execução = maneira como a pessoa aborda a tarefa
Modo de colocação = o jeito como a pessoa dispões as cores sobre o esquema da pirâmide.
Definem boa parte do comportamento durante a prova.
Execução metódica ou sistemática: executa as 3 pirâmides usando o mesmo procedimento no que diz respeito
ao modo de colocação dos quadrículos sobre o esquema. Atitude = bastante organização, meticulosidade ou
mesmo rigidez.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
Execução ordenada: segue um padrão de colocação mais ou menos constante (organização), mas permite alguma
variação (flexibilidade).
Execução desordenada: variação constante no processo de elaboração das 3 pirâmides, alterando-se o modo de
colaboração para cada pirâmide ou procedendo muitas trocas e alterações no ritmo. Pode refletir uma atitude
displicente ou ansiosa.
Execução relaxada: modo exageradamente desordenado de executar a tarefa, variando o modo de colocação nas
3 pirâmides. Parece não haver preocupação com bom trabalho.
MODO DE COLOCAÇÃO
Maneira como o indivíduo dispões os quadrículos no esquema para cada pirâmide.
Colocação ascendente: preenche partindo da base em direção ao topo. Compatível com o princípio lógico da
construção de um pirâmide.
Colocação descendente: preenche partindo do topo para a base. Mais comum em crianças e pode indicar
instabilidade e insegurança.
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  • 1. AVALIAÇÃO PROJETIVA DA PERSONALIDADE Slides TEXTO 1 – TESTES PSICOLÓGICOS E TÉCNICAS PROJETIVAS Referência: FORMIGA, S. N.; MELLO, I. Testes psicológicos e técnicas projetivas, Psicologia Ciência e Profissão, vol. 20, n 2, p. 12-19, 2000. Debate  Objetividade x subjetividade;  Testes psicológicos – objetivos, caráter científico;  Técnicas projetivas – resgate do incosciente do sujeito – cientificidade questionada – dados qualitativos;  Técnicas projetivas – uso no diagnóstico – científica; Histórico  Testes de inteligência geral e aptidões:  Psicologia sai da tradição filosófica (segunda metade do séc. XIX);  Influência da biologia, psicofísica;  Deficiência mental x doença mental;  Evolução da estatística;  Método experimental; Testes de inteligência geral e aptidões  Influência das concepções mecânicas e empíricas;  Positivismo de Augusto Comte;  Busca de fatos observáveis;  Materialismo – todas as coisas são passíveis de descrição em termos de propriedades físicas da matéria ou energia. Técnicas projetivas  1939 – Frank – termo “método projetivo”  Estudo da personalidade – teste de associação de palavras de Jung, Rorschah, e o T.A.T.;  Dinâmica holística da personalidade, uma estrutura evolutiva onde os elementos se interagem e a pessoa expressa em uma atividade construtiva e interpretativa a fantasia interior;  Estímulos pouco estruturados – resposta projetiva, reveladora de sua maneira de ver a situação, sentir e interpretar;  Não busca a quantificação, mas na compreensão do sujeito;  Valorização do simbólico;  Freud – associação livre e interpretação dos sonhos;  Jung – simbolismo coletivo;  Depois da 2ª guerra – psicanalistas culturais;  Mudanças na ciência que valorizam uma visão menos determinista:  Física dialética – causalidade em rede;  Teoria do caos;  Gestalt – visão holística;  Princípio da incerteza – o observável pode ser modificado;  Física quântica – onda ou partícula – duas realidades;  Não há mais uma única verdade, mas muitas verdades; 1
  • 2.  Espaço para a subjetividade/intersubjetividade;  Não representam um signo, mas uma espécie de oposição ao signo;  Não se escolhe o signo – imaginação;  Esse campo subjetivo adentrou a Psicologia e suas técnicas diagnósticas quebrando a explicação linear e demasiada racional da Psicologia Clássica ou Fenomenológica.  “Essas técnicas implicam em uma solicitação ao sujeito para que libere sua criatividade, sob condições impostas pelo “teste”, podendo, através destes testes, projetar, “o mal objeto”, obtendo controle sobre a fonte de perigo revelada ficando livre, para atacar ou destruí-lo, como também, evitar a separação do bom objeto, reparando-o” (Fine, 1981).  Captar o mundo simbólico, difícil de ser expressado pela linguagem verbal;  Artistas – obras expressam seu mundo psíquico;  Técnicas projetivas favorecem ao indivíduo revelar seu mundo e sua realidade pessoal; O CONCEITO DE PROJEÇÃO EM PSICOLOGIA Testes projetivos  Progresso da Gestalt: figuras ambíguas;  A Gestalt busca na ambigüidade um meio para abordar as condições externas da percepção;  Testes projetivos: abordagem às condições internas;  Influência da psicanálise;  1904 – Prova de associação de palavras de Jung;  1919 – Rosarch – interpretação das manchas;  1920 a 1930 – uso do desenho e do relato livre com crianças;  1935 – nos EUA, Muray cria o TAT;  1949 – na Suíça, Koch publica o teste da árvore e Machover, EUA, o teste do desenho da pessoa; Etimologia Sentidos da palavra projeção: Ação física (jato): expulsar da consciência os sentimentos repreensíveis, atribuindo-os a outra pessoa; Matemático: planos e mapas (correspondência de pontos). Protocolo de resposta dado pelo sujeito nos testes corresponde à estrutura de sua personalidade (mapa); 3. Projeção luminosa (cinema/raio X): um teste projetivo atravessa o interior da personalidade, fixa a imagem do seu núcleo secreto sobre um revelador (aplicação do teste), permitindo depois sua leitura, por meio da ampliação ou projeção ampliadora em uma tela (interpretação do protocolo). O que está escondido fica iluminado; o latente se torna manifesto;  Primeiro sentido – nível onde opera o teste projetivo: psicanálise condensada;  Segundo sentido – correspondência estrutural entre a personalidade e as produções individuais (material e instruções do teste);  Terceiro sentido – representações arcaicas da imagem do corpo, lado de dentro se opões ao de fora, o escondido à superfície (organização precoce da personalidade); Projeção segundo Freud  1895, nos Estudos sobre a Histeria: repressão do conflito e conversão na histeria; negação da realidade, por ocasião de um sofrimento profundo, na alucinação;  1911- projeção: “Uma percepção interna é reprimida e, substituindo-a, seu conteúdo, após sofrer certa deformação, chega à consciência sob a forma de uma percepção vinda do exterior”;  A projeção é a expulsão de um desejo intolerável e sua rejeição para fora da pessoa. Há projeção daquilo que não se quer ser; 2
  • 3.  Num segundo estágio, Freud amplia o conceito. A projeção entende-se como simples desconhecimento (e não mais a expulsão) por parte do sujeito de desejos e emoções não aceitos por ele como seus, dos quais é parcialmente inconsciente e cuja existência atribui à realidade externa;  A essência da projeção está no deslocamento;  A projeção é um processo psíquico “primário”: obedece ao princípio do prazer e visa instaurar a identidade das percepções;  Processos secundários – tendem à identidade de pensamentos e palavras (racionais); Testes Projetivos Necessidade de proceder a um inquérito uma vez terminado o teste, a fim de apreender, ao vivo, a dinâmica psíquica pessoal que levou o indivíduo a fornecer as respostas tais como acabou de apresentar; Sujeito revela indiretamente (material do teste) seu desejo ao psicólogo; A transferência está mais livre do que na clínica; Envolve-se rápido, mas por pouco tempo; Efeitos dos testes  Avivamento de conflitos psicológicos, desencadeamento da angústia e regressão;  Angústia – conteúdo das respostas;  Mecanismos de defesa do ego – características formais das respostas;  Respostas integradas: sensação, afeto, imagem, humor – forma;  Respostas desintegradas: impulsos, emoção – não predominância da forma; Regressão psíquica, três aspectos: 1. Aspecto formal: regressão do pensamento racional ao pensamento por imagens; 2. Aspecto cronológico: regressão da fase adulta à primeira infância, ou a estágios anteriores do desenvolvimento; 3. Aspecto tópico: regressão do ego ao id; 4. A regressão é maio ou menos acentuada, conforme o tipo de teste projetivo; 5. Testes TAT – recurso à linguagem verbal sintática – regressão limitada; 6. Rorschach e desenho – remetem à fase pré-verbal – regressão profunda; Técnicas  Técnicas expressivas: liberdade de instruções e do material (desenho, dramaticidade etc);  Técnicas projetivas: respostas livres, mas com material definido e padronizado;  Testes psicométricos: uma só resposta é correta e o material requer precisão rigorosa, formando a categoria das técnicas da adaptação; Tipos de projeção nos testes 1. Projeção espetacular: o indivíduo reencontra características que pretende serem suas, na imagem do outro. 2. Projeção catártica: atribui à imagem do outro características que erradamente pretende não ter, recusa considerar como suas, deslocando-as para outro; 3. Projeção complementar: atribui aos outros sentimentos e atitudes que justifiquem as suas; Categorias dos testes projetivos Testes projetivo temáticos: TAT, desenhos e relatos livres, interpretação de quadros etc. “Dinâmica o ego” – o sujeito pode neles projetar o que acredita ser, gostaria de ser, recusa ser, o que os outros deveriam ser em relação a ele; Testes projetivos estruturais: Rorschach. Interrelações entre as instâncias do id, ego e superego – equilíbrio da personalidade; Interpretação psicolingüística  Linguagem: função paradigmática (código) e a função sintagmática (mensagem);  Rorschach – tarefa paradigmática. Em grande parte, as resposta são termos do léxico (adjetivos, substantivos);  O TAT é mais estruturado, tarefa sintagmática: compor uma história a partir da figura apresentada; 3
  • 4. ESCALA DE PERSONALIDADE DE COMREY Fundamentação teórica  Será possível mensurar a personalidade?  Busca avaliar objetivamente a personalidade;  Ela é entendida como elemento subjetivo por excelência de nossa natureza constitucional;  Paradoxo entre quantitativo e qualitativo; Teorias da personalidade  Estudo da personalidade – área recente e complexa;  As teorias da personalidade se agrupam em 4 correntes principais: 1. Ênfase na psicodinâmica; 2. Produto da aprendizagem; 3. Na realidade percebida; 4. No Estruturalismo; Modelo Big Five  Cinco grandes dimensões estruturais: 1. Extroversão – sociável, assertivo e comunicativo; 2. Neuroticismo – ansioso, inseguro e preocupado; 3. Agradabilidade – cortês, flexível e cooperativo; 4. Consciência – responsável, trabalhador e determinado; 5. Abertura à experiência – imaginativo, inteligente e adaptável; A Escala de Personalidade Comrey (CPS)  Inventário de personalidade baseado na autodescrição para identificação os principais fatores de constituição do indivíduo.  Influência da proposta teórica estruturalista; A Escala de Personalidade Comrey (CPS)  A CPS avalia 8 dimensões da personalidade: 1. Confiança x Atitude Defensiva (Escala T); 2. Ordem x Falta de Compulsão (Escala O); 3. Conformidade Social x Rebeldia (Escala C); 4. Atividade x Passividade (Escala A); 5. Estabilidade Emocional x Neuroticismo (Escala S); 6. Extroversão x Introversão (Escala E); 7. Masculinidade x Feminilidade (Escala M); 8. Empatia x Egocentrismo (Escala P); A Escala de Personalidade Comrey (CPS)  A CPS é composta por 100 afirmações que devem ser respondidas em uma escala de 7 opções: 1. Nunca/Certamente não; 2. Muito raramente/Muito provavelmente não; 3. Raramente/Provavelmente não; 4. Ocasionalmente/Possivelmente; 5. Frequentemente/Provavelmente sim; 6. Muito frequentemente/Muito provavelmente sim; 4
  • 5. 7. Sempre/Certamente sim; A Escala de Personalidade Comrey (CPS)  A CPS é composta por 10 escalas;  As 8 escalas de personalidade;  A escala V – para verificação da validade;  A escala R – verificação de tendenciosidade na resposta;  A escala V é composta por 4 afirmações positivas e 4 negativas;  A escala R é composta por 6 afirmações positivas e 6 negativas;  As demais escalas são compostas por 5 positivas e 5 negativas, para cada fator de personalidade: T+, T- etc; Significado das escalas  Escala V – Validade: verificação da validade, constatar o grau de aceitação das respostas. Quanto mais elevado o escore, mais fica comprometida à validade;  Escala R – Tendenciosidade na resposta: analisa a consistência das respostas dos sujeito. Detectar a simulação dos indivíduos. Quanto mais elevado o escore, maior tendência de respostas socialmente aceitáveis; Significado das escalas  Escala T - Confiança x Atitude Defensiva: Escores altos – crença na honestidade, confiabilidade e boas intenções das outras pessoas;  Escala O - Ordem x Falta de Compulsão: Escores altos – pessoas meticulosas, cuidadosas, ordeiras e muito organizadas;  Escala C - Conformidade Social x Rebeldia: escores altos – pessoas que aceitam a sociedade como ela é; Significado das escalas  Escala A - Atividade x Passividade: Escores altos - pessoas com muita energia, trabalham muito e procuram padrões de excelência;  Escala S - Estabilidade Emocional x Neuroticismo: Escores altos – pessoas otimistas, tranqüilas, confiantes, de humor estável;  Escala E - Extroversão x Introversão: Escores altos – pessoas que interagem facilmente com os outros; Significado das escalas  Escala M - Masculinidade x Feminilidade: Escores altos – pessoas “fortes”, não se impressionam com cenas de violência, não choram facilmente, ligadas ao esteriótipo social de masculinidade;  Escala P - Empatia x Egocentrismo: Escores altos – pessoas prestativas, generosas, simpáticas e altruístas; Aplicação  Possui o Exercício I (reutilizável) e o Exercício II (descartável);  Pode ser aplicada individual ou coletivamente;  Na forma coletiva sugere-se a utilização do Exercício II;  Aplicada a adultos com Ensino Médio Completo; Avaliação  Na Folha de resposta, preencha com valor 4 todas as omissões ou resposta ilegíveis;  Valor da Escala V: V+ = A5 + A25 + A65+ A85; V- = A15 + A35 + A75 + A95. V = [32- (V+)] + (V-).  Para os outros escores ver manual; Interpretação  Utilizar a Folha de Laudo com Perfil Gráfico; ESCALAS BECK 5
  • 6. Historia e Descrição  Escalas Beck são quatro medidas escalares: 1. O Inventário de Depressão (BDI); 2. O Inventário de Ansiedade (BAI); 3. A Escala de Desesperança (BHS); 4. A Escala de Ideação Suicida (BSI);  Foram desenvolvidas por Beck e seus colegas no Center for Cognitive Therapy (CCT), na Universidade da Filadélfia; Inventário de Depressão Beck – BDI Amostra Brasileira 3 grandes amostras: 1388 pacientes psiquiátricos (depressão, fobia, TOC etc) – 15 a 77 anos; 531 pacientes de clínica médica (HIV, cardiopatia, diabetes etc) – 16 a 79 anos; 2476 pacientes da população geral (não-clínica) – 12 a 94 anos;  Foi inicialmente desenvolvido como uma escala sintomática de depressão, para uso com pacientes psiquiátricos;  Suas propriedades psicométricas foram estudadas, demonstrando satisfatória consistência interna, em grupos clínicos e não-clínicos;  Escala de autorrelato, de 21 itens, cada um com quatro alternativas, subentendendo graus crescentes de gravidade de depressão;  Os itens foram selecionados com base em observações e relato de sintomas e atitudes mais freqüentes em pacientes com transtornos depressivos, e “não foram escolhidos para refletir qualquer teoria em particular”.  Itens se refere: 1) tristeza; 2) pessimismo; 3) sentimento de fracasso; 4) insatisfação; 5) culpa; 6) punição; 7) auto-aversão; 8) auto-acusações; 9) idéias suicidas; 10) choro; 11) irritabilidade; 12) retraimento social; 13) indecisão; 14) mudança na auto-imagem; 15) dificuldade de trabalhar; 16) insônia; 17) fatigabilidade; 18) perda de apetite; 19) perda de peso; 20) preocupações somáticas; 21) perda de libido;  Tempo:  forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;  Administração oral: aproximadamente 15 minutos;  Aplicado a sujeitos de 17 a 80 anos;  Aplicação coletiva ou individual;  Escores: cada grupo apresenta 4 alternativas, que podem ter escore 0, 1, 2 ou 3;  O maior escore é 63, se o sujeito assinalar duas questões, considerar a de maior escore;  O escore total é o resultado da soma dos escores individuais dos itens e permite classificação de níveis de intensidade da depressão;  Normas brasileiras:  Nível: Escore Mínimo ________________ 0-11 Leve ___________________ 12-19 Moderado ______________ 20-35 Grave ___________________ 36-63 Inventário de Ansiedade Beck - BAI  A escala foi construída com base em vários instrumentos de autorrelatos para medir aspectos da ansiedade;  O constructo de ansiedade é complexo, as teorias diferem a seu respeito e é difícil diferenciá-lo da depressão;  “o BAI foi construído para medir sintomas de ansiedade, que são compartilhados de forma mínima com os de depressão”. 6
  • 7.  Inicialmente criado para uso com pacientes psiquiátricos, também é adequado para a população geral;  Constituído por 21 itens, que são afirmações descritivas de sintomas de ansiedade e que devem ser avaliados pelo sujeito com referência a si mesmo, numa escala de 4 pontos, refletindo níveis crescente de gravidade de cada sintoma:  1) absolutamente não;  2) levemente: não me incomodou muito;  3) moderadamente: foi muito desagradável, mas pude suportar;  4) gravemente: dificilmente pude suportar;  Itens: 1) dormência ou formigamento; 2) sensação de calor; 3) tremores nas pernas; 4) incapaz de relaxar; 5) medo que aconteça o pior; 6) atordoado ou tonto; 7) palpitação ou aceleração do coração; 8) sem equilíbrio; 9) aterrorizado; 10) nervoso; 11) sensação de sufocação; 12) tremores nas mãos; 13) trêmulo; 14) medo de perder o controle; 15) dificuldade de respirar; 16) medo de morrer; 17) assustado; 18) indigestão ou desconforto no abdômen; 19) sensação de desmaio; 20) rosto afogueado; 21) suor (não devido ao calor);  Tempo:  forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;  Administração oral: aproximadamente 10 minutos;  Aplicado a sujeitos de 17 a 80 anos;  Aplicação coletiva ou individual;  Respostas mas constituem uma série escalar de 0 a 3 ponto: 0 - absolutamente não; 1- levemente; 2 - moderadamente; 3 - gravemente;  O escore total é o resultado da soma dos escores individuais dos itens e permite classificação de níveis de intensidade da ansiedade; Escala de Desesperança de Beck - BHS  Medida da dimensão do pessimismo ou “da extensão das atitudes negativas frente ao mundo”;  O constructo desesperança surgiu na década de 70, na literatura psicanalítica, como um tema central da depressão;  Vários autores colocaram a desesperança como um elemento-chave para a formulação teórica do comportamento suicida (Werlang, 1997);  Desesperança nexo causal entre depressão e suicídio, compondo a tríade teórica de Beck sobre a depressão;  O instrumento foi criado para operacionalizar o componente desesperança do modelo cognitivo de Beck sobre a depressão;  “concepção de desesperança” – “como um sistema de esquemas cognitivos, nos quais o denominador comum é a expectativa negativa a respeito do futuro próximo e remoto;  Crenças: 1) nada sairá bem para elas; 2) nunca terão sucesso no que tentarem; 3) suas metas importantes jamais poderão ser alcançadas; 4) seus piores problemas nunca serão solucionados;  A BHS é uma escala dicotômica – 20 itens com afirmações que envolvem cognições sobre a desesperança.  Respostas: Certo (C) e Errado (E).  Exemplos:  1. Penso no futuro com esperança e entusiasmo.  2. Seria melhor desistir, porque nada há que eu possa fazer para tornar as coisas melhores para mim;  3. Quando as coisas vão mal, me ajuda saber que elas não podem continuar assim para sempre.  4. Não consigo imaginar que espécie de vida será a minha em dez anos.  5. Tenho tempo suficiente para realizar as coisas que quero fazer.  6. No futuro, eu espero ter sucesso no que mais me interessa.  7. Meu futuro me parece negro.  Tempo:  forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;  Administração oral: aproximadamente 15 minutos;  Aplicado especialmente a pacientes psiquiátricos de 17 a 80 anos;  Aplicação coletiva ou individual; 7
  • 8.  O escore total é o resultado da soma dos itens individuais, cuja resposta aponta no crivo vale 1 ponto cada.  Pode variar de 0 a 20, que é a estimativa da extensão das expectativas negativas frente ao futuro, classificadas em níveis;  A BHS é um instrumento adequado como indicador psicométrico de risco de suicídio, mostrando-se mais útil em pacientes com histórico de depressão e de tentativa de suicídio;  Normas brasileiras para pacientes psiquiátricos: Nível: Escore Mínimo ________________ 0 - 4 Leve ___________________ 5 - 8 Moderado ______________ 9 -13 Grave ___________________ 14 - 20 Escala de Ideação Suicida Beck -BSI  A BSI é uma versão de autorrelato para outro instrumento (SSI) que investiga a ideação suicida;  O SSI tinha um formato de entrevista semi-estruturada;  A BSI é constituída por 21 itens. Os primeiros 19, apresentados com 3 alternativa de respostas, “gradações da gravidade de desejos, atitudes e planos suicidas”, subtendem os conteúdos:  1) desejo de viver; 2) desejo de morrer; 3) razões para viver ou morrer; 4) tentativa de suicídio ativa; 5) tentativa de suicídio passiva; 6) duração de idéias de suicídio; 7) freqüência de ideação; 8) atitude em relação a ideação; 9) controle sobre os atos suicidas; 10) inibições para a tentativa; 11) razões para a tentativa; 12) especificidade do planejamento; 13) acessibilidade ou oportunidade do método; 14) capacidade de realizar a tentativa; 15) probabilidade de tentativa real; 16) extensão de preparação verdadeira; 17) bilhete suicida; 18) atos finais; 19) despistamento e segredo;  Cautela no uso da BSI: necessidade de intervenção ao ser identificado risco de suicídio; não oferece subsídios para identificar simulação ou confusão por parte do paciente; foi desenvolvida com base em pacientes psiquiátricos adultos;  Triagem de ideação suicida – se a resposta do examinador for 0 ao item 4 ou 5 passará diretamente para o item 20, sem responder os itens anteriores;  Se não, o examinando responderá todo o teste;  O item 21só será respondido por sujeitos com história de tentativa de suicídio;  Tempo:  forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;  Administração oral: aproximadamente 10 minutos;  Aplicado especialmente a pacientes psiquiátricos de 17 a 80 anos;  Aplicação coletiva ou individual;  Quando não for 0 a resposta ao item 4 ou 5, pode-se avaliar a gravidade da ideação suicida, somando os escores dos itens individuais (de 1 a 19) e obtendo um escore total;  Os itens 20 e 21 não são incluídos no escore final – caráter informativo: número de tentativas e seriedade da intenção de morrer na última delas;  Não são recomendados pontos de corte específicos.  A presença de qualquer escore diferente de 0 – ideação suicida, necessidade de acompanhamento; INVENTÁRIO FATORIAL DE PERSONALIDADE - IFP Fundamentação Teórica  O IFP fundamenta-se no Edwards Personal  Preference Schedule (EPPS); 8
  • 9.  Inventário de personalidade objetivo, da natureza verbal;  Baseado na teoria das necessidades básicas formuladas por Murray;  Personologia – lista de necessidades, resultado de longo trabalho, com o estudo profundo de uma amostra de adultos “normais”; O Inventário São 15 necessidades ou motivos psicológicos: 1. Assistência; 2. Dominância; 3. Ordem; 4. Denegação; 5. Intracepção; 6. Desempenho; 7. Exibição; 8. Heterossexualidade; 9. Afago; 10. Mudança; 11. Persistência; 12. Agressão; 13. Deferência; 14.Autonomia e 15. Afiliação.  Cada uma das 15 escalas é compostas de nove fases;  Escala Likert de 7 pontos, sendo o 1 = nada característico e o 7 = totalmente característico;  O IFP foi desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Avaliação e Medida da UnB;  São 155 itens: 135 correspondentes às 15 variáveis da personalidade e 20 às escalas de desejabilidade e validade, retiradas da Escala de Personalidade de Comrey;(aproximadamente 40 mim)  Escala de validade: verificar se o sujeito respondeu adequadamente ao inventário;  Escala de desejabilidade: tentou se apresentar de uma maneira que os outras gostaria que ele fosse visto; As Escalas  Assistência: escores altos mostram um sujeito com grandes desejos e sentimentos de piedade, compaixão e ternura;  Intracepção: escores altos – se deixa conduzir por sentimentos e inclinações difusas; é dominado pela procura da felicidade, pela fantasia e imaginação. Adjetivos: subjetivo, imaginativo, pessoal nos julgamentos, pouco prático, metafísico, parcial em suas opiniões, caloroso e apaixonado, sensitivo, egocêntrico, individualista, dedutivo, intuitivo nas observações;  Afago: busca de apoio e proteção. Espera ter seus desejos satisfeitos por alguma pessoa querida e amiga; deseja ser afagado, apoiado, protegido, amado, orientado, perdoado e consolado. Sofre de sentimentos de ansiedade e abandono, insegurança e desespero;  Deferência: respeito, admiração e reverência caracterizam que tem altos escores, expressa o desejo de admirar e dar suporte a um superior; gostam de elogia e honrar os superiores, bem como de imitá-los e obedecê-los.  Afiliação: dar e receber afeto de amigos é o desejo de pessoas com altos escores; elas são caracterizadas por confiança, boa vontade e amor. Gostam de se apegar e ser leais aos amigos.  Dominância: escores altos – sentimentos de autoconfiança e o desejo de controlar os outros, influenciar ou dirigir o comportamento deles através de sugestão, sedução, persuasão ou comando.  Exibição: escores altos – desejo de impressionai, ser ouvido ou visto. Gosta de fascinar as pessoas, exercer fascínio e mesmo chocá-las; gosta de dramatizar as coisas para impressionar e entreter.  Agressão: escores altos – raiva, irritação, ódio, desejo de superar com vigor a oposição. Gostam de lutar, brigar, atacar e injuriar os outros; gostam de fazer oposição, censurar e ridicularizar os outros.  Denegação: escores altos – entrega à resignação. Tendência de se submeter passivamente à força externa; aceitar desaforo, castigo e culpa; resignar-se ao destino, admitir inferioridade, erro e fracasso; confessar erros e desejo de autodestruição, dor, castigo, doença e desgraça.  Desempenho: escores altos - ambição e empenho, desejo de realizar algo difícil, como dominar, manipular e organizar objetos, pessoas e idéias. Gostam de fazer coisas independentemente e com a maior rapidez possível, sobressair vence obstáculos e manter altos padrões de realização.  Ordem: tendência a pôr todas as coisas em ordem, manter limpeza, organização, equilíbrio e precisão.  Persistência: escores altos – levar a cabo qualquer trabalho iniciado por mais difícil que possa parecer. Obcecado pelo resultado final do trabalho, esquecendo o tempo e o repouso necessário. Queixas: falta de tempo, cansaço e preocupações.  Mudança: desliga-se de tudo que é rotineiro e fixo. Gosta de novidade, aventura, não ter nenhuma ligação permanente em lugares, objetos ou pessoas.  Autonomia: escores altos – desejo de sentir-se livre, sair do confinamento, resistir à coerção e à oposição. Não gostam de executar tarefas impostas pela autoridade, pois gostam de agir independente e livremente. 9
  • 10.  Heterossexualidade: desejo de manter relações, desde romântica até sexuais, com indivíduos do sexo oposto. Escores altos – fascinação por sexo e assuntos afins. Aplicação  Pode ser aplicado individual ou coletivamente;  Auto-administrável;  Indivíduos entre 18 e 60 anos de idade;  Não tem tempo determinado, mas o tempo estimado de resposta é em torno de 45 minutos; Apuração  1. Escore Bruto – é obtida em cada um dos 17 fatores;  1) para as 15 necessidades – somar as respostas dadas aos itens correspondentes a cada necessidade. Itens indicados pelas cores;  2) para os dois fatores ou escalas de controle (validade e desejabilidade), inverter a escala de 1 a 7 para 7 a 1 de alguns itens. Os itens são: 6, 24, 42, 61, 79, 99, 118, 138, os que estão com a cor preta na folha de resposta é que serão invertidos as respostas de 1 a 7;  Somar as respostas dadas; A escala de desejabilidade é composta por 12 itens: 11, 23, 35, 47, 59, 71, 83, 96, 110, 123, 136, 150. Inverter os escores de 1 a 7 para 7 a 1, para os itens com a cor preta na folha resposta; Somar as respostas dadas; 2. Escores Percentílico: procurar nas tabelas de normas, diferenciadas entre sexo masculino e feminino; Perfil das necessidades: se os escores brutos forem assinalados na folha de apuração e ligados por uma linha, surgirá o perfil de necessidades; Interpretação Feitas em função do sexo; O perfil de personalidade é expresso sobretudo para aquelas necessidades cujos os escores se situam além das duas linhas pontilhadas grossas, abaixo do percentil 30 e acima do percentil 70. Os escores entre os percentis 40 e 30, bem como os entre 60 e 70, representam necessidades salientes do sujeito, mas menos acentuadas. Os escores abaixo de 40 – necessidades fracas e acima de 60 – fortes;  Escala de validade – escore de 32 ou mais devem ser descartados  Escala de desejabilidade – percentil de 70 ou acima prejudica a análise das demais escalas; Intensa devoção a seus projetos. Precisam trabalhar a função sentimento – fornecer padrões para julgamento. Precisam atenção às opiniões alheias. Podem tentar impor suas regras a tudo e a todos e consequentemente realizar muito pouco. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO TIPOLÓGICA Fundamentação teórica Modelo junguiano de tipologia – tentativa de definir estilos cognitivos e de comportamento individual, classificando semelhanças e diferenças em determinados grupos. Baseado na visão arquetípica e intimamente ligado a todo conjunto da psicologia analítica. O Quati foi desenvolvido na USP e dirigido à população brasileira. • O QUATI avalia a personalidade através das escolhas situacionais que cada sujeito faz. • Duas respostas são possíveis. • Resultados – conjunto de três códigos relacionados a atitude consciente e as funções mais ou menos desenvolvidas (ou inconscientes). Tipologia - Definições 10
  • 11. I – Foco de atenção ATITUDE 1. Introversão – I: orienta-se por fatores subjetivos, dirige a sua atenção para o seu mundo interior de impressões acerca do mundo. Normalmente controlado e reatraído. 2. Extroversão – E: dirige a atenção para o mundo externo. Expressa-se melhor falando do que escrevendo, gosta mais de ouvir do que ler. Certa impulsividade, gosta de movimento e mudanças. II – Recebendo informações FUNÇÕES PERCEPTIVAS 1. Intuição – In: parte do que está percebendo no momento, mas esta não é sua preocupação. Interessado em significados, relações e possibilidades futuras ao que está percebendo. Observa o todo, busca novas soluções, prefere planejar do que executar. 2. Sensação – Ss: o sensitivo confia em seus sentidos para compreender objetivamente uma situação. Mais interessado no aqui e agora. Prático e realista. Observa detalhes. Facilidade com objetos e máquinas. Prefere executar do que planejar. III – Tomando decisões FUNÇÕES AVALIATIVAS 1. Pensamento – Ps: o reflexivo está atento à lógica dos atos e eventos. Padrão objetivo da verdade. Voltado para razão. 2. Sentimento – St: o sentimental toma decisões com base em seus próprios valores pessoais(ou de outras pessoas). Voltado para as relações pessoais, mostra-se receptivo e bom para lidar com pessoas. Descrições baseadas nos tipos psicológicos Extrovertido, função principal sentimento, função auxiliar intuição, função menos preferida pensamento. E St In • Pessoas desse estilo cognitivo – irradiam calor humano, valorizam o contato com as outras pessoas. Perseverantes, conscienciosas e ordeiras. Sensíveis a manifestações de aprovação. Tendência a idealizar excessivamente. • Qualidade – valorizar a opinião alheia; • A intuição aguça sua curiosidade por idéias novas. • Geralmente se interessam pela leitura e pela teoria. • Pensam melhor quando estão falando com outros do que sozinhas (escrita). • Profissões que se dedicam a criar um clima de cooperação entre as pessoas: ensino, trabalho pastoral, aconselhamento e vendas em geral. Extrovertido, função principal intuição, função auxiliar sentimento, função menos utilizada sensação E In St • Inovadoras, grande imaginação, capacidade de tomar iniciativas e começar novos projetos; • Habilidade para contornar e resolver as dificuldades. • Envolvimento com as pessoas, habilidade de manejar os contatos interpessoais. Busca compreender e não julgar os outros. • Profissões: aconselhar pessoas, utilizar sua boas capacidade didática e liberdade para introduzir coisas novas. • Campo das artes, jornalismo, ciência, publicidade e propaganda, vendas e literatura. • Não gostam de rotina, dificuldades com trabalhos rotineiros. • Perdem o interesse num projeto quando os desafios são solucionados. Extrovertido, função principal pensamento, função auxiliar intuição, função menos utilizada sentimento E Ps In 11
  • 12. • Usam o pensamento para controlar o mundo que as rodeia. Lógicas, objetivas, analíticas e racionais. • Gostam de executar coisas e fazer planos a longo prazo. • Focalizam a atenção nas idéias e não nas pessoas que estão por trás das idéias. • Não têm paciência com confusão e ineficiência. • A função auxiliar, intuição, aumenta os interesses intelectuais, curiosidades por idéias novas, tolerância pelos aspectos técnicos e gosta por problemas complexos. • Gostam de funções executivas, nas quais podem implementar soluções inovadoras. • Podem ser impulsivas e não levar em consideração o que os outros pensam e sentem. Extrovertido, função principal intuição, função auxiliar pensamento, função menos utilizada sensação E In Ps • Inovadoras, engenhosas, vislumbram novas possibilidades e maneiras de fazer as coisas. • Imaginação rica, confiantes na inspiração, sentem-se estimuladas pelas dificuldades e têm habilidades para resolvê-las. • Gostam de demonstrar competência em várias áreas e valorizam isso no outro. • São intuitivas quanto aos pensamentos e sentimentos dos outros. • Buscam mais compreender do que julgar os outros. • Gostam de coisas diferentes, mas podem ter dificuldade em focalizar sua atenção em qualquer uma delas em particular. • Confiam no pensamento, tornando-as objetivas. • Não gostam de trabalho rotineiro. • Perdem o interesse num projeto quando os desafios são solucionados. Extrovertido, função principal sentimento, função auxiliar sensação, função menos utilizada pensamento E St Ss Irradiam calor humano e simpatia. Atenção voltada para as pessoas. Sensíveis a manifestações dos outro. Prazer = calor humano. São perseverantes, conscienciosas e ordeiras. Tendem a idealizar a pessoas, instituições ou causas que admiram. Valorizam as opiniões alheias. Tendem a harmonizar os conflitos, podendo até concordar com opiniões alheias dentro de limites razoáveis. Podem perder as suas próprias opiniões de vista. Interessadas na realidade percebida pelos órgãos dos sentidos. Práticas e realistas. Gostam de novidades e variedades, mas são capazes de se adaptar à rotina. Profissões que lidam com os demais, como: ensino, trabalho pastoral, vendas. Compaixão + preocupação com condições físicas = áreas de saúde. Não gostam de profissões que exijam domínio de idéias abstratas e análise impessoal. Não gostam de tomar decisões e podem ter impulsividade nas mesmas. Extrovertido, função principal sensação, função auxiliar sentimento, função menos utilizada intuição E Ss St Amistosas, adaptáveis e realistas. Confiam na percepção dos seus órgãos sensoriais. Buscam solução satisfatória em vez da imposição. Abertas e tolerantes. Focalizam a atenção no momento presente, com aceitação realista do que existe. Bons “resolvedores de problemas”. Curiosidade a respeito do novo apresentado aos seus sentidos. Gosto artístico apurado Decisões tomadas a partir de valores pessoais em lugar da análise lógica do pensamento. • Função auxiliar, o sentimento = simpáticas e cuidadosos com os outros. • Podem ser negligentes com a disciplina. • Aprendem mais com a experiência do que com livros. • Esforço para ter bom desempenho acadêmico. • Profissões com dose de realismo, ação e capacidade de adaptação: vendas, serviços de área de saúde, arquitetura, estilista, turismo, setor de transporte etc. • Carreiras onde a coragem e habilidade física, e a capacidade de resolver problemas sejam valorizadas. Bom desempenho esportivo. • Precisam desenvolver a capacidade de lidar com frustrações e levar adiante objetivos a longo prazo. 12
  • 13. Extrovertido, função principal pensamento, função auxiliar sensação, função menos utilizada sentimento E Ps Ss • Usam o pensamento para controlar o mundo. • São lógicas, analíticas, críticas e racionais. • Atenção voltada para o trabalho ou tarefas a serem executadas e não para as pessoas que irão executá-las. • Gostam de organizar fatos, situações e opções ligadas a um projeto, assim como realizar os objetivos definidos no prazo. • São impacientes, podendo chegar a serem duras e inflexíveis. • Preferem o aqui e agora, sendo práticas e realistas. • Preferem tipos de trabalho onde os resultados de seus esforços sejam imediatos e visíveis. O mundo dos negócios, da indústria, da produção, construção. Onde possam colocar objetivos a serem alcançados, tomar decisões e dar as ordens necessárias para a execução. • Podem ser impulsivas, sem levar em conta o que os outros dizem. • Precisam fazer o esforço para valorizar o sentimento. Extrovertido, função principal sensação, função auxiliar pensamento, função menos utilizada intuição E Ss Ps • Realistas, amistosas e adaptáveis. Confiam no que podem conhecer através dos sentidos. • Aceitam com bom-humor os fatos da vida. • Procurar conciliar do que impor. • São adaptáveis, com mente aberta e flexíveis. • Ótimas para avaliar tensões e fazer com que as partes de um conflito cheguem a um acordo. • Curiosidade ao que é apresentado aos sentidos. • Boas em solucionar problemas. • Focam a atenção no presente. Tomam decisões baseados na lógica. • Aprendem mais pela experiência direta. • Não confiam em teorias que não foram testadas. • Profissões: realismo, ação e adaptação – engenharia, carreira policial, marketing, tecnologias da saúde, lazer, construção etc. Carreiras onde a coragem física e a habilidade de resolver problemas sejam valorizadas. • Necessitam desenvolver a função sentimento, para usar seus valores pessoais com referência. Introvertido, função principal intuição, função auxiliar sentimento, função menos utilizada sensação I In St • Inovadoras, confiam na intuição, estimuladas por problemas. • Independentes e individuais, mas dão importância à harmonia e à concórdia. • Forma de liderança: conquista de outras pessoas para sua causa. • Trabalhos que possam usar a intuição e sentimentos. • Sentem-se atraídos pelo magistério, formal ou artístico. • Áreas técnicas ligadas à Ciência e à pesquisa. • Intensa devoção a seus projetos. • Precisam trabalhar a função sentimento – fornecer padrões para julgamento. Precisam atenção às opiniões alheias. • Podem tentar impor suas regras a tudo e a todos e consequentemente realizar muito pouco. Introvertido, função principal sentimento, função auxiliar intuição, função menos utilizada pensamentoI I St In • Calor humano, o que só demonstram depois de conhecer a outra pessoa bem. • Cumprem com lealdade deveres e obrigações para com suas idéias. • A visão do mundo se faz partir de seus valores pessoais e ideais . • Expressam muito raramente seus sentimentos mais profundos – reservados. • Tolerantes, abertas, compreensivas, flexíveis e adaptáveis. Contudo, se algo ameaça suas lealdades não cedem num centímetro. • Não querem impressionar ou dominar os outros, a não ser que seja necessário pela profissão. • São eficientes quando trabalham no que acreditam. • Desejam que o trabalho que realiza contribua para os demais. Perfeccionistas. • Curiosidade por idéias novas. Interesses literários, boa capacidade de expressão, mas não são bons escritores. • Grande habilidade e capacidade de convencer os outros; não são barulhentos mas profundos. • Profissões relacionadas ao aconselhamento em geral: ensino, arte, literatura, ciência ou psicologia. 13
  • 14. • Problema resultante do que desejam almejar e o que conseguem – complexo de culpa e sentimento de inferioridade. Acontece mesmo quando estão se mostrando tão competentes quanto os demais ao redor. • Importante usar a intuição – expressar seus ideais, senão sonham muito, realizam pouco. Introvertido, função principal intuição, função auxiliar pensamento, função menos utilizada sensação I In Ps Inovadoras incansáveis, no pensamento e na ação. Confiam na intuição, não ligando para a opinião pública. São estimulados pelos problemas, sendo independentes e às vezes teimosos. Perseverantes. Valorizam a eficiência. Acreditam em suas inspirações e quer que elas sejam colocadas em prática. Focalizam a atenção nos pormenores da situação, para que sua visão possa ser realizada. Ciência pura, Política, Filosofia e pesquisa de novos produtos e tecnologias. Concentração quase maníaca – metas finais claras – não se preocupam em enxergar outros aspectos da situação que entram em conflito. Precisam aprender a ouvir as opiniões alheias. Não valorizam os sentimentos. Introvertido, função principal pensamento, função auxiliar intuição, função menos utilizada sentimento Ps In Idéias baseadas no pensamento, confiam no intelecto. Analíticas, lógicas e capazes de crítica objetiva. Prestam mais atenção às idéias do que às pessoas. Círculo de amigos restrito que gostam de discutir idéias. Curiosidade intelectual. Reservadas e caladas, mas podem falar por horas sobre um assunto conhecido. Absorvidas por alguma idéia, podem até ignorar o mundo ao redor. Adaptáveis à circunstâncias novas, quando não entram em conflito com seus princípios básicos. Quando isso ocorre – inflexíveis. Vislumbram possibilidades além do senso comum, do conhecido, do aqui e agora. Compreensão rápida da coisas, curiosidade intelectual. Bom desempenho no campo da ciência pura, pesquisa acadêmica, matemática, professores universitários e pesquisadores: Economia, Filosofia e Psicologia – interesse em aspectos teóricos. Interesse – grande desafio = encontrar solução original para um problema qualquer, mais do que ver se esta solução pode ser colocada em prática. Precisa desenvolver a percepção, senão fica com pouco conhecimento do mundo real. O que pode dificultar a expressão de suas idéias, os outros não compreendem. Tendem a deixar de lado os sentimentos. Conseguem expressar o que é errado, mas dificuldade em expressar apreciação. Introvertido, função principal sensação, função auxiliar sentimento, função menos utilizada intuição I Ss St • Confiáveis e responsáveis. • Respeito completo, realista e prático por fatos concretos. • Analisam antes de tomar decisões. • Lembram e utilizam grande número de fatos. • Apreciam o que é apresentado de forma clara. • Reações íntimas – vividas, intensas e imprevisíveis. • Calmas, raramente demonstram suas emoções pelas expressões faciais. • Perfeccionistas, diligentes e capazes de trabalhar com afinco. • Perseverantes, pacientes com pormenores. Só desistem quando convencidas de que estão erradas através da própria experiência. • Carreias e profissões – observação cuidadosa e interesse genuíno que têm nas pessoas – áreas de saúde, ensinos, trabalho de escritório etc. • Usam função sentimento para lidar com o mundo – bondosas, compassivas e diplomáticas. • Preocupação com precisão e organização – cargos executivos. • Precisam desenvolver o julgamento, senão podem fechar-se dentro de si mesmas. • Tendência de desconfiar da imaginação e da intuição. Introvertido, função principal sentimento, função auxiliar sensação, função menos preferida pensamento I St Ss • Pontos de vista muito particulares sobre a vida, tendendo a julgar tudo e todos pelos seu ideais e valores, mas estes podem ser influenciados por aqueles de que gostam. 14
  • 15. • Não tem facilidade de fala sobre seus ideais e valores. • Expressam raramente suas emoções, calmos e reservados. • Tolerância, flexibilidade, adaptabilidade e espírito aberto. • Inflexibilidade quando seus ideais são ameaçados. • Aproveitam o máximo o momento presente. • Valorizam pessoas que refletem longamente sobre seus valores pessoais e objetivos. • Atenção voltada para realidade (interior ou exterior) apreendida pelos sentidos. • São boas em atividades que envolvem bom-gosto, capacidade de discriminação e senso estético. • Relação especial com natureza e animais. • Grande habilidade manual. • Necessitam trabalhar em algo que acreditam. • Problema: contraste entre o que gostariam de realizar e o que conseguem. Sentimento de incompetência e inabilidade, mesmo quando seu desempenho é bom ou melhor do que os outros. • Modestas. • Necessidade de encontrar uma forma prática de expressar seus ideais. Introvertido, função principal sensação, função auxiliar pensamento, função menos utilizada intuição I Ss Ps • Confiáveis e respeito completo, realista e prático pelos fatos. • Podem absorver, lembrar e utilizar um grande número de fatos. • Aceitam a responsabilidade pela execução de algo, muitas vezes além do que seria a sua obrigação. • Gostam das coisas “preto no branco”. • Raramente demonstram publicamente suas emoções, que podem ser vividas e intensas. • Calmas e seguras em situações de crise. • Em público e lidando com o mundo das realidades concretas mostram-se confiáveis e sensatas. • Sistemáticas, perseverantes, trabalhadoras e capazes de levar em consideração os pormenores. • Tendência de engajamento impulsivo. • Profissões: talento para organização e levar pormenores em consideração – engenharia civil, contador, direito, carreiras na área de saúde – cargos executivos. • Problema: tendência a esperar que todos sejam tão lógicos e analíticos quanto elas. Podendo ser dominadoras com pessoas menos assertivas. • Regra útil – usar pensamento na tomada de decisões sobre objetos inanimados ou seu próprio comportamento e usar percepção para compreender as pessoas. Introvertido, função principal pensamento, função auxiliar sensação, função menos utilizada sentimento I Ps Ss • Confiam no pensamento, lógicas, capazes de críticas objetivas, sendo influenciadas por argumentos racionais. • Gostam de organizar fatos e dados a pessoas e situações. • Curiosas de forma não explícita. Timidez em situações sociais, exceto entre amigos. • Tranquilas e reservadas. Mas, em assuntos conhecidos podem fazer discurso intermináveis. • Adaptáveis às atividades da vida diária, exceto quando seus princípios são violados. • Gostam do ar livre, prática de esportes e possuem boa habilidade manual. • Interesse em saber como e porquê as coisas funcionam – ciências aplicadas, mecânica e engenharia. • Talento para organizar, direito, economia, marketing, vendas, estatística. • Tendência a adiar decisões e deixar coisas incompletas. • Não valorizam os sentimentos. Aplicação • Forma individual ou coletiva. • Sem tempo limite, o estimado é de 45 minutos. • Adultos, com escolaridade a partir do Ensino Médio. Avaliação • Três crivos de correção: • Crivo R-1: Introversão/Extroversão; • Crivo R-2: Intuição/Sensação; • Crivo R-3: Pensamento/Sentimento; • Tabela de profissões mais encontradas para cada tipo; 15
  • 16. ESCALA FATORIAL DE SOCIALIZAÇÃO – EFS O Modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade – Big Five  Origem – teorias fatoriais e teorias do traço;  Explicação teórica da personalidade a partir de cinco fatores;  Modelo atual: Extroversão (E), Socialização (S), Realização (R), Neuroticismo (N) e Abertura para novas experiências (A);  Importante contribuição da análise fatorial;  Aceitação tardia do modelo:  Necessidade de computadores com potência para análise fatorial;  Os autores como Thurstone não continuaram os estudos iniciados na área, voltando-se para inteligência;  Concepção que os psicólogos tinham sobre personalidade: ênfase na teoria e pouco em pesquisa sistemática; Por que cinco fatores?  A descoberta de cinco fatores foi acidental;  Generalização empírica;  Não foi desenvolvido de uma teoria a priori;  Vários autores questionam o número de fatores;  Esse modelo tem suas origens na análise da linguagem utilizada para descrever pessoas;  Hipótese léxica: “as diferenças individuais mais significativas nas interações diárias das pessoas são codificada na linguagem”.  Traços de personalidade produzem comportamentos – relevantes para grupo – criação de palavras para descrever essas características;  McAdams (1992) – cinco fatores se referem a informações fundamentais, que geralmente queremos ter sobre pessoas com quem vamos interagir: Ativo e dominante ou passivo e submisso; Socialmente agradável ou desagradável, amigável ou frio, distante; Responsável ou negligente; Louco, imprevisível ou normal, estável; Esperto ou tolo, aberto a novas experiências ou desinteressado por tudo aquilo que não diz respeito à experiência do cotidiano. Universalidade de um sistema baseado numa estrutura lingüística. Estudos em diversas línguas e países: japonês, chinês, hebraico, em Hong Kong, nas Filipinas, Turquia, Vietnã,Índia, Portugal, EUA, Brasil etc. O modelo se mostrou replicável; O Fator Socialização  Socialização é um importante componente da personalidade humana;  No Big Five – descreve a qualidade das relações interpessoais dos indivíduos;  Relaciona-se aos tipos de interações que uma pessoa apresenta ao longo de um contínuo que se estende da compaixão ao antagonismo;  Também avalia o quão capazes as pessoas se percebem no convívio social; Cinco Fatores e Transtornos Todos os 5 fatores podem ser úteis para identificação de transtornos de personalidade. a) Avaliação de estilos emocionais, interpessoais e motivacionais; b) Panorama compreensível do indivíduo; c) Informações úteis na seleção de tratamento e avaliação do prognóstico dos casos; Fator Socialização e avaliação 16
  • 17. Estudos indicam: Pessoas com transtorno anti-social – baixos escores de socialização; Dependentes químicos – fator de socialização; Fator socialização – contexto do trabalho e organizações; A EFS  Os itens foram construídos na forma assertiva que descrevem atitudes, crenças e sentimentos e as escalas de resposta são do tipo Likert de 7 pontos;  A escala foi desenvolvida no Brasil;  Amostra de padronização: 1100 participantes de ambos sexos, da Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraíba. Nível de escolaridade: Ensino Médio e Superior. Idade: 14 a 50 anos Aplicação da EFS Pode ser aplicada individualmente ou em grupo; Não tem limite de tempo e usualmente não ultrapassa 40 minutos; Aplicado a pessoas a partir dos 14 anos e do Ensino Médio; Avaliação da EFS  Obtenção de escores brutos (ver manual) – uso de crivos:  S1 – Amabilidade;  S2 – Pró-sociabilidade;  S3 – Confiança;  Os escores brutos são transformados em escores percentílicos consultando as tabelas, de acordo com o sexo; Interpretação da EFS  A EFS permite identificar tendências de comportamento, bem como padrões mais prováveis de atitudes e crenças.  Os padrões descritos são os extremos, raros de ocorrerem. Interpretação da EFS Escore geral – pessoas com alto escore apresentam “altruísmo”, confiança nas demais pessoas, franqueza etc. Com baixo escore, hostilidade, manipulação, desconfiança, padrões mais elevados de consumo de substâncias psicoativas, quebra de regras sociais etc. Interpretação da EFS S1 – Amabilidade: Alto escore – pessoas atenciosas, agradáveis, compreensivas e empáticas, gostam de ajudar os outros. Comum em transtorno de Personalidade Dependente; Baixo escore – pouca disponibilidade para os outros, sendo auto-centradas e indiferentes.Comum em Transtorno de Personalidade Anti-social e Narcisista; Interpretação da EFS S2 – Pró-sociabilidade Alto escore: tendem a evitar situações de risco, bem como atitudes consideradas transgressoras às leis ou regras sociais. Postura franca; Baixo escore: tendem a envolver-se em situações de risco. Pouca preocupação em seguir regras. Podem ser manipuladoras e hostis, risco para excesso de uso do álcool. Transtorno de Personalidade Anti-social e Narcisista. Interpretação da EFS S3 – Confiança nas pessoas: Alto escore: acreditam que os outros são honestos e bem intencionados. Podem ter postura ingênua, podendo ser prejudicados pelos demais. Transtorno de Personalidade Histriônica e Dependente. Baixo escore: céticos, assumem que os outros podem ser desonestos e perigosos. Podem ter ciúme excessivo e dificuldade em desenvolver intimidade com os outros.Transtorno de Personalidade Paranóide, Esquizotípico e Boderline. 17
  • 18. Definições  Transtorno de Personalidade Histriônica ou Histérica (TPH) é uma desordem de personalidade (incluída no grupo B "dramáticos, imprevisíveis ou irregulares" - Borderline, Histriônica, Anti-Social e Narcisista), representada por pessoas dramáticas, exageradas, sedutoras, que tendem a chamar atenção para si mesmas e controlam pessoas e circunstâncias para conseguirem o que querem - manipuladores.[1] É um distúrbio de personalidade que pode ocorrer concomitante ao Transtorno de Personalidade Limítrofe (Borderline) e, por isso, compartilham várias características em comum. Além disso, histriônicos têm uma probabilidade maior de adquirir depressão do que a maioria das pessoas.  A característica essencial do Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão invasivo de distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais. Este padrão começa no início da idade adulta e se apresenta em variados contextos. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide parecem não possuir um desejo de intimidade, mostram-se indiferentes às oportunidades de desenvolver relacionamentos íntimos, e parecem não obter muita satisfação do fato de fazerem parte de uma família ou de outro grupo social (Critério A1). Eles preferem passar seu tempo sozinhos a estarem com outras pessoas. Com freqüência, parecem ser socialmente isolados ou "solitários", quase sempre escolhendo atividades ou passatempos solitários que não envolvam a interação com outras pessoas (Critério A2).  Eles preferem tarefas mecânicas ou abstratas, tais como jogos matemáticos ou de computador. Podem ter pouco interesse em experiências sexuais com outra pessoa (Critério A3) e têm prazer em poucas atividades (se alguma) (Critério A4). Existe, geralmente, uma experiência reduzida de prazer em experiências sensoriais, corporais ou interpessoais, tais como caminhar na praia ao pôr-do-sol ou fazer sexo. Esses indivíduos não têm amigos íntimos ou confidentes, exceto, possivelmente, algum parente em primeiro grau (Critério A5). Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide freqüentemente se mostram indiferentes à aprovação ou crítica e parecem não se importar com o que os outros possam pensar deles (Critério A6). Eles podem ignorar as sutilezas normais da interação social e com freqüência não respondem adequadamente aos indicadores sociais, de modo que parecem socialmente ineptos ou superficiais e absortos consigo mesmos. Eles geralmente exibem um exterior "insosso", sem reatividade emocional visível, e raramente retribuem gestos ou expressões faciais, tais como sorrisos ou acenos (Critério A7). Afirmam que raramente experimentam fortes emoções, tais como raiva e alegria, freqüentemente exibem um afeto restrito e parecem frios e indiferentes. Questão  Em que contextos a EFS pode ser utilizada? Que contribuições a EFS traz para esses contextos? TESTE ZULLIGER Histórico  Hans Zulliger (1893-1965) – psicólogo suíço.  Usou como experimentos de Rorschach com mancha de tinta.  Amizade com Oskar Pfister.  Junto com esses e outros autores fundaram a Sociedade de Psicanálise de Zurique.  Segunda Guerra – usou a técnica de Rorschach na seleção de oficiais das Forças Armadas Suíças.  Dificuldade – tempo de aplicação, 10 cartões aplicados individualmente. 18
  • 19.  Começou a estudar formas de aplicação coletiva, com menos pranchas.  1948 – técnica de aplicação coletiva em 3 Pranchas ou Cartões.  No presente manual, o conceito de cartão é usado para aplicação individual e diapositivos ou figuras, como sinônimos para aplicação coletiva.  Esse teste tem diferentes denominações: Z-teste; Teste Z; Teste de Zulliger.  Presente manual usa Z-teste. Z-Tetes Instrumento de avaliação da personalidade com base no psicodiagnóstico de Rorschach. O Z-teste assim como o Rorschach é uma técnica relativamente não estruturada, multidimensional na mensuração e avaliação da personalidade: Número de respostas, respostas globais (G), detalhe comum (D), os determinantes forma pura (ã de F+, F- e F+-), forma precisa (F+), movimento humano (M), movimento animal (FM), altamente quantificáveis. As manchas não estruturadas projetadas sobre a tela suscitam associações percepto-associativas nos examinandos situações que de uma forma ou de outra espelham situações internas, seu modo de tomar decisões, suas tendências a determinadas atitudes, sua maneira de pensar e sentir, suas relações interpessoais. Essas informações, transformadas em categorias, passam a ser quantificadas e interpretadas. Quantificar aspectos funcionais e dinâmicos da personalidade. Alta correlação entre os resultados do Z-teste Forma Coletiva e o Rorschach. Aplicação Ambiente adequado. Materiais: Um conjunto dos 3 diapositivos. Tela bem clara. Projetor de diapositivos. Folhas de aplicação. Um quadro para o examinador ilustrar como os examinandos devem proceder. Canetas esferográficas. Os participantes devem saber escrever. Pessoas com problemas de visão para a leitura à distância podem ficar prejudicadas. O número de examinandos na sala não deve ultrapassar 35. Recomendável um pessoa auxiliar para apagar e acender as lâmpadas, distribuir as folhas etc. Rapport Instruções: “Nós vamos projetar na tela algumas figuras. Elas não têm forma precisa, são manchas feitas ao acaso. A sala ficará escura por alguns instantes enquanto a imagem fica projetada sobre a tela. Cada um de vocês procure fixar a atenção sobre a imagem projetada fazendo a pergunta a si mesmo: o que essa imagem me lembra, o que ela me sugere? Pode ser no total da figura, no centro, dos lados, à vontade. Não se preocupem com acerto nem com erro. O que cada um imaginar está bem! Em seguida serão acesas algumas lâmpadas dos fundos da sala, de tal forma que cada um poderá escrever tudo que a figura sugere, tudo que a figura lembra! Ao escrever na folha cada um procure observar que ao lado esquerdo, na folha, se escreve o nome do que está sendo lembrado e sugerido em seguida procure comentar aquilo que está sendo sugerido. Verbalização: Ao perceber que todos entenderam a instrução – apagar as luzes e projetar o diapositivo I sobre a tela. Passados 30 seg, acender as luzes do fundo e pedir para os examinandos escreverem. Passados 5 min. incluindo os 30 seg. o examinador pede: “favor traçar uma linha horizontal de fora a fora na folha, após a última frase que foi escrita”. Retira o diapositivo I. Após todos terminarem, projeta o diapositivo II, seguindo o mesmo procedimento do anterior. Depois o diapositivo III. Mapeamento das respostas feito por cada um dos examinandos – entrega da folha de mapeamento, um para cada. Solicita-se que indique a área da figura onde viu o que escreveu na primeira fase, contornando na folha de localização a área onde se situa o que cada um imaginou e que está escrito à esquerda das folhas: marcara a 19
  • 20. área com um contorno e com uma seta. O Examinador projeta o diapositivo I e só deve projetar o II quando notar que todos terminaram de mapear as respostas. Nessa fase, as lâmpadas podem ficar acesas. Classificação das Respostas Há vários sistemas de classificação, mas sem grandes diferenças nos resultados finais. O presente manual adota o sistema de Bruno Klopfer. Resposta - R: mais importante categoria. É uma idéia, conceito, expressando um conteúdo identificado e particular, vinculado diretamente à determinada área estímulo do diapositivo, por exemplo besouro (total da mancha do Diapositivo I) ou algas (nas áreas verdes do Diapositivo II).  Cada respostas é classificada quanto a: Localização, onde a pessoa localizou o que viu; Determinantes, o que a levou a ver tal conteúdo; Conteúdos, o que ela viu; Fenômenos especiais, verbalizações mais difíceis de serem quantificadas, ex: “é difícil de explicar!”, “Horrível isso!”. Os três primeiros grupos são os dados quantitativos, o quarto é importante para compreensão dinâmica da personalidade. Localizações - as respostas podem ser classificadas em 3 grandes categorias, acompanhadas ou não de espaço branco (S): Globais, codificadas como G, GS, SG, DG, DGS etc. Detalhes comuns, códigos D, DS, SD. Respostas de detalhe incomum, Dd, DdS, SDd, que podem ser subdividas em 4 subcategorias, acompanhadas ou não de Espaço branco (S): a) Detalhe raro (dr); b) Detalhe diminuto (dd); c) Detalhe interno (di); d) Detalhe externo (de) ou de borda. Localização-Global Global – G, resposta englobando toda a figura, toda a mancha, acompanhada ou não de espaço em branco (S). Global cortada – Gcort, usa pelo menos dois terços da mancha na verbalização de uma resposta, sem contudo globalizar e cuja incidência estatística seja inferior a 4%. Global elaborada, confabulada, contaminada – classificam-se quantitativamente como DG e em alguns casos como G. Global elaborada – examinando inicia a resposta a partir de um detalhe, segue coordenando o pensamento na organização coerente de uma resposta bem trabalhada, de boa qualidade, abrangendo no final toda a mancha. Ex: diapositivo III – “de um lado (área escura à direita) uma bailarina, do outro lado outra bailarina, estão dançando num palco todo iluminado de lâmpadas vermelhas”. Global confabulada – uma global de má qualidade. A resposta é construída a partir do detalhe da mancha e encerrando-se numa percepção global, porém caracterizada por fantasia e divagação verbal. Ex: diapositivo III “Vejo duas pessoas num lado e outras duas no outro; chegaram primeiro duas, depois as outras duas...são do outro mundo, trabalhando e conversando sobre alguma coisa que estão programando... Global contaminada – o examinador inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, tenta integrar os detalhes que vai percebendo, só que de forma absurda, incoerente e ilógica. Se analisarmos, percebemos que o sujeito percebe separadamente os detalhes, conteúdos comuns para as demais pessoas; mas pela desagregação do pensamento em que o sujeito entra, ele tenta integrar tais elementos não conseguindo – síntese ilógica e absurda. Exemplo global contaminada – esquizofrenia paranóide: “Isso é Weinfelden; aí está o lago de Constança, o vermelho em baixo é o vinho derramado. Foi aí que me casei; naquele tempo o lago chegava até Weinfelden. Aqui está a porta do hotel onde estivemos, aí está dois indivíduos sentados e que beberam vinho na garrafa mais aí também a caneca que na qual nós bebemos. Localizações – Espaço Branco Espaço Branco – S É o uso do branco pelo examinando, quer apontando ou verbalizando a resposta numa área branca do diapositivo, quer quando a resposta dada ou comentário incida sobre o branco, quer quando o examinando fala sobre o branco, integrando-o ao conteúdo verbalizado. 20
  • 21. Exemplo (espaço branco) – Diapositivo III: “Vejo aí uma espinha dorsal”; Diapositivo I: “Isso é uma máscara com uns furos brancos no meio”. Quando o conteúdo é localizado na área branca sem o examinando falar sobre o branco. Diapositivo I, nos dois brancos: “Dois olhos”. O espaço Branco, pelo presente manual, é classificado não como uma categoria específica de localização mas sempre como combinatório ou associativo às localizações dos três grupos (globais, detalhes comuns e detalhes incomuns); GS, DGS, Gcort S, DS, drS Espaço em branco enfatizado (SG, SGcort, SDG, SDd). Registra-se S anteriormente à área a que vem associado quando na verbalização da resposta o examinando demonstrou preocupação com o branco, isto é, repetindo-o várias vezes na resposta, detendo-se em comentários apreciativos, depreciativos ou críticos sobre o branco. Preocupação pode se indicativo de sentimentos de insegurança, ansiedade. Localização – Espaço Branco - Global Global associada ao espaço branco – GS. É a resposta dada no conjunto de mancha com integração do espaço branco. O examinando inclui o espaço branco, sem enfatizar a percepção do mesmo, Diapositivo I: “Um morcego no céu bem claro”. Global com S enfatizado – SG. O examinado demonstra preocupação, através da repetição, comentários demorados sobre a área branca. Ex: Total do Diapositivo I: “Uma máscara no céu”; na coluna prevista para comentário do examinando, escreve: “horrível esta máscara por causa dos furos que tem, como se fossem buracos; horríveis esses furos”. Global iniciada por detalhe com inclusão do branco intermediário – DSG. É uma global em que o sujeito inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, inclui o espaço branco intermediário e conclui globalizando uma resposta só. Exemplo – Diapositivo II, na área vermelha superior: “O sol nascendo e árvores”. Comentário: “O sol vem nascendo projetando claridade sobre umas árvores verdes, sobre o vazio do meio (branco intermediário) e o terreno mais em baixo”. Localizações – Detalhes Comuns  Detalhe Comum – D: são detalhes que mais se evidenciam em virtude da distribuição das figuras no espaço da prancha...são a grosso modo, as respostas mais freqüentes. Localizações – Detalhe Incomuns Detalhe incomum – respostas numa determinada área numa freqüência inferior a 4,5%. Classificações quanto ao detalhe incomum: Detalhe diminuto, dd – resposta situada numa área muito pequena da mancha, normalmente nas extremidades. Ex. no diapositivo II, dd 22: “Cabeça de porco”. Detalhe externo, de – usa apenas a borda da mancha para aí verbalizar o conteúdo. Ex. no diapositivo II, na borda inferior, “raízes”. Detalhe interno, di – quando o examinando seleciona uma parte interna da mancha e aí verbaliza um conteúdo. Comumente, nessa situação ele detém-se em comentar minuciosamente o interior dessa área. Não observado no Z-teste, mas teoricamente é possível ocorrer. Detalhe inibitório, Do – detalhe oligofrênico. O que caracteriza uma resposta DO é o fato de o sujeito perceber parte de uma pessoa (pernas, cabeça, braços) sem ver a pessoa inteira, comumente percebida pelas demais pessoas. Exemplo: nas áreas escuras do diapositivo III, é frequente o examinando verbalizar duas pessoas e não apenas “cabeças de gente” – Do. Detalhe raro, dr – resposta dada numa pequena área ou relativamente grande e que não se enquadre nos critérios dos detalhes incomuns dd, di, de e DO. Há várias áreas consideras de detalhes raros, com freqüência maior do que as dos demais detalhes incomum. Localizações – Detalhes Incomuns – Espaço Branco 21
  • 22. A combinação do espaço branco com os detalhes incomuns ocorre nas respostas em que o examinando verbaliza um percepto em área da mancha que corresponde a um dr, dd, de, di, DO e que são vistas associadamente com o espaço branco ou localizadas no branco, S não enfatizado, e S enfatizado. Codificação: drS, ddS, deS, diS, DOS ou Sdr, Sdd, Sde, Sdi, SDO. No Z-teste coletivo, a maior freqüência é de drS ou Sdr. Determinantes  Identificar numa verbalização, quais fatores psíquicos levaram ou determinaram o examinando a dar essa ou aquela resposta.  Os determinantes são a expressão do modo como o examinando estabelece a relação entre o mundo externo através das manchas e o seu mundo interno.  Categorias: forma, movimento, cor e sombreado. Determinante - Forma  Determinante forma (total de F+, F- e F+-) – conteúdo baseado em sua forma, como um conceito particularizado, com suas peculiaridades formais na mancha, sem nenhuma combinação com ação, cor, textura e sombreado.  Forma de boa qualidade - F+, resposta eu se enquadra em um dos dois critérios seguintes: 1. Quando a resposta é considerada comum pela área em que está localizada e tem um conteúdo com forma simples, isto é, sem combinação com cor, movimento ou sombreado. Ex. Diapositivo II, área D1: “dois touros”. Comentário: “dá para se notar bem o formato da cabeça, das patas e do corpo”. 2. Quando o examinando emite a resposta levado simplesmente pela forma e o conteúdo se situa numa área que não é comum naquela figura, mas ele caracteriza bem este conteúdo, descrevendo-lhe o formato e o configura na área. Exemplo: no Diapositivo II, dr 20: “Esquilo”. Comentário: “tem patas, cabeça e corpo perfeito de um esquilo”  Forma de má perfomance (F-), quando a resposta de forma pura se enquadra em um dos três critérios: 1. Forma confusa ou vaga - na resposta, o conteúdo é percebido com forma simples, porém confusa e vaga; dá para se observar que o próprio examinando, sente dificuldades para descrever e mesmo objetivar o conteúdo verbalizado. Ex, no diapositivo II: “uma coisa que não dá para saber bem”. Inquéritos: “é uma coisa assim parecida, floresta não é, seria qualquer coisa assim, não dá para ver bem”. 2. Forma combinada com Fenômenos Especiais comprometedores. Pode ocorrer uma resposta em que o conteúdo, percebido somente pela forma, vem associado a um ou mais dos fenômenos especiais: contaminação, confabulação, idéia de autorreferência, idéia de referência e resposta de posição. Mesmo que o conteúdo seja comum, associado a um desses fenômenos, classifica-se como F-. Diapositivo I: “uma pessoa (área escura) cujos braços se desprenderam e estão parados do lado; elas estão mortas ao redor de quatro caixões com 4 buracos (4 espaços brancos do meio)”. 3. Resposta de forma abstrata. Quando se trata de uma resposta com conteúdo abstrato e que não vem acompanhado de nenhum determinante combinatório (cor, sombreado etc). Ex. diapositivo I: no total “felicidade”. No comentário o examinado não acrescenta nenhuma expressão compatível com qualquer determinante combinatório.  Forma duvidosa (F+-) – conteúdo cuja forma não está bem clara para o examinando na sua maneira de perceber nem na sua maneira de se expressar. Ás vezes dá uma resposta comum, mas por si mesmo tira a precisão formal do que está vendo. Outras vezes, vê dois perceptos, ficando em dúvida se são dois ou um só.  Exemplos: “um besouro”. No inquérito escreve: “um besouro ou um inseto”.  O somatório de ((F+) + (F-) + (F+-)) tem papel importante para a interpretação quanto à capacidade de controle geral e racional;  Interpretados individualmente expressam as condições de funcionamento do pensamento lógico. Determinantes – Movimento Interpretações determinadas pela percepção da forma e acrescida de sensações cinestésicas. Conteúdo expresso em ação. 22
  • 23. Movimento humano: pessoa em movimento.  Movimento humano de boa performance (M+) – Pessoa inteira vista em ação vital de postura ou de locomoção.  Ex. diapositivo III (áreas vermelhas laterais inferiores): “Duas crianças”. Comentário: “Uma cena em que vejo duas crianças brincando de pula-pula”.  Movimento humano de má performance (M-). Detalhe humano ou humano descaracterizado visto em ação vital de postura ou locomoção.  Ex. Diap. I: “Dois olhos”. Comentário: “Dois olhos de pessoa brava”.  Ex. diap. I: “um fantasma”. Comentário: “tipo humanóide, a maneira de caminhar é de gente, mas tem algo de monstro...”  Movimento humano duvidoso (M+-). Quando não está claro o movimento humano no conteúdo verbalizado pelo examinando.  Ex. “Uma dança”. Comentário: “Pessoa ou bruxa...não dá para ver bem...numa dança”.  Movimento animal (FM) – resposta de conteúdo animal visto em ação, quer de deslocamento, quer de postura.  Ex. diap. I “um morcego voando”.  Diap. II (áreas marrons inferiores) “dois touros”. Comentário: “os dois vinham correndo um em direção ao outro e agora estão parados”.  Diap. I “Duas águias pousadas”.  Movimento inanimado (Fm, mF e m). Conteúdo visto em ação por forças físicas, químicas, mecânicas ou abstratas.  Fm – movimento com forma bem definida. Ex. diap. II (área do pequeno espaço branco central) “Um avião subindo”.  mF – sem forma definida. Ex. “algo parecido com um avião , não sei se é avião ou outro objeto subindo”.  m – movimento não percebido com forma. Ex. diap. II “dança das cores, alegria pela dança das cores”. Ex. diap. I “Há uma nuvem, do outro lado outra, elas estão se encontrando, sendo levadas pelo vento.” Determinantes – Cor Cromática  Examinando emite resposta levado pelo colorido.  Cor com forma precisa e bem definida (FC). Ex. diap. III “Uma borboleta dessas da primavera, colorida”.  Cor com forma imprecisa, não bem definida (CF). A forma é vaga e difusa, quando a resposta é de conteúdo gasoso, líquido e difuso, respostas associadas a sangue (pessoa sangrando), resposta manchas (manchas de tinta). Ex. diap. II (áreas verdes laterais): “duas coisas verdes”. Comentário: “são umas coisas verdes, não sei bem do que se tratam”. Determinantes - Cor Cor arbitrária (F/C e C/F). Conteúdo visto como colorido, mas que na realidade não se trata de uma cor autêntica mas de colorido artificial que levado a efeito por processo, quer de laboratório, quer de imagem fotográfica, passa a se convencionar como tal. Mapas, carta topográfica, imagem de radio ou fotografado. Com forma precisa (F/C) com forma imprecisa (C/F). Ex: diap. II “dois rins”. Comentário: “é a radiografia colorida de dois rins”. Cor forçada – F-C e C-F. atribui ao conteúdo uma cor que ele não tem. Ou verbaliza uma resposta com expressão cromática não compatível com a cor da mancha. Ex. diap. I : “Uma folha verde” O diap. I é preto. Forma bem definida F-C Se o conteúdo for vago ou impreciso é C-F : “Como se fosse uma folha verde, não tenho certeza.” Cor pura (C). Conteúdo sem forma visto como colorido. Respostas com líquido, nuvem, fogo, etc. Ex. diap. II “Cores”. Comentário: “Muitas cores e bonitas”. Ex. diap. III: “Sangue” Comentário: “sangue vermelho, escorrendo”. Cor descrita,(Cdesc) – o examinando simplesmente descreve as tonalidades ou nuance da cor. Ex: diapositivo II: “Cor marrom”. Comentário: “percebe-se um marrom mais claro e que pouco a pouco tem a tonalidade mais forte”. Cor simbólica, (Csimb) – cor pura usada por examinando como símbolo. Ex: diapositivo II: “Bons augúrios”. Comentário: “o verde é sinal de bons futuros, esperança”. Cor nomeada ou numerada (Cn) – o examinando apenas nomeia ou enumera as cores que visualiza. Ex: diapositivo II “três cores”, “Marrom, vermelho e verde”. 23
  • 24. Cor acromática (FC’, C’F, C’) – Conteúdo visto em área preta, cinza ou escura. FC’ – respostas de cor acromática com forma definida. Ex: diapositivo I “Inseto preto”. C’F – não tem forma definida. Ex: III, “pessoas ou extraterrestres”. Comentário: “não dá para precisar se pessoas deste planeta ou de outro, sei que estão vestidas de preto”. C’ – não tem forma nenhuma. Ex: I “Cores”. Comentário: “só vejo cores pretas, nada mais”. Determinantes – Sombreado O sujeito percebe o conteúdo, levado pela sombra deste projetada nas mais variadas dimensões. Sombreado radiológico (Fk, kF, k)- conteúdos radiográficos, de mapa geográfico ou de “negativos” Forma definida (Fk).Ex: I, “A radiografia de dois pulmões”. Forma não bem definida (kF). Ex: I, “pulmão”. Comentário: “dá idéia de pulmões, muito vagamente.” Sombreado tridimensional em plano bidimensional, sem forma (k). Ex: “uma radiografia”. Comentário: “uma radiografia, simplesmente”.  Sombreado perspectiva, (FK, KF, K) – conteúdo tridimensional.  Conteúdo visto em profundidade, forma definida (FK). Ex. II, “uma casa, com árvores atrás”. Comentário: “uma casa japonesa tendo dos lados mais atrás duas árvores verdes”.  Apenas alguma idéia de forma. Ex: I, “umas nuvens”. Comentário: “nuvens tomando forma de duas pessoas”.  Conteúdos difusos, disfóricos (nuvens, fumaça, noite, imensidão etc. Ex: I, “uma nuvem enorme”. Nada acrescentou no comentário.  Sombreado textura, (Fc, cF, c) – percepção tátil (suave, macio, fofo, áspero, rugoso etc.).  Forma definida (Fc). Ex: I, “um casaco”. Comentário: “de seda, pelas malhas macias”.  Forma vaga (cF). Ex: II, “como se fosse um terreno”. Comentário: “idéia não muito clara de um terreno muito arenoso, revestido de areia”.  Ausência de forma (c). Ex: I, “uma pelugem”. Comentário: “uma pelugem, só”. Vários de determinantes na mesma resposta  Regra básica: trata-se como principal aquele que mais chamou a atenção do examinando: aquele que aparece por primeiro na seqüência da verbalização, ou é mais repetido.  Dois ou mais determinantes na mesma resposta, ordem de prioridade: movimento humano – cromáticos – sombreado textura – forma – movimento animal – movimento inanimado – cores acromáticas – sombreado perspectiva/profundidade – sombreado radiológico. Conteúdos O que viu o examinando na resposta dada. Categorias mais freqüentes: Humano - H: figura humana inteira. Humano descaracterizado (H): conotações espirituais, sobrenaturais, mitológicas etc. Detalhe humano – Hd: membros externos do ser humano. Detalhe humano descaracterizado – (Hd). Animal – A: animal visto por inteiro. Animal descaracterizado (A): animal com alguma característica de pessoa, sobrenatural ou mitológica. Conteúdos – Categorias mais Freqüentes:  Detalhe animal – Ad: membros externos.  Detalhe animal descaracterizado: membro do animal com conotação humana.  Objeto – Obj: objeto para uso geral.  Objeto humano – Hobj: objeto para uso pessoal.  Objeto animal – Aobj: objeto para uso animal (coleira).  Objeto espacial – Objesp: constructo feito para voar.  Abstrato – Abstr: conteúdo de natureza abstrata.  Alimento – Al.  Anatômico – At: órgão interno (humano ou animal), ossos, conteúdo radiológico.  Planta – Pl. 24
  • 25.  Natureza – Nat: astros, minérios e metais.  Água – água.  Arte – Arte.  Nuvem – Nuv.  Geográfico – Geo: visto em mapa geográfico.  Arquitetônico – Arq: relacionado à arquitetura.  Mecânico – Mec.  Sangue – Sangue.  Sexo – Sex: parte ou órgão com função sexual.  Fogo – Fogo.  Máscara – Masc.  Explosão – Expl.  Cena – Cena: conteúdos humanos ou animais em ação dentro de cenário ou pano de fundo. Fenômenos Especiais  Choque ao branco – preocupação com o branco ao redor (exterior) das manchas. Sinal de ansiedade situacional mobilizando sentimentos de temor não objetivo, insegurança e às vezes inferioridade.  Choque ao vazio – dificuldades diante dos espaços em branco do interior dos 3 diapositivos. Críticas, desagrado, preocupação com o branco intermediário. Maior freqüência em crianças com sentimento de perda afetiva e adultos com dificuldades psicossexuais.  Choque acromático – dificuldades em relação às manchas escuras dos diapositivos I e II e que podem se manifestar através:  Comentário depreciativo sobre o diap.;  Comentários depreciativos sobre as manchas;  Diminuição da quantidade e qualidade de respostas;  Expressão de repugnância;  Choque cromático – perturbação diante dos estímulos coloridos dos diap. I e II manifestada por:  Comentário depreciativo sobre o diap.;  Comentários depreciativos sobre as manchas;  Diminuição da quantidade e qualidade de respostas;  Impressão de ter ficado chocado, diante do cartão colorido, sem dar resposta;  Expressão de repugnância;  Choque de exclamação – expressões não carregadas de emoção forte, como de estupefação. Ex: Ih! Bah! Hum, Hum!. Geralmente, ocorrem no primeiro contato com o diap. Sinal de ansiedade situacional, sem maior comprometimento.  Confabulações – significa fuga, uso comprometedor da fantasia. Ocorre com maior freqüência com transtorno neurótico.  Contaminação – sinal de dissociação do pensamento. Ocorre em transtornos esquizofrênicos.  Crítica à técnica – crítica às manchas ou ao teste. Ex: “Não seria melhor assim?” “Borrão mal feito”. Típico de defesas paranóides.  Idéia de autorreferência – identifica coisas suas, partes de si na mancha. Mais comum em transtorno esquizofrênico.  Idéia de referência – preocupação em descrever e ilustrar as verbalizações com coisas identificadas com as do seu relacionamento. Ocorre com pessoas demasiadamente confusas ou com transtorno neurótico.  Linguajar requintado – expressões rebuscadas, formais, de “termos esnobes”, “estrangeirismo”. Mais comum em casos de pessoas com epilepsia, com dificuldades ou transtorno psicossexual.  Mutilação – membros de animais ou pessoas, quebrado, acidentados etc. tendência sádica.  PO. Resposta de posição - Sinal de dissociação do pensamento. Específico de transtorno esquizofrênico. Pode aparecer também em pessoa com deficiência mental. Tabulação dos Dados  Computadas o total de respostas (R). 25
  • 26.  Percentual das demais variáveis são computadas dividindo-se o total de cada uma delas pelo total de respostas e multiplicando-se por 100  Ex: examinando teve 13 (R), 4 globais (G), 5 Detalhes comuns (D) e 3 Detalhes incomuns (Dd).  Classificação:  Total de R = 13;  Percentual de G = 4/13 x 100 = 30%.  Percentual de D = 6/13 x 100 = 46%.  Percentual de Dd = 3/13 x 100 = 23%  Os espaços em branco não devem ser computados, pois são avaliados junto com as 3 categorias. Mas, devem ser pela freqüência em número absoluto (incidência).  Determinantes e conteúdos  Obter o somatório de cores, usa-se a fórmula:  ΣC = (FC+ 2FC+ 3C)/2.  Protocolo para tabulação do Z-teste. Interpretação  Seleção da amostra desse estudo – 1341 pessoas em Porto Alegre. Os grupos em que se observaram maior discriminação é o das categorias de atividades profissionais, que deve ser levada em conta na análise do Z- teste. Número de Respostas por Diapositivo  Diapositivo I – representa a capacidade de adaptação inicial do sujeito diante de uma situação nova. Pessoas muito ansiosas perturbam-se com mais facilidade e tendem a descrever as manchas, a falar ou escrever demais, sem objetivar os conteúdos. Pessoas depressivas dão poucas respostas a esse estímulo.  Diapositivo II – mobiliza, além dos sentimentos de insegurança (S), o sistema afetivo emocional.  O diapositivo III – relaciona-se à capacidade de relacionamento interpessoal, criatividade e empatia. Pessoas empreendedoras, com poder de planejamento e senso de organização tendem a verbalizar resposta do tipo DG elaborada.  Diap III. Conteúdos de figura humana autêntica, em ação são considerados de boa qualidade, enquanto que os de humano descaracterizado, com conotações antropomórficas, sobrenaturais ou mitológicas indicam relacionamento interpessoal cauteloso, receoso e tímido.  A média de respostas por diap. pode variar de acordo com a profissão (tabela 2A). Oscila de 5,4 para operários a 8,3 para profissionais autônomos. Há tabelas de referência para nível de instrução e faixa etária.  Número de respostas elevado e quanto maior afastamento em relação à média de seu grupo é indicativo de obssessividade.  Se o pensamento lógico (F+%), as condições de controle geral (ΣF) e as de relacionamento afetivo (FC em proporção com CF+C), encontram-se dentro do “normal”, o elevado número de respostas como traço obsessivo, mas adequado inclusive à profissão, como se observou no grupo de farmacêutico.  Uma expressiva diminuição de respostas pode se indicativo de defensividade, ou depressão ou até um “déficit” intelectual.  Elevado número de respostas com detalhe diminuto (dd) – preocupação excessiva com minúcias em prejuízo da percepção do conjunto. Localizações  Localizações relacionam-se com o modo como a pessoa percebe racionalmente a realidade.  Respostas G (globais): percepção de síntese e capacidade de planejamento.  Respostas detalhes comuns(D): inteligência voltada para o concreto e pragmático.  Respostas detalhes incomuns (Dd): capacidade de análise, observação e bom senso.  Espaço em branco (S): interferência da ansiedade situacional. Globais: Percepção do conjunto e senso de organização  15 grupos de ocupação média de 12,83 e 37,48%. 26
  • 27.  Inteligência dirigida ao abstrato.  Global elaborada (DG): capacidade de planejamento e senso de organização.  Global elaborada com espaço branco (DSG): sinal de capacidade crítica. Consegue controlar a ansiedade (S) de forma crítica, sem perder a visão de conjunto. Globais  Globais cortadas (Gcort): inibição do pensamento e do senso crítico.  Presença de Gcort em avaliação psicotécnica normal (ansiedade).  DG confabulada e DG contaminada: uso inadequado da fantasia e fuga da realidade, atenção para a hipótese de transtorno esquizofrênico.  Índices globais inferiores à média – hipótese de pessoa pouco inteligente, síntese prejudicada e falta de visão de conjunto da realidade. Detalhes  Discernimento e senso de objetividade.  Detalhe comum (D): expressão do concreto, da percepção da realidade.  Diminuição de D – tendência a evitar o óbvio, pouco senso de realidade objetiva e inadaptação à realidade.  Acima o máximo da média – preocupação excessiva com minucias, rigorosidade.  Detalhes incomuns (Dd): capacidade de análise e senso de observação.  Quanto mais minuciosas e observadoras forem as pessoas, maior será seu índice percentual de Dd.  Detalhe inibitório(DO) – indicativo de tensão, ansiedade ou bloqueio emocional.  Detalhes internos (di) – tendências introspectivas.  Detalhe externo (de) – temor que a pessoa sente em se envolver, caso se entregue à participação profunda da questão. Maior freqüência em pessoas marcadas pela idealização, em neuróticos obsessivo-compulsivos e em esquizofrênicos forma paranóide. Espaço Branco (S)  Indicador de ansiedade situacional.  Sentimentos de insegurança, desprazer, tensão diante de uma dificuldade circunstancial a ser transposta pela pessoa.  S>2, o nível de ansiedade situacional está elevado e pode orientar a inteligência para críticas excessivas.  Ausência de S pode indicar rigidez, defesa do tipo paranóide ou mesmo negação. Determinantes  Representam os elementos dinâmicos da realidade.  Forma (F%): controle geral sobre impulsos e reações afetivo-motivacionais.  F% alto: controle demasiado, repressão dos afetos e emoções, com prejuízo na espontaneidade.  F% baixo: casos de pobreza intelectual, descontrole emocional e em pessoas com pouco senso de responsabilidade.  F% = funções do superego. Forma e Precisão Fomal (F+)  F+% = funcionamento adequado do pensamento lógico em seu aspecto de precisão, coerência e organização.  F+% baixo sem distúrbios afetivos pode tratar-se de baixo potencial de inteligência.  F+% baixo em pessoas com boa capacidade intelectual – interferência de fatores afetivos, em especial, estados depressivos. Movimento Humano (M)  Criatividade, espontaneidade e empatia.  Índice elevado - inteligência criativa ou propensão da pessoa testada a reações ou defesa de tipo maníaco. Este último revela-se especialmente se M vier combinado com CF e FM.  Ausência de M – freqüente em pessoas ansiosas, tensas, inibidas, depressivas ou pouco inteligentes.  Movimento de boa qualidade (M+): boas condições intelectuais e imaginação criadora. 27
  • 28.  M-: comuns em pessoas inibidas, ansiosas e de relacionamento interpessoal receoso e tenso. Movimento Animal (FM)  Relacionado a características da infância.  O que é de mais primário na estrutura da personalidade, representante dos instintos e impulsos.  FM elevado – pode significar imaturidade e infantilismo.  Ausência de FM – pessoa não tem senso de iniciativa, de competição. Movimento Inanimado (Fm+mF+m)  Refere-se a conflito psíquico.  Fm maior ou igual do que m+mF: pessoa está conseguindo discriminar racionalmente os fatores tensionantes e conviver com o conflito.  Fm é menor que m+mF : pessoa não consegue superar o conflito psíquico. Cor Cromática  CF (forma imprecisa): tendência a excitabilidade emocional, escapes agressivos e atitudes sem o adequado controle.  C (Cor pura): tendência a reação emocional intensa (apreciação, estima, admiração, amor e paixão, desprezo, ódio etc). Esperado freqüência baixa em pessoas normais  Condições afetivo-motivacionais.  Forma definida (FC): relacionamento afetivo adequado.  FC ≥ CF (forma imprecisa) + C (Cor pura): a pessoa é capaz de liberar os sentimentos e afetos de forma madura.  FC ≤ CF + C: dificuldades em reagir de modo adequado quanto ao relacionamento interpessoal.  Cor forçada (F-C e C-F) e cor arbitrária (F/C e C/F): nunca ocorreram no Z-teste coletivo. Pode significar relacionamento interpessoal cauteloso e tímido.  Cor descrita (Cdesc): não ocorreu no Z-teste coletivo. Reação à cor, pensamento desorganizado, o examinando tende a descrever a cor, pessoas limitadas de inteligência.  Cor pura (C): descontrole das emoções.  Cor nomeada ou numerada (Cn): perturbações emocionais que levam desorganização do processo lógico do pensamento – podem indicar esquizofrenia. Textura (Fc,cF,c)  Contato humano e interação social.  Fc ≥ cF+c : atitudes adequadas de contato; por outro lado, pessoas que não buscam ou investem afeto adequadamente. Cor Acromática (FC’,C’F,C’)  Depressão: a pessoa tende a evitar estímulos que lhe possam mobilizar reações emocionais e sentimentos para o mundo exterior.  Comprometedor quando FC’≤ C’F + C, especialmente na presença de C’ (pura), pode indicar depressão crônica. Sombreado Radiológico (Fk,kF,k)  Ansiedade e adaptação racional.  Fk (forma precisa): recorrer à intelectualização para enfrentar uma situação tensionante.  K (sem forma): ante a situação de tensão, sentimentos de insegurança se elevam, não tem condições de suportá-la.  kF (forma vaga): controle da ansiedade de forma precária.  Índice Fk ≥ (kF + k): defesa da ansiedade pela intelectualização. Sombreado Perspectiva (FK,KF,K)  Ansiedade e adaptação afetiva. 28
  • 29.  FK (forma definida): ante a tensão e pressão externa se mobiliza e entra sofrimento, mas pode fazer autocrítica e elaborar o sofrimento.  KF e K: ante a tensão entra em sentimento de insegurança, sem ter adequada defesa. Sem tolerância para tensão e frustração. Conteúdos  Sofrem maior influência do meio e cultura do que os outros elementos.  Pessoas flexíveis tendem a dar 3 ou mais categorias de conteúdos.  Menos de 3 categorias, tendem a ser pessoas estereotipadas e inflexíveis até mesmo na conduta.  Conteúdos humanos (H+Hd): capacidade relacionamento com a pessoas.  Conteúdos humanos descaracterizados (H) e (Hd): relacionamento interpessoal receoso, cauteloso e controlador.  Animal (A+Ad): comum em crianças e pessoas de menor nível educacional. Índice elevado pode ser indicativo de estereotipa do pensamento, pouca flexibilidade.  Anatômico (Ant.): uso da intelectualização para tolerar a ansiedade, tensão e frustração. Exceto área médica.  Plant (Pl): aparece bastante, principalmente em pessoas do interior. Em tais casos não deve ser interpretado como afeto primário. Respostas Populares Habilidade, condições que a pessoa tem para perceber as coisas, as situações, a realidade como elas são, em consonância com a cultura. Espera-se que 25% das respostas de um pessoa considerada ajustada ao convívio social seja de respostas populares. AS PIRÂMIDES COLORIDAS DE PFISTER HISTÓRICO  Max Pfister (1889-1958) – interessava-se por artes, foi arquiteto, bailarino e coreógrafo.  Por problemas de saúde afastou-se da dança e fez formação em Psicologia.  Como trabalho de conclusão de curso criou as técnicas das pirâmides coloridas para avaliação da personalidade.  Impressões subjetivas que as cores produziam nas pessoas.  A estrutura da pirâmide facilita o aparecimento de grande variedade de configurações.  No Brasil, a primeira publicação foi em 1956. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  Cor  Elemento natural, simbolismo “universais”.  Simbolismos. Ex: Paixão de Cristo – uso da cor violeta ou roxa.  Percepção visual: ondas eletromagnéticas;  Emoções – definição: sensações subjetivas que ocorrem em resposta a um fator estimulante.  As cores como as emoções prestam-se mais a serem sentidas do que compreendidas. APLICAÇÃO  Material:  Jogos com quadrículos coloridos – 10 cores, 24 tonalidades;  3 cartelas com esquema da pirâmide;  Folha de protocolo;  Mostruário de cores;  Pode ser utilizada com crianças desde os 7 anos até indivíduos idosos. 29
  • 30.  Excluir pessoas com deficiência em distinguir cores (ex. daltônicos).  Aplicado de modo individual.  Tempo de aplicação estimado em 15 minutos. Instruções: “Aqui temos uma grande quantidade de papeizinhos com cores e tonalidades diversas (nesse momento, abrir a caixa contendo os quadrículos e despejá-los sobre a mesa, misturando levemente) e o esquema de uma pirâmide (mostrar apenas o primeiro cartão). Cobrindo-se os espaços da pirâmide usando as cores que quiser, pode trocar ou substituir à vontade, até que a pirâmide fique do seu gosto, fique bonita para você. Alguma dúvida? Então pode começar”. Deve-se anotar tudo o que o examinado faz: comentários, atitude, escolha da cor e o lugar em que está colocada no esquema. Cada cor e espaço do esquema tem um código. No caso de trocas, continua-se o registro normalmente, na seqüência, não se deve apagar a cor que foi substituída. Ao terminar a primeira pirâmide, retira-se o trabalho com cuidado de não desmanchá-lo, colocando-o de modo que o sujeito não mais possa vê-lo, e apresenta-se o segundo esquema, dizendo: “Agora gostaria que fizesse outra e depois há mais uma ser feita”. Terminado as 3 pirâmides, mostramos as 3 alinhadas na frente do examinando na ordem que foram feitas, da esquerda para a direita, e perguntamos: Qual delas você acha que ficou mais bonita, de qual você mais gosta? Por quê? De qual delas menos gosta? Aqui no teste, qual a cor preferida? De qual cor do material você menos gostou? Esse inquérito permite apreender impressões e reflexões do sujeito, bem como verificar a coerência de seus comentários e produções. ANÁLISE DOS RESULTADOS Transpor o que foi registrado para as pirâmides impressas na folha de correção. Contagem das cores utilizadas em cada pirâmide para depois transformar tais valores em porcentagens. Classificar o processo de execução, o modo de colocação e o aspecto formal de cada uma das 3 pirâmides. Registrar as variações cromáticas e as variações de matizes para cada pirâmide. Realizar a fórmula cromática. PROCESSO DE EXECUÇÃO E MODO DE COLOCAÇÃO Processo de execução = maneira como a pessoa aborda a tarefa Modo de colocação = o jeito como a pessoa dispões as cores sobre o esquema da pirâmide. Definem boa parte do comportamento durante a prova. Execução metódica ou sistemática: executa as 3 pirâmides usando o mesmo procedimento no que diz respeito ao modo de colocação dos quadrículos sobre o esquema. Atitude = bastante organização, meticulosidade ou mesmo rigidez. PROCESSO DE EXECUÇÃO Execução ordenada: segue um padrão de colocação mais ou menos constante (organização), mas permite alguma variação (flexibilidade). Execução desordenada: variação constante no processo de elaboração das 3 pirâmides, alterando-se o modo de colaboração para cada pirâmide ou procedendo muitas trocas e alterações no ritmo. Pode refletir uma atitude displicente ou ansiosa. Execução relaxada: modo exageradamente desordenado de executar a tarefa, variando o modo de colocação nas 3 pirâmides. Parece não haver preocupação com bom trabalho. MODO DE COLOCAÇÃO Maneira como o indivíduo dispões os quadrículos no esquema para cada pirâmide. Colocação ascendente: preenche partindo da base em direção ao topo. Compatível com o princípio lógico da construção de um pirâmide. Colocação descendente: preenche partindo do topo para a base. Mais comum em crianças e pode indicar instabilidade e insegurança. 30