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Pré-Romantismo no Brasil
Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;
Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura.
(Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas)
Des / tes pe /nhas/cos /fez/ a /na/tu/re/za
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que en/tre / pe/nhas / tão / du/ras /se/ cri/a/ra
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;
Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura.
(Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas)
Características do texto
 Soneto (forma clássica);
 Poema regular;
 Espécie de diálogo entre o homem e a natureza;
 Aproximação entre Barroco e Arcadismo:
a) raciocínio antitético “brandura” x “dureza”;
b) alia tradição barroca às novidades árcades;
c) clima “inquietante” em alguns poemas de Cláudio
Manuel da Costa, o Glauceste Satúrnio.
Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;
Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura.
(Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas)
Lira XIV
Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos deuses
sujeitos ao poder do ímpio Fado:
Apolo já fugiu do céu brilhante,
Já foi Pastor de gado.
A devorante mão da negra morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
até na triste campa não podemos
zombar do braço da inconstante sorte:
qual fica no sepulcro,
que seus avós ergueram, descansados
qual no campo, e lhe arranca os frios ossos
ferro do torto arado.
Ah! enquanto os Destinos impiedosos
não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
os nossos breves dias mais ditosos.
Um coração que frouxo
a grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.
Ornemos nossas testas com as flores,
e façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos amores.
Sobre as nossas cabeças,
sem que o possam deter, o tempo corre;
e para nós o tempo, que se passa,
também, Marília, morre.
Com os anos, Marília, o gosto falta,
e se entorpece o corpo já cansado;
triste o velho cordeiro está deitado,
e o leve filho, sempre alegre salta.
A mesma formosura
é dote, que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
que vão passando os florescentes dias?
As glórias, que vêm tarde, já vêm frias,
e pode enfim mudar-se a nossa estrela.
Ah! Não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças
E ao semblante a graça!
(Tomás Antônio Gonzaga – Marília de Dirceu)
Lira XIV
Mi / nha / be / la / Ma / rí / lia, / tu /do / pa / ssa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Es / tão / os / mês / mos / deu / ses
sujeitos ao poder do ímpio Fado:
Apolo já fugiu do céu brilhante,
Já foi Pastor de gado.
A devorante mão da negra morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
até na triste campa não podemos
zombar do braço da inconstante sorte:
qual fica no sepulcro,
que seus avós ergueram, descansados
qual no campo, e lhe arranca os frios ossos
ferro do torto arado.
Ah! enquanto os destinos impiedosos
não voltam contra nós a face irada,
façamos, sim façamos, doce amada,
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Um coração que frouxo
a grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.
Ornemos nossas testas com as flores,
e façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos amores.
Sobre as nossas cabeças,
sem que o possam deter, o tempo corre;
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Com os anos, Marília, o gosto falta,
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A mesma formosura
é dote, que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
que vão passando os florescentes dias?
As glórias, que vêm tarde, já vêm frias,
e pode enfim mudar-se a nossa estrela.
Ah! Não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças
E ao semblante a graça!
(Tomás Antônio Gonzaga – Marília de Dirceu)
Características do texto
 Oitava (apesar de haver mescla de liras*, sonetos e odes);
 Variabilidade métrica e rítmica;
 Lembra o carpe diem (“colher o dia”, “gozar o momento”);
 Aproximação entre Arcadismo e Romantismo:
a) emoção vivida prevalece sobre a Ilustração:
Exemplo: descrição trágica da morte, ferindo as
convenções do Arcadismo;
b) poesia lírica de Dirceu anuncia o Romantismo pela sua
menor regularidade formal e pelos seus momentos de
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Diferenças entre o Barroco e o Arcadismo
BARROCO ARCADISMO
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OPOSIÇÃO ENTRE O MUNDO MATERIAL E
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SENTIMENTO DE CULPA CRISTÃO
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CONVENCIONAL DA ARTE
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O ARTISTA É UM ARTESÃO O ARTISTA É UM CRIADOR
ELITISMO DA ARTE DEMOCRATIZAÇÃO DA ARTE
Referências
ABREU-TARDELLI, L.; ODA, L. S.; CAMPOS, M.T.A; TOLEDO,
S. Português vozes do mundo: literatura, língua e
produção de texto. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
AMARAL, E.; ANTÔNIO, S.; PATROCÍNIO, M. F. Português:
redação, gramática, literatura e interpretação de texto.
São Paulo: Nova Cultural, 1999.
CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T.C. Português, linguagens,
1. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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  • 2. Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci: oh! quem cuidara Que entre penhas tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza! Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra meu coração guerra tão rara Que não me foi bastante a fortaleza. Por mais que eu mesmo conhecesse o dano A que dava ocasião minha brandura, Nunca pude fugir ao cego engano; Vós que ostentais a condição mais dura, Temei, penhas, temei: que Amor tirano Onde há mais resistência mais se apura. (Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas)
  • 3. Des / tes pe /nhas/cos /fez/ a /na/tu/re/za O berço em que nasci: oh! quem cuidara Que en/tre / pe/nhas / tão / du/ras /se/ cri/a/ra Uma alma terna, um peito sem dureza! Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra meu coração guerra tão rara Que não me foi bastante a fortaleza. Por mais que eu mesmo conhecesse o dano A que dava ocasião minha brandura, Nunca pude fugir ao cego engano; Vós que ostentais a condição mais dura, Temei, penhas, temei: que Amor tirano Onde há mais resistência mais se apura. (Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas)
  • 4. Características do texto  Soneto (forma clássica);  Poema regular;  Espécie de diálogo entre o homem e a natureza;  Aproximação entre Barroco e Arcadismo: a) raciocínio antitético “brandura” x “dureza”; b) alia tradição barroca às novidades árcades; c) clima “inquietante” em alguns poemas de Cláudio Manuel da Costa, o Glauceste Satúrnio.
  • 5. Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci: oh! quem cuidara Que entre penhas tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza! Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra meu coração guerra tão rara Que não me foi bastante a fortaleza. Por mais que eu mesmo conhecesse o dano A que dava ocasião minha brandura, Nunca pude fugir ao cego engano; Vós que ostentais a condição mais dura, Temei, penhas, temei: que Amor tirano Onde há mais resistência mais se apura. (Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas)
  • 6. Lira XIV Minha bela Marília, tudo passa; A sorte deste mundo é mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça. Estão os mesmos deuses sujeitos ao poder do ímpio Fado: Apolo já fugiu do céu brilhante, Já foi Pastor de gado.
  • 7. A devorante mão da negra morte Acaba de roubar o bem, que temos; até na triste campa não podemos zombar do braço da inconstante sorte: qual fica no sepulcro, que seus avós ergueram, descansados qual no campo, e lhe arranca os frios ossos ferro do torto arado.
  • 8. Ah! enquanto os Destinos impiedosos não voltam contra nós a face irada, Façamos, sim façamos, doce amada, os nossos breves dias mais ditosos. Um coração que frouxo a grata posse de seu bem difere, A si, Marília, a si próprio rouba, E a si próprio fere.
  • 9. Ornemos nossas testas com as flores, e façamos de feno um brando leito; Prendamo-nos, Marília, em laço estreito, Gozemos do prazer de sãos amores. Sobre as nossas cabeças, sem que o possam deter, o tempo corre; e para nós o tempo, que se passa, também, Marília, morre.
  • 10. Com os anos, Marília, o gosto falta, e se entorpece o corpo já cansado; triste o velho cordeiro está deitado, e o leve filho, sempre alegre salta. A mesma formosura é dote, que só goza a mocidade: Rugam-se as faces, o cabelo alveja, mal chega a longa idade.
  • 11. Que havemos de esperar, Marília bela? que vão passando os florescentes dias? As glórias, que vêm tarde, já vêm frias, e pode enfim mudar-se a nossa estrela. Ah! Não, minha Marília, Aproveite-se o tempo, antes que faça o estrago de roubar ao corpo as forças E ao semblante a graça! (Tomás Antônio Gonzaga – Marília de Dirceu)
  • 12. Lira XIV Mi / nha / be / la / Ma / rí / lia, / tu /do / pa / ssa; A sorte deste mundo é mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça. Es / tão / os / mês / mos / deu / ses sujeitos ao poder do ímpio Fado: Apolo já fugiu do céu brilhante, Já foi Pastor de gado.
  • 13. A devorante mão da negra morte Acaba de roubar o bem, que temos; até na triste campa não podemos zombar do braço da inconstante sorte: qual fica no sepulcro, que seus avós ergueram, descansados qual no campo, e lhe arranca os frios ossos ferro do torto arado.
  • 14. Ah! enquanto os destinos impiedosos não voltam contra nós a face irada, façamos, sim façamos, doce amada, os nossos breves dias mais ditosos. Um coração que frouxo a grata posse de seu bem difere, A si, Marília, a si próprio rouba, E a si próprio fere.
  • 15. Ornemos nossas testas com as flores, e façamos de feno um brando leito; Prendamo-nos, Marília, em laço estreito, Gozemos do prazer de sãos amores. Sobre as nossas cabeças, sem que o possam deter, o tempo corre; e para nós o tempo, que se passa, também, Marília, morre.
  • 16. Com os anos, Marília, o gosto falta, e se entorpece o corpo já cansado; triste o velho cordeiro está deitado, e o leve filho, sempre alegre salta. A mesma formosura é dote, que só goza a mocidade: Rugam-se as faces, o cabelo alveja, mal chega a longa idade.
  • 17. Que havemos de esperar, Marília bela? que vão passando os florescentes dias? As glórias, que vêm tarde, já vêm frias, e pode enfim mudar-se a nossa estrela. Ah! Não, minha Marília, Aproveite-se o tempo, antes que faça o estrago de roubar ao corpo as forças E ao semblante a graça! (Tomás Antônio Gonzaga – Marília de Dirceu)
  • 18. Características do texto  Oitava (apesar de haver mescla de liras*, sonetos e odes);  Variabilidade métrica e rítmica;  Lembra o carpe diem (“colher o dia”, “gozar o momento”);  Aproximação entre Arcadismo e Romantismo: a) emoção vivida prevalece sobre a Ilustração: Exemplo: descrição trágica da morte, ferindo as convenções do Arcadismo; b) poesia lírica de Dirceu anuncia o Romantismo pela sua menor regularidade formal e pelos seus momentos de intensidade emotiva.
  • 19. Diferenças entre o Barroco e o Arcadismo BARROCO ARCADISMO CONFLITO VISÃO ANTROPOCÊNTRICA E TEOCÊNTRICA ANTROPOCENTRISMO OPOSIÇÃO ENTRE O MUNDO MATERIAL E O MUNDO ESPIRITUAL, FÉ E RAZÃO RACIONALISMO, BUSCA DO EQUILÍBRIO RESTAURAÇÃO DA FÉ RELIGIOSA MEDIEVAL IMITAÇÃO DOS CLÁSSICOS RENASCENTISTAS IDEALIZAÇÃO AMOROSA, SENSUALISMO, SENTIMENTO DE CULPA CRISTÃO IDEALIZAÇÃO AMOROSA, NEOPLATONISMO, CONVENCIONALISMO AMOROSO CONSCIÊNCIA TRÁGICA DA EFEMERIDADE DO TEMPO, CARPE DIEM FUGERE URBEM, CARPE DIEM, AUREA MEDIOCRITAS GOSTO PELOS RACIOCÍNIOS COMPLEXOS, BUSCA DE CLAREZA DAS IDEIAS MORBIDEZ PASTORISMO, BUCOLSMO UNIVERSALISMO INFLUÊNCAS DA CONTRARREFORMA ILUMINISMO
  • 20. Diferenças entre o Arcadismo e o Romantismo ARCADISMO ROMANTISMO PREDOMÍNIO DA RAZÃO PREDOMÍNIO DA FANTASIA, IMAGINAÇÃO OBJETIVIDADE SUBJETIVIDADE TEMAS PAGÃOS GRECO-LATINOS TEMAS CRISTÃOS E NACIONAIS / HISTÓRICOS RIGOR NA CRIAÇÃO (MÍMESE – IMITAÇÃO) LIBERDADE CRIADORA ERUDIÇÃO VALORIZAÇÃO DA ARTE POPULAR A NATUREZA COMO CENÁRIO IDENTIFICAÇÃO ENTRE POETA E NATUREZA AUREA MEDIOCRITAS (DESPREZO PELOS EXCESSOS) VALORIZAÇÃO DA PAIXÃO (SENTIMENTALISMO, EMOÇÃO) PREDOMÍNIO DO CARÁTER CONVENCIONAL DA ARTE PREDOMÍNIO DA ORIGNALIDADE O ARTISTA É UM ARTESÃO O ARTISTA É UM CRIADOR ELITISMO DA ARTE DEMOCRATIZAÇÃO DA ARTE
  • 21. Referências ABREU-TARDELLI, L.; ODA, L. S.; CAMPOS, M.T.A; TOLEDO, S. Português vozes do mundo: literatura, língua e produção de texto. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. AMARAL, E.; ANTÔNIO, S.; PATROCÍNIO, M. F. Português: redação, gramática, literatura e interpretação de texto. São Paulo: Nova Cultural, 1999. CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T.C. Português, linguagens, 1. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.