3. Max Weber e o capitalismo
O capitalismo é compreendido com à extrema
valorização do trabalho, da prática, de uma profissão
na busca da salvação individual. A criação de riquezas
pelo trabalho e poupança seria um sinal de que o
indivíduo pertenceria ao grupo dos predestinados.
O objetivo do capitalismo é, sempre e em todo lugar,
aumentar a riqueza alcançada, aumentar o capital.
4. Karl Marx e o capitalismo
O capitalismo é um modo de produção cujos meios
estão nas mãos dos capitalistas, que constituem uma
classe distinta da sociedade.
Segundo Marx, propriedade privada, divisão social
do trabalho e troca são características fundamentais
da sociedade produtora de mercadorias.
5. Paul Singer e o capitalismo
Um sistema de valores (capital) à procura de inversão
lucrativa, inversão esta que pressupõe um mercado,
uma demanda solvável, uma necessidade virtual ou
real que pode ser explorada mercantilmente.
O que move o capitalismo é o capital. O capital é valor
que se valoriza, valor que engendra mais valor.
6. Claude Jessua e o capitalismo
Sistema socioeconômico cuja finalidade é a de crescer,
sendo o crescimento das riquezas procedente de
forma cumulativa. Em outras palavras, um estado que
permanece estacionário é estranho a essência do
capitalismo.
7. O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
DO CAPITALISMO
O capitalismo é o sistema econômico baseado na lei da
oferta e da procura, cuja maior finalidade é a obtenção de
lucro (acumulo de capital).
O sistema capitalista apresentou grande dinamismo ao
longo de sua história e foi se transformando à medida que os
desafios à sua expansão foram surgindo.
Com, o tempo sobrepôs a outros sistemas de produção, até
se tornar hegemônico, o que é incontestável nos dias de
hoje. Esse sistema é também chamado de economia de
mercado.
8. Características do sistema
capitalista
Predomínio da propriedade privada dos meios de produção, ou seja,
terras fábricas, minas, bancos, entre outros.
Divisão da sociedade em classes: os capitalistas, donos do meios de
produção, e os trabalhadores, que vendem sua força de trabalho para os
capitalistas.
Mecanismos de mercado regidos pelos grandes grupos capitalistas. Há
uma busca constante pelo lucro, que é investido em novas tecnologias
para a obtenção de maior rentabilidade e, consequentemente, maiores
lucros.
Crises cíclicas que ocorrem em determinados momentos históricos
devido a fatores relacionados à superprodução a problemas políticos.
9. As fases do capitalismo
Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-
se dividir o capitalismo em quatro fases:
1. Capitalismo comercial;
2. Capitalismo industrial;
3. Capitalismo financeiro;
4. Capitalismo técnico-científico informacional.
10.
11. Capitalismo comercial
Estendeu-se do fim do século XV até o século XVIII e foi marcada
pela expansão marítima das potências econômicas da Europa
Ocidental na época (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc.)
Nessa época, as trocas comerciais proporcionaram grande acumulo
de capitais. A economia funcionava segundo a doutrina mercantilista.
O mercantilismo foi uma doutrina econômica adotada pelas
monarquias nacionais nos séculos XV ao XVIII e baseava-se na
intervenção do Estado na economia.
O objetivo era acumular riquezas por meio da instalação de colônias e
da estruturação do comércio mundial. Isso incluía a manutenção de
uma balança comercial favorável.
12.
13. Um dos principais objetivos dos países europeus passou a
ser exploração de recursos naturais das colônias e a
ampliação do mercado.
Estabeleceu-se, assim, uma divisão internacional do
trabalho (DIT). As colônias passaram a constituir uma
economia complementar em que vendiam produtos a
baixos preços, compravam a preços mais elevados e
produziam apenas o que a metrópoles não produziam,
café, algodão, açúcar.
14. Capitalismo industrial
Corresponde a fase da Primeira e da Segunda Revolução industrial
ocorridos no final do século XVIII, na Europa Ocidental (Reino
Unido).
Um de seus aspectos mais importantes foi o aumento da capacidade
de transformação da natureza, por meio da utilização de máquinas
hidráulicas e a vapor, com grande incremento no volume de
mercadorias produzidas e conseqüente necessidade de ampliação do
mercado consumidor em escala mundial.
Foi também marcado por uma crescente aceleração da circulação de
pessoas e mercadorias, graças à expansão das redes de transporte
terrestre e marítimo.
15. O comércio não era mais a essência do sistema. Nessa nova fase, o
lucro provinha principalmente da produção de mercadorias realizada
por trabalhadores assalariados.
O regime assalariado é, a relação de trabalho mais adequada ao
capitalismo e se disseminou à medida que o capital se acumulava em
grande escala nas mãos dos donos dos meios de produção, gerando
lucro para o capitalista e mais-valia ao trabalhador.
O papel do Estado começou a mudar nesta época. A doutrina que
melhor correspondia aos anseios da burguesia era a o liberalismo
econômico.
Adam Smith em seu livro a riqueza das nações, defendia o individuo
contra o poder do Estado e acreditava que cada um, ao buscar seu
próprio interesse, contribuiria para o interesse coletivo de modo mais
eficiente.
16. O Estado não deveria mais atuar nem intervir na economia, mas
apenas garantir a livre concorrência entre as empresas(laissez-faire,
laissez-passer).
Os princípios liberais aplicados às trocas comerciais internacionais
redundaram na defesa do livre comércio, ou seja, da redução e até
abolição das barreiras para a livre circulação das mercadorias.
17. Capitalismo financeiro
Surge no final do século XIX, sendo marcante o processo de
concentração e centralização de capitais. Empresas foram criadas e
cresceram rapidamente: indústrias, bancos, casas comerciais,
corretores.
Houve fusões e incorporações que resultaram na formação de
monopólios e oligopólios.
Uma das características mais importantes desse período foi a
introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo
produtivo, fazendo surgir as multinacionais.
18. O crescente aumento da produção e a industrialização expandiu-
se para outros países, acirrou-se a concorrência.
Foi nesse contexto que ocorreu a expansão
imperialista(neocolonial) no século XIX, na África e na Ásia –
Conferência de Berlim(1884-1885), como forma de explorar
matéria prima e gerar novos mercados consumidores.
Essa partilha imperialista consolidou a Divisão Internacional do
Trabalho pela, qual as colônias se especializaram em fornecer
matérias primas baratas para os países centrais e destes
comprando os produtos manufaturados.
19. A DIT marcou a organização do espaço sob o capitalismo. As relações
centro-periferia foram, em grande parte, fundamentadas pela divisão
entre os países industriais e os países primários exportadores.
A DIT, no entanto, não é inalterável; ela se modifica de acordo com a
conjuntura internacional. As crises do capitalismo levam a
reestruturações econômicas e espaciais, podendo mudar o papel dos
países nessa divisão.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a formação do bloco
socialista, uma nova DIT se apresentou. Alguns países
subdesenvolvidos passaram a exportar além de matérias primas
também produtos industrializados(economias emergentes).
20. As crises do sistema capitalista
A primeira grande crise do capitalismo ocorreu com a grande guerra
provocados pelo imperialismo das grandes potências. Ressentimentos
nacionalistas e rivalidades políticas e econômicas provocavam crises
permanentes.
O progresso da indústria, a necessidade de escoar os produtos
industrializados e a busca por novas matérias primas e alimentos
contribuíram pelas novas conquistas coloniais.
A internacionalização do capital, que atraiu a oposição do
nacionalismo econômico abalou os fundamentos da civilização
européia, pôs em risco sua hegemonia e abriu espaço para entrada de
novos personagens no cenário econômico mundial
21. A crise econômica de 1929
O enxugamento dos recursos financeiros internos provocou
diminuição da quantidade de moeda corrente para compra de
produtos. Houve aumento excessivo da produção por parte das
empresas durante a década de 1920.
Com o tempo, o mercado consumidor não era mais capaz de absorver
a produção industrial o que levou a diminuição da produção e ao
desemprego.
Uma onda de especulação nas bolsas de valores. Os investidores eram
atraídos por lucros que não eram mais gerados no sistema produtivo.
Cada um comprava as ações pela “certeza” que as venderia por um
preço mais elevado.
22. OS EFEITOS DA CRISE
Em outubro de 1929, ocorreu a quebra da bolsa em New York: Os preços
das ações despencaram. Os investidores correram para se desfazer de
seus papéis, a qualquer preço.
A crise de 1929 foi o marco inicial de um período de recessão econômica
e desemprego que se estendia em todo mundo. Em muitos países, o
Estado passou a interferir na economia.
O New Deal (novo acordo), programa econômico e social, voltado ao
combate ao desemprego e á ajuda aos carentes. Na Europa cria-se o
“Estado do bem-estar social”. Uma política de garantia de saúde,
educação e aposentadoria aos cidadãos.
23. CARTEL – Conjunto de empresas que atuam no mesmo setor
da economia e estabelece acordos visando à ampliação de suas
margens de lucro.
TRUSTE – É o resultado de processos de concentração e
centralização de capitais, que levam a fusões e incorporações
de uma mesma cadeia produtiva em determinado setor da
produtividade.
MONOPÓLIOS – Situação em que uma única empresa
domina a oferta de determinado produto ou serviço. Quando
o mercado é dominado por uma estrutura monopolista, os
preços são fixados pela empresa monopolizadora e não pelas
leis de mercado, garantindo-lhe superlucros.
As praticas do capitalismo
financeiro
24. OLIGOPÓLIOS – Conjunto de empresas que domina determinado
setor da economia ou produto colocado no mercado. Em geral, impõe
preços abusivos e elimina a possibilidade de concorrência, através da
aquisição de pequenas empresas. Verifica-se oligopolização no setor
automobilístico farmacêutico e química fina estabelecendo cotas de
produção em áreas que exigem grandes investimentos.
HOLDING – Conjunto de empresas dominadas por uma empresa
central que detém a maioria ou parte significativa das ações das
subsidiárias (formam os conglomerados). Os maiores conglomerados
do mundo são norte americano e japonês. General Eletric / General
Motors – Estados Unidos; Sony – Japão; Fiat – Itália.
26. A reordenação econômica pós
guerra - 1945
Na conferência de Bretton Woods em julho, de 1944 nos Estados
Unidos lançou-se um plano que visava garantir a reconstrução e a
estabilidade da economia mundial.
Durante a conferência foram constituídos dois organismos atuantes
no cenário político econômico e financeiro mundial:
BIRD – Financiar a reconstrução dos países devastados pela guerra;
visa também o desenvolvimento dos países membros.
27. FMI – Zelar pela estabilidade financeira mundial, garantir
empréstimos a curto prazo aos países que estivessem com
dificuldades para fechar seu balanço de pagamento. O FMI zelaria
também pela estabilidade das taxas de câmbio e pelo padrão de
referência do dólar.
Para completar as medidas econômicas foi constituído em 1947 o
GATT que mais tarde passou a ser denominado de OMC. O
objetivo estimular o comércio mundial combatendo medidas
protecionistas.
ONU – Criada com o objetivo de preservar a paz e a segurança no
mundo. Além de promover a cooperação internacional para
resolver questões econômicas, sociais, culturais e humanitárias.
O conselho pode investir disputas e conflitos internacionais ou
no interior de um país, propor soluções visando acordos de paz e
adotar sanções diplomáticas e bloqueio econômico.