A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 na Bahia entre um movimento popular liderado por Antônio Conselheiro e o exército da República. A situação precária no Nordeste levou à revolta em Canudos, que resistiu por 10 meses até ser destruída pelas tropas federais após pedido de apoio do governo da Bahia. A violência oficial foi usada para calar aqueles que lutavam por direitos sociais.
2. Guerra De Canudos
A chamada Guerra de Canudos, revolução
de Canudos ou insurreição de Canudos, foi
o confronto entre um movimento popular de
fundo sócio-religioso e o Exército da
República, que durou de 1896 a 1897, na então
comunidade de Canudos, no interior do estado
da Bahia, no Brasil.
3. Guerra de Canudos
Período: 7 de novembro de 1896 - 5 de
outubro de 1897 (10 meses)
Local:Interior do sertão baiano
Resultado: Vitória das tropas federais e destruição
total da cidade de Canudos
5. Contexto Histórico
A situação do Nordeste brasileiro, no final do século
XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e
abandono político afetavam os
nordestinos, principalmente a população mais carente.
Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo
religioso, desencadeou um grave problema social. Em
novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este
conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de
outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da
Bahia pediu o apoio da República para conter este
movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos
sem emprego.
7. Conflitos Militares
Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em
combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem
sucedida. Os sertanejos e jagunços se armaram e
resistiram com força contra os militares. Na quarta
tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas
federais. Militares de várias regiões do Brasil, usando
armas pesadas, foram enviados para o sertão baiano.
Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de
forma brutal e até injusta. Crianças, mulheres e idosos
foram mortos sem piedade. Antônio Conselheiro foi
assassinado em 22 de setembro de 1897.
10. Antonio Conselheiro
Antônio Vicente Mendes
Maciel, conhecido popularmente como
Antônio Conselheiro, foi um
beato, líder religioso e social brasileiro.
Conselheiro Foi um dos Líderes da
Revolta de Canudos. Nasceu em
Quixeramobim (Ceará) em 13 de março
de 1830 e faleceu em Canudos (Bahia)
em 22 de setembro de 1897.
Considerado um fora da lei pelas
autoridades nordestina, Antônio
Conselheiro peregrinava pelo sertão do
Nordeste (marcado pela seca, fome
miséria), levando mensagens religiosas
e conselhos sociais para as populações
carentes. Conseguiu uma grande
quantidade de seguidores, sendo que
muitos o consideravam santo.
11. Antônio Conselheiro morto, em sua única foto
conhecida, tirada por Flávio de Barros no dia 6 de outubro de
1897.
13. A Luta Social
Pode-se dizer que este acontecimento histórico
representou a luta pela libertação dos pobres que
viviam na zona rural, e, também, que a resistência
mostrada durante todas as batalhas ressaltou o
potencial do sertanejo na luta por seus ideais.
Euclides da Cunha, em seu livro Os
Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a
importância da luta social na história de nosso país.
14. Conclusão
Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da
República, mostra o descaso dos governantes com
relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim
como as greves, as revoltas que reivindicavam
melhores condições de vida ( mais empregos, justiça
social, liberdade, educação etc), foram tratadas como
"casos de polícia" pelo governo republicano. A
violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na
tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos
sociais e melhores condições de vida.