2. A chamadaA chamada Guerra de CanudosGuerra de Canudos,,
revolução de Canudos ou insurreiçãorevolução de Canudos ou insurreição
de Canudos, foi o confronto entre ode Canudos, foi o confronto entre o
Exército da República e umExército da República e um
movimento popular de fundo sócio-movimento popular de fundo sócio-
religioso liderado por Antônioreligioso liderado por Antônio
Conselheiro, que durou de 1896 aConselheiro, que durou de 1896 a
1897, na então comunidade de1897, na então comunidade de
Canudos, no interior do estado daCanudos, no interior do estado da
Bahia, no Brasil.Bahia, no Brasil.
3.
4. O episódio foi fruto de uma série deO episódio foi fruto de uma série de
fatores como a grave crisefatores como a grave crise
econômica e social em queeconômica e social em que
encontrava a região à época,encontrava a região à época,
historicamente caracterizada pelahistoricamente caracterizada pela
presença de latifúndios improdutivos,presença de latifúndios improdutivos,
situação essa agravada pelasituação essa agravada pela
ocorrência de secas cíclicas, deocorrência de secas cíclicas, de
desemprego crônico; pela crençadesemprego crônico; pela crença
5. numanuma salvação milagrosa que poupariasalvação milagrosa que pouparia
os humildes habitantes do sertão dosos humildes habitantes do sertão dos
flagelos do clima e da exclusãoflagelos do clima e da exclusão
econômica e social.econômica e social.
6. O Exército Brasileiro saiu derrotadoO Exército Brasileiro saiu derrotado
em três expedições, incluindo umaem três expedições, incluindo uma
comandada pelo Coronel Antôniocomandada pelo Coronel Antônio
Moreira César, também conhecidoMoreira César, também conhecido
como "corta-cabeças" pela fama decomo "corta-cabeças" pela fama de
ter mandado executar mais de cemter mandado executar mais de cem
pessoas na repressão à Revoluçãopessoas na repressão à Revolução
Federalista em Santa Catarina,Federalista em Santa Catarina,
expedição que contou com mais deexpedição que contou com mais de
mil homens.mil homens.
7. A derrota das tropas do ExércitoA derrota das tropas do Exército
nas primeiras expedições contra onas primeiras expedições contra o
povoado apavorou o País:povoado apavorou o País:
8. 1ª Campanha:1ª Campanha: 4 a 21 de novembro de4 a 21 de novembro de
1896 Governador da Bahia ordena1896 Governador da Bahia ordena
expedição para defesa de Juazeiroexpedição para defesa de Juazeiro
ameaçada pelos jagunços de Antônioameaçada pelos jagunços de Antônio
Conselheiro. Expedição com 100Conselheiro. Expedição com 100
praças comandada pelo ten. Manuelpraças comandada pelo ten. Manuel
Ferreira. Segue até Uauá onde éFerreira. Segue até Uauá onde é
derrotada na madrugada pelosderrotada na madrugada pelos
jagunços no dia 21 de outubro. Ojagunços no dia 21 de outubro. O
médico enlouquece. Retirada paramédico enlouquece. Retirada para
Juazeiro.Juazeiro.
10. 2ª Campanha:2ª Campanha: 25 de outubro de 189625 de outubro de 1896
a 20 de janeiro de 1897 Comandadaa 20 de janeiro de 1897 Comandada
pelo Major Frebônio de Brito, compelo Major Frebônio de Brito, com
543 praças e 14 oficiais e 3 médicos.543 praças e 14 oficiais e 3 médicos.
Travessia do Cambaio, primeiro eTravessia do Cambaio, primeiro e
segundo combate. Mais de 400segundo combate. Mais de 400
jagunços mortos. Retirada em frentejagunços mortos. Retirada em frente
a Canudos, para Monte Santo.a Canudos, para Monte Santo.
Militares vaiados. Debandada geral.Militares vaiados. Debandada geral.
11. 3ª Campanha:3ª Campanha: 8 de fevereiro a 38 de fevereiro a 3
de março de 1897 Expediçãode março de 1897 Expedição
Moreira César. Chega a QueimadasMoreira César. Chega a Queimadas
com 1.300 homens. Chega a Montecom 1.300 homens. Chega a Monte
Santo e dali para Canudos. AssaltoSanto e dali para Canudos. Assalto
ao arraial em 2 de março. Morteao arraial em 2 de março. Morte
de Moreira César. Expediçãode Moreira César. Expedição
dissolvida bate em retirada.dissolvida bate em retirada.
12. 4ª Campanha:4ª Campanha: 16 de junho a 5 de16 de junho a 5 de
outubro de 1897 Expediçãooutubro de 1897 Expedição
comandada pelo General Artur Oscar,comandada pelo General Artur Oscar,
dividida em duas colunas (Gen. Joãodividida em duas colunas (Gen. João
Barbosa e Amaral Savaget), uma comBarbosa e Amaral Savaget), uma com
1.933 homens e a outra com 2.350.1.933 homens e a outra com 2.350.
Combate de Cocorocó. Duas colunasCombate de Cocorocó. Duas colunas
chegam a Canudos. Assalto ao arraial:chegam a Canudos. Assalto ao arraial:
947 baixas. Chegam reforços de 2947 baixas. Chegam reforços de 2
brigadas da Bahia. Bombardeio sobrebrigadas da Bahia. Bombardeio sobre
Canudos.Canudos.
13. De junho até o último ataque, emDe junho até o último ataque, em
inicio de outubro de 1897, procedeu-inicio de outubro de 1897, procedeu-
se um massacre pavoroso, a cada diase um massacre pavoroso, a cada dia
morriam tanto homens do Conselheiromorriam tanto homens do Conselheiro
como do exército, muitos outroscomo do exército, muitos outros
ficaram feridos ou eram acometidosficaram feridos ou eram acometidos
por doenças, neste meio tempo aspor doenças, neste meio tempo as
tropas do governo conseguiram cercartropas do governo conseguiram cercar
Canudos e bloquear o fornecimento deCanudos e bloquear o fornecimento de
água e alimento.água e alimento.
14. A batalha cada vez mais violentaA batalha cada vez mais violenta
era conduzida de maneiraera conduzida de maneira
surpreendente pelos últimossurpreendente pelos últimos
conselheiristas. Mesmo com aconselheiristas. Mesmo com a
resistência, um grande número deresistência, um grande número de
canudenses desertou nos últimoscanudenses desertou nos últimos
momentos da guerra, deixandomomentos da guerra, deixando
mulheres e crianças para trás, sómulheres e crianças para trás, só
aqueles homens mais fiéis doaqueles homens mais fiéis do
Conselheiro ficaram.Conselheiro ficaram.
15.
16. O estado-maior prometeu a essasO estado-maior prometeu a essas
pessoas que se elas se entregassempessoas que se elas se entregassem
seriam poupadas, mas foramseriam poupadas, mas foram
ludibriados e mortos na frente deludibriados e mortos na frente de
suas famílias. Depois disso muitossuas famílias. Depois disso muitos
outros prisioneiros foramoutros prisioneiros foram
degolados, os corpos foramdegolados, os corpos foram
queimados, assim como o quequeimados, assim como o que
sobrou do povoado, segundo ossobrou do povoado, segundo os
oficiais,oficiais,
17. Canudos devia ser queimada eCanudos devia ser queimada e
dinamitada por causa do odordinamitada por causa do odor
deixado pelos corpos que foramdeixado pelos corpos que foram
sucumbidos durante a guerra.sucumbidos durante a guerra.
18. Única foto conhecida de Antônio Conselheiro tirada por Flávio de Barros
no dia 6 de outubro de 1897.
19. Antes da destruição total do povoado,Antes da destruição total do povoado,
o corpo de Antônio Conselheiro foio corpo de Antônio Conselheiro foi
exumado, o Conselheiro havia morridoexumado, o Conselheiro havia morrido
antes do fim do conflito no dia 22 deantes do fim do conflito no dia 22 de
setembro de 1897, por causa de umasetembro de 1897, por causa de uma
disenteria ou por ferimentos causadosdisenteria ou por ferimentos causados
pela explosão de uma granada ou porpela explosão de uma granada ou por
bala.bala.
20. As pessoas próximas a ele seAs pessoas próximas a ele se
recusaram a enterrá-lo por causa darecusaram a enterrá-lo por causa da
profecia de que ele ressuscitariaprofecia de que ele ressuscitaria
dentro de três dias, por causa dodentro de três dias, por causa do
odor forte acabaram o enterrandoodor forte acabaram o enterrando
depois de uma semana, quando morreudepois de uma semana, quando morreu
o Conselheiro já tinha quase 70 anoso Conselheiro já tinha quase 70 anos
e não possuía boa saúde.e não possuía boa saúde.
21. Sua cabeça fora decapitada eSua cabeça fora decapitada e
levada para Salvador onde ficoulevada para Salvador onde ficou
exposta na Faculdade deexposta na Faculdade de
Medicina da Bahia até inicio doMedicina da Bahia até inicio do
século XX quando um incêndioséculo XX quando um incêndio
destruiu o prédio.destruiu o prédio.
22. Não se sabe bem, o número deNão se sabe bem, o número de
canudenses que escapara, ou quantoscanudenses que escapara, ou quantos
tiveram um destino cruel nas mãostiveram um destino cruel nas mãos
dos soldados, se sabe que muitasdos soldados, se sabe que muitas
meninas viraram concubinas aindameninas viraram concubinas ainda
durante o combate, muitas criançasdurante o combate, muitas crianças
viraram empregados, e outras foramviraram empregados, e outras foram
adotadas pelos militares eadotadas pelos militares e
jornalistas.jornalistas.
24. A vitória sobre Canudos consolidouA vitória sobre Canudos consolidou
a força do exército brasileiro, e doa força do exército brasileiro, e do
governo republicano, no qualgoverno republicano, no qual
transformou Canudos em umtransformou Canudos em um
exemplo para qualquer outro queexemplo para qualquer outro que
quisesse se rebelar contra oquisesse se rebelar contra o
governo federal.governo federal.
25. A figura de Antônio ConselheiroA figura de Antônio Conselheiro
entraria para a história como umentraria para a história como um
falso pregador, louco que tentoufalso pregador, louco que tentou
derrubar a república, e ao mesmoderrubar a república, e ao mesmo
tempo um homem devoto etempo um homem devoto e
benevolente, que quis dar aobenevolente, que quis dar ao
sertanejo melhores condições de vida,sertanejo melhores condições de vida,
algo que o Estado não proporcionava.algo que o Estado não proporcionava.
26. O conflito de Canudos mobilizouO conflito de Canudos mobilizou
aproximadamente doze milaproximadamente doze mil
soldados oriundos de dezessetesoldados oriundos de dezessete
estados brasileiros, distribuídosestados brasileiros, distribuídos
em quatro expedições militares.em quatro expedições militares.
27.
28. Estima-se que morreram aoEstima-se que morreram ao
todo por volta de 25 miltodo por volta de 25 mil
pessoas, culminando com apessoas, culminando com a
destruição total da povoação.destruição total da povoação.
29. Antônio Vicente Mendes Maciel,Antônio Vicente Mendes Maciel,
apelidado de "Antônioapelidado de "Antônio
Conselheiro", nascido emConselheiro", nascido em
Quixeramobim (CE) a 13 de marçoQuixeramobim (CE) a 13 de março
de 1830, de tradicional famíliade 1830, de tradicional família
que vivia nos sertões entreque vivia nos sertões entre
Quixeramobim e Boa Viagem, foraQuixeramobim e Boa Viagem, fora
comerciante, professor ecomerciante, professor e
advogado prático nos sertões deadvogado prático nos sertões de
Ipu e Sobral.Ipu e Sobral.
30.
31. Após a sua esposa tê-lo abandonadoApós a sua esposa tê-lo abandonado
em favor de um sargento da forçaem favor de um sargento da força
pública, passou a vagar pelos sertõespública, passou a vagar pelos sertões
em uma andança de vinte e cincoem uma andança de vinte e cinco
anos. Chegou a Canudos em 1893,anos. Chegou a Canudos em 1893,
tornando-se líder do arraial etornando-se líder do arraial e
atraindo milhares de pessoas.atraindo milhares de pessoas.
Acreditava que a República, recém-Acreditava que a República, recém-
implantada no país, era aimplantada no país, era a
materialização do reino do Anti-Cristomaterialização do reino do Anti-Cristo
32. na Terra, uma vez que o governona Terra, uma vez que o governo
eleito seria uma profanação daeleito seria uma profanação da
autoridade da Igreja Católica paraautoridade da Igreja Católica para
legitimar os governantes. Alegitimar os governantes. A
cobrança de impostos efetuada decobrança de impostos efetuada de
forma violenta, a celebração doforma violenta, a celebração do
casamento civil, a separação entrecasamento civil, a separação entre
Igreja e Estado eram provas cabaisIgreja e Estado eram provas cabais
da proximidade do "fim do mundo".da proximidade do "fim do mundo".
33. PESQUISA E ORGANIZAÇÃOPESQUISA E ORGANIZAÇÃO
DOS SLIDES:DOS SLIDES:
JOÃO JOVIANO DE MEDEIROSJOÃO JOVIANO DE MEDEIROS
NETONETO
TOCANTINÓPOLISTOCANTINÓPOLIS
TOTO
MARÇO/MARÇO/20112011