CADERNO DE INSTRUÇÃO RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DE POSIÇÃO (REOP) NO GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTO-REBOCADO CI 6-20/1
1. MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
Caderno de Instrução
RECONHECIMENTO, ESCOLHA
E OCUPAÇÃO DE POSIÇÃO
(REOP)
NO GRUPO DE ARTILHARIA DE
CAMPANHA AUTO-REBOCADO
1ª Edição
2005
CI 6-20/1
Preço: R$
CARGA
EM______________
2. ÍNDICE DE ASSUNTOS
Pag
CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
ARTIGO I
1-1. Introdução ....................................................................................1 - 1
1-2. Ações a realizar no REOP...........................................................1 - 2
CAPITULO 2 – REOP
2-1. Fases do REOP ..........................................................................2 - 1
2-2. Recebimento das Ordens ............................................................2 - 2
2-3. Medidas Complementares ...........................................................2 - 14
2-4. Atividades a serem executadas por cada elemento do Estado-Maior
durante o reconhecimento de 1º Escalão ............................................2 - 16
CAPÍTULO 3 – BATERIA DE OBUSES
3-1. Introdução ....................................................................................3 - 1
3-2. Órgãos das Baterias de Obuses ..................................................3 - 3
3-3. Características dos Órgãos das Baterias de Obuses ................... 3 - 4
3-4. Fatores de selecão p/ escolha dos Órgãos da Bateria Obuses .... 3 - 11
3-5. Locais a serem evitados ..............................................................3 - 13
3-6. Quadro de pessoal necessário p/ o Rec da Bateria de Obuses ...3 - 15
3-7. Reconhecimento e Escolha da Posição.......................................3 - 16
3-8. REOP com tempo suficiente (Ocupação Diurna) ......................... 3 - 17
3-9. REOP com tempo suficiente (Ocupação Noturna) .......................3 - 21
3-10. Segurança imediata da posição ................................................. 3 - 24
3-11. Posto de observação a ser instalado p/ Bateria de Obuses ....... 3 - 24
CAPÍTULO 4 – REOP DO POSTO DE COMANDO
4-1. Introdução ....................................................................................4 - 1
4-2. REOP do Posto de Comando do GAC .........................................4 - 1
4-3. Órgãos do PC ..............................................................................4 - 2
4-4. Características dos Órgãos do Posto de Comando (PC) ..............4 - 4
4-5. Reconhecimento, Escolha e Ocupação de PC ............................ 4 - 9
4-6. Postos distribuídos pela Sec Log na AT/GAC ..............................4 - 10
4-7. Características dos postos mobiliados pela Sec Log ................... 4 - 11
4-8. Aspectos de segurança da AT/GAC a serem seguidos ...............4 - 15
4-9. Reconhecimento, Escolha e Ocupação da AT/GAC ....................4 - 15
CAPÍTULO 5 – REOP DA ÁREA DE TRENS DO GAC
5-1. REOP com tempo restrito ...........................................................5 - 1
5-2. Mudanças de posição no decorrer do combate ............................ 5 - 2
3. 1-1
CAPÍTULO 01
APRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
ARTIGO I
1-1. INTRODUÇÃO
O Reconhecimento, Escolha e Ocupação de Posição (REOP) de um Grupo de
Artilharia de Campanha é o conjunto de operações executadas com a finalidade de
deslocá-lo de uma Posição de Tiro, Posição de Espera, Zona de Reunião, Coluna
de Marcha ou Zona de Embarque para uma outra posição a fim de iniciar ou manter
o Apoio de Fogo adequado à arma-base. Sua execução judiciosa permitirá obter
fogos rápidos e precisos, de modo a permitir um apoio de fogo ininterrupto.
O reconhecimento de posições é ativo e contínuo, visando sempre às operações
futuras, exigindo, por isso, alto grau de descentralização.
Deve-se ter em mente que, devido à rapidez do combate moderno, normalmente
4. 1-1/1-2 CI 6-20/1
se executa no máximo duas rajadas de uma mesma posição. Com isso, cresce de
importância um reconhecimento judicioso das posições de troca.
1-2. AÇÕES A REALIZAR NO REOP
1-2
EFICIÊNCIA = INSTRUÇÃO + COMPROMETIMENTO DA EQUIPE + INICIATIVA
LEMBRE-SE: NO REOP . . .
- Devemos levar em consideração os seguintes fatores: Missão, Inimigo, Terreno,
Meios e Tempo.
- Outros fatores julgados importantes e que podem determinar a conduta a ser
seguida: condições meteorológicas, tipo do material e situação tática.
- O planejamento é centralizado e a execução descentralizada.
- O preparo e a iniciativa dos quadros são aspectos básicos para o sucesso.
- A existência de NGA é primordial para a boa execução dos trabalhos.
5. CI 6-20/1 1-2
1-3
- Nunca negligencie as normas de segurança durante os trabalhos.
Um planejamento bem feito e um REOP bem executado são o primeiro
passo para o bom cumprimento da missão.
6. 2-1
CAPÍTULO 02
REOP
2-1. FASES DO REOP
Para fins didáticos, dividimos o REOP nas seguintes fases:
a. Recebimento das ordens
b. Trabalhos preparatórios
c. Execução dos reconhecimentos, no escalão Grupo (1ºEscalão)
d. Apresentação dos relatórios
e. Decisão do Cmt do GAC
f. Reconhecimento das Baterias (2º e 3ºEscalões)
g. Ocupação de posição e desdobramento do GAC
7. 2-2 CI 6-20/1
2-2. RECEBIMENTO DAS ORDENS
2-2
- As Ordens para ocupação de posição podem ser:
Verbais
Do Cmt da Bda
Para o Cmt do GAC
8. CI 6-20/1 2-2
Escritas
O Cmt do GAC deve comparecer à reunião com o Comandante da
Brigada para o recebimento da missão. Na ocasião deverá comparecer
também o S2 e o S3 do GAC.
2-3
a. Trabalhos preparatórios
1) Estudo de Situação do Cmt do GAC
a) Fases do Estudo de Situação do Cmt GAC
(1) Análise da Missão
(2) Situação e Linhas de Ação
(3) Análise das Linhas de Ação Opostas
(4) Comparação das L Aç (na Bda)
9. 2-2 CI 6-20/1
2-4
(5) Decisão Preliminar
b. Análise da Missão
1) Ao tomar conhecimento da missão da Bda o Cmt do GAC realiza a aná-lise
da missão, que dá origem ao NOVO ENUNCIADO, à DIRETRIZ de PLANEJA-MENTO
e à INTENÇÃO DO COMANDANTE. O S2 e S3 podem auxiliar o Cmt do
GAC nesta análise. Após o recebimento da missão do GAC, o S2 e S3 retornam
para o PC do Grupo para darem início à 2ª fase do Estudo de Situação de Artilharia.
Após o término da análise da missão por parte do Cmt, o S3 confecciona a ORDEM
PREPARATÓRIA.
10. CI 6-20/1 2-2
2-5
2) O NOVO ENUNCIADO deve ser escrito conforme o exemplo abaixo:
- Apoiar o Atq da 3ª Bda Inf Mtz
- Participar de uma Prep de D/0540 a D/0600
- Hora do Dispositivo pronto D/0500
- Hora do Ataque D/0600
11. 2-2 CI 6-20/1
Rfr Crt RS - 1:50.000 - FLS IGUAÇU BOI - SEVERINO RIBEIRO - ALEGRETE
(0898) (02). Ocupará Pos na noite de D-1 / D e contará inicialmente com o Ref
F do 121º GAC 155 AR. Participará de uma Prep de D/0540 a D/0600. Dspo
pronto D/0500. Deslocar-se-á no início da noite de D-2 para a R de Faz SANTA
RITAQ (0678), utilizando-se do caminho que se desenvolve para NE e da Rv
no seu prosseguimento. Na Z Reu ficar ECD iniciar os Rec 2º Esc, no início
da jornada de D-1.
Acuse estar ciente
Distribuição: Lista B
Confere:_________
2-6
c. A ORDEM PREPARATÓRIA deve ser escrita conforme o exemplo abaixo:
ORDEM PREPARATÓRIA
- ARROIO PAI - PASSO
O Gp apoiará o Atq da 3ª Bda Inf Mtz, em D/0600, à R do CEMITÉRIO Q
a)_________________
Ten Cel Cmt Gp
Maj S3/Gp
____________________
(Classificação Sigilosa)
1) Enquanto a Bda dá início à fase de SITUAÇÃO e LINHAS DE AÇÃO do
Cmt Tático, o Cmt do GAC dá início à fase de SITUAÇÃO E LINHAS DE AÇÃO no
Grupo, e deixa o O Lig 4 acompanhando os trabalhos da Bda.
2) No PC do GAC, e acompanhado do EM, analisa as informações da Bda
e a situação do inimigo.
3) O Cmt do GAC retorna para o PC da Bda para acompanhar o levantamen-to
de linhas de ação pelo EM da Bda. Neste momento ele estuda a Sit com os
olhos do Coord do Ap F verificando de que forma poderá apoiar cada uma das linhas
de ação levantadas pelo EM da Bda.
d. Situação e Linhas de Ação
Considerações que afetam as possíveis Linhas de Ação:
- Caract da R Op (levantar todas as Características e seus efeitos na Opera-ção)
- Condições Meteorológicas
- Terreno (Características e seus efeitos na Operação)
- Situação do Inimigo
- Nossa Situação
12. CI 6-20/1 2-2
e. Análise das Linhas de Ação Opostas
Nesta fase do Est Sit Cmt tático, o Cmt do GAC retirará tudo que for do
2-7
interesse do apoio de fogo:
- R prioritárias para alvos
- Oportunidade de desencadeamento dos fogos a serem realizados
- Tipos de fogos a serem desencadeados
- Nec de Ap F adicional
- Oportunidade de manobra do material
- Implicações na escolha de Pos Man
- Emprego de Fogos do Gp em Ref F (sfc)
Neste momento, O Cmt do GAC rascunha as diretrizes de fogos da Bda,
para que possam estar prontas e compor a O Op Bda, quando da decisão do Cmt
da GU.
f. Comparação das L Aç
Na comparação das Linhas de Ação, o Cmt do GAC diz qual das L Aç da
Bda receberá melhor apoio, justificando.
g. Decisão Preliminar
13. 2-2 CI 6-20/1
2-8
- A Decisão Preliminar deve ser escrita (podendo ser verbal) conforme o
exemplo abaixo:
DECISÃO PRELIMINAR
1 Reconhecer as RPP na seguinte Prio:_____, _____, _____.
2
Reconhecer os PO ___, ___, ___, ___, ___, ___, ___, com Prio para os PO
___, ___, ___, ___, ___.
3
Reconhecer os possíveis locais para instalação do PC/Gp, na seguinte
Prio:___ - ___ - ___.
4 Reconhecer ___ (____) Pos Reg para cada RPP prevista.
5 Ocupar Pos na ___ parte da noite de ____/____ Ago.
6 É viável a PTP para ____/____ Ago.
7 Distribuir os O Lig e OA________.
8 Estabelecer o sistema rádio a ____ canais.
9
Reconhecer os possíveis locais para a instalação da AT/Gp, nas
seguintes Prio:___ - ___ - ___.
10 Composição dos Rec: NGA.
11
Apresentação dos Rel Rec na R de__________ em ___/___ Ago. Os Cmt
Bia O e seus O Rec devem estar presentes à Reunião.
12
Ligar-se, através do O Lig/____ - GAC____ junto ao nosso Gp, como Cmt
do ___ GAC ___, para solicitar sua presença e a de seu EM e Cmt Bia O
à Reu para apresentação de Relatórios.
13 Verificar a possibilidade de vau em ____, etc (condições do terreno).
14. CI 6-20/1 2-2
h. Execução dos reconhecimentos (1ºEscalão)
1) Após a Decisão Preliminar é confeccionado pelo S3 um PLANO DE RE-CONHECIMENTO,
2-9
conforme o quadro abaixo:
PLANO DE RECONHECIMENTO DO GP
__________________
(Classificação Sigilosa)
Exemplar nº 4
32º GAC 105 AR
Esta da Corte Q (0000)
D-2/1500
AB-5
PLANO DE RECONHECIMENTO NR
Rfr Crt RS - 1:50.000 - Fls IGUAÇU BOI - SEVERINO - ALEGRETE - ARROIO PAI PASSO
1. Condições de Execução
a. Composição e missões
- S3 - Reconhecer as RPP B-C-A, nesta Prio. Verif as Possib de tiro, com especial atenção p/
a massa proporcionada pela R de P Cot Q (___). Selecionar acesso às Pos a Rec. Escolher o P Lib.
Escolher 02 Pos Reg p/ cada RPP a Rec.
- S2 - Reconhecer os prováveis PO na seguinte Prio b, c, d, e, f, g, a. Designar para o Adj S2 o
PV e os AA nas R indicadas pelo S3. Verif a Possib de vau na ______ Q (___).
- S4 - Rec as áreas Selec p/ Instal da AT 1, 2 e 3 nesta Prio.
- Adj S2 - Fazer Rec p/ a execução do PLG.
- 2º e 3º Esc Rec - NGA p/ Ocup Pos Not, devendo os Cmt BO e O Rec assistirem à Reu de
apresentação dos relatórios.
b. Transporte
- NGA
c. Data-hora e local das reuniões
- P/ início dos Rec da 1º Esc - D-2/1530, na Pos de espera Gp, em Esta da Corte Q (___)
- Após o Rec, a apresentação dos relatórios em D-2/1730 sobre a ponte do arroio tal Q (___)
- P/ Apres do 2º e 3º Esc Rec - D=-1/0600, na R de entroncamento Q ( )
d. Regiões a Rec
- Anexo A - Calco de R a Rec.
e. Ligações c/ os Elm em Ctt
- A cargo do O Lig 4 com a tropa que está em Ctt, devendo levantar a lista de alvos suspeitos
e/ou confirmados.
f. Ligações com o Gp em Ref F
- A cargo do O Lig/121º GAC 155 AR. Devendo Info hora e local da Reu Apres Rel ao Cmt do
seu Gp para que ele, seu EM e Cmt BO compareçam.
2. Prescrições Diversas
a. Segurança
- Especial atenção para a Obs Ae e Ter Ini e ação de guerrilheiros infiltrados.
b. Deslocamentos Motorizados
- o 3º Pel PE balizará as vias permitidas.
c. Alimentação
- Para os 2º e 3º Esc Rec: Ração R2
Acuse estar ciente
Distribuição: Lista B
a)_________________
Ten Cel Cmt Gp
Confere:_________
Maj S3/Gp
____________________
(Classificação Sigilosa)
15. 2-2 CI 6-20/1
2-10
2) Constituição e Organização dos Reconhecimentos
a) Reconhecimento de 1ºEscalão
(1) Cmt do GAC
(2) S2
(3) S3
(4) S4
(5) O Com
(6) Adj S2
b) Reconhecimento de 2º Escalão
(1) Cmt de SU
(2) O Rec
(3) Rec 2
(4) Telefônica 1 (Tel 1)
(5) CLF, CP e Guias (se for o caso)
(6) Telefônica 2 (Tel 2)
c) Reconhecimento de 3ºEscalão
(1) Telefônica 3 (Tel 3)
(2) Peça de Amarração (se for o caso) e C Tir (se for o caso)
16. CI 6-20/1 2-2
OBS: a C Tir Bia poderá também se deslocar na Vtr do CLF, junto
2-11
com o 2°escalão.
Caso o Cmt do GAC, após analisar a missão, decida que o meio de
comunicações empregado na operação será o rádio, as turmas telefônicas não
deverão participar do reconhecimento.
Caso a situação evolua e o GAC deva permanecer em posição por mais tempo, o
fio deverá ser lançado.
d) Reconhecimento reduzido
Quando a situação impuser, os diversos escalões de reconhecimento
deverão ser reduzidos.
O Cmt fará constar no Plano de Reconhecimento uma referência ao
item da NGA que trata da organização do reconhecimento, ou a estabelecerá, caso
a situação imponha.
e) Apresentação dos relatórios
Na hora e local estabelecidos, são apresentados ao Cmt os relatórios
do 1º Escalão.
17. 2-2 CI 6-20/1
2-12
Os relatórios e sugestões decorrentes são verbais.
O local de reunião deve atender às prescrições abaixo:
- Facilmente identificável.
- Próximo às áreas de posição.
- Oferecer segurança.
- Fácil acesso.
18. CI 6-20/1 2-2
e. Decisão do Cmt do Grupo
- Apresentados os Relatórios, o Cmt do GAC decide, no próprio local, sobre
2-13
os diversos assuntos. Abaixo, um modelo de Decisão Final:
DECISÃO FINAL
1 Ocupar com o 32º GAC 105 AR a Pos B
2 Designar a RPP ____ para o ____ º GAC____. Em Ref F.
3
Instalar os PO__________ nas R__________ respectivamente. Manter
sobre rodas os PO___________ Solicitar ao ____º GAC____ que instale
um PO.
4
Instalar o PC do Gp na Região__________ O PC deverá estar aberto a
partir de ___________.
5 Estabelecer o sistema rádio a__________canais.
6 Distribuir os O Lig e OA desde já (ou após a Dcs deste Cmdo, etc).
7 Planejar a Man Mat, Obs e PC desde já.
8 Completar os Rec até __________ (ou o mais cedo possível).
9 Ocupar Pos com ____________ em ____________
10 Prch de Tiro ____________ pronta até____________.
11
Regular com uma peça da _________, de __________ a __________, de
uma Pos Amr indicada pelo S3.
12 Lançamento para pontaria inicial: ___________```.
13 Instalar a AT na R de ___________ Q ( ).
14 O Gp participará de uma (C) Prep de D/xxxx a D/yyyy.
15 Os PPAA deverão dar entrada na C Tir até___________.
16
O PFAdo Gp e a proposta da LSAAdeverão dar entrada no ECAF/12ª DE
até________________.
17 Dspo pronto: _____________ (imposto pelo Esc Sup).
18
Planejar a manobra do material p/ a Pos Manobra_____, desde já, sendo
que esta será por Unidade (ou Esc de SU), em (ou após a conquista de
01).
19
O Gp receberá Msg Meteo de 4 em 4 horas a partir de _______ a cargo
da AD______.
19. 2-3 CI 6-20/1
2-3. MEDIDAS COMPLEMENTARES
2-14
a. Tomadas as Decisões pelo Cmt e antes de liberar os reconhecimentos de 2º
e 3º escalões, algumas medidas complementares ainda têm lugar:
- S/3 fornece as Posições de Troca aos Cmt de Bia O.
- O Adj S/2 fornece o CZA aos Cmt de Bia O e aos O Rec, a localização
aproximada da RPG.
- O S/3 do Grupo acerta os relógios.
b. A seguir tem início os Reconhecimentos de 2º e 3ºescalões.
c. Após a decisão do comandante, os elementos do 1º escalão de
reconhecimento são liberados, engajando-se na execução das respectivas missões.
Com a decisão do comandante, a Área de Posição do Grupo é distribuída entre as
Baterias de Obuses, sendo, também, indicada a área do PC e da Bateria de Comando.
d. Reconhecimento de 2º e 3º Escalões
- Os Reconhecimentos de 2º e 3º Escalões são liberados após a decisão
final do Cmt do Grupo. Concomitantemente, o S/3 elabora o Quadro de Movimento
do GAC.
20. CI 6-20/1 2-3
2-15
e. Ocupação de Posição e Desdobramento do Grupo
2-2
- Considera-se que o GAC está desdobrado quando está com:
· O Material em Posição.
· O Cmdo e as Com estabelecidos.
· A rede de observação instalada.
· As ligações estabelecidas.
· Os órgãos de apoio logístico funcionando.
· A munição na posição.
21. 2-4 CI 6-20/1
2-4. ATIVIDADES A SEREM EXECUTADAS POR CADA ELEMENTO DO
ESTADO-MAIOR DURANTE O RECONHECIMENTO DE 1º ESCALÃO:
a. S3
1) Reconhece as posições selecionadas para o desdobramento do grupo.
2) Divide a área escolhida pelas Baterias de Obuses.
3) Seleciona o(s) acesso(s) à posição.
4) Escolhe o(s) ponto(s) de liberação e a Posição de Regulação.
5) Designa, se for o caso, a quem estarão afetas as regulações e os horári-os
para condução das mesmas.
2-16
b. S2
22. CI 6-20/1 2-4
1) Coordena o reconhecimento das regiões previstas para os PO.
2) Verifica a viabilidade de execução do Plano de Observação.
a) Designa para o Adj S2 o PV e os AA, de acordo com as necessidades
2-17
e áreas recomendadas pelo S3.
b) Após a decisão do comandante, indica quem deverá ocupar os PO e
quem, se for o caso, será mantido em reserva para a manobra de observação.
c. S4
- Reconhece os possíveis locais para a instalação da AT do Grupo.
23. 2-4 CI 6-20/1
2-18
d. Adj S2
- Verifica, no terreno, a viabilidade do Plano de Levantamento do Grupo (PLG),
previamente preparado, e estabelece as modificações que devam ser feitas, se
impostas pelo reconhecimento. Após a aprovação do PLG pelo comandante, acerta
com os comandantes das Baterias de Obuses os detalhes de emprego dos Oficiais
de Reconhecimento, do pessoal e das viaturas de Reconhecimento das Baterias,
no Levantamento Topográfico.
24. CI 6-20/1 2-4
e. O Com
1) Reconhece as áreas selecionadas para a ocupação do PC.
2) Verifica a viabilidade de execução do Plano de Comunicações, previa-mente
preparado.
2-19
25. 3-1
CAPÍTULO 03
BATERIA DE OBUSES
3-1. INTRODUÇÃO
a. Após a decisão do Cmt do Gp, já estudada no Cap II, tem início o REOP das
Baterias.
b. Para tanto, neste Cap III, serão abordados os procedimentos na Bateria de
Obuses visando reconhecer, escolher e ocupar uma Posição de Bateria.
c. Para que esses procedimentos sejam levados a bom termo, é preciso
observar judiciosamente determinadas características inerentes a cada um dos
órgãos integrantes da Posição de Bateria.
d. Os elementos executantes devem ter sempre em mente que a finalidade do
REOP de Bia O é possibilitar um rápido deslocamento para uma posição da qual
possa ser, no menor prazo, iniciado ou mantido o apoio de fogo necessário ao
cumprimento da missão.
26. 3-1 CI 6-20/1
3-2
e. Esse aspecto condicionará todas as ações a serem efetuadas.
f. Após a Decisão Final do Cmt do Grupo o S3 divide a Região de Procura de
Posição (RPP) pelas Baterias.
g. A Posição de Bateria deve:
1) Possibilitar o cumprimento da missão.
2) Permitir a máxima utilização das possibilidades do armamento.
3) Proporcionar fácil acesso e itinerários desenfiados e independentes para
entrada e saída da posição.
4) Dar condições de bater o limite curto com todas as peças.
5) Ser desenfiada à observação terrestre e ao clarão.
6) Possuir terreno adequado ao acionamento das peças, construção de
abrigos e que proporcione proteção a ataques QBN.
7) Possibilitar o estabelecimento de posições de troca ou falsas posições.
27. CI 6-20/1 3-1/3-2
3-3
8) Beneficiar-se da segurança oferecida pelas unidades vizinhas.
3-2. ÓRGÃOS DAS BATERIAS DE OBUSES
a. Linha de Fogo
b. Posto do CLF/ C Tir da Bia
c. Depósito de Munições
d. Área de Trens da Bateria
e. Linha de Viaturas
f. Central Telefônica
g. Posição das Metralhadoras/ Posição das Armas AC
h. PC do Cmt da Bateria
28. 3-3 CI 6-20/1
3-3. CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS DAS BATERIAS DE OBUSES
3-4
a. Linha de Fogo
1) A posição de cada peça é escolhida de modo a facilitar a camuflagem e a
dispersão. Cada peça deve estar apta a atirar na Zona de Ação da Bateria. A situa-ção
tática e características do terreno determinam o intervalo entre a peças.
2) Frente da Bateria:
a) A quatro peças – 120 m
b) A meia dúzia peças – 200 m
c) As peças devem estar dispostas de modo a não formarem uma linha
reta.
Lembre-se
d) O dispositivo deve ser compatível com o controle de tiro por parte da
Linha de Fogo.
e) A PD sobre o CB facilita o trabalho do CLF e da C Tir.
29. CI 6-20/1 3-3
3-5
b. Posto do CLF/ C Tir da Bia
1) O posto do CLF deve:
a) Permitir o controle da LF.
b) Permitir que CLF seja visto e ouvido por todas as peças.
c) Oferecer abrigo e camuflagem.
d) Permitir o funcionamento da C Tir Bia.
30. 3-3 CI 6-20/1
3-6
c. Depósito de Munições
f) Estar localizado à retaguarda e flanco da Pos das Peças.
g) Estar a 100m da Pos das Peças.
h) Dispor de itinerários cobertos para as peças, a fim de proporcionar
segurança para os trabalhos de remuniciamento das peças.
i) Possuir boa drenagem e ser desenfiado.
j) Possuir espaço para dispersar a munição.
l) Estar próximo à estrada.
m) A munição deve ser estocada por lotes, em pequenas pilhas.
n) O espaço entre as pilhas deve ser, no mínimo, de 10 metros.
d. Área de Trens da Bateria
1) Em princípio deve:
a) Ficar próximo à Linha de Viaturas, em local desenfiado e que tenha
acesso à estrada.
b) O terreno ser bem drenado e o solo permitir a infiltração de líquidos e
detritos.
Deve:
31. CI 6-20/1 3-3
c) O Sup Classe I ser estocado próximo à cozinha em Vtr ou barraca de
3-7
gêneros.
e. Linha de Viaturas
1) Em princípio deve:
a) Oferecer cobertura e desenfiamento.
b) Estar à retaguarda e flanco da Pos Bia.
c) Distar de 300 a 500 m das peças.
d) Possibilitar fácil acesso à Pos da Pç.
32. 3-3 CI 6-20/1
3-8
e) Possibilitar a camuflagem das viaturas.
f) A manutenção das viaturas, no nível de Bateria, é feita na Linha de Vtr.
33. CI 6-20/1 3-3
3-9
g) Central Telefônica
Em princípio deve:
i) Estar em local desenfiado.
j) Estar próxima ao local onde chega a maior parte dos circuitos.
l) Estar a 100 m de outras instalações.
m) Estar em local silencioso e pouco movimentado.
n) Estar no flanco da Posição de Bateria.
34. 3-3 CI 6-20/1
3-10
f. Posição das Metralhadoras
1) Pos Mtr deve:
a) Estar na orla da Pos Bia.
b) Possuir campo de tiro – mais próximo possível da posição das Peças.
c) Distar de 70 a 200 m da Pos Bia.
d) Permitir proteger todos os órgãos e instalações da SU. Uma distribuição
normal é três na Linha de Fogo e uma na Linha de Viatura.
g. Posição das Armas AC
35. CI 6-20/1 3-3/3-4
3-11
1) A Pos de Armas AC deve:
a) Ser instalada de modo a bater as Vias de Acessos de Blindados.
b) Coordenar com setores de tiro direto das Pç.
c) Estar preparada e não ocupada.
d) Distar 400 m da Linha de Fogo.
h. PC do Cmt da BATERIA
1) O PC do Cmt da Bateria deve:
a) Estar afastado de pontos notáveis.
b) Permitir o exercício do Comando da Bateria.
c) Estar ligado aos demais órgãos.
d) Estar em posição central em relação à Bateria.
3-4. FATORES DE SELEÇÃO PARA A ESCOLHA DOS ÓRGÃOS DA BATERIA
DE OBUSES
a. Escolhida ou designada a área em que se vai instalar a Bateria, o seu
comandante inicia a organização da posição. Tal trabalho deve ser contínuo e
aperfeiçoado durante o tempo em que a Bia permanecer naquela posição. Tendo
em mente o cumprimento da missão e considerando as condições meteorológicas,
o Comandante da Bateria examina os locais possíveis para a instalação dos órgãos,
considerando os fatores de seleção:
36. 3-4 CI 6-20/1
3-12
1) Segurança.
2) Deslocamento.
3) Circulação.
4) Dispositivo da tropa apoiada.
5) Coordenação.
6) Continuidade do Apoio de Fogo.
37. CI 6-20/1 3-5
3-13
3-5. LOCAIS A SEREM EVITADOS
a. Terreno pantanoso ou pedregoso
b. Terreno muito inclinado
38. 3-5 CI 6-20/1
3-14
c. Próximo a pontos críticos
d. Terrenos muito irregulares
39. CI 6-20/1 3-6
3-15
3-6. QUADRO DE PESSOAL NECESSÁRIO PARA O REC DA BATERIA DE
OBUSES
Comandante da
Bateria
Cmt da Bateria
Sd Rádio Operador e
Sd Motorista
Oficial de
Reconhecimento
Of de Reconhecimento
Cb Observador nº 1
Sd Rádio Operador e
Sd Motorista
Turma Tel
3º Sgt Aux Com
Sd Operador de Central
Sd Telefonista
e Sd Motorista
Reconhecimento 1
1º Sgt Aux Rec
Cb Observador nº 2
Sd Rádio Operador
Sd Motorista
40. 3-7 CI 6-20/1
3-7. RECONHECIMENTO E ESCOLHA DA POSIÇÃO
3-16
a. Depois de recebida a ordem do Cmt do Gp, o Cmt de Bia deve reunir seu
pessoal de Rec e a seguir:
1) Expõe a situação, dando particular atenção quanto a localização dos
elementos mais avançados e o esquema de manobra da unidade apoiada.
2) Indica na carta ou no terreno a área da Posição da Bateria, localização do
PC do Gp, PV e AA (se for o caso).
3) Determina, em linhas gerais, o sistema de comunicações a ser utilizado
e fornece o lançamento da Direção Geral de Tiro, se conhecido.
4) Após estas orientações inicia um reconhecimento o mais minucioso pos-sível.
5) Enquanto o GAC realiza o Reconhecimento de 1ºEscalão, as Baterias
passam da Situação de Apronto Operacional (SAO) para a Situação de Ordem de
Marcha (SOM).
41. CI 6-20/1 3-8
3-17
3-8. REOP COM TEMPO SUFICIENTE (OCUPAÇÃO DIURNA)
a. As situações em que a Bia O necessitará ocupar posição durante o dia são,
via de regra, caracterizadas por serem ocupação sem trabalhos preparatórios.
b. O CLF e os CP não vão ao Rec, pois não é necessário apontar a Bia O com
antecedência ou porque poderão estar empenhados com a LF numa outra posição.
Contudo nada impede que o CLF vá ao Rec caso não esteja empenhado em outra
missão.
c. Os procedimentos do Cmt de Bia O são basicamente os mesmos
desenvolvidos em um REOP com ocupação noturna, ficando as modificações por
conta dos elementos que são empenhados no Rec.
d. Na área destinada à posição, o Cmt da Bia, auxiliado pelo seu escalão de
reconhecimento, decide e expede ordens referentes a:
1) Localização exata da Linha de Fogo, designando o local do CB e ou de
cada peça.
2) Localização da Central Telefônica.
3) Localização da Linha de Viaturas.
4) Itinerários de circulação na posição.
5) Levantamento topográfico.
6) Dep Mun.
7) Área de Trens.
8) Pos das armas AC e das Metralhadoras.
9) PC do Cmt de Bia.
10) Mede o ângulo “s”, utilizando a bússola ou GB.
42. 3-8 CI 6-20/1
3-18
11) Avalia a Psb de bater o limite curto e analisa o recobrimento entre as
cargas.
e. O Cmt de Bia realiza as seguintes ações:
1) Fornece/determina ao 2°Sgt Aux Rec:
a) A Pos de cada Pç ou do CB.
b) Os locais da C Tir (Posto do CLF) ou do CB.
c) Os elementos iniciais de pontaria.
d) A DGT.
e) Os itinerários de acesso e saída da Posição.
f) Os locais das Mtr e das armas AC.
g) Que estabeleça o sistema de alarme, bem como a demarcação das
áreas minadas.
43. CI 6-20/1 3-8
h) Que empregue o Cb Observador Nr 2 na marcação das Pos das Pç
3-19
e no reconhecimento do itinerário de acesso e saída da posição.
2) Indica ao Sargenteante:
a) Os locais da Linha de Viaturas e do Depósito de Munições.
b) Os itinerários de acesso a estas posições.
c) Após a ocupação, conduz as Vtr liberadas para a L Vtr, organizando-a.
3) Fornece ao Sgt Aux Com:
a) O local da C Tel.
b) Os locais das instalações da Bia.
44. 3-8 CI 6-20/1
3-20
c) Os locais do PC/GAC e do PO.
4) Fornece ao Sgt Furriel:
a) Os locais da AT/ SU
5) Emprega o Cb Observador Nr 1:
a) Na missão de guiar a Bia O (-) a partir do Ponto de Liberação e para
fornecer ao CLF as informações relativas à: Ordem da coluna, Itinerário de acesso
à Posição, Itinerário de acesso à L Vtr, DGT e Tu Rem.
f. Tomadas as decisões e expedidas as ordens, o Cmt da Bia deixa com o O
Rec a supervisão dos resultados e vai reconhecer a posição de troca. Após o
reconhecimento, informa ao CLF do resultado.
g. Pontos críticos dos itinerários devem ser atravessados velozmente e com o
45. CI 6-20/1 3-8/3-9
3-21
escalonamento de viaturas julgado conveniente.
h. O Cmt de Bia O deve ter em mente que, devido à rapidez do combate
moderno, normalmente se executa no máximo duas rajadas de uma mesma posição.
Com isso, cresce de importância um reconhecimento judicioso das posições de
troca.
3-9. REOP COM TEMPO SUFICIENTE (OCUPAÇÃO NOTURNA)
a. O REOP com tempo suficiente (ocupação noturna) é realizado SEM
TRABALHOS PREPARATÓRIOS DIURNOS, o que equivale dizer que não é
realizado nenhum trabalho de pontaria da LF durante o dia, e que as principais
diferenças em relação ao citado no REOP com Ocupação de Posição Diurna são
que o CLF, o CP e os Guias participam dos trabalhos, realizando as seguintes
ações:
1) CLF:
a) Escolhe os locais da C Tir (Posto do CLF), do GB e da EO.
b) Escolhe, auxiliado pelos CP, o local das peças.
c) Determina que os CP reconheçam o itinerário de acesso à Pos,
estabelecendo também a ordem da coluna.
d) Planeja a defesa aproximada, confeccionando o Plano de Defesa Aprox,
na Esc 1:50.000, para a aprovação do Cmt de Bia.
e) Se designado, na hora prevista, aponta e comanda o tiro da peça de
46. 3-9 CI 6-20/1
amarração.
3-22
f) As viaturas da Bia devem estar preparadas para a ocupação noturna.
g) A utilização indevida de luzes, o ruído desnecessário e a perda de
material devem ser cuidadosamente evitados.
2) Chefes de Peça:
a) Auxiliam o CLF na escolha dos locais das peças.
b) Reconhecem e balizam os itinerários que vão do ponto onde as peças
são liberadas da coluna da Bia até as respectivas posições.
c) Depois de estaqueada a posição das peças, vão aguardar a chegada
da Bia no ponto onde receberão suas peças, para guiá-las até suas posições.
d) Um reconhecimento minucioso é o primeiro passo para uma boa ocu-pação
de posição.
e) Um plano de carregamento bem feito aumenta a rapidez e facilita o
trabalho, particularmente, à noite.
f) À noite use os dispositivos de iluminação sem descuidar da segurança.
g) Deve ser providenciada a iluminação:
(1) Das lunetas panorâmicas de cada peça.
(2) Do GB.
(3) Das balizas.
47. CI 6-20/1 3-9
h) Os guias deverão escurecer na posição e utilizar camisetas ou capa-cetes
3-23
brancos para melhor identificação por parte dos motoristas.
i) Use placas de identificação de tamanho regular e que possam ser lidas
com pouca luminosidade.
j) Evite a confusão da luzes das balizas, improvisando um sistema que
permita, da posição de cada peça, apagá-las ou acendê-las.
b. A viatura de munição só é encaminhada à Pos de Bateria para ser
descarregada.
48. 3-10/3-11 CI 6-20/1
3-10. SEGURANÇA IMEDIATA DA POSIÇÃO
3-24
O CLF estabelece o local das metralhadoras e das
armas AC. Prescreve, ainda, o sistema de alerta e outras
medidas de segurança a tomar.
Como Oficial de Segurança da Bateria, confecciona o
Plano de Defesa Aproximada.
As posições das armas AC são preparadas e não
ocupadas.
As metralhadoras são para a defesa AAe durante o
dia e para a defesa da posição, durante a noite.
3-11. POSTO DE OBSERVAÇÃO A SER INSTALADO PELA BATERIA DE
OBUSES
a. Observação
49. CI 6-20/1 3-11
1) O Cmt de Bia instrui o O Rec, sobre as determinações do Cmt do Gp a
3-25
respeito da instalação e ocupação do PO.
2) Após ser liberado dos trabalhos na posição ou de acordo com a determi-nação
recebida, o O Rec procede ao reconhecimento, instalação e ocupação do
PO da Bia.
a) O PO deve possibilitar a observação da Zona de Ação, em largura e
profundidade, com o mínimo de partes ocultas. Este é o principal fator a ser
considerado na escolha.
b. Considere ainda:
1) Facilidade de instalação e manutenção das comunicações.
2) Facilidade de camuflagem das instalações e vias de acesso desenfiadas.
3) Devem ser evitados pontos no terreno facilmente identificáveis.
50. 4-1
CAPÍTULO 04
REOP DO POSTO DE COMANDO
4-1. INTRODUÇÃO
a. A Bateria de Comando possui, atualmente, em seu Quadro Organizacional
(QO) a Seção Logística, responsável pelo desdobramento da Área de Trens (AT) do
GAC.
b. A Bateria de Comando realiza, com isso, o:
1) REOP do Posto de Comando do GAC
2) REOP da AT do GAC
4-2. REOP DO POSTO DE COMANDO DO GAC
a. O Cmt do GAC e o O Com reconhecem e escolhem a localização do PC,
conforme já foi visto anteriormente.
b. Cabe ao Cmt da Bia Cmdo (O Com) executar o reconhecimento minucioso
dos locais para instalação dos vários órgãos e proceder a ocupação.
51. 4-2/4-3 CI 6-20/1
4-2
c. As responsabilidades do Cmt da Bia Cmdo na localização dos órgãos do PC
e na organização da área são as mesmas de um Cmt de Bateria de Obuses.
d. Fatores para a escolha do PC:
1) Missão do escalão considerado
2) Facilidade para as comunicações
3) Segurança
4) Facilidade para instalação
4-3. ÓRGÃOS DO PC
a. Comando
b. Central de Tiro
c. Centro de Comunicações
d. Linha de Viaturas
e. Estacionamento da Bateria de Comando
f. Posto de Socorro
53. 4-4 CI 6-20/1
4-4. CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS DO POSTO DE COMANDO (PC)
4-4
a. As distribuições no terreno das várias instalações de um Posto de Comando
depende do espaço disponível, das características do terreno e das cobertas e
abrigos existentes; entretanto, obedecem,sempre que possível, à disposição
esquemática da figura abaixo.
b. Comando
- Fica localizado na área de PC e distante de 100 m dos demais órgãos.
c. Central de Tiro
1) Deve estar localizada onde não haja ruídos e interferência de pessoal
estranho.
2) Deve, também, estar convenientemente abrigada e ocupar posição cen-tral,
afastada do tráfego de viaturas.
54. CI 6-20/1 4-4
4-5
3) Deve estar na área de PC a 100 m dos demais órgãos.
d. Centro de Comunicações
1) O C Com é o órgão encarregado de estabelecer as ligações com os
escalões superior e subordinado, através dos meios informatizados que possui.
Também é constituído por:
a) Centro de Mensagens
b) Central Telefônica do Grupo
c) Posto Rádio
55. 4-4 CI 6-20/1
4-6
2) Centro de Mensagens - é órgão encarregado do recebimento,
processamento, difusão ou entrega das mensagens no PC. Deve possuir cobertura
e ser localizado próximo à entrada natural do PC, de modo a ser o primeiro órgão a
ser visto pelos mensageiros que se dirijam ao Posto de Comando.
3) Deve ser prevista uma área para o estacionamento de viaturas e motoci-cletas
de visitantes e mensageiros.
4) Central Telefônica do Grupo - a Central Telefônica deve ficar situada de
modo a facilitar a instalação dos circuitos.
5) Cobertura, proteção, ausência de ruídos de tráfego de viaturas e de pes-soal,
são características desejáveis para o local escolhido.
6) Um Ponto Inicial de Fios (PIF) deve ser instalado para impedir que as
equipes de construção de linha e as viaturas perturbem o trabalho dos operadores.
56. CI 6-20/1 4-4
7) Posto Rádio - abrange os aparelhos de rádio que operam nas redes de
4-7
Comando do Escalão Superior.
e. Linha de Viaturas
57. 4-4 CI 6-20/1
4-8
1) Deve ficar em região de fácil acesso, ampla e com bastante cobertas.
2) Deve ficar afastada da área do PC de 300 a 500m.
f. Estacionamento da Bateria de Comando
- O Estacionamento da Bia Cmdo deve ficar a cerca de 200m da área de PC.
g. Posto de Socorro
- É instalado e guarnecido pelo pessoal da turma de saúde da Seção Logística.
É localizado nas proximidades das Baterias de Obuses, em região de fácil acesso.
58. CI 6-20/1 4-4/4-5
4-9
h. Zona de Pouso de Helicóptero
1) É uma área plana prevista para a utilização de helicópteros.
2) Deve ser sinalizada segundo as normas para a orientação dos pilotos.
3) Deve estar localizada de 200 a 300 metros da área de PC.
4-5. RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DE PC
a. A conduta a observar pelo Cmt da Bia, desenvolve-se geralmente, na seguinte
seqüência:
1) Recebimento de ordens
2) Trabalhos Preparatórios
3) Execução do Reconhecimento
4) Planejamento e desdobramento do PC
b. Recebimento de ordens
1) O Cmt da Bia Cmdo, como Oficial de Comunicações do Grupo, participa
dos trabalhos de 1º Escalão e recebe ordens diretamente do Cmt do Grupo.
2) Em face do relatório apresentado pelo Cmt da Bateria de Comando, o
Cmt do Grupo decide aprovando ou modificando sua decisão preliminar quanto: ao
local de PC, ao sistema de comunicações fio, ao sistema de comunicações rádio e
a outros sistemas de comunicações.
c. Trabalhos Preparatórios
1) Nos trabalhos preparatórios do reconhecimento, o Cmt da Bateria de
Comando levará em conta:
a) Situação Tática
b) Tempo Disponível
59. 4-5/4-6 CI 6-20/1
4-10
c) Distância até a área a reconhecer e itinerário que a ela conduz
d) Pessoal disponível
e) Viaturas e material necessários para o reconhecimento e início dos
trabalhos na posição
d. Execução do Reconhecimento
1) O Reconhecimento da Bia Cmdo é dividido em escalões. O 1º Escalão é
executado exclusivamente pelo Cmt da Bia Cmdo.
2) Os 2º e 3º Escalões compreendem os elementos da Bia Cmdo que com-pletarão
o reconhecimento do Cmt da Bia e iniciarão os trabalhos de desdobramen-to
do PC, instalação das comunicações e estabelecimento da segurança.
3) O Cmt da Bateria de Comando realiza as seguintes ações:
a) Reconhece o local da ZPH
b) Inicia o planejamento da defesa imediata do PC
c) Indica ao Sgt Aux Operações:
- O local da C Tir/GAC.
d) Indica ao Sgt Chefe do Centro de Mensagens:
- O local do C Msg.
e) Indica ao Sgt Meteo:
- O local do Posto Meteorológico (se for o caso).
f) Indica ao Sgt Chefe da Tu Tel:
- O local da C Tel.
g) Indica ao Sgt Chefe da Tu Rádio:
- O local do Posto Rádio.
h) Indica ao Sgt Enc garagem:
- O local da Linha de Viaturas.
e. Planejamento e desdobramento do PC
1) O desdobramento do PC é progressivo.
2) Cada integrante da Bia Cmdo citado anteriormente instala, junto com sua
equipe, o órgão pelo qual é responsável.
3) Em determinadas situações de movimento, quando o tempo de perma-nência
na posição for restrito, os órgãos do PC poderão funcionar sobre rodas.
4-6. POSTOS DISTRIBUÍDOS PELA SEC LOG NA AT/GAC
a. O Apoio Logístico do GAC é executado pela Seção Logística da Bateria de
Comando, que tem as seguintes missões:
60. CI 6-20/1 4-6/4-7
1) Obter e distribuir as classes de Sup para as Baterias do Grupo.
2) Manter registros adequados de suprimentos.
3) Executar a manutenção orgânica, exceto aquela de responsabilidade das
4-11
demais Subunidades.
4) Organizar a Área de Trens do GAC (AT/GAC).
5) Coordenar as atividades ligadas à área de pessoal.
b. A Seção Logística da Bateria de Comando instala e opera:
1) Um Posto de Remuniciamento
2) Postos de Distribuição de Suprimento Classes I e III
3) Um Posto de Coleta de Salvados
4) Um Posto de Coleta de Mortos
5) Uma Área de Manutenção de Viaturas
6) Uma Área de Cozinhas
c. O REOP da Área de Trens do Grupo visa primordialmente o deslocamento e
a sua rápida instalação.
1) O S4 do GAC é o responsável, perante o comandante, pelo planejamen-to,
coordenação e supervisão das atividades logísticas voltadas para o material,
inclusive o controle da Área de Trens do GAC.
2) Ele conta com o Comandante da Seção Logística da Bia Cmdo (também
Adj S4) e que efetivamente comanda a Área de Trens.
3) A Área de Trens localiza-se, normalmente, na área de retaguarda da Bri-gada
(ou DE), buscando atender sua atividade-fim, isto é, dentro de determinadas
condições de segurança, prestar apoio cerrado à Unidade.
4) Na sua escolha devem ser levados em conta os seguintes fatores:
a) Condição da rede de estradas (proximidade com a EPS).
b) Acessos e saídas aos órgãos de suprimento.
c) Possibilidade de camuflagem e dispersão.
d) Distância da LP/LC.
4-7. CARACTERÍSTICAS DOS POSTOS MOBILIADOS PELA SEC LOG
a. Posto de Remuniciamento
1) O Oficial de Munições é o responsável pelo Posto de Remuniciamento do
GAC, tendo à disposição as três turmas de remuniciamento das Bia O.
2) O procedimento normal de remuniciamento dentro do GAC é a troca de
61. 4-7 CI 6-20/1
viaturas descarregadas por carregadas.
4-12
3) O GAC recebe a munição nos postos de suprimento classe V direta-mente
no Posto de Controle de Munição do Exército de Campanha.
b. Postos de Distribuição de Suprimento Classes I e III
1) Classe I
a) O transporte do Suprimento Classe I é feito da Área de Apoio Logístico
da Brigada para a Área de Trens do GAC pela Cia Log Sup do B Log.
b) O GAC não armazena suprimento, conduz apenas a sua reserva
orgânica.
c) O GAC pode distribuir o suprimento Classe I às Baterias de duas
maneiras:
(1) 1ª - diretamente na Área de Trens das SU, ficando o transporte a
cargo da turma de Sup da Bia Cmdo;
(2) 2ª - no posto de distribuição do grupo, ficando o transporte sob a
responsabilidade da SU consumidora.
2) CLASSE III
a) O recebimento do sup Classe III é feito no Posto de Distribuição da
Área de Apoio Logístico da Bda ou DE, pela troca de viaturas cisternas ou enchimento
das mesmas.
b) O GAC não armazena combustível.
c) No grupo, é adotado o processo da troca de camburões para a
distribuição de combustível às Baterias. A operação realiza-se no Posto de
Distribuição que o GAC instala AT/Gp.
62. CI 6-20/1 4-7
4-13
d) O transporte é a cargo da SU consumidora.
c. Posto de Coleta de Salvados
- O material salvado é posto normalmente no posto de coleta de salvados e
transportado para a Área de Apoio Logístico ou para as Estradas Principais de
Suprimento. O transporte é auxiliado pela Companhia Logística de Suprimento (do
Batalhão Logístico).
d. Posto de Coleta de Mortos
- Deve ser localizado o mais à retaguarda possível, próximo à EPS e em
local oculto das vistas da tropa.
e. Área de Manutenção de Viaturas
63. 4-7 CI 6-20/1
4-14
- O GAC normalmente se vale da Seção Logística de Manutenção, do B
Log, desdobrada junto ao Btl/Rgt reserva. Entretanto, deve estabelecer onde as
viaturas possam ser manutenidas.
f. Área de Cozinhas
- Em determinaddas situações, particularmente na defesa, as cozinhas po-dem
ficar centralizadas na Área de Trens do Grupo, passando o preparo da alimen-tação
e sua distribuição para o controle direto do S4.
64. CI 6-20/1 4-8/4-9
4-15
4-8. ASPECTOS DE SEGURANÇA DA AT/GAC A SEREM SEGUIDOS
a. Os seguintes princípios devem ser obedecidos:
1) Todos os órgãos devem estar dissimulados, dispersados e abrigados de
maneira a permitirem o trabalho diurno e noturno em segurança.
2) Os órgãos da Área de Trens devem estar suficientemente afastados entre
si, de modo a permitirem um trabalho simultâneo, ordenado e com o máximo de
discrição.
3) Quando estiver próximo a outras tropas devem ser estabelecidos entendi-mentos
para apoio.
4) A circulação no interior da Área de Trens deve ser perfeitamente organiza-da
e disciplinada. Quando for o caso, medidas complementares de camuflagem
artificial devem proteger os itinerários interiores.
5) Os acessos à posição devem ser balizados de modo que as viaturas
dirijam-se diretamente aos órgãos de suprimento ou de manutenção a que se des-tinam.
4-9. RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DA AT/GAC
a. O S4, auxiliado pelo Adjunto do S4, propõe o local a ser instalada a Área de
Trens. Os fatores de escolha foram citados anteriormente.
b. Planejamento da Ocupação: Após o reconhecimento pormenorizado, o Cmt
da Sec Log planeja a ocupação da posição, fixando a organização da coluna de
marcha e os itinerários de acesso à posição. Os Cmt de Seções e o Sargenteante
indicam os homens que servirão de guias.
65. 4-9 CI 6-20/1
4-16
c. A ocupação da posição será feita normalmente à noite, em hora proposta
pelo Cmt da Sec Log ao S4, que, após estudar a situação, submete-a à aprovação
do Cmt do GAC.
66. 5-1
CAPÍTULO 05
REOP DA ÁREA DE TRENS DO GAC
5-1. REOP COM TEMPO RESTRITO
a. O REOP com Tempo Restrito será abreviado, por estar condicionado ao
pouco tempo disponível e visa encontrar uma área de onde seja possível cumprir a
missão.
b. O tempo passa, assim, a ser um fator primordial, em favor do qual outros
requisitos têm que ser, se necessário, desprezados.
c. Os elementos de reconhecimento são lançados bem à frente, junto aos
escalões mais avançados; a execução é sumária e as mensagens são enviadas
por rádio:
67. 5-1/5-2 CI 6-20/1
5-2
1) Antes do início da marcha é realizado um Estudo de Situação,
consubstanciado no que se denomina Plano de Emprego do Grupo (PEG). Trata-se
de um documento gráfico, feito em calco, sobre a carta utilizada na operação.
2) As sucessivas Regiões de Procura de Posição (RPP) e de Observatórios,
previstas no PEG, servem apenas para orientar os reconhecimentos. Caso uma
posição prevista seja adequada, o elemento encarregado de reconhecê-la deverá
escolher outras nas suas proximidades e informará ao Cmt do Gp.
3) Assim, o Reconhecimento do Gp se limita a um rápido trabalho do Adj S/
2 ao longo do itinerário de marcha.
4) Evidencia-se, nas operações de movimento, o REOP de Bia, devido às
freqüentes descentralizações.
5) Quando a ocupação for decidida, os Cmt de Bia, acompanhados de seus
Oficiais de Reconhecimento, dirigem-se para a RPP, onde em ritmo acelerado,
desenvolvem os TRABALHOS normais para as ocupações.
6) O PC do GP deve ser instalado próximo ao itinerário de deslocamento e
sua localização é condicionada pelas Posições das Baterias e do Posto de Co-mando
do Esc Superior.
5-2. MUDANÇAS DE POSIÇÃO NO DECORRER DO COMBATE
a. As mudanças de posição do GAC são impostas pelo esquema de manobra
da tropa apoiada, devendo ser mantido um apoio de fogo contínuo.
b. Quando a mudança de posição se torna necessária, o Cmt Gp coordena
seu deslocamento com a tropa apoiada, informando ao escalão superior o processo
de mudança de posição, hora do início, tempo de duração do movimento e o local
da nova área de posição.
c. O GAC orgânico de Bda ou em Ap Dto a uma força pode mudar de posição
por um dos dois processos a seguir:
1) Por unidade: o Grupo muda de posição como um todo.
2) Por escalões de Subunidade: utilizado quando o Grupo não conta com
qualquer tipo de reforço.
3) Pode realizar-se de três maneiras:
a) 1ª – Deslocando uma Bateria de Obuses (canhões) e parte da Central
de Tiro, deixando o restante do Gp em posição, para constituir o 2º Escalão (1-2).
b) 2ª – Deslocando o Gp ( - ) e parte da Central de Tiro, deixando uma
Bateria em posição para constituir o 2º Escalão (2-1).
c) 3ª – Deslocando uma Bateria de cada vez, mantendo a qualquer
momento, duas Baterias em posição (1-1-1).