1. O documento descreve a história da Igreja no período imperial romano, desde a conversão de Constantino até o século VI. Aborda temas como a conversão de Constantino, o Édito de Milão, os sete concílios ecumênicos e controvérsias como a donatista.
1. HISTÓRIA DA IGREJAHISTÓRIA DA IGREJA
ENSINAI – Aula 2ENSINAI – Aula 2
Pb. Lisandro CronjePb. Lisandro Cronje
Tenda da FazendinhaTenda da Fazendinha
2. HISTÓRIA DA IGREJA
A IGREJA IMPERIAL (313-590)
Em 313, Constantino assume o Império Romano, onde
depois de uma suposta conversão, encerra a perseguição
ao cristianismo.
Diocleciano, seu antecessor, havia reestruturado o império
em “oriente e ocidente”, sendo cada bloco comandando
por um imperador e um vice-imperador (ou césar).
Eles governariam por 20 anos , sendo sucedido pelos
césares mais 20 anos, assim por diante.
Em 286, Diocleciano indicou Maximiano imperador do
ocidente, enquanto ele mesmo governava o oriente. Os
césares eram Constâncio Cloro, pai de Constantino no
oriente e Galério no oriente.
3. HISTÓRIA DA IGREJA
A IGREJA IMPERIAL (313-590)
Em 305, Galério torna-se imperador do oriente e promove
grande perseguição aos cristãos, mas em 311, seis dias antes de
morrer, promulgou o Édito de Tolerância, permitindo aos
cristãos certa liberdade e paz.
Esta nova situação nova trouxe benefícios e malefícios: trouxe
paz e liberdade aos cristãos, contudo, ela aproxima a igreja do
poder secular e político, marcando o início de seu declínio
moral e espiritual.
A igreja torna-se mais íntima do poder temporal que do poder
do alto, e assim foi até 590. Quando Gregório, o Grande,
assume a liderança da igreja, esta estava enriquecida e
fortalecida politicamente, mas distante do modelo espiritual da
igreja primitiva.
4. HISTÓRIA DA IGREJA
1. A CONVERSÃO DE CONSTANTINO
Com a morte de Galério, Maxêncio tomou o lugar que se seria e
de Constantino por manobras políticas.
Constantino aliou-se a Licínio e marcha em direção a Roma em
312, para lutar contra Maxêncio.
Durante esta marcha, Constantino viu em sonho um sinal de
uma cruz no céu, brilhante como o sol, na qual esta
escrito:”Com isto vencerás”. Mais tarde ele alegou que o
Próprio Cristo lhe aparecera, segurando uma cruz.
Seguindo seu curso sob estas visões, Constantino vence a
batalha. Ele e Licínio dividem o poder, e em 324 ele destitui seu
antigo aliado assumindo soberano como único governante do
Império Romano.
5. HISTÓRIA DA IGREJA
1. A CONVERSÃO DE CONSTANTINO
- A conversão de Constantino até hoje é motivo de controvérsia,
podendo ser encarada como oportunismo político, mas é certo que
sob seu governo cessou a perseguição aos cristãos.
- Contudo, sob seu governo, enquanto imperador, detinha o título
se Sumo Sacerdote Pagão (sumo Pontífice da Ordem Babilônica).
- Somente aceitou o batismo em seu leito de morte em 337.
6. HISTÓRIA DA IGREJA
2. O ÉDITO DE MILÃO
Ao assumir o poder Constantino promulgou o Édito de Milão,
em 313, garantindo aos cristãos a liberdade de culto e
colocando o cristianismo em igualdade com as demais religiões
do império.
Com esse édito, devolveu as propriedades confiscadas durante
as perseguições aos cristãos, trazendo nova era para a igreja,
aproximando-a do estado.
7. HISTÓRIA DA IGREJA
3. A NOVA SITUAÇÃO DA IGREJA
Esta nova situação da igreja, trouxe novas leis para favorecê-la.
Após 6 ano do édito de Milão, uma nova lei isentou o clero de
pesados impostos.
Mo mesmo ano em 319, foram proibidos sacrifícios aos deuses
pagãos em casas particulares.
Em 321, a igreja foi autorizada a receber donativos,
equiparando-se aos privilégios de pessoa jurídica.
Haviam templos sendo restaurados e novos em todos os
lugares. Constantino construiu templos magníficos, como a
Basílica de São Pedro em Roma, e a igreja do Santo Sepulcro.
Templos pagãos em forma de basílicas foram consagrados ao
culto cristão, aumentando em todos os lugares o número dos
cristãos.
8. HISTÓRIA DA IGREJA
3. A NOVA SITUAÇÃO DA IGREJA
- Contudo, decaia o nível moral dos chamados cristãos. Pouco a
pouco os rituais pagãos foram sendo introduzidos no culto.
- algumas antigas festas pagãs foram introduzidas com nomes
diferentes. Por volta de 405, as imagens dos santos e mártires
começaram a aparecer nos templos como objetos de reverência,
mas não tardaram a ser adorados.
- a adoração a Maria substitui a adoração às deusas Vênus e Diana.
- Gradualmente o dinheiro publico foi enriquecendo as igrejas,
sendo os Bispos tratados como funcionários pagos pelo Estado.
- Domingo foi proclamado dia de descanso e de adoração em todo
o império. Em 321 Constantino havia proibido o funcionamento
dos tribunais aos domingos, exceto para libertação de escravos.
- As crucificações foram abolidas e as gládias proibidas.
9. HISTÓRIA DA IGREJA
3. A NOVA SITUAÇÃO DA IGREJA
- Com o fim das perseguições, todos queriam ser membros da
igreja e quase todos foram aceitos, resultando na ascensão da
igreja ao poder.
- Isto foi fatal para o já cambaleante cristianismo, pois já não tinha
o poder para transformar o mundo, mas sendo invadido pelos
pagãos, acomodou-se a eles.
- Embora houvessem alguns que mantinham seu espírito puro, o
clima dominante era de mediocridade e decadência espiritual.
10. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A CONTROVÉRSIA DONATISTA
Na época do Édito de Milão, a igreja no Norte da África achava-
se dividida. O líder rebelde chamado Donato, revindicou sua
parte do dinheiro estatal.
O Sínodo reúne-se em Roma e decide contra os rebeldes,
agravando a situação.
Em 314, reúne-se um grande concílio, validando a consagração
de um bispo de nome Ceciliano, que foi rejeitado pelos
Donatistas.
Estes então consagraram um bispo para si, de nome Majorino, e
depois Donato (que deu nome ao movimento).
O Imperador determina o fechamento de seus templos e o
banimento dos bispos. Cristão perseguindo Cristão.
Esta é apenas uma amostra da política imperial estabelecida por
Constantino para os problemas eclesiásticos.
11. HISTÓRIA DA IGREJA
5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
O Império Romano do Séc IV tinha interesse em conservar a
unidade da igreja por ser sua religião oficial, pois ela já vinhe
sendo abalada com divisões e controvérsias doutrinárias. Foi
nesse propósito que se realizaram os concílios.
Os sete primeiros concílios foram realizados entre 325 e 787,
chamados ecumênicos, isto é, universais, pois representavam
toda a igreja. São eles: Niceia I, Constantinopolitano, Éfeso,
Calcedônia, Constantinopolitano II, Constantinopolitano III e
Niceia II.
12. HISTÓRIA DA IGREJA
5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.1. Niceia I(325)
No início do séc IV, Ário, pastor de Alexandria, começou a
ensinar que Deus é um só e não pode ser conhecido. A igreja
aceitava a doutrina de Tertuliano segundo o qual Deus é uma
única substância que consistia em três pessoas.
Ário convenceu a muitos, principalmente ex-pagãos, que
estavam mais propensos a associar Jesus com os semideuses da
mitologia grega.
O imperador romano Constantino convocou este concílio para
resolver uma controvérsia importante na época que tratava da
relação de Jesus Cristo (Deus Filho) com Deus Pai e para
estabelecer um acordo universal sobre o tema.
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5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.1. Niceia I(325)
- Antes deste concílio, os bispos se reuniam apenas em encontros
regionais como o Concílio de Jerusalém, e jamais havia ocorrido
um encontro universal (ou ecumênico) antes. Mas, desta vez,
representantes vieram de todos os cantos do império, em
viagens custeadas pelo imperador.
- O concílio produziu um credo, o credo niceno original, que
recebeu apoio quase unânime. A doutrina do concílio de um
"Filho unigênito do Pai" (Jesus) como sendo da mesma substância
que o Pai se tornou a pedra fundamental do trinitarianismo
cristão.
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5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.1. Niceia I(325)
- O concílio também tratou do tema da data da Páscoa
(controvérsia da Páscoa), reconheceu o direito da sé de
Alexandria de jurisdição fora de sua própria província e as
prerrogativas das igrejas em Antioquia e em outras províncias.
Ele aprovou também o costume pelo qual a sé de Jerusalém era
honrada, mas sem a distinção de uma sé metropolitana.
5.2. Constantinopolitano(381) – No ano 330, Constantino inaugurou
a cidade de Constantinopla, também chamada Nova Roma,
transferindo a capital do império para esta nova capital.
- Convocado por Teodósio, este concílio alterou o texto aprovado
em Niceia, designando-lhe como 2º lugar em importância
depois de Roma e antes de Alexandria.
- também adaptou o Credo Niceno, desenvolvendo ensinos a cerca
15. HISTÓRIA DA IGREJA
5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.2. Constantinopolitano(381)
- do E.S.
- foi condenado o ensino de Apolinário, segundo o qual, na
encarnação, o Logos divino substituíra a alma humana de Cristo.
5.3. Éfeso(431) – Convocado pelo Imperador Teodósio II, do
oriente, e Valentiniano III, do ocidente, discutiu a heresia do
Pelagianismo “que girava em torno da questão de como seres
humanos são salvos”. (ver Livro)
5.4. Calcedônia(451) – O Concílio de Niceia havia definido a
natureza divina de Cristo, faltando explicar sua natureza
humana. O Imperador Marcião convocou este concílio para
dirimir a questão. Contudo, na época a política pesava muito nas
decisões, estando quase sempre Roma e Alexandria alinhadas e
contrárias a Antioquia e Constantinopla.
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5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.4. Calcedônia(451) – Este concílio repudiou a doutrina de
Eutiques conhecida como “monofisismo”, descreveu e delineou a
chamada "União Hipostática" e as duas naturezas de Cristo, a
humana e a divina, e adotou o credo calcedoniano.
5.5. Constantinopolitano II(553) – Este concílio deu nova
interpretação aos decretos de Calcedônia, expressando-os pela
perspectiva alexandrina. Procurou explicar em termos mais
construtivos a maneira que as duas naturezas de Cristo se
uniram para formar uma única pessoa.
- Também condenou o semipelagianismo.
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5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.6. Constantinopolitano III(680-681) – Este concílio condenou o
monotelismo, uma doutrina que vinha ganhando amplo suporte
desde que fora proposta em 638 pelo patriarca Sérgio I de
Constantinopla como uma nova tentativa de apelar aos cristãos
monofisitas afirmando que Jesus encarnado teria duas
naturezas (a divina e a humana), mas teria apenas uma vontade,
a divina.
- A resposta do concilio foi que Cristo tem duas naturezas, então
há duas vontades, a humana e a divina.
18. HISTÓRIA DA IGREJA
5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.7. Niceia II(787) – Desde o séc IV, os cristãos, na prática adoravam
imagens. Este hábito foi se degradando em baixa superstição,
colocando o cristianismo moral e espiritualmente abaixo dos
muçulmanos, que estavam em alta nessa época.
- O abuso levou o imperador Constantino Coprônimo a convocar um
concílio, reunindo 320 bispos, e condenou o culto as imagens, mas
a imperatriz Irene, regente em nome do filho menor constantino,
convocou o 7º concílio ecumênico em Niceia.
O Concílio fez duas coisas: restaurou o uso de imagens nas igrejas e
nos cultos, e, diferenciou entre “latria”, a adoração que se deve a
Deus, e “dulia”, a veneração inferior que se presta a imagens. No
início, houve confusão no ocidente, porque o latim não possuía
duas palavras para fazer a distinção exata que se fez através dos
termos gregos “latria” e “dulia”.
19. HISTÓRIA DA IGREJA
5. OS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
5.7. Niceia II (787) – Também decidiu que a representação figurada de
Cristo, da Virgem Maria, dos Anjos e dos Santos não só era
permitida, como também recomendada.
5.8. O Reconhecimento dos concílios pelos cristãos – As igrejas
ortodoxas acreditam que os primeiros sete concílios ecumênicos
da igreja não dividida, constituem o corpo doutrinário definitivo da
cristandade. Rejeitam qualquer modificação ou acréscimo ao que
foi definido até 787, bem como a doutrina da infalibilidade papal.
- a Igreja Católica defende o processo contínuo das descobertas da
verdade teológica, tendo como válido todos os concílios
realizados após os sete primeiros. Até hoje são 21 concílios
ecumênicos.
- Unanimemente, somente os quatro primeiros são reconhecidos.
20. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.1. Agostinho (354-430) - Agostinho (354-430) - Aurélio
Agostinho nasceu na cidade de Tagaste de Numídia, província
romana ao norte da África, hoje atual região da Argélia, no ano
de 354. Iniciou seus estudos em sua cidade natal, seguindo
depois para Cartago. Ensinou retórica e gramática, tanto no
Norte de África como na Itália. Ficou conhecido como o Filósofo
e Teólogo de Hipona. Polemista capaz, pregador de talento,
administrador episcopal competente, teólogo notável, ele criou
uma filosofia cristã da história que continua válida até hoje em
sua essência.
Inspirado no tratado filosófico, Hortensius, de Cícero,
converteu-se em ardoroso pesquisador da verdade, aderindo ao
maniqueísmo. Com vinte anos, perdeu o pai e ficou sendo o
responsável pelo sustento da família.
21. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.1. Agostinho (354-430)
- Mudou-se para Roma. Sua mãe foi contra a mudança e Agostinho
teve de enganá-la na hora da viagem. De Roma viajou a Milão,
onde foi novamente professor de retórica.
- Foi influenciado pelos estóicos, por Platão e o neoplatonismo,
também estava entre os adeptos do ceticismo. Em Milão,
conheceu Ambrósio que o converteu ao cristianismo. Agostinho
voltou ao norte da África, onde foi ordenado sacerdote e, mais
tarde, consagrado bispo de Hipona. Combateu a heresia
maniqueísta que antes defendia e participou de dois grandes
conflitos religiosos: o Donatismo e o Pelagianismo.
- Sua obra mais conhecida é a autobiografia Confissões, escrito,
possivelmente, em 400. Em A Cidade de Deus (413-426)
formulou uma filosofia teológica da história.
22. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.2. Ambrósio (340-397) – Bispo de Milão, destacou-se por sua luta
contra o arianismo.
- Estabeleceu um padrão musical para sua diocese, que mais tarde
passou a ser conhecido como “Canto Gregoriano”. Por esse
motivo é denominado Pai dos Cânticos.
- Contribuiu para a união da igreja na época em que o Império
Romano desmoronava.
- Escreveu dezenas de tratados, destacando-se De Officiis
Ministrorum, onde aborda o tema da ética dos cléricos.
- Tornou-se bem conhecido por ter sido mentor de Agostinho de
Hipona.
23. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.3. Eusébio de Cesareia (265-340) – Nascido em Cesareia da
Palestina, foi nomeado bispo dessa cidade em 313. foi adepto do
arianismo por certo tempo, porém o imperador Constantino
convenceu-o a aceitar o Credo Niceno.
- Foi Constantino que incumbiu Eusébio de fazer a narração desta
primeira história do Cristianismo, coroando-a com a sua imperial
adesão a Cristo. “A ortodoxia era apenas uma das várias formas
de cristianismo, durante o século III, e pode só ter se tornado
dominante no tempo de Eusébio” (JOHNSON, 2001: 69). Ele é o
autor de importantes obras tais como: "História Eclesiástica",
"Vida de Constantino", Onomasticon (uma enciclopédia bíblica)
entre outras.
24. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.4. Jerônimo (347-420) – é considerado o mais sábio entre os pais
da igreja. Estudou gramática, retórica e filosofia, e conhecia o
hebraico, o grego, o latim e o copta. Erudito das Escrituras e
Tradutor da Bíblia para o Latim. Sua tradução, conhecida como a
Vulgata, ou Bíblia do Povo, foi amplamente utilizada nos séculos
posteriores como compêndio para o estudo da língua latina,
assim como para o estudo das Escrituras.
- Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte
do Mar Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua
juventude em Roma estudando línguas e filosofia. Apesar da
história não relatar pormenores de sua conversão, sabe que se
batizou quando tinha entre dezenove para vinte anos. Logo após,
Jerônimo embarcou em uma peregrinação pelo Império que
levou vinte anos. Também escreveu 24 comentários bíblicos,
entre outras obras.
25. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.3. Eusébio de Cesareia (265-340) – Nascido em Cesareia da
Palestina, foi nomeado bispo dessa cidade em 313. foi adepto do
arianismo por certo tempo, porém o imperador Constantino
convenceu-o a aceitar o Credo Niceno.
- Foi Constantino que incumbiu Eusébio de fazer a narração desta
primeira história do Cristianismo, coroando-a com a sua imperial
adesão a Cristo. “A ortodoxia era apenas uma das várias formas
de cristianismo, durante o século III, e pode só ter se tornado
dominante no tempo de Eusébio” (JOHNSON, 2001: 69). Ele é o
autor de importantes obras tais como: "História Eclesiástica",
"Vida de Constantino", Onomasticon (uma enciclopédia bíblica)
entre outras.
26. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.5. João Crisóstomo (347-407) – Criado em Antioquia, seus grandes
dotes de graça e eloquência como pregador levaram-no a ser
chamado a Constantinopla, onde se tornou patriarca, ou
arcebispo.
- Como os outros Apologistas, ele harmonizou o ensinamento cristão
com a erudição grega, dando novos significados cristãos a antigos
termos filosóficos, como a caridade. Em seus sermões, defendia
uma moralidade que não fizesse qualquer transigência com a
conveniência e a paixão, e uma caridade que conduzisse todos os
cristãos a uma vida apostólica de devoção e de pobreza comunal.
- Essa piedosa mensagem, entretanto, tornou-o impopular na corte
imperial e mesmo entre alguns membros do clero de
Constantinopla, de modo que acabou sendo banido e morreu no
exílio.
27. HISTÓRIA DA IGREJA
6. OS PAIS DA IGREJA
6.6. Teodoro de Mopsuéstia (350-428) – é considerado “o príncipe
dos exegetas” da antiguidade. Pertencia a escola de Antioquia e,
juntamente com Crisóstomo, insisti em que o texto bíblico devia
ser entendido em seu contexto histórico e gramatical.
28. HISTÓRIA DA IGREJA
7. A IGREJA CATÓLICA ROMANA
Como observamos, a Igreja Católica Romana é resultado da
união da igreja do séc.IV com o Império Romano. Deste
processo resultou em uma organização centralizada na pessoa
do para, iniciando um fortalecimento do poder secular dos
bispos, resultante do poderio do bispo de Roma.
Com o declínio do Império Romano, este bispo cresceu em
influência e consolida seu poder durante o bispado de Gregório,
o grande.
7.1. A autoridade dos bispos
Os bispos do século IV tiveram sua autoridade aumentada por
meio dos concílios ecumênicos. Decidindo questões doutrinárias
de toda igreja, ele cresceram em prestígio.
29. HISTÓRIA DA IGREJA
7. A IGREJA CATÓLICA ROMANA
7.1. A autoridade dos bispos
Robert Hasting Nichols explica que o processo de centralização
da autoridade na igreja desenvolveu-se com o aparecimento do
bispo, que a princípio era somente o dirigente de uma igreja e
depois tornou-se governador de uma diocese, e posteriormente
os bispos das capitais cresceram mais ainda, chamados bispos
metropolitanos, mais tarde ainda como patriarcas, como os
bispos de Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e
Jerusalém.
7.2. O Engrandecimento do bispo de Roma
H. H. Halley: todos os bispos foram igualmente respeitados até
313, quando o bispo de Roma autodenominou-se primus inter
pares...(ler)
30. HISTÓRIA DA IGREJA
7. A IGREJA CATÓLICA ROMANA
7.2. O Engrandecimento do bispo de Roma
A transferência da capital para Constantinopla, em 330, deu
grande impulso à consolidação do poder de Roma. Embora
Roma tivesse a primazia como centro do mundo cristão, a figura
do bispo era ofuscada pelo imperador.
Com a mudança da capital para Constantinopla, o bispo de
Roma passou a ser a principal autoridade na antiga capital.
No Séc. V, alegou-se autoridade e sucessão apostólica de Pedro
para o bispo de Roma.
31. HISTÓRIA DA IGREJA
7. A IGREJA CATÓLICA ROMANA
7.3. O bispado de Gregório, O Grande
As pretensões de dar ao bispo de Roma a primazia definitiva
sobre os demais bispos foram cimentadas na gestão de Gregório
I, entre 590 a 604. J. N. Akers declara: … (livro)
Considera-se o papado de Gregório I, o Grande, por sias notáveis
qualidades políticas e administrativas, o marco inicial da idade
média.