2. LIVROS POÉTICOS
INTRODUÇÃO
A poesia pode ser encontrada em todo o Antigo
Testamento, mas há uma seção totalmente
composta por livros poéticos e sapienciais. São eles:
Jó
Salmos
Provérbios
Eclesiastes
Cantares
3.
4. LIVROS POÉTICOS
INTRODUÇÃO
Estes cinco livros que ficam no meio dos livros
históricos e proféticos são muitos diferentes
daqueles que vem antes ou depois deles.
Os livros poéticos tratam dos temas mais diversos: o
problema do sofrimento humano, cânticos e
poemas, máximas de sabedoria, reflexões sobre a
vida, amor, etc.
Os livros poéticos não tratam da nação de Israel,
mas tratam de assuntos individuais do coração.
5. LIVROS POÉTICOS
INTRODUÇÃO
Eles falam de indivíduos como tais, do coração
humano.
Não são a única poesia encontrada no Velho
Testamento.
Os livros poéticos falam das experiências da vida, da
relação do coração com Deus e da intimidade que o
salvo tem com Deus.
6. LIVROS POÉTICOS
A POESIA HEBRAICA
Devemos dizer algumas palavras sobre a natureza da
poesia hebraica. Porque ela difere muito da poesia
encontrada no mundo em vários dos seus aspectos.
Uma grande parte da poesia do mundo apóia-se na rima
(no paralelismo sonoro) e no ritmo de tempo. Na rima
atingimos o prazer da concordância fonética. No ritmo
atingimos o prazer da concordância métrica. Mas na
poesia hebraica não é a rima nem o ritmo de sons, mas é o
paralelismo de idéias ou verdades. Isso pode ser de três
maneiras: completivo, contrastante e construtivo.
7. LIVROS POÉTICOS
A POESIA HEBRAICA
Exemplos do completivo (progressivo): Salmo 92:12,
Salmo 46:1, Salmo 19:7 e Salmo 30:11. O segundo
pensamento coincide com o primeiro, mas não é igual,
porque desenvolve, enriquece, completa e colore o
primeiro pensamento.
Exemplos do contrastante (antitético ou contrário). O
livro de Provérbios contém muitos deles. Provérbios 3:5,
Provérbios 27:6, Salmo 30:5, Provérbios 14:11, Salmo
32:10. Pode ver que o segundo pensamento contrasta
com o primeiro pensamento.
8. LIVROS POÉTICOS
A POESIA HEBRAICA
Exemplos do sinônimo: Salmo 2:4, Provérbios
1:8. Nestes versículos a segunda linha repete o
mesmo pensamento da primeira linha em outras
palavras.
Exemplos do construtivo: Provérbios 30:17, Salmo
21:1-2, Salmo20:7-8. O belo desenvolvimento dos
versículos é facilmente perceptível.
9. JÓ
1. Introdução
- Através da dolorosa experiência de Jó, ricas e profundas
lições nos são ensinadas sobre o sofrimento dos justos e
seu propósito.
-Portanto, nesta série de lições extraídas do seu livro,
verificaremos que é perfeitamente possível ao crente
permanecer adorando ao Senhor, mesmo estando sob o
calor das mais duras provações; aliás, quando o
verdadeiro crente atravessa o sombrio vale da sombra e
da morte, ou enfrenta o calor da fornalha da aflição, para
ele, a adoração se torna uma espécie de refúgio através
da qual recebe refrigério para a alma.
10. JÓ
1. Introdução
O conteúdo do livro de Jó é realmente de um valor sem igual,
a sua importância para a história da literatura, foi
abordada com as seguintes expressões: “O livro de Jó é
talvez a maior obra - prima do espírito humano” - Victor
Hugo
“Ergue-se como pirâmide na história da literatura, sem
precedente e sem rival” - Philip Schaff
A importância deste livro se prende ao fato de ser inspirado
por Deus, e da discussão filosófica apresentada comum a
linguagem altamente poética a cerca do sofrimento
humano.
11. JÓ
2.Autoria e Data: Há opiniões de que tenha sido escrito por
Moisés, Esdras, Salomão, Eliú ou o próprio Jó; porém há um
consenso geral entre os estudiosos de que o livro tenha sido
escrito por Moisés, enquanto esteve no deserto de Midiã, Ex 2.15,
pois Midiã servia de limite ao país dos edumeus; e por
conseguinte, Moisés deve ter ouvido a história de Jó dos lábios
dos seus descendentes imediatos; ou mesmo do próprio Jó, se
realmente se confirma a hipótese de que a sua origem tem relação
com Edom.
- A antiga tradição judaica atribuía sua autoria a Moisés. Se de
fato Jó era descendente de Abraão, Moisés pode reconhecê-lo
como estando dentro do círculo da revelação divina.
12. JÓ
3. Tema e Propósito: O livro de Jó é uma antiga obra
doutrinária, divinamente inspirada; fala da doutrina de Deus,
do homem, de Satanás, do pecado, da justiça, da disciplina,
da fé, da criação e outras. No livro de Jó temos a revelação de
fatos divinos e sobrenaturais, pois aborda fatos essenciais
sobre Deus e o seu favor para com os seus filhos, e o seu
controle sobre Satanás.
- Neste livro temos a resposta à intrincada pergunta: “Porque
o justo sofre enquanto os ímpios gozam de saúde e
prosperidade? ”Porquanto, sua mensagem mostra a
recompensa que tem aqueles que perseveram na fidelidade a
Deus.
13. JÓ
4. Esboço: O livro pode ser dividido em cinco partes:
A Provação (1.1-2.10).
O Diálogo entre Jó e seus amigos (2.11-31.40).
A participação de Eliú (32-37).
O Senhor fala (38-41).
A Restauração de Jó (cap. 42).
5. Fatos Importantes: Diálogo entre Deus e Satanás
14. JÓ
6. Características Especiais: Se o Livro foi escrito na época
dos patriarcas, ele é o livro mais antigo da Bíblia, além de
ser aquele que mais menciona satanás.
15. SALMOS
1.Introdução
O livro dos Salmos é o mais extenso das Escrituras e é
formado por uma coleção de poemas de louvores ao Senhor.
É uma obra literária que tem como alvo principal o
engrandecimento do nome do Senhor.
- Seus cânticos expressam os sentimentos da alma dos seus
escritores em reverente culto ao Todo-Poderoso. Os salmos
foram escritos há muitos séculos, porém, continuam sendo
de grande edificação para a Igreja do Senhor no século XXI.
O homem de hoje é basicamente o mesmo dos tempos de
Davi e Asafe, ainda que tenha progredido socialmente
através dos séculos.
16. SALMOS
1.Introdução
- Ele continua sendo um ser que sente alegria, tristeza, dor,
que se preocupa com as coisas da vida e que sempre precisa
de Deus. Os altos e baixos da vida fazem parte dele como
faziam em relação a Israel nos dias em que os diversos
salmistas compuseram os salmos.
- Salmodiar significa literalmente no grego, cantar com
acompanhamento musical.
- No hebraico o título do livro dos Salmos era “sefer
tehillim”, que significa “livros dos louvores”, às vezes
somente era chamado “tehillim” ou “louvores”.
17. SALMOS
2.Autoria e Data:
Davi .....................................................73 Salmos
Asafe ....................................................12 Salmos
Os Filhos de Coré ..................................11 Salmos
Salomão ..................................................2 Salmos
Etã............................................................ 1 Salmo
Hemã .......................................................1 Salmo
Moisés ......................................................1 Salmo
e outros de autores desconhecidos.
18. SALMOS
2.Autoria e Data: Os Salmos foram escritos por vários
autores, durante muitos anos. Mais de 1.000 anos desde
Moisés (1.500a.C.) até Esdras (450a.C.). É geralmente aceito
que Esdras, o escriba, reuniu e classificou os Salmos em
ordem temática.
3. Tema e Propósito: “Louvor, adoração, arrependimento e
exaltação ao Senhor”, enfatizando o Messias, a Lei, a Criação,
o Futuro de Israel,etc.
- O salmista exclama e louva ao Senhor porque ele é digno, é
bom, é misericordioso, é justo e porque o tem resgatado das
garras dos seus inimigos, da força dos seus adversários, da
prisão,da escravidão e do cativeiro.
19. SALMOS
3. Tema e Propósito: São três os propósitos do Livro de
Salmos:
1º)Revelar o espírito de devoção do povo de Deus, através
de vários acontecimentos e incidentes ocorridos nas suas
vidas.
2º)Divulgar as profecias messiânicas cujo cumprimento os
judeus tanto aguardavam.
3º)Convidar outros povos a se unirem aos filhos da promessa
a fim de juntos prestarem culto ao Senhor.
20. SALMOS
4. Esboço: Os Salmos, conforme se encontram no hebraico,
foram divididos em cinco livros, conforme mostramos a
seguir:
LIVRO I– Salmos 1-41. Quase todos são de autoria de Davi,
correspondem ao livro de Gênesis por causa de sua ênfase
sobre o pecado do homem e sua necessidade de Deus. O
nome “Senhor” Jeová é salientado nestes poemas.
LIVRO II – Salmos 42-72. Davi se destaca como o principal
escritor destes Salmos. Correspondem ao livro de Êxodo
por causa dos seus temas sobre a salvação do homem e
libertação de Israel. O nome “Deus Elohim” domina esta
divisão.
21. SALMOS
LIVRO III – Salmos 73-89. O principal autor destes Salmos é
Asafe. Correspondem a Levítico e seus temas tratam do
Tabernáculo, da liturgia levítica e da santidade de Deus. Os
nomes Deus Elohim e Senhor Jeová são enfatiza dos com
freqüência.
LIVRO IV – Salmos 90–106. É incerta a autoria desses Salmos.
Correspondem ao livro de Números, por causa dos seus
temas concernentes aos perigos, bem como a proteção
durante a peregrinação do povo de Israel no deserto. Vários
destes salmos são proféticos e ressaltam o tempo em que os
judeus cessaram suas peregrinações entre as nações
gentílicas. O nome “Senhor Jeová” é o mais destacado.
22. SALMOS
LIVRO V – Salmos 107-150. De autoria variada,
correspondem ao livro de Deuteronômio, pelo fato de
enaltecer a Palavra de Deus, a Lei, e o louvor; o âmago desta
última divisão é o Salmo 119. O nome do Senhor Jeová é
predominante nestes Salmos.
23. SALMOS
5. Fatos Importantes e Características Especiais:
- Há cerca de 186 citações dos Salmos no Novo Testamento, o
que ultrapassa qual quer outro livro do Antigo Testamento. É
fato claro que Jesus e os escritores do Novo Testamento
conheciam muito bem os salmos, e que o Espírito Santo usou
muitas passagens do livro nos ensinos de Jesus, bem como o
Messias predito: Por exemplo, observe Salmo 110 com
apenas sete versículos é mais citado no N.T. do que qualquer
outro capítulo do Antigo Testamento.
- Ele contém profecias sobre Jesus como Messias, como o Filho
de Deus e como sacerdote eterno, segundo a ordem de
Melquisedeque.
24. SALMOS
- Sua primeira e sua segunda vinda; sua qualidade de Filho
de Deus e seu caráter; Seu sofrimentos e morte expiatória;
Sua ressurreição.
- Salmos é o maior livro da Bíblia, e contém o capítulo mais
extenso, Sl 119.1-176, o capítulo mais curto, 117.1,2. E o
versículo central da Bíblia Sl 118.8.
25. PROVÉRBIOS
1. Introdução
Apesar do nome, o livro de Provérbios é mais que uma
coletânea de provérbios. Os capítulos de 1-9 contêm alguns
discursos longos, e o livro termina comum poema de louvor à
mulher virtuosa, Pv 31.10-31. Entretanto, grande parte do
livro é preenchida por ditados e provérbios pelos quais é mais
conhecido.
- Provérbio é um ditado curto e sentencioso, e por ser
inspirado por Deus, não devemos entendê-lo como
sabedoria popular, mas um conjunto de profundas verdades
espirituais.
26. PROVÉRBIOS
2.Autoria e Data: A autoria é atribuída a Salomão, filho de
Davi, Pv1.1; 25.1. Contudo, há também as palavras de Agur, Pv
30, e palavras do rei Lemuel, Pv 31. Há quem diga que Agur e
Lemuel são pseudônimos de pessoas que nos são familiares;
mas, o mais provável é que sejam sábios sobre os quais não
temos nenhuma informação.
- Já que não conhecemos a identidade dos demais autores, não
temos como saber a data da composição dos mesmos.
Entretanto, há outro motivo para datar o livro, pois
conhecemos a identidade de Salomão, o seu principal autor, e
também de Ezequias, que viveu aproximadamente entre 716-
687 a.C. Portanto, entende-se que o livro de Provérbios surgiu
entre 985 a 945 a.C.
27. PROVÉRBIOS
3. Tema e Propósito: Sabedoria; Retidão; Temor a Deus;
Entendimento; Moralidade; Castidade; Diligência; Domínio
Próprio; Confiança em Deus; Dízimos; O uso próprio das
riquezas; Considerações aos pobres; O domínio da língua; A
generosidade com os inimigos; A escolha de companheiros;
A abstenção de mulheres más; O louvor das boas mulheres;
A educação dos filhos; O trabalho; A honestidade; A
abstenção da ociosidade; O pecado da preguiça; A justiça; O
contentamento; A Jovialidade; O respeito; O bom senso.
- Passar instruções morais principalmente aos jovens.
28. PROVÉRBIOS
4. Esboço: Livro
5. Fatos Importantes: A Sabedoria; 4 tipos de tolo: o simples,
o arrogante, o obstinado e o bruto.
6. Características Especiais: É um livro eminente-mente
prático, e podem ser aplicados por qualquer pessoa.
29. ECLESIASTES
1. Introdução
- A palavra “pregador” usada no primeiro versículo deste livro
vem duma raiz hebraica que significa “aquele que chama” ou
“aquele que invoca”. A ideia é de um orador ou pregador que
reúne o povo a fim de lhe dirigir a palavra ou mensagem. De
acordo com a homilética, o livro de Eclesiastes é uma
mensagem bem estruturada, com introdução, tese,
desenvolvimento da tese, conclusão e aplicação.
30.
31. ECLESIASTES
2.Autoria e Data: O livro foi escrito cerca de 935 a.C. E parece ser
a biografia de Salomão. Através das suas tentativas de encontrar
respostas às perguntas da vida, o sábio rei mostra-nos o
descontentamento do homem que vive sem Deus. Mas, ele
também mostra a necessidade do homem aprender a se submeter
a Deus e a seus decretos.
3. Tema e Propósito: O tema de Eclesiastes é a vaidade de tudo
que há debaixo do sol. A conclusão, porém, é: “Teme a Deus, e
guarda os seus mandamentos; porque é o dever de todo homem”.
O termo vaidade no livro de Eclesiastes significa aquilo que é
passageiro, vazio, inútil. O livro ensina que as coisas materiais ou
terrenas são passageiras, enquanto as espirituais são
permanentes.
32. ECLESIASTES
4. Esboço: Livro
5. Fatos Importantes: o tema deste livro é “vaidade de
vaidades; tudo é vaidade”. Encerra também uma tentativa de
resposta filosófica à pergunta: “Como viver do melhor modo
possível num mundo onde tudo é vaidade?” O livro contém
muita coisa de majestosa beleza e de transcendente
sabedoria, mas o seu tom predominante é indizivelmente
melancólico, muito diferente da alegria vivaz dos Salmos.
6. Características Especiais: Eclesiastes era um dos cinco
livros litúrgicos de Israel, lido durante as festas sagradas dos
judeus.
33. CANTARES
1.Introdução
- O livro de Cantares tem originado controvérsias, discussões
e debates. Alguns mais imprudentes chegam a duvidar da
sua canonicidade. Infelizmente muitos por falta de visão
espiritual só veem o lado humano deste livro, não
percebendo os ensinos bíblicos profundos através da
descrição do amor conjugal de que se ocupa o livro.
- Espiritualmente o livro prefigura o amor que Deus tem para
com Israel ou de Cristo para com a sua Igreja, ou para com
cada crente individualmente.
34. CANTARES
2.Autoria e Data: Como o título do poema indica, Salomão é
o seu autor. Foi escrito mais ou menos por volta do ano 960
a.C.
3. Tema e Propósito: Os judeus reverenciavam muito este
livro. Eles cantavam porções dele durante as festividades da
Páscoa (a primeira e a mais importante de todas as festas
judaicas anuais). Também, comparavam Provérbios ao Pátio
do Templo, Eclesiastes ao lugar Santo e Cantares ao lugar
Santo dos santos, ou Santíssimo.
Há três escolas de interpretação concernente a este livro:
35. CANTARES
1ª) A Alegórica –Esta escola interpreta tudo simbolicamente,
salientando somente a união espiritual entre Deus e Israel, ou
Cristo e a sua Igreja.
2ª) A Literal – Esta escola interpreta o livro simplesmente como
um história ou descrição de amor matrimonial.
3ª) A Tipológica –Esta, interpreta o livro como a revelação do
amor e da união que devem haver entre Cristo e a sua Igreja.
4. Esboço: Livro
5. Fatos Importantes: Livro
6. Características Especiais: O simples fato de ser um poema que
celebra a sexualidade entre marido e mulher já torna Cantares um
livro digno de nota.