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A articulação de saberes da
  prática e a formação do
  professor pesquisador:
O diálogo entre a universidade e
a escola de ensino fundamental


            Profa. Dra. Leila Pio Mororó
                               Salvador, Ba
                               05/09/2008
Nos propomos apresentar sobre a
 pesquisa:

   A   razões para sua realização
   A   sua natureza
   A   sua pertinência e validade
A razões para realização da
              pesquisa
   Promover processos de desenvolvimento
    profissional de professores, oferecendo
    contribuições teóricas e metodológicas
    valiosas para a compreensão da formação
    de professores;

   Permitir a construção de comunidade
    reflexiva de investigadores ativos e
    críticos na escola, re-estabelecendo
    relações e modificando práticas;
   proporcionar condições para que o professor, que
    também teoriza sobre o ensino, reflita a respeito
    da finalidade social de seu trabalho e a
    reconheça em todas as ações profissionais,
    consciente, assim, das condições de realização de
    sua atividade docente;

   Proporcionar reflexão sobre o desenvolvimento da
    aprendizagem profissional para os professores
    experientes e professores iniciantes (estagiários);
   Construir conhecimento a respeito de
      como se articulam os saberes da
             prática pedagógica no
         desenvolvimento do trabalho
       docente, buscando identificar as
        formas de apropriação desses
    saberes pelo professor, considerando
    o início da aprendizagem profissional
                  da docência.
A natureza da pesquisa-ação
   Pressupõe a construção em parceria (entre
    o   pesquisador     e   o  docente)   do
    conhecimento a ser produzido sobre o
    aspecto a ser investigado;

   Pressupõe a exploração, em contexto real,
    de um aspecto da prática docente;

   Pressupõe que o pesquisar não dirigirá um
    olhar normativo “sobre”, mas procurará,
    “com” o professor, compreender o aspecto
    a ser investigado.
Para garantir o rigor...
Para Marli André (2001), na pesquisa-ação:

   Há a necessidade de tratamento adequado da
    subjetividade;
   É importante que se distinga ação e pesquisa;
   E que as questões relativas à ética sejam
    enfrentadas diretamente.

Quais os mecanismos de controle da subjetividade?
    Como se dá o processo de participação? Quem
  decide o que vai ou não ser publicado? Como são
   feitos o controle e a sistematização dos dados?
Da necessidade de estabelecer
                critérios
Dadds (1995), propõe que sejam levados em conta
  os seguintes elementos:

   a) o conhecimento gerado pela pesquisa;
   b) a qualidade do texto produzido;
   c) o impacto da pesquisa na prática do
    pesquisador;
   d) o impacto da pesquisa no crescimento e na
    aprendizagem profissional do pesquisador;
   e) a qualidade da colaboração na pesquisa.
Anderson e Herr (1999)

   (a) validade externa: ou seja, que se julgue o valor dos
    resultados (ou da ação).
   (b) validade de processo: se a configuração do problema e
    os procedimentos utilizados permitem chegar aos
    resultados desejados e se as afirmações foram
    devidamente sustentadas;
   (c) validade democrática: se as múltiplas perspectivas e
    interesses dos participantes foram contemplados;
   (d) validade catalítica: se a pesquisa levou os participantes
    a conhecerem melhor a realidade para transformá-la;
   (e) validade dialógica: se houve iniciativa de busca do
    diálogo com os pares para discussão do problema e dos
    resultados da pesquisa.
Pontos comuns nos critérios de
      julgamento da pesquisa-ação

   Há preocupações epistemológicas referentes ao
    tipo de conhecimento produzido;

   Preocupações metodológicas voltadas ao cuidado
    com os procedimentos de coleta e análise dos
    dados;

   Há preocupações éticas relativas à qualidade da
    colaboração e às mudanças efetuadas.
A validade da pesquisa

   1. A reflexão como condição de trabalho - Análise
    como análise individual, mas também coletiva, ou seja,
    feita com os colegas, na escola e em situação de formação.

   2. A concepção de diálogo como premissa de
    conhecimento sobre o objeto em questão – não se
    pode dialogar sobre o que não se conhece. Conhecer o
    universo temático da realidade escolar e não,
    simplesmente, defini-lo à priori.

   3. Imersão no contexto pesquisado - interagir com
    as práticas e regras internas, as redes de amizade e os
    laços de solidariedade no contexto de trabalho de maneira
    que a ida a campo aberto nos permite conhecer as pessoas
    e seu jeito de trabalhar.
A Prática Social como ponto de
                partida
   A intervenção do professor que
    forma, nesse momento, precisa ser
    direta e intencional a fim de que o
    aluno que está sendo formado possa
    saltar   de    uma     situação  de
    compreensão      (conhecimentos   e
    experiências) sincrética para uma
    compreensão sintética da prática
    social como um todo e da prática
    educativa em particular.
A Problematização
   Destacadas      as     questões    que
    precisam ser resolvidas a respeito da
    experiência social de ensino escolar.
    Este momento deve permitir ao
    aluno/professor     estabelecer   uma
    relação consciente com a sua
    atividade pedagógica, de forma a
    apreendê-la    em      suas   múltiplas
    dimensões (teórica e prática) para
    sobre ela intervir intencionalmente.
A Instrumentalização
   A    intervenção    intencional    que    a
    problematização originará, exigirá novos
    procedimentos. A instrumentalização do
    aluno/professor consiste na apropriação e
    criação das ferramentas pedagógicas para
    o desenvolvimento do trabalho docente.
    Essas ferramentas dizem respeito aos
    saberes       necessários       (conteúdos,
    habilidades, valores, experiência) para o
    equacionamento      dos     problemas     e
    necessidades de uma prática pedagógica
    comprometida com o sucesso do aluno.
A Catarse
Segundo Duarte (1996: 61-74),

   Trata-se da apropriação pela consciência
    de uma “força” existente objetivamente, a
    qual, quando incorporada pelo homem, é
    por ele empregada para modificar a
    realidade, e do processo pelo qual o
    homem       passa    a    se    relacionar
    conscientemente e intencionalmente com
    essa “força”.
A prática social como ponto de
               chegada

   O ponto de chegada é a própria
    prática social e, como uma de suas
    dimensões, a prática pedagógica,
    compreendida agora não mais de
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  • 1. A articulação de saberes da prática e a formação do professor pesquisador: O diálogo entre a universidade e a escola de ensino fundamental Profa. Dra. Leila Pio Mororó Salvador, Ba 05/09/2008
  • 2. Nos propomos apresentar sobre a pesquisa:  A razões para sua realização  A sua natureza  A sua pertinência e validade
  • 3. A razões para realização da pesquisa  Promover processos de desenvolvimento profissional de professores, oferecendo contribuições teóricas e metodológicas valiosas para a compreensão da formação de professores;  Permitir a construção de comunidade reflexiva de investigadores ativos e críticos na escola, re-estabelecendo relações e modificando práticas;
  • 4. proporcionar condições para que o professor, que também teoriza sobre o ensino, reflita a respeito da finalidade social de seu trabalho e a reconheça em todas as ações profissionais, consciente, assim, das condições de realização de sua atividade docente;  Proporcionar reflexão sobre o desenvolvimento da aprendizagem profissional para os professores experientes e professores iniciantes (estagiários);
  • 5. Construir conhecimento a respeito de como se articulam os saberes da prática pedagógica no desenvolvimento do trabalho docente, buscando identificar as formas de apropriação desses saberes pelo professor, considerando o início da aprendizagem profissional da docência.
  • 6. A natureza da pesquisa-ação  Pressupõe a construção em parceria (entre o pesquisador e o docente) do conhecimento a ser produzido sobre o aspecto a ser investigado;  Pressupõe a exploração, em contexto real, de um aspecto da prática docente;  Pressupõe que o pesquisar não dirigirá um olhar normativo “sobre”, mas procurará, “com” o professor, compreender o aspecto a ser investigado.
  • 7. Para garantir o rigor... Para Marli André (2001), na pesquisa-ação:  Há a necessidade de tratamento adequado da subjetividade;  É importante que se distinga ação e pesquisa;  E que as questões relativas à ética sejam enfrentadas diretamente. Quais os mecanismos de controle da subjetividade? Como se dá o processo de participação? Quem decide o que vai ou não ser publicado? Como são feitos o controle e a sistematização dos dados?
  • 8. Da necessidade de estabelecer critérios Dadds (1995), propõe que sejam levados em conta os seguintes elementos:  a) o conhecimento gerado pela pesquisa;  b) a qualidade do texto produzido;  c) o impacto da pesquisa na prática do pesquisador;  d) o impacto da pesquisa no crescimento e na aprendizagem profissional do pesquisador;  e) a qualidade da colaboração na pesquisa.
  • 9. Anderson e Herr (1999)  (a) validade externa: ou seja, que se julgue o valor dos resultados (ou da ação).  (b) validade de processo: se a configuração do problema e os procedimentos utilizados permitem chegar aos resultados desejados e se as afirmações foram devidamente sustentadas;  (c) validade democrática: se as múltiplas perspectivas e interesses dos participantes foram contemplados;  (d) validade catalítica: se a pesquisa levou os participantes a conhecerem melhor a realidade para transformá-la;  (e) validade dialógica: se houve iniciativa de busca do diálogo com os pares para discussão do problema e dos resultados da pesquisa.
  • 10. Pontos comuns nos critérios de julgamento da pesquisa-ação  Há preocupações epistemológicas referentes ao tipo de conhecimento produzido;  Preocupações metodológicas voltadas ao cuidado com os procedimentos de coleta e análise dos dados;  Há preocupações éticas relativas à qualidade da colaboração e às mudanças efetuadas.
  • 11. A validade da pesquisa  1. A reflexão como condição de trabalho - Análise como análise individual, mas também coletiva, ou seja, feita com os colegas, na escola e em situação de formação.  2. A concepção de diálogo como premissa de conhecimento sobre o objeto em questão – não se pode dialogar sobre o que não se conhece. Conhecer o universo temático da realidade escolar e não, simplesmente, defini-lo à priori.  3. Imersão no contexto pesquisado - interagir com as práticas e regras internas, as redes de amizade e os laços de solidariedade no contexto de trabalho de maneira que a ida a campo aberto nos permite conhecer as pessoas e seu jeito de trabalhar.
  • 12. A Prática Social como ponto de partida  A intervenção do professor que forma, nesse momento, precisa ser direta e intencional a fim de que o aluno que está sendo formado possa saltar de uma situação de compreensão (conhecimentos e experiências) sincrética para uma compreensão sintética da prática social como um todo e da prática educativa em particular.
  • 13. A Problematização  Destacadas as questões que precisam ser resolvidas a respeito da experiência social de ensino escolar. Este momento deve permitir ao aluno/professor estabelecer uma relação consciente com a sua atividade pedagógica, de forma a apreendê-la em suas múltiplas dimensões (teórica e prática) para sobre ela intervir intencionalmente.
  • 14. A Instrumentalização  A intervenção intencional que a problematização originará, exigirá novos procedimentos. A instrumentalização do aluno/professor consiste na apropriação e criação das ferramentas pedagógicas para o desenvolvimento do trabalho docente. Essas ferramentas dizem respeito aos saberes necessários (conteúdos, habilidades, valores, experiência) para o equacionamento dos problemas e necessidades de uma prática pedagógica comprometida com o sucesso do aluno.
  • 15. A Catarse Segundo Duarte (1996: 61-74),  Trata-se da apropriação pela consciência de uma “força” existente objetivamente, a qual, quando incorporada pelo homem, é por ele empregada para modificar a realidade, e do processo pelo qual o homem passa a se relacionar conscientemente e intencionalmente com essa “força”.
  • 16. A prática social como ponto de chegada  O ponto de chegada é a própria prática social e, como uma de suas dimensões, a prática pedagógica, compreendida agora não mais de forma sincrética, mas segundo o seu significado, a finalidade social do ato de ensinar.