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Revista Ciências da Educação 1
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
PESQUISA PARTICIPANTE - SABER PENSAR E INTERVIR
Carlyle Rosemond Freire Santos*
rosemond@oi.com.br
RESUMO
Partindo de um histórico das pesquisas participativas nos seus diferentes momentos de
constituição e propostas relativas às mudanças na produção de conhecimento, na visão de
vários autores, o texto tem como perspectiva apresentar e discutir os pressupostos teórico-
metodológicos da pesquisa. Busca, também, discutir a pesquisa participativa como uma
ação que abre a possibilidade de interconexão entre a pesquisa e a extensão no viver
universitário. Entender que a necessidade da convivência na pesquisa como um observador
que se torna dependente, produz uma rede de conversações que constitui o domínio
explicativo científico, a qual é tomada para compreender as possibilidades de exercício da
função de pesquisador, bem como as implicações éticas decorrentes. Assim, é possível que
a pesquisa participativa possa constituir-se como algo a permanecer por um longo tempo,
quando propõe uma perspectiva metodológica de ação capaz de sustentar trabalhos para
além da pesquisa propriamente dita.
Palavras-chave: Pesquisa. Participação. Intervenção. Ética.
__________________________________________________________________________
*Professor de Dança e de Metodologia da Pesquisa Científica, Graduado em Licenciatura
em Dança pela UFAL, Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Artes pela FACINTER,
Mestrando em Ciências da Educação pela UNASUR.
Revista Ciências da Educação 2
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
RESUMEN
Sobre la base de una historia de la investigación participativa en sus diferentes momentos
de la constitución y las propuestas relativas a los cambios en el conocimiento, en opinión de
varios autores, el texto es presentar y discutir los prospectos supuestos teóricos y
metodológicos de la investigación. Busca también discutir la investigación participativa como
una acción que abre la posibilidad de interconexión entre la investigación y la extensión en
la universidad que viven. Comprender la necesidad de la convivencia en la investigación
como un observador que se hace dependiente, produce una red de conversaciones que
constituye el campo científico explicativo, que se toma para entender las posibilidades de
ejercer la función de búsqueda y las implicaciones éticas. Por lo tanto, es posible que puede
surgir la investigación participativa como algo para permanecer por un largo tiempo, al
proponer un enfoque metodológico de la acción capaz de sostener el trabajo más allá de la
propia investigación.
Palabras claves: Investigación. Participación. Intervención. Ética.
1. INTRODUÇÃO
Pesquisar, saber pensar e saber intervir, pode ser considerado um problema para
muitos alunos que iniciam no campo da pesquisa, principalmente na pesquisa participativa.
É importante entender o que significa cada termo antes de dar continuidade ao que
será abordado. De acordo com Ferreira (2001), pesquisar é informar-se a respeito, sendo a
pesquisa nada mais que o seu ato. O termo saber é bem mais amplo, e pode ser aquele que
tem o conhecimento, como ainda, ter certeza, compreender, perceber e até, prever. O ato
de pensar é formar no espírito idéias, cogitar, supor e até julgar. Intervir é simplesmente
interferir, enquanto participar é tomar parte em algo ou alguma coisa. Partindo dos verbetes
do imortal Aurélio Buarque de Holanda, pode-se chegar ao cerne do título desta pesquisa
que seria: buscar a informação tomando parte na situação, compreendendo e percebendo
os fatos para cogitar ou julgar uma interferência. É claro que qualquer um poderia criar o seu
próprio entendimento sobre o assunto, mas essa idéia inicial será o ponto de partida para o
que será estudado.
Enquanto o ato de pesquisar está associado à observação e a coleta de dados,
pode-se dizer que saber pensar desdobra um duplo horizonte combinado, onde de um lado
exige habilidade metodológica e do outro, habilidade política. Se “intervir” é nada mais que
interferir, então como intervir sem que haja a manipulação dos dados a ser coletados?
Revista Ciências da Educação 3
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
É importante entender que a pesquisa participativa precisa de certo grau de
convivência e confiança entre o pesquisador e o pesquisado, e isso não acontece de uma
hora para outra.
Essas questões são explicadas por vários pesquisadores ao longo artigo, através de
um levantamento bibliográfico, e de como se devem alcançar seus objetivos no
entendimento dessa pesquisa. O grande problema ainda é o meio acadêmico, que, apesar
de cobrar incessantemente em seu discurso, não é capaz de formar o aluno em
pesquisador, e este, por sua vez, não recebe o devido incentivo para pesquisar e, que
muitas vezes, desiste da pesquisa para uma extensão, transformando-a em moeda de troca
com o professor.
Não se deve esquecer que o método científico, quando apropriado sem a devida
crítica, impede o conhecimento e a sabedoria popular, que é o compartilhamento dessa
realidade. Essa conduta ocasiona diversos reflexos na participação conjunta para a
mudança social que, por sua vez, passa pela investigação participativa.
Independente do que as propostas podem apresentar, é importante que o
pesquisador possa pesquisar participando e intervindo, quando necessário, com a devida
consciência e o conhecimento para saber ponderar em alguns momentos da mesma.
2. A PESQUISA PARTICIPATIVA
As diferentes intenções metodológicas que abrangem o conceito de participação
ainda se deparam com grande polêmica na literatura brasileira, gerando dificuldades quanto
à sua compreensão. Alguns autores consideram a participação do pesquisador como
Pesquisa Participativa (PP), outros como Pesquisa-Ação (PA), e ainda há uma terceira linha,
a Pesquisa-Intervenção (PI).
Oliveira e Oliveira (1985) não deixam claro em sua obra se são iguais, semelhantes
ou diferentes, segundo os autores, para desenvolver uma metodologia participativa, é
necessário mudar a postura do pesquisador e dos pesquisados, uma vez que os mesmos
são coautores do processo num todo. Eles consideram um processo contínuo, que acontece
no curso da vida cotidiana, que transforma os sujeitos e demanda desdobramentos de
práticas e relações entre os participantes. Além disso, é possível encontrar hipótese de
Pesquisa Participativa sem uma distinção entre as formas diferentes de trabalho em campo,
onde, as mesmas, se afirmam como estratégias de pesquisa.
Outro exemplo claro está na obra de Thiollent, onde apresenta uma distinção entre
Pesquisa Participativa e Pesquisa-Ação, ela afirma que a PA é uma forma de PP, mas nem
todas as PP são PA:
Revista Ciências da Educação 4
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
“A PP se preocupou, sobretudo com o papel do investigador dentro da
situação investigada e chegou a problematizar a relação pesquisador/pesquisado no
sentido de estabelecer a confiança e outras condições favoráveis a uma melhor
captação de informação. No entanto, os partidários da PP não concentraram suas
preocupações em torno da relação entre investigação e ação dentro da situação
considerada. É justamente esse tipo de relação que é especificamente destacado em
várias concepções da PA. A PA não é apenas PP, é um tipo de pesquisa centrada na
questão do agir” (THIOLLENT, 1987, p. 83).
O que o autor pretende explicar é que, tendo ou não um tempo determinado para
desenvolver, o essencial nas Pesquisas Participativas é que o conhecimento produzido
esteja sempre disponível para todos, para poder servir de instrumento e aumentar a
qualidade de vida da população. Assim, é possível considerar que a pesquisa participante
se constitui em uma metodologia com pressupostos gerais de pesquisa, envolvendo
diferenciados modos de ações investigativas e de priorização de objetivos.
No último caso, segundo Rocha (2001), a Pesquisa-Intervenção consiste em uma
tendência das Pesquisas Participativas que busca investigar a vida de coletividades na sua
diversidade qualitativa, assumindo uma intervenção de caráter social de forma analítica,
substituindo o “conhecer para transformar” por “transformar para conhecer”, abordado por
Coimbra (1995).
Independente do termo utilizado, todos esses exemplos, de uma forma ou de outra,
acabam sendo um tipo de pesquisa onde o pesquisador participa diretamente e, querendo
ou não, interfere no cotidiano de uma comunidade.
3. A PESQUISA ACADÊMICA
Se já existe uma divergência entre os autores quanto à Pesquisa Participativa, fica
fácil entender a dificuldade do estudante universitário em trabalhar a pesquisa de uma forma
geral. A dificuldade aumenta porque as instituições de nível superiores utilizam o discurso
“ensino-pesquisa-extensão” para distinguir a universidade de outras instituições sociais ao
implicar-se simultaneamente com a formação, com a produção e a difusão de
conhecimentos, um discurso marcado por dicotomias.
Essas dicotomias são vivenciadas no momento em que as trajetórias profissionais
são separadas das acadêmicas; em que disciplinas teóricas tornam-se pré-requisitos para
disciplinas práticas; quando a pesquisa denominada de básica passa a ter um valor
diferenciado da pesquisa aplicada; ou ainda, na obrigatoriedade da pesquisa e extensão
sem a devida instrução necessária, incentivo e/ou financiamento para a realização das
Revista Ciências da Educação 5
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mesmas. Há casos em que, no processo de ensino, não existe uma distinção entre o que
seja uma pesquisa e uma extensão, e muitas vezes uma Pesquisa Participativa é
considerada, equivocadamente, como extensão universitária.
Na ocasião em que o pesquisar é adotado como um ato de conhecimento e
delimitação de áreas de subjetividade há uma possibilidade que seus efeitos possam
transbordar para além dos limites da pesquisa em seu sentido estrito. Ainda há um desejo
de encontrar de que forma as atividades da pesquisa podem intensificar outras formas de
conhecimento, tanto no âmbito acadêmico, quanto no profissional.
Por muito tempo se acreditava que a Pesquisa Acadêmica, como o próprio nome
sugere, deveria ficar na esfera universitária, na realidade, a pesquisa deveria, e deve ser
iniciada nas séries iniciais do ensino fundamental. A grande questão é que autores e
professores podem afirmar que isso acontece há muitos anos, mas o que realmente
acontece são pesquisas fechadas, onde já se sabe quase em sua totalidade, o resultado
final antes mesmo de ter acontecido. Isso ocorre porque o professor não sugere como deve
ser a pesquisa, ele dita o que deseja que o aluno faça, limitando o aluno a questões básicas.
Em Portugal, na cidade do Porto, algumas escolas da educação infantil utilizam uma
metodologia criada pelo Movimento da Escola Moderna - MEM, fundado no país na década
de 60’s e que é trabalhado desde os anos 80’s. Essa metodologia faz com que as crianças
sejam desafiadas a desenvolver a pesquisa partindo de um pequeno roteiro criado pelo
professor, onde, o mesmo, não dita às ações, mas sugere aos alunos os diversos caminhos,
o que aumenta as possibilidades nos resultados, tanto para bom quanto para ruim, o que
define um dos objetivos da pesquisa acadêmica, nem todo resultado final é positivo.
Seria um caminho a ser seguido ser o professor se tornasse um educador,
abandonando os programas, criando possibilidades e deixando de ser um simples facilitador
para assumir o papel de problematizador. Mas, como problematizar algo se mau ele
consegue expor a necessidade e os caminhos de uma pesquisa? O quadro atual mostra que
o professor não ensina como deveria e que um orientador, muitas vezes, desorienta. Esse
problema recorrente faz com que nossos alunos não consigam saber o que fazer diante o
ato de pesquisar, e se agrava quando tem que partirem para o campo.
Enquanto a escola não muda, o melhor a fazer é continuar fazendo indagações na
busca por mudanças.
4. CONVIVER PARA INTERVIR
Revista Ciências da Educação 6
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
Independente do que seja uma Pesquisa Participativa, Ação ou Intervenção ou se
todas elas são a mesma coisa, a indagação na atualidade não é mais “o que é isso”, mas,
“como isso funciona”. Com esse pensamento fica mais fácil buscar as explicações para
compreender a vida e como pode, ela, dar origem aos modos cognitivos e emocionais
observáveis, questões imprescindíveis quando se trata de uma Pesquisa Participativa. É
preciso pensar bem antes de intervir em uma pesquisa, seja ela qual for e o teor utilizado.
É diferente quando um pesquisador, na função de observador, indaga o porquê de
um evento ou quando a dúvida vem de como funciona esse evento. Segundo Maturana
(2001), no primeiro caso, o observador busca uma justificação, um fundamento ou princípio
explicativo que descreva o evento, constituindo uma relação de causalidade geralmente
linear. Assim, quando uma criança não consegue aprender o conteúdo escolar, as
justificativas muitas vezes produzem uma lista de “causas” que gerariam essa
“conseqüência” individual do não aprender.
No segundo caso, se a pergunta gerada for “que tipo de experiência se produz na
escola que seja capaz de gerar crianças que não aprendem?”, busca-se construir um
mecanismo que ao ser colocado em funcionamento produz o fenômeno que se pretende
explicar. Maraschin (1997) acredita que, é preciso não de uma relação de causas possíveis
com suas probabilidades casuais, mas compreender como se vive em uma escola, como se
instituem as relações, como se organiza uma experiência vital que constrói modos de viver,
sentir, pensar de tal ou qual tipo. Não há interesse em uma causalidade linear, mas uma
causalidade em anel, ou seja, compreender um sistema de vida, seus múltiplos e
heterogêneos modos de constituição e a recorrência de sua produção.
Os atos de observar e explicar são resultados das trajetórias vividas em vários
campos cognitivos e derivam do convívio em uma comunidade de observadores (nos cursos
acadêmicos, por exemplo).
O ato de explicar, seja ele produzido no campo científico ou na vida cotidiana,
segundo alguns autores, reformula o conhecimento da linguagem e dá como possibilidade
as coerências do próprio conhecimento. Esta condição funciona, ao mesmo tempo, como
limite e possibilidade. Assim, a explicação como crítica para validar algo não recorre a outro
fato, independente das maneiras de explicar. Pode ser confuso para alguns compreenderem
nestes termos, mas simplificando, é tão somente conseguir criar possibilidades e
combinações de palavras a cada momento que se precise usá-las. Maturana (2001) afirma
que a explicação não precisa empregar como critério de validação a referência a algo
externo à própria rede de conversações, que constitui as coerências do domínio de
conhecimento.
Revista Ciências da Educação 7
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
Mas o que seria domínio de conhecimento? O domínio de conhecimento é um
domínio que coordena as ações na práxis do viver dentro de uma comunidade de
observadores e/ou pesquisadores, assim, a hipótese cognitiva “eu sei” deve ser apreendida
como resultante de uma intervenção em um domínio de coordenações de ações no qual o
observador e o observado se encontram.
E como um domínio explicativo se constitui? Maturana (2001) sugere que um
domínio explicativo é constituído pelas conexões dos conhecimentos partilhados por
aqueles que as recebem como verdadeiras ao ouvir. Dessa forma, o autor torna-se,
querendo ou não, um operador reflexivo nesse domínio coletivo de ações, o que pode
acarretar como resultado à produção de um ponto discordante nessa rede de conversações.
Para finalizar este tópico, há um ponto que é muito discutido atualmente e que
merece uma atenção especial, a inclusão. Pela relação negativa construída com os
deficientes ao longo dos séculos, tanto no Brasil quanto no mundo, há sempre uma
dificuldade para o pesquisador em trabalhar. Primeiro pela desconfiança e por serem
chamados de “portadores”, eles não levam nada, eles têm; segundo, por que não são
“especiais” e não precisam de isolamento, são pessoas que merecem o mesmo tratamento
que todos os outros. Isso ocasionou na construção de uma barreira entre dois grupos, e
quando se fala em conviver para interferir chega-se a um ponto crucial, não apenas para a
pesquisa, mas também para a aprendizagem de uma forma geral. É importante entender
que não existe um método para o trabalho com deficientes, nem voltado à pesquisa, tão
pouco ao ensino, é preciso uma convivência e uma relação de confiança para que o
processo possa ser construído.
Assim, para que um pesquisador possa intervir sem comprometer sua pesquisa,
precisa conviver e manter um bom relacionamento com a comunidade escolhida. Dessa
forma, a pesquisa irá fluir sem haver o desgaste natural que acontece ao pesquisador nas
pesquisas participantes.
5. PESQUISAR COMO AÇÃO ÉTICA E CRIATIVA
Atualmente há uma grande discussão em relação ao pesquisar e intervir, mas se
conseguirmos aceitar que o ato de pesquisar, além de ser produto é, ao mesmo tempo,
aquilo que produz um domínio de conhecimento, esses domínios podem ter validade sem
uma prévia explicação de um referencial externo. Isso implica no que podemos chamar de
ética, já que é importante perguntar-se de que forma nos estabelecemos como
observadores. A resposta abrange dois fatores; a explicação de tudo que pode gerar
Revista Ciências da Educação 8
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
conhecimentos considerados como válidos para uma determinada comunidade e a
produção de elementos passíveis de serem conhecidos por essa mesma comunidade. É
importante ver a pesquisa tanto no caráter criativo quanto no ético, dessa forma, o ato de
explicar deixa de ter simplesmente a função de encontrar respostas ou revelar algo, mas de
estabelecer uma crítica explicativa plausível em uma comunidade de observadores, como
sugere Maturana (1997). E como o próprio autor aborda, essa atividade de explicar implica
em escolhas, sejam elas cônscias ou não, e essas mesmas escolhas podem ser passíveis
tanto de decisões estéticas quanto éticas.
Toda pesquisa é considerada uma autoria e, a mesma é, também, um trabalho de
independência e que implica em responsabilidade pelo que se cria. Todo ato de pesquisar
já é, de alguma forma, uma intervenção, com concepção de sujeitos, elementos,
informações e de histórias de vida.
Precisamos, então, recorrer ao conceito de ética para podermos entender melhor do
que está sendo abordado. O que se conhece é que a ética está ligada ao senso e à
consciência moral e é mais do que um conjunto de regras e do que uma mera subordinação
a essas normas. Segundo Satre (1978), a ética é residência, modo de residir o mundo e
ambiente de atualização de valores e costumes. Isso quer dizer que a ética implica nas
opções humanas de criar habitats e nos modos de avaliar e viver estes. A ética, nesse ponto
de vista, é indissociável do tema da escolha.
Jean-Paul Sartre (1978) ainda fala que os homens são seres em condição, forçados
a contestar o mundo e os outros e que, agindo, escolhem quem são. A escolha, no sentido
do autor, inventa e motiva o valor que advém da própria escolha.
Simultaneamente, Chaui (2000) explica que a seleção desafia a consciência moral,
pois exige a resolução sobre o que fazer às justificativas diante de outros indivíduos e nós
mesmos sobre as razões da decisão e, a responsabilidade por suas implicações.
Chaui (2000) fala que a ética trata de forma hipotética a autonomia e é dessa forma
que a autonomia é feita, a partir do autocontrole das reações, desejos e sentimentos, do
debate com outros e consigo mesmo sobre o significado dos valores além de conceder a si
mesmo códigos de comportamento. É importante salientar que a autonomia estabelece uma
relação de dualidade entre o problema e a ação de problematizar, com as variáveis
estabelecidas num tempo e lugar, sem a necessidade de submeter ou subordinar suas
ações a eles. Assim, três características de um indivíduo autônomo merecem ser citados:
responsabilidade por suas ações, o interesse para avaliar as próprias intenções e o
abandono da violência tanto contra si como aos outros.
É bom lembrar que todos os regulamentos, códigos, princípios e leis são
imprescindíveis à vida em sociedade, diminuindo a violência, atribuindo limites e controlando
Revista Ciências da Educação 9
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
de forma permanente a violência. Dentro desse debate de pesquisar com ética, deve ser
considerado um problema maior, que seria o de como impedir que os regulamentos,
princípios, leis e códigos de conduta durante a pesquisa sejam um amplificador para fuga da
responsabilidade, da ponderação e da avaliação do sujeito autônomo que constrói a ética.
Outro ponto importante, recorrente da consideração exposta, é o de como educar
pesquisadores no espírito da atividade ética.
De acordo com o que ensina Chaui (2000), não existe uma ou mais respostas, sejam
elas simples ou complexas, certas ou aproximadas ao que acabou de ser abordado. A ética,
para a autora, é um saber puramente prático, caracterizada por decisões e alternativas
sobre o que é possível e sobre o que depende do anseio da humanidade, onde os
ingredientes são os valores e não os acontecimentos.
Assim, falar de ética é simplesmente se auto-questionar sobre tudo que está a sua
volta. Pinheiro (2008 apud Maraschin, 2004) traz o seguinte questionamento:
A condição construtiva do próprio “sujeito da pesquisa” não
envolve apenas uma questão técnica do pesquisar, mas também e
novamente, da implicação - ético-política - desta mesma ação. Outro
laço necessário! Qual a proposição, o desejo que produz a aposta no
pesquisar? Vou buscar o consentimento do sujeito de minha pesquisa
porque desejo que possa se constituir uma co-responsabilidade para
participar de uma pesquisa-experiência-explicação constitutiva de um
possível novo enredo? Ou porque esse mecanismo garante uma
“salva-guarda”, uma proteção individual ao pesquisado, ou, ainda, em
maior grau, ao pesquisador? (PINHEIRO, 2008, p.25 apud
MARASCHIN, 2004)
Depois de tudo que foi exposto, qual o momento correto para pesquisar, participar e
intervir, com ética e responsabilidade? Só a pesquisa irá responder, e o primeiro passo é
iniciá-la.
6. CONCLUSÃO
É possível que a pesquisa participativa possa constituir-se como algo a permanecer
por um longo tempo, quando propõe uma perspectiva metodológica de ação capaz de
sustentar trabalhos para além da pesquisa propriamente dita, independente da área de
educação a ser pesquisada ou de qual será a comunidade foco da pesquisa.
Para que isso possa ser uma realidade, torna-se necessário que as Universidades
passem a formar professores para a pesquisa, o que, de forma geral, só existe no discurso,
e os alunos acabam por realizarem pesquisas tendenciosas ou manipuladas.
Revista Ciências da Educação 10
Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
O fato é que vivemos em uma sociedade onde os relacionamentos são baseados,
em sua maioria, na manipulação, e que a verdade pode ser simplesmente aquela a qual
todos precisam ouvir e não a que precisa ser apresentada. Qual seria o limite da ética em
uma pesquisa se houver a necessidade de intervir, e puder? A resposta dependerá sempre
do pesquisador.
7. REFERÊNCIAS
AXT, M.; MARASCHIN, C. Narrativas Auto-Avaliativas: categorias operativas autopoéticas
de conhecimento. Gramado (RS): Anpepp, 1998.
______. Prática pedagógica pensada na indissociabilidade, conhecimento-subjetividade.
Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 22 n. 1, 1997.
BORDA, Orlando F. Aspectos Teóricos da Pesquisa Participante: considerações sobre o
significado e o papel da ciência na participação popular. In: BRANDÃO, Carlos R. (Org.).
Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 42-62.
BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense,
1999.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.
COIMBRA, C. M. B. Os Caminhos de La passade e da Análise Institucional: uma Empresa
Possível. Revista do Departamento de Psicologia da UFF, vol. 7, nº 1, 1995, pp. 52-80.
FERREIRA, A.B.H. Mini Aurélio Século XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 4ª Ed.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
MATURANA, H. R. Cognição, Ciência e Vida Cotidiana. Org. Cristina Magro e Victor
Paredes. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.
OLIVEIRA, M. D.; OLIVEIRA, R. D. Pesquisa Social e Ação Educativa: Conhecendo a
Realidade Para Poder Transformá-la. In C. R. BRANDÃO (org.), Pesquisa Participante. São
Paulo: Brasiliense, 1985, pp. 83-95.
PINHEIRO, F. P. H. A. A Arte e a Brincadeira e suas Interfaces com a Dramatização em
Psicologia Comunitária: um Estudo de Processos de Mediação Simbólica. Dissertação de
Mestrado. Fortaleza: UFC, 2008.
ROCHA, M. L. Formação e Prática Docente: Implicações com a Pesquisa-Intervenção. In:
I.M. MACIEL (org.), Psicologia e Educação: Novos Caminhos Para a Formação. Rio de
Janeiro: Ciência Moderna, 2001, pp. 175-191.
SARTRE, J. P. O Existencialismo é um Humanismo. São Paulo: Abril, 1978.
THIOLLENT, M. Notas Para o Debate Sobre Pesquisa-Ação. In: C. R. Brandão (Org.),
Repensando a Pesquisa Participante, 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1987, pp. 82-103.

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PESQUISA PARTICIPANTE - SABER PENSAR E INTERVIR

  • 1. Revista Ciências da Educação 1 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 PESQUISA PARTICIPANTE - SABER PENSAR E INTERVIR Carlyle Rosemond Freire Santos* rosemond@oi.com.br RESUMO Partindo de um histórico das pesquisas participativas nos seus diferentes momentos de constituição e propostas relativas às mudanças na produção de conhecimento, na visão de vários autores, o texto tem como perspectiva apresentar e discutir os pressupostos teórico- metodológicos da pesquisa. Busca, também, discutir a pesquisa participativa como uma ação que abre a possibilidade de interconexão entre a pesquisa e a extensão no viver universitário. Entender que a necessidade da convivência na pesquisa como um observador que se torna dependente, produz uma rede de conversações que constitui o domínio explicativo científico, a qual é tomada para compreender as possibilidades de exercício da função de pesquisador, bem como as implicações éticas decorrentes. Assim, é possível que a pesquisa participativa possa constituir-se como algo a permanecer por um longo tempo, quando propõe uma perspectiva metodológica de ação capaz de sustentar trabalhos para além da pesquisa propriamente dita. Palavras-chave: Pesquisa. Participação. Intervenção. Ética. __________________________________________________________________________ *Professor de Dança e de Metodologia da Pesquisa Científica, Graduado em Licenciatura em Dança pela UFAL, Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Artes pela FACINTER, Mestrando em Ciências da Educação pela UNASUR.
  • 2. Revista Ciências da Educação 2 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 RESUMEN Sobre la base de una historia de la investigación participativa en sus diferentes momentos de la constitución y las propuestas relativas a los cambios en el conocimiento, en opinión de varios autores, el texto es presentar y discutir los prospectos supuestos teóricos y metodológicos de la investigación. Busca también discutir la investigación participativa como una acción que abre la posibilidad de interconexión entre la investigación y la extensión en la universidad que viven. Comprender la necesidad de la convivencia en la investigación como un observador que se hace dependiente, produce una red de conversaciones que constituye el campo científico explicativo, que se toma para entender las posibilidades de ejercer la función de búsqueda y las implicaciones éticas. Por lo tanto, es posible que puede surgir la investigación participativa como algo para permanecer por un largo tiempo, al proponer un enfoque metodológico de la acción capaz de sostener el trabajo más allá de la propia investigación. Palabras claves: Investigación. Participación. Intervención. Ética. 1. INTRODUÇÃO Pesquisar, saber pensar e saber intervir, pode ser considerado um problema para muitos alunos que iniciam no campo da pesquisa, principalmente na pesquisa participativa. É importante entender o que significa cada termo antes de dar continuidade ao que será abordado. De acordo com Ferreira (2001), pesquisar é informar-se a respeito, sendo a pesquisa nada mais que o seu ato. O termo saber é bem mais amplo, e pode ser aquele que tem o conhecimento, como ainda, ter certeza, compreender, perceber e até, prever. O ato de pensar é formar no espírito idéias, cogitar, supor e até julgar. Intervir é simplesmente interferir, enquanto participar é tomar parte em algo ou alguma coisa. Partindo dos verbetes do imortal Aurélio Buarque de Holanda, pode-se chegar ao cerne do título desta pesquisa que seria: buscar a informação tomando parte na situação, compreendendo e percebendo os fatos para cogitar ou julgar uma interferência. É claro que qualquer um poderia criar o seu próprio entendimento sobre o assunto, mas essa idéia inicial será o ponto de partida para o que será estudado. Enquanto o ato de pesquisar está associado à observação e a coleta de dados, pode-se dizer que saber pensar desdobra um duplo horizonte combinado, onde de um lado exige habilidade metodológica e do outro, habilidade política. Se “intervir” é nada mais que interferir, então como intervir sem que haja a manipulação dos dados a ser coletados?
  • 3. Revista Ciências da Educação 3 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 É importante entender que a pesquisa participativa precisa de certo grau de convivência e confiança entre o pesquisador e o pesquisado, e isso não acontece de uma hora para outra. Essas questões são explicadas por vários pesquisadores ao longo artigo, através de um levantamento bibliográfico, e de como se devem alcançar seus objetivos no entendimento dessa pesquisa. O grande problema ainda é o meio acadêmico, que, apesar de cobrar incessantemente em seu discurso, não é capaz de formar o aluno em pesquisador, e este, por sua vez, não recebe o devido incentivo para pesquisar e, que muitas vezes, desiste da pesquisa para uma extensão, transformando-a em moeda de troca com o professor. Não se deve esquecer que o método científico, quando apropriado sem a devida crítica, impede o conhecimento e a sabedoria popular, que é o compartilhamento dessa realidade. Essa conduta ocasiona diversos reflexos na participação conjunta para a mudança social que, por sua vez, passa pela investigação participativa. Independente do que as propostas podem apresentar, é importante que o pesquisador possa pesquisar participando e intervindo, quando necessário, com a devida consciência e o conhecimento para saber ponderar em alguns momentos da mesma. 2. A PESQUISA PARTICIPATIVA As diferentes intenções metodológicas que abrangem o conceito de participação ainda se deparam com grande polêmica na literatura brasileira, gerando dificuldades quanto à sua compreensão. Alguns autores consideram a participação do pesquisador como Pesquisa Participativa (PP), outros como Pesquisa-Ação (PA), e ainda há uma terceira linha, a Pesquisa-Intervenção (PI). Oliveira e Oliveira (1985) não deixam claro em sua obra se são iguais, semelhantes ou diferentes, segundo os autores, para desenvolver uma metodologia participativa, é necessário mudar a postura do pesquisador e dos pesquisados, uma vez que os mesmos são coautores do processo num todo. Eles consideram um processo contínuo, que acontece no curso da vida cotidiana, que transforma os sujeitos e demanda desdobramentos de práticas e relações entre os participantes. Além disso, é possível encontrar hipótese de Pesquisa Participativa sem uma distinção entre as formas diferentes de trabalho em campo, onde, as mesmas, se afirmam como estratégias de pesquisa. Outro exemplo claro está na obra de Thiollent, onde apresenta uma distinção entre Pesquisa Participativa e Pesquisa-Ação, ela afirma que a PA é uma forma de PP, mas nem todas as PP são PA:
  • 4. Revista Ciências da Educação 4 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 “A PP se preocupou, sobretudo com o papel do investigador dentro da situação investigada e chegou a problematizar a relação pesquisador/pesquisado no sentido de estabelecer a confiança e outras condições favoráveis a uma melhor captação de informação. No entanto, os partidários da PP não concentraram suas preocupações em torno da relação entre investigação e ação dentro da situação considerada. É justamente esse tipo de relação que é especificamente destacado em várias concepções da PA. A PA não é apenas PP, é um tipo de pesquisa centrada na questão do agir” (THIOLLENT, 1987, p. 83). O que o autor pretende explicar é que, tendo ou não um tempo determinado para desenvolver, o essencial nas Pesquisas Participativas é que o conhecimento produzido esteja sempre disponível para todos, para poder servir de instrumento e aumentar a qualidade de vida da população. Assim, é possível considerar que a pesquisa participante se constitui em uma metodologia com pressupostos gerais de pesquisa, envolvendo diferenciados modos de ações investigativas e de priorização de objetivos. No último caso, segundo Rocha (2001), a Pesquisa-Intervenção consiste em uma tendência das Pesquisas Participativas que busca investigar a vida de coletividades na sua diversidade qualitativa, assumindo uma intervenção de caráter social de forma analítica, substituindo o “conhecer para transformar” por “transformar para conhecer”, abordado por Coimbra (1995). Independente do termo utilizado, todos esses exemplos, de uma forma ou de outra, acabam sendo um tipo de pesquisa onde o pesquisador participa diretamente e, querendo ou não, interfere no cotidiano de uma comunidade. 3. A PESQUISA ACADÊMICA Se já existe uma divergência entre os autores quanto à Pesquisa Participativa, fica fácil entender a dificuldade do estudante universitário em trabalhar a pesquisa de uma forma geral. A dificuldade aumenta porque as instituições de nível superiores utilizam o discurso “ensino-pesquisa-extensão” para distinguir a universidade de outras instituições sociais ao implicar-se simultaneamente com a formação, com a produção e a difusão de conhecimentos, um discurso marcado por dicotomias. Essas dicotomias são vivenciadas no momento em que as trajetórias profissionais são separadas das acadêmicas; em que disciplinas teóricas tornam-se pré-requisitos para disciplinas práticas; quando a pesquisa denominada de básica passa a ter um valor diferenciado da pesquisa aplicada; ou ainda, na obrigatoriedade da pesquisa e extensão sem a devida instrução necessária, incentivo e/ou financiamento para a realização das
  • 5. Revista Ciências da Educação 5 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 mesmas. Há casos em que, no processo de ensino, não existe uma distinção entre o que seja uma pesquisa e uma extensão, e muitas vezes uma Pesquisa Participativa é considerada, equivocadamente, como extensão universitária. Na ocasião em que o pesquisar é adotado como um ato de conhecimento e delimitação de áreas de subjetividade há uma possibilidade que seus efeitos possam transbordar para além dos limites da pesquisa em seu sentido estrito. Ainda há um desejo de encontrar de que forma as atividades da pesquisa podem intensificar outras formas de conhecimento, tanto no âmbito acadêmico, quanto no profissional. Por muito tempo se acreditava que a Pesquisa Acadêmica, como o próprio nome sugere, deveria ficar na esfera universitária, na realidade, a pesquisa deveria, e deve ser iniciada nas séries iniciais do ensino fundamental. A grande questão é que autores e professores podem afirmar que isso acontece há muitos anos, mas o que realmente acontece são pesquisas fechadas, onde já se sabe quase em sua totalidade, o resultado final antes mesmo de ter acontecido. Isso ocorre porque o professor não sugere como deve ser a pesquisa, ele dita o que deseja que o aluno faça, limitando o aluno a questões básicas. Em Portugal, na cidade do Porto, algumas escolas da educação infantil utilizam uma metodologia criada pelo Movimento da Escola Moderna - MEM, fundado no país na década de 60’s e que é trabalhado desde os anos 80’s. Essa metodologia faz com que as crianças sejam desafiadas a desenvolver a pesquisa partindo de um pequeno roteiro criado pelo professor, onde, o mesmo, não dita às ações, mas sugere aos alunos os diversos caminhos, o que aumenta as possibilidades nos resultados, tanto para bom quanto para ruim, o que define um dos objetivos da pesquisa acadêmica, nem todo resultado final é positivo. Seria um caminho a ser seguido ser o professor se tornasse um educador, abandonando os programas, criando possibilidades e deixando de ser um simples facilitador para assumir o papel de problematizador. Mas, como problematizar algo se mau ele consegue expor a necessidade e os caminhos de uma pesquisa? O quadro atual mostra que o professor não ensina como deveria e que um orientador, muitas vezes, desorienta. Esse problema recorrente faz com que nossos alunos não consigam saber o que fazer diante o ato de pesquisar, e se agrava quando tem que partirem para o campo. Enquanto a escola não muda, o melhor a fazer é continuar fazendo indagações na busca por mudanças. 4. CONVIVER PARA INTERVIR
  • 6. Revista Ciências da Educação 6 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 Independente do que seja uma Pesquisa Participativa, Ação ou Intervenção ou se todas elas são a mesma coisa, a indagação na atualidade não é mais “o que é isso”, mas, “como isso funciona”. Com esse pensamento fica mais fácil buscar as explicações para compreender a vida e como pode, ela, dar origem aos modos cognitivos e emocionais observáveis, questões imprescindíveis quando se trata de uma Pesquisa Participativa. É preciso pensar bem antes de intervir em uma pesquisa, seja ela qual for e o teor utilizado. É diferente quando um pesquisador, na função de observador, indaga o porquê de um evento ou quando a dúvida vem de como funciona esse evento. Segundo Maturana (2001), no primeiro caso, o observador busca uma justificação, um fundamento ou princípio explicativo que descreva o evento, constituindo uma relação de causalidade geralmente linear. Assim, quando uma criança não consegue aprender o conteúdo escolar, as justificativas muitas vezes produzem uma lista de “causas” que gerariam essa “conseqüência” individual do não aprender. No segundo caso, se a pergunta gerada for “que tipo de experiência se produz na escola que seja capaz de gerar crianças que não aprendem?”, busca-se construir um mecanismo que ao ser colocado em funcionamento produz o fenômeno que se pretende explicar. Maraschin (1997) acredita que, é preciso não de uma relação de causas possíveis com suas probabilidades casuais, mas compreender como se vive em uma escola, como se instituem as relações, como se organiza uma experiência vital que constrói modos de viver, sentir, pensar de tal ou qual tipo. Não há interesse em uma causalidade linear, mas uma causalidade em anel, ou seja, compreender um sistema de vida, seus múltiplos e heterogêneos modos de constituição e a recorrência de sua produção. Os atos de observar e explicar são resultados das trajetórias vividas em vários campos cognitivos e derivam do convívio em uma comunidade de observadores (nos cursos acadêmicos, por exemplo). O ato de explicar, seja ele produzido no campo científico ou na vida cotidiana, segundo alguns autores, reformula o conhecimento da linguagem e dá como possibilidade as coerências do próprio conhecimento. Esta condição funciona, ao mesmo tempo, como limite e possibilidade. Assim, a explicação como crítica para validar algo não recorre a outro fato, independente das maneiras de explicar. Pode ser confuso para alguns compreenderem nestes termos, mas simplificando, é tão somente conseguir criar possibilidades e combinações de palavras a cada momento que se precise usá-las. Maturana (2001) afirma que a explicação não precisa empregar como critério de validação a referência a algo externo à própria rede de conversações, que constitui as coerências do domínio de conhecimento.
  • 7. Revista Ciências da Educação 7 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 Mas o que seria domínio de conhecimento? O domínio de conhecimento é um domínio que coordena as ações na práxis do viver dentro de uma comunidade de observadores e/ou pesquisadores, assim, a hipótese cognitiva “eu sei” deve ser apreendida como resultante de uma intervenção em um domínio de coordenações de ações no qual o observador e o observado se encontram. E como um domínio explicativo se constitui? Maturana (2001) sugere que um domínio explicativo é constituído pelas conexões dos conhecimentos partilhados por aqueles que as recebem como verdadeiras ao ouvir. Dessa forma, o autor torna-se, querendo ou não, um operador reflexivo nesse domínio coletivo de ações, o que pode acarretar como resultado à produção de um ponto discordante nessa rede de conversações. Para finalizar este tópico, há um ponto que é muito discutido atualmente e que merece uma atenção especial, a inclusão. Pela relação negativa construída com os deficientes ao longo dos séculos, tanto no Brasil quanto no mundo, há sempre uma dificuldade para o pesquisador em trabalhar. Primeiro pela desconfiança e por serem chamados de “portadores”, eles não levam nada, eles têm; segundo, por que não são “especiais” e não precisam de isolamento, são pessoas que merecem o mesmo tratamento que todos os outros. Isso ocasionou na construção de uma barreira entre dois grupos, e quando se fala em conviver para interferir chega-se a um ponto crucial, não apenas para a pesquisa, mas também para a aprendizagem de uma forma geral. É importante entender que não existe um método para o trabalho com deficientes, nem voltado à pesquisa, tão pouco ao ensino, é preciso uma convivência e uma relação de confiança para que o processo possa ser construído. Assim, para que um pesquisador possa intervir sem comprometer sua pesquisa, precisa conviver e manter um bom relacionamento com a comunidade escolhida. Dessa forma, a pesquisa irá fluir sem haver o desgaste natural que acontece ao pesquisador nas pesquisas participantes. 5. PESQUISAR COMO AÇÃO ÉTICA E CRIATIVA Atualmente há uma grande discussão em relação ao pesquisar e intervir, mas se conseguirmos aceitar que o ato de pesquisar, além de ser produto é, ao mesmo tempo, aquilo que produz um domínio de conhecimento, esses domínios podem ter validade sem uma prévia explicação de um referencial externo. Isso implica no que podemos chamar de ética, já que é importante perguntar-se de que forma nos estabelecemos como observadores. A resposta abrange dois fatores; a explicação de tudo que pode gerar
  • 8. Revista Ciências da Educação 8 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 conhecimentos considerados como válidos para uma determinada comunidade e a produção de elementos passíveis de serem conhecidos por essa mesma comunidade. É importante ver a pesquisa tanto no caráter criativo quanto no ético, dessa forma, o ato de explicar deixa de ter simplesmente a função de encontrar respostas ou revelar algo, mas de estabelecer uma crítica explicativa plausível em uma comunidade de observadores, como sugere Maturana (1997). E como o próprio autor aborda, essa atividade de explicar implica em escolhas, sejam elas cônscias ou não, e essas mesmas escolhas podem ser passíveis tanto de decisões estéticas quanto éticas. Toda pesquisa é considerada uma autoria e, a mesma é, também, um trabalho de independência e que implica em responsabilidade pelo que se cria. Todo ato de pesquisar já é, de alguma forma, uma intervenção, com concepção de sujeitos, elementos, informações e de histórias de vida. Precisamos, então, recorrer ao conceito de ética para podermos entender melhor do que está sendo abordado. O que se conhece é que a ética está ligada ao senso e à consciência moral e é mais do que um conjunto de regras e do que uma mera subordinação a essas normas. Segundo Satre (1978), a ética é residência, modo de residir o mundo e ambiente de atualização de valores e costumes. Isso quer dizer que a ética implica nas opções humanas de criar habitats e nos modos de avaliar e viver estes. A ética, nesse ponto de vista, é indissociável do tema da escolha. Jean-Paul Sartre (1978) ainda fala que os homens são seres em condição, forçados a contestar o mundo e os outros e que, agindo, escolhem quem são. A escolha, no sentido do autor, inventa e motiva o valor que advém da própria escolha. Simultaneamente, Chaui (2000) explica que a seleção desafia a consciência moral, pois exige a resolução sobre o que fazer às justificativas diante de outros indivíduos e nós mesmos sobre as razões da decisão e, a responsabilidade por suas implicações. Chaui (2000) fala que a ética trata de forma hipotética a autonomia e é dessa forma que a autonomia é feita, a partir do autocontrole das reações, desejos e sentimentos, do debate com outros e consigo mesmo sobre o significado dos valores além de conceder a si mesmo códigos de comportamento. É importante salientar que a autonomia estabelece uma relação de dualidade entre o problema e a ação de problematizar, com as variáveis estabelecidas num tempo e lugar, sem a necessidade de submeter ou subordinar suas ações a eles. Assim, três características de um indivíduo autônomo merecem ser citados: responsabilidade por suas ações, o interesse para avaliar as próprias intenções e o abandono da violência tanto contra si como aos outros. É bom lembrar que todos os regulamentos, códigos, princípios e leis são imprescindíveis à vida em sociedade, diminuindo a violência, atribuindo limites e controlando
  • 9. Revista Ciências da Educação 9 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 de forma permanente a violência. Dentro desse debate de pesquisar com ética, deve ser considerado um problema maior, que seria o de como impedir que os regulamentos, princípios, leis e códigos de conduta durante a pesquisa sejam um amplificador para fuga da responsabilidade, da ponderação e da avaliação do sujeito autônomo que constrói a ética. Outro ponto importante, recorrente da consideração exposta, é o de como educar pesquisadores no espírito da atividade ética. De acordo com o que ensina Chaui (2000), não existe uma ou mais respostas, sejam elas simples ou complexas, certas ou aproximadas ao que acabou de ser abordado. A ética, para a autora, é um saber puramente prático, caracterizada por decisões e alternativas sobre o que é possível e sobre o que depende do anseio da humanidade, onde os ingredientes são os valores e não os acontecimentos. Assim, falar de ética é simplesmente se auto-questionar sobre tudo que está a sua volta. Pinheiro (2008 apud Maraschin, 2004) traz o seguinte questionamento: A condição construtiva do próprio “sujeito da pesquisa” não envolve apenas uma questão técnica do pesquisar, mas também e novamente, da implicação - ético-política - desta mesma ação. Outro laço necessário! Qual a proposição, o desejo que produz a aposta no pesquisar? Vou buscar o consentimento do sujeito de minha pesquisa porque desejo que possa se constituir uma co-responsabilidade para participar de uma pesquisa-experiência-explicação constitutiva de um possível novo enredo? Ou porque esse mecanismo garante uma “salva-guarda”, uma proteção individual ao pesquisado, ou, ainda, em maior grau, ao pesquisador? (PINHEIRO, 2008, p.25 apud MARASCHIN, 2004) Depois de tudo que foi exposto, qual o momento correto para pesquisar, participar e intervir, com ética e responsabilidade? Só a pesquisa irá responder, e o primeiro passo é iniciá-la. 6. CONCLUSÃO É possível que a pesquisa participativa possa constituir-se como algo a permanecer por um longo tempo, quando propõe uma perspectiva metodológica de ação capaz de sustentar trabalhos para além da pesquisa propriamente dita, independente da área de educação a ser pesquisada ou de qual será a comunidade foco da pesquisa. Para que isso possa ser uma realidade, torna-se necessário que as Universidades passem a formar professores para a pesquisa, o que, de forma geral, só existe no discurso, e os alunos acabam por realizarem pesquisas tendenciosas ou manipuladas.
  • 10. Revista Ciências da Educação 10 Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 O fato é que vivemos em uma sociedade onde os relacionamentos são baseados, em sua maioria, na manipulação, e que a verdade pode ser simplesmente aquela a qual todos precisam ouvir e não a que precisa ser apresentada. Qual seria o limite da ética em uma pesquisa se houver a necessidade de intervir, e puder? A resposta dependerá sempre do pesquisador. 7. REFERÊNCIAS AXT, M.; MARASCHIN, C. Narrativas Auto-Avaliativas: categorias operativas autopoéticas de conhecimento. Gramado (RS): Anpepp, 1998. ______. Prática pedagógica pensada na indissociabilidade, conhecimento-subjetividade. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 22 n. 1, 1997. BORDA, Orlando F. Aspectos Teóricos da Pesquisa Participante: considerações sobre o significado e o papel da ciência na participação popular. In: BRANDÃO, Carlos R. (Org.). Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 42-62. BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense, 1999. CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000. COIMBRA, C. M. B. Os Caminhos de La passade e da Análise Institucional: uma Empresa Possível. Revista do Departamento de Psicologia da UFF, vol. 7, nº 1, 1995, pp. 52-80. FERREIRA, A.B.H. Mini Aurélio Século XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. MATURANA, H. R. Cognição, Ciência e Vida Cotidiana. Org. Cristina Magro e Victor Paredes. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. OLIVEIRA, M. D.; OLIVEIRA, R. D. Pesquisa Social e Ação Educativa: Conhecendo a Realidade Para Poder Transformá-la. In C. R. BRANDÃO (org.), Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense, 1985, pp. 83-95. PINHEIRO, F. P. H. A. A Arte e a Brincadeira e suas Interfaces com a Dramatização em Psicologia Comunitária: um Estudo de Processos de Mediação Simbólica. Dissertação de Mestrado. Fortaleza: UFC, 2008. ROCHA, M. L. Formação e Prática Docente: Implicações com a Pesquisa-Intervenção. In: I.M. MACIEL (org.), Psicologia e Educação: Novos Caminhos Para a Formação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2001, pp. 175-191. SARTRE, J. P. O Existencialismo é um Humanismo. São Paulo: Abril, 1978. THIOLLENT, M. Notas Para o Debate Sobre Pesquisa-Ação. In: C. R. Brandão (Org.), Repensando a Pesquisa Participante, 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1987, pp. 82-103.