REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
Trabalho de física médica que fala sobre o olho humano e a sua importância biologica
1. TRABALHO DE FÍSICA MÉDICA
TEMA: O OLHO HUMANO.
SUA ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO.
MICROSCÓPIO ÓPTICO
2. SÚMARIO
1. Introdução………………………………………………………………….
2. Fundamentação teorica…………………………………………………….
3. Anatomia dos olhos humano………………………………………………
4. Acomodação visual……………………………………………………….
5. Formação de imagens no olho humano……………………………………
6. Defeitos ópticos…………………………………………………………..
6.1.Miopia……………………………………………………………………..
6.2.Hipermetropia……………………………………………………………..
6.3.Astigmatismo……………………………………………………………..
6.4.Presbiopia…………………………………………………………………
6.5.Daltonismo………………………………………………………………..
6.6.Estrabismo…………………………………………………………………
6.7.Catarata…………………………………………………………………….
7. Lentes corretoras………………………………………………………….
Microscópio óptico………………………………………………………..
Tipos de microscopio optico……………………………………………..
Microscópio optico simples……………………………………………….
Microscópio optico composto……………………………………………
Estruturas do microscópio optico composto……………………………..
Funcionamento do microscópio óptico…………………………………..
Aplicações do microscopio optico………………………………………..
Resumo……………………………………………………………………
Conclusão…………………………………………………………………
Recomendações…………………………………………………………..
Anexos…………………………………………………………………….
Bibliografia………………………………………………………………..
3. INTRODUÇÃO
O presente trabalho a ser abordado fala sobre o olho humano, suas estruturas,
defeitos, funções e formação de imagens, sendo assim, podemos dizer que o tema é de
bastante interesse para estudos clínicos, uma vez que fala-se de um órgão que possui
uma importância única, principalmente para os seres humanos que são totalmente
dependentes das capacidades deste órgão, sendo que este mesmo órgão é responsável
pela visão.
Nosso trabalho também fala sobre o microscópio óptico, seu funcionamento, sua
importância científica, principalmente nas áreas da saúde.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
O olho humano é o órgão responsável pela visão no ser humano. Tem diâmetro
antero-posterior de aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros horizontal e vertical
ao nível do equador de aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador
de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5 cm³.
Um olho é um órgão que permite detectar a luz. É composto por um sistema
sensível às mudanças de luz, capaz de as transformar em impulsos eléctricos. Os olhos
mais simples não fazem mais do que detectar se as zonas ao seu redor estão iluminadas
ou escuras. Os mais complexos servem para proporcionar o sentido da visão.
5. ANATOMIA DOS OLHOS HUMANO
Como qualquer orgão do corpo humano, o olho possui diversas estruturas
anatomicas, mas nós pretendos apenas citar as de maiores relevancia, sendo assim,
começariamos por citar as seguintes:
O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez
fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possui
em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e
também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e
proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para proteção.
A camada média ou vascular é formada pela íris, a coróide, o cório ou uvea, e o
corpo ciliar. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.
Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a
córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o
espaço interno do globo ocular entre a córnea e a retina. Tudo isso funciona para manter
a forma esférica do olho.
O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado
atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é composta de células
nervosas que levam a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete.
Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças
ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direção da mancha
amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e
para objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação visual.
O olho ainda representa, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os
cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de
poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o
suor da testa entre em contato com os olhos.
6. Membrana conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras
da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos e para espalhar o
líquido que conhecemos como lágrima.
O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidos nas glândulas
lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das pálpebras
lavando e lubrificando o olho.
O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada
porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à
estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 -
1684).
ACOMODAÇÃO VISUAL
Para que as imagens conjugadas pelo sistema óptico do globo ocular sejam
nítidas, elas devem formar-se sobre a retina, cuja distância em relação ao cristalino é
constante. Por outro lado, os objetos visados por um observador estão a diferentes
distâncias de seu olho. A variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos
ciliares, através da maior ou menor compressão destes sobre aquele. Esse processo de
ajuste da distância focal do sistema óptico do globo ocular à visão nítida de objetos
diferentemente afastados é denominado acomodação visual.
FORMAÇÃO DE IMAGENS NO OLHO HUMANO
No corpo humano a formação de imagens nos olhos da-se da seguinte forma: a
luz atravessa a córnea, o humor aquoso , o cristalino e o humor vítreo e se dirige para a
retina, que funciona como o filme fotográfico em posição invertida; a imagem formada
na retina também é invertida.
O nervo óptico transmite o impulso nervoso provocado pelos raios luminosos ao
cérebro, que o interpreta e nos permite ver os objetos nas posições em que realmente se
encontram. E o nosso cérebro reúne em uma só imagem os impulsos nervosos
provenientes dos dois olhos.
7. A capacidade do aparelho visual humano para perceber os relevos deve-se ao
facto de serem diferentes as imagens que cada olho envia ao cérebro. Com somente um
dos olhos, temos noção de apenas duas dimensões dos objetos: largura e altura. Com os
dois olhos, passamos a ter noção da terceira dimensão, a profundidade.
DEFEITOS ÓPTICOS
Dos diversos defeitos ópticos existentes, podemos de uma forma sucinta citar os
mais constantes, que são os seguintes:
MIOPIA
O míope (portador da doença) vê mal ao longe mas bem ao perto. A distância
entre a córnea e a retina é grande. O olho é "demasiado longo": a imagem forma-se à
frente da retina. Para o míope, a distância para uma visão nítida é tanto mais curta,
quanto mais forte for a miopia. A miopia corrige-se com uma lente divergente
(côncava), que recoloca a imagem sobre a retina, e restitui uma boa visão até ao infinito.
Na imagem abaixo vemos a visão de um indivíduo normal e a visão de um míope.
HIPERMETROPIA
A hipermetropia ou “visão de longe” é exatamente o oposto da miopia. Ou seja,
é uma alteração visual causada pelo deslocamento do ponto de focagem provocando a
não nitidez das imagens quando olhamos para perto. Nestes casos, as imagens forma-se
depois da retina. Na hipermetropia o globo ocular é mais curto e isso faz com que o foco
das imagens projetadas pelo cristalino se forme atrás da retina. Esse erro refrativo pode
ser corrigido com o uso de óculos com lentes convergentes (convexas). Vemos ao lado a
imagem vista por indivíduo que tem hipermetropia.
ASTIGMATISMO
O astigmatismo é uma condição que decorre da diferença de curvatura da córnea
ou cristalino nas diferentes direções (comparável às curvaturas de um ovo ou de uma
bola de futebol americano), e disto resultam diferentes profundidades de foco que
distorcem a visão tanto de longe quanto perto. Pode ser corrigido com lentes cilíndricas.
A imagem ao lado mostra como é a visão de indivíduo portador de astigmatismo.
PRESBIOPIA
Também conhecida como "vista cansada", a presbiopia é uma perda na
capacidade de acomodação do olho, que resulta na piora da visão de perto. Aparece,
8. geralmente, após os 40 anos e tende a evoluir com a idade. A pessoa começa precisando
esticar os braços para conseguir ler e depois, sua correção é feita com lentes
convergentes. A imagem ao lado mostra a visão de quem tem presbiopia.
DALTONISMO
O daltonismo é uma deficiência da visão das cores. Consiste na cegueira para
algumas cores, principalmente para o vermelho e para o verde. Os daltônicos vêem o
mundo em tonalidades de amarelo, cinza-azulado e azul.
ESTRABISMO
O estrabismo é a perda do paralelismo dos olhos. Os músculos do olho que nos ajudam
a olhar numa direção, são afetados. O estrabismo pode ocorrer na infância, quando a
criança já nasce estrábica. O que se pode relacionar com fatores como a hereditariedade,
sofrimento fetal, infecções, tumores, traumatismos, fatores emocionais, determinados
graus de visão, baixa visão, graus diferentes entre os olhos e etc.
CATARATA
A catarata é a perda da transparência do cristalino, impedindo total ou
parcialmente os raios de luz de chegarem à retina, prejudicando a visão. Todo ser
humano adquire catarata com o passar do tempo. Em geral, depois dos 60 anos. Mas
este processo pode começar antes. O envelhecimento natural das células do cristalino é
a causa mais comum da catarata.
LENTES CORRETORAS
As anomalias descritas anteriormente podem ser corrigidas com lentes corretoras
(lentes de óculos ou lentes de contato).
No caso de hipermetropia, a correção se dá com o uso de uma lente convergente
adequada. Uma lente convergente permite fazer a imagem recair sobre a retina.
Para a correção da miopia recorre-se a uma lente divergente. O efeito será o
oposto do caso anterior. Isso permitirá a formação da imagem a uma distância da vértice
maior do que sem a lente divergente. Permite, assim, corrigir a anomalia.
A correção da presbiopia deverá ser efetuada com uma lente convergente (como
na hipermetropia). Se além da dificuldade de ver de perto se superpõe aquela de ver
longe, tem-se que recorrer a lentes bifocais (duas lentes numa só).
9. MICROSCÓPIO ÓPTICO
O microscópio óptico é um instrumento usado para ampliar e regular, com uma
série de lentes multicoloridas e ultravioleta, capazes de enxergar através da luz
estruturas pequenas e grandes, impossíveis de visualizar a olho nu, por isso também
conhecido como microscópio de luz (utilizando luz ou "fótons").
Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado em 1590 por Hans Janssen e
seu fiIho Zacharias, dois neerlandeses fabricantes de óculos. Tudo indica, porém, que o
primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi o neerlandês
Antonie van Leeuwenhoek (1632 - 1723).
Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma única lente, pequena e
quase esférica. Nesses aparelhos ele observou detalhadamente diversos tipos de material
biológico, como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos do sangue e os
espermatozóides presentes no sêmen dos animais. Foi também Leeuwenhoek quem
descobriu a existência dos “micróbios”, como eram antigamente chamados os seres
microscópicos, hoje conhecidos como microorganismos.
TIPOS DE MICROSCOPIO OPTICO
Há duas configurações básicas do microscópio óptico convencional: o
microscópio simples e o microscópio composto. A grande maioria dos modernos
microscópios de pesquisa são microscópios compostos, enquanto alguns microscópios
digitais comerciais mais baratos são simples microscópios de lente única.
MICROSCÓPIO OPTICO SIMPLES
Um microscópio simples é um microscópio que usa uma lente ou conjunto de
lentes para ampliar um objeto através de ampliação angular sozinho, dando ao
espectador uma imagem virtual ampliada ereto. Foi Galileu quem trabalhou com o
primeiro microscópio. A utilização de uma única lente convexa ou grupos de lentes
ainda se encontram em dispositivos de ampliação simples, tais como a lupa, e oculares
como telescópios e microscópios.
10. MICROSCÓPIO ÓPTICO COMPOSTO
Um microscópio composto é um microscópio que utiliza uma lente perto do
objecto que está sendo visto para colectar a luz (chamado de lente objetiva) que se
concentra uma imagem real do objecto no interior do microscópio. Aquela imagem é
então aumentada por uma segunda lente ou um grupo de lentes (chamado ocular) que dá
ao observador uma imagem virtual ampliada invertida do objecto . A utilização de um
microscópio composto permite tanto maior ampliação, redução da aberração cromática
e lentes objetivas intercambiáveis para ajustar a ampliação. Um microscópio composto
também faz ajustes de iluminação mais avançadas, tais como contraste possível de fase.
Ele é muito utilizado para ampliar imagens que não são vistas a olho nu.
ESTRUTURAS DO MICROSCÓPIO
ÓPTICO COMPOSTO
O microscopio optico composto está constituído por uma parte mecânica, que
suporta e permite controlar e por uma parte óptica que amplia as imagens.
A parte mecânica é constituída por:
1. Pé ou Base – suporta o microscópio, assegurando a sua estabilidade.
2. Braço ou Coluna – peça fixa à base, na qual estão aplicadas todas as outras
partes constituintes do microscópio.
3. Tubo ou Canhão – cilindro que suporta os sistemas de lentes, localizando-se
na extremidade superior a ocular e na inferior o revólver com objectivas.
4. Platina – peça circular, quadrada ou rectangular, paralela à base, onde se
coloca a preparação a observar, possuindo no centro um orifício circular ou
alongado que possibilita a passagem dos raios luminosos concentrados pelo
condensador. Apresenta geralmente 2 pinças destinadas a imobilizar as
preparações.
5. Parafuso Macrométrico – engrenagem cuja rotação é responsável por
movimentos verticais da platina, rápidos e de grande amplitude. Permite afastar
ou aproximar a platina das objectivas rapidamente. É indispensável para fazer a
focagem.
11. 6. Parafuso Micrométrico – Afasta ou aproxima a platina das objectivas ao
imprimir-lhe movimentos de amplitude muito reduzida, completando a
focagem. Permite explorar a profundidade de campo do microscópio.
7. Revólver – disco adaptado à zona inferior do tubo, que suporta duas a quatro
objectivas de diferentes ampliações: por rotação é possível trocar rápida e
comodamente de objectiva.
8. Charriot - Movimenta a lâmina de um lado para o outro, permitindo uma
análise da lâmina como um todo.
A parte óptica é constituída por:
1. Sistema de Oculares e Sistema de Objectivas – o conjunto de lentes que
permitem a ampliação do objecto. A ampliação total dada pelo microscópio é
igual ao produto da ampliação da objectiva pela ampliação da ocular.
2. Ocular - capta a imagem ampliada pela objectiva, ampliando-a, através do seu
sistema de lentes e permite a sua observação pelo olho humano. As oculares
mais usadas são as de ampliação 10X
3. Objectivas - Ampliam a imagem do objecto a ser observado, através do sistema
de e lentes que a compõem.
4. Fonte Luminosa – existem vários tipos de fontes luminosas, podendo ser uma
lâmpada (iluminação artificial), ou um espelho que reflicta a luz solar
(iluminação natural). Os dois tipos de iluminação tem virtudes e defeitos, mas
destinam-se os dois à iluminação da preparação, possibilitando assim a sua
visualização
5. Diafragma – regula a intensidade luminosa no campo visual do microscópio.
6. Condensador – distribui regularmente, no campo visual do microscópio, a luz
que atravessa o diafragma.
12. FUNCIONAMENTO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO
Um microscópio composto é um instrumento óptico composto
fundamentalmente por um tubo delimitado nas suas extremidades por lentes esféricas
convergentes, formando uma associação de lentes separadas.
O funcionamento de um microscópio composto é bastante simples. A objetiva
fornece uma imagem real, invertida e maior que o objecto. Esta imagem funciona como
objecto para o ocular, que funciona como uma lupa, fornecendo uma imagem final
virtual, direta e maior. Ou seja, o objeto é aumentado duplamente, fazendo com que
objectos muito pequenos sejam melhores observados.
Este microscópio composto é capaz de aumentar até 2.000 vezes o objecto
observado. Existem também os microscópios electrónicos capazes de proporcionar
aumentos de até 100.000 vezes e microscópios de varredura que produzem aumentos
superiores a 1 milhão de vezes.
APLICAÇÕES DO MICROSCOPIO OPTICO
Nas ciências, a microscopia óptica foi de suma importância, sendo aplicada na
área da química (no estudo de cristais), física (na a investigação das propriedades físicas
dos materiais), a geologia (na análise da composição mineralógica e textura de rochas)
e, evidentemente, no campo da biologia (estudo das estruturas microscópicas da matéria
viva), entre outros.
A microscopia óptica é usada para o diagnóstico médico, campo que está sendo
chamado de histopatologia quando se trata de tecidos, ou em testes de esfregaço em
células livres ou fragmentos de tecido.
Em uso industrial, microscópios binoculares são comuns. Além de aplicações
que necessitem verdadeira percepção de profundidade, o uso de oculares duplos reduz o
cansaço visual associado com longos dias de trabalho em uma estação de microscopia.
Em certas aplicações, microscópios de longo foco são benéficos.
13. RESUMO
Com base à esta pesquisa podemos dizer que olho é uma parte do nosso corpo
extremamente complexa. Com ele podemos focalizar um objeto, controlar a quantidade
de luz que entra e produzir uma imagem nítida de um objeto. Sob esse aspecto o olho
humano pode ser comparado a uma câmara fotográfica. No entanto, os mecanismos que
permitem ao olho efetuar um sem número de operações (como o controle da
luminosidade) são extremamente complexos.