1. O documento discute alucinógenos de origem natural, abordando conceitos, classificação, fontes e principais representantes.
2. É apresentada uma introdução histórica sobre o uso de alucinógenos em culturas antigas e na Idade Média.
3. Os principais tópicos desenvolvidos são alcalóides, com ênfase nos derivados de aminoácidos, e representantes de alucinógenos naturais, como DMT, mescalina, psilocibina e salvinorina A.
1. Seminários Didáticos de Pesquisa - Doutorado
Alda Ernestina dos Santos
27/05/2013
1
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais
Química de Produtos Naturais
Alucinógenos
2. 2
SUMÁRIO
1– Introdução
Alucinógenos
Conceitos e Definições, Histórico e Classificação
2- Justificativa
3- Desenvolvimento do tema
I- Alcalóides
Principais tipos, classes e atividades biológicas
II- Produtos Naturais alucinógenos
Fontes de obtenção
Ocorrência e distribuição
Principais representantes
Estudos Fitoquímicos
Drogas virtuais sonoras (e-drugs)
4- Conclusões
4. 4
Conceitos e definições
Nichols, 2004
Alucinógeno – 1º termo a ser proposto;
Psicodélico – proposto em 1953 por Humpfrey Osmond e banido do
meio científico em 1968;
Psicomimético – termo proposto em 1969;
Enteógeno – termo proposto em 1973;
Psicodisléptico – termo mais abrangente.
Introdução
5. 5
Abordagem Histórica
Alucinógenos nas primeiras civilizações americanas
Schultes, 1976
Fig. 1: Desenho mexicano do sec. XVI. Fig. 2: Esculturas em forma de cogumelos alucinógenos
datadas de 1000-500 anos a.C.
Introdução
Fig. 3: Personagem dos videogames, inspirado nos cogumelos
alucinógenos.
6. 6
Abordagem Histórica
Fig. 4: Estátuas de Xochipilli, Deus das flores na cultura asteca.
Presença na cultura asteca
Schultes, 1976
Introdução
7. 7
Abordagem Histórica
Alucinógenos na Idade Média: As 3 ervas da bruxaria e a fórmula do voo
Martinez et al. (2009)
Fig. 8: Representação das bruxas
da Idade Média.
Hyosciamus niger
Atropa belladona
Mandragora officinarum
Fig. 5: As três parcas da mitologia grega
Fig. 6: Representação da colheita da mandrágora.
Fig. 7: Uso do meimendro como anestésico.
Introdução
8. 8
Abordagem Histórica
Alucinógenos na cultura e religião brasileira: Paricá e Ayahuasca
Martinez et al. (2009)
Fig. 10: Preparo da ayahuasca em sede do Santo Daime, RJ.
Fig. 9: Índios aspirando paricá.
Religiões Ayahuasqueiras
Santo Daime – Raimundo Irineu Serra,1930.
Barquinha – Daniel Pereira de Matos,1940.
União do Vegetal – José Gabriel da Costa,1961.
Introdução
10. 10
Classificação quanto a forma de obtenção
Naturais
Semi-sintéticos
Sintéticos
N
H
N
O
O
N
H
N
N
H
O
N
Introdução
N,N-dimetitriptamina
LSD
3,4-metilenodioxi-N-metilamfetamina
(MDMA)
11. 11
JUSTIFICATIVA
Importante e interessante grupo de substâncias na química de produtos
naturais;
Uso desde a antiguidade, grande importância histórica e cultural;
Presença na cultura e desenvolvimento de diferentes grupos étnicos,
seitas e religiões;
Substâncias alternativas no tratamento da dependência química e
distúrbios psíquicos;
Grande uso como drogas recreativas;
Incluídos na lista de substâncias controladas de diferentes países.
13. 13
Alcalóides Características
Compostos nitrogenados;
Caráter básico ( alkali );
Geralmente derivados de aminoácidos;
Bases insolúveis em água;
Sais hidrossolúveis;
Grande diversidade;
Diversas funções nos vegetais;
Grande potencial farmacológico
Brielmann et al. (2006)
N
H
..
14. 14
Alcalóides Tipos
Dewick, 2002
Verdadeiros
N no heterociclo
Originado de aminoácido
CO2H
NH2
NH2
N
CO2Me
O
O
Protoalcalóides
N fora do heterociclo
Originado de aminoácido
CO
2
H
NH
2OH
NH
2
MeO
MeO
OMe
Pseudoalcalóides
N no heterociclo
Não originado de aminoácido
CO2H
N
H
15. 15
Alcalóides Derivados de aminoácidos
Dewick, 2002
Chiquimato
N
H
CO2H
NH2
(Trp)
CO
2
H
NH
2OH
CO
2
H
NH
2
CO2
-
OH
OH
OH
(Tyr)
(Phe)
Indólicos
Β-carbolínicos
Pirroloindólicos
Indólico terpenóide
Ergot
Fenetilaminas
Isoquinolínicos
Pseudoalcalóides
SCoA
O
Acetato
NH2 NH2
CO2H
(Orn)
NH2 NH2HO2C
(Lys)
Tropânicos
Pirrolidínicos
Pirrolizidínicos
Quinolizidínicos
Piperidínicos
Indolizidínicos
N
NH
CO2H
NH2
(Hys)
Imidazólicos
Ribose-5-fosfato
16. 16
Alcalóides
Dewick, 2002
N
H
CO2H
NH2
N
H
N
N
H
NH
N
N
H
HO2C
N
H
N
O
MeO2C
Triptofano Β-carbolínico Pirroloindólico Ergot Indólico Terpenóide
CO
2
H
NH
2OH
Tirosina
NH
2OH
Fenetilamina
N
Isoquinolínico
CO
2
H
NH
2
Fenilalanina
N
H3CO
OH
O
H
Pseudoalcalóides
NH2 NH2
CO2H
Ornitina
N
Tropânico
N
H
Pirrolidínico
N
Pirrolizidínico
NH2 NH2HO2C
Lisina
N
Quinolizidínico N
H
Piperidínico
N
Indolizidínico
Anéis heterocíclicos
N
NH
CO2H
NH2
Histidina
N
H
N
Imidazólico
17. 17
Alcalóides Precursores não aminoácidos
Ácido
nicotínico
Piridínicos
N
CO2H
N
N
Nicotina
CO2H
NH2
Ácido
antranílico
N
NN
QuinazolínicoQuinolínico
N
Acridínico
N
NH
N
N
O
AMP
N
N
N
N
H
O
Cafeína
Dewick, 2002
Pseudoalcalóides
Fenilalanina
Acetato
Terpenos
Esteróides
N
H
CO2H
22. 22
DMT (N,N-dimetiltriptamina)
Classe: Alcalóide indólico semelhante a serotonina
Fontes: P. viridis (Rubiaceae), A. peregrina (Fabaceae) e Virola sp. (Myristicaceae)
Mecanismo de ação: Agonista parcial de receptores 5-HT do tipo 2
Usos: Preparações indígenas como: paricá e ayahuasca
Vias de administração: Fumo, inalação (30 min de ação), injetável
ou oral (3-4 hs de ação)
N
H
N
N
H
NH2
Richardson et al. (2007); Carlini, 2003
DMT
Serotonina
23. 23
DMT (N,N-dimetiltriptamina)
Fig. 13: Ayahuasca e seus derivados.
Ayahuasca
+ =
Psychotria viridis
Fonte de DMT
Banisteriopsis caapi
Fonte de MAOI Ayahuasca
Halpern, 2004
+
Mimosa hostilis
Fonte de DMT
Peganum harmala
Fonte de MAOI
=
Anahuasca
N
H
N
+ N
H
NH3CO
=
Pharmahuasca
DMT
Harmina
24. 24
Efeitos da ayahuasca
Fig. 14: Ondas cerebrais, frequências e funções. Mapas cerebrais por EEG. Hoffmann et al. (2001)
25. 25
Mescalina (3,4,5-trimetoxifenetilamina)
Fig. 15: Estrutura da mescalina e sua principal fonte, o cacto L. williamsii.
Classe: Fenetilamina
Fontes: Cactáceas como Lophophora williamsii e Trichocereus sp.
Mecanismo de ação: Agonista parcial de receptores 5-HT2A e 2C
Usos: Enteógeno no peyotismo na NAC (Native American Church)
Vias de administração: Oral, consumo dos botões de peyote
Doses típicas: 200-400 mg ou 6-12 botões de mescal. 10-12 hs de ação
Aghajanian & Marek, 1999
Richardson et al. (2007)
NH2H3CO
H3CO
OCH3
Legalidade do Uso: EUA e Canadá, permitido somente a membros da NAC
Mescalina
26. 26
Psilocibina e Psilocina
Fig. 16: Espécime de P. cubensis.
Classe: Indólico (Triptamina)
Fontes: Fungos dos gêneros Psilocybe, Panaeolus e Conocybe
Mecanismo de ação: Agonista parcial de receptores 5-HT do tipo 2
Usos: Enteógeno em tribos indígenas do México e América do Sul
Vias de administração: Consumo dos cogumelos in natura ou desidratados
Doses típicas: 4-6 mg, promovendo 4-6 hs de ação
Schultes, 1976
Abraham et al. (1996)
O
PO
OH
O
-
N
H
N
+
H
N
H
N
OH
Psilocibina
Psilocina
27. 27
Hiosciamina e Escopolamina
Classe: Tropânicos
Fontes: A. belladona, H. niger, M. officinarum (Solanaceae) e D. stramonium
(Convolvulaceae)
Mecanismo de ação: Anticolinérgicos
Usos: Fórmula do voô e recreativo
Richardson et al. (2007); Schultes et al. (1992)
Efeitos: Delírios, perda de contato com a realidade, sono profundo e amnésia
O
O
OH
N
O
O
OH
N
O
(-) – hiosciamina (-) – hioscina (escopolamina)
(-) – hiosciamina
(+) – hiosciaminaAtropina
(-) – hioscina
(+) – hioscinaAtroscina
28. 28
Ibogaína
Classe: Indólico terpenóide
Fontes: Raízes de Tabernanthe iboga (Apocynaceae)
Mecanismo de ação: Atuação sobre receptores dopaminérgicos
Usos: Enteógeno (tribos africanas), no tratamento da dependência química e
como agente dopante por atletas
Carlini, 2003
Carai et al. (1992)
Efeitos:Estado oneirofrênico (baixas doses), convulsões e parada respiratória
Letal (altas doses)
Fig. 17: Uso enteógeno da ibogaína em ritual Bwiti.
N
H
N
H3CO
Ibogaína
29. 29
LSA (Amida do ácido lisérgico)
Classe: Alcalóide do tipo Ergot
Fontes: Claviceps sp, Ipomoea violacea e Argyreia nervosa (Convolvulaceae)
Mecanismo de ação: Agonista de receptores 5-HT do tipo 2
Usos: Rituais astecas e como substituto do LSD
Halpern, 2004
Richardson et al. (2007)
Doses típicas: 2-5 mg, promovendo 4-8 horas de ação
N
N
H
O
NH2 N
N
H
O
N
N
N
H
HO2C
Potencial alucinógeno
(+) – ácido lisérgico (inativo)
LSD > LSA (100 vezes mais potente)
(+) – ácido lisérgico LSA
LSD
30. 30
Harmina
Classe: β-Carbolínico
Fontes: Largamente distribuída (vegetais, insetos, mamíferos)
Mecanismo de ação: Inibidor da MAO-A e afinidade por receptores 5-HT2A/2C
Usos: Preparo da ayahuasca
Patel et al. (2012)
Brierley & Davidson, 2012
Concentração na ayahuasca:30 mg de harmina em 200 mL do chá
Doses típicas: 300- 400 mg com 4-8 horas de ação
N
H
NH3CO
N
H
N
N
H
NH3CO
Harmina
Harmano
Harmalina
31. 31
Salvinorina A
Classe: Diterpeno
Fontes: Salvia divinorum (Lamiaceae)
Mecanismo de ação: Agonista do receptor κ-opióide
Usos: Recreativo e em rituais indígenas de profecias
Prisinzano, 2005
Johnson et al. (2011)
Appel & Kim-Appel, 2007Fig. 18: Produto comercial a base de S. divninorum.
Vias de administração: Fumo: forma pura, ativo a 200-500 µg, com 15-30
min de ação; Folhas de S. divinorum com ação de 30-60 minutos
Legalidade do Uso: Tanto salvinorina A quanto S. divinorum têm sido
proibidas em vários países
O
O
O OH
O
H H
O
O
O
Salvinorina A
32. 32
Thujona
Classe: Monoterpeno
Fontes: Artemisia absinthium (Asteraceae)
Mecanismo de ação: Antagonista do receptor GABAA
Usos: Recreativo
Pelkonen et al. (2013)
Padosh et al. (2006)
Olsen, 2000
Vias de administração: Absinto, bebida alcoólica a base de A. absinthium
OH OH
Forma α cerca de 2-3 vezes mais potente que a forma β
Efeitos: Convulsivante, neurotóxica, agressividade e alucinações visuais
α-thujona β-thujona
33. 33
Thujona
Smith, 2006Fig. 19: Natureza morta com Absinto e Auto-Retrato, obras de Van Gogh. Absinto comercial.
Absinto
Lançamento na França em 1797
Banida em 1915
Alto teor alcoólico (40-85%)
Conhecida popularmente por Green fairy
Van Gogh e o absinthismo
34. 34
∆9 –THC (delta-9-tetraidrocanabinol)
Classe: Canabinóide
Fontes: Cannabis sativa (Cannabaceae)
Mecanismo de ação: Atuação sobre receptores canabinóides CB-1
Usos: Recreativo
Brenneisen, 2007; Huestis & Smith, 2007
Vias de administração: Oral ou fumo das folhas de C. sativa
Doses típicas: 2-5 mg com 3-5 horas de ação
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
10 20 30 40 50 60 70 80 90 2000 2010-
2013
Década
Estudos
Fonte: Science Direct. Acesso em 07/05/13.
117 383 451 581
1047
4316
8125
15427
25226
6959
3301
Fig. 20: Estudos científicos com THC.
O
OH
35. 35
Alucinógenos Naturais Elucidação Estrutural da Atropina
Fig. 21:Elucidação da atropina através de reações químicas.
Fonte: Martinez et al. (2009)
36. 36
Alucinógenos Naturais Isolamento e Elucidação Estrutural
Brandt & Martins, 2010
CCD
SPE e MSPD (Dispersão da Matriz em Fase Sólida)
CG-EM (EI/IT)
CLAE-DAD
CLAE-EM/EM (APCI/ESI);
Variedade de fases estacionárias
qRMN e RMN
37. 37
Alucinógenos Naturais Estudos Fitoquímicos
Fig. 22: Cromatograma (SPE-CG-EM) do vinho da jurema e ayahuasca em modo full scan (A e C) e em m/z 57-59 (B e D).
SPE( PMDS/DVB). Coluna SLB-5 (30m x 0.25 mm x 0.25 µm); Temp. 50-280 oC (20 oC/min);Gás de arraste: He; Fluxo: 1 mL/min
38. 38
Alucinógenos Naturais Estudos Fitoquímicos
Fig. 23: Cromatograma CLAE- FLD de brancos de urina (A) e soro (C), urina (B) e soro (D) apos consumo de A. nervosa.
Coluna C18 (100x4.6 mm); Temperatura 55 oC; Fase móvel: A= MeOH; B=ACN; C= CHOONH4 (pH=6.6); 0-6 min =
Isocratico (30%A) e (70%C); 7-20 min gradiente (85%A)-(10%B)-(5%C).Fluxo: 0.7 mL/min
39. 39
Alucinógenos Naturais Estudos Fitoquímicos
Maior rapidez
Não-derivatização
Análise não destrutiva
Informações estruturais
Boa sensitividade (sinal intenso em 2.7 ppm)
Facilidade no preparo da amostra
DMBO - bom padrão interno (não se sobrepõe aos sinais da amostra)
Vantagens do método
40. 40
Bruker DPX 300 MHz; 298 K; Probe Multinuclear (5mm);
Solvente: CDCl3; Padrão interno DMBO.
δ (ppm)
Fig. 24: Espectro de RMN 1H de solução contendo DMT e DMBO, destaque dos sinais usados na quantificação.
41. 41
Drogas Virtuais Sonoras (e-drugs)
O que são?
I-doser
Como funcionam?
Fenômeno na França e EUA
2009 – Mais de 10 milhões de downloads
Fig. 25: Funcionamento das ondas binaurais. Principais tipos de ondas cerebrais.
43. 43
CONCLUSÕES
Os alucinógenos constituem um interessante grupo de substâncias na
química de produtos naturais;
Agem sobre receptores diversos, provocando efeitos variados;
Pertencem a diferentes classes de metabólitos secundários. No entanto,
a maioria é do tipo alcaloidal;
Uso alternativo no tratamento de distúrbios diversos;
Uso no passado X uso atual;
Possíveis drogas de abuso;
Importância química, histórica e evolutiva
44. “ A mente que se abre a uma nova idéia jamais
voltará ao seu tamanho original. ”
Albert Hofmann
45. 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAHAM, H.D.; ALDRIDGE, A.M.; GOGIA, P. The psychopharmacology of
hallucinogens. Neuropsychopharmacology, v. 14, n. 4, p. 285-298. 1996.
AGHAJANIAN, G.K.; MAREK, G.J.; Serotonin and hallucinogens.
Neuropsychopharmacology, v. 21, n. 2S, p. 16 S-23 S. 1999.
APPEL, J.; KIM-APPEL, D. The rise of a new psychoactive agent: Salvia divinorum.
International Journal of Menthal Health and Addiction, 5, 248-253. 2007.
BRENNEISEN, R. Chemistry and analysis of phytocannabinoids and other
Cannabis constituents, p. 17-50. In: ELSOHLY, M.A. Marijuana and the
cannabinoids. New Jersey: Humana Press. 2007.
BRIELMANN, H.L.; SETZER, W.N.; KAUFMAN, P.B.; KIRAKOSAN, A.; CSEKE, L.J.
Phytochemicals: the chemical components of plants, p. 30-36. In: CSEKE, L.J. et
al. Natural products from plants. Boca Raton: Taylor & Francis Group. 2006.
46. 46
BRIERLEY, D.I.; DAVIDSON, C. Developments in harmine pharmacology –
implications for ayahuasca use and drug-dependence treatment. Progress in
Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, 39, p. 263-272, 2012.
CARAI, M.A.M.; AGABIO, R.; BOMBARDELLI, E.; BOUROV, I.; GESSA, G.L.;
LOBINA, C.; MORAZZONI, P.; PANI, M.; REALI, R.; VACCA, G.; COLOMBO, G.
Potential use of medicinal plants in the treatment of alcoholism. Fitoterapia, 71, p.
S38-S42. 2000.
CARLINI, E.A. Plants and the central nervous system. Pharmacology, Biochemistry
and Behavior, 75, p. 501-512. 2003.
DEWICK, P.M. Medicinal natural products: a biosynthetic approach. 2a ed.
Chichester: John Wiley & Sons, 2002. 507p.
GAUJAC, A.; AQUINO, A.; NAVICKIENE, S.; ANDRADE, J.B. Determination of N,N-
dimethyltryptamine in Mimosa tenuiflora inner barks by matrix solid-phase
dispersion procedure and GC-MS. Journal of Chromatography B, 881, p. 107-110.
2012.
HALPERN, B.L. Hallucinogens and dissociative agents naturally growing in the
United States. Pharmacology & Therapeutics, 102, p. 131-138. 2004.
47. 47
HOFFMANN, E.; HESSELINK, J.M.K.; BARBOSA, Y. W.M.S. Effects of psychedelic,
tropical tea, Ayahuasca, on the electroencephalographic (EEG) activity of the
human brain during a shamanistic ritual. MAPS Bulletin, p. 25-30. 2001.
HUESTIS, M.A.; SMITH, M.L. Human cannabinoid pharmacokinects and
interpretation of cannabinoid concentrations in biological fluids and tissues, p.
205-236. In: ELSOHLY, M.A. Marijuana and the cannabinoids. New Jersey: Humana
Press. 2007.
JOHNSON, M.W.; MACLEAN, K.A.; REISSIG, C.J.; PRISINZANO, T.E.; GRIFFITHS,
R.R. Human psychopharmacology and dose-effects of salvinorin A, a kappa opioid
agonist hallucinogen present in the plant Salvia divinorum. Drug and Alcohol
Dependence, 115, p. 150-155. 2011.
MARTINEZ, S.T.; ALMEIDA, M.R.; PINTO, A.C. Alucinógenos naturais: um vôo da
Europa medieval ao Brasil. Química Nova, v. 32, n. 9, p. 2501-2507. 2009.
MOURA, S.; CARVALHO, F.G.; OLIVEIRA, C.D.R.; PINTO, E.; YONAMINE, M. qNMR:
an applicable method for the determination of dimethyltryptamine in ayahuasca, a
psychoactive plant preparation. Phytochemistry Letters, 3, p. 79-83. 2010.
48. 48
NICHOLS, D.E. Hallucinogens. Pharmacology & Therapeutics, 101, p. 131-181.
2004.
OLSEN, R.W. Absinthe and γ-aminobutyric acid receptors. PNAS, v. 97, n. 9, p.
4417-4418. 2000.
PADOSCH, S.A.; LACHENMEIER, D.W.; KRONER, L.U. Absinthism: a fictitious 19th
century syndrome with present impact. Substance Abuse Treatment, Prevention
and Policy, v. 1, n. 14, 14p. 2006.
PAULKE, A.; KREMER, C.; WUNDER, C.; TOENNES, S.W. Analysis of lysergic acid
amide in human serum and urine after ingestion o Argyreia nervosa.
Analytical, Bioanalytical Chemistry, n. 404, p. 531-538. 2012.
PATEL, K.; GADEWAR, M.; TRIPATHI, R.; PRASAD, S.K.; PATEL, D.K. A review on
medicinal importance, pharmacological activity and bioanalytical aspects of beta-
carboline alkaloid “Harmine”. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, p. 660-
664. 2012.
49. 49
PELKONEN, O.; ABASS, K.; WIESNER, J. Thujone and thujone-containing herbal
medicinal and botanical products: toxicological assessment. Regulatory
Toxicology and Pharmacology, 65, 100-107. 2013.
PRISINZANO, T.E. Psychopharmacology of the hallucinogenic sage Salvia
divinorum. Life Sciences, 78, p. 527-531. 2005.
RICHARDSON, W.H.; SLONE, C.M.; MICHELS, J.E. Herbal drugs of abuse: an
emerging problem. Emergency medicine clinics of North America, 25, p. 435-457.
2007.
SCHULTES, R.E. Hallucinogenic plants: a golden guide. New York: Golden Press,
1976. 160p.
SMITH, P.E.M. Absinthe attacks. Practical Neurology, 6, p. 376-381. 2006.