4. Características * São triblásticos * Protostômios (o blastóporo dá origem à boca) * Pseudocelomados * Simetria bilateral * Placas dentárias na cavidade bucal * Não possuem sistema respiratório nem circulatório * Dióicos * Os vermes adultos alcançam aproximadamente um centímetro de comprimento sendo que as fêmeas são um pouco maiores que os machos. * Apresentam corpo alongado, cilíndrico e fino, com as extremidades afiladas Blastóporo
5.
6. * Os machos apresentam na extremidade posterior uma expansão chamada de bolsa copuladora. * Fecundação interna * Liberação de ovos Ancilostomídeo - ovo Fêmea (extremidade retilínea) Macho (extremidade apresenta bolsa copuladora) Ancilostomídeo adulto - detalhe da bolsa copuladora
7. Ancylostoma duodenale * Possui dois pares de dentes * Coloração esbranquiçada * Possui um par de placas cortantes * Coloração amarelada Necator americanus
10. Ciclo de Vida * Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem. Depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes. * No solo e em condições adequadas, como boa oxigenação, alta umidade e temperatura elevada, os ovos tornam-se embrionados 24 horas depois da expulsão. * A larva assim originada denomina-se rabditóide . Abandona a casca do ovo, passando a ter vida livre no solo. Depois de uma semana, em média, transforma-se numa larva que pode penetrar através da pele do homem, denominada larva filarióide infectante. Ancilostomídeo - larva rabditóide. Larvas filarióides - bainha envolvendo o parasita
11. * As larvas filarióides penetram na pele e atingem a corrente sanguínea, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões. * Perfuram os capilares pulmonares e a parede dos alvéolos, migram pelos bronquíolos e chegam à faringe. Em seguida, descem pelo esôfago e alcançam o intestino delgado, onde se tornam adultas. * O verme se estabelece no intestino, onde torna-se adulto (o local preferencial de instalação é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco em infecções maciças), prende seus "dentes" na parede intestinal e passa a sugar o sangue de sua vítima.
12. Formas de Trasmissão * Penetração ativa das larvas filarióides infestantes na pele ou mucosas, principalmente nas regiões dos pés, pernas, nádegas e mãos. * Ingestão das larvas junto com os alimentos ou água contaminada (alcança o estado adulto no intestino delgado, sem percorrer os caminhos descritos anteriormente).
13. Infectado pelo parasita, o indivíduo apresentará os seguintes sintomas: Lesão Cutânea: A penetração da larva na pele causa uma sensação de “picada”, com aparecimento de vermelhidão, prurido e inchaço (edema) na região. Ocorre na parte superior dos pés, nas pernas, nádegas e regiões interdigitais. Lesão pulmonar: Presença de focos hemorrágicos (onde as larvas perfuram as paredes alveolares), edema e presença de líquido na luz alveolar. O indivíduo apresenta um quadro semelhante à pneumonia, com tosse, febre, etc. Lesão da mucosa intestinal e espoliação sanguínea: Vermes se alimentam de sangue e dilaceram a mucosa intestinal ocasionando pequenas hemorragias. Estabelecem uma anemia de evolução lenta acompanhada de perturbações e cólicas abdominais. Palidez (o que caracteriza o nome popular de amarelão), desânimo, dificuldade de raciocínio, cansaço e fraqueza, causado pela falta de ferro (anemia) no organismo. Com o tempo, a situação pode progredir e se agravar, aparecendo dores musculares, abdominais e de cabeça, hipertensão, sopro cardíaco, tonturas e ausência das menstruações nas mulheres. Em crianças ainda podem ocorrer diminuição ou perversão do apetite (em razão dessa deficiência de ferro na alimentação e necessidade orgânica do mineral, em zona endêmica é freqüente crianças comerem terra para se suprirem), retardamento físico e mental, e ainda consequências como dificuldade de aprendizagem escolar e a debilidade orgânica generalizada.
14. Profilaxia * Educação sanitária em massa. * Serviços de engenharia sanitária (construções de moradias higiênicas, dotadas de água tratada e instalações sanitárias adequadas). * Abolir por completo adubação com fezes humanas. * Proteção dos pés pelo uso de calçados. * Medidas de higiene pessoal (lavar as mãos, lavar alimentos crus antes do consumo, água filtrada ou fervida). * Alimentação adequada, rica em ferro, proteínas, sais minerais, vitaminas e hidrato de carbono. * Tratamento dos doentes (deve ser repetido com intervalo de seis meses, durante dois anos aproximadamente, a fim de impedir que o homem continue disseminando os ovos. Utiliza-se anti-helmínticos e antianêmicos. * Ter o máximo de cuidado quanto ao local destinado ao lazer das crianças, pois acabam brincando com terra.
15. Curiosidades * Papiros egípcios de 1.600 A.C., já assinalavam a ocorrência da doença. * Avicena, médico persa que viveu no século X da nossa era, foi o primeiro a encontrar os vermes nos intestinos de doentes e responsabilizá-los pela anemia decorrente, por serem os mesmos sugadores de sangue (hematófagos). * Na Europa era a doença conhecida por Anemia dos Mineiros, tomando nomes diversos conforme o país em que era constatada. No Brasil era antigamente nomeada por Opilação, Amarelão ou Anemia Tropical. * Nosso escritor Monteiro Lobato, em um de seus livros, retrata o personagem Jeca Tatu, que nada mais era que um indivíduo parasitado pelo verme, o que serviu pelo Laboratório Fontoura para a propaganda de medicamentos de sua fabricação indicados para o tratamento da doença.
16. Bicho geográfico (larva migrans) Essa verminose pode ser provocada pelo Ancylostoma brasiliensis ou A.caninum. Normalmente tais vermes são parasitas intestinais de cães e gatos, apresentando ciclo vital semelhante ao do Ancylostoma duodenale. A Larva migrans é exatamente o que o nome sugere: uma larva migrando pelo corpo do hospedeiro errado; só viraria adulta nos intestinos de cães e gatos. Essa penetra a pele dos animais e, acidentalmente a pele do homem. A larva migrans cutânea invade só a pele, causando erupções geralmente nos pés, pernas e nádegas; os primeiros sinais são irritação ou bolhas a partir das quais vão surgindo túneis subcutâneos bem visíveis, de diferentes desenhos e comprimentos, que aumentam um centímetro por dia e motivam o apelido de bicho geográfico.