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Como interpretar a Bíblia
Pr. Handerson Xavier
Slides das aulas:
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1. O que é interpretar?
2. O que é hermenêutica.
• A necessidade da hermenêutica.
• A falta que a boa hermenêutica bíblica faz.
3. Os pressupostos da hermenêutica bíblia.
• Deus, a Bíblia, o homem e o propósito.
4. As lacunas preenchidas pela hermenêutica.
• Temporal, geográfica, cultural, linguística
e teológica.
5. Erros comuns ao se interpretar a Bíblia.
Revisão da aula anterior
Temas para estudo e aprofundamento:
• Alegorese.
• Escola de Alexandria e Escola de Antioquia.
• Crítica da fonte e crítica da forma.
• Método histórico-crítico.
• Liberalismo teológico.
• Método histórico-textual.
Estudo complementar
A Bíblia e seus intérpretes
Augustus Nicodemus
Editora Cultura Cristã
Recomendação de leitura
Hermenêutica
E. Lund e P. C. Nelson
Editora Vida
Recomendação de leitura
Os perigos da interpretação bíblica
D. A. Carson
Editora Vida Nova
Recomendação de leitura
Princípios de interpretação bíblica
Louis Berkhof
Editora Cultura Cristã
Recomendação de leitura
Regras fundamentais da hermenêutica
1. A Escritura interpreta a si mesma.
 Chamada de “regra de ouro”.
 A Bíblia não entra em contradição.
 Deve harmonizar com o todo.
2. Há um só sentido em cada texto.
 É aquele pretendido pelo autor original.
 Não há um sentido oculto ou alegórico.
 O que o autor queria dizer?
 Como seus leitores originais entenderam?
 A hermenêutica se fundamenta na intenção do autor
e não do intérprete.
Regras fundamentais da hermenêutica
3. Tome as palavras no sentido usual e comum.
 Não significa sentido “literal”, mas o sentido dado
pela frase e pelo contexto.
 “Quem é dominado pela carne não pode agradar a
Deus.” Rm 8:8
 “A carne e o couro, porém, queimou fora do
acampamento”. Lv 9:11
 Deve levar em consideração o gênero linguístico e
a figura de linguagem.
Regras fundamentais da hermenêutica
4. Tome as palavras de acordo com o sentido da frase.
 O contexto imediato determina se a palavra tem sentido
literal ou metafórico.
 “Porque agora a nossa salvação está mais próxima do que
quando cremos.” Rm 13:11
 “Mas os outros disseram: “Deixem-no. Vejamos se Elias
vem salvá-lo”.” Mt 27:49
 “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças,
partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e
comam; isto é o meu corpo”.” Mt 26:26
Regras fundamentais da hermenêutica
5. Tome as palavras de acordo com o contexto.
 O contexto é formado pelos versículos anteriores e
posteriores (imediato e extendido).
 “Porque, como, pela desobediência de um só
homem, muitos se tornaram pecadores, assim
também, por meio da obediência de um só, muitos
se tornarão justos.” Rm 5:19
 “Porque a rebelião é como o pecado da feitiçaria, e
a obstinação é como a idolatria e o culto a ídolos do
lar.” 1 Sm 15:23a
Regras fundamentais da hermenêutica
6. Leve em contra o propósito da passagem ou livro.
 A razão da escrita da passagem ou do livro inteiro
ajudam a esclarecer pontos obscuros.
 “Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste
modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne procede de Deus”. 1 Jo 4:2.
 O livro de 1 João foi escrito para combater falsos
ensinos, dentre eles o gnosticismo.
 O gnosticismo afirmava que a matéria é má e por
isso Jesus não poderia ter um corpo físico. Assim
negavam a humanidade de Jesus.
Regras fundamentais da hermenêutica
7. É necessário consultar as passagens paralelas.
 Preferência:
• No contexto.
• Mesmo livro.
• Mesmo autor mas em livro diferente.
• Autor diferente num mesmo contexto.
• Autores diferentes em contextos diferentes.
 Os paralelos podem ser:
• Palavras.
• Ideias.
• Ensinos gerais.
Regras fundamentais da hermenêutica
7. É necessário consultar as passagens paralelas.
 Paralelo de palavras.
 “Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo
nenhum satisfarão os desejos da carne.” Gl 5:16
 “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade
sexual, impureza e libertinagem.” Gl 5:19
 Clarificamos o sentido da palavra dentro do mesmo
contexto.
Regras fundamentais da hermenêutica
7. É necessário consultar as passagens paralelas.
 Paralelo de palavras.
 “Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se
revestiram.” Gl 3:27
 “Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do
dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade
sexual e depravação, não em desavença e inveja. Pelo
contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não
fiquem premeditando como satisfazer os desejos da
carne.” Rm 13:13, 14
 Paralelo no mesmo autor, mas em outro livro.
Regras fundamentais da hermenêutica
7. É necessário consultar as passagens paralelas.
 Paralelo de ideias.
 Às vezes é preciso compreender a passagem não
pela palavra, mas pela ideia transmitida.
 Atente para este exemplo:
• “Portanto, que todos nos considerem como
servos de Cristo e encarregados dos mistérios de
Deus.” 1 Co 4:1
• “Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados.”
1 Co 15:51
Regras fundamentais da hermenêutica
7. É necessário consultar as passagens paralelas.
 Paralelo de ideias.
 Nos textos de 1 Co 4:1 e 15:51 temos a palavra
“mistério” utilizada pelo mesmo autor, num mesmo
livro, mas com sentidos diferentes.
 1 Co 4:1 com 1 Co 2:1: “Eu mesmo, irmãos,
quando estive entre vocês, não fui com discurso
eloquente nem com muita sabedoria para lhes
proclamar o mistério de Deus.”
 “Mistério” seria o ensino de Deus através de Paulo.
Regras fundamentais da hermenêutica
7. É necessário consultar as passagens paralelas.
 Paralelo de ideias.
 “...não tendo a minha própria justiça que procede
da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a
justiça que procede de Deus e se baseia na fé.” Fp
3:9
 É preciso consultar textos em Romanos e Gálatas.
 “A promessa de que seria herdeiro do mundo não
veio a Abraão ou à sua descendência por meio da
lei, e sim por meio da justiça da fé.” Rm 4:13
Regras fundamentais da hermenêutica
7. É necessário consultar as passagens paralelas.
 Paralelo de ensinos gerais.
 Para compreender certas passagens é preciso levar
em consideração todo o ensino bíblico.
 “De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que
tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-
lo?” Tg 2:14
 “E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se
fosse, a graça já não seria graça”. Rm 11:6
 A consulta ao ensino geral sobre “justificação pela
fé” resolve a aparente contradição.
Regras fundamentais da hermenêutica
8. O implícito deve ser explicado pelo explícito.
 Cuidado ao interpretar o que foi dito e o que não foi
dito: as inferências ao texto.
 Inferências são deduções feitas com base nas
informações explícitas.
 Um exemplo é a inferência de não orar pelos
pecados que conduzem à morte em 1 Jo 5:16.
 A pergunta é: O texto faz esta afirmação?
 A informação explícita tem primazia para a
interpretação.
Regras fundamentais da hermenêutica
8. O implícito deve ser explicado pelo explícito.
 Erros de inferência podem gerar especulações.
 Especulações são explicações sem fundamento
adequado e podem gerar a alegorização.
• A pessoa de Satanás. (Is 14:12)
• Quem é a besta do Apocalipse? (Ap 13:18)
• Qual a marca da besta? (Ap 13:16)
 Especulação podem servir como uma “resposta
provisória” e jamais deve fundamentar uma
doutrina.
 Sem amparo, a especulação deve ser descartada.
Regras fundamentais da hermenêutica
Regras fundamentais da HERMENÊUTICA.
palavra
frase
contexto
livro
paralelos
Escritura
Regras fundamentais da hermenêutica
Hermenêutica geral
“Toda casa precisa ser legitimada, pois quando
legitimamos, bloqueamos a ação do anjo do mal. Deus
disse que só há uma forma de ser bloqueada a ação do
anjo da morte e da maldição, de tirar o pranto e a dor:
ungir a casa (Êx 12:12, 13).(...) Os Atos Proféticos limpam
os céus da nossa geografia e esta é a unção territorial:
uma autorização. Nós dizemos aos anjos que eles estão
autorizados a cuidar da nossa casa e isso é uma ação
profética de autoridade que abre portas inimagináveis.
Muitos viverão o inimaginável de Deus, com portas
abertas, porque toda nossa família viverá o novo do
Eterno.”
Extraído de: http://www.mir12.com.br/br/2018/estudos/12/598-uncao-territorial-parte-1
 A hermenêutica geral ocupa-se com a
interpretação de qualquer texto bíblico.
 É divida em 3 análises:
1. Análise histórico-cultural e contextual.
2. Análise léxico-sintática.
3. Análise teológica.
 Devem concluir o processo hermenêutico:
• Análise literária (em hermenêutica especial).
• Análise comparativa.
• Aplicação.
A hermenêutica geral
 Antes de tudo:
 Escolha a versão ou versões a serem utilizadas.
• Escolha equivalentes formais e dinâmicas.
• Faça comparações.
 Delimite o texto a ser estudado (perícope).
• Pode ser uma palavra, uma expressão, uma frase,
um versículo, um parágrafo, um capítulo ou um
livro completo.
• Defina a questão de gênero textual principal, bem
como as figuras de linguagem empregadas.
A hermenêutica geral
 As diferenças de tradução em 1 Sm 25:22.
• NVI: “eu deixe vivo um só do sexo masculino de
todos os que pertencem a Nabal.”
• ACF: “se eu deixar até amanhã de tudo o que tem,
até mesmo um menino.”
• BV: “se até amanhã, ao amanhecer, ficar vivo ainda
que seja um só dos seus homens.”
• TEB: “se, de agora até amanhã cedo, de tudo que
lhe pertence, eu deixar com vida algo que urina
contra o muro.”
A hermenêutica geral
 Um exemplo de limitação de texto.
• Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as
crianças e não as impeçam; pois o Reino dos
céus pertence aos que são semelhantes a elas.
Mt 19:14
• O que quero estudar?
A ideia central do versículo?
A palavra “Reino”?
A expressão “Reino dos céus”?
As crianças e o Reino?
A hermenêutica geral
palavra
expressão
contexto
livro
paralelos
Escritura
Reino
Reino dos céus
Mt 19:1-12 e 19:15-30
O Reino dos céus em Mateus
Mc 10:15; Lc 18:17; Jo 3:5
A teologia do Reino
A hermenêutica geral
1. Análise histórico-cultural e contextual.
 Analisar o contexto geral no qual a passagem se
encontra.
 Levantamento de todas as implicações históricas e
culturais envolvidas no todo e na parte.
1. Qual o ambiente histórico-cultural geral?
 Político, econômico e social.
 Costumes e cultura.
 Situação espiritual.
 Práticas religiosas.
 Antecedentes históricos.
A hermenêutica geral
1. Análise histórico-cultural e contextual.
2. Qual o ambiente histórico-cultural específico?
 Quem escreveu? O autor.
 Quando escreveu? Data e circunstância.
 Para quem escreveu? Quem eram os
destinatários e qual a situação.
 Qual a finalidade ao escrever? Problemas,
elogios, desafios, recomendações.
A hermenêutica geral
1. Análise histórico-cultural e contextual.
3. Qual o contexto imediato da passagem?
 Como a passagem se encaixa no todo?
 Como ela contribui para o desenvolvimento?
 Qual a perspectiva do autor?
 A verdade é descritiva ou prescritiva?
 O que é central no ensino e o que é periférico?
 Quais eram os destinatários?
A hermenêutica geral
1. Análise histórico-cultural e contextual.
 Dificuldades a serem vencidas.
• Quem escreve nem sempre é quem fala.
 Jo 3:16 é João escrevendo ou Jesus falando?
 Os profetas falam por Deus (Is 7:7).
• Podem narrar a experiência sem tê-la vivido.
 Moisés escrevendo sobre o dilúvio.
• Podem narrar a experiência enquanto a vivem ou
posteriormente.
• Há o autor que escreve sobre si (2 Co 1:9).
• Há o autor que escreve sobre outro (At 19:11).
A hermenêutica geral
1. Análise histórico-cultural e contextual.
 Exemplos de influências históricas e culturais.
• Fp 3:20 e a pátria celestial.
• Rt 4:1 e a importância da porta da cidade.
• 2 Rs 2:9 e a porção dobrada do Espírito.
• 2 Co 2:14 e a condução em triunfo.
• Rm 16:16 e o beijo santo.
• Ap 3:16 e a água morna.
• Mc 15:25 e a questão da contagem do tempo.
• Mt 10:28 e a questão do inferno.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Busca:
• Conhecer o significado da palavra isolada
(lexicologia).
• Identificar a que classe gramatical ela pertence
(morfologia): Substantivo, adjetivo, artigo,
pronome, numeral, verbo, advérbio, conjunção e
preposição.
• A função e a relação entre as palavras e as
orações (sintaxe).
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 O objetivo é descobrir o sentido da palavra.
 Descobrir a forma literária geral (prosa, poesia
ou literatura apocalíptica).
 Analisar o sentido da palavra no contexto.
 Perceber as divisões naturais do texto e da
argumentação do autor.
 Ressaltar as conexões entre as divisões e
argumentos.
 Analisar as palavras sintaticamente.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Dois sentidos da palavra.
Denotativo
Literal
Conotativo
Figurado
POLISSEMIA
“Então o sacerdote ungido
trará do sangue do novilho à
tenda da revelação.”
Lv 4:16
“E todo o povo respondeu: O
seu sangue caia sobre nós e
sobre nossos filhos.”
Mt 27:25
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Palavras com polissemia.
• Carne em Rm 8:8; Lv 8:32; Jo 6:56; Gl 5:16.
• Espírito em Rm 8:16; Mc 3:30; Pv 18:14.
• Dormir em 1 Co 15:18; 1 Co 11:30; 1 Rs 19:5.
• Alimento em Pv 4:17; Sl 145:15; Tg 2:15.
• Morte em Tg 2:26; Ef 2:1; Mt 8:22; Mt 28:4.
• Cálice em Lc 22:20; Sl 116:13; Jo 18:11.
• Cães em Fp 3:2; Sl 22:16; 2 Rs 9:36.
• Serpente em Pv 23:32; Mt 23:33; Nm 21:6.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 O uso dos conectivos.
• Conjunções; preposições; locuções conjuntivas;
locuções preposicionais; advérbios e locuções
adverbiais.
 São fundamentais na construção do texto.
• Mantém o texto coeso.
• São essenciais na argumentação.
• Provocam efeitos na frase.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Os conectivos podem indicar relação de
causalidade, condicionalidade, temporalidade,
finalidade, alternância, conformidade,
complementação, delimitação, adição, oposição,
explicação, conclusão, comparação e proporção.
 É preciso analisar o conectivo dentro da frase e do
contexto.
 Veja alguns exemplos.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
Causalidade: “Pois está escrito: "Sejam santos, porque
eu sou santo". 1 Pe 1:16
Condicionalidade: “Eu sou o pão vivo que desceu do
céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre.”
Jo 6:51
Explicação: “Eu sou mais prudente do que os velhos,
porque guardo os teus preceitos.” Sl 119:100
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Sugestão de passos para essa análise:
1. Estabeleça o parágrafo/perícope.
 Onde começa e onde termina o
pensamento/argumentação.
 Avalie o uso de um esboço do livro.
 Este parágrafo será o seu contexto imediato.
2. Estabeleça a perspectiva do autor.
 Narra? Descreve? Prescreve? Reflete?
 Ele participa dos eventos narrados?
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Sugestão de passos para essa análise:
3. Qual o sentido das palavras.
 Literal ou figurado?
 É um tipo de figura de linguagem?
 É preciso utilizar paralelos?
4. Determine a ideia central.
 Repetição de palavras e ideias.
 Conexão com o todo (texto ou livro).
 Pode ser um desenvolvimento do pensamento
anterior.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Sugestão de passos para essa análise:
5. Analise os conectivos se houver.
 A relação entre as frases.
 O desenvolvimento do tema.
 Como o texto atual contribui para o todo.
6. Busque apoio de material especializado.
 Manuais, comentários e dicionários podem ser
aliados do processo de interpretação.
7. Faça anotações sobre o que foi levantado.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 O uso das figuras de linguagem:
 É um recurso utilizado pelo autor para usar uma
palavra, expressão e frases com um sentido
diferente do literal.
 Eis o cordeiro de Deus (Jo 1:29).
 O Senhor é a minha rocha (Sl 18:2).
 Como vaca rebelde se rebelou Israel (Os 4:16).
 O Senhor é o meu pastor (Sl 23:1).
 Sou como oliveira verdejante (Sl 52:8).
 Eu sou o pão da vida (Jo 6:48).
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Símile: é uma comparação direta usando os
termos como, assim como, tal qual e tal como.
 É preciso identificar o ponto de igualdade.
 “Eis que vos envio como cordeiros para o meio
dos lobos.” (Lc 10:3)
 “Toda carne é como a erva.” (1 Pe 1:24)
 “Assim como a corça suspira pelas correntes
das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha
alma.” (Salmos 42:1)
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Metáfora: é uma comparação implícita.
 Os verbos ser e estar são empregados.
 “Toda carne é erva.” (Is 40:6)
 “Vós sois o sal da terra.” (Mt 5:13)
 “Eu sou o pão da vida.” (Jo 6:48)
 “Vós sois a luz do mundo.” (Mt 5:14)
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Parábola: é uma símile ampliada, pois há uma
comparação expressa entre os elementos.
 Baseia-se em eventos comuns.
 Em Is 5:1-7 há uma parábola.
 Natã, em seu confronto com Davi, contou-lhe
uma parábola (2 Sm 12:1-7).
 Jesus fez uso das parábolas para ensinar.
 É preciso ter cuidado para não interpretar
detalhes incidentais no texto.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Alegoria: é uma metáfora ampliada. Há vários
pontos de relação entre o que é comparado.
 A armadura do cristão (Ef 6) é uma alegoria.
 Cristo, a videira verdadeira (Jo 15:1-17).
 O Sl 80:8-16 é uma alegoria.
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Personificação: atribuição de características ou
ações humanas a objetos inanimados.
 “O deserto e a terra seca se alegrarão; o ermo
exultará e florescerá como o narciso.” Is 35:1
 “Os montes e as colinas romperão em cânticos
diante de vocês, e todas as árvores do campo
baterão palmas.” Is 55:12
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Antropomorfismo: atribuir características
físicas humanas a Deus.
 Os dedos de Deus (Sl 8:3).
 Os ouvidos de Deus (Sl 31:2).
 Os olhos de Deus (2 Cr 16:8).
 As mãos de Deus (Sl 17:14).
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Antropopatismo: atribuir emoções humanas a
Deus.
 Arrependimento de Deus (1 Sm 15:11).
 A ira de Deus (Rm 1:18).
 O ciúme de Deus (Êx 34:14).
 A lembrança de Deus (Gn 9:16).
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Eufemismo: uso de certas palavras para suavizar
o discurso.
 O caso do eufemismo para morte:
 Adormecer (At 7:60).
 Deixar o corpo (2 Co 5:8).
 Partir (Fp 1:23).
 Deixar o tabernáculo (2 Pe 1:14).
 Expirar (Lc 23:46).
A hermenêutica geral
2. Análise léxico-sintática.
 Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.
 Outras figuras de linguagem: lítotes, ironia,
hipérbole, hipocatástase, metonímia, sinédoque,
merisma, hendíade, apóstrofe, elipse, zeugma,
reticência, pergunta retórica, pleonasmo,
oxímoro, paradoxo, paronomásia e onomatopéia.
 Dois livros para aprofundamento:
Introdução à hermenêutica reformada, Paulo Anglada, Ed. Knox.
A interpretação bíblica, Roy B. Zuck, Ed. Vida Nova.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 Preocupa-se com a relação entre o texto e toda a
Escritura.
 Leva em consideração:
• A revelação progressiva.
• Os vários sistemas de explicação da Revelação.
• A “regra de ouro” da hermenêutica.
 É preciso analisar texto específico perante toda a
doutrina.
 O relacionamento entre as várias doutrinas.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 Modelos para a interpretação de Apocalipse.
 Preterista: os eventos já aconteceram.
 Futurista: aplica-se totalmente ao futuro.
 Historicista: está se cumprindo.
 Influência na teologia.
 Pós-milenismo: Cristo vem após o milênio.
 Amilenismo: Já estamos no milênio.
 Pré-milenismo dispensacionalista: 2 vindas de
Cristo, sendo uma secreta.
 Pré-milenismo histórico: 1 vinda após o milênio.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 2 sistemas teológicos:
 Dispensacionalismo:
 Deus se relaciona com a humanidade através
de vários estágios de revelação, que delimitam
diferentes dispensações, ou arranjos de
administração.
 Dispensação é um “teste” da humanidade para
ser fiel à revelação particular dada naquele
tempo.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 2 sistemas teológicos:
 Dispensacionalismo:
 Dispensações: inocência (antes da queda),
consciência (Adão a Noé), promessa (Abraão
a Moisés), Lei (Moisés a Cristo), graça
(Pentecoste ao arrebatamento), e o milênio.
 Sustenta uma interpretação literal.
 Diferença entre Israel e Igreja.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 2 sistemas teológicos:
 Teologia do Pacto ou aliancismo:
 Crê que Deus estruturou seu relacionamento
com a humanidade por pactos.
 Divide a história em 2 pactos: das obras e da
graça.
 O pacto das obras foi instituído no jardim do
Éden para um Adão inocente.
 Após o pecado é instituído o pacto da graça.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 2 sistemas teológicos:
 Teologia do Pacto ou aliancismo:
 Todas as demais alianças são administrações
do pacto da graça.
 Israel e a Igreja são o mesmo povo.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 Como proceder a análise doutrinária:
1. Aponte as implicações teológicas da passagem.
2. Analise as palavras com cunho teológico.
 Justificação
 Adoção
 Espírito
3. Avalie o conhecimento teológico dos ouvintes
originais e como eles entenderam o texto.
A hermenêutica geral
3. Análise teológica.
 Indicação de bibliografia:
Teologia sistemática, Millard Erickson, Ed. Vida Nova
Teologia sistemática, Wayne Grudem, Ed. Vida nova
Teologia sistemática, Louis Berkhof, Ed. Cultura Cristã
Teologia do Novo Testamento, George Eldon Ladd, Ed. Hagnos
Teologia bíblica do Novo Testamento, G. K. Beale, Ed. Vida Nova
Teologia do Antigo Testamento, Bruce K. Waltke, Ed. Vida Nova
Teologia do Antigo Testamento, Eugene H. Merrill, Ed. Shedd
A hermenêutica geral

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Como interpretar a Bíblia de forma correta

  • 1. Como interpretar a Bíblia Pr. Handerson Xavier
  • 2. Slides das aulas: www.slideshare.net/vivaaigreja Inscreva-se nos canais da Igreja Batista do Natal
  • 3. 1. O que é interpretar? 2. O que é hermenêutica. • A necessidade da hermenêutica. • A falta que a boa hermenêutica bíblica faz. 3. Os pressupostos da hermenêutica bíblia. • Deus, a Bíblia, o homem e o propósito. 4. As lacunas preenchidas pela hermenêutica. • Temporal, geográfica, cultural, linguística e teológica. 5. Erros comuns ao se interpretar a Bíblia. Revisão da aula anterior
  • 4. Temas para estudo e aprofundamento: • Alegorese. • Escola de Alexandria e Escola de Antioquia. • Crítica da fonte e crítica da forma. • Método histórico-crítico. • Liberalismo teológico. • Método histórico-textual. Estudo complementar
  • 5. A Bíblia e seus intérpretes Augustus Nicodemus Editora Cultura Cristã Recomendação de leitura
  • 6. Hermenêutica E. Lund e P. C. Nelson Editora Vida Recomendação de leitura
  • 7. Os perigos da interpretação bíblica D. A. Carson Editora Vida Nova Recomendação de leitura
  • 8. Princípios de interpretação bíblica Louis Berkhof Editora Cultura Cristã Recomendação de leitura
  • 9. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 10. 1. A Escritura interpreta a si mesma.  Chamada de “regra de ouro”.  A Bíblia não entra em contradição.  Deve harmonizar com o todo. 2. Há um só sentido em cada texto.  É aquele pretendido pelo autor original.  Não há um sentido oculto ou alegórico.  O que o autor queria dizer?  Como seus leitores originais entenderam?  A hermenêutica se fundamenta na intenção do autor e não do intérprete. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 11. 3. Tome as palavras no sentido usual e comum.  Não significa sentido “literal”, mas o sentido dado pela frase e pelo contexto.  “Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.” Rm 8:8  “A carne e o couro, porém, queimou fora do acampamento”. Lv 9:11  Deve levar em consideração o gênero linguístico e a figura de linguagem. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 12. 4. Tome as palavras de acordo com o sentido da frase.  O contexto imediato determina se a palavra tem sentido literal ou metafórico.  “Porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos.” Rm 13:11  “Mas os outros disseram: “Deixem-no. Vejamos se Elias vem salvá-lo”.” Mt 27:49  “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam; isto é o meu corpo”.” Mt 26:26 Regras fundamentais da hermenêutica
  • 13. 5. Tome as palavras de acordo com o contexto.  O contexto é formado pelos versículos anteriores e posteriores (imediato e extendido).  “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.” Rm 5:19  “Porque a rebelião é como o pecado da feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e o culto a ídolos do lar.” 1 Sm 15:23a Regras fundamentais da hermenêutica
  • 14. 6. Leve em contra o propósito da passagem ou livro.  A razão da escrita da passagem ou do livro inteiro ajudam a esclarecer pontos obscuros.  “Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus”. 1 Jo 4:2.  O livro de 1 João foi escrito para combater falsos ensinos, dentre eles o gnosticismo.  O gnosticismo afirmava que a matéria é má e por isso Jesus não poderia ter um corpo físico. Assim negavam a humanidade de Jesus. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 15. 7. É necessário consultar as passagens paralelas.  Preferência: • No contexto. • Mesmo livro. • Mesmo autor mas em livro diferente. • Autor diferente num mesmo contexto. • Autores diferentes em contextos diferentes.  Os paralelos podem ser: • Palavras. • Ideias. • Ensinos gerais. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 16. 7. É necessário consultar as passagens paralelas.  Paralelo de palavras.  “Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.” Gl 5:16  “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem.” Gl 5:19  Clarificamos o sentido da palavra dentro do mesmo contexto. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 17. 7. É necessário consultar as passagens paralelas.  Paralelo de palavras.  “Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram.” Gl 3:27  “Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne.” Rm 13:13, 14  Paralelo no mesmo autor, mas em outro livro. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 18. 7. É necessário consultar as passagens paralelas.  Paralelo de ideias.  Às vezes é preciso compreender a passagem não pela palavra, mas pela ideia transmitida.  Atente para este exemplo: • “Portanto, que todos nos considerem como servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus.” 1 Co 4:1 • “Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados.” 1 Co 15:51 Regras fundamentais da hermenêutica
  • 19. 7. É necessário consultar as passagens paralelas.  Paralelo de ideias.  Nos textos de 1 Co 4:1 e 15:51 temos a palavra “mistério” utilizada pelo mesmo autor, num mesmo livro, mas com sentidos diferentes.  1 Co 4:1 com 1 Co 2:1: “Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus.”  “Mistério” seria o ensino de Deus através de Paulo. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 20. 7. É necessário consultar as passagens paralelas.  Paralelo de ideias.  “...não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.” Fp 3:9  É preciso consultar textos em Romanos e Gálatas.  “A promessa de que seria herdeiro do mundo não veio a Abraão ou à sua descendência por meio da lei, e sim por meio da justiça da fé.” Rm 4:13 Regras fundamentais da hermenêutica
  • 21. 7. É necessário consultar as passagens paralelas.  Paralelo de ensinos gerais.  Para compreender certas passagens é preciso levar em consideração todo o ensino bíblico.  “De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá- lo?” Tg 2:14  “E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça”. Rm 11:6  A consulta ao ensino geral sobre “justificação pela fé” resolve a aparente contradição. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 22. 8. O implícito deve ser explicado pelo explícito.  Cuidado ao interpretar o que foi dito e o que não foi dito: as inferências ao texto.  Inferências são deduções feitas com base nas informações explícitas.  Um exemplo é a inferência de não orar pelos pecados que conduzem à morte em 1 Jo 5:16.  A pergunta é: O texto faz esta afirmação?  A informação explícita tem primazia para a interpretação. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 23. 8. O implícito deve ser explicado pelo explícito.  Erros de inferência podem gerar especulações.  Especulações são explicações sem fundamento adequado e podem gerar a alegorização. • A pessoa de Satanás. (Is 14:12) • Quem é a besta do Apocalipse? (Ap 13:18) • Qual a marca da besta? (Ap 13:16)  Especulação podem servir como uma “resposta provisória” e jamais deve fundamentar uma doutrina.  Sem amparo, a especulação deve ser descartada. Regras fundamentais da hermenêutica
  • 24. Regras fundamentais da HERMENÊUTICA. palavra frase contexto livro paralelos Escritura Regras fundamentais da hermenêutica
  • 26.
  • 27.
  • 28. “Toda casa precisa ser legitimada, pois quando legitimamos, bloqueamos a ação do anjo do mal. Deus disse que só há uma forma de ser bloqueada a ação do anjo da morte e da maldição, de tirar o pranto e a dor: ungir a casa (Êx 12:12, 13).(...) Os Atos Proféticos limpam os céus da nossa geografia e esta é a unção territorial: uma autorização. Nós dizemos aos anjos que eles estão autorizados a cuidar da nossa casa e isso é uma ação profética de autoridade que abre portas inimagináveis. Muitos viverão o inimaginável de Deus, com portas abertas, porque toda nossa família viverá o novo do Eterno.” Extraído de: http://www.mir12.com.br/br/2018/estudos/12/598-uncao-territorial-parte-1
  • 29.  A hermenêutica geral ocupa-se com a interpretação de qualquer texto bíblico.  É divida em 3 análises: 1. Análise histórico-cultural e contextual. 2. Análise léxico-sintática. 3. Análise teológica.  Devem concluir o processo hermenêutico: • Análise literária (em hermenêutica especial). • Análise comparativa. • Aplicação. A hermenêutica geral
  • 30.  Antes de tudo:  Escolha a versão ou versões a serem utilizadas. • Escolha equivalentes formais e dinâmicas. • Faça comparações.  Delimite o texto a ser estudado (perícope). • Pode ser uma palavra, uma expressão, uma frase, um versículo, um parágrafo, um capítulo ou um livro completo. • Defina a questão de gênero textual principal, bem como as figuras de linguagem empregadas. A hermenêutica geral
  • 31.  As diferenças de tradução em 1 Sm 25:22. • NVI: “eu deixe vivo um só do sexo masculino de todos os que pertencem a Nabal.” • ACF: “se eu deixar até amanhã de tudo o que tem, até mesmo um menino.” • BV: “se até amanhã, ao amanhecer, ficar vivo ainda que seja um só dos seus homens.” • TEB: “se, de agora até amanhã cedo, de tudo que lhe pertence, eu deixar com vida algo que urina contra o muro.” A hermenêutica geral
  • 32.  Um exemplo de limitação de texto. • Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas. Mt 19:14 • O que quero estudar? A ideia central do versículo? A palavra “Reino”? A expressão “Reino dos céus”? As crianças e o Reino? A hermenêutica geral
  • 33. palavra expressão contexto livro paralelos Escritura Reino Reino dos céus Mt 19:1-12 e 19:15-30 O Reino dos céus em Mateus Mc 10:15; Lc 18:17; Jo 3:5 A teologia do Reino A hermenêutica geral
  • 34. 1. Análise histórico-cultural e contextual.  Analisar o contexto geral no qual a passagem se encontra.  Levantamento de todas as implicações históricas e culturais envolvidas no todo e na parte. 1. Qual o ambiente histórico-cultural geral?  Político, econômico e social.  Costumes e cultura.  Situação espiritual.  Práticas religiosas.  Antecedentes históricos. A hermenêutica geral
  • 35. 1. Análise histórico-cultural e contextual. 2. Qual o ambiente histórico-cultural específico?  Quem escreveu? O autor.  Quando escreveu? Data e circunstância.  Para quem escreveu? Quem eram os destinatários e qual a situação.  Qual a finalidade ao escrever? Problemas, elogios, desafios, recomendações. A hermenêutica geral
  • 36. 1. Análise histórico-cultural e contextual. 3. Qual o contexto imediato da passagem?  Como a passagem se encaixa no todo?  Como ela contribui para o desenvolvimento?  Qual a perspectiva do autor?  A verdade é descritiva ou prescritiva?  O que é central no ensino e o que é periférico?  Quais eram os destinatários? A hermenêutica geral
  • 37. 1. Análise histórico-cultural e contextual.  Dificuldades a serem vencidas. • Quem escreve nem sempre é quem fala.  Jo 3:16 é João escrevendo ou Jesus falando?  Os profetas falam por Deus (Is 7:7). • Podem narrar a experiência sem tê-la vivido.  Moisés escrevendo sobre o dilúvio. • Podem narrar a experiência enquanto a vivem ou posteriormente. • Há o autor que escreve sobre si (2 Co 1:9). • Há o autor que escreve sobre outro (At 19:11). A hermenêutica geral
  • 38. 1. Análise histórico-cultural e contextual.  Exemplos de influências históricas e culturais. • Fp 3:20 e a pátria celestial. • Rt 4:1 e a importância da porta da cidade. • 2 Rs 2:9 e a porção dobrada do Espírito. • 2 Co 2:14 e a condução em triunfo. • Rm 16:16 e o beijo santo. • Ap 3:16 e a água morna. • Mc 15:25 e a questão da contagem do tempo. • Mt 10:28 e a questão do inferno. A hermenêutica geral
  • 39. 2. Análise léxico-sintática.  Busca: • Conhecer o significado da palavra isolada (lexicologia). • Identificar a que classe gramatical ela pertence (morfologia): Substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advérbio, conjunção e preposição. • A função e a relação entre as palavras e as orações (sintaxe). A hermenêutica geral
  • 40. 2. Análise léxico-sintática.  O objetivo é descobrir o sentido da palavra.  Descobrir a forma literária geral (prosa, poesia ou literatura apocalíptica).  Analisar o sentido da palavra no contexto.  Perceber as divisões naturais do texto e da argumentação do autor.  Ressaltar as conexões entre as divisões e argumentos.  Analisar as palavras sintaticamente. A hermenêutica geral
  • 41. 2. Análise léxico-sintática.  Dois sentidos da palavra. Denotativo Literal Conotativo Figurado POLISSEMIA “Então o sacerdote ungido trará do sangue do novilho à tenda da revelação.” Lv 4:16 “E todo o povo respondeu: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.” Mt 27:25 A hermenêutica geral
  • 42. 2. Análise léxico-sintática.  Palavras com polissemia. • Carne em Rm 8:8; Lv 8:32; Jo 6:56; Gl 5:16. • Espírito em Rm 8:16; Mc 3:30; Pv 18:14. • Dormir em 1 Co 15:18; 1 Co 11:30; 1 Rs 19:5. • Alimento em Pv 4:17; Sl 145:15; Tg 2:15. • Morte em Tg 2:26; Ef 2:1; Mt 8:22; Mt 28:4. • Cálice em Lc 22:20; Sl 116:13; Jo 18:11. • Cães em Fp 3:2; Sl 22:16; 2 Rs 9:36. • Serpente em Pv 23:32; Mt 23:33; Nm 21:6. A hermenêutica geral
  • 43. 2. Análise léxico-sintática.  O uso dos conectivos. • Conjunções; preposições; locuções conjuntivas; locuções preposicionais; advérbios e locuções adverbiais.  São fundamentais na construção do texto. • Mantém o texto coeso. • São essenciais na argumentação. • Provocam efeitos na frase. A hermenêutica geral
  • 44. 2. Análise léxico-sintática.  Os conectivos podem indicar relação de causalidade, condicionalidade, temporalidade, finalidade, alternância, conformidade, complementação, delimitação, adição, oposição, explicação, conclusão, comparação e proporção.  É preciso analisar o conectivo dentro da frase e do contexto.  Veja alguns exemplos. A hermenêutica geral
  • 45. 2. Análise léxico-sintática. Causalidade: “Pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo". 1 Pe 1:16 Condicionalidade: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre.” Jo 6:51 Explicação: “Eu sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.” Sl 119:100 A hermenêutica geral
  • 46. 2. Análise léxico-sintática.  Sugestão de passos para essa análise: 1. Estabeleça o parágrafo/perícope.  Onde começa e onde termina o pensamento/argumentação.  Avalie o uso de um esboço do livro.  Este parágrafo será o seu contexto imediato. 2. Estabeleça a perspectiva do autor.  Narra? Descreve? Prescreve? Reflete?  Ele participa dos eventos narrados? A hermenêutica geral
  • 47. 2. Análise léxico-sintática.  Sugestão de passos para essa análise: 3. Qual o sentido das palavras.  Literal ou figurado?  É um tipo de figura de linguagem?  É preciso utilizar paralelos? 4. Determine a ideia central.  Repetição de palavras e ideias.  Conexão com o todo (texto ou livro).  Pode ser um desenvolvimento do pensamento anterior. A hermenêutica geral
  • 48. 2. Análise léxico-sintática.  Sugestão de passos para essa análise: 5. Analise os conectivos se houver.  A relação entre as frases.  O desenvolvimento do tema.  Como o texto atual contribui para o todo. 6. Busque apoio de material especializado.  Manuais, comentários e dicionários podem ser aliados do processo de interpretação. 7. Faça anotações sobre o que foi levantado. A hermenêutica geral
  • 49. 2. Análise léxico-sintática.  O uso das figuras de linguagem:  É um recurso utilizado pelo autor para usar uma palavra, expressão e frases com um sentido diferente do literal.  Eis o cordeiro de Deus (Jo 1:29).  O Senhor é a minha rocha (Sl 18:2).  Como vaca rebelde se rebelou Israel (Os 4:16).  O Senhor é o meu pastor (Sl 23:1).  Sou como oliveira verdejante (Sl 52:8).  Eu sou o pão da vida (Jo 6:48). A hermenêutica geral
  • 50. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Símile: é uma comparação direta usando os termos como, assim como, tal qual e tal como.  É preciso identificar o ponto de igualdade.  “Eis que vos envio como cordeiros para o meio dos lobos.” (Lc 10:3)  “Toda carne é como a erva.” (1 Pe 1:24)  “Assim como a corça suspira pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.” (Salmos 42:1) A hermenêutica geral
  • 51. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Metáfora: é uma comparação implícita.  Os verbos ser e estar são empregados.  “Toda carne é erva.” (Is 40:6)  “Vós sois o sal da terra.” (Mt 5:13)  “Eu sou o pão da vida.” (Jo 6:48)  “Vós sois a luz do mundo.” (Mt 5:14) A hermenêutica geral
  • 52. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Parábola: é uma símile ampliada, pois há uma comparação expressa entre os elementos.  Baseia-se em eventos comuns.  Em Is 5:1-7 há uma parábola.  Natã, em seu confronto com Davi, contou-lhe uma parábola (2 Sm 12:1-7).  Jesus fez uso das parábolas para ensinar.  É preciso ter cuidado para não interpretar detalhes incidentais no texto. A hermenêutica geral
  • 53. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Alegoria: é uma metáfora ampliada. Há vários pontos de relação entre o que é comparado.  A armadura do cristão (Ef 6) é uma alegoria.  Cristo, a videira verdadeira (Jo 15:1-17).  O Sl 80:8-16 é uma alegoria. A hermenêutica geral
  • 54. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Personificação: atribuição de características ou ações humanas a objetos inanimados.  “O deserto e a terra seca se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso.” Is 35:1  “Os montes e as colinas romperão em cânticos diante de vocês, e todas as árvores do campo baterão palmas.” Is 55:12 A hermenêutica geral
  • 55. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Antropomorfismo: atribuir características físicas humanas a Deus.  Os dedos de Deus (Sl 8:3).  Os ouvidos de Deus (Sl 31:2).  Os olhos de Deus (2 Cr 16:8).  As mãos de Deus (Sl 17:14). A hermenêutica geral
  • 56. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Antropopatismo: atribuir emoções humanas a Deus.  Arrependimento de Deus (1 Sm 15:11).  A ira de Deus (Rm 1:18).  O ciúme de Deus (Êx 34:14).  A lembrança de Deus (Gn 9:16). A hermenêutica geral
  • 57. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Eufemismo: uso de certas palavras para suavizar o discurso.  O caso do eufemismo para morte:  Adormecer (At 7:60).  Deixar o corpo (2 Co 5:8).  Partir (Fp 1:23).  Deixar o tabernáculo (2 Pe 1:14).  Expirar (Lc 23:46). A hermenêutica geral
  • 58. 2. Análise léxico-sintática.  Algumas figuras de linguagem utilizadas na Bíblia.  Outras figuras de linguagem: lítotes, ironia, hipérbole, hipocatástase, metonímia, sinédoque, merisma, hendíade, apóstrofe, elipse, zeugma, reticência, pergunta retórica, pleonasmo, oxímoro, paradoxo, paronomásia e onomatopéia.  Dois livros para aprofundamento: Introdução à hermenêutica reformada, Paulo Anglada, Ed. Knox. A interpretação bíblica, Roy B. Zuck, Ed. Vida Nova. A hermenêutica geral
  • 59. 3. Análise teológica.  Preocupa-se com a relação entre o texto e toda a Escritura.  Leva em consideração: • A revelação progressiva. • Os vários sistemas de explicação da Revelação. • A “regra de ouro” da hermenêutica.  É preciso analisar texto específico perante toda a doutrina.  O relacionamento entre as várias doutrinas. A hermenêutica geral
  • 60. 3. Análise teológica.  Modelos para a interpretação de Apocalipse.  Preterista: os eventos já aconteceram.  Futurista: aplica-se totalmente ao futuro.  Historicista: está se cumprindo.  Influência na teologia.  Pós-milenismo: Cristo vem após o milênio.  Amilenismo: Já estamos no milênio.  Pré-milenismo dispensacionalista: 2 vindas de Cristo, sendo uma secreta.  Pré-milenismo histórico: 1 vinda após o milênio. A hermenêutica geral
  • 61. 3. Análise teológica.  2 sistemas teológicos:  Dispensacionalismo:  Deus se relaciona com a humanidade através de vários estágios de revelação, que delimitam diferentes dispensações, ou arranjos de administração.  Dispensação é um “teste” da humanidade para ser fiel à revelação particular dada naquele tempo. A hermenêutica geral
  • 62. 3. Análise teológica.  2 sistemas teológicos:  Dispensacionalismo:  Dispensações: inocência (antes da queda), consciência (Adão a Noé), promessa (Abraão a Moisés), Lei (Moisés a Cristo), graça (Pentecoste ao arrebatamento), e o milênio.  Sustenta uma interpretação literal.  Diferença entre Israel e Igreja. A hermenêutica geral
  • 63. 3. Análise teológica.  2 sistemas teológicos:  Teologia do Pacto ou aliancismo:  Crê que Deus estruturou seu relacionamento com a humanidade por pactos.  Divide a história em 2 pactos: das obras e da graça.  O pacto das obras foi instituído no jardim do Éden para um Adão inocente.  Após o pecado é instituído o pacto da graça. A hermenêutica geral
  • 64. 3. Análise teológica.  2 sistemas teológicos:  Teologia do Pacto ou aliancismo:  Todas as demais alianças são administrações do pacto da graça.  Israel e a Igreja são o mesmo povo. A hermenêutica geral
  • 65. 3. Análise teológica.  Como proceder a análise doutrinária: 1. Aponte as implicações teológicas da passagem. 2. Analise as palavras com cunho teológico.  Justificação  Adoção  Espírito 3. Avalie o conhecimento teológico dos ouvintes originais e como eles entenderam o texto. A hermenêutica geral
  • 66. 3. Análise teológica.  Indicação de bibliografia: Teologia sistemática, Millard Erickson, Ed. Vida Nova Teologia sistemática, Wayne Grudem, Ed. Vida nova Teologia sistemática, Louis Berkhof, Ed. Cultura Cristã Teologia do Novo Testamento, George Eldon Ladd, Ed. Hagnos Teologia bíblica do Novo Testamento, G. K. Beale, Ed. Vida Nova Teologia do Antigo Testamento, Bruce K. Waltke, Ed. Vida Nova Teologia do Antigo Testamento, Eugene H. Merrill, Ed. Shedd A hermenêutica geral