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O ecossistema
humano
Sistema
• Do grego systema – reunião, grupo, conjunto
• “conjunto de partes interligadas” – J. BRIAN
McLOUGHLIN (Urban and regional planning,
1971)
• “conjunto de elementos que se encontram em
interação” (von BERTALANFFY)
Sistema
• Cada parte pode ser considerada isoladamente,
sem jamais perder a noção do conjunto
• As partes são divididas em conjuntos menores
(subsistemas) e se inserem em conjuntos
maiores
O sistema deve conter
• Elementos ou unidades - são suas partes componentes
• Relações – os elementos integrantes do sistema
encontram-se interrelacionados, um dependendo do
outro, através de ligações que denunciam os fluxos
• Atributos – qualidades que se atribuem aos elementos a
fim de caracterizá-los
• Entrada (input) – constituída por aquilo que os sistemas
recebem
• Saída (output) – transformações que as entradas
sofrem no interior do sistema e que, depois, são
encaminhadas para fora
CHRISTOFOLETTI, 1979
Entradas, saídas
Os sistemas recebem inputs que são
processados e geram outputs, que são
os produtos para o consumo, e seus
dejetos retornam ao ambiente
Ecossistema
Teoria Geral dos Sistemas
• necessidade de compartimentar a realidade do
meio físico terrestre em unidades homogêneas
(sistemas ambientais), havendo a ampla
concepção de que são completamente
interdependentes
• HALL & FAGEN (Definition of systems, General
Systems, Yearbook, 1 : 18-26, 1956) – “sistema
é o conjunto dos elementos e das relações entre
eles e entre os seus atributos”
Ecossistema
uma entidade ou unidade natural, que inclui
as partes animadas e inanimadas para
produzir um sistema estável no qual a
troca entre as duas partes inscrevem-se
em encaminhamentos circulares
ODUM, 1983
A cidade
• Pode ser interpretada como um ecossistema cujas
partes componentes são as zonas de atividade
(zonas de uso da terra) e cujas comunicações ou
conexões são canais de comunicação (vias de
autoveículos)
• Os canais de comunicação não desempenham
papel passivo: modificam e criam zonas de
atividades ao mesmo tempo em que são
modificados por elas
No ecossistema urbano
• Ambiente de saída é geralmente menor do que
o de entrada
• Ambiente urbano pode ser considerado um
“parasita” dos ecossistemas associados (rurais,
florestados)
pelas
atuais
formas
de
administração
• Modelo atual não prevê nenhum tipo de
produção de alimentos nem purifica o ar ou
recicla materiais e água
A cidade
Pode ser entendida como um ecossistema
urbano formado por dois sistemas
relacionados:
1. Sistema natural
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Milton Santos, 1985
o espaço deve ser entendido como sendo a natureza mais
a sociedade, e classifica os elementos do espaço em:
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3. instituições (produção de normas, ordens e
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base física do trabalho humano)
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geografizado na forma de casa, plantações, caminhos,
etc)
A cidade é um ecossistema...
• Urbanismo orgânico (LE CORBUSIER,
planejadores americanos e escandinavos)
– a cidade tem a estrutura de um ser vivo,
procurando-se organizar os núcleos
urbanos de forma escalonada atribuindose às funções urbanas (MORAR,
TRABALHAR, CIRCULAR, RECREAR) o
papel de criar as formas urbanas
Ecossistema incompleto
• Delpoux (1974) não considera como um
ecossistema, mas lembra que isso seria
possível considerando-se a cidade como um
ecossistema desequilibrado
• Ecossistema incompleto ou heterotrófico relativo aos organismos que não conseguem
sintetizar seu próprio alimento, necessitando de
substâncias orgânicas fornecidas pelo ambiente
O Geossistema
1.

Modelização de geossistemas à base de sua dinâmica
espontânea e antropogênica e do regime natural a ela
correspondente

2.

Análise de axiomas e outros princípios de uma teoria
especial de geossistemas como parte da teoria geral
(metateoria) dos sistemas

3.

Investigação de métodos racionais para a avaliação
quantitativa de geossistemas e processos formadores da
paisagem, particularmente do aparatus matemático
adequado à sua descrição

4.

Análise sistêmica das conexões espaciais no âmbito
geográfico, em níveis planetário, regional ou topológico
O Geossistema
5. Pesquisas sobre a condição (ou estado) espacial-temporal dos
geossistemas e montagem dos seus modelos geográficos,
principalmente dos mapas doambiente em conexão com os
problemas de sua conservação e optimização
6. Estudo da influência dos fatores sócio-econômicos no ambiente
natural e prognose dos geossistemas do futuro
7. Exame geográfico de projetos para o complexo utilizaçãoconservação do ambiente geográfico
8.

Seleção, processamento e sistematização de informações
referentes à paisagem natural para fins educacionais ou de
pesquisa
BERTRAND, 1968, 1972
•

Estudar uma paisagem é, antes de tudo, uma
questão de método, e seus estudos devem ser
estruturados segundo:

1.
2.
3.
4.
5.

Análise das paisagens
Síntese das paisagens
Dinâmica das paisagens
Tipologia das paisagens
Cartografia das paisagens
Análise das paisagens
• Para analisar as paisagens, é essencial a
noção de escala, não só espacial como
também temporal. Nessa análise, tomar
cuidado com a tendência generalizada
que se tem para proposição de
classificações elementares (climáticas,
pedológicas, bio-ecológicas)
GEOSSISTEMA
• Está em clímax quando há um equilíbrio entre o
potencial ecológico e a exploração biológica. Eles são,
porém, instáveis.
• Lembrar “fatores limitantes” e “mobilidade ecológica”
• Dinâmica da paisagem – os elementos participam de
uma dinâmica comum
• Tipologia das paisagens – designar as U.P. pela
vegetação correspondente
• Tipologia segundo a dinâmica (progressiva, regressiva,
estável)
Tipologia das paisagens
• Antes de classificar, é preciso dar nome aos
Geossistemas (Geossistema das florestas tropicais
úmidas)
• Traços ou associações geográficas características +
conjunto regional ao qual pertence o Geossistema
• Tipologia dinâmica (sistema de evolução, estágio em
relação ao clímax, sentido geral da dinâmica
(progressiva, regressiva, estável)
• 6 tipos de geossistemas em 2 conjuntos dinâmicos
Quadro 1 Proposta de classificação da paisagem em níveis tempoespaciais e a relação de
grandeza das unidades de paisagem

FONTE: Adaptado de Bertrand (1968).
As correspondências entre as unidades são muito aproximadas e dadas somente a título de exemplo:
(1) Conforme Cailleux, Tricart e Viers.
(2) Conforme Sorre, M .
(3) Conforme Brunet.
Níveis de planejamento na Alemanha
(modificado por NUCCI, 2001)
Planning levels

Comprehensive
planning

Federal

State development
programs/plan

Scale

Federal
development plan

State

Landscape planning

Region:
administrative
District County
Community/Town

Regional plan

Land use /
Master Plan

Landscape program
Regional landscape plan

1:50.000 a
1:25.000

Local landscape plan

1:10.000 a
1:5.000

Urban open space plan
Site

1:1.000.000 a
1:500.000

“construction plan”

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Níveis de planejamento no Brasil
Nível

Abrangência do
plano

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paisagem

Escala

Federal

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(PAC, Real, PND)

Regional

Superintendências
regionais de
desenvolvimento

1:100.000 a
1:1.000.000

Estadual

Programas de
desenvolvimento
estadual

1:50.000 a
1:100.000

Municipal

PDDUA

1:10.000 a 1:5.000
Plano de
arborização urbana

Local

Planta da casa

1:1.000
a interferência do homem no
ecossistema deve ser considerada
como algo natural e normal, da mesma
forma que ocorre a interferência de outras
espécies, inclusive os microorganismos.
Acontece que a participação humana no
ecossistema é muito mais ditada por
imperativos econômicos do que biológicos
a cidade representa um complexo ecossistema
humano, mas longe de ser um deserto para
outras formas de vida, ela cria, deliberadamente
ou não, uma variedade de ambientes que são
colonizados por criaturas vivas. Alguns deles
são variantes de condições naturais (parques e
jardins), mas outros são anti-naturais por
completo. As espécies adaptáveis conseguem
viver nas cidades e, em certos casos,
proliferam, a exemplo dos ratos e das moscas.
Referências
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•
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•

ARIZA, C. G.; SANTOS, Douglas G. Qualidade ambiental e Planejamento urbano. Revista Caminhos de
Geografia, Uberlândia, v. 9, n. 26, jun/2008, p. 224-242
BERNALDEZ, F. G. Ecologia y paisaje. Madrid: H. Blume Ediciones, 1981
BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: esboço metodológico. Revista Ra’E Ga, Curitiba, n. 8, p.
141-152, 2004. Disponível em: http://www.nepa.ufma.br/Producao/importantes/paisagem%20bertrand.pdf
CHRISTOFOLETTI, A. Análise de sistemas em Geografia. São Paulo: Ed. da Univ. de São Paulo, 1979
DEFFONTAINES, J.-P. Analyse des situations dans différentes régions de France. Freins à l’adoption
d’innovations techniques, Études Rurales, n. 52, pp.81-90, 1972
FERRARI, C. Curso de planejamento municipal integrado: urbanismo. 7ª edição, São Paulo: Pioneira, 1991
FRANCO, Maria A. R. Planejamento ambiental para a cidade sustentável. São Paulo: Annablume: FAPESP,
2001
MARCUS, M.G.; DETWYLER, T. R. Urbanization and environment. Belmont, Califórnia: Duxbury Press, 1972
MONTEIRO, Carlos Augusto de F. Geossistemas: a história de uma procura. São Paulo : Contexto, 2000
MOTA, J. A., O Valor da Natureza: Economia e política dos recursos ambientais. Rio de Janeiro: Garamond,
2001
MOTA, S. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES 1999.
NUCCI, J. C. Qualidade ambiental & adensamento urbano: um estudo de ecologia e planejamento da
paisagem aplicado ao distrito de Santa Cecília (MSP). São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2001
ODUM, E. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988

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2. geossistema

  • 2. Sistema • Do grego systema – reunião, grupo, conjunto • “conjunto de partes interligadas” – J. BRIAN McLOUGHLIN (Urban and regional planning, 1971) • “conjunto de elementos que se encontram em interação” (von BERTALANFFY)
  • 3. Sistema • Cada parte pode ser considerada isoladamente, sem jamais perder a noção do conjunto • As partes são divididas em conjuntos menores (subsistemas) e se inserem em conjuntos maiores
  • 4. O sistema deve conter • Elementos ou unidades - são suas partes componentes • Relações – os elementos integrantes do sistema encontram-se interrelacionados, um dependendo do outro, através de ligações que denunciam os fluxos • Atributos – qualidades que se atribuem aos elementos a fim de caracterizá-los • Entrada (input) – constituída por aquilo que os sistemas recebem • Saída (output) – transformações que as entradas sofrem no interior do sistema e que, depois, são encaminhadas para fora CHRISTOFOLETTI, 1979
  • 5. Entradas, saídas Os sistemas recebem inputs que são processados e geram outputs, que são os produtos para o consumo, e seus dejetos retornam ao ambiente
  • 7. Teoria Geral dos Sistemas • necessidade de compartimentar a realidade do meio físico terrestre em unidades homogêneas (sistemas ambientais), havendo a ampla concepção de que são completamente interdependentes • HALL & FAGEN (Definition of systems, General Systems, Yearbook, 1 : 18-26, 1956) – “sistema é o conjunto dos elementos e das relações entre eles e entre os seus atributos”
  • 8. Ecossistema uma entidade ou unidade natural, que inclui as partes animadas e inanimadas para produzir um sistema estável no qual a troca entre as duas partes inscrevem-se em encaminhamentos circulares ODUM, 1983
  • 9.
  • 10.
  • 11. A cidade • Pode ser interpretada como um ecossistema cujas partes componentes são as zonas de atividade (zonas de uso da terra) e cujas comunicações ou conexões são canais de comunicação (vias de autoveículos) • Os canais de comunicação não desempenham papel passivo: modificam e criam zonas de atividades ao mesmo tempo em que são modificados por elas
  • 12.
  • 13. No ecossistema urbano • Ambiente de saída é geralmente menor do que o de entrada • Ambiente urbano pode ser considerado um “parasita” dos ecossistemas associados (rurais, florestados) pelas atuais formas de administração • Modelo atual não prevê nenhum tipo de produção de alimentos nem purifica o ar ou recicla materiais e água
  • 14.
  • 15.
  • 16. A cidade Pode ser entendida como um ecossistema urbano formado por dois sistemas relacionados: 1. Sistema natural 2. Sistema antrópico
  • 17. Milton Santos, 1985 o espaço deve ser entendido como sendo a natureza mais a sociedade, e classifica os elementos do espaço em: 1. homens (fornecedores e candidatos ao trabalho) 2. firmas (produção de bens, serviços e ideias) 3. instituições (produção de normas, ordens e legitimações) 4. meio ecológico (conjunto de complexos territoriais, base física do trabalho humano) 5. infraestrutura (trabalho humano materializado e geografizado na forma de casa, plantações, caminhos, etc)
  • 18. A cidade é um ecossistema... • Urbanismo orgânico (LE CORBUSIER, planejadores americanos e escandinavos) – a cidade tem a estrutura de um ser vivo, procurando-se organizar os núcleos urbanos de forma escalonada atribuindose às funções urbanas (MORAR, TRABALHAR, CIRCULAR, RECREAR) o papel de criar as formas urbanas
  • 19. Ecossistema incompleto • Delpoux (1974) não considera como um ecossistema, mas lembra que isso seria possível considerando-se a cidade como um ecossistema desequilibrado • Ecossistema incompleto ou heterotrófico relativo aos organismos que não conseguem sintetizar seu próprio alimento, necessitando de substâncias orgânicas fornecidas pelo ambiente
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. O Geossistema 1. Modelização de geossistemas à base de sua dinâmica espontânea e antropogênica e do regime natural a ela correspondente 2. Análise de axiomas e outros princípios de uma teoria especial de geossistemas como parte da teoria geral (metateoria) dos sistemas 3. Investigação de métodos racionais para a avaliação quantitativa de geossistemas e processos formadores da paisagem, particularmente do aparatus matemático adequado à sua descrição 4. Análise sistêmica das conexões espaciais no âmbito geográfico, em níveis planetário, regional ou topológico
  • 24. O Geossistema 5. Pesquisas sobre a condição (ou estado) espacial-temporal dos geossistemas e montagem dos seus modelos geográficos, principalmente dos mapas doambiente em conexão com os problemas de sua conservação e optimização 6. Estudo da influência dos fatores sócio-econômicos no ambiente natural e prognose dos geossistemas do futuro 7. Exame geográfico de projetos para o complexo utilizaçãoconservação do ambiente geográfico 8. Seleção, processamento e sistematização de informações referentes à paisagem natural para fins educacionais ou de pesquisa
  • 25. BERTRAND, 1968, 1972 • Estudar uma paisagem é, antes de tudo, uma questão de método, e seus estudos devem ser estruturados segundo: 1. 2. 3. 4. 5. Análise das paisagens Síntese das paisagens Dinâmica das paisagens Tipologia das paisagens Cartografia das paisagens
  • 26. Análise das paisagens • Para analisar as paisagens, é essencial a noção de escala, não só espacial como também temporal. Nessa análise, tomar cuidado com a tendência generalizada que se tem para proposição de classificações elementares (climáticas, pedológicas, bio-ecológicas)
  • 27.
  • 28. GEOSSISTEMA • Está em clímax quando há um equilíbrio entre o potencial ecológico e a exploração biológica. Eles são, porém, instáveis. • Lembrar “fatores limitantes” e “mobilidade ecológica” • Dinâmica da paisagem – os elementos participam de uma dinâmica comum • Tipologia das paisagens – designar as U.P. pela vegetação correspondente • Tipologia segundo a dinâmica (progressiva, regressiva, estável)
  • 29. Tipologia das paisagens • Antes de classificar, é preciso dar nome aos Geossistemas (Geossistema das florestas tropicais úmidas) • Traços ou associações geográficas características + conjunto regional ao qual pertence o Geossistema • Tipologia dinâmica (sistema de evolução, estágio em relação ao clímax, sentido geral da dinâmica (progressiva, regressiva, estável) • 6 tipos de geossistemas em 2 conjuntos dinâmicos
  • 30. Quadro 1 Proposta de classificação da paisagem em níveis tempoespaciais e a relação de grandeza das unidades de paisagem FONTE: Adaptado de Bertrand (1968). As correspondências entre as unidades são muito aproximadas e dadas somente a título de exemplo: (1) Conforme Cailleux, Tricart e Viers. (2) Conforme Sorre, M . (3) Conforme Brunet.
  • 31. Níveis de planejamento na Alemanha (modificado por NUCCI, 2001) Planning levels Comprehensive planning Federal State development programs/plan Scale Federal development plan State Landscape planning Region: administrative District County Community/Town Regional plan Land use / Master Plan Landscape program Regional landscape plan 1:50.000 a 1:25.000 Local landscape plan 1:10.000 a 1:5.000 Urban open space plan Site 1:1.000.000 a 1:500.000 “construction plan” 1:1.000
  • 32. Níveis de planejamento no Brasil Nível Abrangência do plano Planejamento da paisagem Escala Federal Planos nacionais (PAC, Real, PND) Regional Superintendências regionais de desenvolvimento 1:100.000 a 1:1.000.000 Estadual Programas de desenvolvimento estadual 1:50.000 a 1:100.000 Municipal PDDUA 1:10.000 a 1:5.000 Plano de arborização urbana Local Planta da casa 1:1.000
  • 33. a interferência do homem no ecossistema deve ser considerada como algo natural e normal, da mesma forma que ocorre a interferência de outras espécies, inclusive os microorganismos. Acontece que a participação humana no ecossistema é muito mais ditada por imperativos econômicos do que biológicos
  • 34. a cidade representa um complexo ecossistema humano, mas longe de ser um deserto para outras formas de vida, ela cria, deliberadamente ou não, uma variedade de ambientes que são colonizados por criaturas vivas. Alguns deles são variantes de condições naturais (parques e jardins), mas outros são anti-naturais por completo. As espécies adaptáveis conseguem viver nas cidades e, em certos casos, proliferam, a exemplo dos ratos e das moscas.
  • 35.
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  • 37. Referências • • • • • • • • • • • • • ARIZA, C. G.; SANTOS, Douglas G. Qualidade ambiental e Planejamento urbano. Revista Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 9, n. 26, jun/2008, p. 224-242 BERNALDEZ, F. G. Ecologia y paisaje. Madrid: H. Blume Ediciones, 1981 BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: esboço metodológico. Revista Ra’E Ga, Curitiba, n. 8, p. 141-152, 2004. Disponível em: http://www.nepa.ufma.br/Producao/importantes/paisagem%20bertrand.pdf CHRISTOFOLETTI, A. Análise de sistemas em Geografia. São Paulo: Ed. da Univ. de São Paulo, 1979 DEFFONTAINES, J.-P. Analyse des situations dans différentes régions de France. Freins à l’adoption d’innovations techniques, Études Rurales, n. 52, pp.81-90, 1972 FERRARI, C. Curso de planejamento municipal integrado: urbanismo. 7ª edição, São Paulo: Pioneira, 1991 FRANCO, Maria A. R. Planejamento ambiental para a cidade sustentável. São Paulo: Annablume: FAPESP, 2001 MARCUS, M.G.; DETWYLER, T. R. Urbanization and environment. Belmont, Califórnia: Duxbury Press, 1972 MONTEIRO, Carlos Augusto de F. Geossistemas: a história de uma procura. São Paulo : Contexto, 2000 MOTA, J. A., O Valor da Natureza: Economia e política dos recursos ambientais. Rio de Janeiro: Garamond, 2001 MOTA, S. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES 1999. NUCCI, J. C. Qualidade ambiental & adensamento urbano: um estudo de ecologia e planejamento da paisagem aplicado ao distrito de Santa Cecília (MSP). São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2001 ODUM, E. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988