1. Mapeamento de
Geossistemas
Vitor Vieira Vasconcelos
Disciplina de Caracterização Geoambiental
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Universidade Federal do ABC
Santo Andre-SP
Outubro de 2019
2. O que nós procuramos
ao mapear uma área?
●
Unidades homogêneas - geômeros (Topologia)
– Ex: áreas com tipos de uso do solo semelhante
●
Unidades diferentes - geócoros (Corologia)
– Ex: pluma de poluição de um acidente
SOTCHAVA, Viktor B. Por uma teoria de classificação de geossistemas da vida terrestre. São Paulo: Instituto de Geografia, USP, 1978.
3. Enfoques e Métodos de Mapeamento
RODRIGUEZ, JMM et al. Geoecologia das Paisagens: uma visão geossistêmica da análise ambiental.
Fortaleza: Editora UFC, 2004.
Princípios
Conceitos
básicos
Métodos Índices
Estrutural
Estrutura das
paisagens
(horizontal/
vertical),
Geodiversidade
Quantitativo-
estrutural, tipologia
e regionalização
Complexidade,
formas, vizinhança,
composição
Funcional
Interação entre
componentes,
processos
Modelagem de
sistemas
Resiliência,
autorregulação,
fragilidade
Dinâmico-
evolutivo
Dinâmica temporal,
desenvolvimento
Retrospectivo,
cenários futuros
Ciclos, tendências
Histórico
antropogênico
Transformação da
paisagem
Histórico
Índice de impacto,
caminhos de
modificação
Integrativo
Integração das abordagens acima.
Sustentabilidade e tipos de manejo.
4. Bertrand, Georges and Bertrand, Claude., 2007. Uma geografia transversal e de travessias: o meio ambiente através dos
territórios e das temporalidades. Maringá: Massoni, pp.290-291.
Neves, C.E., Machado, G. and Camargo, K.C., 2017. Subsídio do sistema GTP (Geossistema-Território-Paisagem) na
percepção de riscos ambientais: esboço metodológico. Geografia (Londrina), 26(1), pp.76-91.
Geossistema
(recursos)
Território
(desenvolvimento)
Paisagem
(afetividade, cultura)
Componentes
bióticos
Componentes
abióticos
Componentes
sociais
Componentes
econômicos
Expressão
(oral, visual, verbal)
Percepção
6. Propriedades dos sistemas
●
Homeostasia – Tendência aos sistemas a
procurarem um equilíbrio estável
– Rexistasia: ruptura no equilíbrio de um sistema
leva a um período de desestabilidade antes de
encontrar um novo equilíbrio
– Resiliência: capacidade de retornar ao equilíbrio
anterior depois do impacto
– Adaptação: capacidade de encontrar um novo
equilíbrio após o impacto.
Erhart, H., 1956. La theorie bio-rexistesique et les problemews biogeographiques et
paleobiologiques. Soc. Biogeogr 288, 43-53.
7. ERHART, H. (1956). La genèse des sols en tant que
phénomène gèologique. Paris, Masson et Cie, Ed,. 90 p.
• Bioestasia – pedogênese ativa
• Rexistasia – morfogênese ativa
CASSETI, V. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Editora Contexto, 1991.
ERHART, H. (1956). La genèse des sols en tant que
phénomène gèologique. Paris, Masson et Cie, Ed,. 90 p.
• Bioestasia – pedogênese ativa
• Rexistasia – morfogênese ativa
CASSETI, V. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Editora Contexto, 1991.
Bioestasia – pedogênese ativa Rexistasia – morfogênese ativa
ERHART, H. (1956). La genèse des sols en tant que
phénomène gèologique. Paris, Masson et Cie, Ed,. 90 p.
• Bioestasia – pedogênese ativa
• Rexistasia – morfogênese ativa
CASSETI, V. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Editora Contexto, 1991.
ERHART, H. (1956). La genèse des sols en tant que
phénomène gèologique. Paris, Masson et Cie, Ed,. 90 p.
• Bioestasia – pedogênese ativa
• Rexistasia – morfogênese ativa
CASSETI, V. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Editora Contexto, 1991.
8. Bertrand, G., 2004. Paisagem e geografia física global. Esboço metodológico. Raega-O Espaço
Geográfico em Análise, 8.
10. Medeiros, T.C.C., 2013. Padrões de Campo Sujo Seco na paisagem da bacia hidrográfica do ribeirão
Taquaruçu Grande no município de Palmas-TO (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Zonas: Biomas
Domínio:
Fitofisionomias
Região
natural:
ecorregiões
Geossistema:
Bacia hidrográfica
Geotopos
Elementos
singulares das
geofácies
Geofácies
Combinações homogêneas
de solo, rocha, relevo,
vegetação
11. Geótopo como unidade
básica
BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: Esboço Metodológico. Cadernos de Ciências da Terra do
Instituto de Geografia da USP, São Paulo, n. 13, 1972.
Fitótopo
Zoótopo Ecótopo
Morfótopo
Pedótopo
Hidrótopo
Climótopo
12. Miklós, L., Kočická, E., Izakovičová, Z., Kočický, D., Špinerová, A., Diviaková, A. and Miklósová, V.,
2019. Landscape as a Geosystem.. Springer, Cham.
Geossistemas como
modelos simplificados
da realidade
Fotografia
Imagem de satélite
+
Elevação
Modelo
esquemático
13. Miklós, L., Kočická, E., Izakovičová, Z., Kočický, D., Špinerová, A., Diviaková, A. and Miklósová, V.,
2019. Landscape as a Geosystem.. Springer, Cham.
14. Miklós, L., Kočická, E., Izakovičová, Z., Kočický, D., Špinerová, A., Diviaková, A. and Miklósová, V.,
2019. Landscape as a Geosystem.. Springer, Cham.
Delimitação de
áreas homogêneas
15. Áreas homogêneas por
intersecção de propriedades
Miklós, L., Kočická, E., Izakovičová, Z., Kočický, D., Špinerová, A., Diviaková, A. and Miklósová, V.,
2019. Landscape as a Geosystem.. Springer, Cham.
16. MONTEIRO, C. A. F. Geossistemas: a história de uma procura. São Paulo: Contexto, 2000.
Exemplo de
um método de
mapeamento
18. Enfoque
geotécnico
– Microescala
(vertentes)
– Alta densidade de
amostragem
– Foco em mecânica
dos solos
– Estabilidade,
poluição
Enfoque
agronômico
– Macroescala
(bacias)
– Baixa densidade
de amostragem
– Foco em química
dos solos
– Plantio
Possibilidades
de diálogo?
Mapeamento de solos
Estudos
geotécnicos
em escala de
bacia
Estudos
agronômicos
em escala de
vertente
19. Enfoque
geotécnico
– Microescala
(vertentes)
– Alta densidade de
amostragem
– Foco em mecânica
dos solos
– Estabilidade,
poluição
Enfoque
agronômico
– Macroescala
(bacias)
– Baixa densidade
de amostragem
– Foco em química
dos solos
– Plantio
Possibilidades
de diálogo?
Análise
estrutural de
solos
Pedogeo-
morfologia
Mapeamento de solos
20. Vasconcelos, V.V., Martins Júnior, P.P., Hadad, R.M. and Koontanakulvong, S., 2013. Aquifer recharge: epistemology and interdisciplinarity.
21. Vasconcelos, V.V., Martins Júnior, P.P., Hadad, R.M. and Koontanakulvong, S., 2013. Aquifer recharge: epistemology and interdisciplinarity.
23. Amostragem mais frequente:
cortes de vertente
DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
24. Na prática é
um pouco
mais
complexo...
IBGE. Manual técnico de pedologia / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais
e Estudos Ambientais. - 3. ed. - Rio de J aneiro : IBGE, 2015.
25. IBGE. Manual técnico de pedologia / IBGE, Coordenação
de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - 3. ed. - Rio
de J aneiro : IBGE, 2015.
Na prática é um
pouco mais
complexo...
26. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
Visão Pontual
Visão Logitudinal Visão Espacial
27. Embrapa. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Normas e critérios para levantamentos pedológicos. Rio de Janeiro, 1989, 94 p.
Combinações de solos nas
mesmas manchas
28. Desenvolvimento de um Pedon
DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
Inferência espacial da evolução do pedon em diferentes
geossistemas como compensação pela baixa densidade de
amostragem
29. Desenvolvimento de um Pedon
DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
●
Fatores de formação de um solo
– Material de origem (rocha)
– Clima (chuva, calor)
– Organismos (do solo e vegetação)
– Relevo
– Tempo
Geossistemas
30. Desenvolvimento de um Pedon
DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
●
Processos de formação de um solo
– Intemperismo
– Humidificação e decomposição
– Lixiviação (química)
– Translocação (física)
– Capilaridade
31. IBGE. Manual técnico de pedologia / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - 3. ed. - Rio
de J aneiro : IBGE, 2015.
Solo Características Horizontes
Neossolo
lítolico
Raso, rochoso Indiferenciado
Cambissolo Raso B incipiente
Espodossolo Concentração de
materiais orgânicos
B espódico
Argissolo Concentração de argila B textural
Luvissolo Concentração de argila
de alta atividade
E lixiviado
B textural
Latossolo Altamente
intemperizado, com
muito alumínio e ferro
B latossólico
Neossolo
quartzarênico
Solos arenosos
profundos
Indiferenciado
Jovens
Velhos
32. IBGE. Manual técnico de pedologia / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - 3. ed. - Rio
de J aneiro : IBGE, 2015.
Solo Características Horizontes
Chernossolo Matéria orgânica
(muito frio para se
decompor)
A Chernozênico
(escuro)
Organossolo Matéria orgânica
encharcada
O ou H hístico
Gleissolo Encharcado, cinza,
pastoso
Glei
Planossolo Encharcados devido a
horizonte impermeável
B plânico
Plintossolo Argila que endurece
quando seca
Plíntico
Vertissolo Argila que se contrai e
expande com umidade
Vértico
Nitossolo Estruturas brilhantes,
origem magmática
B nítico
(estrutural)
MatériaOrgânicaArgilaespecífica
Água
33. Sistemas em Equilíbrio Dinâmico
●
Ocorrem sobre colinas com topos
amplos e bastante planos, e vertentes
de baixas declividades
●
Solos homogêneos vertical e
lateralmente
●
Indicam estabilidade da rede de
drenagem
35. Sistemas em transformação
●
Transformação lateral / vertical dos
solos
●
Modificação de cor, textura, estrutura,
porosidade, mineralogia e outros
atributos físico-químicos
●
Pode indicar mudança no nível de base
local
37. Catena
Topossequência de solos nas
vertentes, para um determinado
geossistema homogêneo (rocha,
geomorfologia, clima, vegetação)
LIMA, O. Distribuição dos solos em catenas e
mapeamento pedológico de sub-bacia hidrográfica
piloto na região de Itajubá-MG. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal de Itajubá. (2012).
38. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
Extrapolação de catenas
41. Lacerda, M.P.C.; Barbosa, O.I.; Alves, H.M.R.; Vieira, T.G.C. Modelagem Pedomorfogeológica
para o Mapeamento de Solos. Informe Agropecuário, Nov-Dec 2007. v. 28(241), p. 108-119.
43. Solo coluvial X aluvial
Colúvio
Alúvio
Delúvio
https://www.geographer-miller.com/colluvium-vs-alluvium/
Erosão
44. Elúvio x Colúvio x Alúvio
Svisero, D.P., Shigley, J.E. and Weldon, R., 2017. Brazilian Diamonds: A Historical and Recent
Perspective. Gems & Gemology, 53(1).
Eluvial soils
45. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
46. Perfil de umidade na
vertente
https://extensao.cecierj.edu.br/material_didatico/geo09/popups/topossequencia.htm
47. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
Balanço entre infiltração e
escoamento superficial
50. Influência do tipo de rocha
Ávila, F. F. 2012. Razão Zircônio/Quartzo e Zircônio/Titânio aplicaas ao estudo da evolução pedogeomorfológica de uma
topossequência na depressão de Gouveia, Serra do Espinhaço, Minas Gerais. Anais do IX SINAGEO. Rio de Janeiro.
51. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
Da vertente para o mapeamento
52.
53. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
54. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
56. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
Solos e padrões de drenagem
57. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
Relação infiltração-deflúvio: inferências sobre a permeabilidade
Relação Infiltração - deflúvio Relevo
Rede de
drenagem
58. DEMATTE, JAM. "Caracterização e
espacialização do meio físico como
base para o planejamento do uso da
terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
59. Esquema da forma
de canais de 1ª
ordem característicos
de diferentes tipos de
solos
AMARAL, A.C. & AUDI, R.
Fotopedologia. In: MONIZ, A.,
coord., Elementos de pedologia.
São Paulo, Polígono, 1972.
p. 429-42.
60. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
61. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
62. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
63. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
64. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).
65. DEMATTE, JAM. "Caracterização e espacialização do meio físico como base para o
planejamento do uso da terra." Piracicaba: ESALQ (2017).