1) Jung descreveu complexos como nós no inconsciente formados por sentimentos e crenças inconscientes detectáveis através do comportamento.
2) Complexos são padrões centrais de emoções, memórias e desejos no inconsciente pessoal organizados em torno de um tema comum.
3) Sem resolução, complexos continuam a influenciar pensamentos, sentimentos e comportamentos de forma inconsciente e desadaptativa, impedindo a integração psicológica.
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
COMPLEXOS NA VISÃO JUNGUIANA
1. Jung descreveu um "complexo" como um nó" no
inconsciente. Pode ser imaginado como um nó de
sentimentos e crenças inconscientes, detectáveis
indiretamente, através de um comportamentos intrigante ou
difícil de expressar.
UM COMPLEXO é um padrão central de emoções, memórias, percepções e
desejos no inconsciente pessoal organizado em torno de um tema comum,
como poder ou status.
Sendo características comuns do cenário psíquico, de acordo com JUNG,
frequentemente tornam-se relevantes na psicoterapia, com objetivo de
examinar e auxiliar as pessoas na busca do seu PROCESSO DE INVIDUAÇÃO
Sem resolução, os complexos
continuam a exercer influência
inconsciente e desadaptativa em
nossos pensamentos, sentimentos
e comportamento , nos impedindo
de alcançar a integração
psicológica.
2. JUNG chamou de “COMPLEXOS”,
termo por ele introduzido na
Psicologia para definir a reunião de
CONTEUDOS que se aglomeram no
INCONSCIENTE PESSOAL, atraindo
para si uma grande quantidade de
ideias de alto teor afetivo e dotados de
energia psíquica acumulada.
Por isso, supomos que quando somos
tomados por uma emoção
descontrolada, é sinal de que algum
complexo foi ativado.
O perigo diria Jung, não é possuirmos
COMPLEXOS, mas sermos por eles
possuídos.
E isso só acontece porque enquanto o
complexo estiver
inconsciente, nos for estranho,
estaremos sob seu domínio,
vulneráveis às reações mais
irracionais e estranhas a nossa
consciência.
Como se fôssemos
tomados por outra
personalidade que nos
revela parte de nós
mesmos que, sempre
mantivemos escondida –
nossa SOMBRA.
3. II
SELF
EU
DIVINO
A Psique está estruturada em três elementos: consciente, inconsciente pessoal e
inconsciente coletivo.
– Sistema do aparelho psíquico que mantém contato com o mundo interior
(processos psíquicos, internos) e exterior (meio ambiente e social) do sujeito. ... –
O consciente tem como centro organizador o Eu.
INCONSCIENTE COLETIVO
ARQUÉTIPOS
INCONSCIENTE PESSOAL
COMPLEXOS
EGO
4. O que são os Complexos concebidos por Jung?
O autor suíço quis designar com o termo
complexo afetivo um grupamento de
representações mentais mantidas juntas
por emoção.
Os complexos se organizam a partir de
experiências emocionais significativas do indivíduo.
Nesse ponto de vista, o próprio ego, para Jung
o centro da consciência, seria um complexo,
o complexo egóico.
Outros complexos na personalidade podem
agir sobre o ego, interferindo no funcionamento adequado da
consciência, perturbando a adaptação criativa do sujeito.
Um complexo de poder, caracterizado por ideias obsessivas de
domínio e uma postura onipotente, pode dominar de tal forma o
complexo egóico que o indivíduo se sente identificado com esses
conteúdos de poder originados de raízes inconscientes não
imediatamente definidas.
5. O fortalecimento do ego no processo
terapêutico ajuda o indivíduo a alcançar o seu ponto
de equilíbrio emocional, atingindo assim um nível de
consciência mais elevado, o que torna possível uma
boa administração dos complexos, afinal todos nós
o temos, ou como nos diz Jung, somos tomados por
eles, e ninguém está livre disso.
6. Ex. de complexo seria o seguinte:
- se alguém tivesse uma perna amputada
quando criança, isso influenciaria
profundamente a vida de uma pessoa, mesmo
que ela superasse a deficiência física.
Uma pessoa pode ter muitos pensamentos,
emoções, memórias, sentimentos de
inferioridade, triunfos, amargura e
determinações centradas nesse aspecto de
sua vida.
Se esses pensamentos fossem perturbadores
e difundidos, Jung poderia dizer que ele ou ela
tinha um complexo sobre a perna.
A realidade dos complexos é amplamente
aceita na área da psicologia profunda, um
ramo da psicologia que afirma que a grande
maioria da personalidade é determinada e
influenciada por processos inconscientes.
7. ORIGEM DOS COMPLEXOS:
A causa mais frequente são os
conflitos, mas choques e
traumas emocionais também
são suficientes.
O bem estar ou mal estar da
vida de cada pessoa depende
dos complexos, que tem maior
ou menor autonomia,
dependendo da conexão maior
ou menor com a totalidade da
organização psíquica.
Apesar do mal estar que eles
podem causar, a psicologia
junguiana não os consideram
como elementos patológicos,
mas como sinal de conteúdos
conflitivos não assimilados.
8. OS COMPLEXOS podem ainda
significar uma nova possibilidade de
atuação, podem funcionar como um
estímulo para que o individuo se
esforce mais para sua própria
realização.
A patologia só ocorre quando os
complexos exigem uma quantidade
muito grande de energia psíquica
para si.
Para que um complexo seja
assimilado é necessário que a
pessoa compreenda os conflitos em
termos intelectuais, mas que
também exteriorize os afetos
envolvidos, através de descargas
emocionais que eram realizadas
pelos antigos através de danças e
cantos repetidos.
9. Jung complementa: COMPLEXOS são
agrupamentos de conteúdos psíquicos
carregados de EMOÇÕES.
Quanto maior a emoção e o campo de
associação, mais forte será um COMPLEXO.
Os complexos estão no INCONSCIENTE
PESSOAL porque ele registra as nossas
experiências desta vida – invadindo a nossa
consciência.
Exemplo: aquela pessoa CALMA, que numa
outra situação explode, sendo violenta,
podemos imaginar ser um obsessor mas, na
realidade é um COMPLEXO onde esta sendo
afetada – numa situação cômoda, mais fácil
colocar a culpa no obsessor.
Quem em algum momento da vida, não ouviu
um “xingamento ou uma crítica contumaz da
pessoa dizendo: “ você é um complexado ou,
tem complexo de inferioridade, superioridade,
etc. Todos somos complexados em algum
nível.
10. JOANA DE ANGELIS, amplia esta questão
chamando a nossa atenção sobre a questão
moral que também é responsável por alimentar
nossos complexos.
No caso da pessoa aparentemente “calma” que se
torna agressiva ou violenta, o complexo vai invadir a
consciência gerando em nós um comportamento
perturbador porque o ESPIRITO é comprometido, dai
seguindo que todas experiências vividas em outras
encarnações estarão guardadas no nosso
inconsciente coletivo .
E como no inconsciente coletivo temos os
arquétipos, dependendo das nossas experiências
nesta vida, esse conteúdo retornará para o
inconsciente pessoal , onde o complexo ira se
manifestando.
Em todo processo, podemos perceber que o Espirito
Encarnado é sempre o comprometido, por isso a
importância do AUTOCONHECIMENTO, da auto
percepção ser de fundamental importância para
nosso processo evolutivo – não da para crescer sem
fazer a nossa parte.
12. O COMPLEXO DE INFERIORIDADE ( Ao encontro de si mesmo).
Algumas pessoas sentem-se tomadas pela sensação
de DESVALOR e BAIXA AUTOESTIMA, considerando
que nada que façam dará certo, pois não se
consideram merecedoras ou competentes.
Muitas vezes, estes complexos são construídos no
ambiente familiar, pela critica sistemática e
desvalorização durante o processo de aprendizagem
(régua).
O EGO fragiliza-se, e a pessoa passa a se sentir
incapaz de maiores enfrentamentos, pois
constantemente é CONSTELADO o complexo de
inferioridade.
Por outro lado, alguns acreditam-se superiores aos
outros e cobram atenção especial, as vezes, até
mesmo impondo seus caprichos, sem se darem conta
de que estão a mercê do complexo de superioridade,
que torna distorcida a forma de ver a vida e de se
relacionar com os outros.
O complexo de superioridade é igualmente feito de
aprendizagem, neste caso destituída de limites,
cercada de mimos e vontade excessivas, a prejudicar
a estruturação da personalidade de forma saudável.
13. Pois é em família que vem à tona os complexos de inferioridade que estão
impregnados no espírito. São os membros familiares que servem de instrumento
para que ressurja do arquivo milenar toda a carga de conflitos internos.
Através de apelidos, perseguições, aversões, os familiares descarregam seus
próprios problemas e conflitos em algum membro mais frágil.
O complexo de inferioridade se manifesta a partir daí, surgindo como ideias que
foram recalcadas no inconsciente deste membro familiar ainda na infância. Essas
ideias recalcadas encontram sintonia no arquivo milenar do espírito imortal com
as ideias nascidas de experiências de outras reencarnações.
Talvez a principal manifestação da baixa autoestima seja a pena de si
mesmo – este sentimento é um convite para sua deliberação.
É sempre bom lembrar que você é capaz de tomar decisões por si
mesmo ; pois você é único e é quem melhor sabe sobre você mesmo.
Não se preocupe tanto em agradar aos outros, SEJA QUEM VOCE É DE
VERDADE!
Sempre é possível mudar o estilo de vida, sempre é possível mudar as
próprias crenças, sempre é possível acreditar mais em si Mesmo!
14. COMPLEXO DE INFERIORIDADE – VISÃO ESPÍRITA
O Espiritismo nos explica que o complexo pode ter se iniciado na atual
reencarnação, mas também podem ter origem nas existências anteriores.
(E.S.E. cap. V).
Na atual vêm de um deficiente desenvolvimento psicológico, frequentemente
causado por traumas infantis, agressões sofridas e também uma educação
repressora, onde os pais não incentivam nem apoiam seus filhos e ainda
menosprezam ou desvalorizam tudo que eles fazem, a criança então passa a
ter medo de se manifestar por receio das represálias e de perder o amor dos
pais, esse medo irá persistir até a adolescência.
Já quando sua origem está nas vidas passadas, há maior gravidade.
A Doutrina Espírita nos ensina que vivemos muitas existências e que as
experiências difíceis e traumatizantes das vidas anteriores não superadas,
podem levar o jovem a desenvolver o complexo na vida atual.
Joana de Angelis explica no livro “Adolescência e Vida”, psicografado por
Divaldo Pereira Franco que no período da adolescência o Espírito começa a
retomar sua verdadeira personalidade e suas tendências boas e más começam
a manifestar-se, ou seja, é nesse momento que os conflitos começam a
acontecer.
15. COMPLEXO DE INFERIORIDADE – Claudio Sinoti
Seguramente, as experiências de outras vidas, somam-se as atuais,
interferindo na carga emocional dos complexos. E quanto maior for a reação
emocional perante os desafios naturais da vida, maior será a força dos
complexos.
Assim ocorre com as questões parentais, sexuais, de poder e de inúmeros
complexos que habitam o mundo psíquico, e que se tornam conflitivos ao
trazer a tona situações mal resolvidas.
Quando optamos por ignorar a existência dos complexos, “esses conflitos que
permaneciam adormecidos assumem o comando da personalidade, produzindo
dificuldade no paciente para conseguir um edificante relacionamento entre o
“eixo ego-self” , observa Joana de Angelis.
E trazemos conosco toda a nossa bagagem milenar. Tudo o que vivemos, em
todas nossas reencarnações e nos intervalos entre as mesmas; tudo está
gravado dentro de nós.
E não há como deletar nada do nosso arquivo pessoal.
Acontece que nosso CÉREBRO FÍSICO SÓ REGISTRA OS FATOS DE NOSSA
EXISTENCIA ATUAL, portanto, não há como saber a causa de todas nossas
frustrações e inadequações.
16. E COMO SUPERAR OS COMPLEXOS?
A melhor forma de SUPERÁ-LOS é conhece-los, como passo inicial para
transformá-los, caso os efeitos dos complexos sejam negativos. Por
isso é importante, estar atento aos nossos ESTADOS EMOCIONAIS que
nos perturbam, tentando IDENTIFICAR os GATILHOS que nos
direcionam a eles.
Ao conseguirmos tomar consciência dos GATILHOS que nos causaram
certa perturbação, chegaremos a raiz do complexo.
O constante exercício da AUTO-OBSERVAÇÃO, de atenção ao nosso
comportamento e aos excessos praticados também são bons aliados
para identificação dos complexos.
A partir disso, temos pela frente o trabalho de DILUIR a
intensidade emocional que nos aflige.
Uma da formas é REVER a nossa historia, identificando e expressando
emoções que ficaram contidas, muitas vezes, transformadas em
ressentimentos.
17. E COMO SUPERAR OS COMPLEXOS?
Nos ensina JOANA DE ANGELIS : “ ... O grande desafio da existência
humana, esta na capacidade de explorar esse mundo desconhecido, dele
retirando todos os potenciais que possam produzir felicidade e
autorrealização.”
E quando as vivencias forem muito dolorosas e de difícil aceitação, o olhar
espiritual da vida nos permitira ampliar as lentes normalmente limitadas do EGO.
Não negamos que certas vivencias são intensas, porem jamais devemos
nos considerar vitimas da vida, uma vez que ela nos traz de retorno o
resultado de nossas próprias ações.
Devemos constantemente reelaborar e RESSIGNIFICAR nossas
experiências traumáticas, pois é assim que elas perdem sua
intensidade negativa.
É certo que não podemos modificar o passado, na forma objetiva dos
fatos, mas nosso olhar sobre ele pode ser transformado, conferindo novo
colorido, nova tonalidade emocional, que possibilite a convivência
saudável com os nossos complexos, de modo que sejamos nós a
administrá-los, não eles a comandar nossa personalidade.
18. CONCLUINDO:
A cada passagem pela matéria temos nova oportunidade de reajuste, nova chance
de colocar em dia compromissos não atendidos, nova chance de cumprir deveres
pendentes, nova chance de nos livrarmos de comprometimentos doentios. Sabemos
que o lar é o laboratório do espírito imortal.
É junto às pessoas mais próximas de nós que resgatamos débitos
comprometedores. Também sabemos que muitos lares, talvez a maioria,
são ainda muito desajustados, problemáticos, devido ao nosso
incipiente grau evolutivo.
A soma de toda nossa experiência milenar resultou naquilo que SOMOS
HOJE: o resultado de nossa própria construção.
Todas nossas vitórias, conquistas, habilidades, talentos natos estão
alicerçadas dentro de nosso SELF.
Da mesma forma, nossos fracassos, decepções , quedas e derrotas são
coisas que, necessitamos reconhecer, acolher e integrar a nossa
personalidade.
19.
20. COMPLEXO DE ABANONO – A DOR DA REJEIÇÃO
Nas relações afetivas isto fica ainda mais evidente,
pois como se trata de uma interação de muita
proximidade, há muita vulnerabilidade e a pessoa
pode se sentir insegura, ansiosa e com o medo de
perder de forma exacerbada, causando várias
brigas e discussões por conta deste complexo
ativado negativamente. Isto torna-se um ciclo
vicioso, em que a pessoa sente que não consegue
ter uma vida afetiva, feliz, saudável e significativa.
É possível ter uma vida afetiva mais leve, desde
que a pessoa queira olhar de frente para os seus
processos emocionais internos.
Isto nem sempre é agradável, mas é o caminho
possível e seguro para a auto cura verdadeira.
Diante de nossos processos internos relacionados a
vida emocional, é preciso ter paciência consigo na
jornada do autoconhecimento , para ter mais
segurança e estabilidade no processo, evitando-se
as situações repetitivas..
21. COMPLEXO DE ABANONO – A DOR DA REJEIÇÃO
Segundo JUNG: O complexo do abandono e da REJEIÇÃO, podem levar a pessoa
a desistir de ter uma relação afetiva, tamanha dor e desconforto emocional que
sente , como se fosse uma ferida aberta que demora a cicatrizar.
O complexo é necessário para a formação e manutenção da psique humana, o
problema acontece quando ele está negativado, ou seja, está ativado de forma
negativa e consequentemente, por falta de saber como lidar com isto, a pessoa
sofre muito. A principal área atingida é a afetiva, mas isto não quer dizer que as
outras áreas da vida da pessoa não são impactadas.
O fato é que a pessoa pode sentir esta dor com relação aos amigos, trabalho e até
mesmo na própria família. Em outras palavras se sente sozinha e rejeitada, a maior
parte do tempo.
As feridas, bem como as várias reações inconscientes adotadas pela criança
que possa ter sofrido abandono afetivo, tornam-se fortes determinantes da
personalidade adulta.
Logo, vivemos inconscientemente reflexos agregados do passado.
É possível que esse adulto prefira a solidão, pois, se receber muita atenção, corre
o risco de ser desprezado e, se tiver que compartilhar experiências com mais
pessoas, tentará passar desapercebido, sob a PERSONA que constrói para si
mesmo.
22. Além de vivenciar uma constante
ambivalência, quando acredita e pode
chegar até mesmo a sabotar a situação; por
outro lado, quando não escolhido, sente raiva,
por ser rejeitado pelos demais, chegando às
vezes a elaborar uma fuga frente às relações,
para se proteger do sofrimento gerado pela
ferida.
Quanto maior a ferida, maior será a
rejeição de si mesmo e dos demais a sua
volta, o que pode vir mascarado pela
vergonha.
Podemos tentar curar a rejeição,
buscando valorizar e reconhecer a si
mesmo, sem muita aprovação dos outros,
procurando inicialmente aceitar a própria
ferida como parte integrante de si
mesmo; se negarmos, não podemos
curá-la!
23. Perdoar para se
libertar do
passado,
primeiramente, a
si, pela forma
como se tratou e
seguidamente de
como foi tratado,
procurando
acolher-se e
dando-se
principalmente,
amor a si próprio.
Contudo, a vida
só é trágica à
medida que
permanecemos
inconscientes,
tanto do papel
dos complexos
autônomos
quanto da
crescente
divergência entre
a nossa natureza
e as nossas
escolhas. Cabe a
nós escolhermos
qual o caminho a
seguir…
24. COMPLEXO DE ABANONO – A DOR DA REJEIÇÃO
Um estudo “ A ausência física e afetiva do pai na percepção dos filhos
adultos” (DAMIANI e COLOSSI), envolveu uma pesquisa qualitativa e
exploratória com quatro adultos, entre 25 a 40 anos, todos em processo
de análise.
O estudo aponta que o impacto do distanciamento da figura paterna, seja
físico e/ou afetivo, reflete-se em sentimentos de autodesvalorização,
abandono, solidão, insegurança, baixa autoestima e dificuldades de
estabelecer relacionamentos, que começam a ser percebidos na infância
e interferem no desenvolvimento do jovem chegando até a idade adulta.
As autoras citam outros vários estudos, e todos afirmam que a ausência
paterna tem potencial para gerar conflitos no desenvolvimento
psicológico e cognitivo da criança e do adolescente, bem como,
influenciar o estabelecimento de transtornos de comportamento e de
identidade.
Uma das observações resultantes do estudo, e que as autoras enfatizam,
é que “a ausência vivenciada na infância e adolescência não se dissipa
na vida adulta” (DAMIANI e COLOSSI).