SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
O conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze
REGINA SCHÖPKE
A noção de diferença, na filosofia de Gilles Deleuze, é - no mínimo - uma instância
problemática. Num certo sentido, ela é fundamental para a compreensão de toda a sua
obra. Mas, o que é exatamente a diferença, em si mesma? Por que Deleuze afirma, de
forma contundente, que a razão clássica não pode apreendê-la sem, com isso, destruir a
sua natureza "rebelde e anárquica"? Antes de respondermos a tal questão, precisamos
levar em consideração o fato de que, ao longo da história da filosofia, a diferença foi
continuamente vista como o mais temível dos males (no mínimo, ela causava estranheza
e mal-estar por sua capacidade de furtar-se a qualquer tipo de modelo ou regra
preestabelecida). Ou bem a diferença era "o além celestial de um entendimento divino
inacessível a nosso pensamento representativo, ou o aquém infernal, insondável para
nós, de um Oceano de dessemelhança". De um modo ou de outro, a diferença
encontrava-se excluída do Ser - como algo que não pertencia a sua essência. Relegada,
portanto, ao campo do não-ser, por uma tradição vitoriosa no pensamento ocidental, a
diferença viu-se despojada de qualquer aspecto ontológico (ou seja, despojada de uma
existência plena, real). Uma vez que a diferença se apresentasse ao pensamento ou à
sensação, ela era entendida como algo que alterava, subvertia e destruía o Ser.
Apenas quando era submetida aos critérios da "identidade" e da "semelhança" e apenas
quando tornava-se diferença entre os corpos (a diferença específica de Aristóteles), ela
poderia ser assimilada pela razão - que rejeita tudo aquilo que não está compreendido
em um modelo pré-determinado.
Antes de continuarmos, porém, precisamos entender como Deleuze define a própria
filosofia. Neste caso, especificamente, este não é um procedimento aleatório, que tem
apenas por objetivo somar tal informação ao restante de suas idéias. A compreensão de
um conceito qualquer, na obra deleuziana, pressupõe a idéia de que todo pensador é,
inicialmente, um criador de conceitos. "A filosofia é a arte de inventar, de criar os
conceitos"- afirma o filósofo francês. Para ele, todo filósofo cria seu próprio universo
conceitual a partir do seu confronto com o mundo ou, mais precisamente, com o caos
subjacente a todas as coisas. É a necessidade de não se perder no próprio movimento
contínuo das coisas ("nada é mais doloroso, mais angustiante do que um pensamento
que escapa a si mesmo") que nos leva a produzir os conceitos. Deleuze sabe o perigo
que representa para o pensamento perder-se no caos, na pura diferença, neste "oceano
de dessemelhança" - que está no fundo de tudo o que existe. Daí porque é
imprescindível que tenhamos regras que nos protejam, que nos impeçam de mergulhar
de forma inescapável naquilo que exatamente tencionamos conhecer. Estas regras são os
conceitos e é claro que esta afirmação só tem sentido porque, para Deleuze, a diferença
é o principio constitutivo da natureza. Ela é primeira com relação à identidade e à
semelhança e é também ela que dissolve toda determinação, toda e qualquer
estabilidade num mundo que, apenas na aparência, é sólido e permanente.
Criar os conceitos ou mesmo inventá-los a partir de outros (mantendo ou não o seu
significante) é a tarefa da filosofia - assim como a entende Deleuze. Não existem
conceitos "a priori"; todo conceito tem uma história. Todo conceito remete sempre a um
campo de problemas (sem o que, ele não teria sentido algum). Desta maneira, enquanto
é pensado em termos construtivistas, o conceito pressupõe um plano que lhe dá uma
existência autônoma. É o que Deleuze chama de "plano de imanência" - uma espécie de
"crivo no caos", uma forma de adquirir uma consistência sem perder-se no infinito no
qual o pensamento mergulha. O plano de imanência é, neste sentido, o meio fluido onde
os conceitos interagem, afetando e sendo afetados por outros conceitos. "O plano é
como um deserto que os conceitos povoam sem partilhar". Mas, os conceitos são as
únicas regiões do plano (ainda que seja o plano que lhes garanta consistência e
coerência). Para Deleuze, nenhum conceito é simples; ele é sempre uma multiplicidade.
Ele sempre remete a outros conceitos. Nenhum filósofo, por mais genial que ele seja,
criará um conceito do "nada". É por esta razão que podemos dizer que a diferença, na
obra de Deleuze, não deve ser entendida sem levar em conta a carga de negatividade
com a qual a história da filosofia sempre a envolveu. Na verdade, Deleuze empreende
uma luta sem tréguas contra a própria tradição filosófica, quando tenta definir e
apreender a diferença nela mesma. Não se trata de conseguir ou não conceituá-la; trata-
se, isto sim, de libertá-la do jugo de uma razão que tende a desqualificar tudo aquilo que
ameaça o seu perfeito equilíbrio.
Para sermos mais diretos, o conceito de diferença traz consigo uma certa "maldição": a
de ter sido sempre colocado do lado do "mal", do "nefasto", do "pernicioso". Não foi
Deleuze quem criou este conceito, mas foi certamente ele quem mais fez para tornar a
diferença, em si mesma, pensável. Em outras palavras, ele lhe deu um sentido positivo;
daí porque não podemos deixar de ligar o conceito de diferença à sua obra (assim como
outros filósofos também tiveram os seus nomes associados a determinados conceitos).
Mas, o que significa dizer que a diferença foi colocada do lado do "mal"? Significa
dizer que, desde os tempos mais remotos, a filosofia sempre demonstrou ter uma
espécie de repulsa por tudo aquilo que se modifica, uma repulsa pelo próprio tempo e
pela degradação inevitável que ele acarreta nos seres. Não pode haver ciência daquilo
que está em perpétua transformação - assim Platão rejeita o mundo sensível em prol de
uma existência imutável (a do mundo das essências). A mudança, o rio que não pára de
fluir, o movimento incessante das coisas como o próprio
ser deste mundo, tudo isto deve ser ignorado pela razão, uma vez que sua natureza
estritamente lógica não sabe lidar senão com a semelhança e a identidade nos seres.
Para Deleuze, a questão é exatamente poder tornar a diferença objeto do pensamento.
Ao invés de colocá-la como algo negativo para o conhecimento, Deleuze (tal como
Nietzsche) pretende mostrar que a diferença é o próprio princípio da natureza. Para
Deleuze, primeiramente estaria o fundo indiferenciado (indeterminado), o fundo caótico
- onde todas as coisas encontram-se misturadas e sem qualquer "identidade". Ao caos
seguir-se-ia a ordem, sempre provisória e precária e que não deixa um só instante de
sofrer a ação corrosiva e cambiante do tempo. Mas, pensar a diferença requer que a
própria razão ultrapasse a si mesma, rompendo com o modelo representativo e com a
sua estrutura absolutamente lógica. É preciso que, por um esforço sobre-humano, a
razão deixe de ter apenas uma função recognitiva (ou seja, a função de conhecer e "re-
conhecer" o mundo e as coisas que a cercam) para apreender a diferença, quer dizer,
tudo aquilo que foge aos padrões até agora estabelecidos. É a diferença e não a
semelhança a "lei" mais profunda da natureza ("nunca uma folha é completamente
idêntica a outra" - afirma Nietzsche e reitera Deleuze). A razão até acredita poder pensar
a diferença quando faz dela um puro conceito do entendimento, uma forma vazia, sem
qualquer conteúdo exterior. Mas, quando a submetemos às regras da identidade e da
semelhança, ou seja, quando obedecemos aos critérios rígidos do raciocínio lógico, nós
terminamos por perder a natureza anárquica e subversiva da diferença em si mesma. Isto
porque a diferença, nela mesma, não é algo que possa ser objeto de uma representação
orgânica. Afinal, representamos sempre aquilo que percebemos, aquilo que
apreendemos por intermédio de nossa sensibilidade. A diferença, em si mesma, não é
objeto de nossa sensibilidade e em hipótese alguma deve ser confundida com um
atributo físico. Estar quente pode ser um diferencial com relação a estar frio, mas a
diferença não é ser uma coisa ou outra. A diferença, em si, é algo que só o pensamento
pode intuir. Ela é uma relação, um acontecimento, um incorporal.
Os termos aqui utilizados, retirados da própria obra deleuziana, demonstram claramente
a influência da filosofia estóica sobre o seu pensamento. Um "incorporal" não é algo
inexistente, sem qualquer aspecto ontológico. Ele pertence à esfera do transcendental,
ou seja, ainda que ele não seja um corpo (e, portanto, não pode ser representado), ele
existe ou "insiste" - sendo, para Deleuze, objeto apenas de nosso pensamento. É claro
que Deleuze não está negando a existência da diferença enquanto ela se apresenta nos
seres, criando uma diversidade inegável. Apenas, ele considera que, uma vez que ela
seja "atualizada" na matéria, ela deixa de ser diferença pura para tornar-se um atributo.
A sua natureza, sendo primeira e exclusivamente virtual, não pode ser apreendida pela
razão clássica - que basicamente opera com os ditames da representação e que são a
identidade, a semelhança, a analogia e a oposição. Daí porque, para Deleuze, é
necessário que a razão tenha um outro tipo de funcionamento, uma outra forma de
apreensão do mundo. Um "neo-racionalismo" é o que propõe este filósofo que figura
entre os chamados "filósofos malditos"; uma razão que ultrapasse a si mesma; um
segundo e mais nobre funcionamento da razão: o do pensamento. Afinal, o pensamento
está para além da razão, mesmo que lhe pertença de alguma maneira (já que não se trata
de um irracionalismo). É preciso, portanto, libertar a diferença, retirá-la de sua
condição de maldição para o pensamento. Somente assim será possível compreender e
apreender a diferença pura - este difícil e profundo conceito deleuziano.
Regina Schöpke é graduada em Filosofia pela UERJ, mestra em História Medieval
pela UFF e mestranda em Filosofia pela UFRJ. Já ministrou aulas de Filosofia na
UFRJ.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)
Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)
Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)Israel serique
 
Violência simbólica e lutas políticas
Violência simbólica e lutas políticasViolência simbólica e lutas políticas
Violência simbólica e lutas políticasArare Carvalho Júnior
 
Alienação e-trabalho
Alienação e-trabalhoAlienação e-trabalho
Alienação e-trabalhoEdirlene Fraga
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisJoemille Leal
 
Sociedade contemporânea e suas transformações
Sociedade contemporânea e suas transformaçõesSociedade contemporânea e suas transformações
Sociedade contemporânea e suas transformaçõesLuan Ismar
 
IDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMO
IDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMOIDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMO
IDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMOincluirdigital
 
Educação, Sociedade e Trabalho
Educação, Sociedade e TrabalhoEducação, Sociedade e Trabalho
Educação, Sociedade e Trabalholucavao2010
 
Do pos moderno pos colonial boaventura_santos
Do pos moderno pos colonial boaventura_santosDo pos moderno pos colonial boaventura_santos
Do pos moderno pos colonial boaventura_santosAdriana Bruno
 
As origens e os principais teóricos da sociologia
As origens e os principais teóricos  da sociologiaAs origens e os principais teóricos  da sociologia
As origens e os principais teóricos da sociologiaLucio Oliveira
 

Mais procurados (20)

Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)
Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)
Bourdieu: Educação e cultura (Resumo)
 
Violência simbólica e lutas políticas
Violência simbólica e lutas políticasViolência simbólica e lutas políticas
Violência simbólica e lutas políticas
 
Alienação e-trabalho
Alienação e-trabalhoAlienação e-trabalho
Alienação e-trabalho
 
Foucault & deleuze
Foucault & deleuzeFoucault & deleuze
Foucault & deleuze
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
 
Paulo freire final
Paulo freire   finalPaulo freire   final
Paulo freire final
 
Sociedade contemporânea e suas transformações
Sociedade contemporânea e suas transformaçõesSociedade contemporânea e suas transformações
Sociedade contemporânea e suas transformações
 
Voluntariado E Direitos Humanos
Voluntariado E Direitos HumanosVoluntariado E Direitos Humanos
Voluntariado E Direitos Humanos
 
IDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMO
IDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMOIDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMO
IDEOLOGIA, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DE CONSUMO
 
A importancia da sociologia na sociedade
A importancia da sociologia na sociedadeA importancia da sociologia na sociedade
A importancia da sociologia na sociedade
 
Interdisciplinaridade
InterdisciplinaridadeInterdisciplinaridade
Interdisciplinaridade
 
Metodo Paulo Freire slides
Metodo Paulo Freire slidesMetodo Paulo Freire slides
Metodo Paulo Freire slides
 
Biopoder
BiopoderBiopoder
Biopoder
 
Educação, Sociedade e Trabalho
Educação, Sociedade e TrabalhoEducação, Sociedade e Trabalho
Educação, Sociedade e Trabalho
 
A ciencia moderna
A ciencia modernaA ciencia moderna
A ciencia moderna
 
Liberdade
LiberdadeLiberdade
Liberdade
 
Método Paulo Freire com Imagens
Método Paulo Freire com ImagensMétodo Paulo Freire com Imagens
Método Paulo Freire com Imagens
 
Florestan fernandes
Florestan fernandesFlorestan fernandes
Florestan fernandes
 
Do pos moderno pos colonial boaventura_santos
Do pos moderno pos colonial boaventura_santosDo pos moderno pos colonial boaventura_santos
Do pos moderno pos colonial boaventura_santos
 
As origens e os principais teóricos da sociologia
As origens e os principais teóricos  da sociologiaAs origens e os principais teóricos  da sociologia
As origens e os principais teóricos da sociologia
 

Semelhante a A diferença na obra de Deleuze

Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualRaquel Faria
 
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualCarlos Elson Cunha
 
Racimo e sociedade de contole
Racimo e sociedade de contoleRacimo e sociedade de contole
Racimo e sociedade de contoleNoguera oficial
 
Deleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdf
Deleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdfDeleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdf
Deleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdfDionisioGuerra2
 
Gilles deleuze sobre o teatro (por roberto machado) - livro
Gilles deleuze   sobre o teatro (por roberto machado) - livroGilles deleuze   sobre o teatro (por roberto machado) - livro
Gilles deleuze sobre o teatro (por roberto machado) - livroFilosofiaCinciaseArt
 
Infância de um pensar (23.maio.2011)
Infância de um pensar (23.maio.2011)Infância de um pensar (23.maio.2011)
Infância de um pensar (23.maio.2011)Fábio Nogueira, PhD
 
Introdução ao pensamento complexo - Edgar Morin
Introdução ao pensamento complexo - Edgar MorinIntrodução ao pensamento complexo - Edgar Morin
Introdução ao pensamento complexo - Edgar MorinValéria Poubell
 
Platão e sua filosofia
Platão e sua filosofiaPlatão e sua filosofia
Platão e sua filosofiaBruno Carrasco
 
Lavelle, louis a presença total
Lavelle, louis   a presença totalLavelle, louis   a presença total
Lavelle, louis a presença totalNoberto Cabral
 
Aula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e Morin
Aula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e MorinAula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e Morin
Aula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e MorinMarco Bonito
 
O corte do simbólico publicação blog
O corte do simbólico   publicação blogO corte do simbólico   publicação blog
O corte do simbólico publicação blogbeto8900
 
Ciência da Lógica 2.pdf
Ciência da Lógica 2.pdfCiência da Lógica 2.pdf
Ciência da Lógica 2.pdfVIEIRA RESENDE
 
Pedagogia dos monstros os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras
Pedagogia dos monstros   os prazeres e os perigos da confusão de fronteirasPedagogia dos monstros   os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras
Pedagogia dos monstros os prazeres e os perigos da confusão de fronteirasAriane Mafra
 
Ciência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdfCiência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdfVIEIRA RESENDE
 

Semelhante a A diferença na obra de Deleuze (20)

Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
 
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
 
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtual
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtualAlliez, éric. deleuze, filosofia virtual
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtual
 
Racimo e sociedade de contole
Racimo e sociedade de contoleRacimo e sociedade de contole
Racimo e sociedade de contole
 
Deleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdf
Deleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdfDeleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdf
Deleuze e a IMANÊNCIA DA CONSCIÊNCIA - (parte com foco na FENO).pdf
 
Gilles deleuze sobre o teatro (por roberto machado) - livro
Gilles deleuze   sobre o teatro (por roberto machado) - livroGilles deleuze   sobre o teatro (por roberto machado) - livro
Gilles deleuze sobre o teatro (por roberto machado) - livro
 
Fluzz pilulas 41
Fluzz pilulas 41Fluzz pilulas 41
Fluzz pilulas 41
 
Transc3
Transc3Transc3
Transc3
 
Infância de um pensar (23.maio.2011)
Infância de um pensar (23.maio.2011)Infância de um pensar (23.maio.2011)
Infância de um pensar (23.maio.2011)
 
A trama do signo
A trama do signoA trama do signo
A trama do signo
 
Logica
LogicaLogica
Logica
 
Introdução ao pensamento complexo - Edgar Morin
Introdução ao pensamento complexo - Edgar MorinIntrodução ao pensamento complexo - Edgar Morin
Introdução ao pensamento complexo - Edgar Morin
 
Platão e sua filosofia
Platão e sua filosofiaPlatão e sua filosofia
Platão e sua filosofia
 
Introdução ao pensamento complexo
Introdução ao pensamento complexoIntrodução ao pensamento complexo
Introdução ao pensamento complexo
 
Lavelle, louis a presença total
Lavelle, louis   a presença totalLavelle, louis   a presença total
Lavelle, louis a presença total
 
Aula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e Morin
Aula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e MorinAula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e Morin
Aula 06 - Epistemologias contemporâneas modernas - Deleuze e Morin
 
O corte do simbólico publicação blog
O corte do simbólico   publicação blogO corte do simbólico   publicação blog
O corte do simbólico publicação blog
 
Ciência da Lógica 2.pdf
Ciência da Lógica 2.pdfCiência da Lógica 2.pdf
Ciência da Lógica 2.pdf
 
Pedagogia dos monstros os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras
Pedagogia dos monstros   os prazeres e os perigos da confusão de fronteirasPedagogia dos monstros   os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras
Pedagogia dos monstros os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras
 
Ciência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdfCiência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdf
 

Mais de Adilson P Motta Motta

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMACRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMAAdilson P Motta Motta
 
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...Adilson P Motta Motta
 
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...Adilson P Motta Motta
 
As várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdfAs várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdfAdilson P Motta Motta
 
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdfpdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdfAdilson P Motta Motta
 
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdfProjeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdfAdilson P Motta Motta
 
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdfLEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdfAdilson P Motta Motta
 
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdfDESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdfAdilson P Motta Motta
 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEMINTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEMAdilson P Motta Motta
 
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdfLEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdfAdilson P Motta Motta
 
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptxVALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptxAdilson P Motta Motta
 
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdfAdilson P Motta Motta
 
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - maRegimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - maAdilson P Motta Motta
 
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim  maProjeto programa educacao ambiental. bom jardim  ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim maAdilson P Motta Motta
 
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-20131º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013Adilson P Motta Motta
 

Mais de Adilson P Motta Motta (20)

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMACRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
 
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
 
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
 
As várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdfAs várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdf
 
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdfpdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
 
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdfProjeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
 
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdfLEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
 
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdfDESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEMINTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEM
 
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdfLEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
 
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptxVALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
 
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
 
DICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdf
DICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdfDICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdf
DICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdf
 
A gramática do texto.ppt
A gramática do texto.pptA gramática do texto.ppt
A gramática do texto.ppt
 
A importância de falar inglês.ppt
A importância de falar inglês.pptA importância de falar inglês.ppt
A importância de falar inglês.ppt
 
Breve Resumo - Novo Ensino Médio
Breve Resumo -  Novo Ensino MédioBreve Resumo -  Novo Ensino Médio
Breve Resumo - Novo Ensino Médio
 
Frases à cidadania
Frases à cidadaniaFrases à cidadania
Frases à cidadania
 
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - maRegimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - ma
 
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim  maProjeto programa educacao ambiental. bom jardim  ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim ma
 
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-20131º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013
 

Último

FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 

Último (20)

FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 

A diferença na obra de Deleuze

  • 1. O conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze REGINA SCHÖPKE A noção de diferença, na filosofia de Gilles Deleuze, é - no mínimo - uma instância problemática. Num certo sentido, ela é fundamental para a compreensão de toda a sua obra. Mas, o que é exatamente a diferença, em si mesma? Por que Deleuze afirma, de forma contundente, que a razão clássica não pode apreendê-la sem, com isso, destruir a sua natureza "rebelde e anárquica"? Antes de respondermos a tal questão, precisamos levar em consideração o fato de que, ao longo da história da filosofia, a diferença foi continuamente vista como o mais temível dos males (no mínimo, ela causava estranheza e mal-estar por sua capacidade de furtar-se a qualquer tipo de modelo ou regra preestabelecida). Ou bem a diferença era "o além celestial de um entendimento divino inacessível a nosso pensamento representativo, ou o aquém infernal, insondável para nós, de um Oceano de dessemelhança". De um modo ou de outro, a diferença encontrava-se excluída do Ser - como algo que não pertencia a sua essência. Relegada, portanto, ao campo do não-ser, por uma tradição vitoriosa no pensamento ocidental, a diferença viu-se despojada de qualquer aspecto ontológico (ou seja, despojada de uma existência plena, real). Uma vez que a diferença se apresentasse ao pensamento ou à sensação, ela era entendida como algo que alterava, subvertia e destruía o Ser. Apenas quando era submetida aos critérios da "identidade" e da "semelhança" e apenas quando tornava-se diferença entre os corpos (a diferença específica de Aristóteles), ela poderia ser assimilada pela razão - que rejeita tudo aquilo que não está compreendido em um modelo pré-determinado. Antes de continuarmos, porém, precisamos entender como Deleuze define a própria filosofia. Neste caso, especificamente, este não é um procedimento aleatório, que tem apenas por objetivo somar tal informação ao restante de suas idéias. A compreensão de um conceito qualquer, na obra deleuziana, pressupõe a idéia de que todo pensador é, inicialmente, um criador de conceitos. "A filosofia é a arte de inventar, de criar os conceitos"- afirma o filósofo francês. Para ele, todo filósofo cria seu próprio universo conceitual a partir do seu confronto com o mundo ou, mais precisamente, com o caos subjacente a todas as coisas. É a necessidade de não se perder no próprio movimento contínuo das coisas ("nada é mais doloroso, mais angustiante do que um pensamento que escapa a si mesmo") que nos leva a produzir os conceitos. Deleuze sabe o perigo que representa para o pensamento perder-se no caos, na pura diferença, neste "oceano de dessemelhança" - que está no fundo de tudo o que existe. Daí porque é imprescindível que tenhamos regras que nos protejam, que nos impeçam de mergulhar de forma inescapável naquilo que exatamente tencionamos conhecer. Estas regras são os conceitos e é claro que esta afirmação só tem sentido porque, para Deleuze, a diferença é o principio constitutivo da natureza. Ela é primeira com relação à identidade e à semelhança e é também ela que dissolve toda determinação, toda e qualquer estabilidade num mundo que, apenas na aparência, é sólido e permanente. Criar os conceitos ou mesmo inventá-los a partir de outros (mantendo ou não o seu significante) é a tarefa da filosofia - assim como a entende Deleuze. Não existem conceitos "a priori"; todo conceito tem uma história. Todo conceito remete sempre a um campo de problemas (sem o que, ele não teria sentido algum). Desta maneira, enquanto é pensado em termos construtivistas, o conceito pressupõe um plano que lhe dá uma
  • 2. existência autônoma. É o que Deleuze chama de "plano de imanência" - uma espécie de "crivo no caos", uma forma de adquirir uma consistência sem perder-se no infinito no qual o pensamento mergulha. O plano de imanência é, neste sentido, o meio fluido onde os conceitos interagem, afetando e sendo afetados por outros conceitos. "O plano é como um deserto que os conceitos povoam sem partilhar". Mas, os conceitos são as únicas regiões do plano (ainda que seja o plano que lhes garanta consistência e coerência). Para Deleuze, nenhum conceito é simples; ele é sempre uma multiplicidade. Ele sempre remete a outros conceitos. Nenhum filósofo, por mais genial que ele seja, criará um conceito do "nada". É por esta razão que podemos dizer que a diferença, na obra de Deleuze, não deve ser entendida sem levar em conta a carga de negatividade com a qual a história da filosofia sempre a envolveu. Na verdade, Deleuze empreende uma luta sem tréguas contra a própria tradição filosófica, quando tenta definir e apreender a diferença nela mesma. Não se trata de conseguir ou não conceituá-la; trata- se, isto sim, de libertá-la do jugo de uma razão que tende a desqualificar tudo aquilo que ameaça o seu perfeito equilíbrio. Para sermos mais diretos, o conceito de diferença traz consigo uma certa "maldição": a de ter sido sempre colocado do lado do "mal", do "nefasto", do "pernicioso". Não foi Deleuze quem criou este conceito, mas foi certamente ele quem mais fez para tornar a diferença, em si mesma, pensável. Em outras palavras, ele lhe deu um sentido positivo; daí porque não podemos deixar de ligar o conceito de diferença à sua obra (assim como outros filósofos também tiveram os seus nomes associados a determinados conceitos). Mas, o que significa dizer que a diferença foi colocada do lado do "mal"? Significa dizer que, desde os tempos mais remotos, a filosofia sempre demonstrou ter uma espécie de repulsa por tudo aquilo que se modifica, uma repulsa pelo próprio tempo e pela degradação inevitável que ele acarreta nos seres. Não pode haver ciência daquilo que está em perpétua transformação - assim Platão rejeita o mundo sensível em prol de uma existência imutável (a do mundo das essências). A mudança, o rio que não pára de fluir, o movimento incessante das coisas como o próprio ser deste mundo, tudo isto deve ser ignorado pela razão, uma vez que sua natureza estritamente lógica não sabe lidar senão com a semelhança e a identidade nos seres. Para Deleuze, a questão é exatamente poder tornar a diferença objeto do pensamento. Ao invés de colocá-la como algo negativo para o conhecimento, Deleuze (tal como Nietzsche) pretende mostrar que a diferença é o próprio princípio da natureza. Para Deleuze, primeiramente estaria o fundo indiferenciado (indeterminado), o fundo caótico - onde todas as coisas encontram-se misturadas e sem qualquer "identidade". Ao caos seguir-se-ia a ordem, sempre provisória e precária e que não deixa um só instante de sofrer a ação corrosiva e cambiante do tempo. Mas, pensar a diferença requer que a própria razão ultrapasse a si mesma, rompendo com o modelo representativo e com a sua estrutura absolutamente lógica. É preciso que, por um esforço sobre-humano, a razão deixe de ter apenas uma função recognitiva (ou seja, a função de conhecer e "re- conhecer" o mundo e as coisas que a cercam) para apreender a diferença, quer dizer, tudo aquilo que foge aos padrões até agora estabelecidos. É a diferença e não a semelhança a "lei" mais profunda da natureza ("nunca uma folha é completamente idêntica a outra" - afirma Nietzsche e reitera Deleuze). A razão até acredita poder pensar a diferença quando faz dela um puro conceito do entendimento, uma forma vazia, sem qualquer conteúdo exterior. Mas, quando a submetemos às regras da identidade e da semelhança, ou seja, quando obedecemos aos critérios rígidos do raciocínio lógico, nós
  • 3. terminamos por perder a natureza anárquica e subversiva da diferença em si mesma. Isto porque a diferença, nela mesma, não é algo que possa ser objeto de uma representação orgânica. Afinal, representamos sempre aquilo que percebemos, aquilo que apreendemos por intermédio de nossa sensibilidade. A diferença, em si mesma, não é objeto de nossa sensibilidade e em hipótese alguma deve ser confundida com um atributo físico. Estar quente pode ser um diferencial com relação a estar frio, mas a diferença não é ser uma coisa ou outra. A diferença, em si, é algo que só o pensamento pode intuir. Ela é uma relação, um acontecimento, um incorporal. Os termos aqui utilizados, retirados da própria obra deleuziana, demonstram claramente a influência da filosofia estóica sobre o seu pensamento. Um "incorporal" não é algo inexistente, sem qualquer aspecto ontológico. Ele pertence à esfera do transcendental, ou seja, ainda que ele não seja um corpo (e, portanto, não pode ser representado), ele existe ou "insiste" - sendo, para Deleuze, objeto apenas de nosso pensamento. É claro que Deleuze não está negando a existência da diferença enquanto ela se apresenta nos seres, criando uma diversidade inegável. Apenas, ele considera que, uma vez que ela seja "atualizada" na matéria, ela deixa de ser diferença pura para tornar-se um atributo. A sua natureza, sendo primeira e exclusivamente virtual, não pode ser apreendida pela razão clássica - que basicamente opera com os ditames da representação e que são a identidade, a semelhança, a analogia e a oposição. Daí porque, para Deleuze, é necessário que a razão tenha um outro tipo de funcionamento, uma outra forma de apreensão do mundo. Um "neo-racionalismo" é o que propõe este filósofo que figura entre os chamados "filósofos malditos"; uma razão que ultrapasse a si mesma; um segundo e mais nobre funcionamento da razão: o do pensamento. Afinal, o pensamento está para além da razão, mesmo que lhe pertença de alguma maneira (já que não se trata de um irracionalismo). É preciso, portanto, libertar a diferença, retirá-la de sua condição de maldição para o pensamento. Somente assim será possível compreender e apreender a diferença pura - este difícil e profundo conceito deleuziano. Regina Schöpke é graduada em Filosofia pela UERJ, mestra em História Medieval pela UFF e mestranda em Filosofia pela UFRJ. Já ministrou aulas de Filosofia na UFRJ.