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“A linguagem na psicanálise.
Supremacia do simbólico sobre o Imaginário?
Ou melhor: e as conseqüências disso na Clínica?”
“É que agora sinto a necessidade de palavras – e é novo para mim o que escrevo
porque minha verdadeira palavra foi até agora intocada. A palavra é minha quarta
dimensão”. –(Clarice Lispector, em Água Viva, p.12)
Sinto a necessidade de manter o dispositivo utilizado no primeiro texto
de ter como fio condutor no desenvolvimento do trabalho semestral meus
temas de interesse na psicanálise e sua devida conexão com o conteúdo
apresentado nas aulas de formação do CEP, em seus cursos de extensão, e
também a minha própria análise.
Optei seguir, nessa linha, num plano mais aberto de dialogar com o
registro de algumas idéias e elaborações, desapegado da preocupação de
cometer imprecisões sobre conceitos teórico-clínicos da psicanálise, o que me
parece adequado à proposta do CEP e útil nesse momento de formação
Nesse contexto, tentarei articular algumas idéias contidas nos textos
“Narcisismo, uma patologia do nosso tempo”, do Ernesto Duvidovich, “Inveja e
gratidão e Outros Trabalhos (1946-1963)”, de Melanie Klein, “Sobre o
Narcismo: uma Introdução (1914)”, “A teoria da Libido e o Narcisismo”, ambos
de Freud, “O estádio do espelho como formador da função do Eu tal como nos
é revelada na experiência psicanalítica” (1949), de Jacques Lacan, e as
primeiras exposições do seminário teórico “As idéias de Lacan e suas
conseqüências clínicas”, ministrado pela psicanalista Karin de Paula,
notadamente o processo de articulação entre o Real, Imaginário e Simbólico, e
os interessantes livros “O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e fim
do indivíduo”, do filósofo Wladimir Safatle, e “O homem sem gravidade”, do
psicanalista francês Charles Melman.
No primeiro trabalho, “A metáfora: um lugar na psicanálise” sublinhei a
importância da palavra enquanto possibilidade de criação para o sujeito
angustiado, tentando lançar o esboço inicial de um tema que me atraia, e de
conseqüências clínicas empíricas a partir da minha análise, mas sem saber ao
certo onde o tema poderia chegar. Dizia que, se entendíamos bem a aposta de
Freud, a associação livre do paciente (dizer livremente o que lhe viesse à
mente sem roteiros pré-estabelecidos) poderia resgatar derivados do que foi
recalcado. E esses derivados que se apresentam em sonhos, fantasias,
lapsos, atos falhos, e também em “sintomas neuróticos”, serviriam como meios
de dar acesso à consciência, o que anteriormente lhe era negado. Ou seja, a
experiência analítica é um caminho para se lançar hipóteses sobre as
manifestações do inconsciente e, em linhas gerais, sobre a constituição da
subjetividade de cada paciente. E o analista teria responsabilidade de sustentar
esse dispositivo que permite puxar os “fios da meada” num processo de
transferência, para que o paciente perceba os efeitos de falar, de se escutar, e,
sobretudo, fazer “alguma coisa” em relação ao que deriva dessa operação.
Portanto, a partir desse retorno e com o avanço de alguns temas, me
sinto convocado a elaborar de uma forma mais organizada a importância da
linguagem/cultura, na constituição/ restituição do sujeito, e no curso de uma
experiência analítica.
Em 1914, como vimos, Freud escreve "Sobre o Narcisismo: uma
introdução", um texto importante para evolução de sua teoria. Como nos
lembrou Ernesto no texto utilizado como referência, o termo “narcisismo” citado
em linguagem corrente, sugere uma qualificação negativa do sujeito,
excessivamente "enamorado" de sua própria imagem. E, como sabemos, não é
disso que se trata disso.
A utilização deste conceito deu origem a novos desdobramentos no
desenho do aparelho psíquico, porque o colocou como "complemento libidinal
da pulsão de auto-conservação". Sendo que o complemento aí em questão
seria no sentido de expressar a "narcisização do sujeito humano” como via
fundamental de toda possibilidade subjetiva; o ato de estar em um corpo capaz
de acomodar um "Eu" que, uma vez constituído, será veículo de constante
"investimento' para sua manutenção/proteção. Ou seja, temos em Freud a idéia
que o "Eu" (ego) é desenvolvido. Ele não "cai do céu", do nada! (idéia que
retornarei o estádio do espelho, em Lacan). E, em termos econômicos dentro
da metapsicologia do projeto Freudiano, que me parece ser o caso, a libido
(sempre constante) seria direcionada como investimento nesse "Eu" (ego) ou/e
em objetos (outros), fato que contribuiria, inclusive, para a definição de
algumas estruturas clínicas. Freud nos oferece alguns exemplos prosaicos:
alguém muito apaixonado, que passou por um “afrouxamento” de seu amor
próprio, e até um rebaixamento cognitivo, ao "investir tudo" na pessoa amada
(objeto). Um sujeito com uma terrível dor dente, cujo grosso do investimento é
direcionado ao Eu (ego) para se concentrar no enfrentamento da dor,
ocasionando parecido rebaixamento do mundo exterior, etc. Portanto, nessa
perspectiva, o narcisismo seria tão velho quanto o primeiro ser humano, porque
atuaria como um operador universal do psiquismo humano, o que me parece
muito interessante, e contrapõe algo sugestivo, como um transtorno de
exibição performática do nosso ou de um determinado tempo. Uso as palavras
do Ernesto para endereçar bem esse impasse, “primeiro que o narcisismo não
é patológico, muito pelo contrário, é tão necessário para o próprio processo de
subjetivação do sujeito, que a falta dele – no sentido adjetivado - é tão
prejudicial ao sujeito quanto a sua sobra”.
Também acho que a partir dessa perspectiva é preciso capitular uma
diferença importante no humano, do que separa radicalmente o homem e os
outros animais: a relação com os objetos! A entrada no campo da linguagem.
Um alguém que nasce no meio (porque era “falado” antes de nascer), e será
inserido culturalmente, constituindo uma gramática particular para dialogar com
o mundo. Porque o instinto animal impõe, enquanto necessidade, a busca de
um objeto pré-determinado, e de caráter inegociável. Não convidamos nosso
cãozinho de estimação para ir ao supermercado para ele escolher a próxima
refeição! Ao passo que a pulsão (exclusivamente humana) teria esse caráter
mais “plástico”, “negociável”, e intermediado pela linguagem/cultura, o que
confere todo um manancial de repercussões afetivas e traços no sujeito: culpa,
impasses, descontentamentos, dúvidas, compulsões, recusas, etc. Ousaria
dizer que pagamos um preço aos sermos sujeitos da linguagem!
Voltando ao bebê e à Melanie Klein, me fixou a iconoclasta idéia (por
nunca ter me ocorrido!) que, à parte sua importantíssima contribuição no
campo das fontes mais arcaicas de constituição do Eu e como opera o
inconsciente infantil, ser bebê é uma experiência dolorosa e aterrorizante.
Porque passamos por uma jornada de caos sensorial, de total dependência dos
outros, de ampla precariedade simbólica para lidar com os acontecimentos, e
de uma busca desesperada e incessante para evitar o desprazer, e estar sob o
efeito de um estado de nirvana (seio bom/prazer/aconchego/proteção/sono),
que jamais será reeditado com exatidão (?), embora almejado possivelmente, e
inconscientemente, ainda na vida adulta.
Poderia dizer que são experiências singulares e fundadoras, porque
surgem do desamparo diante da função materna, ou algum déficit de
atenção/proteção, cujas demandas não atendidas a partir da urgência caótica
do bebe, “marcam” o corpo e são “tomadas” de alguma forma, e desempenham
algum papel na constituição do eu.
Poderíamos pensar que esse efeito (adicionado a outros) contribuiria na
montagem de uma estrutura da neurose, no qual o sujeito passaria a constituir
substitutos ("outras mães"), que lhe garantam alguma integridade narcísica,
atendam suas demandas de amor/proteção e, sobretudo, a possibilidade de
retorno a experiências inalcançáveis em corpo, o retorno ao “bebê majestade”
(termo de Freud), e outras sensações idealizáveis e fantasmáticas do gênero.
Já em Lacan, no texto sobre o estádio do espelho, o autor nos provoca a
pensar na constituição do Eu a partir de um evento de extrema importância
para o psiquismo: a experiência do bebê reconhecendo sua imagem no
espelho a partir, sobretudo, das conseqüências desse acontecimento. Registro
que Lacan fala em “jubilo da criança” no texto, que me fez entender que a
imagem serviria para colocar uma ordem no caos sensorial do bebê (citado
acima, na referência à Klein). Uma imagem tranqüilizadora de uma integração
que acalma, mas na verdade, ilude e aliena, seja pelo contraste entre a
imagem unificada do corpo e a impotência motora, seja pela fixação do sujeito
em uma miragem - o eu do desconhecimento, do imaginário (?). Portanto, o
estádio do espelho aparecia como uma matriz simbólica da constituição do Eu
desenhando um primeiro esboço de subjetividade.
Dentro dessa perspectiva, de um “Eu” não biológico que se constitui
dentro de uma determinada dinâmica singular, proporia pensar que somos
sempre uma obra inacabada, e há sempre algo por vir. Ou seja, nascemos com
um projeto anterior em curso, um nome que ganhamos sem pedir, uma
expectativa familiar que nos responsabiliza, um “mandato” que nos coloca em
algum lugar na família e na sociedade, e etc. E quando partimos (a única
certeza, com conseqüências que não serão exploradas aqui), é certo que muito
não terá sido feito. Quando Freud fala em "complexo de Édipo" me parece que
é uma idéia que não pode ser tratada no universal. Melhor, a única
universalidade possível é o “caso a caso”. Mas é falar de um enlace em uma
trama familiar que nos dá acesso a um lugar, uma passagem para a cultura,
valores que vão nos inscrever no mundo afetivo à luz de mitos familiares e
sociais de nossa própria história. Ou seja, uma forma inescapável de nos
situarmos ancorados em uma legislação interna que gera adequação e
contorno, mas também conflito. Porque põe a vida em marcha a partir de uma
contradição insuperável. Somos extremamente narcisistas ao mesmo tempo
em que precisamos do outro! E, nos restaria lidar com isso, o que bastante
coisa.
Nesse contexto, ousaria dizer que há um momento em que a
consciência precisa se angustiar. Com o propósito de redimensionar a
experiência da vida. Um estágio que marque o desabamento de imagens de
um mundo, e o erguimento de outro, que permita novas ações, desejos e
movimentos. Diria que é um recorte importante esse das identidades, e da
servidão voluntária a um ideal do “Eu”. Remete a refletir no que foi necessário
acontecer para sermos reconhecidos como predicados e atributos, e o que
tivemos que perder para isso. Porque se as relações sociais servem para
"confirmar" os predicados que sou cooptado a exibir socialmente, ou fantasio
querer/ter, haveria um caminho clínico de manter a “inflação desse eu” como
efeito terapêutico que poderia dar conta do sofrimento. O que me parece ser
radicalmente o oposto do que a psicanálise propõe! No entanto, e nessa
perspectiva, há um movimento na ordem da cultura (simbólico), especulando
sobre o mundo atual, que inscreve os sujeitos em outros lugares, enlaçados em
outras formas de dívidas simbólicos (talvez demasiadamente
“desinflacionadas””) e em outros mandatos, que não sabemos ao certo também
onde vai dar.
Charles Melman vai por esse caminho, e defende a existência de uma
nova economia psíquica advinda da passagem de uma anterior sociedade
organizada pelo recalque e agora marcada pela exibição exacerbada, e
desavergonhada, das formas de gozo. Não é mais possível hoje abrir uma
revista, visitar um site, admirar heróis e personagens de nossa sociedade sem
que eles estejam marcados pelo estado específico de uma exibição de gozo.
Isso implica deveres radicalmente novos, impossibilidades, dificuldades e,
sobretudo, sofrimentos diferentes - mesmas estruturas (?).
Creio ser esse um ponto de aproximação do que entendo ser a
radicalidade da clínica Lacaniana a partir de minhas recentes e iniciais
apropriações. Porque uma aposta valiosa e, talvez mais efetiva, não seria de
confirmação, mas de desconstrução do sujeito (esse sim, dividido), no sentido
de fazer narrá-lo de forma diferente do que se narrava, sonhando “outros
sonhos”, indo fora dos seus interesses óbvios, dos seus desejos conhecidos e
repetitivos, e no limite de sua imagem atual, na medida em que ele se abre
para algo além do que se reconhece. Ou seja, seria uma aposta critica a esses
afetos que colonizam o sujeito, o medo do outro como ameaça à sua minha
identidade, e reconhecer o que é involuntário são figurar da maior liberdade.
Ou seja, liberdade não seria o livre arbítrio, e sim descobrir de fato quais são os
desejos em jogo.
Como arremate, não pensando em desfecho, mas algo que mereceu o
título do trabalho e talvez possa ser continuado, ficaria com algo que me ecoou
com demasiada força. Em Lacan, em algum momento, teríamos a formulação
que o Simbólico tem supremacia sobre o Imaginário, porque justamente é a
linguagem que interfere (e corta!) o imaginário, e provavelmente há importantes
conseqüências clínicas nessa equação (inacabado porque me escapa como
isso se desdobrou na teoria).
Lacan ao longo de sua jornada psicanalítica introduz o ternário (Real -
Simbólico - Imaginário) no campo analítico e ao fim o identifica a um nó borro-
meano de três elos. É um assunto bastante denso, mas como entendi se trata
de três registros psíquicos na constituição o sujeito. O registro do simbólico que
é o lugar da linguagem/cultura. O imaginário, da relação dual com a imagem
especular eu/outro - o sujeito só consegue se constituir diante da confirmação
dada pelo olhar "demandante" do outro. E o real, tudo o que não pôde ser
simbolizado. Lanço uma metáfora ousando explicar essa articulação: uma
situação aterrorizante de um desastre natural. O sujeito se encontra em uma
praia quando aparece um surpreendente Tsunami. Ele sobrevive! A experiência
estará guardada e inominada. E exatamente quanto ele constitui a narrativa
que enlaça ele na experiência (fantasia/invenção) é que o horror (real) perde a
potência.
Em uma escala corriqueira, não são assim os fatos do dia-a-dia?
Maledicências, pavores, frustrações, invejas, medos, dissabores, ameaças de
toda ordem e etc. A angústia (o real) que convoca o sujeito a elaborar e "dizer
sobre" (o simbólico) "corta" o que tinha sido apreendido (imaginário), dando
outros significados, podendo remover sintomas e vencer fantasmas do sujeito.
Bom exemplo também é o quadro "O grito". Ao pintá-lo, Edvard Munch pôde
expressar (simbólico) algum processo de angústia (real) através de um grito.
Sem som!

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O corte do simbólico publicação blog

  • 1. “A linguagem na psicanálise. Supremacia do simbólico sobre o Imaginário? Ou melhor: e as conseqüências disso na Clínica?” “É que agora sinto a necessidade de palavras – e é novo para mim o que escrevo porque minha verdadeira palavra foi até agora intocada. A palavra é minha quarta dimensão”. –(Clarice Lispector, em Água Viva, p.12)
  • 2. Sinto a necessidade de manter o dispositivo utilizado no primeiro texto de ter como fio condutor no desenvolvimento do trabalho semestral meus temas de interesse na psicanálise e sua devida conexão com o conteúdo apresentado nas aulas de formação do CEP, em seus cursos de extensão, e também a minha própria análise. Optei seguir, nessa linha, num plano mais aberto de dialogar com o registro de algumas idéias e elaborações, desapegado da preocupação de cometer imprecisões sobre conceitos teórico-clínicos da psicanálise, o que me parece adequado à proposta do CEP e útil nesse momento de formação Nesse contexto, tentarei articular algumas idéias contidas nos textos “Narcisismo, uma patologia do nosso tempo”, do Ernesto Duvidovich, “Inveja e gratidão e Outros Trabalhos (1946-1963)”, de Melanie Klein, “Sobre o Narcismo: uma Introdução (1914)”, “A teoria da Libido e o Narcisismo”, ambos de Freud, “O estádio do espelho como formador da função do Eu tal como nos é revelada na experiência psicanalítica” (1949), de Jacques Lacan, e as primeiras exposições do seminário teórico “As idéias de Lacan e suas conseqüências clínicas”, ministrado pela psicanalista Karin de Paula, notadamente o processo de articulação entre o Real, Imaginário e Simbólico, e os interessantes livros “O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e fim do indivíduo”, do filósofo Wladimir Safatle, e “O homem sem gravidade”, do psicanalista francês Charles Melman. No primeiro trabalho, “A metáfora: um lugar na psicanálise” sublinhei a importância da palavra enquanto possibilidade de criação para o sujeito angustiado, tentando lançar o esboço inicial de um tema que me atraia, e de conseqüências clínicas empíricas a partir da minha análise, mas sem saber ao
  • 3. certo onde o tema poderia chegar. Dizia que, se entendíamos bem a aposta de Freud, a associação livre do paciente (dizer livremente o que lhe viesse à mente sem roteiros pré-estabelecidos) poderia resgatar derivados do que foi recalcado. E esses derivados que se apresentam em sonhos, fantasias, lapsos, atos falhos, e também em “sintomas neuróticos”, serviriam como meios de dar acesso à consciência, o que anteriormente lhe era negado. Ou seja, a experiência analítica é um caminho para se lançar hipóteses sobre as manifestações do inconsciente e, em linhas gerais, sobre a constituição da subjetividade de cada paciente. E o analista teria responsabilidade de sustentar esse dispositivo que permite puxar os “fios da meada” num processo de transferência, para que o paciente perceba os efeitos de falar, de se escutar, e, sobretudo, fazer “alguma coisa” em relação ao que deriva dessa operação. Portanto, a partir desse retorno e com o avanço de alguns temas, me sinto convocado a elaborar de uma forma mais organizada a importância da linguagem/cultura, na constituição/ restituição do sujeito, e no curso de uma experiência analítica. Em 1914, como vimos, Freud escreve "Sobre o Narcisismo: uma introdução", um texto importante para evolução de sua teoria. Como nos lembrou Ernesto no texto utilizado como referência, o termo “narcisismo” citado em linguagem corrente, sugere uma qualificação negativa do sujeito, excessivamente "enamorado" de sua própria imagem. E, como sabemos, não é disso que se trata disso. A utilização deste conceito deu origem a novos desdobramentos no desenho do aparelho psíquico, porque o colocou como "complemento libidinal da pulsão de auto-conservação". Sendo que o complemento aí em questão
  • 4. seria no sentido de expressar a "narcisização do sujeito humano” como via fundamental de toda possibilidade subjetiva; o ato de estar em um corpo capaz de acomodar um "Eu" que, uma vez constituído, será veículo de constante "investimento' para sua manutenção/proteção. Ou seja, temos em Freud a idéia que o "Eu" (ego) é desenvolvido. Ele não "cai do céu", do nada! (idéia que retornarei o estádio do espelho, em Lacan). E, em termos econômicos dentro da metapsicologia do projeto Freudiano, que me parece ser o caso, a libido (sempre constante) seria direcionada como investimento nesse "Eu" (ego) ou/e em objetos (outros), fato que contribuiria, inclusive, para a definição de algumas estruturas clínicas. Freud nos oferece alguns exemplos prosaicos: alguém muito apaixonado, que passou por um “afrouxamento” de seu amor próprio, e até um rebaixamento cognitivo, ao "investir tudo" na pessoa amada (objeto). Um sujeito com uma terrível dor dente, cujo grosso do investimento é direcionado ao Eu (ego) para se concentrar no enfrentamento da dor, ocasionando parecido rebaixamento do mundo exterior, etc. Portanto, nessa perspectiva, o narcisismo seria tão velho quanto o primeiro ser humano, porque atuaria como um operador universal do psiquismo humano, o que me parece muito interessante, e contrapõe algo sugestivo, como um transtorno de exibição performática do nosso ou de um determinado tempo. Uso as palavras do Ernesto para endereçar bem esse impasse, “primeiro que o narcisismo não é patológico, muito pelo contrário, é tão necessário para o próprio processo de subjetivação do sujeito, que a falta dele – no sentido adjetivado - é tão prejudicial ao sujeito quanto a sua sobra”. Também acho que a partir dessa perspectiva é preciso capitular uma diferença importante no humano, do que separa radicalmente o homem e os
  • 5. outros animais: a relação com os objetos! A entrada no campo da linguagem. Um alguém que nasce no meio (porque era “falado” antes de nascer), e será inserido culturalmente, constituindo uma gramática particular para dialogar com o mundo. Porque o instinto animal impõe, enquanto necessidade, a busca de um objeto pré-determinado, e de caráter inegociável. Não convidamos nosso cãozinho de estimação para ir ao supermercado para ele escolher a próxima refeição! Ao passo que a pulsão (exclusivamente humana) teria esse caráter mais “plástico”, “negociável”, e intermediado pela linguagem/cultura, o que confere todo um manancial de repercussões afetivas e traços no sujeito: culpa, impasses, descontentamentos, dúvidas, compulsões, recusas, etc. Ousaria dizer que pagamos um preço aos sermos sujeitos da linguagem! Voltando ao bebê e à Melanie Klein, me fixou a iconoclasta idéia (por nunca ter me ocorrido!) que, à parte sua importantíssima contribuição no campo das fontes mais arcaicas de constituição do Eu e como opera o inconsciente infantil, ser bebê é uma experiência dolorosa e aterrorizante. Porque passamos por uma jornada de caos sensorial, de total dependência dos outros, de ampla precariedade simbólica para lidar com os acontecimentos, e de uma busca desesperada e incessante para evitar o desprazer, e estar sob o efeito de um estado de nirvana (seio bom/prazer/aconchego/proteção/sono), que jamais será reeditado com exatidão (?), embora almejado possivelmente, e inconscientemente, ainda na vida adulta. Poderia dizer que são experiências singulares e fundadoras, porque surgem do desamparo diante da função materna, ou algum déficit de atenção/proteção, cujas demandas não atendidas a partir da urgência caótica
  • 6. do bebe, “marcam” o corpo e são “tomadas” de alguma forma, e desempenham algum papel na constituição do eu. Poderíamos pensar que esse efeito (adicionado a outros) contribuiria na montagem de uma estrutura da neurose, no qual o sujeito passaria a constituir substitutos ("outras mães"), que lhe garantam alguma integridade narcísica, atendam suas demandas de amor/proteção e, sobretudo, a possibilidade de retorno a experiências inalcançáveis em corpo, o retorno ao “bebê majestade” (termo de Freud), e outras sensações idealizáveis e fantasmáticas do gênero. Já em Lacan, no texto sobre o estádio do espelho, o autor nos provoca a pensar na constituição do Eu a partir de um evento de extrema importância para o psiquismo: a experiência do bebê reconhecendo sua imagem no espelho a partir, sobretudo, das conseqüências desse acontecimento. Registro que Lacan fala em “jubilo da criança” no texto, que me fez entender que a imagem serviria para colocar uma ordem no caos sensorial do bebê (citado acima, na referência à Klein). Uma imagem tranqüilizadora de uma integração que acalma, mas na verdade, ilude e aliena, seja pelo contraste entre a imagem unificada do corpo e a impotência motora, seja pela fixação do sujeito em uma miragem - o eu do desconhecimento, do imaginário (?). Portanto, o estádio do espelho aparecia como uma matriz simbólica da constituição do Eu desenhando um primeiro esboço de subjetividade. Dentro dessa perspectiva, de um “Eu” não biológico que se constitui dentro de uma determinada dinâmica singular, proporia pensar que somos sempre uma obra inacabada, e há sempre algo por vir. Ou seja, nascemos com um projeto anterior em curso, um nome que ganhamos sem pedir, uma expectativa familiar que nos responsabiliza, um “mandato” que nos coloca em
  • 7. algum lugar na família e na sociedade, e etc. E quando partimos (a única certeza, com conseqüências que não serão exploradas aqui), é certo que muito não terá sido feito. Quando Freud fala em "complexo de Édipo" me parece que é uma idéia que não pode ser tratada no universal. Melhor, a única universalidade possível é o “caso a caso”. Mas é falar de um enlace em uma trama familiar que nos dá acesso a um lugar, uma passagem para a cultura, valores que vão nos inscrever no mundo afetivo à luz de mitos familiares e sociais de nossa própria história. Ou seja, uma forma inescapável de nos situarmos ancorados em uma legislação interna que gera adequação e contorno, mas também conflito. Porque põe a vida em marcha a partir de uma contradição insuperável. Somos extremamente narcisistas ao mesmo tempo em que precisamos do outro! E, nos restaria lidar com isso, o que bastante coisa. Nesse contexto, ousaria dizer que há um momento em que a consciência precisa se angustiar. Com o propósito de redimensionar a experiência da vida. Um estágio que marque o desabamento de imagens de um mundo, e o erguimento de outro, que permita novas ações, desejos e movimentos. Diria que é um recorte importante esse das identidades, e da servidão voluntária a um ideal do “Eu”. Remete a refletir no que foi necessário acontecer para sermos reconhecidos como predicados e atributos, e o que tivemos que perder para isso. Porque se as relações sociais servem para "confirmar" os predicados que sou cooptado a exibir socialmente, ou fantasio querer/ter, haveria um caminho clínico de manter a “inflação desse eu” como efeito terapêutico que poderia dar conta do sofrimento. O que me parece ser radicalmente o oposto do que a psicanálise propõe! No entanto, e nessa
  • 8. perspectiva, há um movimento na ordem da cultura (simbólico), especulando sobre o mundo atual, que inscreve os sujeitos em outros lugares, enlaçados em outras formas de dívidas simbólicos (talvez demasiadamente “desinflacionadas””) e em outros mandatos, que não sabemos ao certo também onde vai dar. Charles Melman vai por esse caminho, e defende a existência de uma nova economia psíquica advinda da passagem de uma anterior sociedade organizada pelo recalque e agora marcada pela exibição exacerbada, e desavergonhada, das formas de gozo. Não é mais possível hoje abrir uma revista, visitar um site, admirar heróis e personagens de nossa sociedade sem que eles estejam marcados pelo estado específico de uma exibição de gozo. Isso implica deveres radicalmente novos, impossibilidades, dificuldades e, sobretudo, sofrimentos diferentes - mesmas estruturas (?). Creio ser esse um ponto de aproximação do que entendo ser a radicalidade da clínica Lacaniana a partir de minhas recentes e iniciais apropriações. Porque uma aposta valiosa e, talvez mais efetiva, não seria de confirmação, mas de desconstrução do sujeito (esse sim, dividido), no sentido de fazer narrá-lo de forma diferente do que se narrava, sonhando “outros sonhos”, indo fora dos seus interesses óbvios, dos seus desejos conhecidos e repetitivos, e no limite de sua imagem atual, na medida em que ele se abre para algo além do que se reconhece. Ou seja, seria uma aposta critica a esses afetos que colonizam o sujeito, o medo do outro como ameaça à sua minha identidade, e reconhecer o que é involuntário são figurar da maior liberdade. Ou seja, liberdade não seria o livre arbítrio, e sim descobrir de fato quais são os desejos em jogo.
  • 9. Como arremate, não pensando em desfecho, mas algo que mereceu o título do trabalho e talvez possa ser continuado, ficaria com algo que me ecoou com demasiada força. Em Lacan, em algum momento, teríamos a formulação que o Simbólico tem supremacia sobre o Imaginário, porque justamente é a linguagem que interfere (e corta!) o imaginário, e provavelmente há importantes conseqüências clínicas nessa equação (inacabado porque me escapa como isso se desdobrou na teoria). Lacan ao longo de sua jornada psicanalítica introduz o ternário (Real - Simbólico - Imaginário) no campo analítico e ao fim o identifica a um nó borro- meano de três elos. É um assunto bastante denso, mas como entendi se trata de três registros psíquicos na constituição o sujeito. O registro do simbólico que é o lugar da linguagem/cultura. O imaginário, da relação dual com a imagem especular eu/outro - o sujeito só consegue se constituir diante da confirmação dada pelo olhar "demandante" do outro. E o real, tudo o que não pôde ser simbolizado. Lanço uma metáfora ousando explicar essa articulação: uma situação aterrorizante de um desastre natural. O sujeito se encontra em uma praia quando aparece um surpreendente Tsunami. Ele sobrevive! A experiência estará guardada e inominada. E exatamente quanto ele constitui a narrativa que enlaça ele na experiência (fantasia/invenção) é que o horror (real) perde a potência. Em uma escala corriqueira, não são assim os fatos do dia-a-dia? Maledicências, pavores, frustrações, invejas, medos, dissabores, ameaças de toda ordem e etc. A angústia (o real) que convoca o sujeito a elaborar e "dizer sobre" (o simbólico) "corta" o que tinha sido apreendido (imaginário), dando outros significados, podendo remover sintomas e vencer fantasmas do sujeito.
  • 10. Bom exemplo também é o quadro "O grito". Ao pintá-lo, Edvard Munch pôde expressar (simbólico) algum processo de angústia (real) através de um grito. Sem som!