Este documento apresenta uma revisão teórica sobre a morte, abordando como diferentes culturas ao longo da história lidaram com a morte e como a percepção da morte mudou com o tempo. O documento discute a relação dos antigos egípcios, gregos, hindus e outros povos com a morte, e como a Idade Média trouxe um maior medo da morte. Também analisa como a medicalização e individualismo modernos alteraram a forma como as pessoas lidam com a morte nos dias de hoje.
O documento discute a evolução histórica da percepção da morte na medicina e sociedade, desde a Idade Média até os dias atuais. A morte era algo público até o século XIX, quando passou a ser vista cientificamente como instrumento para se aprender sobre a vida e doenças. Nos anos 1960, pesquisadores passaram a estudar as mudanças nas práticas e representações sobre a morte. Atualmente, a psicologia estuda temas como a morte na família, ensino e compreensão da mortalidade.
O documento discute várias perspectivas sobre a morte ao longo da história e em diferentes filosofias. Aborda a morte como um fim inevitável, um desprendimento do espírito do corpo, e como vista por religiões, Orfismo, Platão, Schopenhauer e existencialistas como Heidegger e Sartre.
Este documento discute os rituais funerários e o processo de luto ao longo da história em diferentes culturas. Aborda como os rituais ajudam as pessoas a lidar com a perda e como o processo de luto varia entre culturas. Também analisa patologias do luto como a ausência de luto, luto crônico e estresse pós-traumático.
Este documento discute espiritualidade, morte e luto em três frases ou menos:
1) A espiritualidade é importante para a saúde dos pacientes e proporciona significado e esperança durante a doença e morte.
2) O luto é um processo normal de elaboração da perda que passa por etapas como choque, desespero e saudade até a reorganização.
3) Os médicos devem considerar a dimensão espiritual dos pacientes para entendê-los como pessoas completas e não apenas doenças.
O documento discute as representações culturais do nascimento e morte em diversas partes do mundo. Aborda os rituais de nascimento e morte na África, como na Costa do Marfim, onde o luto é expresso publicamente e os corpos são expostos de acordo com a personalidade da pessoa. Também descreve os rituais de nascimento e cremação no Bali, onde bebês são vistos como divindades e a cremação é realizada após 25 anos enterrado na floresta.
O documento discute a perspectiva histórica da morte e como ela foi vista ao longo dos séculos, desde sociedades antigas até a atualidade. Também aborda conceitos de morte de acordo com filósofos e a visão médica, além de explicar os sentimentos, pensamentos e comportamentos comuns no processo de luto e suas diferentes fases ou tarefas.
O documento discute a finitude humana e a mortalidade. Apresenta que a morte faz parte da existência humana e não deve ser vista como um fracasso. Também aborda os desafios da velhice e do luto, e a importância de lidar com a morte e a perda de forma saudável.
O documento discute a evolução histórica da percepção da morte na medicina e sociedade, desde a Idade Média até os dias atuais. A morte era algo público até o século XIX, quando passou a ser vista cientificamente como instrumento para se aprender sobre a vida e doenças. Nos anos 1960, pesquisadores passaram a estudar as mudanças nas práticas e representações sobre a morte. Atualmente, a psicologia estuda temas como a morte na família, ensino e compreensão da mortalidade.
O documento discute várias perspectivas sobre a morte ao longo da história e em diferentes filosofias. Aborda a morte como um fim inevitável, um desprendimento do espírito do corpo, e como vista por religiões, Orfismo, Platão, Schopenhauer e existencialistas como Heidegger e Sartre.
Este documento discute os rituais funerários e o processo de luto ao longo da história em diferentes culturas. Aborda como os rituais ajudam as pessoas a lidar com a perda e como o processo de luto varia entre culturas. Também analisa patologias do luto como a ausência de luto, luto crônico e estresse pós-traumático.
Este documento discute espiritualidade, morte e luto em três frases ou menos:
1) A espiritualidade é importante para a saúde dos pacientes e proporciona significado e esperança durante a doença e morte.
2) O luto é um processo normal de elaboração da perda que passa por etapas como choque, desespero e saudade até a reorganização.
3) Os médicos devem considerar a dimensão espiritual dos pacientes para entendê-los como pessoas completas e não apenas doenças.
O documento discute as representações culturais do nascimento e morte em diversas partes do mundo. Aborda os rituais de nascimento e morte na África, como na Costa do Marfim, onde o luto é expresso publicamente e os corpos são expostos de acordo com a personalidade da pessoa. Também descreve os rituais de nascimento e cremação no Bali, onde bebês são vistos como divindades e a cremação é realizada após 25 anos enterrado na floresta.
O documento discute a perspectiva histórica da morte e como ela foi vista ao longo dos séculos, desde sociedades antigas até a atualidade. Também aborda conceitos de morte de acordo com filósofos e a visão médica, além de explicar os sentimentos, pensamentos e comportamentos comuns no processo de luto e suas diferentes fases ou tarefas.
O documento discute a finitude humana e a mortalidade. Apresenta que a morte faz parte da existência humana e não deve ser vista como um fracasso. Também aborda os desafios da velhice e do luto, e a importância de lidar com a morte e a perda de forma saudável.
O documento fornece uma perspectiva histórica da morte ao longo dos tempos, desde as sociedades antigas até a atualidade. Aborda também conceitos de morte de acordo com diferentes filósofos e modelos do processo de luto, incluindo fases e tarefas do luto.
O documento discute várias perspectivas filosóficas sobre a morte, incluindo Sócrates, Epicuro, Montaigne, Heidegger e Sartre. Também aborda temas como a medicalização da morte, eutanásia, criogenia e o impacto da exploração dos recursos naturais na mortalidade humana e animal.
O documento discute as perspectivas de profissionais de saúde sobre a morte no contexto hospitalar, enfatizando a importância do apoio multidisciplinar aos pacientes terminais e suas famílias. Também aborda os desafios em lidar com a dor total dos pacientes e as atitudes necessárias para compreender a finitude humana com compaixão.
Os aspectos religiosos envolvidos no processo de morte e luto.PrLinaldo Junior
1) O documento discute os aspectos religiosos envolvidos no processo de morte e luto, com foco na perspectiva cristã.
2) É destacado que o ser humano é naturalmente religioso e busca conforto espiritual em momentos difíceis.
3) A religião pode ajudar no processo de luto ao oferecer esperança na vida após a morte de acordo com as escrituras cristãs.
O documento discute os conceitos de morte, luto e finitude. Aborda a importância de se falar sobre a morte desde o início do tratamento, não apenas na fase terminal, e de acompanhar o paciente e sua família. Também apresenta as cinco fases pelo as quais pacientes terminais passam segundo Elizabeth Kübler-Ross: negação, indignação, barganha, depressão e aceitação.
O documento discute a morte e o processo de morrer de três perspectivas:
1) Conceitos de morte como o cessar irreversível de funções vitais e do cérebro.
2) Histórico da visão da morte ao longo dos séculos, da Grécia Antiga à atualidade.
3) Desafios atuais como a medicalização excessiva da morte e a necessidade de recuperar o seu sentido de naturalidade.
O documento discute os desafios que profissionais de saúde enfrentam ao lidar com a morte de pacientes. A formação médica enfatiza cura e salvar vidas, tornando a morte um fracasso. Além disso, a cultura ocidental evita discutir a morte, dificultando o treinamento de médicos para cuidar de pacientes terminais. O documento defende que discutir a morte na educação médica pode ajudar profissionais a lidarem melhor com a finitude humana.
O documento discute conceitos de morte, tipos de morte e estágios de reação à morte. Aborda também a gestão de pacientes terminais, incluindo morrer no hospital ou em casa, e o processo de luto após a perda de um ente querido.
1) O documento discute a morte e o morrer no contexto da prática do psicólogo hospitalar, especialmente como pacientes e familiares lidam com sentimentos intensos diante do processo do adoecimento e da possibilidade da morte.
2) Na sociedade moderna, encarar a própria mortalidade ou a de entes queridos é quase insuportável, mas o adoecimento aproxima as pessoas de reflexões sobre a finitude humana.
3) O texto argumenta que, ao invés de se focar apenas no passado feliz
- A morte é um fenômeno natural que causa medo e ansiedade, especialmente quando se trata da própria morte.
- As atitudes em relação à morte mudam ao longo da vida, desde a visão ingênua da criança até a aceitação madura na idade adulta.
- É importante preparar pacientes terminais e seus familiares para o processo de morrer de forma a diminuir o sofrimento.
Este documento apresenta uma introdução ao curso de Tanatologia, que estuda a morte e suas manifestações. O curso não abordará vida após a morte, proselitismo religioso ou terapia individual. Ele oferecerá um espaço para falar sobre a morte, romper estereótipos e refletir sobre como a experiência com a morte influencia a vida e o trabalho. A tanatologia é uma área transdisciplinar que analisa a morte sob diferentes perspectivas acadêmicas como antropologia, sociologia, psicologia e filosofia.
O documento discute a finitude da vida humana e a inevitabilidade da morte. A vida é descrita como uma expressão da finitude e sofrimento, enquanto a morte é vista como uma companheira constante. Embora lutemos contra a morte, é natural e parte da existência humana. Devemos aceitar nossa natureza finita, mas também a imortalidade da alma.
Este documento apresenta um estudo de caso sobre o processo de elaboração do luto em um paciente com diagnóstico de esquizofrenia. O estudo analisa as dificuldades e recursos emocionais de um paciente de 18 anos que sofreu múltiplas perdas ao longo de sua vida no contexto de seu diagnóstico de esquizofrenia. O estudo conclui que o paciente apresentava pouca capacidade de elaborar o luto devido aos prejuízos emocionais causados pela doença e histórico de perdas.
O documento discute a relação entre profissionais de saúde e morte, enfatizando a importância de aceitar a morte como um processo natural ao invés de tratá-la apenas como doença. Também defende que é necessário humanizar os cuidados aos moribundos, respeitando sua autonomia e realizando seus rituais finais de vida, ao invés de medicalizá-los desnecessariamente.
Estará a causa de morte relacionada com o sofrimento após a desencarnação?ADEP Portugal
Poster sobre análise de dados recolhidos em sessões experimentais de auxílio espiritual através da mediunidade.
Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal (ADEP).
Análise de dados no período de tempo descrito.
Aula 3 tanatologia christus pensar o impensávelErasmo Ruiz
O documento discute a morte e como pensá-la, incluindo a consciência de si e do indivíduo versus a espécie. Também aborda como a sociedade usa ritos para lidar com a morte e como a consciência experiencia a morte através da perda de outros. Finalmente, descreve os estágios de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação por que os pacientes terminais passam, segundo Elizabeth Kübler-Ross.
Minicurso - A Morte no ensino das Ciências da Vida (1ª aula)Mario Amorim
O documento discute a relação da cultura ocidental com a morte ao longo da história, desde a aceitação nos tempos antigos até o tabu moderno. Também apresenta diferentes concepções de morte e questiona se a escola deveria abordar o tema.
O documento discute a vida após a morte e o processo de morrer. Aborda temas como medo da morte, luto, estágios da aceitação da morte segundo Kübler-Ross, sensações no momento da morte e após a desencarnação do espírito, incluindo o estado do espírito sem o corpo físico.
Religião e morte para entender os egipciosFabio Santos
O documento discute as perspectivas históricas da morte no Egito Antigo. Resume como os egípcios viam a morte como uma passagem para o mundo dos deuses, onde a alma seria julgada por Osíris e outros deuses. Seu coração seria pesado e, se fosse puro, poderia renascer. O documento também explica como a religião egípcia impregnava todos os aspectos da vida e como os deuses eram ligados à natureza e aos animais.
A CONCEPÇÃO DE MORTE NUMA PERSPECTIVA ESPAÇO-TEMPORAL: O MORRER NA MESOPOTÂM...Pedro Torres
Este documento discute as representações da morte na Mesopotâmia antiga e na sociedade contemporânea. Na Mesopotâmia, a morte era vista como uma travessia para outro mundo e os rituais funerários cuidavam para que nada faltasse nessa jornada. Hoje, a morte é um tabu e é evitada, rompendo com a familiaridade do passado. A influência do cristianismo também separou a vida e a morte, vista agora como uma passagem para a vida eterna.
O documento fornece uma perspectiva histórica da morte ao longo dos tempos, desde as sociedades antigas até a atualidade. Aborda também conceitos de morte de acordo com diferentes filósofos e modelos do processo de luto, incluindo fases e tarefas do luto.
O documento discute várias perspectivas filosóficas sobre a morte, incluindo Sócrates, Epicuro, Montaigne, Heidegger e Sartre. Também aborda temas como a medicalização da morte, eutanásia, criogenia e o impacto da exploração dos recursos naturais na mortalidade humana e animal.
O documento discute as perspectivas de profissionais de saúde sobre a morte no contexto hospitalar, enfatizando a importância do apoio multidisciplinar aos pacientes terminais e suas famílias. Também aborda os desafios em lidar com a dor total dos pacientes e as atitudes necessárias para compreender a finitude humana com compaixão.
Os aspectos religiosos envolvidos no processo de morte e luto.PrLinaldo Junior
1) O documento discute os aspectos religiosos envolvidos no processo de morte e luto, com foco na perspectiva cristã.
2) É destacado que o ser humano é naturalmente religioso e busca conforto espiritual em momentos difíceis.
3) A religião pode ajudar no processo de luto ao oferecer esperança na vida após a morte de acordo com as escrituras cristãs.
O documento discute os conceitos de morte, luto e finitude. Aborda a importância de se falar sobre a morte desde o início do tratamento, não apenas na fase terminal, e de acompanhar o paciente e sua família. Também apresenta as cinco fases pelo as quais pacientes terminais passam segundo Elizabeth Kübler-Ross: negação, indignação, barganha, depressão e aceitação.
O documento discute a morte e o processo de morrer de três perspectivas:
1) Conceitos de morte como o cessar irreversível de funções vitais e do cérebro.
2) Histórico da visão da morte ao longo dos séculos, da Grécia Antiga à atualidade.
3) Desafios atuais como a medicalização excessiva da morte e a necessidade de recuperar o seu sentido de naturalidade.
O documento discute os desafios que profissionais de saúde enfrentam ao lidar com a morte de pacientes. A formação médica enfatiza cura e salvar vidas, tornando a morte um fracasso. Além disso, a cultura ocidental evita discutir a morte, dificultando o treinamento de médicos para cuidar de pacientes terminais. O documento defende que discutir a morte na educação médica pode ajudar profissionais a lidarem melhor com a finitude humana.
O documento discute conceitos de morte, tipos de morte e estágios de reação à morte. Aborda também a gestão de pacientes terminais, incluindo morrer no hospital ou em casa, e o processo de luto após a perda de um ente querido.
1) O documento discute a morte e o morrer no contexto da prática do psicólogo hospitalar, especialmente como pacientes e familiares lidam com sentimentos intensos diante do processo do adoecimento e da possibilidade da morte.
2) Na sociedade moderna, encarar a própria mortalidade ou a de entes queridos é quase insuportável, mas o adoecimento aproxima as pessoas de reflexões sobre a finitude humana.
3) O texto argumenta que, ao invés de se focar apenas no passado feliz
- A morte é um fenômeno natural que causa medo e ansiedade, especialmente quando se trata da própria morte.
- As atitudes em relação à morte mudam ao longo da vida, desde a visão ingênua da criança até a aceitação madura na idade adulta.
- É importante preparar pacientes terminais e seus familiares para o processo de morrer de forma a diminuir o sofrimento.
Este documento apresenta uma introdução ao curso de Tanatologia, que estuda a morte e suas manifestações. O curso não abordará vida após a morte, proselitismo religioso ou terapia individual. Ele oferecerá um espaço para falar sobre a morte, romper estereótipos e refletir sobre como a experiência com a morte influencia a vida e o trabalho. A tanatologia é uma área transdisciplinar que analisa a morte sob diferentes perspectivas acadêmicas como antropologia, sociologia, psicologia e filosofia.
O documento discute a finitude da vida humana e a inevitabilidade da morte. A vida é descrita como uma expressão da finitude e sofrimento, enquanto a morte é vista como uma companheira constante. Embora lutemos contra a morte, é natural e parte da existência humana. Devemos aceitar nossa natureza finita, mas também a imortalidade da alma.
Este documento apresenta um estudo de caso sobre o processo de elaboração do luto em um paciente com diagnóstico de esquizofrenia. O estudo analisa as dificuldades e recursos emocionais de um paciente de 18 anos que sofreu múltiplas perdas ao longo de sua vida no contexto de seu diagnóstico de esquizofrenia. O estudo conclui que o paciente apresentava pouca capacidade de elaborar o luto devido aos prejuízos emocionais causados pela doença e histórico de perdas.
O documento discute a relação entre profissionais de saúde e morte, enfatizando a importância de aceitar a morte como um processo natural ao invés de tratá-la apenas como doença. Também defende que é necessário humanizar os cuidados aos moribundos, respeitando sua autonomia e realizando seus rituais finais de vida, ao invés de medicalizá-los desnecessariamente.
Estará a causa de morte relacionada com o sofrimento após a desencarnação?ADEP Portugal
Poster sobre análise de dados recolhidos em sessões experimentais de auxílio espiritual através da mediunidade.
Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal (ADEP).
Análise de dados no período de tempo descrito.
Aula 3 tanatologia christus pensar o impensávelErasmo Ruiz
O documento discute a morte e como pensá-la, incluindo a consciência de si e do indivíduo versus a espécie. Também aborda como a sociedade usa ritos para lidar com a morte e como a consciência experiencia a morte através da perda de outros. Finalmente, descreve os estágios de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação por que os pacientes terminais passam, segundo Elizabeth Kübler-Ross.
Minicurso - A Morte no ensino das Ciências da Vida (1ª aula)Mario Amorim
O documento discute a relação da cultura ocidental com a morte ao longo da história, desde a aceitação nos tempos antigos até o tabu moderno. Também apresenta diferentes concepções de morte e questiona se a escola deveria abordar o tema.
O documento discute a vida após a morte e o processo de morrer. Aborda temas como medo da morte, luto, estágios da aceitação da morte segundo Kübler-Ross, sensações no momento da morte e após a desencarnação do espírito, incluindo o estado do espírito sem o corpo físico.
Religião e morte para entender os egipciosFabio Santos
O documento discute as perspectivas históricas da morte no Egito Antigo. Resume como os egípcios viam a morte como uma passagem para o mundo dos deuses, onde a alma seria julgada por Osíris e outros deuses. Seu coração seria pesado e, se fosse puro, poderia renascer. O documento também explica como a religião egípcia impregnava todos os aspectos da vida e como os deuses eram ligados à natureza e aos animais.
A CONCEPÇÃO DE MORTE NUMA PERSPECTIVA ESPAÇO-TEMPORAL: O MORRER NA MESOPOTÂM...Pedro Torres
Este documento discute as representações da morte na Mesopotâmia antiga e na sociedade contemporânea. Na Mesopotâmia, a morte era vista como uma travessia para outro mundo e os rituais funerários cuidavam para que nada faltasse nessa jornada. Hoje, a morte é um tabu e é evitada, rompendo com a familiaridade do passado. A influência do cristianismo também separou a vida e a morte, vista agora como uma passagem para a vida eterna.
Morte para os egípcios antiguidade classica.pptxjeandias52
A atividade é fundamental para quem deseja falar sobre o sentido da morte e da vida. Nesses termos, caba uma reflexão sobre o papel que a morte desempenha ao longo da história. Cabe para estudantes e professores que têm interesse pelo tema, mas que em especial queiram discutir as comunidades egípcias na sua dimensão da morte e da vida.
Destino: A Casa de Hades - um estudo sobre a relação do homem ocidental com a...Simone Elisa Heitor
1) O documento discute a relação do homem ocidental contemporâneo com a morte e como essa percepção mudou ao longo do tempo.
2) Historicamente, a morte era vista como parte natural da vida, mas hoje é frequentemente escondida e negada.
3) A fenomenologia existencial propõe compreender a morte como parte da existência humana, não como um fim, mas como possibilidade constante.
O documento discute a evolução histórica da visão humana sobre a morte, desde a Antiguidade até os tempos modernos. Também aborda conceitos espíritas sobre a vida após a morte, como a existência do perispírito, a progressão da alma para planos vibratórios mais elevados através de reencarnações sucessivas, e a ausência de penas eternas. Por fim, resume o conteúdo de um livro espírita que descreve detalhes sobre a vida no mundo espiritual.
Este documento discute a visão da morte ao longo do tempo em diferentes culturas. Apresenta a perspectiva de Schopenhauer de que a compreensão da mortalidade é o que distingue os humanos dos animais e inspira a filosofia. Também descreve como rituais funerários em culturas antigas como a Mesopotâmia integravam os mortos na vida social dos vivos, marcando a identidade coletiva e a continuidade cultural.
1. O autor discute a necessidade de se educar as pessoas para a morte, ao invés de apenas para a vida, já que a morte é uma certeza. Ele ressalta que Allan Kardec foi pioneiro nessa abordagem ao estudar a psicologia da morte.
2. As religiões acabaram complicando o conceito natural de morte, retratando-a de forma aterrorizante e associando-a a ideias de pecado e condenação. Isso gerou grande medo e depreciação da morte.
3. É necessário entender a morte como
Este capítulo discute a morte como um fenômeno natural e inerente aos seres humanos. Apesar de todos terem consciência de que irão morrer, alimentam o medo da morte. A ciência busca aumentar a longevidade e qualidade de vida, porém não responde às inquietações humanas sobre a morte. A autora Elizabeth Kübler-Ross analisa a morte como parte do cotidiano, embora pouco discutida.
Este capítulo discute a morte como um fenômeno natural e inerente aos seres humanos. Apesar de todos terem consciência de que irão morrer, alimentam o medo da morte. A ciência busca aumentar a longevidade e qualidade de vida, porém não responde às inquietações humanas sobre a morte. A autora Elizabeth Kübler-Ross analisa a morte como parte do cotidiano, embora pouco discutida.
“ESCATOLOGIA: BREVE TRATADO TEOLÓGICO - PASTORAL” Fr. Clodovis M. Boff, OSMBernadetecebs .
O documento apresenta os fundamentos da escatologia cristã. Primeiro, aborda os fundamentos antropológicos, explicando que o homem é naturalmente "escatológico", buscando respostas para questões sobre seu destino final. Segundo, apresenta Cristo como o fundamento sobrenatural da escatologia, respondendo às perguntas humanas sobre a vida após a morte. Por fim, discute a visão da cultura moderna sobre os fins últimos, contrastando-a com a perspectiva religiosa tradicional do povo.
produção cientifica psicologia referente a morte.pdfAndressaMolina3
Este documento apresenta um estudo sobre a produção científica na área da psicologia referente à temática da morte entre os anos de 2002 e 2012. Foram encontrados 51 artigos após critérios de inclusão e exclusão. A análise dos dados utilizou a análise de conteúdo, resultando em 6 categorias: 1) concepções sobre a morte, 2) família e morte, 3) ensino e morte, 4) profissionais de saúde e morte, 5) instituições e morte, 6) pulsão de morte.
1) O documento discute a evolução do pensamento sobre a condição humana, desde mitos gregos até filósofos modernos como Descartes. 2) Aborda temas como mitologia grega, pré-socráticos, sofistas, Sócrates, Platão, Aristóteles, filosofia medieval com Agostinho e Tomás de Aquino, e pensamento moderno com Renascimento, Humanismo, Empirismo e Racionalismo. 3) Fornece links para aprofundar o conhecimento sobre cada tema.
O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...Jerbialdo
O documento analisa a transformação do imaginário ocidental sobre a origem da espécie humana no século XIX, quando as explicações evolucionistas passaram a substituir as narrativas cristãs. Analisa a confrontação entre evolucionistas como Haeckel e defensores de uma antropologia cristã, e como certos aspectos ideológicos e metafísicos foram essenciais para a luta do darwinismo para se impor às narrativas cristãs.
1) O documento discute a visão de Tomás de Aquino e da Igreja Católica sobre o suicídio, analisando perspectivas históricas desde a Antiguidade.
2) A Igreja se opõe ao suicídio direto, vendo a vida como um dom de Deus do qual o homem não é proprietário.
3) O texto compara as visões de filósofos como Platão, Aristóteles e estoicos sobre o suicídio.
A antropologia é a ciência que estuda as origens, o desenvolvimento e as semelhanças e diferenças entre as sociedades humanas. Ela divide-se em antropologia física/biológica e antropologia cultural. Ao longo do tempo, a antropologia evoluiu de uma visão etnocêntrica para o relativismo cultural, enfatizando cada cultura em seus próprios termos. Atualmente, a antropologia questiona perspectivas subjativas e analisa a própria produção antropológica.
Antropologia - Disciplina de Fundamentos de Filosofia e Ciências Humanasdanielaleite59
A antropologia é o estudo das origens, desenvolvimento e semelhanças e diferenças entre as sociedades humanas. Ela se divide em antropologia física/biológica e antropologia cultural. A antropologia examina aspectos físicos, relações com a natureza e cultura, incluindo mitos, costumes, linguagem e crenças.
O documento apresenta as biografias e ideias de diversos pensadores como Berdyaev, Campbell, Eliade e outros que estudaram mitologia e religião sob uma perspectiva filosófica e antropológica. Aborda temas como mito, sagrado, pessoa, liberdade, comunhão e amor. Apresenta também as publicações e áreas de estudo do professor Marcos Ferreira Santos sobre mitohermenêutica e cultura.
Este documento discute a ética da eutanásia no contexto histórico e filosófico. Apesar do juramento de Hipócrates proibir ajudar na morte de pacientes, alguns filósofos defendiam a eutanásia ativa no passado. Hoje, o debate continua sobre se é ético prolongar o sofrimento ou permitir a morte compassiva. Há argumentos de ambos os lados sobre a legalização da eutanásia.
O documento descreve a mediunidade ao longo da história em diferentes civilizações como a Índia, Egito, China, Grécia e Idade Média. Aponta que a crença na imortalidade da alma e comunicação com os mortos sempre existiu de alguma forma. No século XIX, o Espiritismo sistematizou o estudo do fenômeno mediúnico através dos livros de Allan Kardec.
1) O documento discute a influência da educação cristã na sociedade e como ela pode moldar a personalidade das pessoas e levá-las a "nascer de novo".
2) A educação cristã é vista como capaz de causar um grande impacto na sociedade ao transmitir valores e conhecimentos cristãos.
3) Ela não impõe ideologias, mas sim ensina igualdade e prepara as pessoas para interagirem com o mundo e com Deus.
A APLICAÇAO DA HERMENÊUTICA E DA EXEGESE NA COMPREENSÃO DE UM TEXTO BÍBLICO.Agassis Paulo Bezerra
1) A hermenêutica e a exegese são ferramentas essenciais para a compreensão dos textos bíblicos, já que permitem interpretar corretamente as mensagens transmitidas.
2) Ambas são dependentes uma da outra, com a exegese extraindo fragmentos dos textos e a hermenêutica provendo o entendimento geral.
3) Embora sejam auxílios valiosos, não são suficientes por si sóes e a compreensão plena vem de Deus para aqueles que O procuram.
1. A educação cristã ajuda as pessoas a viverem de acordo com os propósitos de Deus, guiando-as a desenvolverem uma vida justa baseada em princípios.
2. A educação cristã influencia positivamente a sociedade, transmitindo conhecimentos que melhoram as pessoas e promovem a igualdade.
3. A educação cristã busca desenvolver completamente as pessoas, preparando-as para se relacionarem com Deus e com os outros.
1) O documento discute a questão da homossexualidade e da pregação religiosa.
2) Aponta que não se deve condenar um grupo inteiro pelos atos de alguns membros. Fatores individuais e contextuais devem ser considerados.
3) Defende que a Bíblia não condena a homossexualidade em si, e que Jesus nunca falou contra homossexuais.
O documento discute a origem da vida na Terra primitiva, explicando que as condições da atmosfera na época, como altos níveis de radiação e presença de gases como amônia e metano, levaram à formação dos primeiros aminoácidos e à evolução das moléculas orgânicas iniciais. Também apresenta os níveis de organização biológica, desde átomos e moléculas até ecossistemas e a biosfera, e descreve os componentes químicos fundamentais dos seres vivos, como
O documento discute a origem da água na Terra. Apresenta várias teorias, incluindo que a água pode ter sido trazida por cometas e meteoritos há bilhões de anos. Também discute que a água pode ter se formado na Terra primitiva a partir da liberação de vapor d'água na atmosfera inicial, que depois se condensou e caiu como chuva. O documento também descreve onde a água é encontrada e seu papel crucial para a vida.
O documento discute os conceitos e classificações de pesquisa em educação. A pesquisa é definida como procurar respostas para inquietações ou problemas através do método científico. As pesquisas podem ser classificadas de acordo com sua natureza, forma de abordagem, objetivos e procedimentos técnicos. Métodos como observação e entrevista são discutidos como técnicas de coleta de dados qualitativos.
O documento resume a Idade Média em três pontos: 1) Apresenta uma breve introdução sobre o período da Idade Média, entre os séculos V-XV. 2) Discutem-se as três principais civilizações medievais: a cristã ocidental, a bizantina e a muçulmana. 3) Aborda-se a expansão do Império Bizantino e do mundo árabe durante a Idade Média.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
Um estudo teorico sobre a morte
1. UM ESTUDO TEÓRICO SOBRE A MORTE
Este trabalho está resumido para a publicação na biblioteca virtual. Quaisquer
dúvidas e/ou esclarecimentos, entrar em contato com a autora.
INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da Civilização, a morte é considerada um aspecto que fascina
e, ao mesmo tempo, aterroriza a Humanidade. A morte e os supostos eventos que a
sucedem são, historicamente, fonte de inspiração para doutrinas filosóficas e
religiosas, bem como uma inesgotável fonte de temores, angústias e ansiedades
para os seres humanos.
O interesse pelo tema da morte teve início com a leitura de algumas reportagens do
LELU (Laboratório de Estudos e Intervenção sobre o Luto). O contato com estas
reportagens, e a análise da morte como fenômeno psíquico, foram o ponto de
partida deste trabalho. As matérias vieram de encontro aos anseios naturais sobre a
morte e mostraram que, apesar da dimensão etérea que a morte toma em nível
psíquico, existem profissionais e entidades empenhadas em estudá-la de forma
científica, usando uma metodologia essencialmente psicológica.
Em função do contato inicial com o material do LELU e do interesse por ele
despertado, a busca de outras pesquisas já realizados no mesmo campo foi um
impulso natural, e acabou formando a base teórica que sustenta este trabalho.
A morte como fenômeno físico já foi exaustivamente estudada e continua sendo
objeto de pesquisas, porém permanece um mistério impenetrável quando nos
2. aventuramos no terreno do psiquismo.
Falar sobre morte, ao mesmo tempo que ajuda a elaborar a idéia da finitude
humana, provoca um certo desconforto, pois damos de cara com essa mesma
finitude, o inevitável, a certeza de que um dia a vida chega ao fim.
A certeza humana da morte aciona uma série de mecanismos psicológicos. E são
esses mecanismos que instigam a nossa curiosidade científica. Em outras palavras,
o foco de interesse seria como o homem lida com a morte; seus medos, suas
angústias, suas defesas, suas atitudes diante da morte.
O objetivo da presente pesquisa é o aprofundamento teórico da questão da morte,
enfocando a maneira pela qual o homem lida com este fenômeno humano
inevitável, percebendo os mecanismos psicológicos que entram em ação quando o
homem se encontra diante da morte.
O tema da morte não é de forma alguma uma discussão atual. Foram muitos os
filósofos, historiadores, sociólogos, biólogos, antropólogos e psicólogos a discutir o
assunto no decorrer da História. Isto porque a morte não faz parte de uma
categoria específica; é uma questão que atravessa a história, é sobretudo uma
questão essencialmente humana.
Dentro dos vários enfoques teóricos que possibilitam a reflexão sobre a morte, um
deles nos interessa em especial: o enfoque psicanalítico. Foi esse enfoque que deu
corpo às nossas indagações sobre a morte, seja através da análise pessoal, seja
através da teoria propriamente dita.
A concepção que se tem sobre a morte e a atitude do homem diante dela, tende a
se alterar de acordo com o contexto histórico e cultural. Sem dúvida o advento do
capitalismo e seus tempos de crise, fez surgir uma nova visão sobre a morte, que
segundo Torres, (1983), tem a ver com o surgimento do capital como força principal
3. de produção. Neste sentido, o vivo pode tudo e o morto não pode nada, já que teve
sua vida produtiva interrompida.
Diante desta crise, na qual os homens encontram-se completamente abandonados
e despreparados, vemos este aprofundamento teórico como uma forma de
dimensionar a morte, contribuindo para sua melhor compreensão e elaboração,
instrumentalizando sobretudo, os profissionais da área de saúde, que trabalham
lado a lado com este tema.
Este trabalho encontra-se estruturado em três partes principais. A primeira busca
analisar o impacto da morte na sociedade através do tempo, mostrando como
diferentes povos em diferentes épocas, lidavam com essa questão. A segunda
parte fala sobre os sentimentos ambíguos gerados em nós, seres humanos, quando
somos obrigados a encarar a nossa própria morte, bem como a morte do outro. A
terceira e última parte fala do luto, em seus diversos contextos.
DADOS HISTÓRICOS
Possuímos uma herança cultural sobre a morte que define nossa visão de morte
nos dias atuais. Segundo Kastenbaum e Aisenberg (1983), as interpretações atuais
sobre a morte constituem parte da herança que as gerações anteriores, as antigas
culturas nos legaram.
Faremos então, um pequeno passeio pela história para que possamos entender
como foi construída a idéia da morte encontrada nos dias de hoje.
Arqueólogos e antropólogos, através de seus estudos, descobriram que o homem
de Neanderthal já se preocupava com seus mortos:
“Não somente o homem de Neanderthal enterra seus mortos, mas às vezes os
4. reúne (gruta das crianças, perto de Menton).” Morin (1997)
Ainda segundo Morin (1997) na pré-história, os mortos dos povos musterenses
eram cobertos por pedras, principalmente sobre o rosto e a cabeça, tanto para
proteger o cadáver dos animais, quanto para evitar que retornassem ao mundo dos
vivos. Mais tarde, eram depositados alimentos e as armas do morto sobre a
sepultura de pedras e o esqueleto era pintado com uma substância vermelha.
“O não abandono dos mortos implica a sobrevivência deles. Não existe relato de
praticamente nenhum grupo arcaico que abandone seus mortos ou que os
abandone sem ritos.” Morin (1997)
Ainda hoje, nos planaltos de Madagáscar, durante toda a vida, os kiboris constróem
uma casa de alvenaria, lugar onde seu corpo permanecerá após a morte.
Segundo Kastenbaum e Aisenberg (1983), os egípcios da antigüidade, em sua
sociedade bastante desenvolvida do ponto de vista intelectual e tecnológico,
consideravam a morte como uma ocorrência dentro da esfera de ação. Eles
possuíam um sistema que tinha como objetivo, ensinar cada indivíduo a pensar,
sentir e agir em relação à morte.
Os autores seguem dizendo que os malaios, por viverem em um sistema
comunitário intenso, apreciavam a morte de um componente, como uma perda do
próprio grupo. Desta feita, um trabalho de lamentação coletiva diante da morte era
necessário aos sobreviventes. Ademais, a morte era tida não como um evento
súbito, mas sim como um processo a ser vivido por toda a comunidade.
Segundo Ariès (1977), na Vulgata, o livro da Sabedoria, após a morte, o justo irá
para o Paraíso. As versões nórdicas do livro da Sabedoria rejeitaram a idéia de
5. Paraíso descritas no livro original pois, segundo os tradutores, os nórdicos não
esperam as mesmas delícias que os orientais, após a morte. Isso porque os
orientais descrevem que o Paraíso tem “a frescura da sombra”, enquanto os
nórdicos preferem “o calor do sol”. Estas curiosidades nos mostram como o ser
humano deseja, ao menos após a morte, obter o conforto que não conseguiu em
vida.
Já o budismo, através da sua mitologia, busca afirmar a inevitabilidade da morte. A
doutrina budista nos conta a “Parábola do Grão de Mostarda”: uma mulher com o
filho morto nos braços, procura Buda e suplica que o faça reviver. Buda pede à
mulher que consiga alguns grãos de mostarda para fazê-lo reviver. No entanto, a
mulher deveria conseguir estes grãos em uma casa onde nunca houvesse ocorrido
a morte de alguém. Obviamente esta casa não foi encontrada e a mulher
compreendeu que teria que contar sempre com a morte.
Na mitologia hindu, a morte é encarada como uma válvula de escape para o
controle demográfico. Quando a “Mãe-Terra”, torna-se sobrecarregada de pessoas
vivas, ela apela ao deus Brahma que envia, então, a “mulher de vermelho” (que
representa a morte na mitologia ocidental) para levar pessoas, aliviando assim, os
recursos naturais e a sobrecarga populacional da “Mãe-Terra”.
Segundo Mircea Elíade (1987) os fino-úgricos (povos da região da Península de
Kola e da Sibéria Ocidental), têm sua religiosidade profundamente vinculada ao
xamanismo. Os mortos destes povos eram enterrados em covas familiares, onde os
que morreram há mais tempo, recebiam os “recém mortos”. Assim, as famílias eram
constituídas tanto pelos vivos quanto pelos mortos.
Esses exemplos nos trazem uma idéia de continuidade em relação à morte, não
sendo a mesma, considerada como um fim em si. Havia uma certa tentativa de
controle mágico sobre a morte, o que facilitava sua integração psicológica, não
havendo portanto, uma cisão abrupta entre vida e morte. Isso sem dúvida
6. aproximava o homem da morte com menos terror.
Apesar da familiaridade com a morte, os Antigos de Constantinopla mantinham os
cemitérios afastados das cidades e das vilas. Os cultos e honrarias que prestavam
aos mortos, tinham como objetivo mante-los afastados, de modo que não
“voltassem” para perturbar os vivos.
Por outro lado, na Idade Média, os cemitérios cristãos localizavam-se no interior e
ao redor das igrejas e a palavra cemiterium significava também “lugar onde se deixa
de enterrar”. Daí, eram tão comuns as valas cheias de ossadas sobrepostas e
expostas ao redor das igrejas.
A Idade Média foi um momento de crise social intensa, que acabou por marcar uma
mudança radical na maneira do homem lidar com a morte. Kastenbaum e Aisenberg
(1983) nos relatam que a sociedade do século catorze foi assolada pela peste, pela
fome, pelas cruzadas, pela inquisição; uma série de eventos provocadores da morte
em massa. A total falta de controle sobre os eventos sociais, teve seu reflexo
também na morte, que não podia mais ser controlada magicamente como em
tempos anteriores. Ao contrário, a morte passou a viver lado a lado com o homem
como uma constante ameaça a perseguir e pegar a todos de surpresa.
Esse descontrole, traz à consciência do homem desta época, o temor da morte. A
partir daí, uma série de conteúdos negativos começam a ser associados à morte:
conteúdos perversos, macabros, bem como torturas e flagelos passam a se
relacionar com a morte, provocando um total estranhamento do homem diante
deste evento tão perturbador. A morte se personifica como forma do homem tentar
entender com quem está lidando, e uma série de imagens artísticas se consagram
como verdadeiros símbolos da morte, atravessando o tempo até os dias de hoje.
Kübler-Ross (1997) descreve que são cada vez mais intensas e velozes as
7. mudanças sociais, expressas pelos avanços tecnológicos. O homem tem se
tornado cada vez mais individualista, preocupando-se menos com os problemas da
comunidade. Essas mudanças tem seu impacto na maneira com a qual o homem
lida com a morte nos dias atuais.
O homem da atualidade convive com a idéia de que uma bomba pode cair do céu a
qualquer momento. Não é de se surpreender portanto que o homem, diante de tanto
descontrole sobre a vida, tente se defender psiquicamente, de forma cada vez mais
intensa contra a morte. "Diminuindo a cada dia sua capacidade de defesa física,
atuam de várias maneiras suas defesas psicológicas" Kübler-Ross (1997)
Ao mesmo tempo, essas atrocidades seriam, segundo ponto de vista de Mannoni,
(1995), verdadeiras pulsões de destruição; a dimensão visível da pulsão de morte.
Mannoni (1995), citando Ariès, conta que a morte revelou sua correlação com a vida
em diversos momentos históricos. As pessoas podiam escolher onde iriam morrer;
longe ou perto de tais pessoas, em seu lugar de origem; deixando mensagens a
seus descendentes.
A possibilidade de escolha deu lugar a uma crescente perda da dignidade ao
morrer, como nos afirma Kübler-Ross (1997): "...já vão longe os dias em que era
permitido a um homem morrer em paz e dignamente em seu próprio lar."
Para Mannoni, nos dias atuais, 70% dos pacientes morrem nos hospitais, enquanto
no século passado, 90% morriam em casa, perto de seus familiares. Isto ocorre
porque, nas sociedades ocidentais o moribundo é, geralmente, afastado de seu
círculo familiar.
“O médico não aceita que seu paciente morra e, se entrar no campo em que se
confessa a impotência médica, a tentação de chamar a ambulância (para se livrar
do “caso”) virá antes da idéia de acompanhar o paciente em sua casa, até o fim da
8. vida.” Mannoni (1995)
A morte natural deu lugar à morte monitorada e às tentativas de reanimação. Muitas
vezes, o paciente nem é consultado quanto ao que deseja que se tente para
aliviá-lo. A medicalização da morte e os cuidados paliativos, não raro, servem
apenas para prolongar o sofrimento do paciente e de sua família. É muito
importante que as equipes médicas aprendam a distinguir cuidados paliativos e
conforto ao paciente que está morrendo, de um simples prolongamento da vida.
Outro aspecto comportamental do ser humano em relação à morte é que
antigamente, preferia-se morrer lentamente, perto da família, onde o moribundo
tinha a oportunidade de se despedir. Atualmente, não é raro se ouvir dizer que é
preferível uma morte instantânea, que o longo sofrimento causado por uma doença.
Entretanto, segundo Kovács (1997) contrariando o senso comum, o tempo da
doença, justamente ajuda a assimilar a idéia de morte, e a conseguir tomar
decisões concretas, como a adoção dos filhos ou a resolução de desentendimentos.
Segundo Bromberg (1994) nossa cultura não incorpora a morte como parte da vida,
mas sim como castigo ou punição.
O HOMEM DIANTE DA PRÓPRIA MORTE / O HOMEM DIANTE DA MORTE DO
OUTRO
Desde muito cedo, ainda bebês, quando passamos a distinguir nosso próprio corpo
do corpo da mãe, somos obrigados a aprender a nos separar de quem ou daquilo
que amamos. A princípio, convivemos com separações temporárias, como por
exemplo, a mudança de escola. Mas chega uma hora, que acontece a nossa
primeira perda definitiva: alguém que nos é muito querido, um dia, se vai para
sempre. É justamente esse “para sempre” que mais nos incomoda.
9. Porém, quanto mais conscientes estivermos de nossas mortes diárias, mais nos
preparamos para o momento da grande perda de tudo que colecionamos e nutrimos
durante a vida: desde toda a bagagem intelectual, todos os relacionamentos
afetivos, até o corpo físico.
Com o distanciamento cada vez maior do homem em relação à morte, cria-se um
tabu, como se fosse desaconselhável ou até mesmo proibido falar sobre este tema.
Segundo Bromberg (1994) “como aprendemos em nossa cultura, evitamos a dor,
evitamos a perda e fugimos da morte, ou pensamos fugir dela...”
Esse quadro atual nos revela a dimensão da cisão que o homem tem feito entre vida
e morte, tentando se afastar ao máximo da idéia da morte, considerando sempre
que é o outro que vai morrer e não ele. Nos lançamos então à questão da angústia
e do medo em relação à morte.
Uma das limitações básicas do homem é a limitação do tempo. Segundo Torres
(1983): "...o tempo gera angústia, pois do ponto de vista temporal, o grande
limitador chama-se morte..."
A Psicanálise Existencial, apontada por Torres (1983) revela a dimensão da
angústia da morte: "A angústia mesma nos revela que a morte e o nada se opõe à
tendência mais profunda e mais inevitável do nosso ser", que seria a afirmação do si
mesmo.
Mannoni (1995) busca em Freud, palavras que falem da angústia do homem diante
da morte: "... Freud a situa ou na reação a uma ameaça exterior, ou como na
melancolia, ao desenrolar de um processo interno. Trata-se sempre, porém, de um
processo que se passa entre o eu e a severidade do supereu."
10. Segundo Kastenbaum e Aisenberg (1983) o ser humano lida com duas concepções
em relação à morte: a morte do outro, da qual todos nós temos consciência, embora
esteja relacionada ao medo do abandono; e a concepção da própria morte, a
consciência da finitude, na qual evitamos pensar pois, para isto, temos que encarar
o desconhecido.
É a angústia gerada ao entrar em contato com a fatalidade da morte, que faz com
que o ser humano mobilize-se a vencê-la, acionando para este fim, diversos
mecanismos de defesa, expressos através de fantasias inconscientes sobre a
morte. Muito comum é a fantasia de existir vida após a morte; de existir um mundo
paradisíaco, regado pelo princípio do prazer e onde não existe sofrimento; de existir
a possibilidade de volta ao útero materno, uma espécie de parto ao contrário, onde
não existem desejos e necessidades. Ao contrário dessas fantasias prazerosas,
existem aquelas que provocam temor. O indivíduo pode relacionar a morte com o
inferno. São fantasias persecutórias que têm a ver com sentimentos de culpa e
remorso. Além disso, existem identificações projetivas com figuras diabólicas,
relacionando a morte com um ser aterrorizante, com face de caveira, interligado a
pavores de aniquilamento, desintegração e dissolução.
O homem é o único animal que tem consciência de sua própria morte. Segundo
Kovács (1998): "O medo é a resposta mais comum diante da morte. O medo de
morrer é universal e atinge todos os seres humanos, independente da idade, sexo,
nível sócio-econômico e credo religioso."
Para a Psicanálise Existencial enunciada por Torres, (1983): "... o medo da morte
é o medo básico e ao mesmo tempo fonte de todas as nossas realizações: tudo
aquilo que fazemos é para transcender a morte."
Complementa esse pensamento afirmando que "todas as etapas do
desenvolvimento são na verdade formas de protesto universal contra o acidente da
morte."
11. Segundo Freud (1917) ninguém crê em sua própria morte. Inconscientemente,
estamos convencidos de nossa própria imortalidade. “Nosso hábito é dar ênfase à
causação fortuita da morte – acidente, doença, idade avançada; desta forma,
traímos um esforço para reduzir a morte de uma necessidade para um fato fortuito.”
Como dito anteriormente, o homem encontra-se num processo contínuo de cisão
ente vida e morte, tentando afastar-se ao máximo da idéia da morte, considerando
sempre que é o outro que vai morrer e não ele. Configura-se então, uma situação na
qual o homem se defende pela segregação.
Esse fato é constatado por Mannoni (1995): "Nossas sociedades hoje,
defendem-se da doença e da morte pela segregação. Existe aí algo importante: a
segregação dos mortos e dos moribundos caminha junto com a dos velhos, das
crianças indóceis (ou outras), dos desviantes, dos imigrantes, dos delinqüentes,
etc."
Segundo Torres (1983): "A sociedade ocidental não sabe o que fazer com os
mortos. Um intenso ou íntimo terror preside as relações que ela intervém com esses
'estranhos' - corpos que bruscamente deixaram de produzir, deixaram de consumir máscaras que não respondem a nenhum apelo e resistem a todas as seduções."
A autora segue falando dessa segregação em outro momento, quando diz que a
mesma se dá através da rejeição ao moribundo. São acionados neste processo,
alguns mecanismos que tentam negar ou encobrir a concretude da morte.
A própria equipe médica encarregada de doentes terminais, na maioria das vezes,
não consegue elaborar a possível morte ou a morte concreta de seus pacientes. No
geral, os médicos e pessoal de apoio são bastante despreparados para lidar com a
morte, não conseguindo acolher o paciente e sua família.
12. Segundo Mannoni (1995) dois processos podem ocorrer com o atendente em
relação ao paciente. Um desses processos seria a idealização, na qual haveria uma
sacralização do doente, como se ele estivesse protegido das forças de destruição.
Um outro processo seria a renegação, na qual haveria uma recusa da situação de
morte, um evitamento por parte do atendente. Essa conduta impede o acolhimento
dos familiares enlutados.
A equipe médica vivencia a morte de um paciente como um fracasso, colocando à
prova, a onipotência médica. Ainda segundo Mannoni (1995): "é porque a morte é
vivida como um fracasso pela medicina que os serviços médicos chegam a
esquecer a família (ou a esconder-se dela)."
Segundo Kübler-Ross (1997): "Quando um paciente está gravemente enfermo,
em geral é tratado como alguém sem direito a opinar."
A autora questiona se o fato dos médicos assumirem a vontade do paciente em
estado grave, não seria uma defesa contra "... o rosto amargurado de outro ser
humano a nos lembrar, uma vez mais, nossa falta de onipotência, nossas
limitações, nossas falhas e, por último mas não menos importante, nossa própria
mortalidade?"
Para a autora, a preocupação da ciência e da tecnologia tem sido a de prolongar a
vida e não de torná-la mais humana. E segue falando sobre sua vontade como
médica: "se pudéssemos ensinar aos nossos estudantes o valor da ciência e da
tecnologia, ensinando a um tempo, a arte a ciência do inter-relacionamento
humano, do cuidado humano e total do paciente, sentiríamos um progresso real."
Dentro dessa humanidade no atendimento ao doente terminal, Kübler-Ross (1997)
nos fala da importância do acolhimento ao doente por parte do médico, da
importância da verdade. A autora questiona não o dizer ou não a verdade, mas sim
como contar essa verdade, aproximando-se da dor do paciente, colocando-se no
13. lugar dele para entender seu sofrimento. Essa seria a verdadeira disponibilidade
humana para ajudar o outro em seu caminho em direção à morte.
Apesar da importância da verdade, nem sempre o paciente consegue escutá-la,
justamente porque ele esbarra na idéia de que a morte também acontece com ele, e
não só com os outros.
Em sua pesquisa junto a pacientes terminais, Kübler-Ross (1997) identificou cinco
estágios quando da tomada de consciência por parte do paciente, de seu estágio
terminal. O primeiro estágio é a negação e o isolamento, fase na qual o paciente se
defende da idéia da morte, recusando-se a assumi-la como realidade. O segundo
estágio é a raiva, momento no qual o paciente coloca toda sua revolta diante da
notícia de que seu fim está próximo. Nesta fase, muitas vezes, o paciente chega a
ficar agressivo com as pessoas que o rodeiam. O terceiro estágio, a barganha, é um
momento no qual o paciente tenta ser bem comportado, na esperança de que isso
lhe traga a cura. É como se esse bom comportamento ou qualquer outra atitude
filantrópica, trouxesse horas extra de vida. O quarto estágio é a depressão, fase na
qual o paciente se recolhe, vivenciando uma enorme sensação de perda. Quando o
paciente tem um tempo de elaboração e o acolhimento descrito anteriormente,
atingirá o último estágio, que é o da aceitação.
Mas não são somente os pacientes terminais que provocam incômodo por
remeter-nos diretamente à questão da morte. Os idosos também nos trazem a idéia
da morte e não é sem razão que isso acontece. Com o progresso da ciência no
combate à mortalidade, a associação entre morte e velhice passou a ser cada vez
maior. Segundo Kastembaum e Aisenberg (1983), esse evento relega a morte a um
segundo plano, algo que só acontece com o outro (velho). Segundo Mannoni (1995)
o idoso nos remete a uma imagem degradada e aviltada de nós mesmos, e é dessa
imagem insuportável que advém a segregação, já discutida anteriormente.
Considerando a associação entre idade avançada e a morte, o que se cria, segundo
14. Torres (1983) é uma sociedade narcísica completamente voltada para a juventude.
Não há lugar para a velhice. Conseqüência disso é que "... as pessoas idosas de
modo geral, não querem se conscientizar de que estão velhas, nem procurar uma
orientação para velhos." Isso seria como dar a si próprio, uma sentença de morte,
numa sociedade cujo espaço da morte está em branco.
A segregação existente com relação aos idosos faz com que eles fiquem à mercê
da esfera social. Em muitos dos casos, há um afastamento concreto dos idosos,
que são colocados em asilos e casas de repouso. Mannoni (1995) faz uma crítica
bastante intensa a esses locais, dizendo que as instituições para idosos revelam
freqüentemente abismos de desumanidade e solidão.
Para o homem, uma criatura incapaz de aceitar sua própria finitude, não é fácil lidar
com um prognóstico de morte. No fundo, o grande medo da morte é o medo do
desconhecido.
Freud (1914) nos fala que a morte de um ente querido nos revolta pois, este ser leva
consigo uma parte do nosso próprio eu amado. E segue dizendo que, por outro
lado, esta morte também nos agrada pois, em cada uma destas pessoas amadas,
há também, algo de estranho.
Surge aí, a ambivalência, que são sentimentos simultâneos de amor e ódio, e estão
presentes em todos os relacionamentos humanos. Nestes relacionamentos, o
desejo de ferir o outro é freqüente e a morte desta pessoa pode ser
conscientemente desejada. Por isso, muitas vezes, quando o outro morre, a pessoa
que assim o desejou pode ficar com um sentimento de culpa difícil de suportar e,
para amenizar esta culpa, permanece em um luto intenso e prolongado.
Para a psicanálise, a intensidade da dor frente à uma perda, se configura
narcisicamente como a morte de parte de si mesmo.
15. O LUTO
Já não se vive o luto como em épocas passadas e, na maioria das vezes, os
enlutados vivenciam a dor da perda na solidão, já que as pessoas ao redor,
preferem afastar de si o medo da morte. Atualmente o que se exige é o
recalcamento da dor da perda, em lugar das manifestações outrora usuais. Mannoni
(1995) nos fala deste processo: "Hoje não se trata mais tanto de honrar os mortos,
mas de proteger o vivo que se confronta com a morte dos seus."
Os ritos, tão essenciais, tornaram-se inconvenientes em nossa sociedade
higienizada, assim como a própria morte. Hoje, os funerais são rápidos e
despojados. Os símbolos são eliminados, como se fosse possível eliminar a
realidade da morte ou banaliza-la. Mas não há como apagar a presença do ser
ausente, nem o necessário processo de luto. Para que a morte de um ente querido
não assuma formas obsessivas no inconsciente é necessário ritualizar essa
passagem.
Segundo Freud (1916), "O luto, de modo geral, é a reação à perda de um ente
querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido,
como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante." E segue dizendo
que o luto normal é um processo longo e doloroso, que acaba por resolver-se por si
só, quando o enlutado encontra objetos de substituição para o que foi perdido.
Para Mannoni (1995), seguindo a interpretação de Freud, "o trabalho de luto
consiste, assim, num desinvestimento de um objeto, ao qual é mais difícil renunciar
na medida em que uma parte de si mesmo se vê perdida nele."
Segundo Parkes (1998), o luto pela perda de uma pessoa amada “envolve uma
sucessão de quadros clínicos que se mesclam e se substituem... o entorpecimento,
16. que é a primeira fase, dá lugar à saudade, e esta dá lugar à desorganização e ao
desespero, e é só depois da fase de desorganização que se dá a recuperação.”
O autor segue dizendo que “o traço mais característico do luto não é a depressão
profunda, mas episódios agudos de dor, com muita ansiedade e dor psíquica.”
Diante da morte, o consciente sabe quem perdeu, mas ainda não dimensiona o que
perdeu. Por que um luto não realizado leva à melancolia, um estado patológico
capaz de durar anos e anos?
Para Freud, (1916) algumas pessoas, ao passar pela mesma situação de perda, em
vez de luto, produzem melancolia, o que provocou em Freud a suspeita de que
essas pessoas possuem uma disposição patológica. Para justificar essa premissa,
o autor fez uma série de comparações entre o luto e a melancolia, tentando mostrar
o que ocorre psiquicamente com o sujeito em ambos os casos
No luto, há uma perda consciente; na melancolia, a pessoa sabe quem perdeu, mas
não o que perdeu nesse alguém. "A melancolia está de alguma forma relacionada a
uma perda objetal retirada da consciência, em contraposição ao luto, no qual nada
existe de inconsciente a respeito da perda."
O autor fala ainda sobre o melancólico, que vivencia a perda, não do objeto como no
luto, mas como uma perda relativa ao ego. "No luto, é o mundo que se torna pobre e
vazio; na melancolia, é o próprio ego. O paciente representa seu ego para nós como
se fosse desprovido de valor, incapaz de qualquer realização e moralmente
desprezível..."
A chave do quadro clínico melancólico é a percepção de que "... as
auto-recriminações são recriminações feitas a um objeto amado, que foram
deslocadas desse objeto para o ego do próprio paciente."
17. A este respeito nos fala também Mannoni, (1995): "Em alguma parte existe, aí, uma
identificação com o objeto perdido, a ponto de tornar a si mesmo, enquanto objeto
(de desejo), um objeto abandonado."
Ainda citando Freud, (1916) o melancólico pode apresentar características de
mania. "...o maníaco demonstra claramente sua liberação do objeto que causou seu
sofrimento, procurando, como um homem vorazmente faminto, novas catexias
objetais." Ou seja, há uma busca indiscriminada de outros objetos nos quais o
indivíduo possa investir.
O que se poderia dizer afinal é que, a pessoa melancólica coloca a si própria como
culpada pela perda do objeto amado.
Existe um período considerado necessário para a pessoa enlutada passar pela
experiência da perda. Esse período não pode ser artificialmente prolongado ou
reduzido, uma vez que o luto demanda tempo e energia para ser elaborado.
Costuma-se considerar - sem no entanto tomar isto como uma regra fixa - que o
primeiro ano é importantíssimo para que a pessoa enlutada possa passar, pela
primeira vez, por experiências e datas significativas, sem a pessoa que morreu.
Nos rituais de enterro judaico, sã impedidos os gastos excessivos com os funerais
para que, com isso, não se compense ou se esconda qualquer sentimento da
família. O Kriyah (ato de rasgar as roupas), é como uma catarse. Logo após os
funerais, os familiares fazem uma refeição juntos, que simboliza a continuidade da
vida. O luto é estabelecido por etapas: a primeira etapa (Shivá), dura sete dias e é
considerada a etapa mais intensa, na qual a pessoa tem o direito de recolher-se
com sua família e orar pelo morto. A Segunda etapa (Shloshim), que dura trinta
dias, tem a finalidade de estabelecer um período maior para a elaboração do luto.
Já a terceira etapa, tem a duração de um ano e é designada, principalmente, para
os filhos que perderam seus pais. Enfim, o luto judaico é caracterizado por fases
que favorecem a expressão da dor, a elaboração da morte e, por fim, a volta do
18. enlutado à vida da comunidade.
Para cada enlutado, sua perda é a pior, a mais difícil, pois cada pessoa é aquela
que sabe dimensionar sua dor e seus recursos para enfrentá-la. No entanto, há
muitos fatores que entram em cena, quando se trata de avaliar as condições do
enlutado, seus recursos para enfrentar a perda e as necessidades que podem se
apresentar.
O luto pela perda de uma pessoa amada é a experiência mais universal e, ao
mesmo tempo, mais desorganizadora e assustadora que vive o ser humano. O
sentido dado à vida é repensado, as relações são refeitas a partir de uma avaliação
de seu significado, a identidade pessoal se transforma. Nada mais é como
costumava ser. E ainda assim há vida no luto, há esperança de transformação, de
recomeço. Porque há um tempo de chegar e um tempo de partir, a vida é feita de
pequenos e grandes lutos, através dos quais, o ser humano se dá conta de sua
condição de ser mortal.
BIBLIOGRAFIA
BROMBERG, Maria Helena P.F. "A psicoterapia em situações de perdas e luto".
São Paulo, Editorial Psy II, 1994.
FREUD, Sigmund . “Luto e Melancolia”. Edição Standard Brasileira das Obras
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FREUD, Sigmund . “Reflexões para os Tempos de Guerra e Morte”. Edição
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