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Curso de Turismo – RAM
UC: Teoria das Relações Internacionais
2.ºAno – 2.º Semestre
“As RI na Era Globalizada: Que futuro? Que desafios?”
Funchal, Junho 2010
Docente: Dr. Francisco Gomes
Trabalho elaborado por:
Carlos Alberto Abreu
Paulo Bruno Ferreira
Rafael Jorge Vieira
Ricardo António Andrade
Teorias das Relações Internacionais 2
Índice
1. Introdução........................................................................................................................... 3
2. O Aquecimento Global....................................................................................................... 4
3. Catástrofes Ambientais ...................................................................................................... 5
4. Cimeiras ............................................................................................................................. 7
5. Conclusão........................................................................................................................... 9
Teorias das Relações Internacionais 3
1. Introdução
Trata este trabalho de uma exposição sobre a temática do Ambiente numa perspectiva
global e os desafios inerentes.
As alterações climáticas são determinantes para a qualidade de vida da humanidade,
pois o mesmo condiciona todo o nosso ecossistema. Um exemplo crasso é o caso da
agricultura que padece de graves danos com o aumento das chuvas torrenciais e ondas de
calor (secas), o que coloca em risco a oferta alimentar. Estes mesmos factores condicionam
também o abastecimento de água potável. Assistiremos a uma maior frequência das
tempestades e ciclones, devido às instabilidades climáticas, dificultando as previsões
meteorológicas.
A preservação da humanidade pode estar comprometida, se não existir vontade politica
global em respeitar o planeta Terra, através de acordos promovidos pela ONU (Organização
das Nações Unidas) e ractificados pelos seus estados membros.
O futuro das Teorias das Relações Internacionais, passará por temas que ultrapassam os
interesses unos de cada estado, bem como a garantia de maior segurança e melhores
condições de vida para a população global, actual e vindoura.
Existem temáticas que estarão acima de qualquer estado ou civilização, pois será
benéfico para todos, que nos preocupemos sobre determinados problemas, como são
Terrorismo, a Segurança, a Economia, a Globalização, a Energia e o Ambiente.
Numa primeira fase, abordaremos as alterações climáticas, destacando o aquecimento
global que servirá de mote para demonstrar a necessidade de cooperação entre os diferentes
estados, para uma resolução de um problema real que a todos afecta.
Numa segunda fase, mencionaremos alguns desastres ambientais e as suas
consequências nos diferentes ecossistemas.
Numa última fase faremos ainda uma alusão ao Tratado de Quioto, como também à
Cimeira de Copenhaga e o porquê do combate aos gases (Dióxido de Carbono), responsáveis
pelo efeito estufa, não se tratar ainda de uma prioridade.
Na conclusão referiremos a necessidade de obtenção de um acordo global, participado e
compreendido por todos, para minimizar os danos causados no ambiente.
Teorias das Relações Internacionais 4
2. O Aquecimento Global
O abuso da utilização das energias fósseis (petróleo, carvão, etc), tem tido como
resultado um significativo aumento de emissões de gases para a atmosfera e como
consequência o efeito de estufa, propiciando um total descontrolo climático. Deste resultam
intensas chuvas fora de estação que provocam cheias e inundações, assim como temperaturas
elevadas que originam grandes secas.
Foto 1 – Exemplo de uma “Seca” Foto 2 – Exemplo de uma “Cheia”
O homem é indubitavelmente o responsável pelo efeito de estufa, até através das
actividades diárias, profissionais, sociais, lazer, etc.
O efeito de estufa verifica-se com maior intensidade nas fábricas (industria)
pressionadas com a produtividade e rentabilidade, que ignoram o investimento em energias
renováveis, mantendo as energias fósseis, por serem mais acessíveis e económicas, mas que
libertam descontroladamente gases (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de
carbono).
Para agravar ainda mais esta situação, contribui o facto de não ser dado a nível global, a
devida importância à separação dos resíduos, sejam eles domésticos ou industriais, o que
resulta num aumento significativo de lixeiras, cuja destruição é mormente feita através de
queimadas, que por sua vez libertam elevadíssimos gases tóxicos para a atmosfera e
contaminam os solos.
Outro aspecto prende-se com desbravamento e as queimadas nas florestas, que expõem
os solos, muitos deles ricos em minerais (ferro), formando-se assim uma crosta que os deixará
estéreis, para além de passarem a reflectir os raios solares e consequente irradiação de calor
para a atmosfera.
Teorias das Relações Internacionais 5
Na sequência de toda esta realidade, o degelo dos glaciares, levará a uma subida das
águas dos oceanos e com isso o provável desaparecimento de algumas ilhas, principalmente
na zona do pacífico. Associado ao degelo está também a destruição e extinção de habitais
naturais das espécies nele existentes. Um exemplo prático é o caso dos ursos polares que
actualmente já se estão a deparar com grandes dificuldades de sobrevivência face à
desintegração das placas de gelo.
Verifica-se também o crescimento e surgimento de desertos, devido à onda de calor em
regiões cujas temperaturas eram amenas, uma inadaptação das populações à exposição
excessiva de calor e com isso o aparecimento de doenças cutâneas inexistentes até há bem
pouco tempo.
O aumento de catástrofes climáticas, furacões, tufões e ciclones é também iminente.
Logo, podemos considerar e concluir que o aquecimento global, tem consequências
directas na biodiversidade existente no mundo.
3. Catástrofes Ambientais
Para 2015 e comparativamente com a actualidade, prevê-se um aumento de 40 por cento
de pessoas afectadas pelos desastres naturais, motivados pelas alterações climáticas.
As catástrofes ambientais são na maioria das vezes, o reflexo do exagero humano que
através da sua acção passiva, permite consequências irreparáveis e nocivas para o meio
ambiente.
A ausência de planos de segurança eficazes e a falta de planeamento, expõe-nos ao
perigo constante variadíssimas vezes, como por exemplo o que acontece nos acidentes em
minas, na incapacidade de travar fugas em poços de petróleo ou ainda na inexistência de
medidas severas ao transporte do crude, que tantas mares negras tem causado e muitas vezes,
pela utilização de barcos obsoletos para a execução desatas tarefas.
Ao longo de décadas, temos vindo a presenciar várias catástrofes ambientais, com
drásticas consequências para o meio ambiente, sem que se tenham tomado medidas concretas
para evitar outras futuras, como foram:
- Na China no ano de 1975, após o tufão Nina e devido à sua sumptuosa força, a
barragem de Banqiao desabou, inundando a região de Henan, varrendo com 2.300 milhões de
toneladas de águas as aldeias próximas, acabando com todo o meio ambiente envolvente;
- Na Itália no ano de 1976, em Seveso, após a explosão numa secção de produtos
químicos, de uma empresa que se dedicava à produção de perfumes “Meda” libertou uma
Teorias das Relações Internacionais 6
nuvem de toxinas que provocou a morte instantânea a 193 pessoas e poluiu as 11 regiões mais
próximas;
- Na Índia no ano de 1984, em Bhopal, derrame de quarenta e dois toneladas de um
composto químico de uma fábrica, que em contacto com a atmosfera se transformou em gases
tóxicos, formando uma nuvem que acabou por matar cerca de vinte mil pessoas;
- Na Ucrânia no ano de 1986, em Chernobyl o rebentamento de um reactor, que após
ultrapassar o nível máximo de aquecimento, provocou uma nuvem radioactiva por toda a
União Soviética e Europa de Leste. Como consequência, vários Quilómetros quadrados de
vegetação e humanos foram contaminados, o que provocou a morte destes prematuramente;
- No Golfo Pérsico no ano de 1991, após a guerra com as forças aliadas e lideradas pelos
EUA, assistiu-se a um grande desastre ambiental, através da queima de poços de petróleo no
Kuwait. A emissão de cinzas para a atmosfera, matou toda a vegetação envolvente e poluiu a
água disponível;
- Nas Filipinas no ano de 1996, a empresa Canadiana Marcopper, responsável pela
extracção e mineralização de metais preciosos, ultrapassou em duzentos por cento, os níveis
de zinco tolerável para o homem, poluindo assim a água dos rios circundantes e causando a
intoxicação de milhares de pessoas;
- Em Espanha no ano de 2002, o petroleiro “Prestige” foi apanhado numa tempestade ao
largo do cabo Finisterra e sofreu um rombo de 35 metros no casco, partindo-se em dois e
libertando mais de 64 mil toneladas de fuelóleo. Os ecossistemas foram afectados em mais de
3.000 quilómetros de costa;
- No Golfo do México no ano de 2010, uma plataforma petrolífera da BP afundou-se
após explodir, permitindo com isso a libertação para o oceano, entre 30 a 60 mil barris de
petróleo diários, considerado pelos ambientalistas como o maior desastre ecológico de sempre
dos Estados Unidos.
Foto 3 e 4 – Combate ao incêndio da plataforma BP
Teorias das Relações Internacionais 7
4. Cimeiras
A ONU com intuito de sensibilizar e corrigir a atitude dos diferentes Estados para a
problemática do ambiente, tem organizado sucessivas cimeiras, conferências e convenções ao
longo das últimas décadas, para criar consensos num possível acordo final. Este processo não
tem produzido os efeitos desejados, pela constante falta de consenso.
Em 1997 realizou-se o Tratado de Quioto, resultante de uma conferência composta por
192 países que ocorreu na cidade de Quioto, sob a esfinge das mudanças climáticas. As
necessidades discutidas neste tratado foram essencialmente, a reforma dos sectores de energia
e transportes, a promoção do uso de fontes energéticas renováveis, a eliminação de
mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção, limitar as
emissões de metano na gestão de resíduos e dos sistemas energéticos e finalmente proteger o
mundo das emissões de carbono.
Gráfico 1 – Nível médio da temperatura Gráfico 2 – Percentagem dos gases causadores
do “Efeito de estufa” em %
Dos 192 países participantes, 188 destes ratificam as propostas de adesão em diferentes datas,
restando os Estados Unidos da América que assinaram mas que ainda não ratificaram. O
Afeganistão, Somália e China não se expressaram.
O principal objectivo deste tratado foi que se reduzisse em 5% as emissões de gases para
a atmosfera, evitando desse modo o aquecimento drástico do planeta até o ano de 2012.
Infelizmente, os Estados Unidos da América, o maior poluidor a nível mundial, assinou mas
não ratificou o acordo. Acrescentando a tudo isto, outros países ao invés de reduzirem,
aumentaram as emissões de gazes, como é o caso da Índia.
Entretanto em 2007, na cidade de Bali na Indonésia, é realizada uma nova cimeira, desta
feita com 180 países e com mais de 10.000 participantes reunidos, com a finalidade de tornar
exequível o tratado de Quioto. Esta cimeira é convocada pela UNCCC (Union Nations
Clemate Change Conference), pertencente à ONU.
Teorias das Relações Internacionais 8
Em 08 de Outubro de 2009 na cidade de Banguecoque na Tailândia, foi realizada nova
reunião coordenada pela ONU, com a participação de 190 países, tendo a Austrália colocado
em questão o tratado de Quioto, pedindo a sua substituição, pois considerou que as nações
desenvolvidas não devem seguir um objectivo único de redução de gases poluentes, mas que
cada uma criasse a sua própria meta, segundo a sua realidade. A tentativa Australiana não foi
coroada de êxito, aumentando assim o pessimismo sobre a execução do tratado de Quioto. Na
declaração final desta reunião entendeu-se que o tratado de Quioto deveria ser fortificado e
não anulado.
Também um dos pontos debatidos nesta reunião, foi sobre as nações emergentes,
nomeadamente a China e a Índia, considerada esta última como a segunda mais poluidora do
planeta, devido ao facto de insistir na utilização de energias fósseis. Pretendia-se que estas
nações adoptassem medidas de contenção no sentido de reduzirem essas emissões de gases
para a atmosfera. Esta ideia foi refutada, pois entendeu-se por esses países que a poluição era
produzida pelos mais desenvolvidos e não pelos emergentes.
Na tentativa de acordo, apenas restava um pacto amigável entre a ONU e Estados
Unidos da América, que alegavam que estas medidas condicionariam o seu crescimento
económico e que para obter a sua assinatura a China deveria estar incluída na declaração final.
A 12 de Dezembro de 2009, em Copenhaga, Dinamarca, a União Europeia através da
sua comissão, afirmou que 37 países a limitar as emissões de gases, não é suficiente para
salvar o planeta. O Ministro do Ambiente da Suécia, Andreas Cargren, no final desta
conferência, disse que a única saída internacional, é o Tratado de Quioto no que diz respeito à
redução de emissões poluentes, para minimizar o efeito de estufa.
Assim, 12 anos depois de Quioto, a ONU juntou esforços para a declaração final, com o
objectivo de não se ultrapassar em mais de dois graus centígrados, as temperaturas existentes
na era pré-industrial.
Dos 192 países participantes, muitos poucos acreditavam que esta medida daria
resultados positivos.
Esta cimeira terminou com a ambição de se encontrar solução até fim do ano de 2010,
na reunião já agendada para Novembro em Cancun no México.
Segundo Viriato Soromenho Marques, professor universitário, responsável pelo
programa Ambiente da Fundação Caloust Gulbenkian, “esta cimeira foi um fracasso e foi
vergonhosa”, porque segundo este “não se cumpriu o estipulado em 2007”, no COP 13, pela
UNCCC em Bali, que pretendia um novo regime climático para o pós-Quioto e para vigorar
em 2013.
Teorias das Relações Internacionais 9
Foi apenas aprovada uma declaração de intenção, pelos Estados Unidos da América,
originando uma separação profunda entre estes e a Europa, sendo esta última bem mais
exigente e interessada em salvar o planeta, na questão do ambiente.
Nesta cimeira, a China e a Índia, novamente defendem que os países mais desenvolvidos
devem dar o claro exemplo, referindo-se aos Estados Unidos da América e ao Reino Unido,
para a redução dos gases que causam o efeito de estufa.
Uma lista de promessas dos países desenvolvidos e em desenvolvimento (Emergentes)
para reduzir as suas emissões de dióxido de carbono ou que não permita o seu crescimento. E
aponta um mecanismo de verificação dos esforços dos países em desenvolvimento.
Cria ainda o Fundo Climático de Copenhaga, com 30 mil milhões de dólares (21 mil
milhões de euros) até 2012 para os países mais pobres, prometendo ainda mais 100 mil
milhões de dólares (70 mil milhões de euros) anuais a partir de 2020.
Também tentaram alcançar uma nova declaração final, mas sem efeito. Apenas
alcançou-se um acordo não vinculativo, ou seja, um acordo voluntário.
5. Conclusão
As questões ambientais têm uma natureza global. Não podem ser vistas apenas como
um problema local de uma cidade, de um país, ou de uma região. Não conhecem fronteiras,
logo as medidas tem que ser transversais a todos os Estados.
O mundo pré industrial, absorvia a energia solar e não havia praticamente efeito de
estufa, agora o problema da atmosfera consiste em estar repleta de quantidades enormes de
dióxido de carbono, que provocam o referido efeito.
Imagem 1 – Demonstração do aquecimento através do “Efeito de estufa”
Teorias das Relações Internacionais 10
O nosso mundo está a sofrer consequências terríveis revelando sinais de desequilíbrio,
fruto da ingerência humana e do consumo excessivo de recursos naturais. As consequências
ganharam uma expressão global, constituindo uma inquietação mundial, resultado da
mudança climática e da alteração de temperatura.
As temáticas relacionadas com o bem-estar das populações, independentemente do
espaço geográfico, religião ou desenvolvimento económico, serão o motivo para a
compreensão e a cooperação de todos.
Sabemos que, para uma melhor harmonia global e para que possamos garantir que
futuramente os ecossistemas e a biodiversidade de habitats naturais persistam intactos e para
que as diferentes espécies, inclusive a humana possam se manter no planeta terra é necessário
agir com medidas concretas na redução de gases.
A Civilização Ocidental, poderá estar na linha da frente para a resolução dos problemas
supra estatais, pois são diferentes Estados tolerantes no seu interior e em que o
multiculturalismo e o multirracial estão muito presentes nas suas sociedades.
A questão Ambiental é ao mesmo tempo uma premissa de respeito para com os outros,
porque se não nos preocuparmos hoje com o amanhã, as consequências deste também nos irão
atingir. Não podemos continuar a fingir que nada se passa.
É nossa obrigação fomentar a produção e consumo de energias renováveis, sustentáveis
e não poluidoras, seja em sede própria com regulamentação e legislação específica, com
incentivos ou regimes de excepção, ou em nossa casa, sensibilizando a opinião pública global
acerca destas matérias.
Devemos também utilizar novas formas de energia, como a energia eólica, foto voltaica
e solar. Existe necessidade de apostar nestas energias limpas, embora actualmente os seus
custos de implementação não sejam os mais acessíveis, mas as suas vantagens no que respeita
ao futuro, são mais que favoráveis para o meio ambiente.
A reciclagem deverá ser implementada com o intuito de contrariar o aumento
significativo de lixeiras. A separação destes resíduos não tem que ser uma obrigação, mas sim
uma necessidade. Há que terminar com os tão incomodativos aterros sanitários e ser
responsável, pois as atrocidades de hoje serão um pesadelo para o futuro.
Teorias das Relações Internacionais 11
A preservação das florestas é fundamental, pois serão estas manchas verdes que
preservarão o ar que respiramos e temos como exemplo a mancha de floresta da Amazónia
(Brasil) que produz aproximadamente 50% do oxigénio.
Foto 5 – Acumulação de resíduos Foto 6 – Exemplo de uma desflorestação
sólidos “Lixeira”
É necessário pressionar os Estados a cumprirem os Tratados Internacionais,
nomeadamente, o de Quioto cuja realização foi em 1997, e infelizmente só entrado em vigor
apenas em 2005.
Temos que nos mentalizar que mudando um pouco o nosso dia-a-dia poderá ser um
grande passo para o início da diferença, isto em matérias como a sensibilização, preservação e
a reciclagem.
As políticas ambientais requerem a intervenção de todos os elementos que compõem as
diferentes comunidades no mundo, independentemente da sua escala, sejam em cidades,
países ou regiões e terão que estar envolvidas com os seus decisores políticos as organizações
não governamentais (ONG), o meio cientifico (especialistas), entre outros.
É necessário criar canais de comunicação fácil e acessível, com apelos à participação,
sem exclusão de nenhuma das referidas partes. Não poderá existir conformismo ou
comodismo, é necessário intervir.
É decisivo encontrar soluções para que não se coloquem em causa as próximas
gerações. Os assuntos supra estatais necessitam de ser encarados como as grandes
preocupações do futuro.
Para Huntington, autor do novo paradigma o “Conflito de Civilizações”, os futuros
conflitos estarão relacionados com as disputas entre culturas e civilizações.
Teorias das Relações Internacionais 12
Estes conflitos poderão não ser só armados, mas sim o demarcar de posições nos temas
supra estatais.
Este paradigma apresentado pela primeira vez em 1993 referia a possibilidade da
ocorrência de conflitos entre civilizações.
Como exemplos destacamos, os ataques do 11 de Setembro de 2001 às Torres Gémeas e
as disputas Russo-Ucranianas pelo fornecimento de gás à Europa Central.
Assim, teremos um Mundo dividido em oito diferentes civilizações que são:
Ocidental; Latino-Americana; Africana; Islâmica; Sínico; Hindu; Ortodoxo; Japonesa.
É urgente que as diferentes comunidades presentes no paradigma de Huntington, se
entendam e façam respeitar os acordos internacionais.
Torna-se imperioso que para salvar o planeta é urgente colocar em prática as resoluções
do Tratado de Quioto no Japão de 1997, com as adendas da Cimeira de Copenhaga na
Dinamarca de 2009.
Se em Quioto a administração Bush refutou assinar o acordo, alegando que a redução de
gases na indústria dos Estados Unidos da América (Ocidente) representaria uma perca
económica acentuada, assim a China (Sínico), mantém-se de fora do acordo, alegando que o
problema é mais antigo do que a sua entrada no desenvolvimento industrial e que também tem
direito a esse desenvolvimento.
Na Cimeira de Copenhaga, a China (Sínico) e a Índia (Hindu), defendem que os países
mais desenvolvidos devem dar o claro exemplo, referindo-se aos Estados Unidos da América
e Reino Unido (Ocidente), na redução dos gases que provocam o efeito de estufa.
O Sudão (Africano), refere-se ao fundo criado em Copenhaga, como uma forma dos
países mais desenvolvidos calarem os mais vulneráveis. Limitando com isso a possibilidade
destes aspirarem ao desenvolvimento. É receber para não poluir.
. É possível, actualmente fazer com que os países emergentes utilizem energias não
poluentes contribuindo dessa forma para uma melhoria substancial do Ambiente no nosso
planeta.
O exemplo do Brasil (Latino Americano) pode e deve ser seguido pelos países
emergentes (é de referir que este se apresenta como líder nas energias renováveis e não
poluentes).
A Europa (Ocidente), também tenta demonstrar que é possível alterar o tipo de energia
utilizada na indústria e anualmente cresce a produção de energia eléctrica através de energias
limpas.
Teorias das Relações Internacionais 13
Os Estados Unidos da América emitem cerca de vinte e cinco por cento da emissão total
mundial de gases indutores do efeito de estufa, ao passo que todo o continente africano é
responsável apenas por cinco por cento destes gases.
Aparentemente, neste tema a Rússia (Ortodoxo) e a União Europeia, mesmo constando
na lista dos mais poluidores, são os mais conscienciosos de que algo terá que ser feito para
tentar minimizar os malefícios produzidos por décadas, de más politicas ambientais e que
eram quase inexistentes.
O Irão (Islâmico), pretende enriquecer Urânio, afirmando que é indispensável para o seu
desenvolvimento económico, além de se tratar de uma energia limpa e que contribui para a
redução da emissão de gases para a atmosfera. Apreensivos, a Arena Internacional mantém as
suas reservas, uma vez que o Urânio pode ser utilizado também no fabrico de ogivas
nucleares.
O petróleo (energia fóssil), ainda não está em risco devido à sua utilização na indústria
automóvel, como forma de combustível, mas com a evolução do carro híbrido pela Toyota e
pela Nissan, torna-se possível criar metas para a substituição dos veículos movidos pelos
derivados do petróleo.
Assim, com um tema como o Ambiente, podemos constatar que as diferentes
Civilizações, apenas se pronunciam em prol das suas necessidades deixando um pouco de
parte o bem comum, o “futuro do planeta”.
Em suma, o futuro das Relações Internacionais passará pelos temas supra estatais de
difícil consenso, mas é de grande importância na obtenção de acordos que permitam ganhos
para a Humanidade da parte dos países que lideram as diferentes “Civilizações”.
Com o paradigma de Huntington, o Ocidente estará sempre na linha da frente na
resolução dos diferentes dilemas que aparecerão futuramente.
Cidades como Toronto no Canadá, Sidney na Austrália, Paris em França ou Londres no
Reino Unido, são exemplos em que as diferentes civilizações podem conviver, interagir e
coabitar entre sim.
O esforço terá de ser feito por quem governa os diferentes países e de quem moderar a
Arena Internacional, a ONU.
Futuramente, um dos muitos desafios das Relações Internacionais, será a Cimeira
CanCun no México em Novembro de 2010, onde será debatido o tema do ambiente, estando
todo o mundo expectante quanto à sua declaração final.
Teorias das Relações Internacionais 14
Fontes de Informação
• http://aeiou.visao.pt/copenhaga-ue-diz-que-protocolo-de-quioto-nao-e-suficiente-
porque-nao-vincula-os-eua-e-a-china=f540137, acedido a 04 de Julho de 2010
• http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5938, acedido a 04 de Julho
de 2010
• http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1414663, acedido a 05 de Julho de
2010
• http://www.greenpeace.org/portugal/oceanos/aquecimento-global, acedido a 05 de
Julho de 2010

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  • 1. Curso de Turismo – RAM UC: Teoria das Relações Internacionais 2.ºAno – 2.º Semestre “As RI na Era Globalizada: Que futuro? Que desafios?” Funchal, Junho 2010 Docente: Dr. Francisco Gomes Trabalho elaborado por: Carlos Alberto Abreu Paulo Bruno Ferreira Rafael Jorge Vieira Ricardo António Andrade
  • 2. Teorias das Relações Internacionais 2 Índice 1. Introdução........................................................................................................................... 3 2. O Aquecimento Global....................................................................................................... 4 3. Catástrofes Ambientais ...................................................................................................... 5 4. Cimeiras ............................................................................................................................. 7 5. Conclusão........................................................................................................................... 9
  • 3. Teorias das Relações Internacionais 3 1. Introdução Trata este trabalho de uma exposição sobre a temática do Ambiente numa perspectiva global e os desafios inerentes. As alterações climáticas são determinantes para a qualidade de vida da humanidade, pois o mesmo condiciona todo o nosso ecossistema. Um exemplo crasso é o caso da agricultura que padece de graves danos com o aumento das chuvas torrenciais e ondas de calor (secas), o que coloca em risco a oferta alimentar. Estes mesmos factores condicionam também o abastecimento de água potável. Assistiremos a uma maior frequência das tempestades e ciclones, devido às instabilidades climáticas, dificultando as previsões meteorológicas. A preservação da humanidade pode estar comprometida, se não existir vontade politica global em respeitar o planeta Terra, através de acordos promovidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) e ractificados pelos seus estados membros. O futuro das Teorias das Relações Internacionais, passará por temas que ultrapassam os interesses unos de cada estado, bem como a garantia de maior segurança e melhores condições de vida para a população global, actual e vindoura. Existem temáticas que estarão acima de qualquer estado ou civilização, pois será benéfico para todos, que nos preocupemos sobre determinados problemas, como são Terrorismo, a Segurança, a Economia, a Globalização, a Energia e o Ambiente. Numa primeira fase, abordaremos as alterações climáticas, destacando o aquecimento global que servirá de mote para demonstrar a necessidade de cooperação entre os diferentes estados, para uma resolução de um problema real que a todos afecta. Numa segunda fase, mencionaremos alguns desastres ambientais e as suas consequências nos diferentes ecossistemas. Numa última fase faremos ainda uma alusão ao Tratado de Quioto, como também à Cimeira de Copenhaga e o porquê do combate aos gases (Dióxido de Carbono), responsáveis pelo efeito estufa, não se tratar ainda de uma prioridade. Na conclusão referiremos a necessidade de obtenção de um acordo global, participado e compreendido por todos, para minimizar os danos causados no ambiente.
  • 4. Teorias das Relações Internacionais 4 2. O Aquecimento Global O abuso da utilização das energias fósseis (petróleo, carvão, etc), tem tido como resultado um significativo aumento de emissões de gases para a atmosfera e como consequência o efeito de estufa, propiciando um total descontrolo climático. Deste resultam intensas chuvas fora de estação que provocam cheias e inundações, assim como temperaturas elevadas que originam grandes secas. Foto 1 – Exemplo de uma “Seca” Foto 2 – Exemplo de uma “Cheia” O homem é indubitavelmente o responsável pelo efeito de estufa, até através das actividades diárias, profissionais, sociais, lazer, etc. O efeito de estufa verifica-se com maior intensidade nas fábricas (industria) pressionadas com a produtividade e rentabilidade, que ignoram o investimento em energias renováveis, mantendo as energias fósseis, por serem mais acessíveis e económicas, mas que libertam descontroladamente gases (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono). Para agravar ainda mais esta situação, contribui o facto de não ser dado a nível global, a devida importância à separação dos resíduos, sejam eles domésticos ou industriais, o que resulta num aumento significativo de lixeiras, cuja destruição é mormente feita através de queimadas, que por sua vez libertam elevadíssimos gases tóxicos para a atmosfera e contaminam os solos. Outro aspecto prende-se com desbravamento e as queimadas nas florestas, que expõem os solos, muitos deles ricos em minerais (ferro), formando-se assim uma crosta que os deixará estéreis, para além de passarem a reflectir os raios solares e consequente irradiação de calor para a atmosfera.
  • 5. Teorias das Relações Internacionais 5 Na sequência de toda esta realidade, o degelo dos glaciares, levará a uma subida das águas dos oceanos e com isso o provável desaparecimento de algumas ilhas, principalmente na zona do pacífico. Associado ao degelo está também a destruição e extinção de habitais naturais das espécies nele existentes. Um exemplo prático é o caso dos ursos polares que actualmente já se estão a deparar com grandes dificuldades de sobrevivência face à desintegração das placas de gelo. Verifica-se também o crescimento e surgimento de desertos, devido à onda de calor em regiões cujas temperaturas eram amenas, uma inadaptação das populações à exposição excessiva de calor e com isso o aparecimento de doenças cutâneas inexistentes até há bem pouco tempo. O aumento de catástrofes climáticas, furacões, tufões e ciclones é também iminente. Logo, podemos considerar e concluir que o aquecimento global, tem consequências directas na biodiversidade existente no mundo. 3. Catástrofes Ambientais Para 2015 e comparativamente com a actualidade, prevê-se um aumento de 40 por cento de pessoas afectadas pelos desastres naturais, motivados pelas alterações climáticas. As catástrofes ambientais são na maioria das vezes, o reflexo do exagero humano que através da sua acção passiva, permite consequências irreparáveis e nocivas para o meio ambiente. A ausência de planos de segurança eficazes e a falta de planeamento, expõe-nos ao perigo constante variadíssimas vezes, como por exemplo o que acontece nos acidentes em minas, na incapacidade de travar fugas em poços de petróleo ou ainda na inexistência de medidas severas ao transporte do crude, que tantas mares negras tem causado e muitas vezes, pela utilização de barcos obsoletos para a execução desatas tarefas. Ao longo de décadas, temos vindo a presenciar várias catástrofes ambientais, com drásticas consequências para o meio ambiente, sem que se tenham tomado medidas concretas para evitar outras futuras, como foram: - Na China no ano de 1975, após o tufão Nina e devido à sua sumptuosa força, a barragem de Banqiao desabou, inundando a região de Henan, varrendo com 2.300 milhões de toneladas de águas as aldeias próximas, acabando com todo o meio ambiente envolvente; - Na Itália no ano de 1976, em Seveso, após a explosão numa secção de produtos químicos, de uma empresa que se dedicava à produção de perfumes “Meda” libertou uma
  • 6. Teorias das Relações Internacionais 6 nuvem de toxinas que provocou a morte instantânea a 193 pessoas e poluiu as 11 regiões mais próximas; - Na Índia no ano de 1984, em Bhopal, derrame de quarenta e dois toneladas de um composto químico de uma fábrica, que em contacto com a atmosfera se transformou em gases tóxicos, formando uma nuvem que acabou por matar cerca de vinte mil pessoas; - Na Ucrânia no ano de 1986, em Chernobyl o rebentamento de um reactor, que após ultrapassar o nível máximo de aquecimento, provocou uma nuvem radioactiva por toda a União Soviética e Europa de Leste. Como consequência, vários Quilómetros quadrados de vegetação e humanos foram contaminados, o que provocou a morte destes prematuramente; - No Golfo Pérsico no ano de 1991, após a guerra com as forças aliadas e lideradas pelos EUA, assistiu-se a um grande desastre ambiental, através da queima de poços de petróleo no Kuwait. A emissão de cinzas para a atmosfera, matou toda a vegetação envolvente e poluiu a água disponível; - Nas Filipinas no ano de 1996, a empresa Canadiana Marcopper, responsável pela extracção e mineralização de metais preciosos, ultrapassou em duzentos por cento, os níveis de zinco tolerável para o homem, poluindo assim a água dos rios circundantes e causando a intoxicação de milhares de pessoas; - Em Espanha no ano de 2002, o petroleiro “Prestige” foi apanhado numa tempestade ao largo do cabo Finisterra e sofreu um rombo de 35 metros no casco, partindo-se em dois e libertando mais de 64 mil toneladas de fuelóleo. Os ecossistemas foram afectados em mais de 3.000 quilómetros de costa; - No Golfo do México no ano de 2010, uma plataforma petrolífera da BP afundou-se após explodir, permitindo com isso a libertação para o oceano, entre 30 a 60 mil barris de petróleo diários, considerado pelos ambientalistas como o maior desastre ecológico de sempre dos Estados Unidos. Foto 3 e 4 – Combate ao incêndio da plataforma BP
  • 7. Teorias das Relações Internacionais 7 4. Cimeiras A ONU com intuito de sensibilizar e corrigir a atitude dos diferentes Estados para a problemática do ambiente, tem organizado sucessivas cimeiras, conferências e convenções ao longo das últimas décadas, para criar consensos num possível acordo final. Este processo não tem produzido os efeitos desejados, pela constante falta de consenso. Em 1997 realizou-se o Tratado de Quioto, resultante de uma conferência composta por 192 países que ocorreu na cidade de Quioto, sob a esfinge das mudanças climáticas. As necessidades discutidas neste tratado foram essencialmente, a reforma dos sectores de energia e transportes, a promoção do uso de fontes energéticas renováveis, a eliminação de mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção, limitar as emissões de metano na gestão de resíduos e dos sistemas energéticos e finalmente proteger o mundo das emissões de carbono. Gráfico 1 – Nível médio da temperatura Gráfico 2 – Percentagem dos gases causadores do “Efeito de estufa” em % Dos 192 países participantes, 188 destes ratificam as propostas de adesão em diferentes datas, restando os Estados Unidos da América que assinaram mas que ainda não ratificaram. O Afeganistão, Somália e China não se expressaram. O principal objectivo deste tratado foi que se reduzisse em 5% as emissões de gases para a atmosfera, evitando desse modo o aquecimento drástico do planeta até o ano de 2012. Infelizmente, os Estados Unidos da América, o maior poluidor a nível mundial, assinou mas não ratificou o acordo. Acrescentando a tudo isto, outros países ao invés de reduzirem, aumentaram as emissões de gazes, como é o caso da Índia. Entretanto em 2007, na cidade de Bali na Indonésia, é realizada uma nova cimeira, desta feita com 180 países e com mais de 10.000 participantes reunidos, com a finalidade de tornar exequível o tratado de Quioto. Esta cimeira é convocada pela UNCCC (Union Nations Clemate Change Conference), pertencente à ONU.
  • 8. Teorias das Relações Internacionais 8 Em 08 de Outubro de 2009 na cidade de Banguecoque na Tailândia, foi realizada nova reunião coordenada pela ONU, com a participação de 190 países, tendo a Austrália colocado em questão o tratado de Quioto, pedindo a sua substituição, pois considerou que as nações desenvolvidas não devem seguir um objectivo único de redução de gases poluentes, mas que cada uma criasse a sua própria meta, segundo a sua realidade. A tentativa Australiana não foi coroada de êxito, aumentando assim o pessimismo sobre a execução do tratado de Quioto. Na declaração final desta reunião entendeu-se que o tratado de Quioto deveria ser fortificado e não anulado. Também um dos pontos debatidos nesta reunião, foi sobre as nações emergentes, nomeadamente a China e a Índia, considerada esta última como a segunda mais poluidora do planeta, devido ao facto de insistir na utilização de energias fósseis. Pretendia-se que estas nações adoptassem medidas de contenção no sentido de reduzirem essas emissões de gases para a atmosfera. Esta ideia foi refutada, pois entendeu-se por esses países que a poluição era produzida pelos mais desenvolvidos e não pelos emergentes. Na tentativa de acordo, apenas restava um pacto amigável entre a ONU e Estados Unidos da América, que alegavam que estas medidas condicionariam o seu crescimento económico e que para obter a sua assinatura a China deveria estar incluída na declaração final. A 12 de Dezembro de 2009, em Copenhaga, Dinamarca, a União Europeia através da sua comissão, afirmou que 37 países a limitar as emissões de gases, não é suficiente para salvar o planeta. O Ministro do Ambiente da Suécia, Andreas Cargren, no final desta conferência, disse que a única saída internacional, é o Tratado de Quioto no que diz respeito à redução de emissões poluentes, para minimizar o efeito de estufa. Assim, 12 anos depois de Quioto, a ONU juntou esforços para a declaração final, com o objectivo de não se ultrapassar em mais de dois graus centígrados, as temperaturas existentes na era pré-industrial. Dos 192 países participantes, muitos poucos acreditavam que esta medida daria resultados positivos. Esta cimeira terminou com a ambição de se encontrar solução até fim do ano de 2010, na reunião já agendada para Novembro em Cancun no México. Segundo Viriato Soromenho Marques, professor universitário, responsável pelo programa Ambiente da Fundação Caloust Gulbenkian, “esta cimeira foi um fracasso e foi vergonhosa”, porque segundo este “não se cumpriu o estipulado em 2007”, no COP 13, pela UNCCC em Bali, que pretendia um novo regime climático para o pós-Quioto e para vigorar em 2013.
  • 9. Teorias das Relações Internacionais 9 Foi apenas aprovada uma declaração de intenção, pelos Estados Unidos da América, originando uma separação profunda entre estes e a Europa, sendo esta última bem mais exigente e interessada em salvar o planeta, na questão do ambiente. Nesta cimeira, a China e a Índia, novamente defendem que os países mais desenvolvidos devem dar o claro exemplo, referindo-se aos Estados Unidos da América e ao Reino Unido, para a redução dos gases que causam o efeito de estufa. Uma lista de promessas dos países desenvolvidos e em desenvolvimento (Emergentes) para reduzir as suas emissões de dióxido de carbono ou que não permita o seu crescimento. E aponta um mecanismo de verificação dos esforços dos países em desenvolvimento. Cria ainda o Fundo Climático de Copenhaga, com 30 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros) até 2012 para os países mais pobres, prometendo ainda mais 100 mil milhões de dólares (70 mil milhões de euros) anuais a partir de 2020. Também tentaram alcançar uma nova declaração final, mas sem efeito. Apenas alcançou-se um acordo não vinculativo, ou seja, um acordo voluntário. 5. Conclusão As questões ambientais têm uma natureza global. Não podem ser vistas apenas como um problema local de uma cidade, de um país, ou de uma região. Não conhecem fronteiras, logo as medidas tem que ser transversais a todos os Estados. O mundo pré industrial, absorvia a energia solar e não havia praticamente efeito de estufa, agora o problema da atmosfera consiste em estar repleta de quantidades enormes de dióxido de carbono, que provocam o referido efeito. Imagem 1 – Demonstração do aquecimento através do “Efeito de estufa”
  • 10. Teorias das Relações Internacionais 10 O nosso mundo está a sofrer consequências terríveis revelando sinais de desequilíbrio, fruto da ingerência humana e do consumo excessivo de recursos naturais. As consequências ganharam uma expressão global, constituindo uma inquietação mundial, resultado da mudança climática e da alteração de temperatura. As temáticas relacionadas com o bem-estar das populações, independentemente do espaço geográfico, religião ou desenvolvimento económico, serão o motivo para a compreensão e a cooperação de todos. Sabemos que, para uma melhor harmonia global e para que possamos garantir que futuramente os ecossistemas e a biodiversidade de habitats naturais persistam intactos e para que as diferentes espécies, inclusive a humana possam se manter no planeta terra é necessário agir com medidas concretas na redução de gases. A Civilização Ocidental, poderá estar na linha da frente para a resolução dos problemas supra estatais, pois são diferentes Estados tolerantes no seu interior e em que o multiculturalismo e o multirracial estão muito presentes nas suas sociedades. A questão Ambiental é ao mesmo tempo uma premissa de respeito para com os outros, porque se não nos preocuparmos hoje com o amanhã, as consequências deste também nos irão atingir. Não podemos continuar a fingir que nada se passa. É nossa obrigação fomentar a produção e consumo de energias renováveis, sustentáveis e não poluidoras, seja em sede própria com regulamentação e legislação específica, com incentivos ou regimes de excepção, ou em nossa casa, sensibilizando a opinião pública global acerca destas matérias. Devemos também utilizar novas formas de energia, como a energia eólica, foto voltaica e solar. Existe necessidade de apostar nestas energias limpas, embora actualmente os seus custos de implementação não sejam os mais acessíveis, mas as suas vantagens no que respeita ao futuro, são mais que favoráveis para o meio ambiente. A reciclagem deverá ser implementada com o intuito de contrariar o aumento significativo de lixeiras. A separação destes resíduos não tem que ser uma obrigação, mas sim uma necessidade. Há que terminar com os tão incomodativos aterros sanitários e ser responsável, pois as atrocidades de hoje serão um pesadelo para o futuro.
  • 11. Teorias das Relações Internacionais 11 A preservação das florestas é fundamental, pois serão estas manchas verdes que preservarão o ar que respiramos e temos como exemplo a mancha de floresta da Amazónia (Brasil) que produz aproximadamente 50% do oxigénio. Foto 5 – Acumulação de resíduos Foto 6 – Exemplo de uma desflorestação sólidos “Lixeira” É necessário pressionar os Estados a cumprirem os Tratados Internacionais, nomeadamente, o de Quioto cuja realização foi em 1997, e infelizmente só entrado em vigor apenas em 2005. Temos que nos mentalizar que mudando um pouco o nosso dia-a-dia poderá ser um grande passo para o início da diferença, isto em matérias como a sensibilização, preservação e a reciclagem. As políticas ambientais requerem a intervenção de todos os elementos que compõem as diferentes comunidades no mundo, independentemente da sua escala, sejam em cidades, países ou regiões e terão que estar envolvidas com os seus decisores políticos as organizações não governamentais (ONG), o meio cientifico (especialistas), entre outros. É necessário criar canais de comunicação fácil e acessível, com apelos à participação, sem exclusão de nenhuma das referidas partes. Não poderá existir conformismo ou comodismo, é necessário intervir. É decisivo encontrar soluções para que não se coloquem em causa as próximas gerações. Os assuntos supra estatais necessitam de ser encarados como as grandes preocupações do futuro. Para Huntington, autor do novo paradigma o “Conflito de Civilizações”, os futuros conflitos estarão relacionados com as disputas entre culturas e civilizações.
  • 12. Teorias das Relações Internacionais 12 Estes conflitos poderão não ser só armados, mas sim o demarcar de posições nos temas supra estatais. Este paradigma apresentado pela primeira vez em 1993 referia a possibilidade da ocorrência de conflitos entre civilizações. Como exemplos destacamos, os ataques do 11 de Setembro de 2001 às Torres Gémeas e as disputas Russo-Ucranianas pelo fornecimento de gás à Europa Central. Assim, teremos um Mundo dividido em oito diferentes civilizações que são: Ocidental; Latino-Americana; Africana; Islâmica; Sínico; Hindu; Ortodoxo; Japonesa. É urgente que as diferentes comunidades presentes no paradigma de Huntington, se entendam e façam respeitar os acordos internacionais. Torna-se imperioso que para salvar o planeta é urgente colocar em prática as resoluções do Tratado de Quioto no Japão de 1997, com as adendas da Cimeira de Copenhaga na Dinamarca de 2009. Se em Quioto a administração Bush refutou assinar o acordo, alegando que a redução de gases na indústria dos Estados Unidos da América (Ocidente) representaria uma perca económica acentuada, assim a China (Sínico), mantém-se de fora do acordo, alegando que o problema é mais antigo do que a sua entrada no desenvolvimento industrial e que também tem direito a esse desenvolvimento. Na Cimeira de Copenhaga, a China (Sínico) e a Índia (Hindu), defendem que os países mais desenvolvidos devem dar o claro exemplo, referindo-se aos Estados Unidos da América e Reino Unido (Ocidente), na redução dos gases que provocam o efeito de estufa. O Sudão (Africano), refere-se ao fundo criado em Copenhaga, como uma forma dos países mais desenvolvidos calarem os mais vulneráveis. Limitando com isso a possibilidade destes aspirarem ao desenvolvimento. É receber para não poluir. . É possível, actualmente fazer com que os países emergentes utilizem energias não poluentes contribuindo dessa forma para uma melhoria substancial do Ambiente no nosso planeta. O exemplo do Brasil (Latino Americano) pode e deve ser seguido pelos países emergentes (é de referir que este se apresenta como líder nas energias renováveis e não poluentes). A Europa (Ocidente), também tenta demonstrar que é possível alterar o tipo de energia utilizada na indústria e anualmente cresce a produção de energia eléctrica através de energias limpas.
  • 13. Teorias das Relações Internacionais 13 Os Estados Unidos da América emitem cerca de vinte e cinco por cento da emissão total mundial de gases indutores do efeito de estufa, ao passo que todo o continente africano é responsável apenas por cinco por cento destes gases. Aparentemente, neste tema a Rússia (Ortodoxo) e a União Europeia, mesmo constando na lista dos mais poluidores, são os mais conscienciosos de que algo terá que ser feito para tentar minimizar os malefícios produzidos por décadas, de más politicas ambientais e que eram quase inexistentes. O Irão (Islâmico), pretende enriquecer Urânio, afirmando que é indispensável para o seu desenvolvimento económico, além de se tratar de uma energia limpa e que contribui para a redução da emissão de gases para a atmosfera. Apreensivos, a Arena Internacional mantém as suas reservas, uma vez que o Urânio pode ser utilizado também no fabrico de ogivas nucleares. O petróleo (energia fóssil), ainda não está em risco devido à sua utilização na indústria automóvel, como forma de combustível, mas com a evolução do carro híbrido pela Toyota e pela Nissan, torna-se possível criar metas para a substituição dos veículos movidos pelos derivados do petróleo. Assim, com um tema como o Ambiente, podemos constatar que as diferentes Civilizações, apenas se pronunciam em prol das suas necessidades deixando um pouco de parte o bem comum, o “futuro do planeta”. Em suma, o futuro das Relações Internacionais passará pelos temas supra estatais de difícil consenso, mas é de grande importância na obtenção de acordos que permitam ganhos para a Humanidade da parte dos países que lideram as diferentes “Civilizações”. Com o paradigma de Huntington, o Ocidente estará sempre na linha da frente na resolução dos diferentes dilemas que aparecerão futuramente. Cidades como Toronto no Canadá, Sidney na Austrália, Paris em França ou Londres no Reino Unido, são exemplos em que as diferentes civilizações podem conviver, interagir e coabitar entre sim. O esforço terá de ser feito por quem governa os diferentes países e de quem moderar a Arena Internacional, a ONU. Futuramente, um dos muitos desafios das Relações Internacionais, será a Cimeira CanCun no México em Novembro de 2010, onde será debatido o tema do ambiente, estando todo o mundo expectante quanto à sua declaração final.
  • 14. Teorias das Relações Internacionais 14 Fontes de Informação • http://aeiou.visao.pt/copenhaga-ue-diz-que-protocolo-de-quioto-nao-e-suficiente- porque-nao-vincula-os-eua-e-a-china=f540137, acedido a 04 de Julho de 2010 • http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5938, acedido a 04 de Julho de 2010 • http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1414663, acedido a 05 de Julho de 2010 • http://www.greenpeace.org/portugal/oceanos/aquecimento-global, acedido a 05 de Julho de 2010