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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
ARQUITETURA E URBANISMO
SANTOS - LITORAL
SHEILA MAGALHÃES RA: B165AA-7
TATIANI CRISTINA RA: B09JDA-3
EVOLUÇÃO URBANA DE SANTOS
O povoado de Santos se inicia a partir da ocupação informal do território, sem nenhum planejamento , com ruas sendo abertas sobre antigas trilhas indígenas, formando um traçado irregular
de algumas ruas do Centro Histórico de Santos. Somente a partir do século XIX se fariam correções e se aplicaria o "plano xadrez”.
As primeiras ocupações de terras foram ocupada na região do Enguaguaçu onde se começa a se formar uma povoação em torno do cultivo da cana e sua industrialização. Em 1540 é
construído a primeiras pontes de atracação e trapiches e a Igreja de Santa Catarina e em 1543 é fundado o hospital.
Em 1546 o povoado recebe o foro de Vila com cerca de 350 habitantes. A nova Vila cria a Casa do Conselho, em 1550, a Alfândega é instalada. Em 1560 é construído o Forte junto ao ribeirão do
Itororó. A Vila ganha um pelourinho e o desenvolvimento econômico atrai novos moradores e novas casas são construídas ao longo das ruas.
Com a produção do açúcar em grande escala no Nordeste, a Vila entra numa fase de marasmo que é interrompida a partir de 1554.
A partir de 1570, novas casas comerciais se estabelecem na região do atual bairro do Valongo e fazem daquela área a mais movimentada da Vila e do porto
Em 1580 santos possuía dois núcleos urbanos ligados por uma via denominada Rua Direita. De um lado, a área do Valongo, com hospedarias e casas comerciais, e de outro lado, a área
principal, junto ao Outeiro de Santa Catarina, com os Quartéis e a Casa do Conselho. Em 1585 a casa do conselho é transferida e doada para os jesuítas e nele se constroem a igreja e o colégio.
No final do século XVI a vila possuía aproximadamente 600 pessoas e 100 casas, fora as cabanas de mestiços e indígenas.
Em 1642 é construído o Mosteiro de São Francisco depois Santo Antônio, no Valongo e em 1650 é fundado o Mosteiro de São Bento. A vila entra em crise econômica e pela evasão de
moradores. Entre o século XVII e o XVII a vila cresce para os lagos de valando que concentra as zonas comercial e residências e na rua direita são construídas casas e sobrados.
Em 1765, Santos possuía uma população de 2.081 habitantes e uma dezena de ruas e praças, sendo que algumas delas já tinham outros nomes. A vila havia quatro cursos d'água que nasciam
nas encostas dos morros, atravessavam a área rural e desaguavam no porto cujas fontes forneciam água para a Vila. a população de santos aumenta , mas sem expansão. Houve mudanças em
prédios públicos, como a Alfândega, os largos foram definidos e algumas ruas mudaram de nome
Em 1814 a vila indicava uma população de 5.128 habitantes e cerca de 20 ruas e praças localizadas nas praias.
Em 1822 acusou um população de 4.781 habitantes.
A Vila cresce sem progresso em 1827 a região de Cubatão é aterrada e Santos ganha ligação para São Paulo com
Em 1839 havia apenas edifícios baixo, abafados e escuros. Não havia agua canalizada ou esgotos e os ribeiros serviam de lixeira para a população e existia remoção de lixo.
Ate 1850 a cidade se desenvolve , as edificações na praia estendem – se onde a cidade acaba e começa os morros. o único melhoramento efetivo que a cidade teve foi a instalação de 60
lampiões a azeite e o início do serviço de água canalizada.
Em 1860 se inicia as primeiras obras de construção da estrada de ferro da São Paulo Railway co grande fatos de desenvolvimento mas em 1867 santos ainda sofre com a falta de saneamento e
agua. Nessa época santos ganha o primeiro dos dois edifícios neoclássicos considerado o mais alto do pais na época.
A partir de 1871 começa a ser implantado o novo serviço de água e a cidade ganha 4 novos chafarizes. Também tem início o serviço de gás. A cidade esta com total de 10.120 pessoas. Surge o
Correios e Telégrafos, as praças começam a ser urbanizadas.
A partir do final do século XIX e início do século XX, a ocupação dos morros e da área insular do município se acentua principalmente com a chegada dos primeiros imigrantes.
A partir de 1889 tem início a grande campanha pelo saneamento de Santos. Em 1905 Saturnino de Brito, seu engenheiro-chefe, elabora um planejamento urbano completo visando organizar o
crescimento da cidade.
A partir de 1904 o Centro passa por grandes transformações, com a reurbanização de diversas áreas. Os edifícios sacros, antes numerosos e espalhados por toda a Vila, já não aparecem com a
mesma frequência. Nessa época, a Igreja sofria golpes por causa dos interesses comerciais aliados à tendência anti-clerical do século XIX.
Em 1906 tem início as obras a construção dos canais de drenagem.
Em 1907 é inaugurado o primeiro dos sete grandes canais que cortam a ilha do estuário até o mar.
Em 1913 Para Santos, o café foi realmente um fenômeno. Em dezenas de anos a cidade sofreu profundas transformações, com amplas avenidas margeadas por magníficos prédios.
Em 1920 a população não soma menos de cem mil habitantes. A região situada entre a parte urbana e a suburbana não está inteiramente edificada muitas ruas tem sido abertas em várias
direções
Seguindo o projeto de planejamento urbanístico de Saturnino de Brito, a partir de 1936 ele construiu jardins e passeios, numa largura de cerca de 60 metros.
Em 1932 a cidade sofre mudanças em razão da construção do Palácio José Bonifácio. As obras compreendem o alargamento dos passeios laterais, arborização e ajardinamento.
A partir da construção da Via Anchieta em 1943 e do desenvolvimento da indústria automobilística, Santos sofre profunda transformação arquitetônica e urbana, quando é invadida pela
especulação imobiliária. Os arranha-céus que invadem o horizonte e mudam a paisagem também formam uma barreira para a brisa do mar e a ventilação da cidade, que se torna mais abafada.
A partir de meados da década de 70, a poluição das praias e vários outros fatores mergulham a cidade em uma fase de decadência geral que se reflete também sobre o patrimônio
arquitetônico da cidade, entregue ao abandono e ao descaso.
Em meados da década de 90 a construção dos edifícios da orla, sem fundações profundas ou sem um estudo detalhado sobre o impacto geológico, deu origem, alguns anos depois, aos
chamados prédios tortos da orla . Em 2000 houve a revitalização do centro.
ANTES E DEPOIS DO PLANO DE SATURIO BRITO
Saneamento da cidade determina seu plano urbanístico
O saneamento correspondia ao que hoje chamamos de urbanismo, pois determinava a criação de novas ruas e pontes para que a drenagem fosse possível. Graças a isso a cidade
cresceu de forma ordenada. Hoje os canais de Santos são tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo
(Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).
Antes:
1880 – O final do século XIX foi dominado por doenças como febre amarela, varíola, peste bubônica, impaludismo, febre tifoide, desinteira entre outras, causadas pela falta de
saneamento, e abastecimento de água inadequado, o que afetou quase 50% da população.
1889 – foram surgindo novos cais e com eles novas epidemias.
Depois:
1905 – começa o projeto, prevendo a abertura de canais de drenagem para dar vazão às águas das chuvas e canalizar as águas de rios e ribeiros, serviços de esgoto, na ampliação da rede
coletora e na construção dos emissários, das estações elevatórias e das usinas de recalque para o bombeamento do esgoto, uma vez que o terreno plano não propiciava a condução por
gravidade. A ideia era de dispor ruas e quadras a partir dos canais.
1907 - o sistema de Saturnino compreendia nove canais, em direção ao mar e ao estuário, que atravessavam a ilha, com muitos trechos subterrâneos e pontes. A terra retirada para a
abertura dos vãos era usada para aterrar os brejos e alagadiços da planície. Os canais iam se abrindo e, junto com eles, era realizada a urbanização de seu entorno: levantavam-se os
muros, as ruas ganhavam calçamento e eram construídos passeios arborizados.
1911 – A rede de esgoto é ampliada.
Após as modificações de saneamento, e conforme o passar do tempo, Santos teve a qualidade da água melhorada, a rede de esgotos ampliada, o numero de canais aumenta e o plano
de Saturnino sustentou a população até meados dos anos 60, que foi quando a procura por Santos como cidade turística aumentou e com isso veio a poluição e saturamento do sistema.
1979 – SABESP amplia e completa o plano de Saturnino Das estações elevatórias iniciais, a Sabesp conserva algumas e constrói outras, totalizando 12 estações.
O plano urbanístico de Saturnino feito a partir dos canais de drenagem previa grande
avenidas, os jardins da praia, grandes praças, conjuntos poliesportivos e escolas públicas.
Um grande eixo ajardinado cortaria a ilha, acompanhando a linha férrea e as futuras linhas
do "tramway" (que hoje seria um VLT).
FONTE: dapraiadesantos. com.br
Imagem 1 - Século 1546
A Casa do Trem Bélicco, que guardava munições para as
fortalezas da região e a Igreja de Santa Catarina, que foi a
primeira Matriz da nova Vila
Imagem 3– Século 1642
Acima e abaixo, a Rua Direita em dois ângulos . Acima, o
pelourinho, a Igreja do Carmo e o Arsenal da Marinha à
direita. Abaixo, a nova Casa de Câmara e Cadeia, ocupando
espaço da atual Praça da República.
Imagem 2 - Século 1570
A Igreja Matriz. No alto à direita o Outeiro e Igreja
de Santa Catarina. À esquerda, o Colégio dos
Jesuítas, em prédio chamado "Palacete“.
1- Igreja de S. Catarina
2- Casa do Trem Bélico
3- Quartéis
4- Matriz
5- Colégio dos Jesuítas
6- Forte da Vila
7- Câmara e Cadeia
8- Pelourinho
9- Arsenal da Marinha
10- Igreja e Convento do Carmo
11- Alfandega velha
12- Igreja da misericordia
13- Alfândega nova
14- Quatro Cantos
15- Igreja da Graça
16- Convento de S. Francisco
17- Mosteiro de São Bento
18- Igreja de S. Jerônimo
19- Fonte do Itororó
20- Fonte das Duas Pedras
Imagem 4- Século 1765
Como se pode observar no mapa da Vila em
1765, há um desvio no eixo formado pela Rua
Direita e Rua São Francisco Esse desvio criou um
local que ficou conhecido como os Quatro
Cantos (14 no mapa), local onde a rua Direita era
cortada pela Travessa da Alfândega e Beco do
Inferno (atual Frei Gaspar). Os Quatro Cantos era
um ponto de referência e talvez tenha se
destacado apenas por ser o primeiro cruzamento
envolvendo quatro ruas distintas.
Imagem 5 - século 1822
Observando os aspectos da Vila em 1822,
podemos notar que ela continua com o mesmo
traçado, porém com alguns acréscimos, como o
Largo do Rosário, que por ser início do Caminho
do Mar rumo a São Paulo, tornou-se a principal
entrada da cidade.
Evolução urbana de Santos - Imagens
A vida da Vila no século XVI Mudanças na economia modificam a Vila A Rua Direita é ocupada
Santos na época da Independência 1822 – Imagem 5Aspectos urbanos – 1765 - Imagem 4
1- Igreja de S. Catarina
2- Casa do Trem Bélico
3- Quartéis
4- Matriz
5- Hospital Militar/Santa Casa
6- Palácio dos Governadores
7- Alfândega
8- Forte da Vila
9 - Pelourinho
10- Arsenal da Marinha
11- Ig. e Convento do Carmo
12- Igreja da Misericórdia
13- Igreja do Rosário
14- Casa da Câmara e Cadeia
15- Igreja do Carvalho (Capela
de Jesus, Maria e José)
16- Igreja da Graça
17- Convento de S. Francisco
18- Mosteiro de São Bento
19- Igreja de S. Jerônimo
20- Fonte do Itororó
21- Fonte das Duas Pedras
Imagem 6 – Século 1822
Santos em 1822, na concepção de Calixto, onde se vê a área
do Valongo e a foz do São Bento, com o Convento de
S.Francisco à direita e a Capela de Jesus, Maria e José à
esquerda (este painel pode ser admirado no prédio da Bolsa
de Café.
Imagem 7– Século 1827
Os grandes espaços públicos são uma característica até o
início do século XX, quando os largos viram praças
ajardinadas. Acima, o largo da Matriz visto do prédio do
antigo Colégio dos Jesuítas, por volta de 1875.
Imagem 8– Século 1850
A Rua Direita, em fins do século XIX. A principal via da
cidade começa a adquirir um caráter comercial. À direita,
a Associação Comercial em sua primeira sede.
A cidade ruma para o PaquetáA Vila cresce sem progresso
Santos recebe melhorias
Imagem 9 – Século 1875
O largo do Rosário por volta de 1875, era o ponto inicial das
recém inauguradas linhas de bondes puxados por burros,
serviço iniciado em 1872 .
Imagem 10– Século 1901
Vista da cidade no início do século XX. A região do Valongo
começa a ser ocupada por grandes armazéns e a população
mais abastada se muda para a Vila Nova e o Paquetá.
Santos na época da Independência
A ocupação dos morros A elite da cidade deixa o Valongo
Imagem 11– Século 1875
A zona do Outeirinhos, entre Macuco e Vila Mathias,
era um extenso brejo,a exemplo de outras áreas da
planície, A partir de 1907, a construção dos canais de
drenagem começa a mudar a paisagem.
Imagem 12– Século 1896
Esta planta, de 1896, é um projeto
para a expansão da cidade, de autoria
da Câmara Municipal. No detalhe se
pode ver a rigidez do chamado "plano
xadrez", muito usado em Portugal. Do
projeto Saturnino considerou algumas
das vias propostas, como a Rodrigues
Alves. O resto ficou apenas no papel
(foto Mapas de Santos)
Imagem 13 – Século 1901
Acima, parcial do Projeto de
Urbanização de Saturnino de Brito a
partir dos canais de drenagem - das
grandes áreas verdes projetadas,
foram implantadas apenas os
jardins da Orla e o Orquidário
Imagem 14 – Século 1904
Demolição no Beco do Inferno e na Rua do
Consulado (Frei Gaspar)em 1904 - o Centro muda de
cara.
O projeto de Saturnino
Imagem 15 – Século 1908
Urbanização da Praça da República, antigo Largo da
Matriz, em 1908. A reforma derruba a centenária igreja
para o alargamento da praça, sob a alegação de que
estava condenada devido ao ataque de cupins.
Imagem 16 – Século 1907
O Canal 1 no ano de sua inauguração. Segundo
Saturnino, os canais poderiam suportar a navegação de
pequenos botes para transporte de doentes ao Hospital
de Isolamento durante eventuais epidemias
Aspectos urbanos - 1896 O fim do paraíso dos turcos
Imagem 17 – Século 1922
O majestoso monumento à Independência, inaugurado
em 1922 no Gonzaga, reflete a riqueza da cidade na era
do café
O desaparecimento das igrejas Os canais de drenagem Aspectos urbanos - 1913
Imagem 18 – Século 1905
Vista de 1905 mostrando do início da Av. Anna Costa e
da Av. Pinheiro Machado (Canal 1). O primeiro prédio da
esquina à direita ainda existe e funciona - o Restaurante
Almeida. A elevação à direita é o Morro do Lima, que
sofreu intervenção e desapareceu no processo de
urbanização
Imagem 19– Século 1915
Foto de 1915 mostrando o local conhecido desde o
século XVIII como "Quatro Cantos", um dos pontos
mais efervescentes da cidade na época
Imagem 20– Século 1936
Ao primeiro trecho da orla da praia urbanizado. A
construção dos
jardins da praia estava prevista no projeto urbanístico de
Saturnino .
A urbanização das praiasSantos é outra cidadeSantos é outra cidade
Novas mudanças no Centro
Imagem 21 – Século 1938
A Praça Mauá recém urbanizada: uma miniatura da
esplanada
de Versailles para harmonizar com o novo Paço
Municipal.
Imagem 22 – Século 1954
Vista da praia do Boqueirão em 1954 mostrando o
acentuado crescimento vertical. Note a pista especial
com os trilhos de ida e volta dos bondes
Novas construções refletem a riqueza do
povo santista
O inchaço urbano e a mudança na
paisagem
Os prédios tortos da orla
Imagem 23 – Século 1960
O Edifício Excelsior, construído pela Metromar na
esquina da Av. Siqueira Campos (Canal 4), é um dos mais
graves casos de recalque da orla da praia.
Imagem 24 – Século 2000
série de incentivos fiscais oferecidos dentro do projeto
Alegra Centro,da Prefeitura Municipal, vem mudando a
paisagem do Centro
2000 - A revitalização do Centro
Fontes da imagens: dapraiadesantos.blogspot.com/2011/06/evolucao-urbana.htm
Conclusão
A cidade de Santos era conhecida no século XIX como Vila, devido a sua pequena quantidade de habitantes. Conforme o tempo foi passando, a população e a movimentação na
cidade foram crescendo, tornando a Vila em uma cidade: a Cidade de Santos.
Apesar do adensamento que vinha surgindo, a cidade sempre manteve o mesmo traçado, porém com alguns acréscimos. Não havia água canalizada ou esgoto e os ribeirões
atravessavam a Vila a descoberto servindo de lixeira para a população. Não existia a remoção de lixo.
A falta de saneamento trouxe para a cidade diversas doenças que afetou grande parte da população. Pensando nisso e no lado econômico, o Estado convocou Saturnino de
Brito para o projeto que definitivamente mudou e definiu o planejamento urbano, pois o plano de canalização passou a formar a distribuição das ruas e pontes e provocou um
melhoramento na urbanização da cidade.

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Evolução urbana de santos pronto

  • 1. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ARQUITETURA E URBANISMO SANTOS - LITORAL SHEILA MAGALHÃES RA: B165AA-7 TATIANI CRISTINA RA: B09JDA-3
  • 2. EVOLUÇÃO URBANA DE SANTOS O povoado de Santos se inicia a partir da ocupação informal do território, sem nenhum planejamento , com ruas sendo abertas sobre antigas trilhas indígenas, formando um traçado irregular de algumas ruas do Centro Histórico de Santos. Somente a partir do século XIX se fariam correções e se aplicaria o "plano xadrez”. As primeiras ocupações de terras foram ocupada na região do Enguaguaçu onde se começa a se formar uma povoação em torno do cultivo da cana e sua industrialização. Em 1540 é construído a primeiras pontes de atracação e trapiches e a Igreja de Santa Catarina e em 1543 é fundado o hospital. Em 1546 o povoado recebe o foro de Vila com cerca de 350 habitantes. A nova Vila cria a Casa do Conselho, em 1550, a Alfândega é instalada. Em 1560 é construído o Forte junto ao ribeirão do Itororó. A Vila ganha um pelourinho e o desenvolvimento econômico atrai novos moradores e novas casas são construídas ao longo das ruas. Com a produção do açúcar em grande escala no Nordeste, a Vila entra numa fase de marasmo que é interrompida a partir de 1554. A partir de 1570, novas casas comerciais se estabelecem na região do atual bairro do Valongo e fazem daquela área a mais movimentada da Vila e do porto Em 1580 santos possuía dois núcleos urbanos ligados por uma via denominada Rua Direita. De um lado, a área do Valongo, com hospedarias e casas comerciais, e de outro lado, a área principal, junto ao Outeiro de Santa Catarina, com os Quartéis e a Casa do Conselho. Em 1585 a casa do conselho é transferida e doada para os jesuítas e nele se constroem a igreja e o colégio. No final do século XVI a vila possuía aproximadamente 600 pessoas e 100 casas, fora as cabanas de mestiços e indígenas. Em 1642 é construído o Mosteiro de São Francisco depois Santo Antônio, no Valongo e em 1650 é fundado o Mosteiro de São Bento. A vila entra em crise econômica e pela evasão de moradores. Entre o século XVII e o XVII a vila cresce para os lagos de valando que concentra as zonas comercial e residências e na rua direita são construídas casas e sobrados. Em 1765, Santos possuía uma população de 2.081 habitantes e uma dezena de ruas e praças, sendo que algumas delas já tinham outros nomes. A vila havia quatro cursos d'água que nasciam nas encostas dos morros, atravessavam a área rural e desaguavam no porto cujas fontes forneciam água para a Vila. a população de santos aumenta , mas sem expansão. Houve mudanças em prédios públicos, como a Alfândega, os largos foram definidos e algumas ruas mudaram de nome Em 1814 a vila indicava uma população de 5.128 habitantes e cerca de 20 ruas e praças localizadas nas praias. Em 1822 acusou um população de 4.781 habitantes. A Vila cresce sem progresso em 1827 a região de Cubatão é aterrada e Santos ganha ligação para São Paulo com Em 1839 havia apenas edifícios baixo, abafados e escuros. Não havia agua canalizada ou esgotos e os ribeiros serviam de lixeira para a população e existia remoção de lixo. Ate 1850 a cidade se desenvolve , as edificações na praia estendem – se onde a cidade acaba e começa os morros. o único melhoramento efetivo que a cidade teve foi a instalação de 60 lampiões a azeite e o início do serviço de água canalizada. Em 1860 se inicia as primeiras obras de construção da estrada de ferro da São Paulo Railway co grande fatos de desenvolvimento mas em 1867 santos ainda sofre com a falta de saneamento e agua. Nessa época santos ganha o primeiro dos dois edifícios neoclássicos considerado o mais alto do pais na época. A partir de 1871 começa a ser implantado o novo serviço de água e a cidade ganha 4 novos chafarizes. Também tem início o serviço de gás. A cidade esta com total de 10.120 pessoas. Surge o Correios e Telégrafos, as praças começam a ser urbanizadas. A partir do final do século XIX e início do século XX, a ocupação dos morros e da área insular do município se acentua principalmente com a chegada dos primeiros imigrantes. A partir de 1889 tem início a grande campanha pelo saneamento de Santos. Em 1905 Saturnino de Brito, seu engenheiro-chefe, elabora um planejamento urbano completo visando organizar o crescimento da cidade. A partir de 1904 o Centro passa por grandes transformações, com a reurbanização de diversas áreas. Os edifícios sacros, antes numerosos e espalhados por toda a Vila, já não aparecem com a mesma frequência. Nessa época, a Igreja sofria golpes por causa dos interesses comerciais aliados à tendência anti-clerical do século XIX. Em 1906 tem início as obras a construção dos canais de drenagem. Em 1907 é inaugurado o primeiro dos sete grandes canais que cortam a ilha do estuário até o mar. Em 1913 Para Santos, o café foi realmente um fenômeno. Em dezenas de anos a cidade sofreu profundas transformações, com amplas avenidas margeadas por magníficos prédios. Em 1920 a população não soma menos de cem mil habitantes. A região situada entre a parte urbana e a suburbana não está inteiramente edificada muitas ruas tem sido abertas em várias direções Seguindo o projeto de planejamento urbanístico de Saturnino de Brito, a partir de 1936 ele construiu jardins e passeios, numa largura de cerca de 60 metros. Em 1932 a cidade sofre mudanças em razão da construção do Palácio José Bonifácio. As obras compreendem o alargamento dos passeios laterais, arborização e ajardinamento. A partir da construção da Via Anchieta em 1943 e do desenvolvimento da indústria automobilística, Santos sofre profunda transformação arquitetônica e urbana, quando é invadida pela especulação imobiliária. Os arranha-céus que invadem o horizonte e mudam a paisagem também formam uma barreira para a brisa do mar e a ventilação da cidade, que se torna mais abafada. A partir de meados da década de 70, a poluição das praias e vários outros fatores mergulham a cidade em uma fase de decadência geral que se reflete também sobre o patrimônio arquitetônico da cidade, entregue ao abandono e ao descaso. Em meados da década de 90 a construção dos edifícios da orla, sem fundações profundas ou sem um estudo detalhado sobre o impacto geológico, deu origem, alguns anos depois, aos chamados prédios tortos da orla . Em 2000 houve a revitalização do centro.
  • 3. ANTES E DEPOIS DO PLANO DE SATURIO BRITO Saneamento da cidade determina seu plano urbanístico O saneamento correspondia ao que hoje chamamos de urbanismo, pois determinava a criação de novas ruas e pontes para que a drenagem fosse possível. Graças a isso a cidade cresceu de forma ordenada. Hoje os canais de Santos são tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa). Antes: 1880 – O final do século XIX foi dominado por doenças como febre amarela, varíola, peste bubônica, impaludismo, febre tifoide, desinteira entre outras, causadas pela falta de saneamento, e abastecimento de água inadequado, o que afetou quase 50% da população. 1889 – foram surgindo novos cais e com eles novas epidemias. Depois: 1905 – começa o projeto, prevendo a abertura de canais de drenagem para dar vazão às águas das chuvas e canalizar as águas de rios e ribeiros, serviços de esgoto, na ampliação da rede coletora e na construção dos emissários, das estações elevatórias e das usinas de recalque para o bombeamento do esgoto, uma vez que o terreno plano não propiciava a condução por gravidade. A ideia era de dispor ruas e quadras a partir dos canais. 1907 - o sistema de Saturnino compreendia nove canais, em direção ao mar e ao estuário, que atravessavam a ilha, com muitos trechos subterrâneos e pontes. A terra retirada para a abertura dos vãos era usada para aterrar os brejos e alagadiços da planície. Os canais iam se abrindo e, junto com eles, era realizada a urbanização de seu entorno: levantavam-se os muros, as ruas ganhavam calçamento e eram construídos passeios arborizados. 1911 – A rede de esgoto é ampliada. Após as modificações de saneamento, e conforme o passar do tempo, Santos teve a qualidade da água melhorada, a rede de esgotos ampliada, o numero de canais aumenta e o plano de Saturnino sustentou a população até meados dos anos 60, que foi quando a procura por Santos como cidade turística aumentou e com isso veio a poluição e saturamento do sistema. 1979 – SABESP amplia e completa o plano de Saturnino Das estações elevatórias iniciais, a Sabesp conserva algumas e constrói outras, totalizando 12 estações. O plano urbanístico de Saturnino feito a partir dos canais de drenagem previa grande avenidas, os jardins da praia, grandes praças, conjuntos poliesportivos e escolas públicas. Um grande eixo ajardinado cortaria a ilha, acompanhando a linha férrea e as futuras linhas do "tramway" (que hoje seria um VLT). FONTE: dapraiadesantos. com.br
  • 4. Imagem 1 - Século 1546 A Casa do Trem Bélicco, que guardava munições para as fortalezas da região e a Igreja de Santa Catarina, que foi a primeira Matriz da nova Vila Imagem 3– Século 1642 Acima e abaixo, a Rua Direita em dois ângulos . Acima, o pelourinho, a Igreja do Carmo e o Arsenal da Marinha à direita. Abaixo, a nova Casa de Câmara e Cadeia, ocupando espaço da atual Praça da República. Imagem 2 - Século 1570 A Igreja Matriz. No alto à direita o Outeiro e Igreja de Santa Catarina. À esquerda, o Colégio dos Jesuítas, em prédio chamado "Palacete“. 1- Igreja de S. Catarina 2- Casa do Trem Bélico 3- Quartéis 4- Matriz 5- Colégio dos Jesuítas 6- Forte da Vila 7- Câmara e Cadeia 8- Pelourinho 9- Arsenal da Marinha 10- Igreja e Convento do Carmo 11- Alfandega velha 12- Igreja da misericordia 13- Alfândega nova 14- Quatro Cantos 15- Igreja da Graça 16- Convento de S. Francisco 17- Mosteiro de São Bento 18- Igreja de S. Jerônimo 19- Fonte do Itororó 20- Fonte das Duas Pedras Imagem 4- Século 1765 Como se pode observar no mapa da Vila em 1765, há um desvio no eixo formado pela Rua Direita e Rua São Francisco Esse desvio criou um local que ficou conhecido como os Quatro Cantos (14 no mapa), local onde a rua Direita era cortada pela Travessa da Alfândega e Beco do Inferno (atual Frei Gaspar). Os Quatro Cantos era um ponto de referência e talvez tenha se destacado apenas por ser o primeiro cruzamento envolvendo quatro ruas distintas. Imagem 5 - século 1822 Observando os aspectos da Vila em 1822, podemos notar que ela continua com o mesmo traçado, porém com alguns acréscimos, como o Largo do Rosário, que por ser início do Caminho do Mar rumo a São Paulo, tornou-se a principal entrada da cidade. Evolução urbana de Santos - Imagens A vida da Vila no século XVI Mudanças na economia modificam a Vila A Rua Direita é ocupada Santos na época da Independência 1822 – Imagem 5Aspectos urbanos – 1765 - Imagem 4 1- Igreja de S. Catarina 2- Casa do Trem Bélico 3- Quartéis 4- Matriz 5- Hospital Militar/Santa Casa 6- Palácio dos Governadores 7- Alfândega 8- Forte da Vila 9 - Pelourinho 10- Arsenal da Marinha 11- Ig. e Convento do Carmo 12- Igreja da Misericórdia 13- Igreja do Rosário 14- Casa da Câmara e Cadeia 15- Igreja do Carvalho (Capela de Jesus, Maria e José) 16- Igreja da Graça 17- Convento de S. Francisco 18- Mosteiro de São Bento 19- Igreja de S. Jerônimo 20- Fonte do Itororó 21- Fonte das Duas Pedras
  • 5. Imagem 6 – Século 1822 Santos em 1822, na concepção de Calixto, onde se vê a área do Valongo e a foz do São Bento, com o Convento de S.Francisco à direita e a Capela de Jesus, Maria e José à esquerda (este painel pode ser admirado no prédio da Bolsa de Café. Imagem 7– Século 1827 Os grandes espaços públicos são uma característica até o início do século XX, quando os largos viram praças ajardinadas. Acima, o largo da Matriz visto do prédio do antigo Colégio dos Jesuítas, por volta de 1875. Imagem 8– Século 1850 A Rua Direita, em fins do século XIX. A principal via da cidade começa a adquirir um caráter comercial. À direita, a Associação Comercial em sua primeira sede. A cidade ruma para o PaquetáA Vila cresce sem progresso Santos recebe melhorias Imagem 9 – Século 1875 O largo do Rosário por volta de 1875, era o ponto inicial das recém inauguradas linhas de bondes puxados por burros, serviço iniciado em 1872 . Imagem 10– Século 1901 Vista da cidade no início do século XX. A região do Valongo começa a ser ocupada por grandes armazéns e a população mais abastada se muda para a Vila Nova e o Paquetá. Santos na época da Independência A ocupação dos morros A elite da cidade deixa o Valongo Imagem 11– Século 1875 A zona do Outeirinhos, entre Macuco e Vila Mathias, era um extenso brejo,a exemplo de outras áreas da planície, A partir de 1907, a construção dos canais de drenagem começa a mudar a paisagem.
  • 6. Imagem 12– Século 1896 Esta planta, de 1896, é um projeto para a expansão da cidade, de autoria da Câmara Municipal. No detalhe se pode ver a rigidez do chamado "plano xadrez", muito usado em Portugal. Do projeto Saturnino considerou algumas das vias propostas, como a Rodrigues Alves. O resto ficou apenas no papel (foto Mapas de Santos) Imagem 13 – Século 1901 Acima, parcial do Projeto de Urbanização de Saturnino de Brito a partir dos canais de drenagem - das grandes áreas verdes projetadas, foram implantadas apenas os jardins da Orla e o Orquidário Imagem 14 – Século 1904 Demolição no Beco do Inferno e na Rua do Consulado (Frei Gaspar)em 1904 - o Centro muda de cara. O projeto de Saturnino Imagem 15 – Século 1908 Urbanização da Praça da República, antigo Largo da Matriz, em 1908. A reforma derruba a centenária igreja para o alargamento da praça, sob a alegação de que estava condenada devido ao ataque de cupins. Imagem 16 – Século 1907 O Canal 1 no ano de sua inauguração. Segundo Saturnino, os canais poderiam suportar a navegação de pequenos botes para transporte de doentes ao Hospital de Isolamento durante eventuais epidemias Aspectos urbanos - 1896 O fim do paraíso dos turcos Imagem 17 – Século 1922 O majestoso monumento à Independência, inaugurado em 1922 no Gonzaga, reflete a riqueza da cidade na era do café O desaparecimento das igrejas Os canais de drenagem Aspectos urbanos - 1913
  • 7. Imagem 18 – Século 1905 Vista de 1905 mostrando do início da Av. Anna Costa e da Av. Pinheiro Machado (Canal 1). O primeiro prédio da esquina à direita ainda existe e funciona - o Restaurante Almeida. A elevação à direita é o Morro do Lima, que sofreu intervenção e desapareceu no processo de urbanização Imagem 19– Século 1915 Foto de 1915 mostrando o local conhecido desde o século XVIII como "Quatro Cantos", um dos pontos mais efervescentes da cidade na época Imagem 20– Século 1936 Ao primeiro trecho da orla da praia urbanizado. A construção dos jardins da praia estava prevista no projeto urbanístico de Saturnino . A urbanização das praiasSantos é outra cidadeSantos é outra cidade Novas mudanças no Centro Imagem 21 – Século 1938 A Praça Mauá recém urbanizada: uma miniatura da esplanada de Versailles para harmonizar com o novo Paço Municipal. Imagem 22 – Século 1954 Vista da praia do Boqueirão em 1954 mostrando o acentuado crescimento vertical. Note a pista especial com os trilhos de ida e volta dos bondes Novas construções refletem a riqueza do povo santista O inchaço urbano e a mudança na paisagem Os prédios tortos da orla Imagem 23 – Século 1960 O Edifício Excelsior, construído pela Metromar na esquina da Av. Siqueira Campos (Canal 4), é um dos mais graves casos de recalque da orla da praia.
  • 8. Imagem 24 – Século 2000 série de incentivos fiscais oferecidos dentro do projeto Alegra Centro,da Prefeitura Municipal, vem mudando a paisagem do Centro 2000 - A revitalização do Centro Fontes da imagens: dapraiadesantos.blogspot.com/2011/06/evolucao-urbana.htm Conclusão A cidade de Santos era conhecida no século XIX como Vila, devido a sua pequena quantidade de habitantes. Conforme o tempo foi passando, a população e a movimentação na cidade foram crescendo, tornando a Vila em uma cidade: a Cidade de Santos. Apesar do adensamento que vinha surgindo, a cidade sempre manteve o mesmo traçado, porém com alguns acréscimos. Não havia água canalizada ou esgoto e os ribeirões atravessavam a Vila a descoberto servindo de lixeira para a população. Não existia a remoção de lixo. A falta de saneamento trouxe para a cidade diversas doenças que afetou grande parte da população. Pensando nisso e no lado econômico, o Estado convocou Saturnino de Brito para o projeto que definitivamente mudou e definiu o planejamento urbano, pois o plano de canalização passou a formar a distribuição das ruas e pontes e provocou um melhoramento na urbanização da cidade.