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RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
FRIO
Fábio Eduardo Machado – Engenheiro
de Segurança do Trabalho
TEMPERATURAS EXTREMAS
FRIO => temperaturas abaixo de 15ºC
Cada um tem uma definição para a expressão ‘sentir frio’.
A expressão é tão usada que pouco notamos o que ela
realmente significa...
Metade da Terra e 1/10 dos oceanos são cobertos por
neve e gelo durante boa parte do ano. O frio extremo pode
ser encontrado em basicamente três lugares: nas grandes
altitudes, nos pólos e no fundo do mar. Mas nem
precisamos ir tão longe para sabermos que o frio mata.
O corpo humano não foi feito para agüentar temperaturas
muito baixas, apesar de alguns povos viverem em lugares
muito frios, como a Sibéria, que enfrenta temperaturas de
– 60 °C no inverno, e o norte do Canadá. A temperatura
mais baixa registrada no nosso planeta foi de – 89 °C, na
estação de pesquisa russa de Vostok, situada no
Continente Antártico, em 1983.
Nas montanhas, para cada 100 m que subimos a
temperatura cai 1 °C. O cume do Everest costuma estar
envolto por uma temperatura de – 40°C, além dos ventos,
que reduzem consideravelmente este número.
Isto chama-se ‘fator vento’ e existe uma fórmula que
permite achar a temperatura ‘real’ a que estamos expostos,
quando enfrentamos baixas temperaturas com ventos
gélidos.
O vento aumenta a taxa de perda de calor porque troca o
ar aquecido em volta da gente por ar frio e nos faz perder
todo o calor que acabamos de produzir. Isto significa que,
em temperaturas muito baixas acrescidas de vento,
podemos congelar partes expostas do nosso corpo em
questão de segundos.
Assim, vale dizer que o ser humano suporta bem o frio se
ele estiver bem alimentado, bem agasalhado e tiver um
abrigo (como casa, cabana ou mesmo barraca).
É a comida que vai fazê-lo produzir calor e, assim, se
aquecer em condições extremas. É o agasalho adequado que
não vai deixar este calor produzido ir embora. E é um
abrigo que irá protegê-lo das piores condições e,
principalmente, do vento enregelante.
Condições extremas como a escalada de uma montanha com
altitude superior a 5.000 metros consome, em média, 6.000
calorias por dia. O que significa que carregar comida
suficiente para vários dias é muito difícil, ou seja, é comum
perder peso em uma expedição e, assim, se expor aos
efeitos do frio com mais facilidade.
O resultado disso é a possibilidade de sofrer congelamento
nas extremidades ou mesmo morrer.
E quanto agüentamos? Isso vai depender do tempo que
ficarmos exposto ao frio. Meros 25°C é a temperatura
que os seres humanos nus começam a sentir frio, por
exemplo. Se o ar estiver parado a – 29°C e a pessoa
estiver bem agasalhada, ela corre poucos riscos.
"Acrescente" um vento de 40 km/h e teremos uma
temperatura equivalente a – 66°C, o que o faz congelar as
partes expostas e/ou as extremidades do nosso corpo em
menos de 30 segundos!
E por quê as extremidades sofrem tanto? É mera questão
de sobrevivência... O corpo ‘escolhe’ o que vale mais a pena
salvar, ou seja, ele concentra o envio de sangue e,
consequentemente, de calor nas partes vitais (cabeça e
tronco), sacrificando as extremidades.
Por isso se diz que, quando temos frio nas mãos, devemos
proteger a cabeça (e o pescoço)...! É por ali que se perde
até 25% do calor produzido pelo corpo.
Se a neve é bonita e legal para nós, brasileiros, que só a
temos quando escolhemos passar férias em lugares
nevados e frios (além de poucos lugares no sul do País), ela
pode ser um incômodo para quem vive em lugares
extremos.
A – 55°C, aviões não decolam, caminhões e carros não
andam pois o combustível e os radiadores congelam,
baterias não ligam, tecidos sintéticos rasgam, linhas de
transmissão elétrica de metal se retesam e rompem,
cortando o fornecimento de energia elétrica, e nem mesmo
um termômetro a mercúrio serve para medir a
temperatura, pois ele congela a – 39°C.
O termômetro tem de ser a álcool.
Morrer de frio. Esta expressão é bastante comum em nossa
língua, mas pode corresponder 100% à realidade. A nossa
temperatura corporal é de 36-38°C.
A hipotermia começa a ser definida quando a temperatura basal
cai a cerca de 35°C. Hipotermia branda, apesar de não causar a
morte, é bastante perigosa e pode ser de difícil detecção, já
causando uma série de distúrbios na pessoa, como calafrios,
destreza manual reduzida, cansaço, afeta o julgamento e a
pessoa pode ficar propensa a discutir, além de não cooperar com
a sua própria recuperação.
A hipotermia moderada vem associada a calafrios violentos, a
coordenação muscular e as habilidades mentais são afetadas e é
aqui que a pessoa pode simplesmente ‘se deixar morrer’, pois
perde a capacidade de discernimento.
Perdemos a consciência quando nosso corpo chega a 30°C. Na
hipotermia profunda, tanto a respiração quanto os batimentos
cardíacos podem acontecer ao ritmo de apenas um ou dois por
minuto. O coração pára quando a temperatura chega a 20°C.
A exposição ocupacional ao frio intenso pode constituir
problema sério implicando em diversos inconvenientes
que afetarão a saúde, o conforto e a eficiência do
trabalhador.
FRIO OCUPACIONAL
Temperaturas Extremas – Fontes
Alguns segmentos necessitam de baixas temperaturas para o
desempenho de suas atividades afins:
 Frigoríficos
 Indústria alimentícia
 Industria de pescado
 Armazenagem de alimentos
 Câmaras frigoríficas
 Câmaras frias e resfriadas
 Fabricação de gelo e sorvete
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
EFEITOS DO FRIO NO ORGANISMO HUMANO
 A baixa temperatura corporal resulta de um balanço negativo
entre a produção e a perda de calor;
 O fluxo sangüíneo é reduzido em proporção direta com a queda
da temperatura;
 Temperatura corpórea < 35ºC =>
- cai a freqüência do pulso;
- diminuição global de todas as atividades fisiológicas;
- queda da pressão arterial;
- queda da taxa metabólica;
- a produção de calor é insuficiente para manter o equilíbrio;
- hipotermia (diminuição da temperatura interna do corpo)
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
Os mecanismos fisiológicos mais importantes em relação
ao frio são os seguintes:
 Redução do fluxo sanguíneo superficial e o
incremento da atividade física (tremor).
Nas baixas temperaturas o corpo humano apresenta
alterações na respiração e na frequência cardíaca, palidez
da pele, resfriamento das extremidades (que, muitas
vezes, ficam roxas), dificuldade de movimentação
muscular, ressecamento do nariz e rachaduras nos lábios.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
Lesão Congelante (Frostbite)
Em geral uma pessoa nua começa a sentir frio dos 25 graus
Celsius para baixo. Usando roupas leves, um adulto suporta
5 graus negativos. De qualquer forma, o corpo aumenta o
metabolismo para produzir mais calor e reduz a circulação
periférica –
por isso a palidez. A ingestão de bebidas
alcoólicas para esquentar pode ser examinada: ela aquece
por produzir certa ardência, mas provoca um aumento da
circulação periférica (aquele calorzinho).
Efeitos Biológicos da Exposição ao Frio
Geladura ou Queimadura do Frio. Afeta
principalmente o dorso das mãos e dos pés.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
Temperatura do núcleo do corpo < 29ºC =>
 O hipotálamo perde a capacidade termoreguladora;
 Sonolência;
 Coma;
 Morte.
Hipotermia
SINAIS CLÍNICOS PROGRESSIVOS
DE HIPOTERMIA
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
Medidas de Proteção contra o Frio
 Regime de trabalho – recomendam-se períodos de trabalho
intercalados por períodos de descanso para regime de trabalho;
 Exames médicos admissionais – excluir portadores de diabetes,
epiléticos, fumantes, alcoólatras, alérgicos ao frio e portadores de
problemas articulares;
 Exames médicos periódicos – atentar para o diagnóstico precoce
de vasculopatias periféricas, ulcerações térmicas, dores
articulares, perda de sensibilidade tátil e repetidas infecções das
vias aéreas superiores (faringites, rinites, sinusites, amigdalites)
 Vestimentas adequadas – japona e calça térmica, luvas térmicas,
botas térmicas, meias de lã, balaclava.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
 Educação e Treinamento – conscientizar o trabalhador
quanto a necessidade do uso de vestimentas
adequadas. Quando na sala de repouso, manter-se
aquecido, seco e em movimento, realizando exercícios
com os braços, pernas, mãos, dedos e pés, para ativar
a circulação periférica.
 Evitar exercícios violentos, como jogos coletivos, para
não haver dispersão de calor excessivo.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
Roupa de proteção contra o frio, considerar os seguintes fatores:
 a roupa deve proporcionar isolamento contra o frio, o vento
e a umidade;
 deve permitir a transpiração e dissipação do excesso de
calor gerado durante o trabalho;
 deve permitir a realização cômoda do trabalho (considerar
o peso e o volume da roupa).
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
CRITÉRIOS PREVENTIVOS BÁSICOS
• Adotar difusores nos sistemas de distribuição do ar frio de modo a impedir ou
minimizar as correntes diretas de ar sobre as pessoas.
• Isolar os processos, os equipamentos ou suas partes frias, para evitar o contato.
• Reduzir ou eliminar as tarefas de mera vigilância que exijam pouca atividade física.
• Evitar o contato direto com equipamentos ou com suas partes frias por meio de
isolamento.
• Limitar a duração da exposição aumentando a freqüência e duração dos intervalos
de descanso e recuperação, ou permitindo a autolimitação da exposição.
• Realizar programas de treinamento dos trabalhadores para o reconhecimento
precoce dos sintomas da exposição inadequada ao frio bem como quanto aos
primeiros socorros necessários.
balaclava
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
Calça térmica
RISCOS DE EXPOSIÇÃO
AOS AGENTES FÍSICOS
Japona térmica
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES FÍSICOS
Tempo de Exposição ao Frio – NR 29 Portaria 3214
QUADRO 1
Faixa de Temperatura
de Bulbo Seco ( ºC)
Máxima exposição diária permissível para
pessoas adequadamente vestidas para frio
15,0 a – 17,9
12,0 a -17,9
10,0 a -17,9
Tempo máximo de 6 horas e 40 minutos sendo 4 períodos
de 1 hora 40 minutos alternados com 20 minutos de repouso
e recuperação térmica fora do ambiente frio.
- 18,9 a – 33,9 Tempo máximo de 4 horas, alternando 1 hora de trabalho e
1 hora de descanso fora do ambiente frio.
- 34,0 a - 56,9 Tempo máximo de 1 hora em 2 períodos de 30 minutos
separados 4 horas para recuperação.
- 57,0 a – 73,0 Tempo máximo: 5 minutos
Abaixo de – 73,0 Não é permitida exposição ao ambiente frio seja qual for a
vestimenta utilizada.
• Gestão;
• Pausas;
• Equiparação dos ambientes climatizados (salas de
cortes/desossa) à câmaras frias, com a adoção das
imposições
do artigo 253 da CLT;
• Ritmo de Trabalho;
• Ergonomia;
• Definição de uma “trilha” de atuação em SST.
NR 36 - NOVOS PARADIGMAS
FRIGORIFICOS
NR 17 – Item 17.3.2
36.3.6 - Estrados, Passarelas e Plataformas
 Plataformas
 Quando tecnicamente inviável a colocação de guarda-corpo
em plataformas elevadas, a exemplo das atividades com
animais de grande porte:
 Adotar medidas preventivas que garantam a segurança dos
trabalhadores e o posicionamento adequado dos segmentos
corporais.
Fábio Eduardo Machado
Engenheiro Civil e Engenheiro de Segurança
do Trabalho

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Trabalho em Camara fria.ppt

  • 1. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS FRIO Fábio Eduardo Machado – Engenheiro de Segurança do Trabalho
  • 2. TEMPERATURAS EXTREMAS FRIO => temperaturas abaixo de 15ºC
  • 3. Cada um tem uma definição para a expressão ‘sentir frio’. A expressão é tão usada que pouco notamos o que ela realmente significa... Metade da Terra e 1/10 dos oceanos são cobertos por neve e gelo durante boa parte do ano. O frio extremo pode ser encontrado em basicamente três lugares: nas grandes altitudes, nos pólos e no fundo do mar. Mas nem precisamos ir tão longe para sabermos que o frio mata. O corpo humano não foi feito para agüentar temperaturas muito baixas, apesar de alguns povos viverem em lugares muito frios, como a Sibéria, que enfrenta temperaturas de – 60 °C no inverno, e o norte do Canadá. A temperatura mais baixa registrada no nosso planeta foi de – 89 °C, na estação de pesquisa russa de Vostok, situada no Continente Antártico, em 1983.
  • 4. Nas montanhas, para cada 100 m que subimos a temperatura cai 1 °C. O cume do Everest costuma estar envolto por uma temperatura de – 40°C, além dos ventos, que reduzem consideravelmente este número. Isto chama-se ‘fator vento’ e existe uma fórmula que permite achar a temperatura ‘real’ a que estamos expostos, quando enfrentamos baixas temperaturas com ventos gélidos. O vento aumenta a taxa de perda de calor porque troca o ar aquecido em volta da gente por ar frio e nos faz perder todo o calor que acabamos de produzir. Isto significa que, em temperaturas muito baixas acrescidas de vento, podemos congelar partes expostas do nosso corpo em questão de segundos.
  • 5. Assim, vale dizer que o ser humano suporta bem o frio se ele estiver bem alimentado, bem agasalhado e tiver um abrigo (como casa, cabana ou mesmo barraca). É a comida que vai fazê-lo produzir calor e, assim, se aquecer em condições extremas. É o agasalho adequado que não vai deixar este calor produzido ir embora. E é um abrigo que irá protegê-lo das piores condições e, principalmente, do vento enregelante. Condições extremas como a escalada de uma montanha com altitude superior a 5.000 metros consome, em média, 6.000 calorias por dia. O que significa que carregar comida suficiente para vários dias é muito difícil, ou seja, é comum perder peso em uma expedição e, assim, se expor aos efeitos do frio com mais facilidade. O resultado disso é a possibilidade de sofrer congelamento nas extremidades ou mesmo morrer.
  • 6. E quanto agüentamos? Isso vai depender do tempo que ficarmos exposto ao frio. Meros 25°C é a temperatura que os seres humanos nus começam a sentir frio, por exemplo. Se o ar estiver parado a – 29°C e a pessoa estiver bem agasalhada, ela corre poucos riscos. "Acrescente" um vento de 40 km/h e teremos uma temperatura equivalente a – 66°C, o que o faz congelar as partes expostas e/ou as extremidades do nosso corpo em menos de 30 segundos! E por quê as extremidades sofrem tanto? É mera questão de sobrevivência... O corpo ‘escolhe’ o que vale mais a pena salvar, ou seja, ele concentra o envio de sangue e, consequentemente, de calor nas partes vitais (cabeça e tronco), sacrificando as extremidades. Por isso se diz que, quando temos frio nas mãos, devemos proteger a cabeça (e o pescoço)...! É por ali que se perde até 25% do calor produzido pelo corpo.
  • 7. Se a neve é bonita e legal para nós, brasileiros, que só a temos quando escolhemos passar férias em lugares nevados e frios (além de poucos lugares no sul do País), ela pode ser um incômodo para quem vive em lugares extremos. A – 55°C, aviões não decolam, caminhões e carros não andam pois o combustível e os radiadores congelam, baterias não ligam, tecidos sintéticos rasgam, linhas de transmissão elétrica de metal se retesam e rompem, cortando o fornecimento de energia elétrica, e nem mesmo um termômetro a mercúrio serve para medir a temperatura, pois ele congela a – 39°C. O termômetro tem de ser a álcool.
  • 8. Morrer de frio. Esta expressão é bastante comum em nossa língua, mas pode corresponder 100% à realidade. A nossa temperatura corporal é de 36-38°C. A hipotermia começa a ser definida quando a temperatura basal cai a cerca de 35°C. Hipotermia branda, apesar de não causar a morte, é bastante perigosa e pode ser de difícil detecção, já causando uma série de distúrbios na pessoa, como calafrios, destreza manual reduzida, cansaço, afeta o julgamento e a pessoa pode ficar propensa a discutir, além de não cooperar com a sua própria recuperação. A hipotermia moderada vem associada a calafrios violentos, a coordenação muscular e as habilidades mentais são afetadas e é aqui que a pessoa pode simplesmente ‘se deixar morrer’, pois perde a capacidade de discernimento. Perdemos a consciência quando nosso corpo chega a 30°C. Na hipotermia profunda, tanto a respiração quanto os batimentos cardíacos podem acontecer ao ritmo de apenas um ou dois por minuto. O coração pára quando a temperatura chega a 20°C.
  • 9. A exposição ocupacional ao frio intenso pode constituir problema sério implicando em diversos inconvenientes que afetarão a saúde, o conforto e a eficiência do trabalhador. FRIO OCUPACIONAL
  • 10. Temperaturas Extremas – Fontes Alguns segmentos necessitam de baixas temperaturas para o desempenho de suas atividades afins:  Frigoríficos  Indústria alimentícia  Industria de pescado  Armazenagem de alimentos  Câmaras frigoríficas  Câmaras frias e resfriadas  Fabricação de gelo e sorvete
  • 11.
  • 12. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS EFEITOS DO FRIO NO ORGANISMO HUMANO  A baixa temperatura corporal resulta de um balanço negativo entre a produção e a perda de calor;  O fluxo sangüíneo é reduzido em proporção direta com a queda da temperatura;  Temperatura corpórea < 35ºC => - cai a freqüência do pulso; - diminuição global de todas as atividades fisiológicas; - queda da pressão arterial; - queda da taxa metabólica; - a produção de calor é insuficiente para manter o equilíbrio; - hipotermia (diminuição da temperatura interna do corpo)
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  • 14.
  • 15. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS Os mecanismos fisiológicos mais importantes em relação ao frio são os seguintes:  Redução do fluxo sanguíneo superficial e o incremento da atividade física (tremor).
  • 16. Nas baixas temperaturas o corpo humano apresenta alterações na respiração e na frequência cardíaca, palidez da pele, resfriamento das extremidades (que, muitas vezes, ficam roxas), dificuldade de movimentação muscular, ressecamento do nariz e rachaduras nos lábios. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS
  • 18. Em geral uma pessoa nua começa a sentir frio dos 25 graus Celsius para baixo. Usando roupas leves, um adulto suporta 5 graus negativos. De qualquer forma, o corpo aumenta o metabolismo para produzir mais calor e reduz a circulação periférica – por isso a palidez. A ingestão de bebidas alcoólicas para esquentar pode ser examinada: ela aquece por produzir certa ardência, mas provoca um aumento da circulação periférica (aquele calorzinho).
  • 19. Efeitos Biológicos da Exposição ao Frio Geladura ou Queimadura do Frio. Afeta principalmente o dorso das mãos e dos pés.
  • 20. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS Temperatura do núcleo do corpo < 29ºC =>  O hipotálamo perde a capacidade termoreguladora;  Sonolência;  Coma;  Morte.
  • 23.
  • 24. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS Medidas de Proteção contra o Frio  Regime de trabalho – recomendam-se períodos de trabalho intercalados por períodos de descanso para regime de trabalho;  Exames médicos admissionais – excluir portadores de diabetes, epiléticos, fumantes, alcoólatras, alérgicos ao frio e portadores de problemas articulares;  Exames médicos periódicos – atentar para o diagnóstico precoce de vasculopatias periféricas, ulcerações térmicas, dores articulares, perda de sensibilidade tátil e repetidas infecções das vias aéreas superiores (faringites, rinites, sinusites, amigdalites)  Vestimentas adequadas – japona e calça térmica, luvas térmicas, botas térmicas, meias de lã, balaclava.
  • 25. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS  Educação e Treinamento – conscientizar o trabalhador quanto a necessidade do uso de vestimentas adequadas. Quando na sala de repouso, manter-se aquecido, seco e em movimento, realizando exercícios com os braços, pernas, mãos, dedos e pés, para ativar a circulação periférica.  Evitar exercícios violentos, como jogos coletivos, para não haver dispersão de calor excessivo.
  • 26. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS Roupa de proteção contra o frio, considerar os seguintes fatores:  a roupa deve proporcionar isolamento contra o frio, o vento e a umidade;  deve permitir a transpiração e dissipação do excesso de calor gerado durante o trabalho;  deve permitir a realização cômoda do trabalho (considerar o peso e o volume da roupa).
  • 27. RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS CRITÉRIOS PREVENTIVOS BÁSICOS • Adotar difusores nos sistemas de distribuição do ar frio de modo a impedir ou minimizar as correntes diretas de ar sobre as pessoas. • Isolar os processos, os equipamentos ou suas partes frias, para evitar o contato. • Reduzir ou eliminar as tarefas de mera vigilância que exijam pouca atividade física. • Evitar o contato direto com equipamentos ou com suas partes frias por meio de isolamento. • Limitar a duração da exposição aumentando a freqüência e duração dos intervalos de descanso e recuperação, ou permitindo a autolimitação da exposição. • Realizar programas de treinamento dos trabalhadores para o reconhecimento precoce dos sintomas da exposição inadequada ao frio bem como quanto aos primeiros socorros necessários.
  • 28. balaclava RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS
  • 29. Calça térmica RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS
  • 30. Japona térmica RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS
  • 31. Tempo de Exposição ao Frio – NR 29 Portaria 3214 QUADRO 1 Faixa de Temperatura de Bulbo Seco ( ºC) Máxima exposição diária permissível para pessoas adequadamente vestidas para frio 15,0 a – 17,9 12,0 a -17,9 10,0 a -17,9 Tempo máximo de 6 horas e 40 minutos sendo 4 períodos de 1 hora 40 minutos alternados com 20 minutos de repouso e recuperação térmica fora do ambiente frio. - 18,9 a – 33,9 Tempo máximo de 4 horas, alternando 1 hora de trabalho e 1 hora de descanso fora do ambiente frio. - 34,0 a - 56,9 Tempo máximo de 1 hora em 2 períodos de 30 minutos separados 4 horas para recuperação. - 57,0 a – 73,0 Tempo máximo: 5 minutos Abaixo de – 73,0 Não é permitida exposição ao ambiente frio seja qual for a vestimenta utilizada.
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  • 36. • Gestão; • Pausas; • Equiparação dos ambientes climatizados (salas de cortes/desossa) à câmaras frias, com a adoção das imposições do artigo 253 da CLT; • Ritmo de Trabalho; • Ergonomia; • Definição de uma “trilha” de atuação em SST. NR 36 - NOVOS PARADIGMAS
  • 38. NR 17 – Item 17.3.2
  • 39. 36.3.6 - Estrados, Passarelas e Plataformas  Plataformas  Quando tecnicamente inviável a colocação de guarda-corpo em plataformas elevadas, a exemplo das atividades com animais de grande porte:  Adotar medidas preventivas que garantam a segurança dos trabalhadores e o posicionamento adequado dos segmentos corporais.
  • 40. Fábio Eduardo Machado Engenheiro Civil e Engenheiro de Segurança do Trabalho