VIVÊNCIAS CULTURAIS -POLÍTICA DA EDUCAÇÃO- PEDAGOGIA

1. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
Faculdade de Ciências Humanas
Núcleo de Ciências Humanas
Curso de Pedagogia
Disciplina: Estudos da Ciência Política
educação
Professor: Frederico Assis
Cardoso
Aluna: Daniela Ferreira Gracia de Paula Módulo: B
Campus: Aimorés
Vivências culturais
Visita ao Museu de Artes e Ofícios, realizada no dia 27 de outubro de 2010, às 12
horas, no qual se encontram expostos objetos, que preservam a história do trabalho no
Brasil, no período pré-industrial.
Às 15 horas, do referido dia, no Palácio das Artes, visita à Galeria Alberto da Veiga
Guignard, com a exposição Rio São Francisco, Navegador por Ronaldo Fraga, com
obras do artista, inspiradas na cultura do rio São Francisco. Às 16 horas, nas Galerias
Genesco Murta e Arlinda Correa Lima e no Espaço Mari ’Stela Tristão, visita à
exposição Amazônia, a arte; que reúne obras de trinta e dois artistas da região
amazônica.
No dia 10 de novembro de 2010, visita ao Museu Inimá de Paula, exposição
permanente das obras do artista, o espaço não somente divulga as obras do artista, como
também abriga exposições e outros eventos afins.
Por serem espaços de difusão da cultura, no contexto social e histórico, sendo de grande
relevância para um docente obter conhecimento desses locais, na busca de lugares que
levem a obter conhecimento diversificado, para futuramente, compartilhar dessa
experiência com os alunos.
No Museu de Artes e Ofícios, observa-se na relação do ofício com o trabalhador, o
acervo do museu com peças originais que datam do século XIII ao XX, período em que
ocorreram fatos marcantes na história mundial, como o fim do império colonial, no final
do século XIII e inicio do século XIX, na era das revoluções mundiais, como as

2. revoluções burguesas, ”As principais atividades econômicas no século XIII eram a
agricultura, pastorícia, criação de gado, pesca, salicultura, artesanato, exploração
florestal e comércio. O sal servia para temperar, conservar os
alimentos e tratar as peles dos animais.” (Trecho retirado do site
http://www.scribd.com/doc/13395081/Resumo-Sec-XIII professora Ana Pereira), neste
trecho vemos características do trabalho, que podem ser vistas no museu, como barcos
de pescadores, açougue, com a mesa para salgar carnes.
O Rio São Francisco faz parte da política do País desde a época do Império, no século
XIX, no processo de ocupação humana do território brasileiro, foi dividido em três
partes e até hoje, é motivo de discussões políticas no cenário nacional, como a sua
transposição.
Na exposição Amazônia, a Arte; há o relato de um índio, por Armando Queiroz,
”Antigamente fomos muitos”, que reflete sobre o desaparecimento da cultura indígena,
critica a forma como a sociedade os vê, como selvagens, sem cultura, a imprensa que
somente noticia brigas e ataques indígenas, não revelando o lado humano dos povos
indígenas, que necessitam de políticas públicas para melhorar sua qualidade de vida,
inserindo-os também no contexto social e político do país. Na série “Marcados”, por
Claudia Andujar, que registrou o trabalho de prevenção de doenças nos indígenas, pela
vacinação em massa, de 1981-2006, ela viveu o holocausto, nos campos de
concentração, sobreviveu, veio para o Brasil e desenvolveu trabalhos com os índios
Ianomâmi, no intuito de preservar a cultura indígena.
Inimá de Paula retratou em suas obras diversas cenários da política no Brasil, na obra
“Conflito de terra” de 1966, aborda a questão da reforma agrária, pinta trabalhadores
rurais recolhendo um corpo após a intervenção da polícia. O tom de denúncia é ainda
acentuado pela influencia estilística do muralista mexicano. Inimá assume nestas
pinturas uma verdadeira preocupação social que se expressa nas temáticas engajadas
(derrubadas, Desmatamentos, Favelas) Mas, cabe ainda apontar que o artista deseja
ser moderno ou revolucionário, não somente na escolha dos temas, mas, sobretudo em
seu tratamento plástico e na construção da linguagem pictória. Em outra obra
“Favela” de 1968, essa obra foi iniciada no momento em que se promulgava o AI-5, no
clímax da repressão ditatorial, aponta o problema da exclusão social e do crescimento
desordenado das grandes cidades, Inimá se posicionou contra esse processo.
(informações retiradas de comentário da obra no museu).

3. Em todas as exposições, percebe-se o envolvimento com a política, sejam elas políticas
públicas, sociais, parlamentares, em tudo há política, quando se fala em cultura, estamos
inserindo o cidadão na sociedade, quando há a defesa dos interesses de uma classe, a
defesa dos direitos humanos, dos direitos indígenas, existe toda uma articulação política
para que sejam devidamente respeitados os direitos de cada ser humano. Na defesa de
recursos naturais, como o Rio São Francisco, na sua valorização, no marco da
importância política do rio para a economia do país, e a preservação da cultura ao
decorrer de seu curso, todas essas informações contribuem para a educação e
conscientização a respeito da diversidade de culturas existentes em nosso território,
sendo de extrema importância o docente ou futuro docente, buscar esses conhecimentos,
para transmiti-los aos seus alunos, contribuindo assim, para uma melhoria do cenário da
educação nacional.