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TEXTO DE APOIO 01
                                                   SOCIALISMO
Socialismo é um sistema político-econômico ou uma linha de pensamento criado no século XIX para confrontar o
liberalismo e o capitalismo. A ideia foi desenvolvida a partir da realidade na qual o trabalhador era subordinado
naquele momento, como baixos salários, enorme jornada de trabalho entre outras. Nesse sentido, o socialismo
propõe a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e
controle do Estado e divisão igualitária da renda. Segue a seguir os principais aspectos do socialismo que deixam
claro a disparidade com o sistema capitalista.
c Socialização dos meios de produção: todas as formas produtivas, como indústrias, fazendas entre outros, passam a
pertencer à sociedade e são controladas pelo Estado, não concentrando a riqueza nas mãos de uma minoria.
p Não existem classes, ou seja, existe somente a classe trabalhadora e todos possuem os mesmos rendimentos e
oportunidades.
o Economia planificada: corresponde a todo controle dos setores econômicos, dirigidos pelo Estado, determinando
os preços, os estoques, salários, regulando o mercado como um todo.
O modo de produção socialista foi adotado pela primeira vez na Rússia, por meio de um processo revolucionário, que
ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial. Depois da Segunda Guerra Mundial, uma série de outros países adotou
o regime socialista como modelo de economia e organização política da sociedade. Nos anos seguintes, o socialismo
experimentou um período de prosperidade e expansão, chegando a rivalizar com o Estados Unidos em avanço
tecnológico, progresso econômico, desenvolvimento social e potencial bélico. Esse foi o período que ficou conhecido
como Guerra Fria.
No final dos anos 1980, o principal país socialista, a União Soviética, enfrentava uma profunda crise política e
econômica. As tentativas de superação dessa crise não tiveram êxito e o bloco foi dissolvido em 1991. A dissolução
da União Soviética evidenciou as limitações do modelo socialista no que diz respeito ao desenvolvimento econômico
e à estabilidade política dos países que o adotaram. Atualmente, os países que ainda se definem como socialistas
estão implementando uma série de reformas políticas e econômicas com o intuito de superar os problemas
verificados na ex-URSS. Dentre essas reformas está a incorporação de mecanismos de economia de mercado dentro
da estrutura de economia planificada, como vem fazendo a China.
As principais experiências de concretização do modo de produção socialista aconteceram na antiga União Soviética,
na China e em Cuba. Nesses países, o socialismo foi implantado por processos revolucionários, que transformaram
as bases de produção predominantemente feudais em modelos socialistas de produção. Esses países eram muito
pouco industrializados, mas em pouco tempo alcançaram níveis elevados de desenvolvimento industrial e
econômico. O modelo socialista, contudo, entrou em crise em medos dos anos 1980. O pensamento socialista
ganhou força entre os trabalhadores europeus no decorrer do século XIX e XX.
g Socialismo real: é aquele que ainda existe em alguns países. Os quais aplicam o socialismo com a intenção de
promover a igualdade entre as nações, em oposição ao capitalismo que se apoia na produção de desigualdades
econômicas e sociais. Porém só conseguiram gerar mais pobreza, massacres em massa, etc.
e Socialismo ideal: é aquele que só existiu na cabeça de seus idealizadores. É um socialismo utópico que visa
promover a igualdade e a liberdade, coisas que são totalmente opostas, levando em consideração que a promoção
da liberdade aumenta consideravelmente as desigualdades.
Crise do socialismo: O fim da União Soviética foi o principal sinal da crise do sistema socialista, nos anos 1980. Os
países que ainda resistem em manter o modelo socialista, como a China e Cuba estão, na verdade, introduzindo
lentamente mecanismos de mercado em suas economias. Os países que adotaram o modelo socialista conseguiram
alcançar padrões elevados de qualidade de vida: acabaram com o analfabetismo, criaram um amplo e eficiente
sistema de saúde pública para suas populações e eliminaram o desemprego.
No entanto, não conseguiram manter um padrão de crescimento econômico capaz de suprir as demandas criadas
por suas nações, além de não terem conseguido superar os problemas de diversificação e aprimoramento
tecnológico no setor industrial, o que implicou um profundo déficit de produção de bens industrializados no final dos
anos 1980.
Na política e na administração pública, os países socialistas também não foram eficientes em criar sistemas dinâmicos
e democráticos. Nos principais países socialistas, vigorou o sistema de partido único, que além de ser ineficiente
quanto à administração dos negócios do Estado, era antidemocrático.
A URSS e Cuba tentaram estabelecer um sistema de trocas para superar suas deficiências econômicas. Os cubanos
forneciam açúcar e fumo e recebiam petróleo e bens de consumo dos soviéticos. Essa alternativa, contudo, não foi
suficiente para incrementar o aumento da produção.
Os problemas políticos e econômicos enfrentados pelos países socialistas foram agravados pela crise de
abastecimento, apontada como um dos principais fatores de impopularidade interna dos governos socialistas. A crise
do modelo socialista se tornou mais evidente no fim dos anos 80, com o governo de Mikhail Gorbachev.
Com o processo de industrialização, as cidades europeias se transformaram em centros urbanos habitados por
massas de trabalhadores fabris. A organização das greves e dos sindicatos operários, que visava resistir à
exploração dos donos das fábricas (capitalistas), esteve sob forte influência do pensamento socialista.
O pensamento socialista foi fundamentado e desenvolvido por Karl Marx. Marx é, ao lado de Friedrich Engels, o
maior teórico do socialismo científico, criado a partir de observações feitas sobre a vida dos operários ingleses.
Costuma-se citar dois tipos de socialismo o socialismo real e o socialismo ideal (utópico).
GUERRA FRIA
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão
disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista,
baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os
Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de
mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas
potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo
um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS (uma guerra nunca declarada). Até mesmo
porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto
significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando
conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.
Paz Armada Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas
potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos
países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria
o medo do ataque inimigo. Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses
militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era
liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto
de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas. Alguns países
membros da OTAN: Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha,
Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia. Alguns países membros do Pacto de Varsóvia: URSS, Cuba, China,
Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.
Corrida Espacial EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos
corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia certa disputa entre as potências,
com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o
foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo
todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.
Caça às Bruxas Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando
o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha
valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem
ideias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu
muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de
identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta. Na URSS não foi diferente, já que o Partido
Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras
estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de
investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos
integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.
"Cortina de Ferro" Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países
vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética
e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a
influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra :
URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em
duas partes: uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro".
Plano Marshall e COMECON As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países
membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica,
principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra
Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países
socialistas.
Envolvimentos Indiretos Guerra da Coréia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado
de grandes proporções. Após a Revolução Maoísta ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema
socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende
seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do
Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema
capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os
soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados
vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares
morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma
vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.
Fim da Guerra Fria A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por
acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas “Alemanhas” são
reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar
o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças
políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O
capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.


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TEXTO DE APOIO -02
ALEMANHA - DA DIVISÃO À REUNIFICAÇÃO
Do ano zero às duas Alemanhas – 1945 – 1949
Os alemães precisaram de quatro anos para sair do pesadelo em que a derrota nazista os
mergulhara. Vencidos, ocupados por potências estrangeiras, divididos, exauridos, condenados pela
Historia e pelos sobreviventes do genocídio, seu destino dependia da vontade dos Aliados. As
divergências que minaram a aliança antinazista e desembocaram na Guerra Fria constituíram
excelente oportunidade para os alemães, tanto no Oeste quanto no Leste, reivindicassem o direito a
um papel ativo no novo jogo internacional.
O ano zero
Nos dias 7 e 8 de maio de 1945, quando os chefes de Estado Maior aliados e alemães, assinaram o
documento de capitulação, o regime nazista, já desmoronara. Adolfo Hitler, com a ocupação de Berlim
pelos soviéticos suicidou-se em 30 de Abril.
As grandes cidades industriais estavam destruídas, os portos impraticáveis e as grandes fábricas, fora
de operação. A população estava aterrorizada, milhões de homens longe de casa, mulheres e
crianças fugiam do avanço soviético. As perdas humanas chegaram a 8% da população. Os lideres
nazistas desapareciam na enorme massa de prisioneiros de guerra ou tentavam fugir, através da
Espanha e Portugal, para a América do Sul. Por esse motivo 1945 é o ano Zero, quando começaram
a reconstruir dos escombros a vida nacional.
Quatro zonas de ocupação
A capitulação incondicional de 1945 implicou o desarmamento e a dissolução de todas as Forças
Armadas, a SS e a policia. Nas conferencias de Teerã 1943, e de Ialta 1945, ficou estabelecido por
EUA, URSS, Reino Unido, a divisão alemã, para enfraquecê-la territorialmente, ocupa-la, impor-lhe
indenizações de guerra e impedi-la de voltar a ser uma potência econômica.
Na conferencia de Potsdam, julho e agosto de 1945, Truman, Churchill e Stalin decidiram tirar da
Alemanha os territórios a leste dos rios Oder e Neisse, anexados por URSS e Polônia. A superfície
alemã, ficou ¼ do que era em 1937.
As três grandes potências determinaram que a autoridade suprema seria exercida em três, depois
quatro zonas de ocupação – A França seria admitida na partilha graças aos esforços do general De
Gaulle-. Berlim também seria divida em quatro setores de ocupação.
Modos divergentes de ocupação
Os aliados em sua zona de ocupação se lançaram a tarefa de restabelecer a democracia.
Em sua área, os soviéticos criaram o Bloco de Partidos Antifascistas. Este foi colocados sob a direção
dos comunistas alemães, que estavam refugiados na URSS e retornaram a Alemanha com o exercito
vermelho.
A criação da Bizone
No decorre de 1946, as autoridades políticas alemãs nomeadas pelos Aliados ocidentais deram lugar
a governantes eleitos. Na realidade, os EUA esforçavam-se por fazer com que os alemães
aceitassem a divisão do país. As zonas americanas e britânicas fundiram-se numa nova entidade, a
Bizone. Esse território voltou a ter administração alemã, liderados por Konrad Adeanuer. Começavam
os preparativos para a convocação de uma Assembléia Constituinte.
Para impedir a adoção dessas medidas que resultariam no surgimento de um Estado alemão
separado, a partir de 23 e 24 de junho de 1948 os soviéticos organizaram um bloqueio da antiga
capital. Os acessos rodoviários e ferroviários foram fechados ate maio de 1949. Para suprir a cidade
de alimentos e outros artigos básicos, os americanos e britânicos montaram uma ponte aérea de
quase duzentos mil voos.
Começa a nascer a Alemanha Ocidental – RFA
A questão das indenizações de guerra também constituía um ponto de discórdia entre ocidentais e
soviéticos. Os soviéticos além de praticarem a política de terra arrasada em seu setor, exigiam ser
indenizados com os equipamentos das indústrias situadas nas regiões mais ricas da Alemanha.
Americanos e britânicos perceberam que este desmantelamento transformariam as zonas de
ocupação em desertos industriais e os obrigariam a gastar enormes quantias para sustentar o país.
Dessa forma se declaram prontos devolver responsabilidades econômicas aos alemães, para que
estes assumissem seu próprio destino. Apesar de algumas reservas e apreensão foi permitida o
estabelecimento de uma economia social de mercado alemã, e a criação de uma zona econômica
com uma nova moeda, o marco alemão –Deutschmark. Essa reforma monetária de 1948 pode ser
considerada a etapa mais importante para a criação de um e depois de dois Estados alemães. De
fato, com ela o Ocidente confirmou a divisão da nação alemã. Nesse contexto de guerra fria, só restou
aos soviéticos responder com medidas que tiveram por consequência a criação do segundo Estado
alemão.
Surge a Alemanha Oriental - RDA
Desde cedo os soviéticos encorajaram a formação de um bloco antifascista na Alemanha Oriental.
Três anos mais tarde o bloco transformou-se na Frente Nacional que constitui-se na espinha dorsal do
novo Estado, criado a 7 de outubro de 1949. Constituía-se também de organizações de massa,
sobretudo a federação sindical, o movimento feminino e o juvenil. A frente desenvolveu um programa
antifascista e democrático, comandado por Walter Ulbricht, que voltou a Alemanha (zona soviética)
em 1945. Tal estratégia subordinava inteiramente aos desejos e necessidades do ocupante soviético.
Porem, para responder ao Plano Marshall e a garantia de um poder sem contestação sobre as nova
nações socialistas , já que o dirigente iugoslavo Tito traçava uma política interna e externa
independente de Moscou, o partido comunista adotou a ideologia marxista-lenista endurecendo seu
controle sobre as nações sob seu domínio.
Duas Alemanha em busca de reconhecimento 1949-1972
Uma vez constituídas, as duas Alemanhas se engajaram por completo na área de influencia de seus
respectivos protetores. A guerra fria eliminou rapidamente qualquer esperança de reunificação alemã.
Em 1961, a construção de um muro que isolava Berlim Oriental pareceu selar a divisão definitiva da
Alemanha em dois Estados distintos. A RDA E A RFA tentaram ser reconhecidas pela comunidade
internacional, também profundamente dividida.
RFA-RDA: historia de uma separação – 1949-1955
Tanto no leste quanto no oeste, nenhum político alemão admitiu que a divisão de seu povo fosse
permanente. A Alemanha Ocidental afirmava representar todo o povo alemão e decidiu atribuir-se o
privilegio de representar a continuidade de Estado alemão. Na disputa áspera e sem concessões que
opôs a RFA e a RDA, foi a Alemanha Ocidental a que obteve mais depressa os resultados visíveis.
A opção ocidental e europeia de Adenauer
Entre 1951 e 1955, o chanceler Adenauer ocupando também a função de ministro do Exterior
objetivou sua política externa em fazer da novíssima RFA uma potência de âmbito internacional. Assim,
adotou uma política de alinhamento com as condições impostas pelos aliados e não uma política de
oposição buscando o alinhamento com a política dos Estados Unidos ou o estabelecimento de um
eixo franco-alemão, em torno do qual se inscreveria a unidade europeia em 1958-1963.
A RFA aprovava as grandes decisões ocidentais, mas para ela era ponto de honra que essas
decisões levassem em conta um ponto de vista simultaneamente alemão e europeu. Isso constituía
uma oportunidade de afirmar sua soberania e ser considerada uma entidade política igual a seus
parceiros. Dessa forma foi aceita em 1954 na OTAN.
O Leste limita-se a reagir
No Leste, a situação se apresentava de maneira totalmente diversa. Os dirigentes comunistas
alemães não tentaram obter autonomia em relação aos soviéticos. Além disso, todas as medidas que
provocaram a mudança do estatuto jurídico da zona de ocupação soviética foram apenas respostas a
decisões ocidentais: a RDA foi fundada alguns meses depois da RFA, a Alemanha Oriental se
integrou na aliança militar do Pacto de Varsóvia após a adesão da Alemanha Ocidental a OTAN.
Essas decisões sempre se fizeram acompanhar de declarações que denunciavam a política
revanchista dos alemães-ocidentais.
Às medidas políticas se juntavam aquelas destinadas a dar credibilidade à ideia de que a Alemanha
Oriental, pacifica por natureza, era forçada a se transformar numa fortaleza para proteger-se do
expansionismo das forças capitalista que a assediavam. Assim em 1952, uma zona proibida de cinco
quilômetros de largura ao longo de toda a fronteira do oeste foi criada.
A Alemanha Ocidental alcança a soberania
Diante de uma garantia , a da integração da RFA na Comunidade Europeia de Defesa (CED) que
deveria agrupar também a França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, a Alemanha Ocidental
consegue sua soberania. Os únicos limites impostos eram a permanência de tropas estrangeiras no
país, a continuação da divisão de Berlim em quatro zonas e a impossibilidade de concluir tratado de
paz. Essa medida, considerada unilateral pelas autoridades soviéticas, fez com que a Alemanha
Oriental imediatamente fechasse as fronteiras entre as duas zonas.
Contrariando os objetivos soviéticos, que queriam uma Alemanha desmilitarizada e neutralizada no
centro da Europa, Adenauer consegue o rearmamento da Alemanha Ocidental integrando seu
exercito na OTAN, em outubro de 1954. Acabava também o regime de ocupação, e os altos
comissários foram substituídos por embaixadores. Os ocupantes de antes se transformaram em
aliados que defenderiam a Alemanha Ocidental do perigo comunista.
Conseguido a soberania a RFA inicia um crescimento econômico ininterrupto, o Milagre Alemão. Esse
se deu devido ao modelo econômico, onde existia total liberdade aos agentes econômicos na
condução de seus negócios, a ajuda financeira do plano Marshall e a moderna legislação trabalhista
sindical introduzida no país. Isso permitiu uma taxa de crescimento superior a 10% durante 10 anos.
A soberania Ampliada da RDA
Os soviéticos, por sua vez, concederam `soberania ampliada` aos alemães orientais, em marco de
1954. Um ano depois, em maio de 1955, a RDA se tornou membro pleno do Pacto de Varsóvia.
No entanto, para não ser considerada apenas uma das duas Alemanhas, a RFA pôs então em pratica
a chamada doutrina Hasllstein: todo reconhecimento diplomático da RDA por um Estado soberano
implicaria a ruptura de relações diplomáticas com a RFA. A Alemanha Ocidental reivindicava o direito
de representar unilateralmente a Alemanha. A doutrina seria aplica duas vezes: em 1957 contra a
Iugoslávia e em 1963 contra Cuba.
Economicamente , o objetivo era levar a zona oriental a adotar os princípios de coletivizado que
vigoravam na União Soviética: a intervenção do estado na economia mediante a planificação e a
transformação do conceito propriedade e uma política de coletivização dos diferentes ramos
econômicos.
Ideologicamente, houve a imposição de uma identidade comum a população, que ao sair da guerra
ainda não havia aderido aos ideais comunistas. Baseado no marxismo-leninismo, essa ideologia era
veiculadas em todas as atividades sociais - escolas, universidades, clubes esportivos e associações
culturais.
Dada a natureza do regime, em que a ideologia desempenhava um papel fundamental, resistências
fizeram-se sentir nos meios políticos, científicos e culturais. Assumiram a forma de fuga constante de
operários e outros profissionais – técnicos, administradores, médicos, professores – para a Alemanha
Ocidental. O fechamento das fronteiras em 1961-62 com a construção do muro de Berlim salvou o
regime de um desmoronamento quase inevitável. Sem qualquer esperança de uma reunificação
rápida, os alemães orientais aderiram à ideia de se tornaremos trabalhadores mais eficientes do
mundo socialista, objetivo que alcançaram com relativa rapidez.
A caminho do reconhecimento mutuo
Ao longo de toda a sua historia, a Alemanha frequentemente se voltou mais para o leste do que para
o oeste. Dessa forma a RFA rapidamente desenvolveu uma política independente para o leste
conhecida como Ostpolitik. Ela resultou no estabelecimento de relações comerciais com diversos
países do leste: Polônia, Romênia, Hungria em 1963 e Bulgária em 1964. Pouco a pouco, a doutrina
Hallstein foi sendo abandonada, e a Alemanha Ocidental estabeleceu relações diplomáticas oficiais
com a Romênia em 1965, Iugoslávia em 1966 e Tchecoslováquia em 1967. Por fim, em 1973
rejeitaram definitivamente o passado hitlerista, reconhecendo de modo oficial a nulidade dos acordos
de Munique de 1938, que haviam levado a destruição do Estado tchecoslovaco.
Em 1970, uma troca de visitas de chefes de governo de RFA e da RDA simbolizou a aproximação
entre os dois países. Em dezembro de 1972, com a assinatura de um tratado entre as duas
Alemanhas, chegou-se ao fim de 23 anos de hostilidades. Os dois países garantiam imutabilidade de
suas fronteiras e reconheciam a independência de ambos os Estados. Cada uma se comprometia a
instalar no vizinho uma representação permanente. Assim os dois Estados alemães foram
conjuntamente admitidos na ONU em 1973.
A partir de meados da década de 80, grandes empréstimos oriundos de bancos alemães ocidentais e
numerosos acordos comerciais fizeram da Alemanha Oriental um membro associado – embora oculto
– da comunidade econômica europeia. Entretanto, o apoio econômico alemão-ocidental não foi
acompanhado de um controle orçamentário, que deveria ter limitado os gastos dos setores
improdutivos da Alemanha Oriental. Tal qual em todos os países do bloco socialista o aparelho
produtivo não foi modernizado, e a passagem para a Era da automação industrial se fez de forma
bastante inadequada. Era uma situação ainda mais embaraçosa porque, anos após ano, a Alemanha
Oriental afirmava-se ser o país mais avançado do Leste europeu no que referia a industrialização e ao
domínio da tecnologia moderna.
O ano 1 da nova Alemanha
Em 1989, alguns meses de manifestações populares conseguiram o que quarenta anos de
intermináveis negociações internacionais não tinha alcançado: a reunificação da Alemanha.
Enquanto na União Soviética e nos outros países comunista a abertura política e as reformas da
perestroika avançavam, na Alemanha Oriental o governo criticava violentamente essa abertura. Mais
uma vez, foi abandonando o país que os alemães – orientais mostraram seu repudio ao socialismo.
O desmoronamento de um regime
No fim de 1988, os ventos de liberdade e democracia já haviam abalado os regimes comunistas da
Polônia e da Tchecoslovaquia. Em eleições livres e limpas os partidos comunistas foram varridos
desses países. Essa abertura política foi muito mal recebida pelos dirigentes da RDA que não
estavam dispostos a aceita-la na Alemanha Oriental. Mas a grande maioria da população não
pensava assim e fugiram do país quando em agosto de 1989, a Hungria abriu suas fronteiras com a
Áustria. Uma onda de emigração apanhou o governo de surpresa: enormes filas de carros
atravessaram a Tchecoslovaquia, a Hungria e depois a Áustria, para chegara a Alemanha Ocidental.
A revolução pacifica
A partir de setembro, quando o grosso dessa evasão já acabara, os habitantes da Alemanha Oriental
se mobilizam em grandes manifestações, exigindo que a RDA seguisse o exemplo dos outros países
da Europa oriental e concedesse liberdade e democracia com o lema `O povo somos nós. As
tentativas de conter as manifestações por meio de repressões violentas e intimidações fracassaram e
Honecker, no poder desde 1971 é destituído.
Cai o muro de Berlim
A 9 de novembro de 1989, convencidos de que não havia outra saída o Partido Comunista ordenou
que se abrisse a fronteira berlinense e se derrubassem o muro. Na euforia do momento, em tres dias
cerca de 3 milhões de alemães orientais foram a Berlim Ocidental. Como presente de boas vindas, o
governo da Alemanha Ocidental ofereceu a cada visitante dezenas de marcos. Dali a menos de um
ano, viria a reunificação.
O Partido Comunista ainda tentou dominar a situação organizando eleições livres. Elas foram
marcadas para a segunda metade de março e teriam a participação dos dois grandes partidos da
Alemanha Ocidental.
Porém para evitar que a RDA reformada sobrevivesse e que uma confederação de dois Estados
alemães se concretizassem, Helmut Kohl, chanceler da RFA, acelerou o processo de reunificação. Se
declarou a favor da rápida abertura de negociações entre as duas Alemanhas, da unificação
monetária, qualificando como dramática a situação econômica da Alemanha Oriental propondo que o
Deustschmark se tornasse a moeda comum de reunificação. Mas, se recusou a conceder ajuda
econômica se nas eleições de março, a RDA voltasse a ser governada por comunistas. Porem, estas
deram vitória arrasadora aos democratas cristãos em todas as regiões da RDA.
Novamente um só país
Com a união monetária e econômica entre as duas Alemanhas e a entrada da antiga RDA na OTAN –
por meio da incorporação do país `a Alemanha Ocidental a União Soviética cedeu aos apelos da
Alemanha Ocidental aceitando retirar suas tropas da antiga Alemanha Oriental, após 45 anos de
ocupação. Ficou acertado que as forcas militares soviéticas se retirariam dali ate 1994. Os custos
dessa retirada seriam bancados pela Alemanha Ocidental.
Em setembro de 1990, em Moscou, a Alemanha Ocidental assinou com os Estados Unidos, a União
Soviética, o Reino Unido e a França um tratado que punha fim à tutela dessas potências sobre a
Alemanha, a qual voltava a ser plenamente soberana.
A reunificação entrou em vigor a 3 de outubro de 1990, com a transformação da antiga RDA em cinco
Lânder da Alemanha Ocidental.
Emancipada, a Alemanha, antes uma gigante econômica e anão político, passou a se afirmar não
apenas como a terceira potência econômica mundial, mas também como a mais rica e populosa nação
da nova União Europeia, formada a partir do Tratado de Maastricht, que entrou em vigor em
novembro de 1993.

http://www.coladaweb.com/historia/alemanha-da-divisao-a-reunificacao

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  • 1. TEXTO DE APOIO 01 SOCIALISMO Socialismo é um sistema político-econômico ou uma linha de pensamento criado no século XIX para confrontar o liberalismo e o capitalismo. A ideia foi desenvolvida a partir da realidade na qual o trabalhador era subordinado naquele momento, como baixos salários, enorme jornada de trabalho entre outras. Nesse sentido, o socialismo propõe a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e divisão igualitária da renda. Segue a seguir os principais aspectos do socialismo que deixam claro a disparidade com o sistema capitalista. c Socialização dos meios de produção: todas as formas produtivas, como indústrias, fazendas entre outros, passam a pertencer à sociedade e são controladas pelo Estado, não concentrando a riqueza nas mãos de uma minoria. p Não existem classes, ou seja, existe somente a classe trabalhadora e todos possuem os mesmos rendimentos e oportunidades. o Economia planificada: corresponde a todo controle dos setores econômicos, dirigidos pelo Estado, determinando os preços, os estoques, salários, regulando o mercado como um todo. O modo de produção socialista foi adotado pela primeira vez na Rússia, por meio de um processo revolucionário, que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial. Depois da Segunda Guerra Mundial, uma série de outros países adotou o regime socialista como modelo de economia e organização política da sociedade. Nos anos seguintes, o socialismo experimentou um período de prosperidade e expansão, chegando a rivalizar com o Estados Unidos em avanço tecnológico, progresso econômico, desenvolvimento social e potencial bélico. Esse foi o período que ficou conhecido como Guerra Fria. No final dos anos 1980, o principal país socialista, a União Soviética, enfrentava uma profunda crise política e econômica. As tentativas de superação dessa crise não tiveram êxito e o bloco foi dissolvido em 1991. A dissolução da União Soviética evidenciou as limitações do modelo socialista no que diz respeito ao desenvolvimento econômico e à estabilidade política dos países que o adotaram. Atualmente, os países que ainda se definem como socialistas estão implementando uma série de reformas políticas e econômicas com o intuito de superar os problemas verificados na ex-URSS. Dentre essas reformas está a incorporação de mecanismos de economia de mercado dentro da estrutura de economia planificada, como vem fazendo a China. As principais experiências de concretização do modo de produção socialista aconteceram na antiga União Soviética, na China e em Cuba. Nesses países, o socialismo foi implantado por processos revolucionários, que transformaram as bases de produção predominantemente feudais em modelos socialistas de produção. Esses países eram muito pouco industrializados, mas em pouco tempo alcançaram níveis elevados de desenvolvimento industrial e econômico. O modelo socialista, contudo, entrou em crise em medos dos anos 1980. O pensamento socialista ganhou força entre os trabalhadores europeus no decorrer do século XIX e XX. g Socialismo real: é aquele que ainda existe em alguns países. Os quais aplicam o socialismo com a intenção de promover a igualdade entre as nações, em oposição ao capitalismo que se apoia na produção de desigualdades econômicas e sociais. Porém só conseguiram gerar mais pobreza, massacres em massa, etc. e Socialismo ideal: é aquele que só existiu na cabeça de seus idealizadores. É um socialismo utópico que visa promover a igualdade e a liberdade, coisas que são totalmente opostas, levando em consideração que a promoção da liberdade aumenta consideravelmente as desigualdades. Crise do socialismo: O fim da União Soviética foi o principal sinal da crise do sistema socialista, nos anos 1980. Os países que ainda resistem em manter o modelo socialista, como a China e Cuba estão, na verdade, introduzindo lentamente mecanismos de mercado em suas economias. Os países que adotaram o modelo socialista conseguiram alcançar padrões elevados de qualidade de vida: acabaram com o analfabetismo, criaram um amplo e eficiente sistema de saúde pública para suas populações e eliminaram o desemprego. No entanto, não conseguiram manter um padrão de crescimento econômico capaz de suprir as demandas criadas por suas nações, além de não terem conseguido superar os problemas de diversificação e aprimoramento tecnológico no setor industrial, o que implicou um profundo déficit de produção de bens industrializados no final dos anos 1980. Na política e na administração pública, os países socialistas também não foram eficientes em criar sistemas dinâmicos e democráticos. Nos principais países socialistas, vigorou o sistema de partido único, que além de ser ineficiente quanto à administração dos negócios do Estado, era antidemocrático. A URSS e Cuba tentaram estabelecer um sistema de trocas para superar suas deficiências econômicas. Os cubanos forneciam açúcar e fumo e recebiam petróleo e bens de consumo dos soviéticos. Essa alternativa, contudo, não foi suficiente para incrementar o aumento da produção. Os problemas políticos e econômicos enfrentados pelos países socialistas foram agravados pela crise de abastecimento, apontada como um dos principais fatores de impopularidade interna dos governos socialistas. A crise do modelo socialista se tornou mais evidente no fim dos anos 80, com o governo de Mikhail Gorbachev. Com o processo de industrialização, as cidades europeias se transformaram em centros urbanos habitados por massas de trabalhadores fabris. A organização das greves e dos sindicatos operários, que visava resistir à exploração dos donos das fábricas (capitalistas), esteve sob forte influência do pensamento socialista. O pensamento socialista foi fundamentado e desenvolvido por Karl Marx. Marx é, ao lado de Friedrich Engels, o maior teórico do socialismo científico, criado a partir de observações feitas sobre a vida dos operários ingleses. Costuma-se citar dois tipos de socialismo o socialismo real e o socialismo ideal (utópico). GUERRA FRIA A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista,
  • 2. baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS (uma guerra nunca declarada). Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã. Paz Armada Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas. Alguns países membros da OTAN: Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia. Alguns países membros do Pacto de Varsóvia: URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia. Corrida Espacial EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana. Caça às Bruxas Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem ideias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta. Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos. "Cortina de Ferro" Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro". Plano Marshall e COMECON As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas. Envolvimentos Indiretos Guerra da Coréia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoísta ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista. Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. Fim da Guerra Fria A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas “Alemanhas” são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas. www.mundoeducacao.com.br www.brasilescola.com www.clickideia.com.br www.suapesquisa.com www.alunosonline.com.br
  • 3. TEXTO DE APOIO -02 ALEMANHA - DA DIVISÃO À REUNIFICAÇÃO Do ano zero às duas Alemanhas – 1945 – 1949 Os alemães precisaram de quatro anos para sair do pesadelo em que a derrota nazista os mergulhara. Vencidos, ocupados por potências estrangeiras, divididos, exauridos, condenados pela Historia e pelos sobreviventes do genocídio, seu destino dependia da vontade dos Aliados. As divergências que minaram a aliança antinazista e desembocaram na Guerra Fria constituíram excelente oportunidade para os alemães, tanto no Oeste quanto no Leste, reivindicassem o direito a um papel ativo no novo jogo internacional. O ano zero Nos dias 7 e 8 de maio de 1945, quando os chefes de Estado Maior aliados e alemães, assinaram o documento de capitulação, o regime nazista, já desmoronara. Adolfo Hitler, com a ocupação de Berlim pelos soviéticos suicidou-se em 30 de Abril. As grandes cidades industriais estavam destruídas, os portos impraticáveis e as grandes fábricas, fora de operação. A população estava aterrorizada, milhões de homens longe de casa, mulheres e crianças fugiam do avanço soviético. As perdas humanas chegaram a 8% da população. Os lideres nazistas desapareciam na enorme massa de prisioneiros de guerra ou tentavam fugir, através da Espanha e Portugal, para a América do Sul. Por esse motivo 1945 é o ano Zero, quando começaram a reconstruir dos escombros a vida nacional. Quatro zonas de ocupação A capitulação incondicional de 1945 implicou o desarmamento e a dissolução de todas as Forças Armadas, a SS e a policia. Nas conferencias de Teerã 1943, e de Ialta 1945, ficou estabelecido por EUA, URSS, Reino Unido, a divisão alemã, para enfraquecê-la territorialmente, ocupa-la, impor-lhe indenizações de guerra e impedi-la de voltar a ser uma potência econômica. Na conferencia de Potsdam, julho e agosto de 1945, Truman, Churchill e Stalin decidiram tirar da Alemanha os territórios a leste dos rios Oder e Neisse, anexados por URSS e Polônia. A superfície alemã, ficou ¼ do que era em 1937. As três grandes potências determinaram que a autoridade suprema seria exercida em três, depois quatro zonas de ocupação – A França seria admitida na partilha graças aos esforços do general De Gaulle-. Berlim também seria divida em quatro setores de ocupação. Modos divergentes de ocupação Os aliados em sua zona de ocupação se lançaram a tarefa de restabelecer a democracia. Em sua área, os soviéticos criaram o Bloco de Partidos Antifascistas. Este foi colocados sob a direção dos comunistas alemães, que estavam refugiados na URSS e retornaram a Alemanha com o exercito vermelho. A criação da Bizone No decorre de 1946, as autoridades políticas alemãs nomeadas pelos Aliados ocidentais deram lugar a governantes eleitos. Na realidade, os EUA esforçavam-se por fazer com que os alemães aceitassem a divisão do país. As zonas americanas e britânicas fundiram-se numa nova entidade, a Bizone. Esse território voltou a ter administração alemã, liderados por Konrad Adeanuer. Começavam os preparativos para a convocação de uma Assembléia Constituinte. Para impedir a adoção dessas medidas que resultariam no surgimento de um Estado alemão separado, a partir de 23 e 24 de junho de 1948 os soviéticos organizaram um bloqueio da antiga capital. Os acessos rodoviários e ferroviários foram fechados ate maio de 1949. Para suprir a cidade de alimentos e outros artigos básicos, os americanos e britânicos montaram uma ponte aérea de quase duzentos mil voos. Começa a nascer a Alemanha Ocidental – RFA A questão das indenizações de guerra também constituía um ponto de discórdia entre ocidentais e soviéticos. Os soviéticos além de praticarem a política de terra arrasada em seu setor, exigiam ser indenizados com os equipamentos das indústrias situadas nas regiões mais ricas da Alemanha. Americanos e britânicos perceberam que este desmantelamento transformariam as zonas de ocupação em desertos industriais e os obrigariam a gastar enormes quantias para sustentar o país. Dessa forma se declaram prontos devolver responsabilidades econômicas aos alemães, para que estes assumissem seu próprio destino. Apesar de algumas reservas e apreensão foi permitida o estabelecimento de uma economia social de mercado alemã, e a criação de uma zona econômica com uma nova moeda, o marco alemão –Deutschmark. Essa reforma monetária de 1948 pode ser considerada a etapa mais importante para a criação de um e depois de dois Estados alemães. De fato, com ela o Ocidente confirmou a divisão da nação alemã. Nesse contexto de guerra fria, só restou
  • 4. aos soviéticos responder com medidas que tiveram por consequência a criação do segundo Estado alemão. Surge a Alemanha Oriental - RDA Desde cedo os soviéticos encorajaram a formação de um bloco antifascista na Alemanha Oriental. Três anos mais tarde o bloco transformou-se na Frente Nacional que constitui-se na espinha dorsal do novo Estado, criado a 7 de outubro de 1949. Constituía-se também de organizações de massa, sobretudo a federação sindical, o movimento feminino e o juvenil. A frente desenvolveu um programa antifascista e democrático, comandado por Walter Ulbricht, que voltou a Alemanha (zona soviética) em 1945. Tal estratégia subordinava inteiramente aos desejos e necessidades do ocupante soviético. Porem, para responder ao Plano Marshall e a garantia de um poder sem contestação sobre as nova nações socialistas , já que o dirigente iugoslavo Tito traçava uma política interna e externa independente de Moscou, o partido comunista adotou a ideologia marxista-lenista endurecendo seu controle sobre as nações sob seu domínio. Duas Alemanha em busca de reconhecimento 1949-1972 Uma vez constituídas, as duas Alemanhas se engajaram por completo na área de influencia de seus respectivos protetores. A guerra fria eliminou rapidamente qualquer esperança de reunificação alemã. Em 1961, a construção de um muro que isolava Berlim Oriental pareceu selar a divisão definitiva da Alemanha em dois Estados distintos. A RDA E A RFA tentaram ser reconhecidas pela comunidade internacional, também profundamente dividida. RFA-RDA: historia de uma separação – 1949-1955 Tanto no leste quanto no oeste, nenhum político alemão admitiu que a divisão de seu povo fosse permanente. A Alemanha Ocidental afirmava representar todo o povo alemão e decidiu atribuir-se o privilegio de representar a continuidade de Estado alemão. Na disputa áspera e sem concessões que opôs a RFA e a RDA, foi a Alemanha Ocidental a que obteve mais depressa os resultados visíveis. A opção ocidental e europeia de Adenauer Entre 1951 e 1955, o chanceler Adenauer ocupando também a função de ministro do Exterior objetivou sua política externa em fazer da novíssima RFA uma potência de âmbito internacional. Assim, adotou uma política de alinhamento com as condições impostas pelos aliados e não uma política de oposição buscando o alinhamento com a política dos Estados Unidos ou o estabelecimento de um eixo franco-alemão, em torno do qual se inscreveria a unidade europeia em 1958-1963. A RFA aprovava as grandes decisões ocidentais, mas para ela era ponto de honra que essas decisões levassem em conta um ponto de vista simultaneamente alemão e europeu. Isso constituía uma oportunidade de afirmar sua soberania e ser considerada uma entidade política igual a seus parceiros. Dessa forma foi aceita em 1954 na OTAN. O Leste limita-se a reagir No Leste, a situação se apresentava de maneira totalmente diversa. Os dirigentes comunistas alemães não tentaram obter autonomia em relação aos soviéticos. Além disso, todas as medidas que provocaram a mudança do estatuto jurídico da zona de ocupação soviética foram apenas respostas a decisões ocidentais: a RDA foi fundada alguns meses depois da RFA, a Alemanha Oriental se integrou na aliança militar do Pacto de Varsóvia após a adesão da Alemanha Ocidental a OTAN. Essas decisões sempre se fizeram acompanhar de declarações que denunciavam a política revanchista dos alemães-ocidentais. Às medidas políticas se juntavam aquelas destinadas a dar credibilidade à ideia de que a Alemanha Oriental, pacifica por natureza, era forçada a se transformar numa fortaleza para proteger-se do expansionismo das forças capitalista que a assediavam. Assim em 1952, uma zona proibida de cinco quilômetros de largura ao longo de toda a fronteira do oeste foi criada. A Alemanha Ocidental alcança a soberania Diante de uma garantia , a da integração da RFA na Comunidade Europeia de Defesa (CED) que deveria agrupar também a França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, a Alemanha Ocidental consegue sua soberania. Os únicos limites impostos eram a permanência de tropas estrangeiras no país, a continuação da divisão de Berlim em quatro zonas e a impossibilidade de concluir tratado de paz. Essa medida, considerada unilateral pelas autoridades soviéticas, fez com que a Alemanha Oriental imediatamente fechasse as fronteiras entre as duas zonas. Contrariando os objetivos soviéticos, que queriam uma Alemanha desmilitarizada e neutralizada no centro da Europa, Adenauer consegue o rearmamento da Alemanha Ocidental integrando seu exercito na OTAN, em outubro de 1954. Acabava também o regime de ocupação, e os altos comissários foram substituídos por embaixadores. Os ocupantes de antes se transformaram em aliados que defenderiam a Alemanha Ocidental do perigo comunista.
  • 5. Conseguido a soberania a RFA inicia um crescimento econômico ininterrupto, o Milagre Alemão. Esse se deu devido ao modelo econômico, onde existia total liberdade aos agentes econômicos na condução de seus negócios, a ajuda financeira do plano Marshall e a moderna legislação trabalhista sindical introduzida no país. Isso permitiu uma taxa de crescimento superior a 10% durante 10 anos. A soberania Ampliada da RDA Os soviéticos, por sua vez, concederam `soberania ampliada` aos alemães orientais, em marco de 1954. Um ano depois, em maio de 1955, a RDA se tornou membro pleno do Pacto de Varsóvia. No entanto, para não ser considerada apenas uma das duas Alemanhas, a RFA pôs então em pratica a chamada doutrina Hasllstein: todo reconhecimento diplomático da RDA por um Estado soberano implicaria a ruptura de relações diplomáticas com a RFA. A Alemanha Ocidental reivindicava o direito de representar unilateralmente a Alemanha. A doutrina seria aplica duas vezes: em 1957 contra a Iugoslávia e em 1963 contra Cuba. Economicamente , o objetivo era levar a zona oriental a adotar os princípios de coletivizado que vigoravam na União Soviética: a intervenção do estado na economia mediante a planificação e a transformação do conceito propriedade e uma política de coletivização dos diferentes ramos econômicos. Ideologicamente, houve a imposição de uma identidade comum a população, que ao sair da guerra ainda não havia aderido aos ideais comunistas. Baseado no marxismo-leninismo, essa ideologia era veiculadas em todas as atividades sociais - escolas, universidades, clubes esportivos e associações culturais. Dada a natureza do regime, em que a ideologia desempenhava um papel fundamental, resistências fizeram-se sentir nos meios políticos, científicos e culturais. Assumiram a forma de fuga constante de operários e outros profissionais – técnicos, administradores, médicos, professores – para a Alemanha Ocidental. O fechamento das fronteiras em 1961-62 com a construção do muro de Berlim salvou o regime de um desmoronamento quase inevitável. Sem qualquer esperança de uma reunificação rápida, os alemães orientais aderiram à ideia de se tornaremos trabalhadores mais eficientes do mundo socialista, objetivo que alcançaram com relativa rapidez. A caminho do reconhecimento mutuo Ao longo de toda a sua historia, a Alemanha frequentemente se voltou mais para o leste do que para o oeste. Dessa forma a RFA rapidamente desenvolveu uma política independente para o leste conhecida como Ostpolitik. Ela resultou no estabelecimento de relações comerciais com diversos países do leste: Polônia, Romênia, Hungria em 1963 e Bulgária em 1964. Pouco a pouco, a doutrina Hallstein foi sendo abandonada, e a Alemanha Ocidental estabeleceu relações diplomáticas oficiais com a Romênia em 1965, Iugoslávia em 1966 e Tchecoslováquia em 1967. Por fim, em 1973 rejeitaram definitivamente o passado hitlerista, reconhecendo de modo oficial a nulidade dos acordos de Munique de 1938, que haviam levado a destruição do Estado tchecoslovaco. Em 1970, uma troca de visitas de chefes de governo de RFA e da RDA simbolizou a aproximação entre os dois países. Em dezembro de 1972, com a assinatura de um tratado entre as duas Alemanhas, chegou-se ao fim de 23 anos de hostilidades. Os dois países garantiam imutabilidade de suas fronteiras e reconheciam a independência de ambos os Estados. Cada uma se comprometia a instalar no vizinho uma representação permanente. Assim os dois Estados alemães foram conjuntamente admitidos na ONU em 1973. A partir de meados da década de 80, grandes empréstimos oriundos de bancos alemães ocidentais e numerosos acordos comerciais fizeram da Alemanha Oriental um membro associado – embora oculto – da comunidade econômica europeia. Entretanto, o apoio econômico alemão-ocidental não foi acompanhado de um controle orçamentário, que deveria ter limitado os gastos dos setores improdutivos da Alemanha Oriental. Tal qual em todos os países do bloco socialista o aparelho produtivo não foi modernizado, e a passagem para a Era da automação industrial se fez de forma bastante inadequada. Era uma situação ainda mais embaraçosa porque, anos após ano, a Alemanha Oriental afirmava-se ser o país mais avançado do Leste europeu no que referia a industrialização e ao domínio da tecnologia moderna. O ano 1 da nova Alemanha Em 1989, alguns meses de manifestações populares conseguiram o que quarenta anos de intermináveis negociações internacionais não tinha alcançado: a reunificação da Alemanha. Enquanto na União Soviética e nos outros países comunista a abertura política e as reformas da perestroika avançavam, na Alemanha Oriental o governo criticava violentamente essa abertura. Mais uma vez, foi abandonando o país que os alemães – orientais mostraram seu repudio ao socialismo. O desmoronamento de um regime
  • 6. No fim de 1988, os ventos de liberdade e democracia já haviam abalado os regimes comunistas da Polônia e da Tchecoslovaquia. Em eleições livres e limpas os partidos comunistas foram varridos desses países. Essa abertura política foi muito mal recebida pelos dirigentes da RDA que não estavam dispostos a aceita-la na Alemanha Oriental. Mas a grande maioria da população não pensava assim e fugiram do país quando em agosto de 1989, a Hungria abriu suas fronteiras com a Áustria. Uma onda de emigração apanhou o governo de surpresa: enormes filas de carros atravessaram a Tchecoslovaquia, a Hungria e depois a Áustria, para chegara a Alemanha Ocidental. A revolução pacifica A partir de setembro, quando o grosso dessa evasão já acabara, os habitantes da Alemanha Oriental se mobilizam em grandes manifestações, exigindo que a RDA seguisse o exemplo dos outros países da Europa oriental e concedesse liberdade e democracia com o lema `O povo somos nós. As tentativas de conter as manifestações por meio de repressões violentas e intimidações fracassaram e Honecker, no poder desde 1971 é destituído. Cai o muro de Berlim A 9 de novembro de 1989, convencidos de que não havia outra saída o Partido Comunista ordenou que se abrisse a fronteira berlinense e se derrubassem o muro. Na euforia do momento, em tres dias cerca de 3 milhões de alemães orientais foram a Berlim Ocidental. Como presente de boas vindas, o governo da Alemanha Ocidental ofereceu a cada visitante dezenas de marcos. Dali a menos de um ano, viria a reunificação. O Partido Comunista ainda tentou dominar a situação organizando eleições livres. Elas foram marcadas para a segunda metade de março e teriam a participação dos dois grandes partidos da Alemanha Ocidental. Porém para evitar que a RDA reformada sobrevivesse e que uma confederação de dois Estados alemães se concretizassem, Helmut Kohl, chanceler da RFA, acelerou o processo de reunificação. Se declarou a favor da rápida abertura de negociações entre as duas Alemanhas, da unificação monetária, qualificando como dramática a situação econômica da Alemanha Oriental propondo que o Deustschmark se tornasse a moeda comum de reunificação. Mas, se recusou a conceder ajuda econômica se nas eleições de março, a RDA voltasse a ser governada por comunistas. Porem, estas deram vitória arrasadora aos democratas cristãos em todas as regiões da RDA. Novamente um só país Com a união monetária e econômica entre as duas Alemanhas e a entrada da antiga RDA na OTAN – por meio da incorporação do país `a Alemanha Ocidental a União Soviética cedeu aos apelos da Alemanha Ocidental aceitando retirar suas tropas da antiga Alemanha Oriental, após 45 anos de ocupação. Ficou acertado que as forcas militares soviéticas se retirariam dali ate 1994. Os custos dessa retirada seriam bancados pela Alemanha Ocidental. Em setembro de 1990, em Moscou, a Alemanha Ocidental assinou com os Estados Unidos, a União Soviética, o Reino Unido e a França um tratado que punha fim à tutela dessas potências sobre a Alemanha, a qual voltava a ser plenamente soberana. A reunificação entrou em vigor a 3 de outubro de 1990, com a transformação da antiga RDA em cinco Lânder da Alemanha Ocidental. Emancipada, a Alemanha, antes uma gigante econômica e anão político, passou a se afirmar não apenas como a terceira potência econômica mundial, mas também como a mais rica e populosa nação da nova União Europeia, formada a partir do Tratado de Maastricht, que entrou em vigor em novembro de 1993. http://www.coladaweb.com/historia/alemanha-da-divisao-a-reunificacao