1. CAPITALISMO E SOCIALISMO
Capitalismo e socialismo são dois conhecidos sistemas político-econômicos que são opostos.
O socialismo consiste em uma teoria, doutrina ou prática social que propõe a apropriação
pública dos meios de produção e a supressão das diferenças entre as classes sociais. Este sistema
sugere uma reforma gradual da sociedade capitalista, distinguindo-se do comunismo, que era mais
radical e defendia o fim do sistema capitalista e queda da burguesia através de uma revolução
armada.
O socialismo científico, também conhecido como marxismo, tinha como um dos seus
objetivos a compreensão das origens do capitalismo, e anunciava o fim desse sistema. A luta
proletária encorajada pelo socialismo científico foi revestida do mesmo caráter internacional do
capitalismo e necessitava de uma organização partidária, centralizadora e coesa.
No final do século XIX, todos os partidos socialistas tinham como objetivo a luta por uma
sociedade sem classes e acreditavam na substituição do capitalismo pelo socialismo. No entanto,
surgiram duas tendências entre os partidos: uma revolucionária, que defendia o princípio da luta de
classes e a ação revolucionária, sem aceitar a colaboração com governos burgueses; e a reformista,
que aceitava integrar coligações governamentais (social-democracia).
De acordo com a teoria marxista-leninista, a construção do socialismo corresponde ao período
transitório que vem depois da queda do capitalismo e que precede o estabelecimento do comunismo.
Por outro lado, o capitalismo tem como objetivo o aumento de rendimentos e obtenção de
lucro. Muitas críticas foram feitas em relação a este sistema, pois a concentração e distribuição dos
rendimentos capitalistas dependem muito das condições particulares de cada sociedade.
No seu início, o capitalismo foi responsável por graves deformações e conflitos sociais, já que
a indústria, pouco desenvolvida, não foi capaz de incorporar organicamente os assalariados, assim
como também não foi capaz de minorar a sua insegurança econômica. Só mais tarde, quando houve
um incremento na produção de bens, é que se verificou uma elevação significativa no nível de vida
dos trabalhadores.
A dinâmica resultante da luta pelo aumento de salários e pela participação de todos os agentes
de produção no processo do próprio capitalismo é a principal característica econômica do século XX
e originou várias posições. Entre elas está o comunismo radical (com a nacionalização de todos os
meios de produção) e a concertação social pelo acordo para a distribuição dos rendimentos entre
gestores, capitalistas, operários e serviços.
No fim do século XVIII, vários pensadores denunciaram as deficiências do sistema
capitalista, criticando as injustiças sociais inerentes. As críticas surgiram juntamente com soluções
alternativas por parte desses reformadores sociais que se denominavam socialistas utópicos. Foi
proposta uma ordem laboral e social mais justa, onde os homens poderiam desenvolver a sua inata
tendência à solidariedade e à vida associativa.
2. Diferenças
Estes dois sistemas apresentam muitas diferenças, porque são contrários. Enquanto no
capitalismo o governo intervém pouco na economia, no socialismo há uma grande intervenção do
governo. O capitalismo favorece quem tem dinheiro, e dá liberdade para criação de empresas por
parte dos indivíduos, mas cria classes sociais muito distintas e consequentes desigualdades sociais.
O socialismo tem como visão o bem comum de todos os indivíduos da sociedade, sendo que o
governo providencia o que é necessário para os cidadãos. Uma desvantagem desse sistema é que é
difícil estabelecer negócios quando tudo é controlado e limitado pelo governo. Outra limitação do
socialismo é que a sua implementação é muito complicada, e em vários países socialistas de hoje, as
pessoas são exploradas pelos seus governos.
Guerra fria
A Guerra Fria foi o conflito de países que representavam o capitalismo e o socialismo e que
procuravam dominar o mundo. Os dois principais intervenientes foram os Estados Unidos
(capitalismo) e URSS (União Soviética, atual Rússia). A designação "fria" foi dada porque não houve
ataques diretos, apesar do incrível poder bélico dos intervenientes. Um conflito bélico poderia ter
consequências catastróficas, podendo mesmo significar a destruição da Terra.
A Guerra Fria terminou no início da década de 90, com a vitória dos Estados Unidos e do
capitalismo, o que explica a predominância desse sistema político nos dias de hoje.