O documento discute as teorias sobre o crescimento populacional ao longo da história, incluindo a teoria malthusiana de que a população cresce geometricamente enquanto os alimentos crescem aritmeticamente, levando a fome, e as teorias neomalthusiana e reformista. Também descreve as quatro fases da transição demográfica por que passam os países, da alta natalidade e mortalidade para baixa natalidade e mortalidade.
Diversas teorias tentam explicar as mudanças nas estruturas populacionais durante os séculos, para isso Thomas Malthus foi um dos pioneiros em tentar discutir o crescimento populacional do mundo, sendo acompanhada pela Teoria Neomaltusiana e posteriormente pela teoria Reformista.
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2. Imagine se hoje fosse o seu aniversário! E
você convidou muitos amigos e amigas!
Também não esqueceu seus familiares e
vizinhos! Você precisaria de bastante
comida e bebida, não é mesmo?
3. Mas, no meio da noite, começa a chegar
mais gente! Na verdade, os seus amigos,
familiares e vizinhos chamaram também
seus próprios colegas e pessoas mais
próximas!
4. E você se pergunta, será que a comida vai
dar? E a bebida? Será que vai caber todo
mundo aqui? Pois é... Esse tipo de
preocupação não acontece só com você.
Há duzentos anos, já havia gente
preocupada com o crescimento da
população no mundo! Desde aquela época
foram elaboradas muitas teorias para
explicar e solucionar o problema do
crescimento populacional.
5. Dilema: é a superpopulação que gera a
pobreza ou é a pobreza que gera a
superpopulação?
6. Inúmeras teorias foram elaboradas para
tentar explicar o crescimento
populacional. Dentre elas, é comum se
destacarem três, que estão
profundamente inter-relacionadas: a
malthusiana, a neomalthusiana e a
reformista.
7. Teoria Malthusiana
A teoria demográfica formulada pelo
economista inglês Thomas Robert
Malthus(1776-1834) foi publicada em 1798,
no livro Ensaio sobre o princípio da
população.
Segundo Malthus, a população mundial
cresceria em um ritmo rápido, comparado
por ele a uma progressão geométrica (1, 2,
4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de
alimentos cresceria em um ritmo lento,
comparado a uma progressão aritmética
(1, 2, 3, 4, 5, 6...)
8. Assim, segundo a visão de Malthus, ao final
de um período de apenas dois séculos, o
crescimento da população teria sido 28
vezes maior do que o crescimento da
produção de alimentos. Dessa forma, a
partir de determinado momento, não
existiriam alimentos para todos os
habitantes da Terra, produzindo-se,
portanto, uma situação catastrófica, em que
a humanidade morreria de inanição.
9. Malthus chegou a propor como única
solução - para o problema da
defasagem entre população e alimentos
- o que ele chamou de "sujeição moral",
ou seja, a própria população deveria
adotar uma postura de privação
voluntária dos desejos sexuais, com o
objetivo de reduzir a natalidade,
equilibrando o crescimento
demográfico com a possibilidade de
expansão da produção de alimentos.
10. Na realidade, ocorre grande concentração
de alimentos nos países ricos e,
consequentemente, má distribuição nos
países pobres. Porém, em nenhum
momento a população cresceu conforme o
cálculo de Malthus.
11.
12. Neomalthusianismo
No pós 2ª Guerra Mundial, o crescimento
populacional acelerado nos países
subdesenvolvidos, fez despertarem os adeptos de
Malthus chamados de neomalthusianos.
Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento
seriam gerados pelo grande crescimento
populacional, e em virtude disso seriam necessárias
drásticas políticas de controle de natalidade, que se
dariam através do famoso e bastante difundido,
"planejamento familiar". Muitos países
subdesenvolvidos adotaram essas políticas anti-
natalistas, mas com exceção da China onde a
natalidade caiu pela metade em quarenta anos nos
outros praticamente não surtiu efeito.
13. Hoje em dia existem também os chamados
ecomalthusianos, que defendem a tese de
que o rápido crescimento populacional
geraria enorme pressão sobre os recursos
naturais, e por consequência sérios riscos
para o futuro.
No Brasil nunca chegou a acontecer um
controle de natalidade rígido por parte do
estado nacional, mas a partir da década de
70 o governo brasileiro passou a apoiar
programas desenvolvidos por entidades
nacionais e estrangeiras como a Fundação
Ford, que visavam o controle de natalidade
no país.
14. Reformistas ou marxistas
Diferentemente do que defendem os
neomalthusianos, os demógrafos marxistas,
consideram que é a própria miséria a
responsável pelo acelerado crescimento
populacional. E por conta disso, defendem
reformas de caráter sócio-econômico que
possibilitem a melhoria do padrão de vida das
populações dos países subdesenvolvidos,
segundo eles isso traria por consequência o
planejamento familiar espontâneo, e com isso
a redução das taxas de natalidade e
crescimento vegetativo, como ocorreu em
vários países hoje desenvolvidos.
15.
16. 1º Fase:
Caracteriza-se por ter elevadas taxas de natalidade e
mortalidade, ligadas à cultura dos filhos serem mão-
de-obra ocasionando uma alta natalidade, e baixas ou
mesmo nenhuma condições de saneamento
resultando em epidemias tendo um alto índice de
mortalidade, o que faz a população crescer muito
pouco.
A Europa passou por ela antes de 1760
O Brasil passou por ela antes de 1940
17. 2º Fase:
Ocorre um decréscimo da mortalidade, como consequência
das melhorias alimentares e sanitárias, a evolução da
medicina (combate às doenças como Cólera e Malária no
Brasil), a urbanização e a expectativa de vida. No entanto, a
alta taxa de natalidade é mantida, o que acarreta um intenso
crescimento populacional (explosão demográfica).
A Europa passou por ela entre 1760 a 1880
O Brasil passou por ela entre 1940 a 1970
18. 3ºFase:
Nessa fase temos a queda acelerada da taxa de
natalidade devido a educação familiar ao acesso a
métodos anticoncepcionais, a entrada da mulher no
mercado de trabalho e a manutenção da taxa de
mortalidade fixando o modelo urbano.
A Europa passou por ela entre 1880 a 1940
O Brasil está no ciclo final dessa fase.
19. 4ºFase:
Observa-se nessa fase baixas taxas de natalidade
devido ao alto custo de se criar filhos e a opção de
manter o padrão de vida e baixas taxas de mortalidade
com consequente queda do crescimento populacional ou
sua estagnação. Há consequências: aumento da
proporção de idosos podendo ocasionar um rombo na
previdência; encolhimento da população e necessidade
de imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo
salário.
Alguns países da Europa como a Alemanha e Itália estão nessa
fase.