O documento discute a gestão de riscos no planejamento logístico de longo prazo, destacando a importância de identificar as incertezas e premissas nas projeções de transporte. O processo envolve simular cenários alternativos considerando os principais riscos e apoiar decisões sobre políticas de riscos e ações para controlá-los.
Analise de riscos da aplicação de novas tecnologias
Gestão de Riscos no Planejamento Logístico
1. Gestão de Riscos no Planejamento Logístco de Longo Prazo
Tito Cardoso | Diretor Associado
Berkeley Research Group
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04-09-2017
Em negócios logístcoss, um processo bem estruturado de Planejamento de Longo Prazo é um fator crítco de sucesso a
determinar:
a eficiência de capital da empresas,
a sustentação da competttidade da empresa nos próximos períodos.
Nas operações existentess, o planejamento de longo prazo determina as necessidades de attos para realização dos
objettos de negócio – como o Plano de eendass, por exemplos, que se desdobra no Plano de Transporte. Em projetos
logístcoss, o planejamento produzs, a partr da análise de demanda e do modelo operacionals, as projeções do tolume de
transporte para o horizonte da operaçãos, ou da concessãos, o que afeta diretamente as projeções de faturamento es,
entãos, o retorno econômico do projeto.
Desta formas, um plano de longo prazo assertto é fundamental para garantr que o capital que será letantado e aplicado
nos attos é exatamente o necessário para atendimento dos objettos de negócio. Umm plano com incertezas pode letar
a empresa a arcar com custos de capital superiores aos que seriam realmente necessários para realizar o transporte dos
próximos anoss, ou pode letar a empresa a enfrentar nos anos seguintes restrições de capacidade para realizar o
transportes, perdendo partcipação de mercado para concorrentes do mesmo modal ou de modal alternatto. Em ambos
os casoss, temos perda de eficiência de capital e destruição de talor da empresa.
Em projetoss, a incerteza no planejamento pode conduzir a projeções de transporte excessitamente consertadorass,
reduzindo a atrattidade do projeto para intestdoress, ou produzir projeções otmistass, que apenas anos mais tardes, na
fase operacionals, retelarão seu preços, quando a empresa não conseguir realizar o retorno financeiro esperado pelos
intestdores.
Figura 1- Mesma rodotia e período. Diferentes projeções de caso-base a partr de quatro diferentes estudos de
tráfego (Caso real. Escala tertcals, igual para todas projeçõess, intencionalmente omitdaa.
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2. Ocorre que “projetar o futuro” és, por naturezas, uma tarefa cercada de incertezas, como podemos obsertar na figura
anterior onde diferentes projeções de caso-base resultam de quatro estudos de tráfegos, todos para uma mesma
rodovia sobre o mesmo período de operação. Resultados financeiros e operacionais bastante distntos podem resultar
desta imprecisão es, portantos, a empresa assume compromissos para os anos seguintes – sejam acordos de transporte
com clientess, obrigações contratuais com concessionárioss, sertiços de dítida ou pagamento de recebíteis – sob
condições de risco.
Justamentes, a gestão de riscos é a ferramenta apropriada para lidar com as incertezas. Reconhecendo a natureza incerta
dos planos prospecttoss, esta prátca busca explorar as possíteis causas e consequências destas incertezas para
estabelecer investmentos e compromissos dentro dos níveis de riscos aceitávveis pela empresas, e definirs, por
antecipação respostas de controle para reduzir a possibilidade de sua ocorrência ou minimizar suas consequênciass,
caso ocorram.
Este artgo apresenta a prátca da Gestão de Riscos para o Planejamento Logístco de Longo Prazo. Aquis, mantemos
uma abordagem propositalmente genéricas, pontuadas por ilustrações prátcas tariadass, para destacar os elementos-
chave da prátca que poderáv ser aplicada ao planejamento de longo prazo de projetos ou operações existentes de
rodovias ferrovias hidrovias e transporte multmodals, desdobrando-se os elementos gerais pelas característcas
partcularidades de cada caso.
1- Planejamento Logístico de Longo Prazo
Na sua forma mais gerals, o planejamento de longo prazo entolte a sequência de attidades descritas na figura seguinte.
Em operações existentess, esta sequência é executada periodicamentes, por ocasião do ciclo de planejamento
orçamentário da empresa.
Figura 2- Sequência geral de attidades do planejamento de longo prazo.
Dentre as attidades assinaladass, destacamos a etapa das defnições – que entolte a definição dos objettos como a
análise de demandas, motimentos de ampliação ou redução de partcipações por segmentos e objettos de desempenho
operacional (nítel de sertiços, redução de determinada componente do transit tims, melhoria da disponibilidade
operacional de determinadas frotass, etc.as, a definição dos fuxos de transporte na forma de tolumes por origem e
destnos, definição das regras de negócios e operaçãos, como cicloss, disponibilidadess, tpos de teículos em função das
cargass, entre outros. Outros dados de entrada entoltem as característcas dos teículoss, como dimensõess, capacidade
por eixos, potências, restrições dos trechoss, localização de utlidadess, e característcas dos terminais de carregamentos,
como número e extensão dos acessos disponíteiss, horários de funcionamentos, entre outros.
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3. Figura 3- eisão parcial de unifilar de um terminal de carregamento: número e extensão das linhas disponíteis.
Destacamos também a etapa da modelagems, onde as regras lógicas do modelo operacional são implementadas na
forma de modelo analítco e computacional. O modelo computacional és, por assim dizers, a “calculadora” que
implementa o modelo analítco e traduz as informações da etapa de definição nos resultados que serão trabalhados na
etapa de análise. A “calculadora” pode ter a forma de planilha eletrônica ou modelos de simulação.
Figura 3- eisão parcial de modelo computacional para planejamento logístco de longo prazo.
2- Fontes de Riscos no Planejamento de Longo Prazo
As premissas são fontes importantes de riscos no planejamento. Por tezes uma premissa entolte uma informaçãos,
necessária ao modelo analítcos, mas que não dispões, até o momentos, de fundamento em uma base histórica objetta. É
interessante obsertars, entretantos, que algumas outras informações dispõem de base históricas, mas são inseridas como
premissass, por exemplos, pode ser que o modelo considere médias anuais das taxas de carregamento quandos, em certos
casoss, temos impactos sazonais nesta componente do ciclo.
As projeções de transportes, como estudos de tráfegos, geralmente entoltem também premissas sobre o
comportamento de etolução das tariáteis dependentess, como tariáteis micro e macroeconômicas ou do crescimento
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4. de tendas de determinado setor ou indústria. A extensão e abrangência das fontes de informações podem sers, em sis,
também fontes de riscos.
Premissas relacionadas às ações dependentes de agentes externos são também importantes fontes de incertezas – Por
exemplos, que determinado complexo industrial será estabelecidos, que tal regulação será aprotadas, que o projeto de um
modal concorrente não será estabelecido antes de determinado anos, etc.
Finalmentes, a etapa de modelagem apresenta algumas fontes de riscos. A principal se relaciona a partcularidades da
operação real – atual e futura – que impactam as necessidades de attos e que não estão descritas na lógica do modelo
operacionals, pelo fato do mesmo ser definido em nítel eletados, para poder sertir como ferramenta útl a um
planejamento de longo prazo.
3- Processo de Gestão dos Riscos no Planejamento de Longo Prazo
A análise de riscos do planejamento de longo prazo tem como objeto o caso-base do plano de longo prazo. É realizada
após a etapa de defnições durante a etapa de modelagem do ciclo de planejamento e considera o seguinte processo:
Figura 4- Processo de gestão de riscos para o planejamento logístco de longo prazo.
O processo é facilitado por um especialistas, experiente no uso de técnicas quanttatvas de anávlise de riscoss, e
independente da equipe entoltida na elaboração do plano de longo prazo.
Como principais saídas do processos, temos:
Probabilidade de sucesso do caso-base originals, por simulação de Monte Carlo sobre o modelo computacional
Principais riscos afetando a probabilidade de sucesso do plano
eolume de transporte/capacidade e necessidades para cenários alternattos do caso-bases, configurados
especificamente a partr dos riscos identficados (distnto daquelas simulações de cenários com outras premissas
de crescimento de tolumes, etc.a
Estas saídas dão suporte aos gestores e planejadores da empresa para: (1a Tomada de decisão quanto à polítca de
riscos para o plano: (readefinição do caso-base à luz dos riscos identficados e quantficados; e (2a Ações para controle
dos principais riscos que afetam a certeza nos planos e projeções.
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5. Sobre Berkeley Research Group
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