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Aluno(a): Ana Caroline Nascimento Oliveira
Orientador(a): Silvana Maria Pantoja dos Santos
PATRIMÔNIO EM RUÍNA: A CIDADE QUE SE DIFERENCIA EM OS
AZULEJOS DO TEMPO: PATRIMÔNIO DA HUMANA IDADE
(1999), DE JOSÉ CHAGAS.
PIBIC/ CNPQ
INTRODUÇÃO
A obra Os azulejos do tempo: patrimônio da humana idade que gira em
torno do Centro Histórico Cultural da cidade de São Luís é dividida em 10
partes, "O império das ruínas", "O aprendiz da cidade", "Os alicerces do
humano", "A escritura da cidade", "As quimeras seculares", " As moradas
do mito", "A pedra fundamental", "A romaria dos indestinados ", "A beira do
eterno" e por último “A chave”, totalizando 241 sonetos.
OBJETIVOS
2.1. Geral
Analisar o processo de rememoração do patrimônio urbano da cidade de São Luís na obra Os
azulejos do tempo: patrimônio da humana idade (1999), de José Chagas.
2.2. Específicos
• Discutir o modo de construção da memória urbana, a partir do tempo e lugar em que se
insere o sujeito lírico.
• Compreender a relação entre o sujeito literário e os espaços que preservam a memória da
cidade.
• Verificar como os fatos urbanos do acervo patrimonial (ruas antigas, casarões e igrejas
seculares, becos, ruínas históricas) são ressignificados pelas impressões do sujeito literário.
• Discutir os impactos do presente sobre o eu lírico, na leitura que faz da cidade que se
diferencia.
METODOLOGIA
A pesquisa é qualitativa, de cunho bibliográfico
Teóricos básicos:
• Halbwachs (2006), Santos (2015);
• Abreu (1998) e Gomes (2008);
• Costa (2017) e Pereira (2018);
• Fonseca (2001) e Santos & Moreira (2020);
• Zukin (2018).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
PARCIAIS
 O primeiro poema do livro inicia com um questionamento:
Patrimônio de quem? De ti, de mim?
 Esse questionamento do sujeito lírico polemiza a ressignificação do
patrimônio urbano de São Luís e que ganha um novo significado
após o tombamento do seu acervo.
 De acordo com o Decreto-Lei n°25 de 30 de novembro de 1937, o
patrimônio é definido “como um conjunto de bens móveis e imóveis
existentes no País e cuja conservação é de interesse público, quer
por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer
por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico
ou artístico”.
 A voz poética de chagas rememora o acervo urbano cultural do
período colonial.
Patrimônio de quem? De ti, de mim?
Patrimônio de toda a humanidade?
Herança de barata, de cupim?
Ou chão que a própria história desinvade,
e em que começo e depois do fim
e o fim é que inicia outra cidade,
onde Abel poderá matar Caim
e Freud enforcara o próprio Sade,
e tudo seja bom por ser ruim,
e nos alegre o que nos desagrade?
Patrimônio de sol, de um sol mirim,
em praias sujas onde ninguém nade?
(CHAGAS,1999, p.17. Itálico do autor)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
PARCIAIS
 No poema “A cidade revista”. O conjunto de bens passará por uma espécie
de vistoria, a ser selecionado aqueles que mais carregam vestígios de
referências.
 Segundo Fonseca (2001, p.113) essas referências culturais são as
representações simbólicas dos espaços, como também a elaboração de
relações entre elas e a construção de sistemas daquele contexto cultural,
no sentido de representá-los.
AGORA que a cidade foi revista
e se rebusca tanto, em seu passado,
algum traço, algum rastro, alguma pista
no acervo arquitetônico arruinado
como o pensar que assim se reconquista
o que era nosso e se deixou de lado;
agora que a cidade acresce a lista
das relíquias que o tempo nos tem dado,
que riqueza haverá que ainda resista
não só ao tempo, mas ao nosso enfado,
e o que virá de novo a estar na crista
da onda, em nosso orgulho renovado,
que colhe só o pouco que ainda exista,
que pouco foi também nosso cuidado?
(CHAGAS, 1999, p. 20)
(CHAGAS, 1999, p. 20)
CONSIDERAÇÕES
PARCIAIS
 Vê-se na poesia de José Chagas uma pluralidade de lembranças no mesmo
cenário: o centro histórico de São Luís, cujos elementos pertencentes à
paisagem citadina são ressignificados a partir das percepções e impressões do
eu lírico.
 A cidade, com seu acervo patrimonial, exerce um papel relevante na vivência e
experiência dos sujeitos que nela residem.
 Ela carrega, em suas curvas, a história do próprio lugar, isso acaba sendo
ressignificado na literatura, especialmente na poesia.
 Sendo o poeta um construtor, aproveita-se dos recursos linguísticos a sua
disposição para construir seu cenário poético, a partir do patrimônio urbano
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, fonte de toda sabedoria;
À profa. Dra. Silvana Maria Pantoja dos Santos, pela
oportunidade e confiança;
À UEMA, por contribuir com o meu crescimento
acadêmico;
Ao CNPq pelo financiamento da pesquisa.

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  • 1. Aluno(a): Ana Caroline Nascimento Oliveira Orientador(a): Silvana Maria Pantoja dos Santos PATRIMÔNIO EM RUÍNA: A CIDADE QUE SE DIFERENCIA EM OS AZULEJOS DO TEMPO: PATRIMÔNIO DA HUMANA IDADE (1999), DE JOSÉ CHAGAS. PIBIC/ CNPQ
  • 2. INTRODUÇÃO A obra Os azulejos do tempo: patrimônio da humana idade que gira em torno do Centro Histórico Cultural da cidade de São Luís é dividida em 10 partes, "O império das ruínas", "O aprendiz da cidade", "Os alicerces do humano", "A escritura da cidade", "As quimeras seculares", " As moradas do mito", "A pedra fundamental", "A romaria dos indestinados ", "A beira do eterno" e por último “A chave”, totalizando 241 sonetos.
  • 3. OBJETIVOS 2.1. Geral Analisar o processo de rememoração do patrimônio urbano da cidade de São Luís na obra Os azulejos do tempo: patrimônio da humana idade (1999), de José Chagas. 2.2. Específicos • Discutir o modo de construção da memória urbana, a partir do tempo e lugar em que se insere o sujeito lírico. • Compreender a relação entre o sujeito literário e os espaços que preservam a memória da cidade. • Verificar como os fatos urbanos do acervo patrimonial (ruas antigas, casarões e igrejas seculares, becos, ruínas históricas) são ressignificados pelas impressões do sujeito literário. • Discutir os impactos do presente sobre o eu lírico, na leitura que faz da cidade que se diferencia.
  • 4. METODOLOGIA A pesquisa é qualitativa, de cunho bibliográfico Teóricos básicos: • Halbwachs (2006), Santos (2015); • Abreu (1998) e Gomes (2008); • Costa (2017) e Pereira (2018); • Fonseca (2001) e Santos & Moreira (2020); • Zukin (2018).
  • 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO PARCIAIS  O primeiro poema do livro inicia com um questionamento: Patrimônio de quem? De ti, de mim?  Esse questionamento do sujeito lírico polemiza a ressignificação do patrimônio urbano de São Luís e que ganha um novo significado após o tombamento do seu acervo.  De acordo com o Decreto-Lei n°25 de 30 de novembro de 1937, o patrimônio é definido “como um conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação é de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”.  A voz poética de chagas rememora o acervo urbano cultural do período colonial. Patrimônio de quem? De ti, de mim? Patrimônio de toda a humanidade? Herança de barata, de cupim? Ou chão que a própria história desinvade, e em que começo e depois do fim e o fim é que inicia outra cidade, onde Abel poderá matar Caim e Freud enforcara o próprio Sade, e tudo seja bom por ser ruim, e nos alegre o que nos desagrade? Patrimônio de sol, de um sol mirim, em praias sujas onde ninguém nade? (CHAGAS,1999, p.17. Itálico do autor)
  • 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO PARCIAIS  No poema “A cidade revista”. O conjunto de bens passará por uma espécie de vistoria, a ser selecionado aqueles que mais carregam vestígios de referências.  Segundo Fonseca (2001, p.113) essas referências culturais são as representações simbólicas dos espaços, como também a elaboração de relações entre elas e a construção de sistemas daquele contexto cultural, no sentido de representá-los. AGORA que a cidade foi revista e se rebusca tanto, em seu passado, algum traço, algum rastro, alguma pista no acervo arquitetônico arruinado como o pensar que assim se reconquista o que era nosso e se deixou de lado; agora que a cidade acresce a lista das relíquias que o tempo nos tem dado, que riqueza haverá que ainda resista não só ao tempo, mas ao nosso enfado, e o que virá de novo a estar na crista da onda, em nosso orgulho renovado, que colhe só o pouco que ainda exista, que pouco foi também nosso cuidado? (CHAGAS, 1999, p. 20) (CHAGAS, 1999, p. 20)
  • 7. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS  Vê-se na poesia de José Chagas uma pluralidade de lembranças no mesmo cenário: o centro histórico de São Luís, cujos elementos pertencentes à paisagem citadina são ressignificados a partir das percepções e impressões do eu lírico.  A cidade, com seu acervo patrimonial, exerce um papel relevante na vivência e experiência dos sujeitos que nela residem.  Ela carrega, em suas curvas, a história do próprio lugar, isso acaba sendo ressignificado na literatura, especialmente na poesia.  Sendo o poeta um construtor, aproveita-se dos recursos linguísticos a sua disposição para construir seu cenário poético, a partir do patrimônio urbano
  • 8. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, fonte de toda sabedoria; À profa. Dra. Silvana Maria Pantoja dos Santos, pela oportunidade e confiança; À UEMA, por contribuir com o meu crescimento acadêmico; Ao CNPq pelo financiamento da pesquisa.