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Jardins de concreto – Um olhar diferente sobre a cidade
“Na trilha de Bataille, é possível ver a cidade como uma alegoria dos mortos, com os prédios servindo de monumentos com faces vazias a serem preenchidas por aqueles que viveram.”
“Enquanto para os pobres a rua era um interior, o lugar onde o sem-teto tinham de morar, para os ricos, o interior tornou-se uma rua, com toda a variedade de mercadorias, lojas e experiências urbanas exóticas reunida em cenários artificiais.”
“...uma ampla diversidade étnica. Uma diversidade que aparece não apenas as mercadorias em disposição e nas imagens da propaganda que adornam a paisagem urbana, mas também na vida cotidiana.”
“Os novos sistemas de transporte (trem, metrô, ônibus, carro), que passaram a dominar a paisagem urbana e a velocidade e o perigo das novas formas de locomoção oferecem novas maneiras de vivenciar a paisagem urbana?”
“Ao mesmo tempo, não se poderia dizer que essas novas formas de locomoção oferecem novas maneiras de vivenciar a paisagem urbana?”
“...“tornar o estranho familiar e o familiar, estranho”. Era preciso ver a cidade com novos olhos,  como se fosse a primeira vez: “O estrangeiro é um forasteiro que fica parecido com um nativo, ao passo que o flâneur é um nativo que se torna estrangeiro”.
“...quando nos movemos pelos becos e passagens, pelo labirinto que contém a “vida degradada”, a cidade, com diz de Certeau, de caminhantes que escrevem a cidade sem poder lê-la”.
“...um bônus para o flâneur, em sua provisão de materiais que podem ser considerados exóticos, isto é, “matéria fora de lugar”. Algo que amplia os recursos materiais e imaginários para um novo jogo mais complicado de experiência, leitura e representação”.
Jardins de concreto - Novas formas de vivenciar a cidade

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