1. MEMES E CIÊNCIA:
uma investigação hodierna
Pesquisadora: Isabella Tavares Sozza Moraes
Orientador: Janderson Lacerda Teixeira
2. Memes biológicos
Richard Semon - memória = mnemósine = mneme (engramas
(Freud) - seleção natural (Darwin)); categorias mnêmicas:
reprodução orgânica; hábito; periodicidade e heretariedade.
(The Mneme - 1921)
Richard Dawkins - DNA = mímese = mimeme = meme.
Replicador cultural; tudo pode ser meme. (The selfish gene -
1975)
Daniel Dennet - concorda com Dawkins; ideias perigosas;
relação de cultura; gerar e testar; importância da linguagem.
(Darwin dangerous idea (et al) - 1996)
Susan Blackmore - mímese = memeplexos. Cópia do
produto/instruções; memética do altruísmo; importância da
linguagem. (The meme machine - 1999)
Robert Aunger - neuromeme; sistemas complexos. (The
electric meme - 2002)
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4. Memes tecnológicos
Primeiros memes da Internet: por volta de 1995, com a
publicação de memes em forma de desenhos ou imagens
pragmáticas.
Tipos de memes: rage comics, fffuuuu, emogis, figuras
cotidianas, textos, vídeos, humorísticos, educacionais, irônicos,
“falsos memes”.
Estrutura: texto/imagem; imagem isolada; vídeo isolado;
vídeo/texto/imagem/distorção; texto/corrente.
Estrutura biológica: replicação cultural/ grupos de memes/
imitação/ “falsos memes/genes”.
Usos meméticos: humor; educação; ciência; método; corpus
analítico.
Fenômenos meméticos: viralização; cópia do produto e da
informação; transformação de conceitos/natureza.
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6. Memes linguísticos
Significação para a área: a princípio como gênero textual,
hoje considerado como gênero multissemiótico. Existem memes
voltados para a linguística e suas variantes.
Semiótica: a ciência dos signos; possui diferenciações de
conceitos e análises - quando se trata de localidade - a
americana (Charles Sanders Peirce), se concentra na imagem
com maior ênfase, enquanto a francesa (Algirdas Julien
Greimas), se concentra no texto e na enunciação.
Sociolinguística: linguística por meio do social, Labov (2008)
sintetiza o objeto da Sociolinguística como o estudo da língua
no contexto social. As variações; a vivacidade da língua; suas
diferenciações de usos; são questões pertinentes.
Outras áreas úteis: análise do discurso de linha francesa;
fonética e fonologia; linguística textual.
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8. Primeiridade:
marrom, branco, azul, azul-
claro, bege, azul-escuro,
verde, cinza, preto.
Secundidade:
cores trazendo o efeito de amenidade, pessoas com
expressões de desespero, medo e dúvida, bode com
expressão de declaração.
Terceiridade:
desespero, medo, falta de paz, espanto,
tristeza.
quali-signo sin-signo legi-signo
ícone:
pessoas espantadas, com
vestimentas da época, bode
em elevação perante as
pessoas, como se fosse
declarar algo importante.
índice:
expressão de espanto por meio da primeira mulher,
em relação ao bode. Paisagem nublada, com
indícios de chuva. Pessoas ao redor, em ato de
agrupamento.
símbolo:
bode, podendo representar o mal, ou seita,
em que pode ocorrer a morte de animais,
mulheres de véu representando a pureza, a
morte e a velhice sendo representados pela
senhora e seu animal que já está com os
ossos em evidência
rema:
diversas cores frias,
representando possíveis
sentimentos de tristeza, falta
de paz; cores quentes com o
propósito de demonstrar a
humanização na pintura,
misturas de ambas as
modalidades demonstrando
espanto pelas personagens.
dicente:
Ambiente/fato de desespero, falta de paz, ambiente
de stress, falta de amenidade, mudança de
expressões, antíteses de vida e morte; desespero e
calmaria.
argumento:
El alquelarre (1797-1798) de Francisco de
Goya, com uma estética pré-romântica, e
feito a partir de pintura a óleo, representa o
ritual de aquelarre, que tem como líder “o
grande bode”, que há como participantes as
bruxas e moças novas, que alimentam o
bode com crianças. [crença local]
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11. Memes educacionais
Significação para a área: a princípio como gênero textual,
hoje considerado como gênero multissemiótico. Existem memes
voltados para a educação e suas variantes.
Estrutura: os memes devem ser autorais/não-autorais; conter
imagens relacionadas ao conteúdo, sem haver questões
explícitas; textos sem muitos desvios linguísticos; o conteúdo
deve fazer uma “ponte” com a apresentação do professor; o
meme servirá como enfeite ou como pretérito principal. A
relação com o humor é interessante, mas não regra.
Possibilidades: atividades em sala de aula com seus usos ou a
criação autoral pelos estudantes; objeto de análises e melhorias
de interpretações; usos das ferramentas que se apresentam na
BNCC (2018).
Apresentações temporais: o tempo é apresentado de maneira
não cronológica, há o cessar do tempo de forma ampla.
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13. Referências
BLACKMORE, Susan. A evolução das máquinas de memes.
Susanblackmore.uk, 2002. Disponível em:
<https://www.susanblackmore.uk/conferences/the-evolution-of-meme-machines-
portuguese-translation/>.
BRASIL. (2018). Base Nacional Comum Curricular: ensino Médio. Brasília:
MEC/Secretaria de Educação Básica. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>, acesso em: 10 dez. 2020.
DAVISON, P. The language of internet memes. In: Mandiberg, M (Org.). The
social media reader. Nova Iorque: NYU Press, 2012.
DAWKINS, Richard. O gene egoísta. 1º ed. São Paulo: Edusp, 1972.
GREIMAS, Algirdas Julien. Semântica estrutural. 2º ed. Edusp, Editora
Cultrix, 1972.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. 4º ed. São Paulo: Editora Perspectiva,
2010.
SEMON, Richard. The Mneme. Londres, 1921. George Allen & Unwin.