SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
CURSO DE LETRAS
HABILITAÇÃO EM LÍNGUA E LITERATURA PORTUGUESA
A REPRESENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NAS CHARGES VIRTUAIS
DE MAURÍCIO RICARDO
GISELE PACHECO VIEIRA DE SOUZA
LORENA MARIA NOBRE TOMÁS (ORIENTADORA)
MANAUS
2012
O PORQUÊ DE SE ESTUDAR AS CHARGES
O humor utilizado através das charges se constitui em uma
ótima forma de um interlocutor expor à sociedade o que realmente
pensa, sem nenhum pudor, pois dificilmente haverá qualquer punição
diante do conteúdo apresentado. O humor utiliza-se do efeito da
“graça” para esconder conceituações ideológicas que muitas vezes
não são entendidas inicialmente pelos que recebem o discurso.
As piadas fornecem simultaneamente um dos melhores retratos dos valores e
problemas de uma sociedade, por um lado, é uma coleção de fatos dados
impressionantes para quem quer saber o que é e como funciona uma língua, por
outro que quiser descobrir os problemas com os quais uma sociedade se debate,
uma coleção de piadas fornecerá excelente pista: sexualidade, etnia/raça, tabus
sociais e outras diferenças, instituições (igreja, escola, casamento, política),
morte, tudo isso está sempre presente nas piadas que circulam anonimamente e
que são ouvidas e contadas por todo mundo em todo mundo. (POSSENTI, 2001,
p. 72).
O presente artigo tem como objetivo analisar os estereótipos e as
identidades presentes nas charges virtuais (CV). Para tanto foram
analisadas charges que circulam no site www.charges.com.br, do
chargista Maurício Ricardo, que abordam o tema educação.
Utilizando o aporte teórico da Análise do discurso de linha
francesa.
Optamos pela AD, cujo objetivo é analisar os discursos que
circulam sobre a educação brasileira em charges virtuais, compreender
qual o efeito de sentido produzido pelos discursos, não considerando a
linguagem como transparente.
Utilizamos também os argumentos de autoria de Sírio Possenti
(2001, 2009, 2010), que além de ser um analista do discurso filiado à
linha desta pesquisa.
AS REDES SOCIAIS
A liberdade de acesso possibilitado pela internet como um “espaço
público” e os mecanismos tecnológicos que estão à disposição do usuário para
se deslocar pela rede, são articulados pelos chamados hiperlinks ou,
simplesmente, links. São os recursos da internet que permitem que o usuário da
rede se remeta a outro ambiente com apenas um clique.
O crescimento da necessidade de interação humana na rede que propiciou
o surgimento de ambientes específicos para essa finalidade, as redes sociais.
Segundo Dimantas apud Silva e Asevêdo (2010) na internet, as pessoas
têm a possibilidade de interagir com as comunidades e, assim, protagonizar sua
própria existência, buscando e construindo nas comunidades informacionais os
interesses comuns.
CHARGE VIRTUAL
O suporte virtual concede à charge um caráter de imaterialidade, tendo em
vista que ao legitimar sua existência no ambiente midiático, configura-se como uma
produção que se presentifica por meio de instrumentos tecnológicos, sendo que por
si só não se materializa e permanece em um suporte flutuante: a rede.
A charge virtual, por utilizar um número maior de quadros sequenciados,
permite, na maioria dos casos, a consonância entre as linguagens verbal e não
verbal.
O suporte virtual amplificou o potencial multissemiótico a partir da
introdução de elementos como o som e a imagem animada.
As charges, que antes apresentavam uma linguagem visual, verbal, passam a
assumir uma linguagem verbo-visual, sonora.
ESTEREÓTIPOS
Durante muito tempo, na tentativa de uma definição ao termo
estereótipo, várias noções foram atribuídas. Ainda no plano histórico, a palavra
estereótipo está relacionada a um aparelho tipográfico, que produzia uma
mesma impressão milhares de vezes.
Fica claro que o conceito de estereótipo está relacionado à forma como a
sociedade, de uma maneira geral, concebe, compartilha e julga determinados
grupos sociais.
Vale ressaltar que se tratando do humor, sempre a imagem de quem se
fala será negativa na maioria das representações. Essa negatividade é que
causará o riso, porque ao expor um grupo a uma situação incômoda, o olhar do
outro será de ridicularizar quem está passando por uma situação vexatória.
CHARGISTA MAURÍCIO RICARDO
Maurício Ricardo fundou o site www.charges.com.br no ano de 2000, que
iniciou por diversão, quando o site começou a dar lucro, deixou seu emprego no
jornal. Hoje, além de desenhar em uma prancheta digital e animar, ele dubla e
toca a música de fundo das charges apresentadas no site. Atualmente ele
também faz charges para a rede globo para programas como Big Brother Brasil
e o Mais Você e ainda toca na banda “Os Seminovos”.
ANÁLISE DA CHARGE
Analisaremos as charges que abordam tema educação, lembrando que a
partir deste gênero textual é possível expor o que se pensa, não havendo
normalmente, qualquer forma de punição para as ideias mencionadas, o humor
oferece livre arbítrio para a sociedade dizer sem medo o que realmente pensa a
respeito do outro.
A primeira charge a ser analisada é: Dois dos 74% de brasileiros sem
alfabetização plena cantam: “Eu quero tchu, eu quero tcha” da dupla João
Lucas e Marcelo.
O autor faz uso de algumas características para retratar a “educação
brasileira”.
O enunciado “Nem português sei falar” deixa claro a visão do
enunciador sobre o conceito de língua. Língua Portugusa é para ele igual a
“Norma Padrão”. Segundo Bagno, há o preconceito linguístico, numa série
de afirmações que já fazem parte da imagem (negativa) que os brasileiros
tem de si mesmo e da língua falada por aqui.
É claro que ele têm uma língua, também falam português brasileiro, só que falam variedades
linguísticas estigmatizadas, que não são reconhecidas como válidas, que são desprestigiadas,
ridicularizadas, alvo de chacota e de escárnio por parte dos falantes urbanos mais letrados, por isso
podemos chamá-los de sem – língua. (BAGNO, 1999, p. 30).
Sendo assim , o que a charge acima expõe não passa de uma questão
política, posto que o povo semianalfabeto é de fácil manipulação para que os
políticos mantenham-se no poder.
Universitário Canta - Tempo Perdido (Anexo 2)
Sonhos Frustrados (Anexo 3)
Aproveitando o Momento (Anexo 4)
Professor da rede pública canta: “Ouro de Tolo” (Raul Seixas) (Anexo 5)
CONCLUSÃO
Durante este trabalho, as charges serviram de instrumento de análise sobre
as construções de identidades e estereótipos que representam a educação nos
textos humorísticos, presentes nas charges virtuais. Também destacamos o
comportamento dos grupos sociais quando se referem ao outro. No intuito de
autoafimar sua imagem, observamos que, por meio do humor, é mais fácil
depreciar um grupo social e assim inferiorizá-lo.
O que torna engraçado um texto, uma piada, é a situação inusitada que
alguém é exposto. No que se refere à educação, foi possível verificar que este
olhar estereótipado sobre a educação provém de características que vão além do
humor. As CVs não servem apenas para o divertimento, ela evidencia um olhar
de uma comunidade que muitas vezes desconhece as peculiaridades linguísticas
e culturais de outros povos. Este desconhecimento acaba causando um
preconceito que discrimina um grupo social e o reduz a povos considerados
inferiores.
A linguagem do outro sempre vai gerar um estranhamento e como forma
de defesa, tudo o que se considera diferente é visto como inferior. No humor,
podemos utilizar a língua do outro como forma de buscar graça daquilo que
foge à normalidade.
Foi possível verificar, após a análise dos discursos que circulam sobre
a educação brasileira, nas cinco CV, a presença do preconceito a respeito das
variedades linguísticas e as caracterizações identitárias de um povo
considerado inferior, que já faz parte da imagem negativa que o povo
brasileiro tem de si mesmo e da sua língua, que podem ser explicadas pelas
diferenças de status socioeconômico que são grandes diferenças e que gera
um verdadeiro abismo linguístico entre os falantes da variedades
estigmatizadas do português brasileiro.
• REFERÊNCIAS
• BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. 51. ed. São Paulo: Loyola,
1999.
• CIRNE, Moacir. A explosão criativa dos quadrinhos. 2 ed. rev. Petrópolis:
Vozes, 1971. Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/46225234/3/Capitulo-III>. Acesso em: 30 mai.
2012.
• CIRNE, Moacy. Literatura em quadrinhos no Brasil: acervo da Biblioteca
Nacional. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
•
• EISNER, Will. Narrativas gráficas: princípios e práticas da lenda dos
quadrinhos. Tradução Leandro Luigi. São Paulo: Devir, 2008.
•
• MENDONÇA, Márcia R. S. et al. Gêneros textuais e ensino. In: Um
gênero quadro a quadro: a história em quadrinhos. 5. ed. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2007. p. 194 - 206.
•
• MUSSALIM, F; BENTES, A. (Orgs.). Introdução à linguística: domínios e
fronteiras. Vol. 2. São Paulo: Cortez, 2001.
•
• ORLANDI, Eni P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. 7. ed.
Campinas: Fontes, 2007.
•
• POSSENTI, Sírio. Ensaio: O humor e a língua. Revista Ciência Hoje.
Campinas, v. 30, n 176, p. 72-74, Out 2001.
•
• POSSENTI, Sírio. Malcomportadas línguas. São Paulo: Parábola, 2009.
•
• POSSENTI, Sírio. Humor, língua e discurso. São Paulo: Contexto, 2010.
• SOUZA, Helga V. A. A charge virtual e a construção de identidades. Recife:
Ed. Universitária da UFPE, 2008.
• SILVA, Marcelo Rodrigo; ASEVÊDO, Flávio Aurélio Tenório de. Charges
virtuais e redes sociais na internet: acesso e mobilidade. In: SIMPÓSIO
HIPERTEXTO E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO DA UFPe, 3, 2010,
Recife. Redes sociais e aprendizagem: Anais eletrônicos. Recife: UFPe, 2010.
Disponível em: <http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/simposio2010.html

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalA mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalAdriana Rocha de Jesus
 
Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...
Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...
Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...Aparecida De Jesus Ferreira
 
Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"Renatinho Vogel
 
Marcos bagno preconceito lingüístico
Marcos bagno   preconceito lingüísticoMarcos bagno   preconceito lingüístico
Marcos bagno preconceito lingüísticoMariana Correia
 
SIDIII 1º versão artigo leonor corte real
SIDIII 1º versão artigo leonor corte realSIDIII 1º versão artigo leonor corte real
SIDIII 1º versão artigo leonor corte realMaria Joao Loureiro
 
Preconceito linguístico
Preconceito linguísticoPreconceito linguístico
Preconceito linguísticoJamille Rabelo
 
LBS_Uma Conquista Historica
LBS_Uma Conquista HistoricaLBS_Uma Conquista Historica
LBS_Uma Conquista HistoricaHudson Augusto
 
Preconceito Linguístico
Preconceito Linguístico Preconceito Linguístico
Preconceito Linguístico Jhenifer Silva
 
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?Jididias Rodrigues da Silva
 
Preconceito linguístico
Preconceito linguísticoPreconceito linguístico
Preconceito linguísticoLetras .
 
Alfabetização dos surdo
Alfabetização dos surdoAlfabetização dos surdo
Alfabetização dos surdoPriscila Macedo
 
Lingua brasileira de sinais
Lingua brasileira de sinaisLingua brasileira de sinais
Lingua brasileira de sinaisColegio Éthicos
 
O papel social da leitura e da escrita
O papel social da leitura e da escritaO papel social da leitura e da escrita
O papel social da leitura e da escritaMárcia Varolo
 

Mais procurados (19)

A mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalA mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico final
 
Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...
Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...
Ferreira, Aparecida de Jesus. Identidades sociais, letramento visual e letram...
 
Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
Mito 8 Bagno. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
 
Marcos bagno preconceito lingüístico
Marcos bagno   preconceito lingüísticoMarcos bagno   preconceito lingüístico
Marcos bagno preconceito lingüístico
 
SIDIII 1º versão artigo leonor corte real
SIDIII 1º versão artigo leonor corte realSIDIII 1º versão artigo leonor corte real
SIDIII 1º versão artigo leonor corte real
 
Preconceito Linguístico
Preconceito LinguísticoPreconceito Linguístico
Preconceito Linguístico
 
Preconceito linguístico
Preconceito linguísticoPreconceito linguístico
Preconceito linguístico
 
Marcos bagno
Marcos bagnoMarcos bagno
Marcos bagno
 
LBS_Uma Conquista Historica
LBS_Uma Conquista HistoricaLBS_Uma Conquista Historica
LBS_Uma Conquista Historica
 
Preconceito Linguístico
Preconceito Linguístico Preconceito Linguístico
Preconceito Linguístico
 
A marca do homem
A marca do homemA marca do homem
A marca do homem
 
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR: COMO PREVENIR?
 
Preconceito linguístico
Preconceito linguísticoPreconceito linguístico
Preconceito linguístico
 
Slide eliane
Slide elianeSlide eliane
Slide eliane
 
Alfabetização dos surdo
Alfabetização dos surdoAlfabetização dos surdo
Alfabetização dos surdo
 
Lingua brasileira de sinais
Lingua brasileira de sinaisLingua brasileira de sinais
Lingua brasileira de sinais
 
O papel social da leitura e da escrita
O papel social da leitura e da escritaO papel social da leitura e da escrita
O papel social da leitura e da escrita
 
Oficinas ecohvale
Oficinas ecohvaleOficinas ecohvale
Oficinas ecohvale
 
Oficinas ECOHVALE
Oficinas ECOHVALEOficinas ECOHVALE
Oficinas ECOHVALE
 

Semelhante a A REPRESENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NAS CHARGES VIRTUAIS DE MAURÍCIO RICARDO

Gênero charge na sala de aula o sabor do texto
Gênero charge na sala de aula o sabor do textoGênero charge na sala de aula o sabor do texto
Gênero charge na sala de aula o sabor do textoFrancimeire Cesario
 
Material sobreslidespreconceitolinguistico.pptx
Material sobreslidespreconceitolinguistico.pptxMaterial sobreslidespreconceitolinguistico.pptx
Material sobreslidespreconceitolinguistico.pptxMarianaFernandesdosS1
 
Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento
Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento
Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento Fernanda Maite dos Passos
 
tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...
tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...
tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...you PIX
 
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinResenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinJean Michel Gallo Soldatelli
 
Variedades Linguísticas 6o ano - hip hop
Variedades Linguísticas 6o ano - hip hopVariedades Linguísticas 6o ano - hip hop
Variedades Linguísticas 6o ano - hip hopSuzanaMargarida1
 
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdfSimulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdfedsonhenrique44
 
Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"
Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"
Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"Paula Meyer Piagentini
 
TEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdf
TEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdfTEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdf
TEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdfAndréea Vieira
 
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...guesta7e113
 
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...guesta7e113
 
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...Tiça Ribeiro
 
Slide Literatura Distópica, conceitos.pptx
Slide Literatura Distópica, conceitos.pptxSlide Literatura Distópica, conceitos.pptx
Slide Literatura Distópica, conceitos.pptxalmeidaluana280
 
Bagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discurso
Bagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discursoBagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discurso
Bagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discursoCeel Ufpe
 
Norma culta e variedade linguística.ppt
Norma culta e variedade linguística.pptNorma culta e variedade linguística.ppt
Norma culta e variedade linguística.pptCaioVitor52
 

Semelhante a A REPRESENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NAS CHARGES VIRTUAIS DE MAURÍCIO RICARDO (20)

Gênero charge na sala de aula o sabor do texto
Gênero charge na sala de aula o sabor do textoGênero charge na sala de aula o sabor do texto
Gênero charge na sala de aula o sabor do texto
 
Material sobreslidespreconceitolinguistico.pptx
Material sobreslidespreconceitolinguistico.pptxMaterial sobreslidespreconceitolinguistico.pptx
Material sobreslidespreconceitolinguistico.pptx
 
Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento
Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento
Charges, cartuns e tirinhas: mais que uma forma de letramento
 
tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...
tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...
tiop, comofas? - Tiopês: comunicação e estratégias de diferenciação social na...
 
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinResenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
 
Resenha
ResenhaResenha
Resenha
 
Variedades Linguísticas 6o ano - hip hop
Variedades Linguísticas 6o ano - hip hopVariedades Linguísticas 6o ano - hip hop
Variedades Linguísticas 6o ano - hip hop
 
Arte e a cultura dos memes
Arte e a cultura dos memesArte e a cultura dos memes
Arte e a cultura dos memes
 
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdfSimulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
 
Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"
Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"
Itinerário Formativo "ORALIDADE E PRODUÇÃO ESCRITA: AS REPRESENTAÇÕES DO EU"
 
Dicas para o ENEM e outros vestibulares
Dicas para o ENEM e outros vestibularesDicas para o ENEM e outros vestibulares
Dicas para o ENEM e outros vestibulares
 
TEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdf
TEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdfTEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdf
TEXTO DA HELOISA BUARQUE.pdf
 
SOFISMAS DA ATUALIDADE
SOFISMAS DA ATUALIDADESOFISMAS DA ATUALIDADE
SOFISMAS DA ATUALIDADE
 
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...
 
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro   Carlos Alberto Figueiredo ...
Metaforas Da Discriminacao No Futebol Brasileiro Carlos Alberto Figueiredo ...
 
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...
 
Slide Literatura Distópica, conceitos.pptx
Slide Literatura Distópica, conceitos.pptxSlide Literatura Distópica, conceitos.pptx
Slide Literatura Distópica, conceitos.pptx
 
Bagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discurso
Bagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discursoBagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discurso
Bagno, marcos a lingua, a midia e a ordem do discurso
 
Preconceito Linguístico
Preconceito LinguísticoPreconceito Linguístico
Preconceito Linguístico
 
Norma culta e variedade linguística.ppt
Norma culta e variedade linguística.pptNorma culta e variedade linguística.ppt
Norma culta e variedade linguística.ppt
 

Último

19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...
A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...
A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...Unidad de Espiritualidad Eudista
 
Apreciação crítica -exercícios de escrita
Apreciação crítica -exercícios de escritaApreciação crítica -exercícios de escrita
Apreciação crítica -exercícios de escritaeliana862656
 
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...nexocan937
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxJMTCS
 
Projeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETO
Projeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETOProjeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETO
Projeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETODouglasVasconcelosMa
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREIVONETETAVARESRAMOS
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAEdioFnaf
 
CRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURA
CRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURACRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURA
CRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURADouglasVasconcelosMa
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxAULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxGislaineDuresCruz
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terraBiblioteca UCS
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
O Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdf
O Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdfO Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdf
O Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdfQueleLiberato
 

Último (20)

19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...
A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...
A Unidade de Espiritualidade Eudista se une ao sentimiento de toda a igreja u...
 
Apreciação crítica -exercícios de escrita
Apreciação crítica -exercícios de escritaApreciação crítica -exercícios de escrita
Apreciação crítica -exercícios de escrita
 
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
 
Projeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETO
Projeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETOProjeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETO
Projeto leitura HTPC abril - FORMAÇÃP SOBRE O PROJETO
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
 
Os Ratos - Dyonelio Machado FUVEST 2025
Os Ratos  -  Dyonelio Machado  FUVEST 2025Os Ratos  -  Dyonelio Machado  FUVEST 2025
Os Ratos - Dyonelio Machado FUVEST 2025
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
 
CRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURA
CRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURACRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURA
CRONOGRAMA: AÇÕES DO PROJETO ESTAÇÃO LEITURA
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxAULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
 
“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE” _
“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE”       _“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE”       _
“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE” _
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
O Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdf
O Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdfO Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdf
O Espetaculo das Racas - Cienti - Lilia Moritz Schwarcz capítulo 2.pdf
 

A REPRESENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NAS CHARGES VIRTUAIS DE MAURÍCIO RICARDO

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS CURSO DE LETRAS HABILITAÇÃO EM LÍNGUA E LITERATURA PORTUGUESA A REPRESENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NAS CHARGES VIRTUAIS DE MAURÍCIO RICARDO GISELE PACHECO VIEIRA DE SOUZA LORENA MARIA NOBRE TOMÁS (ORIENTADORA) MANAUS 2012
  • 2. O PORQUÊ DE SE ESTUDAR AS CHARGES O humor utilizado através das charges se constitui em uma ótima forma de um interlocutor expor à sociedade o que realmente pensa, sem nenhum pudor, pois dificilmente haverá qualquer punição diante do conteúdo apresentado. O humor utiliza-se do efeito da “graça” para esconder conceituações ideológicas que muitas vezes não são entendidas inicialmente pelos que recebem o discurso. As piadas fornecem simultaneamente um dos melhores retratos dos valores e problemas de uma sociedade, por um lado, é uma coleção de fatos dados impressionantes para quem quer saber o que é e como funciona uma língua, por outro que quiser descobrir os problemas com os quais uma sociedade se debate, uma coleção de piadas fornecerá excelente pista: sexualidade, etnia/raça, tabus sociais e outras diferenças, instituições (igreja, escola, casamento, política), morte, tudo isso está sempre presente nas piadas que circulam anonimamente e que são ouvidas e contadas por todo mundo em todo mundo. (POSSENTI, 2001, p. 72).
  • 3. O presente artigo tem como objetivo analisar os estereótipos e as identidades presentes nas charges virtuais (CV). Para tanto foram analisadas charges que circulam no site www.charges.com.br, do chargista Maurício Ricardo, que abordam o tema educação. Utilizando o aporte teórico da Análise do discurso de linha francesa. Optamos pela AD, cujo objetivo é analisar os discursos que circulam sobre a educação brasileira em charges virtuais, compreender qual o efeito de sentido produzido pelos discursos, não considerando a linguagem como transparente. Utilizamos também os argumentos de autoria de Sírio Possenti (2001, 2009, 2010), que além de ser um analista do discurso filiado à linha desta pesquisa.
  • 4. AS REDES SOCIAIS A liberdade de acesso possibilitado pela internet como um “espaço público” e os mecanismos tecnológicos que estão à disposição do usuário para se deslocar pela rede, são articulados pelos chamados hiperlinks ou, simplesmente, links. São os recursos da internet que permitem que o usuário da rede se remeta a outro ambiente com apenas um clique. O crescimento da necessidade de interação humana na rede que propiciou o surgimento de ambientes específicos para essa finalidade, as redes sociais. Segundo Dimantas apud Silva e Asevêdo (2010) na internet, as pessoas têm a possibilidade de interagir com as comunidades e, assim, protagonizar sua própria existência, buscando e construindo nas comunidades informacionais os interesses comuns.
  • 5. CHARGE VIRTUAL O suporte virtual concede à charge um caráter de imaterialidade, tendo em vista que ao legitimar sua existência no ambiente midiático, configura-se como uma produção que se presentifica por meio de instrumentos tecnológicos, sendo que por si só não se materializa e permanece em um suporte flutuante: a rede. A charge virtual, por utilizar um número maior de quadros sequenciados, permite, na maioria dos casos, a consonância entre as linguagens verbal e não verbal. O suporte virtual amplificou o potencial multissemiótico a partir da introdução de elementos como o som e a imagem animada. As charges, que antes apresentavam uma linguagem visual, verbal, passam a assumir uma linguagem verbo-visual, sonora.
  • 6. ESTEREÓTIPOS Durante muito tempo, na tentativa de uma definição ao termo estereótipo, várias noções foram atribuídas. Ainda no plano histórico, a palavra estereótipo está relacionada a um aparelho tipográfico, que produzia uma mesma impressão milhares de vezes. Fica claro que o conceito de estereótipo está relacionado à forma como a sociedade, de uma maneira geral, concebe, compartilha e julga determinados grupos sociais. Vale ressaltar que se tratando do humor, sempre a imagem de quem se fala será negativa na maioria das representações. Essa negatividade é que causará o riso, porque ao expor um grupo a uma situação incômoda, o olhar do outro será de ridicularizar quem está passando por uma situação vexatória.
  • 7. CHARGISTA MAURÍCIO RICARDO Maurício Ricardo fundou o site www.charges.com.br no ano de 2000, que iniciou por diversão, quando o site começou a dar lucro, deixou seu emprego no jornal. Hoje, além de desenhar em uma prancheta digital e animar, ele dubla e toca a música de fundo das charges apresentadas no site. Atualmente ele também faz charges para a rede globo para programas como Big Brother Brasil e o Mais Você e ainda toca na banda “Os Seminovos”. ANÁLISE DA CHARGE Analisaremos as charges que abordam tema educação, lembrando que a partir deste gênero textual é possível expor o que se pensa, não havendo normalmente, qualquer forma de punição para as ideias mencionadas, o humor oferece livre arbítrio para a sociedade dizer sem medo o que realmente pensa a respeito do outro.
  • 8. A primeira charge a ser analisada é: Dois dos 74% de brasileiros sem alfabetização plena cantam: “Eu quero tchu, eu quero tcha” da dupla João Lucas e Marcelo. O autor faz uso de algumas características para retratar a “educação brasileira”. O enunciado “Nem português sei falar” deixa claro a visão do enunciador sobre o conceito de língua. Língua Portugusa é para ele igual a “Norma Padrão”. Segundo Bagno, há o preconceito linguístico, numa série de afirmações que já fazem parte da imagem (negativa) que os brasileiros tem de si mesmo e da língua falada por aqui.
  • 9. É claro que ele têm uma língua, também falam português brasileiro, só que falam variedades linguísticas estigmatizadas, que não são reconhecidas como válidas, que são desprestigiadas, ridicularizadas, alvo de chacota e de escárnio por parte dos falantes urbanos mais letrados, por isso podemos chamá-los de sem – língua. (BAGNO, 1999, p. 30). Sendo assim , o que a charge acima expõe não passa de uma questão política, posto que o povo semianalfabeto é de fácil manipulação para que os políticos mantenham-se no poder. Universitário Canta - Tempo Perdido (Anexo 2) Sonhos Frustrados (Anexo 3) Aproveitando o Momento (Anexo 4) Professor da rede pública canta: “Ouro de Tolo” (Raul Seixas) (Anexo 5)
  • 10. CONCLUSÃO Durante este trabalho, as charges serviram de instrumento de análise sobre as construções de identidades e estereótipos que representam a educação nos textos humorísticos, presentes nas charges virtuais. Também destacamos o comportamento dos grupos sociais quando se referem ao outro. No intuito de autoafimar sua imagem, observamos que, por meio do humor, é mais fácil depreciar um grupo social e assim inferiorizá-lo. O que torna engraçado um texto, uma piada, é a situação inusitada que alguém é exposto. No que se refere à educação, foi possível verificar que este olhar estereótipado sobre a educação provém de características que vão além do humor. As CVs não servem apenas para o divertimento, ela evidencia um olhar de uma comunidade que muitas vezes desconhece as peculiaridades linguísticas e culturais de outros povos. Este desconhecimento acaba causando um preconceito que discrimina um grupo social e o reduz a povos considerados inferiores. A linguagem do outro sempre vai gerar um estranhamento e como forma de defesa, tudo o que se considera diferente é visto como inferior. No humor, podemos utilizar a língua do outro como forma de buscar graça daquilo que foge à normalidade.
  • 11. Foi possível verificar, após a análise dos discursos que circulam sobre a educação brasileira, nas cinco CV, a presença do preconceito a respeito das variedades linguísticas e as caracterizações identitárias de um povo considerado inferior, que já faz parte da imagem negativa que o povo brasileiro tem de si mesmo e da sua língua, que podem ser explicadas pelas diferenças de status socioeconômico que são grandes diferenças e que gera um verdadeiro abismo linguístico entre os falantes da variedades estigmatizadas do português brasileiro.
  • 12. • REFERÊNCIAS • BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. 51. ed. São Paulo: Loyola, 1999. • CIRNE, Moacir. A explosão criativa dos quadrinhos. 2 ed. rev. Petrópolis: Vozes, 1971. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/46225234/3/Capitulo-III>. Acesso em: 30 mai. 2012. • CIRNE, Moacy. Literatura em quadrinhos no Brasil: acervo da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. • • EISNER, Will. Narrativas gráficas: princípios e práticas da lenda dos quadrinhos. Tradução Leandro Luigi. São Paulo: Devir, 2008. • • MENDONÇA, Márcia R. S. et al. Gêneros textuais e ensino. In: Um gênero quadro a quadro: a história em quadrinhos. 5. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. p. 194 - 206. •
  • 13. • MUSSALIM, F; BENTES, A. (Orgs.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. Vol. 2. São Paulo: Cortez, 2001. • • ORLANDI, Eni P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. 7. ed. Campinas: Fontes, 2007. • • POSSENTI, Sírio. Ensaio: O humor e a língua. Revista Ciência Hoje. Campinas, v. 30, n 176, p. 72-74, Out 2001. • • POSSENTI, Sírio. Malcomportadas línguas. São Paulo: Parábola, 2009. • • POSSENTI, Sírio. Humor, língua e discurso. São Paulo: Contexto, 2010. • SOUZA, Helga V. A. A charge virtual e a construção de identidades. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2008. • SILVA, Marcelo Rodrigo; ASEVÊDO, Flávio Aurélio Tenório de. Charges virtuais e redes sociais na internet: acesso e mobilidade. In: SIMPÓSIO HIPERTEXTO E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO DA UFPe, 3, 2010, Recife. Redes sociais e aprendizagem: Anais eletrônicos. Recife: UFPe, 2010. Disponível em: <http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/simposio2010.html