1) A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida principalmente pelo contato sexual, além de aumentar o risco de contrair HIV. 2) A sífilis possui estágios primário, secundário, latente e terciário, cada um com sintomas característicos. 3) Os exames para diagnóstico incluem pesquisa direta da bactéria em lesões e testes sorológicos como VDRL e FTA-Abs.

1. SÍFILIS - DST
O QUE É
AG.
CAUSADOR
TRANSMISSÃO / ESTÁGIOS DIAG. LABORATORIAL
Infecção de
caráter sistêmico
Além de ser
infectocontagiosa
e de poder
acometer o
organismo de
maneira severa
quando não
tratada, aumenta
significativamente
o risco de se
contrair a
infecção pelo
HIV, facilitada
pela presença
das lesões
sifilíticas.
Também acelera
a evolução da
infecção pelo HIV
para a síndrome
da
imunodeficiência
adquirida – AIDS
Bactéria
Treponema
pallidum.
Espiroqueta.
Fator de
virulência:
motilidade,
habilidade de
aderir às
células e a
quimiotaxia
Baixa
resistência ao
meio
ambiente.
Não é
cultivável em
meio de
cultura.
Não existe
vacina e a
infecção não
confere
imunidade.
Principalmente pelo contato sexual.
Contato direto com as lesões;
Doação de sangue – muito raro;
Beijo – si houver lesão na área;
Congênita: materno-fetal, gestante portadora
não é tratada ou realiza de maneira
inadequada.
Parto: contato do recém-nascido com lesões
genitais – menos frequente.
PRIMÁRIA: presença de cancro duro,
sobretudo nos genitais. Muito infeccioso e
com muitas espiroquetas.
SECUNDÁRIA: presença de lesões cutâneas
(mãos) e úlceras rasas nas mucosas ou em
qualquer parte do corpo. Muito infeccioso e
com muitas espiroquetas.
LATÊNCIA: não apresenta sintomas, mas a
sorologia é positiva. Após um tempo de
latência, a doença não é mais infecciosa,
porém é pela transmissão da mãe para o
filho (período que mais ocorre transmissão
congênita, pois mãe não sabe que está
doente).
TERCIÁRIA: surge muito tardia. Presença de
gomas com necrose e dano tecidual. Não
são encontradas ou são poucas as
espiroquetas, então a lesão não é infecciosa.
EXAMES DIRETOS
Exame em campo escuro: pesquisa do T. pallidum por
microscopia de campo escuro. A amostra utilizada é o
exsudato seroso das lesões ativas, deve ser analisado
imediatamente após a coleta, permite a visualização de T.
pallidum vivo e apresentando mobilidade.
* não é recomendada para material de lesões orais, pois a
cavidade oral também tem outras espiroquetas. Neg. não
exclui Sífilis!
Pesquisa direta com material corado: Método Fontana-
Tribondeau: deixa-se secar o esfregaço da amostra (da
lesão) na lâmina e depois é feita a coloração utilizando
nitrato de prata, que vai impregnar a parede celular do
treponema, permitindo sua visualização. Método de Burri:
utiliza tinta da China.
TESTES IMUNOLÓGICOS
Não treponêmicos:detectam anticorpos anticardiolipina.
VDRL: detecta anticorpo produzido pelo paciente que
reage com a antígeno cardiolipina do teste = floculação. É
de triagem, precisa de confirmatório.
Treponêmicos: detectam anticorpos antitreponema.
FTA-Abs: detecta anticorpo que reage com o antígeno
treponema fixado na lâmina do teste, formando complexo
antígeno-anticorpo. Nesse complexo se liga o anticorpo
anti-munoglobulina marcado com fluorescente =
fluorescência. É específico, pode permanecer + após cura
(memória).