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EE Professor João Cruz
Jacareí,22 de setembro de 2014
Nome: Ronaldo Corrêa N° 35 2°BEM
Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva
Disciplina: Língua Portuguesa
Romantismo foi um movimento literário que começou
no final do século XVIII, na Europa, quando alguns
escritores abandonaram as regras de composição e
estilo dos autores clássicos, e passaram a falar da
natureza, do sofrimento amoroso num tom pessoal e
repleto de melancólico, fazendo da literatura uma forma
de desabafo sentimental. Essa nova tendência começou
na Alemanha, chegou à Inglaterra e à França,
estendendo-se para outros países.
O romantismo surgiu graças a mudanças de
mentalidade que ocorreram no fim do século XVIII. O
romantismo foi marcado pelo regresso ao mundo
medieval e uma oposição ao classicismo grego. O
romantismo é uma expressão usada para designar
uma situação que envolve um universo
romântico, poético ou romanesco. Está associado à
ternura, à paixão e a sensibilidade. O mundo cor de
rosa da juventude feminina está intimamente ligado ao
romantismo.
A maior característica do Romantismo era a visão de
mundo que se contrapunha ao racionalismo do período
anterior (neoclassicismo). O movimento romântico
cultiva uma visão de mundo centrada no indivíduo, e
portanto os autores voltavam-se para si mesmo,
retratando dramas pessoais como tragédias de amor,
ideias utópicas, desejos de escapismo e amores
platônicos ou impossíveis. O século XIX seria, portanto,
marcado pela arte voltada para o lirismo, a
subjetividade, a emoção e a valorização do “eu”.
No Brasil, o período histórico era marcado por um
sentimento nacionalista, em especial pelo fato
marcante que foi a Independência, em 1822.
Encontramos, pois, elementos que caracterizam o
período, presentes nas obras dos autores românticos. É
o exemplo da exaltação da Pátria feita por Gonçalves
Dias, e do clima nostálgico presente nas poesias de
Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, sem falar no
engajamento nas causas sociais, presente fortemente
na obra de Castro Alves.
A produção Romântica foi rica e vasta, tanto em outros
países, quanto aqui, tanto em prosa, quanto em versos.
Na poesia, a obra que marca o início das produções
românticas é “Suspiros Poéticos e Saudades”, de
Gonçalves de Magalhães. A poesia romântica é dividida
em 3 gerações:
influenciada pela Independência do Brasil, a
poesia buscava a identificação do país com
suas raízes históricas, linguísticas e culturais.
O desejo era o de construir uma arte brasileira,
livre da influência de Portugal, e o sentimento
era de nacionalidade, resgatando elementos
da história do país. Marcada pelo indianismo e
trazia à toda elementos dos brasileiros. O índio
era exaltado como herói, pois representava o
povo brasileiro.
O escritor Domingos José Gonçalves de Magalhães,
o Visconde de Araguaia, nasceu em Niterói (RJ), no
ano de 1811. Estudou Medicina e filosofia,
concluindo seus estudos no ano de 1832. No
mesmo ano, publicou a obras Poesias e viajou para
a Europa a fim de continuar estudando Medicina.
Lá, toma conhecimentos dos principais modelos
literários românticos em voga. Em Paris, publica
um manifesto intitulado Discurso sobre a Literatura
no Brasil e funda a Niterói, Revista Brasiliense.
Longe do belo céu da Pátria minha,
Que a mente me acendia,
Em tempo mais feliz, em qu'eu cantava
Das palmeiras à sombra os pátrios feitos;
Sem mais ouvir o vago som dos bosques,
Nem o bramido fúnebre das ondas,
Que n'alma me excitavam
Altos, sublimes turbilhões de idéias;
Com que cântico novo
O Dia saudarei da Liberdade?
Ausente do saudoso, pátrio ninho,
Em regiões tão mortas,
Para mim sem encantos, e atrativos,
Gela-se o estro ao peregrino vate.
Tu também, que nos trópicos te ostentas
Fulgurante de luz, e rei dos astros,
Tu, oh sol, neste céu teu brilho perdes.
(...)
O Dia 7 de Setembro, em Paris
Dia da Liberdade!
Tu só dissipas hoje esta tristeza
Que a vida me angustia.
Tu só me acordas hoje do letargo
Em que esta alma se abisma,
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Ah! talvez que de ti poucos se lembrem
Neste estranho país, onde tu passas
Sem culto, sem fulgor, como em deserto
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Mas rápidos os dias se devolvem;
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Nestas longínquas plagas,
Brilhante ainda raiarás na Pátria,
E ouvirás meus hinos
Em honra deste Dia, não magoados
Co'os fúnebres acentos da saudade. Gonsalves de Magalhões.
Publicado no livro
Suspiros Poéticos e
Saudades (1836)
Iniciou por volta de 1850, a poesia vinha de encontro
às ideias e temáticas da geração anterior: o eu-lírico
volta-se mais para si e afasta-se da realidade social à
sua volta. Traz em si o pessimismo e o apego aos
vícios. Os sentimentos são exagerados e aparecem de
forma idealizada na poesia. Além disso, elementos
como a noite, a melancolia, o sofrimento, a morbidez e
o medo do amor são recorrentes em seus textos
poéticos. O eu-lírico vivem em meio solidão, aos
devaneios e às idealizações.
Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor
e contista, da segunda geração romântica brasileira.
Suas poesias retratam o seu mundo interior. É
conhecido como "o poeta da dúvida". Faz parte dos
poetas que deixaram em segundo plano, os temas
nacionalistas e indianistas, usados na primeira geração
romântica, e mergulharam fundo em seu mundo
interior. Seus poemas falam constantemente do tédio
da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de
morte.
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Entre as nuvens do amor ela dormia!
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Que em sonhos se banhava e se esquecia!
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Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
(AZEVEDO, A. Obra
completa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar,
2000)
A última geração da poesia romântica se inspira em
Victor Hugo, e traz um foco político e social. Na época,
ideias abolicionistas vinham à tona, e junto o desejo de
se libertar do Império. É a fase que prenuncia o
Realismo, que viria em seguida, tanto que tem como
foco a realidade social, a crítica à sociedade, a poesia
liberal, era o final do movimento romântico no Brasil. O
condoreiríssimo se refere à figura do condor, uma ave
que tinha voo alto, assim como os poetas românticos
faziam em busca de defender seus ideais libertários.
Castro Alves (1847-1871) foi um poeta
brasileiro. O último grande poeta da terceira
geração romântica no Brasil. Expressou em
suas poesias a indignação aos graves
problemas sociais de seu tempo. Denunciou a
crueldade da escravidão e clamou pela
liberdade, dando ao romantismo um sentido
social e revolucionário que o aproxima do
realismo. Foi também o poeta do amor, sua
poesia amorosa descreve a beleza e a sedução
do corpo da mulher. É patrono da cadeira nº7
da Academia Brasileira de Letras.
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
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“Virgem! — tu és a flor da minha vida!...”
http://www.significados.com.br/romantismo/
http://www.escritas.org/pt/poema/12267/o-dia-
7-de-setembro-em-paris
http://www.soliteratura.com.br/biografias/biografi
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PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
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O Romantismo

  • 1. EE Professor João Cruz Jacareí,22 de setembro de 2014 Nome: Ronaldo Corrêa N° 35 2°BEM Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva Disciplina: Língua Portuguesa
  • 2. Romantismo foi um movimento literário que começou no final do século XVIII, na Europa, quando alguns escritores abandonaram as regras de composição e estilo dos autores clássicos, e passaram a falar da natureza, do sofrimento amoroso num tom pessoal e repleto de melancólico, fazendo da literatura uma forma de desabafo sentimental. Essa nova tendência começou na Alemanha, chegou à Inglaterra e à França, estendendo-se para outros países.
  • 3. O romantismo surgiu graças a mudanças de mentalidade que ocorreram no fim do século XVIII. O romantismo foi marcado pelo regresso ao mundo medieval e uma oposição ao classicismo grego. O romantismo é uma expressão usada para designar uma situação que envolve um universo romântico, poético ou romanesco. Está associado à ternura, à paixão e a sensibilidade. O mundo cor de rosa da juventude feminina está intimamente ligado ao romantismo.
  • 4.
  • 5. A maior característica do Romantismo era a visão de mundo que se contrapunha ao racionalismo do período anterior (neoclassicismo). O movimento romântico cultiva uma visão de mundo centrada no indivíduo, e portanto os autores voltavam-se para si mesmo, retratando dramas pessoais como tragédias de amor, ideias utópicas, desejos de escapismo e amores platônicos ou impossíveis. O século XIX seria, portanto, marcado pela arte voltada para o lirismo, a subjetividade, a emoção e a valorização do “eu”.
  • 6. No Brasil, o período histórico era marcado por um sentimento nacionalista, em especial pelo fato marcante que foi a Independência, em 1822. Encontramos, pois, elementos que caracterizam o período, presentes nas obras dos autores românticos. É o exemplo da exaltação da Pátria feita por Gonçalves Dias, e do clima nostálgico presente nas poesias de Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, sem falar no engajamento nas causas sociais, presente fortemente na obra de Castro Alves.
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  • 8. A produção Romântica foi rica e vasta, tanto em outros países, quanto aqui, tanto em prosa, quanto em versos. Na poesia, a obra que marca o início das produções românticas é “Suspiros Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães. A poesia romântica é dividida em 3 gerações:
  • 9. influenciada pela Independência do Brasil, a poesia buscava a identificação do país com suas raízes históricas, linguísticas e culturais. O desejo era o de construir uma arte brasileira, livre da influência de Portugal, e o sentimento era de nacionalidade, resgatando elementos da história do país. Marcada pelo indianismo e trazia à toda elementos dos brasileiros. O índio era exaltado como herói, pois representava o povo brasileiro.
  • 10.
  • 11. O escritor Domingos José Gonçalves de Magalhães, o Visconde de Araguaia, nasceu em Niterói (RJ), no ano de 1811. Estudou Medicina e filosofia, concluindo seus estudos no ano de 1832. No mesmo ano, publicou a obras Poesias e viajou para a Europa a fim de continuar estudando Medicina. Lá, toma conhecimentos dos principais modelos literários românticos em voga. Em Paris, publica um manifesto intitulado Discurso sobre a Literatura no Brasil e funda a Niterói, Revista Brasiliense.
  • 12. Longe do belo céu da Pátria minha, Que a mente me acendia, Em tempo mais feliz, em qu'eu cantava Das palmeiras à sombra os pátrios feitos; Sem mais ouvir o vago som dos bosques, Nem o bramido fúnebre das ondas, Que n'alma me excitavam Altos, sublimes turbilhões de idéias; Com que cântico novo O Dia saudarei da Liberdade? Ausente do saudoso, pátrio ninho, Em regiões tão mortas, Para mim sem encantos, e atrativos, Gela-se o estro ao peregrino vate. Tu também, que nos trópicos te ostentas Fulgurante de luz, e rei dos astros, Tu, oh sol, neste céu teu brilho perdes. (...) O Dia 7 de Setembro, em Paris
  • 13. Dia da Liberdade! Tu só dissipas hoje esta tristeza Que a vida me angustia. Tu só me acordas hoje do letargo Em que esta alma se abisma, De resistir cansada a tantas dores. Ah! talvez que de ti poucos se lembrem Neste estranho país, onde tu passas Sem culto, sem fulgor, como em deserto Caminha o viajor silencioso. Mas rápidos os dias se devolvem; E tu, oh sol, que pálido me aclaras Nestas longínquas plagas, Brilhante ainda raiarás na Pátria, E ouvirás meus hinos Em honra deste Dia, não magoados Co'os fúnebres acentos da saudade. Gonsalves de Magalhões. Publicado no livro Suspiros Poéticos e Saudades (1836)
  • 14. Iniciou por volta de 1850, a poesia vinha de encontro às ideias e temáticas da geração anterior: o eu-lírico volta-se mais para si e afasta-se da realidade social à sua volta. Traz em si o pessimismo e o apego aos vícios. Os sentimentos são exagerados e aparecem de forma idealizada na poesia. Além disso, elementos como a noite, a melancolia, o sofrimento, a morbidez e o medo do amor são recorrentes em seus textos poéticos. O eu-lírico vivem em meio solidão, aos devaneios e às idealizações.
  • 15.
  • 16. Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor e contista, da segunda geração romântica brasileira. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como "o poeta da dúvida". Faz parte dos poetas que deixaram em segundo plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados na primeira geração romântica, e mergulharam fundo em seu mundo interior. Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de morte.
  • 17. Pálida à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de FLORES reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era a mais bela! Seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando... Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando, Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! (AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000)
  • 18. A última geração da poesia romântica se inspira em Victor Hugo, e traz um foco político e social. Na época, ideias abolicionistas vinham à tona, e junto o desejo de se libertar do Império. É a fase que prenuncia o Realismo, que viria em seguida, tanto que tem como foco a realidade social, a crítica à sociedade, a poesia liberal, era o final do movimento romântico no Brasil. O condoreiríssimo se refere à figura do condor, uma ave que tinha voo alto, assim como os poetas românticos faziam em busca de defender seus ideais libertários.
  • 19.
  • 20. Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro. O último grande poeta da terceira geração romântica no Brasil. Expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Denunciou a crueldade da escravidão e clamou pela liberdade, dando ao romantismo um sentido social e revolucionário que o aproxima do realismo. Foi também o poeta do amor, sua poesia amorosa descreve a beleza e a sedução do corpo da mulher. É patrono da cadeira nº7 da Academia Brasileira de Letras.
  • 21. Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. ‘Stava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina... E ao longe, num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmulos — beijá-la. Era um quadro celeste!... A cada afago Mesmo em sonhos a moça estremecia... Quando ela serenava... a flor beijava-a... Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
  • 22. Dir-se-ia que naquele doce instante Brincavam duas cândidas crianças... A brisa, que agitava as folhas verdes. Fazia-lhe ondear as negras tranças! E o ramo ora chegava ora afastava-se... Mas quando a via despeitada a meio. P’ra não zangá-la... sacudia alegre Uma chuva de pétalas no seio... Eu, fitando a cena, repetia Naquela noite lânguida e sentida: “Ó flor! – tu és a virgem das campinas! “Virgem! — tu és a flor da minha vida!...”