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Instituto Politécnico de Setúbal

                      Escola Superior de Educação




Unidade Curricular: Introdução à didáctica do Português

Docente: Fernanda Botelho




                     Resumo do Módulo I




Ano lectivo: 2009/2010

Curso: Licenciatura em Educação Básica

Ano: 3º

Turma: A



                                                               Discentes:

                                  Ana Filipa da Quinta Baptista, 070142057

                                  Inês Isabel de Oliveira Graça, 070142065
A linguística é uma ciência recente e, por isso, é pouco conhecida enquanto
ciência, assim como, é igualmente, pouco conhecido o trabalho dos que nela
investem.

     A definição de linguística é dada como “o estudo científico da linguagem
humana e das línguas naturais”. Para entender esta definição, é necessário
descodificá-la; assim, é inevitável definir linguagem humana, línguas naturais e
estudo científico. As línguas naturais apresentam-se como línguas que podem,
ou     não,   ser   aprendidas   como     línguas   maternas   e   que   surgem
espontaneamente com o Homem a partir da sua capacidade inata de
linguagem. Em oposição às línguas naturais, encontram-se as línguas artificiais
que, por sua vez, foram desenvolvidas pelo Homem em resposta às suas
necessidades, num curto espaço de tempo.

     É também importante definir o conceito de língua, sendo a mesma, um o
sistema de signos que podem surgir na forma oral ou escrita, comuns a um
povo/comunidade e cuja função é comunicar. Os falantes de uma língua
apresentam um conhecimento implícito acerca das características do seu
sistema linguístico que lhes permite generalizar dentro de um padrão, a fim de
produzir novos enunciados linguísticos.

     As línguas estão em permanente evolução, pois é fundamental que
acompanhem as exigências do seu uso na comunicação, todavia, contêm
aspectos comuns entre si – universais linguísticos.

     É importante nesta temática acerca da língua abordar e distinguir dois
conceitos, que podem, por vezes, suscitar dúvidas: plurilinguismo e
multilinguismo. Entende-se por multilinguismo o número de línguas existentes
ou em concomitância numa sociedade. Por sua vez, plurilinguismo ancora o
conhecimento, que um indivíduo detém, de um conjunto de línguas e do seu
repertório linguístico, e os quais põe em prática numa situação de
comunicação, rentabilizando-os aquando da presença de mais do que uma
língua. Assim, um falante plurilingue é capaz de mobilizar conhecimentos de
várias línguas, permitindo-lhe comunicar com um falante de outra língua.



                                                                               2
Dados estes conceitos, é possível afirmar que a sociedade actual é
multilingue. No entanto, para que a mesma seja plurilingue, é necessária a
oferta de línguas diversas pelo currículo, incentivando, desta forma, os alunos
na aprendizagem de outras línguas além da sua.

  A explicação da linguística, enquanto estudo científico, está correlacionada
com a abordagem utilizada, uma vez que a sua demonstração, enquanto
ciência, é deveras exigente e complexa.

  A espécie humana encerra uma disposição natural para a aquisição da
linguagem, através de um mecanismo cognitivo universal e genético,
adquirindo, de um modo natural e espontâneo, um sistema linguístico inserido
numa dada comunidade linguística (língua materna). Não obstante, para
realizar esta aquisição, o ser humano necessita estar inserido num contexto
social que lhe forneça estímulos linguísticos, para que consiga adquirir a
linguagem – sistema de signos que permite comunicar, revelando-se também
como suporte ao pensamento.

  Esta aquisição da linguagem compreende um conjunto de regras específicas
desse sistema, nomeadamente, de carácter fonético, morfológico, sintáctico,
semântico e pragmático. Do input linguístico que recebe do meio, a criança
realiza um processo de generalização, que lhe permite concretizar trocas
comunicativas que assentem nas regras estabelecida no grupo social em que
se insere.

  O acto de trocas de informação entre dois ou mais interlocutores
(comunicação) é passível de ser realizado, devido à capacidade, que o homem
detém, de compreender inúmeras expressões linguísticas (faculdade da
linguagem), tornando-o idóneo no exercício de receber, transformar e transmitir
informação através da linguagem. No entanto, para que tal aconteça, é
necessária a sua compreensão, decifrando a cadeia fónica e a sua capacidade
de produção de mensagens linguísticas, assim como, um código/sistema
linguístico comum aos interlocutores e a utilização de um canal de
comunicação adequado.



                                                                             3
Numa comunidade, o indivíduo necessita mobilizar competências que lhe
permitam uma interacção correcta em sociedade. Essas competências
implicam um conhecimento das regras gramaticais e das regras do uso do
código linguístico, respeitando o contexto social em que se insere –
competência comunicativa.

  Ao considerar que um indivíduo usufrui da competência comunicativa
subentende-se que o mesmo domine códigos e variantes sociolinguísticas
assim como um saber pragmático em relação aos enunciados convencionados
pela comunidade em que se insere.

  A comunicação surge a partir de actos de fala. Para que estes actos
obtenham êxito é necessário o conhecimento das relações sociais entre os
interlocutores, a aptidão para cumprir e respeitar normas convencionadas e
institucionalizadas e avaliar correctamente os propósitos e as expectações dos
interlocutores.

  Para que o acto de comunicar seja realizado de modo eficaz e sem
perturbações, é inevitável que um falante de uma língua domine um conjunto
de saberes de dimensão sociocultural.

  A competência comunicativa abarca diferentes componentes: a componente
linguística, a componente sociolinguística e a componente pragmática.

  A componente linguística ancora um conjunto de capacidades inerentes ao
conhecimento da língua enquanto sistema: competência lexical; competência
gramatical; competência semântica; competência fonológica; competência
ortográfica e competência ortoépica.

  A competência lexical é a capacidade que o indivíduo tem de empregar o
vocabulário de uma língua, assimilando os seus elementos lexicais e
gramaticais. A competência gramatical refere-se ao conhecimento e à
capacidade de utilização dos recursos gramaticais da língua. A competência
semântica abarca a consciência e o controlo que o indivíduo tem acerca da
organização do significado. A competência fonológica traduz-se pelo
conhecimento e habilidade para compreender e produzir elementos fonéticos e
fonológicos. A competência ortográfica trata a capacidade de compreender e

                                                                             4
produzir símbolos linguísticos, permitindo a criação de textos na forma escrita.
Por fim, a competência ortoépica envolve a leitura, para um público, de um
texto preparado, sendo capaz de pronunciar palavras novas que possam surgir.

  A    segunda     componente,         acima   referida,    relativa   à    competência
comunicativa, refere o conhecimento e as capacidades necessárias para
interagir com o contexto social no acto de utilização da língua, ou seja, ter em
atenção os marcadores linguísticos de relações sociais (influência da língua e
da cultura), as regras de delicadeza (diferentes de cultura para cultura), as
expressões de sabedoria popular (exprimem e reforçam atitudes, contribuindo
significativamente para a cultura popular), as diferenças de registo (diferenças
em relação às variedades linguísticas utilizadas em situações diversas), os
dialectos e os sotaques (capacidade de reconhecer marcadores linguísticos,
correspondentes à classe social, à origem regional e/ou nacional e ao grupo
étnico e/ou profissional).

  Por último, a componente pragmática ancora o conhecimento que o
indivíduo tem acerca dos princípios relativos às competências discursiva e
funcional. A primeira envolve a capacidade do indivíduo em estruturar frases
numa sequência lógica, para que seja capaz de produzir discursos coerentes.
A competência funcional refere a utilização do discurso em ambas as formas,
oral e escrita, para determinados fins.

  Os processos de aquisição e aprendizagem, apesar de diferentes,
relacionam-se     entre      si   em    diversas     situações,   nomeadamente      no
desenvolvimento do indivíduo; por isso, é essencial o conhecimento, por parte
dos   docentes,    de     processos      inerentes    à    aquisição   da    linguagem,
principalmente para os educadores que na sua prática contactam com crianças
de faixas etárias em que o desenvolvimento da linguagem está a decorrer.

  Como consequência da importância do papel do professor/educador, é
essencial que o mesmo seja um utilizador proficiente na sua língua. Assim, é
possível afirmar que um utilizador proficiente em Língua Portuguesa deverá
dominar o português europeu padrão, incluindo o léxico, a morfologia, a sintaxe
e a utilização de formas de tratamento consoante as situações vivenciadas, e


                                                                                      5
ainda, utilizar a língua em situações institucionais; ouvir discursos em diversas
variedades do português, compreendendo a informação contida na mensagem
e reformulá-la, utilizando a informação subentendida; ser fluente na expressão
oral, mobilizando vários estilos; ter hábitos de leitura que lhe possibilitem ser
fluente e crítico ao nível da leitura e da escrita, respeitando as regras e tendo
em atenção as características dos diversos géneros textuais.

  O professor da área da Língua Portuguesa deverá compreender um conjunto
de competências inerentes à sua orientação e intervenção educativa. O ensino
da leitura e da escrita tem elevado nível de sucesso aquando da planificação,
orientação e organização de profissionais competentes. Estes profissionais
devem: dominar a estrutura da Língua Portuguesa, nos modos oral e escrito;
dominar conhecimentos acerca do desenvolvimento linguístico; perceber que a
aprendizagem é sequenciada; ter conhecimento da herança linguística das
crianças quando entram na escola; ser capazes de ultrapassar as dificuldades
sentidas em relação às características específicas da língua; dominar as regras
do sistema ortográfico e do sistema de pontuação; ter consciência que a
aprendizagem da leitura e da escrita está intimamente ligada com a diversidade
de léxico; perceber a relação existente entre domínio progressivo da
complexidade sintáctica e o êxito da aprendizagem da leitura e da escrita; e,
por fim, manter-se em constante aprendizagem, investigando, reflectindo e,
posteriormente, integrá-la na sua prática, apelando ao uso da didáctica,
intervindo sempre pedagogicamente em conformidade.

  A didáctica pode ser definida como o motivo e aplicação de um conjunto de
princípios, normas e técnicas próprias, cuja função é dirigir a aprendizagem.
Neste sentido, surge a partir do diálogo em situações de sala de aula e dos
sujeitos que as vivem, e da investigação, enquanto observação e interpretação
de actos educativos.

  A didáctica apresenta-se como sendo uma disciplina com características
transversais e transdisciplinares, pois contém aspectos globais que integram
outras didácticas. Posto isto, cada disciplina tem a sua didáctica específica,
como por exemplo a didáctica do Português que se ramifica em outras
vertentes (Didáctica da Língua Não Materna; Didáctica do Português Língua
                                                                                6
Segunda, entre outras) e apresenta características da didáctica geral,
originando, assim, uma complementaridade entre ambas.

  No que respeito à didáctica das línguas, o seu percurso epistemológico é
constituído por três etapas, sendo a primeira a Didáctica Instrumental, que se
funda na produção de materiais e estratégias que permitam a formação do
professor. De seguida, a Didáctica Especifica surge na sequência das
tentativas de autonomizar a didáctica tendo em conta as características
próprias de cada língua. O professor, nesta fase, toma um papel de agente
reflexivo, investigador e crente na interacção entre professor e aluno. Por fim, a
última etapa constitui-se pela Didáctica do plurilinguismo, que se torna uma
disciplina exterior à sala de aula e mobilizadora dos recursos do meio e da
actualidade. Note-se que esta didáctica surge inerente às características
sociais e multiculturais que se vincam na sociedade de hoje.

  Face à diversidade cultural presente nas escolas da actualidade, é
fundamental que se modifiquem estratégias no âmbito da Didáctica do
Português no sentido em que esta língua já não é aprendida exclusivamente
como língua materna, mas também como língua segunda. Assim, a didáctica
do plurilinguismo torna-se fundamental na aprendizagem do português visto
que abrange perspectivas comuns no processo ensino-aprendizagem das
línguas, tornando-as próximas, o que possibilita uma melhor aprendizagem.

  Em suma, as didácticas pressupõem metodologias que visam um melhor
aproveitamento das capacidades do aluno e dos conhecimentos do mesmo, a
fim de concretizar melhores aprendizagens, valorizando o que o aluno já traz
para a escola.




                                                                                7
Referências Bibliográficas:

  DUARTE, Inês (2001). “A formação em Língua Portuguesa na dupla perspectiva do
formando com utilizador e como futuro docente da língua materna”. in Inês Sim-Sim
(org) A Formação para o Ensino da Língua Portuguesa na Educação Pré-Escolar e no
1º Ciclo do Ensino Básico, Cadernos de Formação de Professores, nº2 ,pp 27-34.

  FERRÃO TAVARES, Clara (2007). Didáctica do Português língua materna e não
materna no Ensino Básico. Porto: Porto Editora.

  GOUVEIA, Adelina; SOLLA, Luísa. Português Língua do País de Acolhimento –
Educação Intercultural. ACIME – Alto Comissariado para a Imigração e Minorias
Étnicas. ISBN: 972 – 99316 – 0 – 7

  MATEUS, Maria Helena Mira; VILLALVA, Alina (2006). O Essencial sobre
Linguística. Editorial Caminho.

  Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: Aprendizagem Ensino e
Avaliação. Ministério da Educação. Conselho Europeu.

  SEQUEIRA, Fátima; SIM-SIM, Inês (1989). Maturidade linguística e aprendizagem
da leitura. Volume 1. Universidade do Minho: Instituto de Educação. ISBN: 972 – 21 –
1777 – 7.

  SIM-SIM, Inês (1998). Desenvolvimento da Linguagem. Universidade Aberta.
Lisboa. ISBN: 978 – 972 – 674 – 240 – 1.




                                                                                  8

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Resumo modulo1 ines e ana

  • 1. Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação Unidade Curricular: Introdução à didáctica do Português Docente: Fernanda Botelho Resumo do Módulo I Ano lectivo: 2009/2010 Curso: Licenciatura em Educação Básica Ano: 3º Turma: A Discentes: Ana Filipa da Quinta Baptista, 070142057 Inês Isabel de Oliveira Graça, 070142065
  • 2. A linguística é uma ciência recente e, por isso, é pouco conhecida enquanto ciência, assim como, é igualmente, pouco conhecido o trabalho dos que nela investem. A definição de linguística é dada como “o estudo científico da linguagem humana e das línguas naturais”. Para entender esta definição, é necessário descodificá-la; assim, é inevitável definir linguagem humana, línguas naturais e estudo científico. As línguas naturais apresentam-se como línguas que podem, ou não, ser aprendidas como línguas maternas e que surgem espontaneamente com o Homem a partir da sua capacidade inata de linguagem. Em oposição às línguas naturais, encontram-se as línguas artificiais que, por sua vez, foram desenvolvidas pelo Homem em resposta às suas necessidades, num curto espaço de tempo. É também importante definir o conceito de língua, sendo a mesma, um o sistema de signos que podem surgir na forma oral ou escrita, comuns a um povo/comunidade e cuja função é comunicar. Os falantes de uma língua apresentam um conhecimento implícito acerca das características do seu sistema linguístico que lhes permite generalizar dentro de um padrão, a fim de produzir novos enunciados linguísticos. As línguas estão em permanente evolução, pois é fundamental que acompanhem as exigências do seu uso na comunicação, todavia, contêm aspectos comuns entre si – universais linguísticos. É importante nesta temática acerca da língua abordar e distinguir dois conceitos, que podem, por vezes, suscitar dúvidas: plurilinguismo e multilinguismo. Entende-se por multilinguismo o número de línguas existentes ou em concomitância numa sociedade. Por sua vez, plurilinguismo ancora o conhecimento, que um indivíduo detém, de um conjunto de línguas e do seu repertório linguístico, e os quais põe em prática numa situação de comunicação, rentabilizando-os aquando da presença de mais do que uma língua. Assim, um falante plurilingue é capaz de mobilizar conhecimentos de várias línguas, permitindo-lhe comunicar com um falante de outra língua. 2
  • 3. Dados estes conceitos, é possível afirmar que a sociedade actual é multilingue. No entanto, para que a mesma seja plurilingue, é necessária a oferta de línguas diversas pelo currículo, incentivando, desta forma, os alunos na aprendizagem de outras línguas além da sua. A explicação da linguística, enquanto estudo científico, está correlacionada com a abordagem utilizada, uma vez que a sua demonstração, enquanto ciência, é deveras exigente e complexa. A espécie humana encerra uma disposição natural para a aquisição da linguagem, através de um mecanismo cognitivo universal e genético, adquirindo, de um modo natural e espontâneo, um sistema linguístico inserido numa dada comunidade linguística (língua materna). Não obstante, para realizar esta aquisição, o ser humano necessita estar inserido num contexto social que lhe forneça estímulos linguísticos, para que consiga adquirir a linguagem – sistema de signos que permite comunicar, revelando-se também como suporte ao pensamento. Esta aquisição da linguagem compreende um conjunto de regras específicas desse sistema, nomeadamente, de carácter fonético, morfológico, sintáctico, semântico e pragmático. Do input linguístico que recebe do meio, a criança realiza um processo de generalização, que lhe permite concretizar trocas comunicativas que assentem nas regras estabelecida no grupo social em que se insere. O acto de trocas de informação entre dois ou mais interlocutores (comunicação) é passível de ser realizado, devido à capacidade, que o homem detém, de compreender inúmeras expressões linguísticas (faculdade da linguagem), tornando-o idóneo no exercício de receber, transformar e transmitir informação através da linguagem. No entanto, para que tal aconteça, é necessária a sua compreensão, decifrando a cadeia fónica e a sua capacidade de produção de mensagens linguísticas, assim como, um código/sistema linguístico comum aos interlocutores e a utilização de um canal de comunicação adequado. 3
  • 4. Numa comunidade, o indivíduo necessita mobilizar competências que lhe permitam uma interacção correcta em sociedade. Essas competências implicam um conhecimento das regras gramaticais e das regras do uso do código linguístico, respeitando o contexto social em que se insere – competência comunicativa. Ao considerar que um indivíduo usufrui da competência comunicativa subentende-se que o mesmo domine códigos e variantes sociolinguísticas assim como um saber pragmático em relação aos enunciados convencionados pela comunidade em que se insere. A comunicação surge a partir de actos de fala. Para que estes actos obtenham êxito é necessário o conhecimento das relações sociais entre os interlocutores, a aptidão para cumprir e respeitar normas convencionadas e institucionalizadas e avaliar correctamente os propósitos e as expectações dos interlocutores. Para que o acto de comunicar seja realizado de modo eficaz e sem perturbações, é inevitável que um falante de uma língua domine um conjunto de saberes de dimensão sociocultural. A competência comunicativa abarca diferentes componentes: a componente linguística, a componente sociolinguística e a componente pragmática. A componente linguística ancora um conjunto de capacidades inerentes ao conhecimento da língua enquanto sistema: competência lexical; competência gramatical; competência semântica; competência fonológica; competência ortográfica e competência ortoépica. A competência lexical é a capacidade que o indivíduo tem de empregar o vocabulário de uma língua, assimilando os seus elementos lexicais e gramaticais. A competência gramatical refere-se ao conhecimento e à capacidade de utilização dos recursos gramaticais da língua. A competência semântica abarca a consciência e o controlo que o indivíduo tem acerca da organização do significado. A competência fonológica traduz-se pelo conhecimento e habilidade para compreender e produzir elementos fonéticos e fonológicos. A competência ortográfica trata a capacidade de compreender e 4
  • 5. produzir símbolos linguísticos, permitindo a criação de textos na forma escrita. Por fim, a competência ortoépica envolve a leitura, para um público, de um texto preparado, sendo capaz de pronunciar palavras novas que possam surgir. A segunda componente, acima referida, relativa à competência comunicativa, refere o conhecimento e as capacidades necessárias para interagir com o contexto social no acto de utilização da língua, ou seja, ter em atenção os marcadores linguísticos de relações sociais (influência da língua e da cultura), as regras de delicadeza (diferentes de cultura para cultura), as expressões de sabedoria popular (exprimem e reforçam atitudes, contribuindo significativamente para a cultura popular), as diferenças de registo (diferenças em relação às variedades linguísticas utilizadas em situações diversas), os dialectos e os sotaques (capacidade de reconhecer marcadores linguísticos, correspondentes à classe social, à origem regional e/ou nacional e ao grupo étnico e/ou profissional). Por último, a componente pragmática ancora o conhecimento que o indivíduo tem acerca dos princípios relativos às competências discursiva e funcional. A primeira envolve a capacidade do indivíduo em estruturar frases numa sequência lógica, para que seja capaz de produzir discursos coerentes. A competência funcional refere a utilização do discurso em ambas as formas, oral e escrita, para determinados fins. Os processos de aquisição e aprendizagem, apesar de diferentes, relacionam-se entre si em diversas situações, nomeadamente no desenvolvimento do indivíduo; por isso, é essencial o conhecimento, por parte dos docentes, de processos inerentes à aquisição da linguagem, principalmente para os educadores que na sua prática contactam com crianças de faixas etárias em que o desenvolvimento da linguagem está a decorrer. Como consequência da importância do papel do professor/educador, é essencial que o mesmo seja um utilizador proficiente na sua língua. Assim, é possível afirmar que um utilizador proficiente em Língua Portuguesa deverá dominar o português europeu padrão, incluindo o léxico, a morfologia, a sintaxe e a utilização de formas de tratamento consoante as situações vivenciadas, e 5
  • 6. ainda, utilizar a língua em situações institucionais; ouvir discursos em diversas variedades do português, compreendendo a informação contida na mensagem e reformulá-la, utilizando a informação subentendida; ser fluente na expressão oral, mobilizando vários estilos; ter hábitos de leitura que lhe possibilitem ser fluente e crítico ao nível da leitura e da escrita, respeitando as regras e tendo em atenção as características dos diversos géneros textuais. O professor da área da Língua Portuguesa deverá compreender um conjunto de competências inerentes à sua orientação e intervenção educativa. O ensino da leitura e da escrita tem elevado nível de sucesso aquando da planificação, orientação e organização de profissionais competentes. Estes profissionais devem: dominar a estrutura da Língua Portuguesa, nos modos oral e escrito; dominar conhecimentos acerca do desenvolvimento linguístico; perceber que a aprendizagem é sequenciada; ter conhecimento da herança linguística das crianças quando entram na escola; ser capazes de ultrapassar as dificuldades sentidas em relação às características específicas da língua; dominar as regras do sistema ortográfico e do sistema de pontuação; ter consciência que a aprendizagem da leitura e da escrita está intimamente ligada com a diversidade de léxico; perceber a relação existente entre domínio progressivo da complexidade sintáctica e o êxito da aprendizagem da leitura e da escrita; e, por fim, manter-se em constante aprendizagem, investigando, reflectindo e, posteriormente, integrá-la na sua prática, apelando ao uso da didáctica, intervindo sempre pedagogicamente em conformidade. A didáctica pode ser definida como o motivo e aplicação de um conjunto de princípios, normas e técnicas próprias, cuja função é dirigir a aprendizagem. Neste sentido, surge a partir do diálogo em situações de sala de aula e dos sujeitos que as vivem, e da investigação, enquanto observação e interpretação de actos educativos. A didáctica apresenta-se como sendo uma disciplina com características transversais e transdisciplinares, pois contém aspectos globais que integram outras didácticas. Posto isto, cada disciplina tem a sua didáctica específica, como por exemplo a didáctica do Português que se ramifica em outras vertentes (Didáctica da Língua Não Materna; Didáctica do Português Língua 6
  • 7. Segunda, entre outras) e apresenta características da didáctica geral, originando, assim, uma complementaridade entre ambas. No que respeito à didáctica das línguas, o seu percurso epistemológico é constituído por três etapas, sendo a primeira a Didáctica Instrumental, que se funda na produção de materiais e estratégias que permitam a formação do professor. De seguida, a Didáctica Especifica surge na sequência das tentativas de autonomizar a didáctica tendo em conta as características próprias de cada língua. O professor, nesta fase, toma um papel de agente reflexivo, investigador e crente na interacção entre professor e aluno. Por fim, a última etapa constitui-se pela Didáctica do plurilinguismo, que se torna uma disciplina exterior à sala de aula e mobilizadora dos recursos do meio e da actualidade. Note-se que esta didáctica surge inerente às características sociais e multiculturais que se vincam na sociedade de hoje. Face à diversidade cultural presente nas escolas da actualidade, é fundamental que se modifiquem estratégias no âmbito da Didáctica do Português no sentido em que esta língua já não é aprendida exclusivamente como língua materna, mas também como língua segunda. Assim, a didáctica do plurilinguismo torna-se fundamental na aprendizagem do português visto que abrange perspectivas comuns no processo ensino-aprendizagem das línguas, tornando-as próximas, o que possibilita uma melhor aprendizagem. Em suma, as didácticas pressupõem metodologias que visam um melhor aproveitamento das capacidades do aluno e dos conhecimentos do mesmo, a fim de concretizar melhores aprendizagens, valorizando o que o aluno já traz para a escola. 7
  • 8. Referências Bibliográficas: DUARTE, Inês (2001). “A formação em Língua Portuguesa na dupla perspectiva do formando com utilizador e como futuro docente da língua materna”. in Inês Sim-Sim (org) A Formação para o Ensino da Língua Portuguesa na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, Cadernos de Formação de Professores, nº2 ,pp 27-34. FERRÃO TAVARES, Clara (2007). Didáctica do Português língua materna e não materna no Ensino Básico. Porto: Porto Editora. GOUVEIA, Adelina; SOLLA, Luísa. Português Língua do País de Acolhimento – Educação Intercultural. ACIME – Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas. ISBN: 972 – 99316 – 0 – 7 MATEUS, Maria Helena Mira; VILLALVA, Alina (2006). O Essencial sobre Linguística. Editorial Caminho. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: Aprendizagem Ensino e Avaliação. Ministério da Educação. Conselho Europeu. SEQUEIRA, Fátima; SIM-SIM, Inês (1989). Maturidade linguística e aprendizagem da leitura. Volume 1. Universidade do Minho: Instituto de Educação. ISBN: 972 – 21 – 1777 – 7. SIM-SIM, Inês (1998). Desenvolvimento da Linguagem. Universidade Aberta. Lisboa. ISBN: 978 – 972 – 674 – 240 – 1. 8