Este relatório descreve um estudo sobre líquenes realizado por alunos do 7o ano. Detalha a constituição dos líquenes através de esquemas ilustrativos de três tipos de talos - crustáceo, fruticuloso e foliáceo. Também explica os procedimentos experimentais realizados para observar as estruturas dos líquenes ao microscópio.
1. Relatório Científico
Estudo dos Líquenes1,2,3
1
Ensino básico, 7ºano de escolaridade, Escola Secundária Augusto Gomes, ESAG Matosinhos
2
Disciplina de Ciências Naturais
3
antoniopinheiro7a@gmail.com
Introdução:
Os líquenes são o resultado de uma eficaz simbiose entre fungos entre fungos e algas,
impossibilitados de sobreviver isoladamente. Esta associação permite que colonizem lugares
onde mais nenhuma outra espécie consegue sobreviver (condições adversas), sendo por isso
considerados organismos pioneiros. Nesta relação de mutualismo as algas, como seres
autotróficos, dão aos fungos nutrientes provenientes das fotossínteses e o fungo protege-se
das agressões ambientais e fornece-lhes água e sais minerais. Morfologicamente, este ser é
constituído por um talo (várias cores) que pode ser classificado como: crustáceo, o tecido do
líquen forma uma camada fina que adere ao substrato de tal maneira que o talo pode estar
incluído no próprio substrato ou estar fixo a ele pela sua parte basal; fruticuloso, este é
constituído por filamentos cilíndricos ou ligeiramente achatados e apresenta uma estrutura
interna em que o córtex circunda a camada das algas e a medula; foliáceo, apresenta um
contorno subesférico formado por lóbulos imbricados e um pouco arredondados na margem
que lhes conferem um aspeto semelhante ao das folhas tendo na parte inferior rizinas (órgãos
de fixação) que são hifas fúngicas dispostas paralelamente umas em relação às outras em
feixes.
A microscopia é uma ferramenta fundamental no estudo dos seres vivos uma vez que
as células são estruturas microscópicas. A técnica de coloração é muito importante na
visualização das estruturas ou substâncias armazenadas nas células, dando-lhes realce e
possibilitando a sua observação e caracterização.
Este trabalho prático pretende estudar os líquenes, a sua constituição e como se processa os
mecanismos que permitem que eles sobrevivam.
Palavras chave: líquenes, algas, fungos, associação, talo.
Material e Procedimento:
MOC;
Lupa Binocular;
Lâminas;
Lamelas;
Placas de Petri;
Bisturi;
Agulhas de dissecação;
Frasco Lavador;
Papel de Limpeza;
Água;
Líquenes:
Crustáceo;
2. Fruticuloso;
Foliáceo.
1) Observar, com a lupa binocular, os líquenes e, se possível, verificar a forma como se
fixam ao substrato;
2) Efetuar cortes finos, com o bisturi, dos talos dos vários líquenes de forma a abranger a
totalidade das estruturas;
3) Colocar os cortes sobre lâminas distintas, adicionar água como meio de montagem e
dissociar o material biológico com as agulhas de dissecação;
4) Colocar as lamelas sobre o material dissociado e observar o microscópio ótico nas
várias ampliações.
Resultados:
Figura 1 – Esquema de um talo
Crustáceo Figura 2 – Esquema de um talo
Fruticuloso
Figura 3 – Esquema de um talo
Foliáceo
3. Discussão:
Na figura 1 estão representados líquenes crustáceos. A sua estrutura é plana e
intimamente ligada ao substrato. Quanto à sua estrutura interna posso observar que o líquen é
constituído por córtex superior, camada algal e medula. O córtex inferior está ausente neste
tipo de líquen.
Na figura 2 estão representados líquenes fruticulosos. Apresentam uma forma e
consistência semelhante às das folhas. Estão presos ao substrato por uma ou mais hifas
designadas rizinas. É constituído por córtex superior, camada algal, medula e córtex inferior.
Na figura 3 estão representados líquenes foliáceos. Apresentam uma forma
semelhante à de pequenos arbustos e são geralmente muito ramificados. Encontram-se fixos
ao substrato por uma região basal de pequenas dimensões. São constituídos por um córtex
superior, duas camadas algais e entre estas a medula e o córtex inferior.
Podemos concluir que os líquenes são associações entre dois seres vivos, fungos e
algas.
Referências bibliográficas:
http://digitaljovem.com.sapo.pt/liquenes.pdf;
http://www.ibot.sp.gov.br/publicacoes/hoehnea/vol35/Hoehnea35%283%
29artigo11.pdf;
esdjccg.prof2000.pt;
Novo Descobrir a Terra, de Ciências Naturais, 7º Ano “1º Edição, Cristina
Antunes, Manuela Bispo e Paula Guindeira. 2011
Do microscópio à célula, Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco 1, Areal
Ed. 1996.
Silva, Maria Amélia e outros, Biolab, Técnicas Laboratoriais de Biologia
Bloco 1, Universitária Ed. 1999.
No laboratório, Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco 1, Areal Ed. 1996.
António Pedro Correia da Silva Pinheiro Nº 4 Ano/Turma. 7º Ano A