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Relatório científico
     Estudo dos seres vivos, célula procariótica e célula eucariótica1,2,3
1
 Ensino básico, 7ºano de escolaridade, Escola Secundária Augusto Gomes, ESAG Matosinhos
2
  Disciplina de Ciências Naturais
3
  turma7A.esag-edu.net

Introdução

A biosfera é um subsistema que integra todos os seres vivos do planeta Terra. Há uma grande
variedade de seres vivos mas todos eles têm como unidade estrutural, morfológica, fisiológica,
reprodutora, que é a célula. Os seres vivos podem ter uma única célula, seres unicelulares ou
ter mais que uma célula, seres pluricelulares ou multicelulares. Ao nível da organização
estrutural, as células podem ser procarióticas ou eucarióticas. As células procarióticas são
células simples, sem núcleo organizado e sem compartimentos no citoplasma. As células
eucarióticas são células complexas, com núcleo organizado e vários compartimentos no
citoplasma. De acordo com estas características os seres vivos são organizados em diferentes
grupos. Temos o reino Monera onde se agrupam os seres vivos unicelulares procariontes,
como por exemplo as bactérias (heterotróficas, alimentam-se de outros organismos) e
cianobactérias (autotróficas, produzem o seu próprio alimento). O reino Protista onde se
agrupam os seres vivos unicelulares, heterotróficos por ingestão (formando o subgrupo dos
protozoários) e unicelulares e pluricelulares autotróficos (formando o subgrupo das algas). O
reino Fungi onde se agrupam os seres vivos unicelulares e pluricelulares heterotróficos por
absorção, como exemplo as leveduras, os bolores e cogumelos. O reino Animal onde se
agrupam os seres vivos pluricelulares, eucariontes, heterotróficos por ingestão. O reino
Plantae onde se agrupam os seres vivos pluricelulares, eucariontes e autotróficos. A célula
animal é arredondada, tem como limite uma membrana e o núcleo ocupa uma posição central,
ao passo que a célula vegetal é oval ou retangular, tem como limite para além da membrana
uma parede celulósica rígida, o núcleo ocupa uma posição lateral, estando o espaço
citoplasmático preenchido por plastos (compartimentos onde se armazenam pigmentos ou
substâncias) e grandes vacúolos.
A microscopia é uma ferramenta fundamental no estudo dos seres vivos uma vez que as
células são estruturas microscópicas. A técnica de coloração é muito importante na
visualização das estruturas ou substâncias armazenadas nas células, dando-lhes realce e
possibilitando a sua observação e caracterização.

Este trabalho prático pretende estudar os diferentes reinos e em particular as estruturas das
células.

Palavras chave: biosfera; célula, seres unicelulares e pluricelulares; célula procariótica e
eucariótica.

Material e Procedimento

    A- Estudo da célula animal - observação do epitélio bucal

       espátula ou palito
       microscópio ótico
       lâmina
       lamela
       azul de metileno
       papel de filtro
       esguicho
1- Coloque, no centro de uma lâmina, uma gota de água;
2-Com um palito pouco aguçado ou com uma espátula previamente desinfetada, raspe
suavemente o epitélio bucal e coloque-o na gota de água;
3-Cubra com a lamela e observe ao microscópio;
4-Registe as suas observações e efetue o respetivo esquema;
5-Retire a preparação da platina e deite cerca de duas gotas de azul-de-metileno, pouco
concentrado, ao longo de um dos bordos da lamela. Absorva o excesso de corante no bordo
oposto, com papel de filtro.
6-Observe novamente ao microscópio, registe as diferenças e faça novo esquema.


    B- Estudo da célula vegetal – observação da epiderme da cebola, da folha de elódea, do
       parênquima da batata e do tomate.


Célula vegetal
Cebola:
O bolbo da cebola é formado por folhas modificadas, em formas de escamas carnudas, que
acumulam substâncias de reserva. Na parte côncava de cada “folha”, existe uma epiderme
facilmente destacável e constituída por uma só camada de células.
          Microscópio ótico
          Lâminas
          Lamelas
          Cebola
          Esguicho
          Bisturi
          Pinça
          Azul de metileno pouco concentrado
          Água iodada
          Papel de filtro


      1) Começámos por colocar uma gota de água no centro de uma lâmina;
      2) Cortámos o bolbo da cebola e separámos duas folhas modificadas. Com uma pinça,
            destacámos uma pequena porção da epiderme da face côncava;
      3) Depois introduzimos a epiderme na gota de água colocada na lâmina, evitando o seu
            enrolamento;
      4) Cobrimos com a lamela e observámos ao microscópio;
      5) Retirámos a preparação da platina e adicionámos uma gota de azul de metileno, ao
            longo das bordas da lamela, absorvendo na margem oposta com papel de filtro;
      6) Observámos de novo ao microscópio e registámos as diferenças;
7) Fizemos outra preparação da epiderme da cebola corando com uma gota de água
            iodada;
     8) Por fim, observámos ao microscópio.


Élodea:
Com caules longos, finos e ramificados e com folhas enroladas em seu torno.
          Lâminas;
          Lamelas;
          Microscópio ótico;
          Esguicho;
          Folhas de élodea.


   1) Colocámos uma gota de água na lâmina;
   2) Retiramos uma folha de élodea com a pinça e colocámo-la na gota de água colocada
          na lâmina;
   3) De seguida, cobrimos a élodea com uma lamela;
   4) Observámos a preparação no microscópio.


Batata:
A batateira é uma planta anual que possui órgãos subterrâneos de reserva, as batatas. Estas
são tubérculos muito utilizados na alimentação, pois são ricos em amido. Microscópio ótico
          Microscópio ótico
          Lâminas
          Lamelas
          Água iodada
          Batata
          Bisturi
          Vidro de relógio
          Papel de filtro
          Esguicho


   1) Com um bisturi efetuámos vários cortes, pouco espessos, de polpa de batata.
   2) Escolhemos os cortes mais finos e passámo-los para um vidro de relógio com água.
   3) Colocámos uma gota de água numa lâmina e procedemos à montagem de um corte;
   4) Fizemos a observação ao microscópio em diferentes ampliações;
   5) Escolhemos outro corte de batata, fizemos a montagem e corámos com uma gota de
          água iodada;
   6) Efectuámos a observação ao microscópio e desenhámos alguns grãos de amido.
Tomate:


O tomate é um fruto carnudo utilizado na alimentação. Quando maduro é pouco consistente,
e por isso, a sua observação ao microscópio poderá efectuar-se após o simples esmagamento.
       Microscópio ótico
       Lâmina
       Lamelas
       Tomate maduro
       Esguicho
       Bisturi
       Pinça


   1) Com o bisturi, cortámos o tomate e retirámos uma pequena porção de polpa
   2) Colocamo-la numa lâmina com uma gota de água e esmagamo-la levemente com o
       bisturi.
   3) Por fim, cobrimos com a lamela e observámos ao microscópio.


   C- Estudo do reino Monera – observação das bactérias do iogurte




   D- Estudo do reino Protista – observação de protozoários e algas de uma infusão




   E- Estudo do reino Fungi – observação da levedura de fermento de padeiro, dos bolores
      de pão e do limão e de cogumelos.
Resultados

     A- Estudo da célula animal - observação do epitélio bucal


                               A célula animal é arredondada. Observa-se o núcleo numa
                               posição central, a membrana plasmática é o limite da célula.


                               10xX20x=200x

                                Fig.1 - Célula animal, sem corante




                                 O corante pôs em evidência o núcleo, corando-o de azul.

                                 10xX20x=200x

                                 Fig.2 - Célula, animal, com corante




B-




C-




D-




E-
Discussão

A célula animal observada a partir do epitélio bucal permite verificar que a célula é
arredondada, tem como limite uma membrana e o núcleo ocupa uma posição central. O
núcleo surgiu perfeitamente destacado quando se recorreu à coloração com azul de metileno.
Podemos assim concluir que a célula do epitélio bucal é uma célula eucarionte, pertence a um
ser vivo pluricelular, onde se agrupam os seres vivos heterotróficos por ingestão, ou seja o
grupo do reino animal.
As células vegetais observadas permitiram verificar que se trata de células com forma oval
(parênquima de tomate e batata) ou retangular (folha de elódea e epiderme da cebola), tem
como limite para além da membrana uma parede celulósica rígida, o núcleo ocupa uma
posição lateral, estando o espaço citoplasmático preenchido por plastos (observou-se
cloroplastos na folha da elódea, cromoplastos no parênquima de tomate e amiloplastos no
parênquima da batata) e grandes vacúolos. Assim podemos concluir que a célula vegetal é
uma célula eucariótica, pertence a um ser vivo pluricelular, onde se agrupam os seres vivos
autotróficos por ingestão, ou seja o grupo do reino Plantae. Os corantes, água iodada e azul de
metileno, conferiram contraste e realçaram as estruturas da célula vegetal.




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Estudo Células Procarióticas Eucarióticas

  • 1. Relatório científico Estudo dos seres vivos, célula procariótica e célula eucariótica1,2,3 1 Ensino básico, 7ºano de escolaridade, Escola Secundária Augusto Gomes, ESAG Matosinhos 2 Disciplina de Ciências Naturais 3 turma7A.esag-edu.net Introdução A biosfera é um subsistema que integra todos os seres vivos do planeta Terra. Há uma grande variedade de seres vivos mas todos eles têm como unidade estrutural, morfológica, fisiológica, reprodutora, que é a célula. Os seres vivos podem ter uma única célula, seres unicelulares ou ter mais que uma célula, seres pluricelulares ou multicelulares. Ao nível da organização estrutural, as células podem ser procarióticas ou eucarióticas. As células procarióticas são células simples, sem núcleo organizado e sem compartimentos no citoplasma. As células eucarióticas são células complexas, com núcleo organizado e vários compartimentos no citoplasma. De acordo com estas características os seres vivos são organizados em diferentes grupos. Temos o reino Monera onde se agrupam os seres vivos unicelulares procariontes, como por exemplo as bactérias (heterotróficas, alimentam-se de outros organismos) e cianobactérias (autotróficas, produzem o seu próprio alimento). O reino Protista onde se agrupam os seres vivos unicelulares, heterotróficos por ingestão (formando o subgrupo dos protozoários) e unicelulares e pluricelulares autotróficos (formando o subgrupo das algas). O reino Fungi onde se agrupam os seres vivos unicelulares e pluricelulares heterotróficos por absorção, como exemplo as leveduras, os bolores e cogumelos. O reino Animal onde se agrupam os seres vivos pluricelulares, eucariontes, heterotróficos por ingestão. O reino Plantae onde se agrupam os seres vivos pluricelulares, eucariontes e autotróficos. A célula animal é arredondada, tem como limite uma membrana e o núcleo ocupa uma posição central, ao passo que a célula vegetal é oval ou retangular, tem como limite para além da membrana uma parede celulósica rígida, o núcleo ocupa uma posição lateral, estando o espaço citoplasmático preenchido por plastos (compartimentos onde se armazenam pigmentos ou substâncias) e grandes vacúolos. A microscopia é uma ferramenta fundamental no estudo dos seres vivos uma vez que as células são estruturas microscópicas. A técnica de coloração é muito importante na visualização das estruturas ou substâncias armazenadas nas células, dando-lhes realce e possibilitando a sua observação e caracterização. Este trabalho prático pretende estudar os diferentes reinos e em particular as estruturas das células. Palavras chave: biosfera; célula, seres unicelulares e pluricelulares; célula procariótica e eucariótica. Material e Procedimento A- Estudo da célula animal - observação do epitélio bucal espátula ou palito microscópio ótico lâmina lamela azul de metileno papel de filtro esguicho
  • 2. 1- Coloque, no centro de uma lâmina, uma gota de água; 2-Com um palito pouco aguçado ou com uma espátula previamente desinfetada, raspe suavemente o epitélio bucal e coloque-o na gota de água; 3-Cubra com a lamela e observe ao microscópio; 4-Registe as suas observações e efetue o respetivo esquema; 5-Retire a preparação da platina e deite cerca de duas gotas de azul-de-metileno, pouco concentrado, ao longo de um dos bordos da lamela. Absorva o excesso de corante no bordo oposto, com papel de filtro. 6-Observe novamente ao microscópio, registe as diferenças e faça novo esquema. B- Estudo da célula vegetal – observação da epiderme da cebola, da folha de elódea, do parênquima da batata e do tomate. Célula vegetal Cebola: O bolbo da cebola é formado por folhas modificadas, em formas de escamas carnudas, que acumulam substâncias de reserva. Na parte côncava de cada “folha”, existe uma epiderme facilmente destacável e constituída por uma só camada de células. Microscópio ótico Lâminas Lamelas Cebola Esguicho Bisturi Pinça Azul de metileno pouco concentrado Água iodada Papel de filtro 1) Começámos por colocar uma gota de água no centro de uma lâmina; 2) Cortámos o bolbo da cebola e separámos duas folhas modificadas. Com uma pinça, destacámos uma pequena porção da epiderme da face côncava; 3) Depois introduzimos a epiderme na gota de água colocada na lâmina, evitando o seu enrolamento; 4) Cobrimos com a lamela e observámos ao microscópio; 5) Retirámos a preparação da platina e adicionámos uma gota de azul de metileno, ao longo das bordas da lamela, absorvendo na margem oposta com papel de filtro; 6) Observámos de novo ao microscópio e registámos as diferenças;
  • 3. 7) Fizemos outra preparação da epiderme da cebola corando com uma gota de água iodada; 8) Por fim, observámos ao microscópio. Élodea: Com caules longos, finos e ramificados e com folhas enroladas em seu torno. Lâminas; Lamelas; Microscópio ótico; Esguicho; Folhas de élodea. 1) Colocámos uma gota de água na lâmina; 2) Retiramos uma folha de élodea com a pinça e colocámo-la na gota de água colocada na lâmina; 3) De seguida, cobrimos a élodea com uma lamela; 4) Observámos a preparação no microscópio. Batata: A batateira é uma planta anual que possui órgãos subterrâneos de reserva, as batatas. Estas são tubérculos muito utilizados na alimentação, pois são ricos em amido. Microscópio ótico Microscópio ótico Lâminas Lamelas Água iodada Batata Bisturi Vidro de relógio Papel de filtro Esguicho 1) Com um bisturi efetuámos vários cortes, pouco espessos, de polpa de batata. 2) Escolhemos os cortes mais finos e passámo-los para um vidro de relógio com água. 3) Colocámos uma gota de água numa lâmina e procedemos à montagem de um corte; 4) Fizemos a observação ao microscópio em diferentes ampliações; 5) Escolhemos outro corte de batata, fizemos a montagem e corámos com uma gota de água iodada; 6) Efectuámos a observação ao microscópio e desenhámos alguns grãos de amido.
  • 4. Tomate: O tomate é um fruto carnudo utilizado na alimentação. Quando maduro é pouco consistente, e por isso, a sua observação ao microscópio poderá efectuar-se após o simples esmagamento. Microscópio ótico Lâmina Lamelas Tomate maduro Esguicho Bisturi Pinça 1) Com o bisturi, cortámos o tomate e retirámos uma pequena porção de polpa 2) Colocamo-la numa lâmina com uma gota de água e esmagamo-la levemente com o bisturi. 3) Por fim, cobrimos com a lamela e observámos ao microscópio. C- Estudo do reino Monera – observação das bactérias do iogurte D- Estudo do reino Protista – observação de protozoários e algas de uma infusão E- Estudo do reino Fungi – observação da levedura de fermento de padeiro, dos bolores de pão e do limão e de cogumelos.
  • 5. Resultados A- Estudo da célula animal - observação do epitélio bucal A célula animal é arredondada. Observa-se o núcleo numa posição central, a membrana plasmática é o limite da célula. 10xX20x=200x Fig.1 - Célula animal, sem corante O corante pôs em evidência o núcleo, corando-o de azul. 10xX20x=200x Fig.2 - Célula, animal, com corante B- C- D- E-
  • 6. Discussão A célula animal observada a partir do epitélio bucal permite verificar que a célula é arredondada, tem como limite uma membrana e o núcleo ocupa uma posição central. O núcleo surgiu perfeitamente destacado quando se recorreu à coloração com azul de metileno. Podemos assim concluir que a célula do epitélio bucal é uma célula eucarionte, pertence a um ser vivo pluricelular, onde se agrupam os seres vivos heterotróficos por ingestão, ou seja o grupo do reino animal. As células vegetais observadas permitiram verificar que se trata de células com forma oval (parênquima de tomate e batata) ou retangular (folha de elódea e epiderme da cebola), tem como limite para além da membrana uma parede celulósica rígida, o núcleo ocupa uma posição lateral, estando o espaço citoplasmático preenchido por plastos (observou-se cloroplastos na folha da elódea, cromoplastos no parênquima de tomate e amiloplastos no parênquima da batata) e grandes vacúolos. Assim podemos concluir que a célula vegetal é uma célula eucariótica, pertence a um ser vivo pluricelular, onde se agrupam os seres vivos autotróficos por ingestão, ou seja o grupo do reino Plantae. Os corantes, água iodada e azul de metileno, conferiram contraste e realçaram as estruturas da célula vegetal. Referências bibliográficas