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Que língua é esta?
A barreira da linguagem na divulgação e partilha do património cultural
Museu Nacional Grão Vasco, 21.4.2018
1. Porque é que fazemos o que
fazemos?
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outra forma?
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“O que é bom nos
museus é que não
temos que fazer um
exame para entrar ou
para sair...”
Gail Dexter Lord
Paula Moura Pinheiro, Visita Guiada
“A interpretação não é
nem factos nem ficção
literária, mas revelação
através da informação.”
Freeman Tilden,
“Interpreting our Heritage”
Museu de Arte Contemporânea, Elvas
Museu de Arte Contemporânea, Elvas
Museu Serralves, Porto
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra
Mosteiro de Alcobaça
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“(…) não só constitui uma importante aquisição para o
património artístico português, como permite recompor e
valorizar um conjunto cujo especial significado tem a maior
importância no acervo do Palácio Nacional da Ajuda, sendo a
segunda maior baixela da coleção de ourivesaria com cerca
de 300 peças." (comunicado da DGPC)
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Museu da Lourinhã
Museu da Lourinhã
Museu de Ciência, Universidade de Coimbra
Uma comunicação está em linguagem clara se as
palavras, a estrutura e o design são tão claros que
o público-alvo pode facilmente encontrar o que
precisa, entender aquilo que encontrou e usar essa
informação.
Plain Language Network
Preconceitos anti-judaicos e anti-muçulmanos
A conversão forçada da comunidade judaica em 1497 desencadeia as tensões
competitivas de uma integração bem sucedida. Os judeus convertidos são
apodados de cristãos novos e excluídos de instituições civis e religiosas pelos
estatutos de limpeza de sangue, difundidos entre os anos de 1550 e 1620,
finalmente abolidos em 1773. Os cristãos novos são as principais vítimas da
Inquisição. A presença de judeus (e muçulmanos) é excluída de Portugal até
ao século XIX.
A conquista cristã da Peninsula Ibérica considera os muçulmanos como o
inimigo principal, sentimento projectado para a expansão portuguesa em África
e na Ásia. Os muçulmanos são expulsos em 1497 mas conversões forçadas
ocorrem, sobretudo com os cativos trazidos do Norte de África, sendo os
convertidos designados como mouriscos para sublinhar a sua origem
infamante. São igualmente objeto dos estatutos de limpeza de sangue.
Exposição “Racismo e Cidadania”, Padrão dos Descobrimentos, Lisboa
Preconceitos anti-judaicos e anti-muçulmanos
A conversão forçada da comunidade judaica em 1497 desencadeia as tensões
competitivas de uma integração bem sucedida. Os judeus convertidos são
apodados de cristãos novos e excluídos de instituições civis e religiosas pelos
estatutos de limpeza de sangue, difundidos entre os anos de 1550 e 1620,
finalmente abolidos em 1773. Os cristãos novos são as principais vítimas da
Inquisição. A presença de judeus (e muçulmanos) é excluída de Portugal até
ao século XIX.
A conquista cristã da Peninsula Ibérica considera os muçulmanos como o
inimigo principal, sentimento projectado para a expansão portuguesa em África
e na Ásia. Os muçulmanos são expulsos em 1497 mas conversões forçadas
ocorrem, sobretudo com os cativos trazidos do Norte de África, sendo os
convertidos designados como mouriscos para sublinhar a sua origem
infamante. São igualmente objeto dos estatutos de limpeza de sangue.
Exposição “Racismo e Cidadania”, Padrão dos Descobrimentos, Lisboa
A. Contra os judeus e os muçulmanos
Em 1497, os judeus vêem-se forçados a converter ao cristianismo. Passam a
poder participar na vida económica do país em igualdade de circunstâncias, no
entanto, o seu enriquecimento provoca ressentimento e são desencadeadas
tensões de competição. Os judeus convertidos, agora chamados cristãos
novos, são excluídos de instituições do Reino e da Igreja pelos estatutos de
limpeza de sangue – ausência de sangue judeu nas últimas quatro gerações.
Os cristãos novos, por não serem de confiança, são as principais vítimas da
Inquisição.
A conquista cristã da Península Ibérica (séculos VIII a XV) considera os
muçulmanos como o inimigo principal, tendo sido expulsos em 1497. Este
sentimento é transportado para a África e a Ásia com a expansão portuguesa
(séculos XV e XVI). Entre os muçulmanos que ficaram em Portugal, há
também conversões forçadas, sendo os convertidos chamados mouriscos,
para sublinhar a desonra da sua origem. Tal como os judeus, são objeto dos
estatutos de limpeza de sangue e de perseguição por parte da Inquisição.
Em Portugal, até ao inicio do século XIX, judeus e muçulmanos só eram
legalmente aceites por motivos diplomáticos, embora nas colónias houvesse
uma maior abertura.
OS DEUSES DEBRUÇAM-SE DO PARAPEITO DA ESCADA
Peças do acervo da Casa Fernando Pessoa
Saídas das reservas da Casa Fernando Pessoa, são mostradas à luz do dia
peças que quiseram captar a expressão, o movimento, os lugares ou as
palavras de Pessoa. São aproximações – declarações ou dedicatórias – feitas
por vários artistas à figura do poeta ou à matéria do poema.
Podemos ver este conjunto de peças como uma antologia de retratos. Aqui
encontramos, lado a lado, numa parede como num livro, diferentes figurações
de Pessoa e da escrita. Ao serem complementares e dissonantes, vêm negar a
possibilidade de uma representação que fosse a única, ou a verdadeira. São
alternativas, são tentativas de fixar o que é por natureza transitório – o ser,
como a leitura, e particularmente na poética pessoana.
No poema «Apontamento» de Álvaro de Campos fomos encontrar o título para
esta exposição. Os cacos da alma, espalhados, como astros, atapetando a
escadaria dos Deuses, podem bem ser outros nomes para estas “notas”
retiradas do espólio de uma Casa, que é morada e memória para além dos
limites das suas paredes.
Casa Fernando Pessoa, Lisboa
OS DEUSES DEBRUÇAM-SE DO PARAPEITO DA ESCADA
Peças do acervo da Casa Fernando Pessoa
Saídas das reservas da Casa Fernando Pessoa, são mostradas à luz do dia
peças que quiseram captar a expressão, o movimento, os lugares ou as
palavras de Pessoa. São aproximações – declarações ou dedicatórias – feitas
por vários artistas à figura do poeta ou à matéria do poema.
Podemos ver este conjunto de peças como uma antologia de retratos. Aqui
encontramos, lado a lado, numa parede como num livro, diferentes figurações
de Pessoa e da escrita. Ao serem complementares e dissonantes, vêm negar a
possibilidade de uma representação que fosse a única, ou a verdadeira. São
alternativas, são tentativas de fixar o que é por natureza transitório – o ser,
como a leitura, e particularmente na poética pessoana.
No poema «Apontamento» de Álvaro de Campos fomos encontrar o título para
esta exposição. Os cacos da alma, espalhados, como astros, atapetando a
escadaria dos Deuses, podem bem ser outros nomes para estas “notas”
retiradas do espólio de uma Casa, que é morada e memória para além dos
limites das suas paredes.
Casa Fernando Pessoa, Lisboa
OS DEUSES DEBRUÇAM-SE DO PARAPEITO DA ESCADA
Peças do acervo da Casa Fernando Pessoa
Nesta exposição são mostradas várias obras do acervo da Casa
Fernando Pessoa que captam a expressão, o movimento, os lugares ou
as palavras de Pessoa. São diferentes abordagens, feitas por vários
artistas à figura do poeta ou à matéria dos poemas.
Revela-se assim a diversidade e riqueza do acervo artístico da Casa
Fernando Pessoa, composto por obras de artistas de diferentes
gerações e correntes artísticas.
Com esta exposição, conta-se também um pouco da história da Casa
Fernando Pessoa desde a sua abertura, em 1993, e mostram-se obras
recentemente doadas.
Casa Fernando Pessoa, Lisboa
A expansão da arte românica
A arte românica acompanhou a expansão da Europa ocidental. Por gerar
excedentes demográficos, por ambicionar a conquista de terras e a libertação
dos lugares santos do Cristianismo do poder islâmico, por pretender aumentar
a influência da Igreja ou por razões comerciais, a sociedade do Ocidente
medieval encetou um processo expansionista que, das áreas centrais
(Normandia, Aquitânia, Borgonha ou Lombardia ), alcançou a Península
Ibérica, o Sul de Itália, o centro e leste da Europa e, graças às Cruzadas, o
Médio Oriente. Em pleno século XII, a Cristandade católica ombreava com
poderosos vizinhos: a Sul, os territórios muçulmanos; a Sudeste, o império
bizantino. Multidões de homens, de todas as classes, engrossaram este
movimento e o contacto com novos povos e as novas exigências motivadas
pela conquista de terras fizeram com que a própria arte românica se
modificasse e evoluísse.
Glorybox – Centro de Interpretação do Românico
A expansão da arte românica
A arte românica acompanhou a expansão da Europa ocidental. Por gerar
excedentes demográficos, por ambicionar a conquista de terras e a libertação
dos lugares santos do Cristianismo do poder islâmico, por pretender aumentar
a influência da Igreja ou por razões comerciais, a sociedade do Ocidente
medieval encetou um processo expansionista que, das áreas centrais
(Normandia, Aquitânia, Borgonha ou Lombardia ), alcançou a Península
Ibérica, o Sul de Itália, o centro e leste da Europa e, graças às Cruzadas, o
Médio Oriente. Em pleno século XII, a Cristandade católica ombreava com
poderosos vizinhos: a Sul, os territórios muçulmanos; a Sudeste, o império
bizantino. Multidões de homens, de todas as classes, engrossaram este
movimento e o contacto com novos povos e as novas exigências motivadas
pela conquista de terras fizeram com que a própria arte românica se
modificasse e evoluísse.
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A expansão da arte românica
A arte românica acompanhou a expansão da Europa ocidental. Tendo como
ponto de partida a Normandia, a Aquitânia, a Borgonha (França) e a Lombardia
(Itália), a sociedade medieval deu início a um processo expansionista motivado
por diversos fatores:
• o crescimento populacional;
• a ambição de conquistar novas terras e de libertar do poder islâmico os
lugares santos do Cristianismo (na Terra Santa, Médio Oriente);
• a pretensão de aumentar a influência da Igreja Católica;
• os interesses comerciais.
Esta expansão chegou até à península ibérica, ao sul de Itália, ao centro e
leste da Europa e, graças às Cruzadas (movimentos militares cristãos), até ao
Médio Oriente. No século XII, a cristandade católica tornou-se tão poderosa
como os seus vizinhos nos territórios muçulmanos da península ibérica (a sul)
e o império bizantino (a sudeste). Multidões de pessoas, de todas as classes
sociais, engrossaram este movimento expansionista. O contacto com outros
povos fez com que a própria arte românica se modificasse e evoluísse.
1. Porque é que fazemos o que fazemos?
2. Porque é que no nosso caso não pode ser de
outra forma?
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Que língua é esta? A barreira da linguagem na divulgação e partilha do património cultural

  • 1. Que língua é esta? A barreira da linguagem na divulgação e partilha do património cultural Museu Nacional Grão Vasco, 21.4.2018
  • 2.
  • 3. 1. Porque é que fazemos o que fazemos?
  • 4. 2. Porque é que... no nosso caso, não pode ser feito de outra forma?
  • 8. “O que é bom nos museus é que não temos que fazer um exame para entrar ou para sair...” Gail Dexter Lord
  • 9. Paula Moura Pinheiro, Visita Guiada
  • 10. “A interpretação não é nem factos nem ficção literária, mas revelação através da informação.” Freeman Tilden, “Interpreting our Heritage”
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. Museu de Arte Contemporânea, Elvas
  • 16. Museu de Arte Contemporânea, Elvas
  • 18. Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
  • 19. Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra
  • 21. Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa
  • 22. “(…) não só constitui uma importante aquisição para o património artístico português, como permite recompor e valorizar um conjunto cujo especial significado tem a maior importância no acervo do Palácio Nacional da Ajuda, sendo a segunda maior baixela da coleção de ourivesaria com cerca de 300 peças." (comunicado da DGPC)
  • 27. Museu de Ciência, Universidade de Coimbra
  • 28. Uma comunicação está em linguagem clara se as palavras, a estrutura e o design são tão claros que o público-alvo pode facilmente encontrar o que precisa, entender aquilo que encontrou e usar essa informação. Plain Language Network
  • 29. Preconceitos anti-judaicos e anti-muçulmanos A conversão forçada da comunidade judaica em 1497 desencadeia as tensões competitivas de uma integração bem sucedida. Os judeus convertidos são apodados de cristãos novos e excluídos de instituições civis e religiosas pelos estatutos de limpeza de sangue, difundidos entre os anos de 1550 e 1620, finalmente abolidos em 1773. Os cristãos novos são as principais vítimas da Inquisição. A presença de judeus (e muçulmanos) é excluída de Portugal até ao século XIX. A conquista cristã da Peninsula Ibérica considera os muçulmanos como o inimigo principal, sentimento projectado para a expansão portuguesa em África e na Ásia. Os muçulmanos são expulsos em 1497 mas conversões forçadas ocorrem, sobretudo com os cativos trazidos do Norte de África, sendo os convertidos designados como mouriscos para sublinhar a sua origem infamante. São igualmente objeto dos estatutos de limpeza de sangue. Exposição “Racismo e Cidadania”, Padrão dos Descobrimentos, Lisboa
  • 30. Preconceitos anti-judaicos e anti-muçulmanos A conversão forçada da comunidade judaica em 1497 desencadeia as tensões competitivas de uma integração bem sucedida. Os judeus convertidos são apodados de cristãos novos e excluídos de instituições civis e religiosas pelos estatutos de limpeza de sangue, difundidos entre os anos de 1550 e 1620, finalmente abolidos em 1773. Os cristãos novos são as principais vítimas da Inquisição. A presença de judeus (e muçulmanos) é excluída de Portugal até ao século XIX. A conquista cristã da Peninsula Ibérica considera os muçulmanos como o inimigo principal, sentimento projectado para a expansão portuguesa em África e na Ásia. Os muçulmanos são expulsos em 1497 mas conversões forçadas ocorrem, sobretudo com os cativos trazidos do Norte de África, sendo os convertidos designados como mouriscos para sublinhar a sua origem infamante. São igualmente objeto dos estatutos de limpeza de sangue. Exposição “Racismo e Cidadania”, Padrão dos Descobrimentos, Lisboa
  • 31. A. Contra os judeus e os muçulmanos Em 1497, os judeus vêem-se forçados a converter ao cristianismo. Passam a poder participar na vida económica do país em igualdade de circunstâncias, no entanto, o seu enriquecimento provoca ressentimento e são desencadeadas tensões de competição. Os judeus convertidos, agora chamados cristãos novos, são excluídos de instituições do Reino e da Igreja pelos estatutos de limpeza de sangue – ausência de sangue judeu nas últimas quatro gerações. Os cristãos novos, por não serem de confiança, são as principais vítimas da Inquisição. A conquista cristã da Península Ibérica (séculos VIII a XV) considera os muçulmanos como o inimigo principal, tendo sido expulsos em 1497. Este sentimento é transportado para a África e a Ásia com a expansão portuguesa (séculos XV e XVI). Entre os muçulmanos que ficaram em Portugal, há também conversões forçadas, sendo os convertidos chamados mouriscos, para sublinhar a desonra da sua origem. Tal como os judeus, são objeto dos estatutos de limpeza de sangue e de perseguição por parte da Inquisição. Em Portugal, até ao inicio do século XIX, judeus e muçulmanos só eram legalmente aceites por motivos diplomáticos, embora nas colónias houvesse uma maior abertura.
  • 32. OS DEUSES DEBRUÇAM-SE DO PARAPEITO DA ESCADA Peças do acervo da Casa Fernando Pessoa Saídas das reservas da Casa Fernando Pessoa, são mostradas à luz do dia peças que quiseram captar a expressão, o movimento, os lugares ou as palavras de Pessoa. São aproximações – declarações ou dedicatórias – feitas por vários artistas à figura do poeta ou à matéria do poema. Podemos ver este conjunto de peças como uma antologia de retratos. Aqui encontramos, lado a lado, numa parede como num livro, diferentes figurações de Pessoa e da escrita. Ao serem complementares e dissonantes, vêm negar a possibilidade de uma representação que fosse a única, ou a verdadeira. São alternativas, são tentativas de fixar o que é por natureza transitório – o ser, como a leitura, e particularmente na poética pessoana. No poema «Apontamento» de Álvaro de Campos fomos encontrar o título para esta exposição. Os cacos da alma, espalhados, como astros, atapetando a escadaria dos Deuses, podem bem ser outros nomes para estas “notas” retiradas do espólio de uma Casa, que é morada e memória para além dos limites das suas paredes. Casa Fernando Pessoa, Lisboa
  • 33. OS DEUSES DEBRUÇAM-SE DO PARAPEITO DA ESCADA Peças do acervo da Casa Fernando Pessoa Saídas das reservas da Casa Fernando Pessoa, são mostradas à luz do dia peças que quiseram captar a expressão, o movimento, os lugares ou as palavras de Pessoa. São aproximações – declarações ou dedicatórias – feitas por vários artistas à figura do poeta ou à matéria do poema. Podemos ver este conjunto de peças como uma antologia de retratos. Aqui encontramos, lado a lado, numa parede como num livro, diferentes figurações de Pessoa e da escrita. Ao serem complementares e dissonantes, vêm negar a possibilidade de uma representação que fosse a única, ou a verdadeira. São alternativas, são tentativas de fixar o que é por natureza transitório – o ser, como a leitura, e particularmente na poética pessoana. No poema «Apontamento» de Álvaro de Campos fomos encontrar o título para esta exposição. Os cacos da alma, espalhados, como astros, atapetando a escadaria dos Deuses, podem bem ser outros nomes para estas “notas” retiradas do espólio de uma Casa, que é morada e memória para além dos limites das suas paredes. Casa Fernando Pessoa, Lisboa
  • 34. OS DEUSES DEBRUÇAM-SE DO PARAPEITO DA ESCADA Peças do acervo da Casa Fernando Pessoa Nesta exposição são mostradas várias obras do acervo da Casa Fernando Pessoa que captam a expressão, o movimento, os lugares ou as palavras de Pessoa. São diferentes abordagens, feitas por vários artistas à figura do poeta ou à matéria dos poemas. Revela-se assim a diversidade e riqueza do acervo artístico da Casa Fernando Pessoa, composto por obras de artistas de diferentes gerações e correntes artísticas. Com esta exposição, conta-se também um pouco da história da Casa Fernando Pessoa desde a sua abertura, em 1993, e mostram-se obras recentemente doadas. Casa Fernando Pessoa, Lisboa
  • 35.
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  • 38. A expansão da arte românica A arte românica acompanhou a expansão da Europa ocidental. Por gerar excedentes demográficos, por ambicionar a conquista de terras e a libertação dos lugares santos do Cristianismo do poder islâmico, por pretender aumentar a influência da Igreja ou por razões comerciais, a sociedade do Ocidente medieval encetou um processo expansionista que, das áreas centrais (Normandia, Aquitânia, Borgonha ou Lombardia ), alcançou a Península Ibérica, o Sul de Itália, o centro e leste da Europa e, graças às Cruzadas, o Médio Oriente. Em pleno século XII, a Cristandade católica ombreava com poderosos vizinhos: a Sul, os territórios muçulmanos; a Sudeste, o império bizantino. Multidões de homens, de todas as classes, engrossaram este movimento e o contacto com novos povos e as novas exigências motivadas pela conquista de terras fizeram com que a própria arte românica se modificasse e evoluísse. Glorybox – Centro de Interpretação do Românico
  • 39. A expansão da arte românica A arte românica acompanhou a expansão da Europa ocidental. Por gerar excedentes demográficos, por ambicionar a conquista de terras e a libertação dos lugares santos do Cristianismo do poder islâmico, por pretender aumentar a influência da Igreja ou por razões comerciais, a sociedade do Ocidente medieval encetou um processo expansionista que, das áreas centrais (Normandia, Aquitânia, Borgonha ou Lombardia ), alcançou a Península Ibérica, o Sul de Itália, o centro e leste da Europa e, graças às Cruzadas, o Médio Oriente. Em pleno século XII, a Cristandade católica ombreava com poderosos vizinhos: a Sul, os territórios muçulmanos; a Sudeste, o império bizantino. Multidões de homens, de todas as classes, engrossaram este movimento e o contacto com novos povos e as novas exigências motivadas pela conquista de terras fizeram com que a própria arte românica se modificasse e evoluísse. Glorybox – Centro de Interpretação do Românico
  • 40. A expansão da arte românica A arte românica acompanhou a expansão da Europa ocidental. Tendo como ponto de partida a Normandia, a Aquitânia, a Borgonha (França) e a Lombardia (Itália), a sociedade medieval deu início a um processo expansionista motivado por diversos fatores: • o crescimento populacional; • a ambição de conquistar novas terras e de libertar do poder islâmico os lugares santos do Cristianismo (na Terra Santa, Médio Oriente); • a pretensão de aumentar a influência da Igreja Católica; • os interesses comerciais. Esta expansão chegou até à península ibérica, ao sul de Itália, ao centro e leste da Europa e, graças às Cruzadas (movimentos militares cristãos), até ao Médio Oriente. No século XII, a cristandade católica tornou-se tão poderosa como os seus vizinhos nos territórios muçulmanos da península ibérica (a sul) e o império bizantino (a sudeste). Multidões de pessoas, de todas as classes sociais, engrossaram este movimento expansionista. O contacto com outros povos fez com que a própria arte românica se modificasse e evoluísse.
  • 41. 1. Porque é que fazemos o que fazemos? 2. Porque é que no nosso caso não pode ser de outra forma?