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Projeto Político                                 Pedagógico – PPP




       Projeto Político Pedagógico
                   Uma proposta em constante inovação!




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                             © EMEB PROFª MARIA BARBOSA MARTINS, 2012.


             É Permitida a reprodução ou transmissão desta obra por qualquer meio, sem a prévia
                             Autorização do autor, desde que preservada a fonte.
                        Direitos reservados para a autora, protegidos pela Lei 9610/98.
        A originalidade dos artigos e as opiniões emitidas são de inteira responsabilidade de sua autora.




                     Embm.
                                 MARTINS, EMEB Maria Barbosa.
                                     Projeto Político Pedagógico: instrumento e
                     Ferramenta de Sucesso
                          Distrito de Bonsucesso. Várzea Grande-MT, 2012.


                                   1. Proposta Pedagógica. 2. Educação
                                   3. PPP- Projeto Político Pedagógico.




                                           José Wilson Tavares
                                                 Diretor

                                                Eliane Winck
                                           Coordenadora Pedagógica

                                            Azuil Marcio Bastos
                                             Presidente do CCDE

                                           Sandra Regina Nunes
                                              Secretária Escolar

                                        Tatiane Pinheiro da Silva
                              Professora comunitária Programa Mais Educação

                                    Adnilse de Souza Santos Siqueira
                                               Articuladora

                                        Pagina na Internet:
                                www.emebmariabarbosamartins.blogspot.com




                                                                                                            2
Projeto Político                                                      Pedagógico – PPP




       Projeto Político Pedagógico
                   Uma proposta em constante inovação!




“PPP um instrumento forte e ferramenta de inovações que nos permitem
pensar, o ontem, o hoje e planejar o futuro, inovando sempre com foco no
sucesso das Atividades de ensino e aprendizagem” José Wilson Tavares




A importância do projeto político-pedagógico está no fato de que ele passa a
ser uma direção, um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional
que deve ser definida coletivamente, com conseqüente compromisso coletivo.
                                     Betini. Geraldo Antônio, in memória




                        Distrito de Bonsucesso – Várzea Grande - MT
                                            2012




                                                                                         3
Projeto Político                                                Pedagógico – PPP

Apresentação




             A Construção do Projeto Político-Pedagógico da Escola Desde 1996, com
o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96, o projeto político
pedagógico vem sendo construído com propostas de novos caminhos, para uma
escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e as suas
relações com o currículo, conhecimento e função social da escola, obrigam a um
pensar e a uma reflexão contínua de todos que estão envolvidos neste processo.
Que escola queremos construir?
             Que conhecimentos nossos alunos/as precisarão ter para de fato, exercer
a sua cidadania nesta sociedade tão cheia de conflitos? Conflitos estes que estão
presentes no espaço escolar, nas relações pessoais, no confronto das idéias e
também no surgimento de novas concepções, das dúvidas e da necessidade do
diálogo entre os sujeitos aprendentes (comunidade escolar).
             Tais situações serão apresentadas no decorrer deste documento, nas
linhas e entrelinhas de cada parágrafo, resgatando o aspecto histórico de como cada
momento foi sendo produzido e construído. Pois este documento é o resultado de
um esforço conjunto dos profissionais da educação desta unidade escolar com o
objetivo de respaldar as ações administrativas e pedagógicas no âmbito deste
estabelecimento educativo.
             Há consciência, por parte dos educadores e da Comunidade Escolar
desta Instituição de Ensino, de que este documento representa apenas um germe de
projeto político pedagógico e se encontra aberto a todo e qualquer tipo de sugestão
e encaminhamentos. Sabemos que nenhum projeto político pedagógico pode ser
dado como pronto e acabado sob pena de se cristalizar e deixar de acompanhar os
movimentos da história. Portanto, nossa reflexão continua baseada principalmente
na prática pedagógica cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos
encaminhem para uma ―práxis‖ responsável e compromissada com uma escola
pública de qualidade.
             A busca de coerência entre o que se pretende ensinar aos alunos e o que
se oferece a eles é fundamental. Uma formação rodeada de descobertas, de
desejos, com certeza irá fazer da sala de aula um local onde circula aprendizagem,

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Projeto Político                                                    Pedagógico – PPP

onde o conteúdo não é procurado só em livros empoeirados, cheirando a mofo, e
nem em cadernos amarelados. Mas onde, vida e sabores pulsam na sala de aula e
se misturam, fazendo com que os alunos aprendam e se comprometam com este
aprender e que os professores sejam apenas os facilitadores desse processo.
Conscientes que somos de nosso papel na sociedade e tendo claro que os nossos
desejos de alcançarmos uma sociedade mais justa, incluem prioritariamente, a
educação das novas gerações, trabalharemos pela garantia de um ensino de
qualidade que assegure o pleno desenvolvimento do potencial do aluno. A escola
comprometida com o conteúdo de formação da cidadania do aluno tenta amenizar
seus rígidos tempos para incorporar a idéia de se construir um centro de formação
coletiva de cultura. Enfim, a busca do conhecimento transforma-se não só em um
meio de alcançar um fim, mas um fim em si mesmo, no sentido de acompanhar as
rápidas mudanças da sociedade.
             A LDB (Lei nº 9394/96), em seu art.12 & I, art. 13 & I e no art. 14 & I e II
estabelece orientação legal de confiar à escola a responsabilidade de elaborar,
executar e avaliar seu projeto pedagógico. A legislação define normas de gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios estabelecidos pelo art.14:
  I.    Participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto
        pedagógico da escola;
 II.    Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares
        equivalentes.
             A participação dos professores e especialistas na elaboração do projeto
pedagógico promove uma dimensão democrática na escola e nessa perspectiva, as
decisões não centralizadas no Gestor cedem lugar a um processo de fortalecimento
da função social e dialética da escola por meio de um trabalho coletivo entre todos
os segmentos participantes e a comunidade escolar.
             Com o objetivo de destacar a descentralização da gestão educacional o
fortalecimento da autonomia da escola e garantir a participação da sociedade na
gestão criaram-se o Conselho Escolar constituído desde abril / 1997 com base na
LDB 9394/96 e na Lei Orgânica Municipal com base em seu Art.188 Parágrafo VI e
regulamentado pelo Decreto Municipal nº 038 de 05 de Abril de 1995, consolidando,
com base legal e jurídica A Gestão democrática do ensino, garantida a participação
dos representantes da comunidade‖. O Conselho Escolar tem peso de decisão


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enquanto órgão máximo da instituição, de caráter deliberativo, consultivo e
normativo no referente a quaisquer assuntos relacionados à escola.
             A autonomia na escola é o resultado da confluência de vários interesses,
onde se confrontam diferentes detentores de influência tanto interna quanto externa,
sendo, portanto uma construção político-social, e sendo assim um meio de a escola
concretizar em melhores condições nossas intencionalidades. Tanto quanto o
Conselho Escolar, o Conselho de Classe é uma instância criada para garantir a
representatividade, a legitimidade e a continuidade das ações educativas.
             A escola em seu dia-a-dia é um espaço de inúmeras e diversificadas
práticas que estão em permanente processo de construção e reconstrução. As
práticas da gestão fazem parte da vida da escola contribuindo para o
desenvolvimento democrático e a participação, por isso prioriza em sua organização
interna encontros bimestrais para a execução de seus Conselhos de Classe e as
decisões tomadas são partilhadas com o Conselho Escolar, os pais e com cada
aluno respectivamente. Com isso, procura garantir a participação direta de todos os
professores que atuam na turma que será analisada, além de buscar a organização
de forma disciplinar, estabelecendo uma ―rede de relações‖, isto é o professor
participa de vários conselhos tendo a avaliação como foco para promover a
discussão do processo didático no âmbito de suas dimensões: ensinar, aprender,
pesquisar e avaliar.
             O Conselho de Classe é também um espaço interdisciplinar, uma vez que
aglutina professores de diversos componentes curriculares, assumindo caráter
deliberativo quando se refere ao processo didático. A avaliação desenvolvida ao
longo do conselho de classe expressa os objetivos da escola como um todo e no
interior da sala de aula como avaliação do processo didático.
             O conselho de classe como instância coletiva de avaliação, como espaço
da interdisciplinaridade e também um excelente lugar para o exercício da
participação mediado pelo diálogo que visa ao envolvimento de todos no processo
educativo da escola.
             Entende-se que o Projeto Político-Pedagógico é uma ação intencional e o
resultado de um trabalho coletivo, que busca metas comuns que intervenham na
realidade escolar. Traduz a vontade de mudar, pensar o que se tem de concreto e
trabalhar as utopias; permite avaliar o que foi feito e projetar mudanças. DEMO
(l998), assim se refere a essa questão:


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                   Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil planejar o ano letivo,
                   ou rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes avaliativos,
                   demonstrando a capacidade de evolução positiva crescente. É possível lançar
                   desafios estratégicos, como: diminuir a repetência, introduzir índices crescentes
                   de melhoria qualitativa, experimentar didáticas alternativas, atingir posição de
                   excelência. (p. 248)
             Nesse sentido, consideramos que o Projeto Político-Pedagógico prevê
todas as atividades da escola, do pedagógico ao administrativo, devendo ser uma
das metas do Projeto construir uma escola democrática, capaz de contemplar
vontades da comunidade na qual ele surge tanto na sua elaboração quanto na sua
operacionalização, desde professores, técnicos, pais, representantes de alunos,
funcionários e outros membros da comunidade escolar.
              No contexto atual, marcado por sucessivas transformações, a educação,
na qualidade de uma prática social, contribui positivamente no processo de
democratização da sociedade brasileira. Deste modo, evidencia-se que a busca da
qualidade na educação representa o desejo de prestar um serviço eficiente, no
sentido de contribuir na formação de homens e mulheres capazes de compreender a
sociedade em que vivem.
              A intenção da escolha da temática em questão está em mostrar a
importância social do Projeto Político-Pedagógico no contexto escolar, uma vez que
o seu processo de construção e execução visa planejar a ação presente com vistas
à transformação da realidade, pois é em função da melhoria dos serviços
educacionais que se considera importante estruturarem princípios que norteiam as
práticas educativas.
             A História da Educação brasileira vem se processando através de
décadas marcadas por políticas educacionais extremamente centralizadoras e
autoritárias, permeada de questões antidemocráticas e ideológicas, gerando
situações de conflitos, resistências e desafios, inviabilizando assim a implantação de
uma escola independente capaz de gerir democraticamente, projetada para a
liberdade e a autonomia.
             Apesar de todo o caminho percorrido e dos avanços no sistema
educacional, muitas escolas não acompanharam as transformações que a
sociedade vem experimentando. Assim, encontram-se ainda muitos resquícios de
uma educação tradicional, que marginaliza e exclui um bom número de alunos na
aplicação de seus métodos arcaicos, na seleção de conteúdos programáticos muitas
vezes fragmentados e desvinculados da vida dos educandos, sem despertar o
                                                                                                          7
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interesse devido, na postura autoritária do professor que ainda se julga ser detentor
do conhecimento.
             Entendemos que, mudar a escola não é fácil e rápido, embora seja
necessário e urgente. A sua transformação se dá em um campo de luta pelas
conquistas sociais que têm sido em longo prazo e limitadas para a maioria da
população brasileira.
             Portanto cabe à escola tornar-se um dos agentes de mudança social e
constituir-se num espaço democrático, garantindo ao educando o direito de usufruir
da construção do seu conhecimento, oferecendo aos professores educação
continuada no sentido de se sentirem comprometidos com a qualidade da educação,
viabilizando uma gestão (direção, coordenação e supervisão) mais democrática e
atuante, criando propostas alternativas para uma possível superação de problemas
escolares. Nesse sentido afirma GADOTTI (1977):
                   A gestão democrática pode melhorar e é específico da escola, isto é, o seu
                   ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um melhor
                   conhecimento do funcionamento da escola e de todos os seus atores;
                   proporcionará um contato permanente entre professores e alunos, o que leva ao
                   conhecimento mútuo e, em conseqüência aproximará também as necessidades
                   dos alunos dos conteúdos ensinados pelos professores.
             Considerando que o Projeto Político Pedagógico é um eixo que norteia as
atividades pedagógicas de uma instituição de ensino é que decidimos construir,
investigar o processamento do Projeto Político Pedagógico no interior da Escola.




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Justificativa




             Tendo como referencial teórico–metodológico a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação nacional, Lei 9394/96, as Orientações Curriculares para o ensino
fundamental, o grupo gestor juntamente com os professores, pais, alunos e
comunidade, elaboraram o Projeto Político Pedagógico onde o resultado de todo o
trabalho seria um documento que viesse avaliar, discutir e aprofundar todo o sistema
educacional do colégio. A intenção deste documento é, fundamentalmente, retomar
o exercício da discussão e encaminhamento coletivo, no nível do processo ensino-
aprendizagem.
             A Emeb Profª ―Maria Barbosa Martins‖ tem como função principal
respeitar e valorizar as experiências de vida dos educandos e de suas famílias.
Temos como propósito, fortalecer-nos mesmos; a postura humana e os valores
aprendidos, tais como: a criticidade, a sensibilidade, a contestação social, a
criatividade diante das situações difíceis e a esperança. Queremos deste modo,
formar seres humanos com dignidade, identidade e projeto de futuro.
             O objetivo do nosso Projeto Político Pedagógico é oferecer aos
professores, alunos, pais e todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados
a esta instituição uma visão da realidade educacional.
             Este   documento   constitui   um   referencial   de   qualidade   para   a
fundamentação pedagógica no Ensino Fundamental. Nele estão inseridos o
pensamento e o trabalho de todo o corpo docente do colégio. Por sua natureza
aberta, configura uma proposta flexível a ser concretizada nas decisões dos projetos
educacionais empreendidos na escola. Nele estão contidas as tendências
pedagógicas praticadas na escola, bem como o sistema de avaliação e a prática
disciplinar desenvolvida pelos professores.
                    As metas aqui propostas se efetivarão em parceria com toda a
comunidade escolar e com o real comprometimento dos profissionais que o
elaboraram.
                    Esta proposta tem seu fundamento na construção de um
conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação



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e/ou reformulação, de acordo com os avanços dos principais paradigmas
educacionais da atualidade.
                        É nesta perspectiva que o Projeto Político Pedagógico da Emeb
Profª ―Maria Barbosa Martins‖, deverá ser trabalhado e enriquecido na dinâmica da
prática pedagógica. Desta forma, não se pretende oferecer um manual para o corpo
docente, sua proposta é dialogar a respeito da estrutura educacional, dos conteúdos
e da metodologia deste, bem como ter claro seus fins e objetivos.
             Ao construirmos nosso Projeto Político-Pedagógico levamos em conta a
realidade que circunda a Escola e as famílias de nossos alunos, pois, certamente, a
realidade social dos alunos afeta a sua vida escolar, e os dados levantados devem
contribuir para orientar todo o organismo escolar para os fins de tratar tais indícios
com a devida relevância, transformando-os em currículo, objeto de planejamento e
potencial de aprendizagem. Em nossos encontros, discussões e pontos em comum,
pensando na gama de formações acadêmicas, pessoais e sociais de cada membro
que contribuiu para a construção de nosso Projeto, enquanto escola buscamos criar
um clima escolar que priorize a tolerância, o cotidiano escolar na cidadania e em prol
dela, além da alta expectativa na aprendizagem dos alunos, pois acreditamos que
todos podem aprender e que todos somos iguais nas diferenças, por isso
precisamos         de     tratamentos     pedagógicos     específicos,   bem   planejados     e
acompanhados. O resultado dessas perspectiva pode e deve ser acompanhado por
avaliações processuais e de resultado, notadamente transformadas.
             A educação é prioridade para todos os cidadãos, patrimônio inalienável
da sociedade, direitos e dever da União, Estados e Municípios, geri-la, e garantir
sua acessibilidade, incondicional.
             Nesta visão com base legal, a educação deve ter como função social,
formar    e informar o cidadão, e buscar              todas as alternativas para que        seja
superados desafios no processo de                ensino     aprendizagem do     discente,    da
educação infantil ao termino da educação básica                 dentro das diretrizes básica
nacional.
             Para que a escola alcance esses objetivos, vale ressaltar a importância
de que o corpo docente faça               de   sua    jornada   uma opção      vocacional    na
dedicação      a        regência e   no    respeito    ao cidadão    em formação sob        sua
responsabilidade, e ao poder público, cumprir suas obrigações em manter e
gerir sua funcionalidade no cumprimento de sua função social.


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             O Poder público precisar fazer e cumprir suas obrigações, promovendo
as adequações necessárias para que o cidadão faça uma opção pela escola, com
prazer e dela possa apropriar-se, com consciência de seus deveres e direitos,
porém não esquecer que dela depende como garantia de autopromoção na
vida em sociedade. Para que isto aconteça cabe a gestão nos quesitos legais,
garantir planejamento de programas e projetos que tenha foco no aluno e na
formação continuada de       colaboradores docentes     e não docentes, garantindo
qualidade no processo e na promoção da educação local.
             Coerentes com as estratégias previstas nas Diretrizes      Básicas da
Educação Nacional, com fidelidade ao Plano Municipal de Educação, a instituição
deve priorizar, ações, meta e objetivos que promova o desenvolvimento global do
aluno, promovendo      mecanismos     que    celebre   a integração educação como
formação e informação, não deixando perder os aspectos culturais da região e
localidade, como     valor   na   formação da personalidade   do cidadão dentro da
sociedade      e meio em que vive e tem suas práticas sociais, na construção do
meio geográfico de seu convívio comunitário.
             O planejamento e organização do processo não devem restrinja às
elucubrações teóricas, mas que se concretize numa escola, na qual a comunidade
em que está inserida seja capaz de formar uma sociedade mais justa e preparada
para promover mudanças.
             Diante da oportunidade oferecida para Lei 9.394/96, onde cada escola
pode organizar seu sistema de ensino de modo que atenda às necessidades e
possibilidades, organizamos nossa Proposta Pedagógica que tem com seu maior
objetivo a formação do ―Homem‖ exercendo em sua plenitude o direito à cidadania e
explorando as suas potencialidades.




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Projeto Político                                                     Pedagógico – PPP




A Unidade de Ensino




 1 – Identificação da Unidade Escolar
    Escola Municipal de Educação Básica Profª. Maria Barbosa Martins
1.1 – Endereço: Avenida Gil João da Silva, 690 – Distrito de Bonsucesso –
    Município de Várzea Grande – Estado de Mato Grosso.
1.2 - Órgão Mantenedor: Prefeitura Municipal de Várzea Grande – MT - Secretaria
    Municipal de Educação.
1.3 – Comunicação e contato:
    Fone/Fax: 65-3688-3050 – E-mail: emebmariabarbosa@uol.com.br
    Blog: www.emebmariabarbosamartins.blogspot.com

2     – Aspecto e Identificação da Comunidade Atendida:

         Religião       Etnia      Escolaridade        Profissão             Renda

    Católicos:       Pardos:       Analfabetos:        Comerciante: Menos        de     um
                                   4%                  3%           salário:
    79%              51%
                                   Assina o nome:10%
                                                   Artesão: 5%        3%
    Evangélicos:     Brancos:
                                   1º ao 5ª ano:       Garçom:        Salário mínimo:
    15,5%            28%                               30%
                                   36%                                 30%
    Sem Religião:    Negros:                           Cozinheira:
                                   6º ao 9º:           25%            Autônomos:
    3%               21%
                                   30%                 Pedreiro:       25%
    Outras:                                            12%
                                   Fund.       Comp:               Renda entre 1 a 3
    2,5%                           10%                 Outros: 16% salários:

                                   Médio inc: 3%       Do lar: 20%    35%

                                   Médio       Comp:                  Mais      de       3
                                   25%                                salários:

                                   Nível Superior:                    9%
                                   15%




                                                                                             12
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Histórico da Instituição



                                                                                  A Escola Municipal
                                                                     de     Educação        Básica       Profª
                                                                     ―Maria Barbosa Martins‖. Tem
                                                                     sua     sede      no     Distrito     de
                                                                     Bonsucesso.              A      Região
                                                                     ribeirinha          teve             seu
                                                                     povoamento         nas       primeiras
                                                                     décadas do século XIX, na
                                                                     barranca       direita       do      Rio
                                                                     Cuiabá, localizada a                 300
                                                                     metros       de    sua       margem.
    Inauguração do Novo prédio da Escola Profª Maria Barbosa   Funciona em regime de externato,
      Martins – após sua destruição com a enchente de 1974.
                                                               nos         períodos      matutinos          e
vespertinos, oferecendo Educação Infantil: Pré-escola e Ensino Fundamental 1º ao
9º ano.
             Funciona em regime de externato, nos períodos matutinos e vespertinos,
oferecendo Educação Infantil: Pré-escola e Ensino Fundamental 1º ao 9º ano.
             A condição de moradia existente na Localidade é um aspecto bastante
positivo, pelo fato de a maioria possuir casa própria, apesar de em muitos casos
serem terras devoluto, não estarem regularizadas em escrituradas de lavratura
pública, são donatários por gerações de suas residências, a possuindo por
herança as que esta regularizadas junto ao poder público. Em contrapartida as
residências são abastecidas por uma rede publica de água, a qual é imprópria para
consumo, devido à alta concentração de minério de ferro ocasionando a sua
alcalinidade.
             A formação profissional dos membros da comunidade é diversificada. Em
vista da mudança nas atividades econômicas de subsistência, os pais viram-se na
iminência de perderem a única fonte de renda e voltaram às escolas para
concluírem o Ensino fundamental, ainda que muitos não tenham prosseguido os
estudos e concluído o Ensino Médio.



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Projeto Político                                                Pedagógico – PPP

             Esta volta à escola contribui sobre maneira na educação dos filhos uma
vez que eles podem auxiliá-los em casa. Entretanto a elevação do nível de
escolaridade ainda não contribuiu para uma boa formação profissional e qualidade
de vida, visto que as ocupações continuam sendo em subemprego, o que gera baixa
estima.
             Em relação à organização popular da comunidade a mesma é
congregada nos movimentos sociais, sendo hoje representados, pela: Associação
de Moradores do Distrito de Bonsucesso; Associação de Cultura e turismo de
Bonsucesso – sendo uma proposta de congregação os proprietários de peixarias e a
comunidade do entorno do turismo local da Rota do Peixe sob assessoria do
SEBRAE-MT desde 2003,           em convênio com a Prefeitura Municipal – Associação
de Pescadores do Distrito de          Bonsucesso; CORIMBATÁ – Cooperativa de
Pescadores e Artesanato de Bonsucesso e Pai André e a Unidade Escolar que uma
referencia a toda a comunidade local com seus eventos anuais, como: Feira das
Ciências, Festa do Folclore, Dia das Crianças, OLIMBM – Olimpíadas da Escola
Cidadã Profª Maria Barbosa Martins – organizadas e realizadas pela COMFESCI –
Comissão de Festa da Escola Cidadã – constituída por membros da comunidade
organizada e escola sendo eleita anualmente para o evento que tem duração de três
dias com muitas atividades desportivas e momentos de lazer com a participação de
todos.
             Quanto à participação na vida pública e política do Distrito como
movimento de bairro,       as    associações   e ONG‘s,    a comunidade tem uma
participação incipiente.    Como      movimento da     Sociedade Organizada,       o
compromisso é bastante tímido, uma vez que as lideranças que as congregam não
dispõe de uma formação e esclarecimento de seus direitos constitucionais,
suficientes para buscar soluções de seus problemas do cotidiano da comunidade e
região.

             A relação da escola com as lideranças Comunitárias é harmônica,
estando sempre que preciso unidos para a ocupação de seus espaços na vida da
comunidade.

             A formação populacional de Bonsucesso é diversificada, tendo sua
origem em diversas regiões brasileiras, exemplos: cuiabanos, goianos, paulistas,
paranaenses e mineiros. Mesmo assim, há a predominância de filhos da terra,
embora este processo imigratório já conte com algumas décadas, promovidos pela

                                                                                       14
Projeto Político                                              Pedagógico – PPP

vocação de aventura e pro buscarem melhores condições de vida e tranqüilidade
do lugar.
             A comunidade é bastante solidaria, não há        a constatação de
discriminação racial, religiosa e opção sexual, sendo bastante acolhedora e há uma
harmonia no convívio popular do cotidiano da população.




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Criação e Aspectos Legais




                                                                                 A    Escola   Municipal    de
                                                                      Educação       Básica    Profª.   Maria
                                                                      Barbosa Martins é herdeira direta da
                                                                      historia da Educação no distrito ainda
                                                                      em tempos      memoriais    na primeira
                                                                      década do século XX. A historia da
                                                                      Educação Distrital em Bonsucesso
                                                                      está inteiramente ligada a criação da
                                                                      primeira escola com o nome de

  A Profª Maria Barbosa Martins, como patrona, descerrando Placa de
                                                                      Escola Mista de Bonsucesso nesta
     inauguração do Novo Prédio Escola - pós enchente de 1974.
                                                                      região em 1908, tendo como primeiro
educador o professor Miguel José da Silva, porém em 1915 foi transferida para
Capão Grande.
                Em seu lugar foi criada outra escola pelo Decreto lei nº 511-A, no governo
de Dom Aquino Correa, sendo instalada neste local em 16 de março de 1920, a qual
veio transferida da localidade de Sucuri, então denominada Escola Rural Mista.
                Durante as grande chuvas de 1974, como uma das maiores enchente
do Rio Cuiabá, O prédio escolar, fora totalmente destruído. Vale salientar que até a
enchente, a Unidade                  era de         responsabilidade do governo do Estado de Mato
Grosso. A sua reconstrução, sob a responsabilidade do governo Municipal de
Várzea Grande, ocorre em 1976, durante a gestão do então prefeito Municipal
Engº. Júlio José de Campos, a qual passa a partir desta                                reconstrução para a
administração pública municipal, que a recriou pelo e denominou com a edição
do Decreto Municipal nº 163/76 de 23 de Junho de 1976, como Escola Municipal de
1º Grau Professora Maria Barbosa Martins. Pela Lei Municipal nº 2.389 de 22 de
Novembro de 2001, fora ratificado no Art. 3º, a denominação da Unidade como
Escola Municipal de Educação Básica Prof.ª Maria Barbosa Martins, atendendo aos
dispositivo legais da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDB.
                A atual Unidade escolar foi, autorizada a funcionar pela Resolução nº
158/86, de 13/05/1986 - CEE, tendo seu reconhecimento renovado pela Portaria nº
147/02-CEE - D.O. 25/09/2002 - mantida pelo Governo Municipal, através da

                                                                                                                 16
Projeto Político                                               Pedagógico – PPP

Secretaria Municipal de Educação e Cultura, situada à Av. Castelo Branco, nº 2500,
Paço Municipal Couto Magalhães, Bairro Água Limpa – Várzea Grande - MT. Em
2008, obteve O Recredenciamento junto ao Conselho Municipal de Educação - em
nível de Ensino para a Educação Infantil – Pré-Escolar – Resolução nº 013 de 0e
de Junho de 2008 e Ensino Fundamental - Anos Iniciais e Finais: 1º ao 9º Ano –
Resolução nº 041 de 04 de Junho de 2008.

             Desde 2002, compartilhamos as instalações de nosso prédio escolar com
o governo de Mato Grosso – Secretaria de estado de          Educação,    havendo a
sedencia a Escola Estadual Luiz Pedroso e Silva, que o utiliza na oferta, no período
noturno do Ensino Médio a uma clientela do distrito e região, atendendo em 2011,
a 160 alunos, matriculados da Educação de Jovens e Adultos e três séries em
nível médio.




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Projeto Político                                                   Pedagógico – PPP

A Patrona da Unidade de Ensino




             A Professora Maria Barbosa Martins, nasceu em São Luis do Maranhão,
no dia 29 de julho de 1915, filha de José Joaquim Barbosa e de Severa da Cunha
Barbosa. Iniciou seus estudos em 1922, tendo concluído o curso normal
(Magistério), em 1934 no Instituto Rosa Castro, na capital maranhense.
             Em 1978,    em    nível   de   pós-graduação,   fez   especialização     em
planejamento educacional, em curso promovido pelo Instituto de Estudos Avançados
IESAE, da Fundação Getúlio Vargas, em Cuiabá.
             Suas atividades profissionais tiveram início em 1934, quando cursava o
último ano da escola normal, em substituição a uma professora que adoecera,
lecionando como voluntária numa instituição espírita beneficente, em São Luis.
             Casou-se com o Sr. Hilton Teixeira Martins. Na década de 40,
acompanhada de seu marido, mudou-se para Mato Grosso, na cidade Torixoréu. E
mais tarde, para Cuiabá, sempre no exercício de sua função.
             Em 1971, assumiu a coordenação do Movimento de Educação de Base
(MEB), tendo com a sua equipe, desenvolvida intensa atividade junto às
comunidades da baixada cuiabana, este trabalho buscava envolver as pessoas para
serem alfabetizadas a partir de suas próprias experiências culturais.
             Dentre as diversas localidades onde o MEB atuou, a do Distrito de Bom
Sucesso, em Várzea Grande, na opinião da professora Maria Barbosa Martins, foi a
que apresentou melhores resultados.
             Na época, foram realizados trabalhos com grande repercussão na história
da comunidade, a qual sofrera um impacto com a enchente de 1974, uma das
maiores já registradas, que destruiu várias casas da Comunidade, desabrigando
várias famílias.
             Juntamente com o MEB, Maria Barbosa Martins, fez de tudo para a
reconstrução das casas e do prédio escolar, em regime de mutirão, com apoio
financeiro de uma organização Assistencial Alemã foram construídas casas de
alvenaria pelos próprios moradores, com o apoio de Maria Barbosa Martins. Devido
a essa grande ação comunitária, coordenada por Maria Barbosa, a professora Maria
Benedita de Magalhães (Maria Titi), moradora do Distrito, em agradecimento e


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Projeto Político                                           Pedagógico – PPP

reconhecimento da comunidade a esta grande educadora, sugeriu o nome da
benfeitora à escola do Distrito, em sua homenagem, a qual vive hoje na Capital
mato-grossense, contando aos 89 anos de vida dedicada a educação e alimentando
grandes sonhos, para o segmento educacional da sociedade brasileira, embora já
não possa fazer muito pela causa, sendo seu exemplo o guia das novas gerações
de docentes.




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Projeto Político                                                   Pedagógico – PPP


Órgão de Representação Colegiada e Gestão




             CCDE - Conselho consultivo e Deliberativo Escolar Profª. Maria Barbosa
Martins – Inscrito no CNPJ: nº 02.003.455/0001-96 – com sede no mesmo endereço
da Unidade de Ensino.       Composto nos termos da Lei Federal 9.394 de 20 de
Dezembro de 1996 – Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional e Lei Municipal
nº 2.380 de 03 de Setembro de 2001 e resoluções do Conselho Municipal de
Educação. Composto, por representação paritária dos segmentos da comunidade
escolar interna.
             O Conselho Escolar, com personalidade Jurídica de Direito civil Privado,
organização da sociedade Civil sem fins lucrativos, composto pelos representantes
dos segmentos da Unidade de Ensino, sua comunidade Interna, indicados através
de eleições livres entre seus pares, é o Órgão consultivo e Deliberativo nos assuntos
referentes à Gestão Pedagógica, Administrativa e Financeira da Unidade Escolar.
O Conselho Escolar visa ao desenvolvimento das atividades de ensino, dentro do
espírito democrático, assegurando a participação dos segmentos da Comunidade
Escolar na discussão das questões pedagógico-administrativo-financeiras. Tem
funcionamento de Caráter deliberativo e representativo da Comunidade Escolar, e
fiel guardião das práticas Democráticas da comunidade escolar interna e do seu
entorno, tendo por atribuições principais:
 I.    Ser um Órgão Gestor que junto a direção da Unidade Delibera e compartilha
       responsabilidade    na   Gestão dos     serviços   Educacionais oferecidos a
       Comunidade no cumprimento da função social da Escola;
II.    Ser um canal de ligações garantia dos segmentos a seus pares, na defesa
       imparcial dos interesses coletivos e primar por uma educação de qualidade e
       igualitária;
III.   Deliberar as ações de interesses coletivos, quanto as questões administrativas,
       pedagógicas e a gestão financeira dos recursos disponibilizados pelo poder
       público e outras fontes nos termos da legislação vigente;
IV.    Participar do Planejamento Curricular a fim de garantir conteúdos que atendam
       aos anseios da comunidade e respeitem suas raízes culturais;



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V.     Dialogar com a Secretaria Municipal de Educação e com a comunidade,
       buscando apóio para o bom andamento das atividades educacionais;
VI.    Incentivar e participar das comemorações e demais acontecimentos cívicos e
       culturais.
             Organização     da     Instituição   seguinte o Seguinte Organograma
Funcional: Gestão, Administração Funcional e Comunidade:




Departamento que compõem a Unidade de Ensino:

      Direção;
      Coordenação Pedagógica;
      Secretaria;
      Salas de Aulas;
      Laboratório de informática;
      Cozinha;
      Zeladoria;
      Arquivo;
      Deposito de Materiais.


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Projeto Político                                                 Pedagógico – PPP

Recursos Financeiros

             A Autonomia Financeira Escolar, concedida pela vigência da Lei Municipal
nº 2.380 de 03 de setembro de 2001, em seu Capitulo III art. 127 escreve o
legislador: ―A autonomia da Gestão Financeira da Unidade Escolar, objetiva o seu
funcionamento eficiente e a melhoria do padrão de qualidade, observando-se:
  I.    Elaboração de projetos visando a implementação da qualidade de ensino na
        Unidade Escolar;
 II.    Promoção e garantia do desenvolvimento de estudos e pesquisas, buscando
        o aperfeiçoamento constante e progressivo do processo              de ensino
        aprendizagem.
Em Seu Art. 128, escreve a origem do dos recursos que constituem as fontes de
financiamento da Educação em sua Unidade de Ensino:
  I.    Repasse, doações, subvenções que lhe         forem concedidas pela     União,
        Estado e Município, Entidades Públicas ou Privadas e quaisquer outras
        categorias ou entes comunitários;
 II.    Renda de      exploração de     cantina, bem como outras       iniciativas ou
        promoções.
             Assim, cremos que a educação de qualidade, é responsabilidade de
toda a sociedade inclusive aquele que vive em seu entorno, com obrigações
para garanti-lhe qualidade e quantidade, e não só do poder Público, mas é
preciso que cada cidadão assuma o seu papel para que possa garantir a sua
funcionalidade e cumprir a sua função social, disponibilizando acesso irrestrito
aos que em idade certa dela precise para sua formação, proteção e garantias
educacionais e sociais.




                                                                                        22
Projeto Político                                                  Pedagógico – PPP

Diagnosticando a realidade da instituição



1 - Ponto Fortes da Escola



a. Regimento Escolar Atualizado;
b. Infra-estrutura física em constante melhoria e adequações;
c.   Acesso a Informação precisa e em tempo real, via internet;
d. Laboratório de Informática instalado e em funcionamento;
e. Celebração de parcerias coma iniciativa pública e privada;
f.   Condições de atendimento as necessidades da comunidade interna e do
     seu entorno;
g. Formação e qualificação profissional de seus colaboradores com capacitação
     para atender aos anseios da comunidade distrital;
h. Conquista do Grau de referencia a população local;
i.   Envolvimento da equipe docente nos projetos da escola e da SME.
     Equipe pedagógica com qualificação;
j.   Apoio Pedagógico disponibilizado aos discentes com          baixo   rendimento e
     dificuldade;
k.   Liderança forte, diante do apoio que recebe da comunidade escolar;
l.   A escola possui um bom sistema de informações gerenciais.




2 - Pontos Fracos da Escola



 a. Baixa participação dos pais nos momentos relevantes para o sucesso escolar
     dos filhos;
 b. Baixo incentivo aos e estudos dos filhos pelos seus familiares;
 c. Infra-estrutura precária no setor d e higienização: sanitários do corpo discente;
 d. Ausência de refeitório;
 e. Falta espaço de recreação, continua em péssimo estado;
 f. Indisciplina envolvendo relacionamento entre corpo discente,           docentes e
     colaboradores;


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Projeto Político                                               Pedagógico – PPP

 g. Prédio necessitando de recuperação da pintura e adequar as cores         com o
    padrão Ministério da Educação. Péssimo esta de conservação da pintura de
    parte externe e interior de salas de aulas;
 h. Necessidade d e refrigeração de salas de aulas, com as altas temperaturas
    da região, têm causado baixo rendimento dos alunos – ausência d e conforto
    em sala de aulas.



3 – Pontos Fracos que devem ser atacados prioritariamente



a. Trabalhar a prevenção a violência contra criança e adolescente: o acesso as
   drogas e a sexualidade;
b. Diminuir o índice de falta do discente ao reforço escolar e as rotina de sala de
   aulas;
c. Formação Continuada para docentes e colaboradores não docentes;
d. Diagnosticar o desempenho dos discentes do Ensino Fundamental;
e. Fortalecer a relação entre escola/família;
f. Fortalecer o ensino inclusivo;
g. Projetos de intervenção (para garantir o ensino aprendizagem de qualidade);
h. Reavaliar o sistema de avaliação e promoção escolar.




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Proposta Política e Funcional:




1 – Plano de Ação: Metas e ações

   a. Envolver os pais nas atividades realizadas na escola;
   b. Promover gincanas culturais e esportivas;
   c. Realizar palestras envolvendo os temas: drogas, DSTS, segurança, doenças
        epidemiológicas;
   d. Projetos de ensino envolvendo os pais;
   e. Realizar exposições das atividades realizadas com os alunos, em reuniões e
        nos conselhos de classe.
   f. Incentivar o resgate dos valores morais;
   g. Promover momentos de reflexão no LIE, tendo como apoio os equipamentos
        tecnológicos;
   h. Trabalhar com filmes e músicas que desperte o respeito mútuo;
   i. Promover trabalhos de campos, que evidencie as conseqüências de atitudes
        indisciplinadas e/ou inflacionárias;
   j.   Solicitar junto a SME apoio para a conclusão das ações;
   k. Convidar pessoas da comunidade para dar depoimentos e testemunho de
        vida.
   l. c) Elevar a qualidade do ensino aprendizagem;
   m. Realizar projetos envolvendo as datas cívicas e comemorativas, com temas de
        acontecimentos emergenciais conforme a necessidade do momento;
   n. Solicitar apoio a SME de cursos e oficinas pedagógicas de aprimoramentos e
        capacitação ao corpo docente;
   o. Promover gincanas na área de matemática;
   p. Participar dos programas direcionados pelo MEC;
   q. Promover grupos de estudo com o corpo docente;
   r. Envolver professores e alunos em atividades culturais extra às atividades de
        rotina escolar;
   s. Realizar diagnósticos e análises de dados do desempenho acadêmico;
   t. Promover projetos de leitura, escrita e cálculos;



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Projeto Político                                                 Pedagógico – PPP

   u. Solicitar apoio junto a SME, curso de aprimoramento no atendimento aos
       alunos com necessidades especiais.
   v. Aplicar e priorizar o desenvolvimento no modelo de avaliação e promoção;
   w. Informar os pais ou responsável, o método de avaliação que será aplicado em
       cada bimestre;
   x. Trabalhar com toda a comunidade escolar conceitos de respeito. Disciplina,
       responsabilidade, ética, amor ao próximo e outros;
   y. Abordar os temas transversais;
   z. Promover momentos de reflexão e palestras educativas que possam contribuir
       com a conscientização da comunidade escolar;
    aa. Aplicar dinâmicas de grupo; Utilizando vídeos; acesso a internet e outros
        recursos    disponíveis na    escola, para o desenvolvimento de projetos
        relacionados à ética, disciplina, responsabilidade e respeito mútuo as
        diferenças: cor, raça, religião; meio ambiente qualidade de vida, prevenção
        as drogas e sexualidade.



2- Educação Inclusiva



             As desigualdade sociais no Brasil afetam diretamente as diversas
condições de acesso à educação no país. Quase todos os indicadores educacionais
brasileiros evidenciam este fato.

             São percebidas desigualdades nas condições de acesso à educação e
nos resultados educacionais das crianças, dos jovens e dos adultos brasileiros,
penalizando especialmente alguns grupos étnicorraciais, a população mais pobre e
do campo, os jovens e adultos que não concluíram a educação compulsória na
idade adequada.

             Grandes desigualdades raciais e étnicas continuam existindo na
sociedade brasileira (especialmente com relação a alguns grupos específicos, tais
como a população indígena, a população afrodescendente, os quilombolas, a
população carcerária e a população rural).

             A literatura especializada mostra que há forte correlação entre a origem
étnica e as oportunidades educacionais. Estas coexistem lado a lado com


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Projeto Político                                               Pedagógico – PPP

desigualdades sociais e regionais, contribuindo, assim, para a exclusão educacional
de um número considerável de jovens e adultos.

             Os organismos nacionais e internacionais, pretendem envidar esforços
e disponibilizar apoio ao país na implementação de ações afirmativas para promover
oportunidades iguais de acesso à educação de qualidade, incluindo todos os grupos
da sociedade brasileira: cor, raça, religião e a pessoa com deficiencias e com
necessidades especiais, par a sua inclusão ao processo ensino-aprendizagem. A
educação inclusiva deve ter como objetivo e linhas mestras:

       Promover o discente em todas as fases do processo de        apropriação de
        conhecimentos    acadêmico, proporcionando o   bem estar e o prazer       de
        aprender;
       Trabalhar a família em sua conjuntura, e sendo necessário encaminhar par
        a acompanhamento      especializado, juntamente com o discente    sob     sua
        responsabilidade;
       Promover palestras com os profissionais especializados, sobre     temáticas
        das deficiências educacionais e o valor da inclusão em sala de aulas
        com alunos que não necessitem de atendimento especial;
       Buscar alternativas que leve o discente    a apropriação de saberes com
        recursos de áudio e vídeo e acesso a rede mundial de computadores;
       Trazer a família para o interior da escola e proporcionar que acompanhe
        o discente em todas as suas fases de apropriação de saberes.
       Momentos de estudo para a discussão das ações em conjunto para melhorar
        envolvimento com os alunos inclusos.




                                                                                        27
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Filosofia da Escola

                          ―Propiciar ao Educando a formação necessária para seu
desenvolvimento com espírito crítico e transformador, assegurando seus direitos e o
cumprimento de suas obrigações como cidadão consciente‖. Inserindo no contexto
escolar as propostas do PDE – Plano de Desenvolvimento Escolar, como:

Nossos Valores

“Valorizar nosso alunado oferecendo qualidade nos serviços educacionais...”


Nossa Visão de Futuro
―Buscar ser uma escola que prime pela excelência de seus serviços, na cooperação
entre os segmentos da comunidade e poder público...‖


Nossa Missão

―Preparar cidadãos que sejam comprometidos com as transformações sociais,
críticos e capazes trilhar novos valores ÉTICOS...‖


Nossos Objetivos Estratégicos
    1. Aprimorar a Qualidade de Ensino – Aprendizagem;
    2. Fortalecer o Trabalho da Gestão Escolar.

Objetivo Geral

Propiciar aos educandos o contato com outras realidades, visando a ampliação dos
conhecimentos gerais e específicos de cada área, integrando o aluno às
comunidades afins para que se desenvolva sua visão crítica e ele adquira
capacidade de julgamento e emita opinião própria acerca do que ele vivenciou.

Objetivos Específicos

    1- Estimular e promover atividades culturais e sociais extraclasse envolvendo
        outras comunidades.
    2- Estimular as práticas corporais e esportivas.
    3- Qualificar os profissionais da educação.
    4- Propiciar momentos de reflexão aprimorando senso crítico.
    5- Melhoria do espaço físico da escola.

                                                                                      28
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Metas


    1- Envolvimento das comunidades em atividades educacionais e sociais
        realizadas pela escola;
    2- Envolver os alunos nas atividades esportivas sociais realizadas pela escola e
        também por outros Órgãos Públicos e Privados;
    3- Proporcionar palestras, seminários, oficinas, treinamentos, pesquisas, jogos e
        intercâmbios culturais a comunidade escolar;
    4- Promover cursos de capacitação para os profissionais da educação;
    5- Consolidar a posição de referencia a comunidade escolar interna e externa.



Concepção da alfabetização



             Para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar
que a escrita representa graficamente a linguagem, para favorecer a conquista da
capacidade de uso da linguagem objetivo central do ensino da língua é tratar os
conteúdos de forma coerente com que se pretende alcançar; para isso será
necessário,        então,   organizá-los   e   seqüenciá-los   de   acordo   com critérios
metodológicos, e também ao conhecimento que possuem nossos alunos.
             Segundo conceitos de educadores como Ferreiro (1985) e Freire (1996)
             A aprendizagem é um processo de evolução, onde escrever e ler são
duas atividades da alfabetização e a leitura de mundo antecede a da escrita.
             O objetivo desta pesquisa é apontar segundo os autores pesquisados que
processo de alfabetização precisa ser construído e para isso devemos estudar muito
e contar com teorias que embasem e orientem nosso trabalho. Aprendemos
construindo e, para construir, temos que pensar. Vimos ainda que professor deve
ser mediador e saber como a criança aprende.
             Segundo Ferreiro (1985), existe um sujeito que conhece e que, para
conhecer, emprega mecanismo de aprendizagem. Há, na sua concepção, um papel
ativo do sujeito na interação com os objetos da realidade. Dessa forma, o que a
criança aprende não corresponde ao que lhe é ensinado, pois existe um espaço
aberto de elaboração do sujeito. O educador deve estar atento a esses processos
para promover, adequadamente, a aprendizagem.


                                                                                             29
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             Em suas concepções assegura, ainda que a aprendizagem da escrita
tem caráter evolutivo, no qual é relativamente tardia a descoberta de que a escrita
representa a fala, não sendo necessário que se estabeleçam de início, a associação
entre letras e sons. Outro aspecto importante nesta evolução refere-se ao aspecto
conceitual da escrita. Para que as crianças possam descobrir o caráter simbólico da
escrita, é preciso oferecer-lhes situações em que a escrita se torne objeto de seu
pensamento. Este aprendizado é considerado fundamental, ao lado de outras
habilidades. Suas idéias representam um das mais valiosas e recentes contribuições
numa abordagem construtivista- integracionista da aprendizagem, reafirmando:
                   Os aspectos construtivos têm a ver com o que se quis representar (...) para criar
                   diferenciações entre as representações (...). A escrita infantil segue uma linha de
                   evolução surpreendentemente regular, através de meios culturais, de diversas
                   situações educativas e diversas línguas. (FERREIRO, 2001, p.18).
             Valorizando, assim, as histórias ouvidas e contadas pelas crianças (que
devem ser escritas pelo professor), bem como as tentativas de escrever seus nomes
ou bilhetes. Essas atividades assumem grande importância no processo, pois são
geradoras de espaço para a descoberta dos usos sociais da linguagem – que se
escreve. É importante colocar a criança em situações de aprendizagem, em que
possa utilizar suas próprias elaborações sobre a linguagem. O objetivo de Ferreiro é
integrar o conhecimento espontâneo da criança ao ensino, dando-lhe maior
significado. Conhecendo o processo pelo qual as crianças constroem seu próprio
sistema de leitura e escrita é possível nortear o ensino da linguagem escrita na
escola.
             Escrever não é a mesma coisa que desenhar. Por vivenciar um mundo
gráfico com diferentes símbolos, as crianças inicialmente começam a diferenciar
desenhos de outros signos: letras e números, por exemplo. Quando chega á escola
a maioria já consegue fazer essa distinção.
             Tendo compreendido que escrever não é desenhar, as crianças iniciam
uma fase de tentar imitar as letras, os símbolos que conhecem. Essas primeiras
grafias apesar de não serem mais desenhos também não são letras convencionais,
são escritas que tentam se parecer com a escrita adulta.
             Avançado em sua construção da escrita, a criança percebe que para
escrever utilizam-se apenas letras, passam a deixar de representar números em
suas hipóteses de escrita. As letras aproximam-se cada vez mais das formas
convencionais.


                                                                                                         30
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             É inegável a contribuição de Freire (1999), apontado por boa parte dos
educadores, nacional e internacionalmente, como o grande pensador do século
vinte. A partir de suas idéias, criou-se uma nova concepção de educação, de ―leitura
de mundo‖, proporcionando grandes mudanças no processo de alfabetização, por
forte influência prático-teórica no desenvolvimento cultural, social e político do
sujeito.
             Porque não aproveitar a experiência que tem os alunos de viver em áreas
da cidade descuidada pelo poder público para discutir (...) a poluição dos riachos e
dos córregos etc. porque não discutir com os alunos a realidade concreta? (FREIRE,
1999, p. 33).
             Para Freire, conhecer é descobrir e construir não é copiar, como na
pedagogia dos conteúdos. A educação não pode ser orientada pelo paradigma de
uma empresa, que dá ênfase apenas a eficiência. Este paradigma ignora o ser
humano. Segundo os construtivistas, aprendem-se quando se quer aprender e só se
aprende o que é significativo.


Objetivos da Alfabetização


     Conhecer os principais estágios cognitivos e os níveis conceituais das
        crianças para estabelecer alguns princípios gerais que orientam a
        metodologia a ser adotada;
     Desenvolver no aluno através de situações de ensino e aprendizagem, dos
        conteúdos, estratégias didáticas e dos ambientes educativos, estrutura do
        psiquismo infantil, melhora da auto-estima, levando-os a aprender a respeitar
        as diferenças individuais;
     Compreender para que sirvam os sinais da escritura                (letras, sinais,
        pontuação, separabilidade) e de que modo eles se articulam na escrita;
     Proporcionar ao aluno lidar com vários tipos de fontes, aprender a ler e
        interpretar diferentes tipos de portadores de textos: jornais, revistas, coletas
        de dados, objetos, gravuras, fotografias e outros;
     Proporcionar aos alunos atos de leitura e escritas em situações reais.




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Perfil da Comunidade Discente



             O Perfil do corpo discente da unidade é bastante diferenciada, sendo a
maioria deles com um nível de vida bom, muitos moram com seus pais e outros com
os avós grande parte não podem ser considerados de extrema carência até mesmo
porque não passam fome, devido morar em lugar privilegiada como: a beira do rio,
terra fértil e muitos    cultivam sua agricultura subsistência, são crianças muito
espertas e inteligentes que de certa forma      influencia dentro do ambiente escolar
assim temos:alunos do 1º ano do 1º ciclo com um perfil bom pois já freqüentaram o
pré e automaticamente já trazem em um sua bagagem um certo conhecimento
aprimorado, o que facilita a sua alfabetização, sendo assim este perfil que também
se estende ao aluno do 2º ano visto que temos salas multiseriadas havendo apenas
uma mudança de níveis        do conhecimento; já     os alunos do 3º ano do ciclo,
apresentam um bom rendimento do ensino- aprendizagem, fazendo assim com que
haja um      seguimento daquilo que vem sendo proposto pelos educadores desta
unidade escolar , o 4º e o 5º apresentam uma variação          de realidade em seu
conhecimento, os alunos apresentam interesse naquilo que lhe convém.



Procedimentos Didáticos

    1. Professores poderão montar seus próprios instrumentos de registro
        diagnósticos, por exemplo, tendo um caderno reservado para cada um dos
        seus alunos, com data da observação para poder ter uma visão do processo.
        Deverá também fazer registro em ata detectando possíveis problemas de
        ensino aprendizagem.
    2. Umas das estratégias seria Conselho de classe do ciclo básico de
        alfabetização deverá levar em conta os aspectos emocionais, afetivos e
        sociais de cada educando. As decisões tomadas e os resultados consensuais
        deverão estar registrados em atas, súmulas ou relatórios descritivos do
        Conselho. Reuniões de pais e mestres, reuniões pedagógica, caderno de
        campo; ficha de acompanhamento mensal da evolução da escrita, mapa
        demonstrativo e relatório descritivo bimestral da aprendizagem do aluno.

                                                                                        32
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    3. A proposta de agrupamento é fazer com que os alunos se interajam,
        associem ajudando na superação do processo de ensino aprendizagem.
    4. Essas atividades serão elaboradas de forma sistematizada de acordo com
        cada nível.
    5. As possíveis intervenções são decisões tomadas por todo grupo escolar nas
        horas atividades onde nas reuniões pedagógicas com troca de idéias os
        professores confrontam seus problemas, dificuldades, acertos, avanços,
        possibilitando que todos compartilhem buscando com isso que possibilite a
        busca na melhor tomada de decisões chegando ao denominador comum
        sobre a intervenção que poderá ser feita gradativamente.




        “É importante refletir sobre a nossa postura perante a realidade
        dos alunos. Tratar a vida como um conto de fadas não cabe
        mais.”




                                                                                      33
Projeto Político                                                       Pedagógico – PPP



Ação Continuada do Processo Educativo




             Com a introdução dos ciclos, o aluno não passa de uma série para outra,
mas terá sua escolaridade acontecendo por meio de ações que buscam a integração
do processo educativo. É uma concepção em que as aprendizagens se realizam
como processos situados no tempo possibilitando-se assim ao aluno a realização
dos processos de aprendizagem em toda sua extensão, sem as rupturas existentes
no sistema educacional.
             Do ponto de vista do aluno há a possibilidade de desenvolvimento
crescente da complexidade dos conceitos e da apropriação progressiva do método
(método para construção do conceito e apropriação dos instrumentos culturais que
levam ao desenvolvimento humano).
             A noção de ciclos está ligada, como vimos, a um projeto de educação que
valoriza a formação global humana. Na lógica da seriação, corre-se atrás de um
currículo a ser cumprido que não deixa espaço para mais nada. E nela também é
praticamente       impossível   a   realização   das   tarefas   que    levam    ao   pleno
desenvolvimento humano, uma vez que tais tarefas, em muitos casos, demandam
um tempo mais longo que as aulas de cinqüenta minutos. No entanto, reorganizar
simplesmente o tempo dos anos escolares em ciclos não é suficiente para uma
reforma de fundo na instituição, pois há outras questões na escola que a mera visão
em ciclos não resolve como a organização do tempo no dia a dia e a flexibilização
na locação do tempo de aula no cotidiano.
             Para consolidar o amparo legal sobre a ampliação do Ensino
Fundamental,       foi   interessante   uma   perspectiva   do   seguinte     histórico   do
ordenamento político-legal:
   I.   Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 - Estabelecia 4 anos de Ensino
        Fundamental.
  II.   Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971 - Obrigatoriedade do Ensino Fundamental
        de 8 anos.
 III.   Lei 9. 394, de 20 de dezembro de 1996 – admitem a matrícula no
IV.     Ensino Fundamental de 9 anos, a iniciar-se aos 6 anos de idade.



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Projeto Político                                                 Pedagógico – PPP

 V.     Lei nº 10. 172, de 9 de janeiro de 2001 - Aprovou o Plano Nacional de
        Educação/PNE. O Ensino Fundamental de 9 anos se tornou meta progressiva
        da educação nacional
VI.     Lei nº 11. 114 16 de maio de 2005 – torna obrigatória a matrícula das crianças
        de seis anos de idade no Ensino Fundamental.
VII.    Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – amplia o Ensino Fundamental para
        nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de idade e
        estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010.




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Projeto Político                                               Pedagógico – PPP

Ensino Fundamental de Nove Anos



             O Parecer CNE/CEB nº 24/2004, de 15 de setembro de 2004
(reexaminado pelo Parecer 6/2005): Estudos visando ao estabelecimento de normas
nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.
             Parecer CNE/CEB nº 6/2005, de 8 de junho de 2005: Reexame do
Parecer CNE/CEB 24/2004, que visa o estabelecimento de normas nacionais para a
ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.
             Resolução CNE/CEB nº 3, de 3 de agosto de 2005: Define normas
nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração
Parecer CNE/CEB nº 18/2005, de 15 de setembro de 2005: Orientações para a
matrícula das crianças de 6 (seis) anos de idade no Ensino Fundamental obrigatório,
em atendimento à Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005, que altera os Arts. 6º 32 e
87 da Lei nº 9.394/1996 Consulta: sobre situações relativas à matrícula de crianças
de seis anos no Ensino Fundamental Parecer CNE/CEB nº 41/2006, de 9 de agosto
de 2006: Consulta sobre interpretação correta das alterações promovidas na Lei nº
9.394/ 96 pelas recentes Leis nº 11.114/2005 e nº 11.274/2006. Parecer CNE/CEB
nº 45/2006, de 7 de dezembro de 2006: Consulta referente à interpretação da Lei
Federal nº 11.274, de 6/2/2006, que amplia a duração do Ensino Fundamental para
nove anos, e quanto à forma de trabalhar nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
Parecer CNE/CEB nº 5/2007, 1º de fevereiro de 2007(reexaminado pelo Parecer
CNE/CEB nº 7/2007): Consulta com base nas Leis nº 11.114/ 2005 e n°
11.274/2006, que tratam do Ensino Fundamental de nove anos e da matrícula
obrigatória de crianças de seis anos no Ensino Fundamental.
             PARECER CNE/CEB nº 7/2007, de 19 de abril de 2007 (reexame do
Parecer CNE/CEB nº 5/2007): Reexame do Parecer CNE/CEB nº 5/2007, que trata
da consulta com base nas Leis nº 11.114/2005 e n° 11.274/2006, que se referem ao
Ensino Fundamental de nove anos e à matrícula obrigatória de crianças de seis
anos no Ensino Fundamental.
             A idade de ingresso no Ensino Fundamental de nove anos de duração
será segundo as orientações legais e normas estabelecidas pelo CNE, a data de
corte, ou seja, a data de ingresso das crianças no Ensino Fundamental é a partir dos



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Projeto Político                                                Pedagógico – PPP

seis anos de idade, completos ou a completar até o início do ano letivo, conforme
estabelecido pelo respectivo sistema de ensino.
             Parecer CNE/CEB nº 6, de 8 de junho de 2005: os sistemas de ensino
deverão fixar as condições para a matrícula de crianças de 6 (seis) anos no Ensino
Fundamental quanto à idade cronológica: que tenham 6 (seis anos) completos ou
que venham a completar seis anos no início do ano letivo.
             Parecer CNE/CEB nº 18, de 15 de setembro de 2005: os sistemas devem
fixar as condições para ―a matrícula de crianças de 6 (seis) anos nas redes públicas:
que tenham 6 (seis) anos completos ou que venham a completar seis anos no início
do ano letivo.
             Parecer CNE/CEB nº 5, de 1º de fevereiro de 2007: de fato, não deve
restar dúvida sobre a idade cronológica para o ingresso no Ensino Fundamental com
a duração de nove anos: a criança necessita ter seis anos completos ou a completar
até o início do ano letivo.
             Parecer CNE/CEB nº 7, de 19 de abril de 2007: não deve restar dúvida
sobre a idade cronológica para o ingresso no Ensino Fundamental com a duração de
nove anos: a criança necessita ter seis anos completos ou a completar até o início
do ano letivo. Os conteúdos que deverão ser desenvolvidos no Ensino Fundamental
de nove anos serão os seguintes:
              A definição de conteúdos é de competência dos sistemas de ensino.
Para subsidiar essa discussão é importante observar os seguintes documentos:
     A Constituição Federal
     A LDB nº. 9.394/1996
     Plano Nacional de Educação
     Parâmetros Curriculares Nacionais.
             As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
Pareceres e resoluções do CNE e do respectivo sistema de ensino O documento
Ensino Fundamental de nove anos: orientações para inclusão das crianças de seis
anos de idade (publicação do MEC/ SEB/DPE/COEF). As propostas pedagógicas
das Secretarias de Educação Os projetos políticos – pedagógicos das escolas.
             No Ensino Fundamental de nove anos o primeiro ano se destina à
alfabetização. Esse primeiro ano constitui uma possibilidade para qualificar o ensino
e a aprendizagem dos conteúdos da alfabetização e do letramento. Mas, não se
deve restringir o desenvolvimento das crianças de seis anos de idade à
exclusividade da alfabetização. Por isso, é importante que o trabalho pedagógico
                                                                                        37
Projeto Político                                                 Pedagógico – PPP

 implementado assegure o estudo das diversas expressões e de todas as áreas do
 conhecimento; ressalte-se que o trabalho que resulte na alfabetização não deve
 ocorrer apenas no segundo ano do Ensino Fundamental, uma vez que o acesso ao
 trabalho com a linguagem escrita é um direito da criança a partir do momento que
 tem acesso ao ambiente chamado escola.
               No entanto, o que deve ser objeto de estudo permanente por parte dos
 sistemas e de todos os profissionais envolvidos com esse tema é como possibilitar
 que a criança seja de fato alfabetizada sem que lhe seja negado o acesso aos
 conhecimentos das demais áreas e sem a obrigação de ser alfabetizada em 200
 dias letivos; o trabalho que assegure uma efetiva alfabetização não se restringe
 somente a um ano de trabalho pedagógico, pela complexidade da matéria, é um
 trabalho a ser desenvolvido com seriedade e continuidade pelo menos nos três
 primeiros anos do Ensino Fundamental; se, no Ensino Fundamental de nove anos,
 foi ampliado o tempo dos anos iniciais de 4 anos para 5 anos, a proposta não é o
 aumento dos conteúdos, mas a qualificação da aprendizagem, dando à criança um
 período mais longo para solidificar suas aprendizagens, inclusive da alfabetização;
 pela natureza dos objetivos do Ensino Fundamental, definidos na Lei de Diretrizes e
 Bases da Educação Nacional/ LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996, toda criança
 dessa etapa de ensino tem o direito ao conhecimento de todas as áreas do
 conhecimento estabelecidas na base nacional comum e não somente a linguagem
 escrita;
              Faz-se necessário elaborar uma nova proposta curricular coerente com as
 especificidades não só da criança de seis anos de idade, como também das demais
 crianças de sete, oito, nove e dez anos de idade que constituem os cinco anos
 iniciais do Ensino Fundamental, como os anos finais dessa etapa de ensino. Com o
 objetivo de subsidiar os sistemas de ensino na elaboração da proposta pedagógica e
 do currículo para essa nova realidade dos anos iniciais do Ensino Fundamental, o
 MEC publicou os documentos:
I.   Ensino Fundamental de Nove Anos:
      Orientações para a Inclusão da Criança de Seis Anos de Idade. Esse material
         é composto por 09 capítulos, a saber:
      A infância e sua singularidade;
      A infância na escola e na vida: uma relação fundamental;
      O brincar como um modo de ser e estar no mundo;
      As diversas expressões e o desenvolvimento da criança na escola;
                                                                                        38
Projeto Político                                                   Pedagógico – PPP

        As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento;
        Letramento e alfabetização: pensando a prática pedagógica;
        A organização do trabalho pedagógico: alfabetização e letramento como eixos
           orientadores;
        Avaliação e aprendizagem na escola: a prática pedagógica como eixo da
           reflexão;
        Modalidades organizativas do trabalho pedagógico: uma possibilidade.
II.     Indagações sobre Currículo, documento sobre concepção curricular, em
        processo de finalização, será composto de textos sobre:
        Currículo e desenvolvimento humano Educando e Educadores: seus direitos
           e o currículo;
        Currículo, conhecimento e cultura;
        Diversidade e Currículo;
        Currículo e avaliação.
               A ampliação se fará com o acréscimo de um ano a mais no início do
  Ensino Fundamental, respeitando desse modo o estabelecido na: Lei de Diretrizes e
  Bases Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Art. 87 § 3º, inciso I, ao dispor que
  cada município e, supletivamente, o estado e a União, deverá: ―matricular todos os
  educandos a partir dos sete anos de idade e, facultativamente, a partir dos seis
  anos, no Ensino Fundamental‖.Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005, ―Art. 6o. É
  dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis
  anos de idade, no Ensino Fundamental.‖ (NR)Lei Nº 11. 274, de 6 de fevereiro de
  2006, Art. 3o (...) ―Art. 32. O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9
  (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade (...)‖.

  1. Corpo Docente na visão de uma educação de qualidade abrange:

         I. Titulação acadêmica do docente;
        II. Regime de trabalho, sua forma de admissão e atualização;
       III. Experiência no Magistério de Educação Básica e/ou Estágio/monitoria que
            torne o docente experiente em diferentes modalidades e níveis de Ensino
            Aprendizagem;
       IV. Experiências profissionais não docentes;
        V. Qualificação e regime de trabalho dos Dirigentes e técnicos da Escola;
       VI. Relação/professor/aluno/espaço
      VII. Garantias profissionais dos Estatutos da Classe e da legislação vigente;
      VIII. Projeto de especialização e Pós-graduação ―Latus sensu‖ e ―Stricto sensu‖;
       IX. Capacitação e treinamento para manusear instrumentos novos;

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Projeto Político                                                  Pedagógico – PPP

   X. Capacidade de convivência com os contrários, espírito empreendedor e gosto
       pela profissão.
   XI. Corpo técnico especializado e/ou qualificado.

2. Organização Didática Pedagógica onde está inserido o currículo da escola:

A- Avaliação Didática – Pedagógica:

    a)   Concepção da modalidade da Educação Infantil CBAC e do 4º ao 9º;
    b)   Perfil do discente matriculado;
    c)   Perfil do discente egresso;
    d)   Elaboração e execução do currículo conforme perfil discente;
    e)   Iniciação à pesquisa e à produção científica;
    f)   Desenvolvimento de estágios, monitorias e/ou experiências extraclasse;
    g)   Participação em eventos: música, canto, dança, festivais, feira das ciências e
         artes, encontros e viagens.

B - A organização Didático-Pedagógicos necessita ainda que esteja claro para a
Comunidade Escolar:
   a) A missão da escola;
   b) Objetivos da Educação Infantil, CBAC,e do 4º ao 9º ano;
   c) Distribuição da carga horária necessária, atendendo a legislação e as
      peculiaridades da clientela;
   d) Habilitação proposta pela escola ao egresso Fundamental / aceleração / ciclo
      / conclusão e egresso;
   e) Possibilidades de alterações e adequações curriculares;
   f) Práticas pedagógicas inovadoras e adequadas;
   g) Procedimentos formais de avaliação, recuperação, aprovação e reprovação.
   h) Elaboração de projeto para aplicação de carga horária extraclasse;
   i) Ementário bibliográfico para leitura e consulta.

3. Infraestrutura

    a) Espaço físico disponível adequado às atividades propostas, ao número de
       docentes, discentes e demais integrantes da escola;
    b) Condições concretas de manutenção e conservação;
    c) Instalações padrão para Educação Básica na modalidade infantil, CBAC do 4º
       ao 9º ano;
    d) Laboratórios e oficinas com forma de acesso do educando;
    e) Equipamentos e instalações, inclusive para desporto e lazer;
    f) Instalações, equipamentos, instrumentos e insumos de laboratórios
       adequados às práticas de Ensino;
    g) Plano de Implantação dos laboratórios de informática e modernização
       acervos da biblioteca, bem como aquisição de equipamentos e instrumentos
       novos;

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4     -Biblioteca contendo:

      I.   Espaço e móveis próprios;
     II.   Quantidade suficiente de títulos e periódicos disponíveis por disciplina;
    III.   Espaço para leitura e pesquisa;
    IV.    Plano anual de atualização dos títulos e periódicos;
     V.    Pessoal técnico especializado ou qualificado.

5     Sala de vídeo:
       I. Espaço de convivência;
      II. Instalações administrativas;
     III. Instalações de higienização conforme número de usuários;
     IV. Cozinha e cantina
      V. Quadra poli-esportiva;
     VI. Instalações de água e energia elétrica de acordo com a capacidade dos
          usuários;
    VII. Iluminação e ventilação conforme os padrões de saúde coletiva;
    VIII. Pintura e decoração com cores pedagógicas;
     IX. Acesso apropriado para portadores de necessidades especiais.



Objetivo Geral



               Propiciar aos educandos o contato com outras realidades, visando a
ampliação dos conhecimentos gerais e específicos de cada área, integrando o aluno
às comunidades afins para que se desenvolva sua visão crítica e ele adquira
capacidade de julgamento e emita opinião própria acerca do que ele vivenciou.



Objetivos Específicos


     a. Estimular e promover atividades culturais e sociais extraclasse envolvendo
           outras comunidades.
     b. Estimular as práticas corporais e esportivas.
     c. Qualificar os profissionais da educação.
     d. Propiciar momentos de reflexão aprimorando senso crítico.
     e. Melhoria do espaço físico da escola.


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Metas


    a. Envolvimento das comunidades em atividades educacionais e sociais
        realizadas pela escola;
    b. Envolver os alunos nas atividades esportivas, sociais realizados pela escola e
        também por outros Órgãos Públicos e Privados;
    c. Proporcionar palestras, seminários, oficinas, treinamentos, pesquisas, jogos e
        intercâmbios culturais a comunidade escolar;
    d. Promover cursos de capacitação para os profissionais da educação.
    e. Consolidar a melhoria da estrutura física da escola, com nova pintura do
        prédio, troca da rede elétrica e a construção de novos sanitários para o
        corpo discente
    f. Melhorias das dependências administrativas dando melhores condições de
        trabalhos aos recursos humanos disponível.




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Regime de Funcionamento



          A Escola Municipal de Educação Básica Profª “Maria Barbosa Martins”,
funciona no período diurno, com carga horária de 800/880 horas e no mínimo 200
dias letivos anuais.

          No período matutino funciona de 6º ao 9º ano, com aulas de 60 minutos;
das 07h00min às 11h30min.

          No período vespertino funciona o Pré-escolar, CBAC e do 4º ao 5º ano das
13h00min às 17h00min.

          No período noturno: o Ensino Médio – 19h00min às 22h30min, mantido pelo
Governo de Mato Grosso – Secretaria de Estado de Educação, através da Escola
Estadual Luiz Pedroso e Silva, a qual usa nossas dependências pedagógicas,
salas de aulas e cozinha, como salas anexas da sede do estabelecimento de
Ensino Estadual localizada no Distrito de Campão Grande.

A oferta dos serviços educacionais são gratuitos e mantidos pelo poder Público
Municipal de Várzea Grande, sendo são executados suas etapas e fases em
regime presencial com, exigência legal de freqüência não      inferior a 75% para
aprovação em cada período letivo, com o cumprimento de no mínimo 800 horas e
de 200 dias letivos.


Recursos Disponíveis

1 - Direção da Unidade Escolar

     Diretor (a) – Profissional docente efetivo
     Coordenador(a) – profissional docente efetivo
     Secretário (a) Escolar – Agente Adm. Efetivo e/ou Nomeado para a função.




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Projeto Político                                                     Pedagógico – PPP

2- Exercício da Docência e Sala de aulas


             Professor efetivo e/ou estável no Sistema Municipal de Educação, com
lotação plena na área de atuação, podendo ser exercido por profissionais com
habilitação especifica em regime de contratação temporário nos termos da
legislação vigente:
    2.1 - Educação Infantil: Pré-Escolar;
    2.2 - Ensino Fundamental: Anos Iniciais: CBAC: 1º ao 3º Ano;
    2.3 - Ensino Fundamental; Anos Iniciais: 4º e 5º Ano;
    2.4 - Ensino Fundamental: anos Finais: 6º ao 9º ano:
Com Currículo Organizado por Áreas do Conhecimento acadêmico:


          Área de Conhecimentos                        Componentes Curriculares

                                            L. Port. Alfabetização
                                            Língua Portuguesa
   Linguagens                               Artes
                                            Língua Estrangeira Moderna Espanhol
                                            Educação Física
                                            Matemática
   Ciências da Natureza e Matemática
                                            Ciências
                                            História
   Ciências Humanas                         Geografia
                                            Educação Religiosa


3 - Espaço físico – Infraestrutura Física
          A Escola Municipal de Educação Básica Profª ―Maria Barbosa Martins‖
possui:
          Área construída: 1.260,5 m² - sala de aulas e dependências;
          Área coberta (Corredores) - livre circulação: 180,5 m²;
          Quadra Poliesportiva coberto: 548 m².
          Pátio com parte pavimentado e descoberto: 195m²


A. Administrativa
    Sala de Direção: 18 m²
    Secretaria Escolar: 17 m²;
    Cozinha Escolar: 25 m²;

                                                                                        44
Projeto Político                                                   Pedagógico – PPP

    Deposito de alimentos: 8m²;
    Depósito de materiais Limpeza: 10,5 m²;
    Deposito de Materiais Pedagógicos e Equipamentos: 20 m².


B. Pedagógico


      I.    Sala 1 - Programas Federais: 47 m²;
     II.    Sala 2 – Sala de Aulas: 47 m²;
    III.    Salas 3 - Articulação: 22 m²;
    IV.     Salas 4 - Sala de Aulas: 40 m²;
     V.     Salas 5 - Sala de Aulas: 40 m²;
    VI.     Salas 6 - Sala de Aulas: 48 m²;
   VII.     Salas 7 - Sala de Aulas: 48 m² ( Pré-Escolar);
   VIII.    Espaço Cultural Profª Maria Benedita de Magalhães – Palco: 30 m²;
    IX.     Salas 8 - Sala de Aulas: 48 m² ( Laboratório de Informática)
     X.     Quadra Poliesportiva coberta: 548 m²
    XI.     Horta Escolar: 144 m².

3. Sanitários
1 - Sanitário feminino, medindo 12 m², com 03 Box sanitários e acessórios.
1 - Sanitário masculino, medindo 10 m², com 02 Box sanitários e acessórios.
1 - Sanitário administrativo, medindo 2,88 m², com 1 Box sanitário e acessório.

Participação da Comunidade


           Um dos pontos positivos observados tem sido a grande participação da
comunidade na escola embora não haja consenso quanto a um horário único para
reuniões com todos os pais; dificuldade que esta sendo contornada com reuniões
em horários diferenciados.
           Em contrapartida a escola contribui para o enriquecimento da comunidade,
pois serve como referência por possuir laboratório de informática atendendo a
mesma e uma pequena biblioteca, que, apesar de modesta, serve como base para
pesquisa uma vez que a distância do centro urbano e a deficiência no transporte
coletivo local dificultam o acesso a outras fontes de pesquisas.

           A escola conta com CCDE que se mostra sempre pronto à ação em
conjunto, sendo contemplado em sua composição todos os segmentos, como: pais,
alunos etc, e estes têm uma participação efetiva nas decisões tomadas em
conjuntos uma vez que a escola / comunidade se reúne para dialogar e acertar


                                                                                      45
Projeto Político                                               Pedagógico – PPP

possíveis problemas no seu cotidiano, numa parceria significativa, evitando assim, a
elevação dos índices como: evasão e repetência.
            Projetos   como PETI, MAIS EDUCAÇÃO entre outros, estão sendo
preparados pela escola, onde alunos freqüentarão salas de aulas em período
diferenciado,      para ser trabalhada na integra a sua deficiência, por área de
conhecimento, com monitores sob a orientação da Coordenação Pedagógica.

           Assim, para que estes sejam colocados em prática é necessário que a
escola     seja dotada de uma melhor infra-estrutura e adequação de seu espaço
disponível, sendo este o maior entrave no atendimento Escolar à nossa
Comunidade.
           A Unidade Escolar Profª Maria Barbosa Martins, dentro de seus limites e
possibilidades, tem primado pelo bom atendimento escolar a partir do ano de 2000,
ocorrendo dentro dos programas de melhorias uma pequena reforma interna dos
espaços físicos que minimizou alguns de seus problemas estruturais e educacionais.
            Hoje devido a grande demanda em nossa escola e com a necessidade de
avanços pedagógicos, a nossa escola enfrenta um grande problema que seria a falta
de estrutura física para melhoria das condições no atendimento pedagógico. As
instalações elétricas e hidráulicas são antigas e precárias, sendo assim, a escola
fica impossibilitada de avançar em seus projetos, ficando a mesma privada de
melhores êxitos.

            Necessitamos de uma reforma externa e interna em pintura e construção
de novos sanitários para o corpo discente e comunidade, em padrão e normas
do MEC.




ESCOLA INTEGRAL: Programa Mais Educação




                                                                                       46
Projeto Político                                               Pedagógico – PPP

             O programa tem como aspectos preponderantes questões sociais.
Entretanto, e até mesmo por isso, a intencionalidade educativa necessariamente
está presente na proposta, pois não se concebe como ação suficiente apenas retirar
os jovens das ruas e oferecer-lhes atividades variadas sem relacioná-las ao contexto
sociopolítico e econômico em que eles se encontram e às situações concretas das
experiências que eles vivenciam e sem promover uma reflexão sobre os valores que
adotam. Reduzir a educação à escolarização corresponde a ignorar que ela está
presente nas expressões culturais e sociais dos grupos humanos.
             As oficinas realizadas nas escolas podem pertencer a áreas diversas
como cultura, artes, esporte, lazer, saúde, comunicação, informática, entre outras.
Além disso, podem ter objetivos de formar para o trabalho, recrear e entreter,
informar e ensinar. É inegável que ocupar os jovens com tais atividades, evitando o
ócio mal empregado, colabora para a redução da delinqüência juvenil. Entretanto,
realizá-las como meras atividades para preenchimento de tempo dos jovens é
perder uma grande oportunidade: a de intervir de maneira concreta na qualidade das
reflexões e interações sociais das comunidades envolvidas, por meio da
transformação dos hábitos de convivência. Educar é uma ação muito mais
abrangente do que ensinar, do que transmitir conhecimentos; envolve reflexão sobre
os valores implícitos no conhecimento construído e nas atitudes adotadas. Conforme
a LDB, Art. 1º, ―A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.‖(grifo nosso)




                                                                                       47
Projeto Político                                                              Pedagógico – PPP

Princípios Filosóficos da Gestão Democrática




             Segundo Freitas Neto (2005) observa que os novos requisitos
educacionais, produtivos e sociais colocados, produzem inegáveis efeitos na
formação, no tocante a uma maior competência ou qualificação real, termos que
sintetizam o núcleo problemático dessa discussão. Esta problemática se expressa
na necessidade de mudança na relação com o conhecimento, na superação de sua
desvinculação com a prática, bem como, na superação de sua mercantilização
extrema, sob pena de não se poder ingressar adequadamente na chamada era da
comunicação ou da sociedade do conhecimento. As mudanças devem envolver a
compreensão da transitoriedade dos conhecimentos em nosso tempo, da ruptura de
barreiras entre as diferentes áreas do conhecimento, de novas formas de sua
utilização, da valorização da diferença, das múltiplas formas de sentir e aperceber-
se da realidade e, sobretudo, da necessidade de um maior estreitamento do vínculo
entre pesquisa-ensino-extensão que dá sentido ao nível superior de ensino, os
estudos mostram segundo Freitas Neto:
                    ―pesquisas recentes ressaltam aspectos importantes a serem considerados nas
                   políticas e nas práticas de ensino, tendo em vista o enfrentamento da maior
                   complexidade do mundo no qual vivemos‖           - ―o equilíbrio entre egressos e
                   mercado de trabalho, considerando as mudanças que demandam os novos
                   profissionais e as necessidades da sociedade‖; - ―a exigência de uma nova forma
                   de elaboração, aquisição e transmissão dos conhecimentos, com base nas novas
                   tecnologias da informação e da comunicação e na visão interdisciplinar e da
                   unidade teoria/prática‖;    - ―a adoção de abordagens que contemplem as
                   diferenças, isto é, que valorizem distintas experiências e culturas locais, diversas
                   epistemologias e espiritualidades‖; - ―a adoção de uma nova perspectiva à partir
                   da problematização da noção de competência compreendida em sua dimensão
                   construtiva, processual, coletiva, multifacetada e interdisciplinar do termo‖.(Grifo
                   Nosso)
             Portanto, entende-se também que dentro do pensamento explica o que e
como funciona a gestão, (LUCK, 2006 – p. 99) ―A gestão, por sua vez, envolve
estas atividades necessariamente, incorporando certa dose de filosofia e política, o
que existe é uma dinâmica interativa entre ambas‖. ―a gestão não deprecia a
administração, mas supera as suas limitações de enfoque dicotomizado, simplificado
e reduzido, para atender as exigências de uma realidade cada vez mais complexa e
dinâmica‖.

                                                                                                          48
Projeto Político                                                  Pedagógico – PPP

             Segundo Khoury (2007) ―no tocante a crise que a administração sofreu,
pois tais teorias jamais foram capazes de conduzir a uma teoria satisfatória do que
seja administrar‖, sugerindo à necessidade de um conceito mais abrangente que
descrevesse a administração e suas alternativas, vindo daí o conceito de gestão, ou
compartilhamento de responsabilidade administrativas.
             Observa-se que então que a expressão gestão escolar em substituição à
administração escolar, não é apenas uma questão semântica. Ela representa uma
mudança radical de postura, um novo enfoque de organização, um novo paradigma
de encaminhamento das questões escolares, ancorados nos princípios de
participação, de autonomia, de autocontrole e de responsabilidade divididas
             E ainda, se voltarmos o olhar para os teóricos da gestão democrática
e   os     seus conceito, não há como      não praticá-la    num processo de         co-
responsabilidades, assim        assentamos nestes pensamentos, na busca da
consolidação de uma verdadeira gestão compartilhada e que soma e não separa a
escola infraestrutura física, em guetos:
             Se a verdadeira democracia caracteriza-se, dentre outras coisas, pela
participação ativa dos cidadãos na vida pública, considerados não apenas como
―titulares de direito‖, mas também como ―criadores de novos direitos‖, é preciso que
a educação se preocupe com dotar-lhes das capacidades culturais exigidas para
exercerem essas atribuições, justificando-se, portanto a necessidade de a escola
pública cuidar, de forma planejada e não apenas difusa, de uma autêntica formação
do democrata. (PARO, 2000, p. 78).
             Portanto, conforme já se pôde introduzir, ―as grandes e contínuas
transformações sociais, científicas e tecnológicas passaram a exigir um novo modelo
de escola e conseqüentemente, um novo perfil de dirigente, com formação e
conhecimentos específicos para o cargo e a função de diretor-gestor‖. Dessa forma
―a gestão democrática surge para fixar novas idéias e estabelecer na instituição uma
orientação transformadora conforme sustenta a Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 em seu artigo 206, inciso VI e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional de 1996 em seu artigo 14‖. (KHOURY, 2007).
             E então, ―participar da gestão democrática da escola significa que todos
se sentem e efetivamente são partícipes do sucesso ou do fracasso da escola em
todos os seus aspectos: físico, educativo, cultural e político‖. Significa ainda ―usar o
espaço escolar como um recurso de Educação para todos, na perspectiva do
aprender a viver juntos, de tal forma que os espaços públicos e particulares possam
                                                                                           49
Projeto politico maria barbosa
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Projeto politico maria barbosa

  • 1. Projeto Político Pedagógico – PPP Projeto Político Pedagógico Uma proposta em constante inovação! 1
  • 2. Projeto Político Pedagógico – PPP © EMEB PROFª MARIA BARBOSA MARTINS, 2012. É Permitida a reprodução ou transmissão desta obra por qualquer meio, sem a prévia Autorização do autor, desde que preservada a fonte. Direitos reservados para a autora, protegidos pela Lei 9610/98. A originalidade dos artigos e as opiniões emitidas são de inteira responsabilidade de sua autora. Embm. MARTINS, EMEB Maria Barbosa. Projeto Político Pedagógico: instrumento e Ferramenta de Sucesso Distrito de Bonsucesso. Várzea Grande-MT, 2012. 1. Proposta Pedagógica. 2. Educação 3. PPP- Projeto Político Pedagógico. José Wilson Tavares Diretor Eliane Winck Coordenadora Pedagógica Azuil Marcio Bastos Presidente do CCDE Sandra Regina Nunes Secretária Escolar Tatiane Pinheiro da Silva Professora comunitária Programa Mais Educação Adnilse de Souza Santos Siqueira Articuladora Pagina na Internet: www.emebmariabarbosamartins.blogspot.com 2
  • 3. Projeto Político Pedagógico – PPP Projeto Político Pedagógico Uma proposta em constante inovação! “PPP um instrumento forte e ferramenta de inovações que nos permitem pensar, o ontem, o hoje e planejar o futuro, inovando sempre com foco no sucesso das Atividades de ensino e aprendizagem” José Wilson Tavares A importância do projeto político-pedagógico está no fato de que ele passa a ser uma direção, um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional que deve ser definida coletivamente, com conseqüente compromisso coletivo. Betini. Geraldo Antônio, in memória Distrito de Bonsucesso – Várzea Grande - MT 2012 3
  • 4. Projeto Político Pedagógico – PPP Apresentação A Construção do Projeto Político-Pedagógico da Escola Desde 1996, com o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96, o projeto político pedagógico vem sendo construído com propostas de novos caminhos, para uma escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e as suas relações com o currículo, conhecimento e função social da escola, obrigam a um pensar e a uma reflexão contínua de todos que estão envolvidos neste processo. Que escola queremos construir? Que conhecimentos nossos alunos/as precisarão ter para de fato, exercer a sua cidadania nesta sociedade tão cheia de conflitos? Conflitos estes que estão presentes no espaço escolar, nas relações pessoais, no confronto das idéias e também no surgimento de novas concepções, das dúvidas e da necessidade do diálogo entre os sujeitos aprendentes (comunidade escolar). Tais situações serão apresentadas no decorrer deste documento, nas linhas e entrelinhas de cada parágrafo, resgatando o aspecto histórico de como cada momento foi sendo produzido e construído. Pois este documento é o resultado de um esforço conjunto dos profissionais da educação desta unidade escolar com o objetivo de respaldar as ações administrativas e pedagógicas no âmbito deste estabelecimento educativo. Há consciência, por parte dos educadores e da Comunidade Escolar desta Instituição de Ensino, de que este documento representa apenas um germe de projeto político pedagógico e se encontra aberto a todo e qualquer tipo de sugestão e encaminhamentos. Sabemos que nenhum projeto político pedagógico pode ser dado como pronto e acabado sob pena de se cristalizar e deixar de acompanhar os movimentos da história. Portanto, nossa reflexão continua baseada principalmente na prática pedagógica cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem para uma ―práxis‖ responsável e compromissada com uma escola pública de qualidade. A busca de coerência entre o que se pretende ensinar aos alunos e o que se oferece a eles é fundamental. Uma formação rodeada de descobertas, de desejos, com certeza irá fazer da sala de aula um local onde circula aprendizagem, 4
  • 5. Projeto Político Pedagógico – PPP onde o conteúdo não é procurado só em livros empoeirados, cheirando a mofo, e nem em cadernos amarelados. Mas onde, vida e sabores pulsam na sala de aula e se misturam, fazendo com que os alunos aprendam e se comprometam com este aprender e que os professores sejam apenas os facilitadores desse processo. Conscientes que somos de nosso papel na sociedade e tendo claro que os nossos desejos de alcançarmos uma sociedade mais justa, incluem prioritariamente, a educação das novas gerações, trabalharemos pela garantia de um ensino de qualidade que assegure o pleno desenvolvimento do potencial do aluno. A escola comprometida com o conteúdo de formação da cidadania do aluno tenta amenizar seus rígidos tempos para incorporar a idéia de se construir um centro de formação coletiva de cultura. Enfim, a busca do conhecimento transforma-se não só em um meio de alcançar um fim, mas um fim em si mesmo, no sentido de acompanhar as rápidas mudanças da sociedade. A LDB (Lei nº 9394/96), em seu art.12 & I, art. 13 & I e no art. 14 & I e II estabelece orientação legal de confiar à escola a responsabilidade de elaborar, executar e avaliar seu projeto pedagógico. A legislação define normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios estabelecidos pelo art.14: I. Participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes. A participação dos professores e especialistas na elaboração do projeto pedagógico promove uma dimensão democrática na escola e nessa perspectiva, as decisões não centralizadas no Gestor cedem lugar a um processo de fortalecimento da função social e dialética da escola por meio de um trabalho coletivo entre todos os segmentos participantes e a comunidade escolar. Com o objetivo de destacar a descentralização da gestão educacional o fortalecimento da autonomia da escola e garantir a participação da sociedade na gestão criaram-se o Conselho Escolar constituído desde abril / 1997 com base na LDB 9394/96 e na Lei Orgânica Municipal com base em seu Art.188 Parágrafo VI e regulamentado pelo Decreto Municipal nº 038 de 05 de Abril de 1995, consolidando, com base legal e jurídica A Gestão democrática do ensino, garantida a participação dos representantes da comunidade‖. O Conselho Escolar tem peso de decisão 5
  • 6. Projeto Político Pedagógico – PPP enquanto órgão máximo da instituição, de caráter deliberativo, consultivo e normativo no referente a quaisquer assuntos relacionados à escola. A autonomia na escola é o resultado da confluência de vários interesses, onde se confrontam diferentes detentores de influência tanto interna quanto externa, sendo, portanto uma construção político-social, e sendo assim um meio de a escola concretizar em melhores condições nossas intencionalidades. Tanto quanto o Conselho Escolar, o Conselho de Classe é uma instância criada para garantir a representatividade, a legitimidade e a continuidade das ações educativas. A escola em seu dia-a-dia é um espaço de inúmeras e diversificadas práticas que estão em permanente processo de construção e reconstrução. As práticas da gestão fazem parte da vida da escola contribuindo para o desenvolvimento democrático e a participação, por isso prioriza em sua organização interna encontros bimestrais para a execução de seus Conselhos de Classe e as decisões tomadas são partilhadas com o Conselho Escolar, os pais e com cada aluno respectivamente. Com isso, procura garantir a participação direta de todos os professores que atuam na turma que será analisada, além de buscar a organização de forma disciplinar, estabelecendo uma ―rede de relações‖, isto é o professor participa de vários conselhos tendo a avaliação como foco para promover a discussão do processo didático no âmbito de suas dimensões: ensinar, aprender, pesquisar e avaliar. O Conselho de Classe é também um espaço interdisciplinar, uma vez que aglutina professores de diversos componentes curriculares, assumindo caráter deliberativo quando se refere ao processo didático. A avaliação desenvolvida ao longo do conselho de classe expressa os objetivos da escola como um todo e no interior da sala de aula como avaliação do processo didático. O conselho de classe como instância coletiva de avaliação, como espaço da interdisciplinaridade e também um excelente lugar para o exercício da participação mediado pelo diálogo que visa ao envolvimento de todos no processo educativo da escola. Entende-se que o Projeto Político-Pedagógico é uma ação intencional e o resultado de um trabalho coletivo, que busca metas comuns que intervenham na realidade escolar. Traduz a vontade de mudar, pensar o que se tem de concreto e trabalhar as utopias; permite avaliar o que foi feito e projetar mudanças. DEMO (l998), assim se refere a essa questão: 6
  • 7. Projeto Político Pedagógico – PPP Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil planejar o ano letivo, ou rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes avaliativos, demonstrando a capacidade de evolução positiva crescente. É possível lançar desafios estratégicos, como: diminuir a repetência, introduzir índices crescentes de melhoria qualitativa, experimentar didáticas alternativas, atingir posição de excelência. (p. 248) Nesse sentido, consideramos que o Projeto Político-Pedagógico prevê todas as atividades da escola, do pedagógico ao administrativo, devendo ser uma das metas do Projeto construir uma escola democrática, capaz de contemplar vontades da comunidade na qual ele surge tanto na sua elaboração quanto na sua operacionalização, desde professores, técnicos, pais, representantes de alunos, funcionários e outros membros da comunidade escolar. No contexto atual, marcado por sucessivas transformações, a educação, na qualidade de uma prática social, contribui positivamente no processo de democratização da sociedade brasileira. Deste modo, evidencia-se que a busca da qualidade na educação representa o desejo de prestar um serviço eficiente, no sentido de contribuir na formação de homens e mulheres capazes de compreender a sociedade em que vivem. A intenção da escolha da temática em questão está em mostrar a importância social do Projeto Político-Pedagógico no contexto escolar, uma vez que o seu processo de construção e execução visa planejar a ação presente com vistas à transformação da realidade, pois é em função da melhoria dos serviços educacionais que se considera importante estruturarem princípios que norteiam as práticas educativas. A História da Educação brasileira vem se processando através de décadas marcadas por políticas educacionais extremamente centralizadoras e autoritárias, permeada de questões antidemocráticas e ideológicas, gerando situações de conflitos, resistências e desafios, inviabilizando assim a implantação de uma escola independente capaz de gerir democraticamente, projetada para a liberdade e a autonomia. Apesar de todo o caminho percorrido e dos avanços no sistema educacional, muitas escolas não acompanharam as transformações que a sociedade vem experimentando. Assim, encontram-se ainda muitos resquícios de uma educação tradicional, que marginaliza e exclui um bom número de alunos na aplicação de seus métodos arcaicos, na seleção de conteúdos programáticos muitas vezes fragmentados e desvinculados da vida dos educandos, sem despertar o 7
  • 8. Projeto Político Pedagógico – PPP interesse devido, na postura autoritária do professor que ainda se julga ser detentor do conhecimento. Entendemos que, mudar a escola não é fácil e rápido, embora seja necessário e urgente. A sua transformação se dá em um campo de luta pelas conquistas sociais que têm sido em longo prazo e limitadas para a maioria da população brasileira. Portanto cabe à escola tornar-se um dos agentes de mudança social e constituir-se num espaço democrático, garantindo ao educando o direito de usufruir da construção do seu conhecimento, oferecendo aos professores educação continuada no sentido de se sentirem comprometidos com a qualidade da educação, viabilizando uma gestão (direção, coordenação e supervisão) mais democrática e atuante, criando propostas alternativas para uma possível superação de problemas escolares. Nesse sentido afirma GADOTTI (1977): A gestão democrática pode melhorar e é específico da escola, isto é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um melhor conhecimento do funcionamento da escola e de todos os seus atores; proporcionará um contato permanente entre professores e alunos, o que leva ao conhecimento mútuo e, em conseqüência aproximará também as necessidades dos alunos dos conteúdos ensinados pelos professores. Considerando que o Projeto Político Pedagógico é um eixo que norteia as atividades pedagógicas de uma instituição de ensino é que decidimos construir, investigar o processamento do Projeto Político Pedagógico no interior da Escola. 8
  • 9. Projeto Político Pedagógico – PPP Justificativa Tendo como referencial teórico–metodológico a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional, Lei 9394/96, as Orientações Curriculares para o ensino fundamental, o grupo gestor juntamente com os professores, pais, alunos e comunidade, elaboraram o Projeto Político Pedagógico onde o resultado de todo o trabalho seria um documento que viesse avaliar, discutir e aprofundar todo o sistema educacional do colégio. A intenção deste documento é, fundamentalmente, retomar o exercício da discussão e encaminhamento coletivo, no nível do processo ensino- aprendizagem. A Emeb Profª ―Maria Barbosa Martins‖ tem como função principal respeitar e valorizar as experiências de vida dos educandos e de suas famílias. Temos como propósito, fortalecer-nos mesmos; a postura humana e os valores aprendidos, tais como: a criticidade, a sensibilidade, a contestação social, a criatividade diante das situações difíceis e a esperança. Queremos deste modo, formar seres humanos com dignidade, identidade e projeto de futuro. O objetivo do nosso Projeto Político Pedagógico é oferecer aos professores, alunos, pais e todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados a esta instituição uma visão da realidade educacional. Este documento constitui um referencial de qualidade para a fundamentação pedagógica no Ensino Fundamental. Nele estão inseridos o pensamento e o trabalho de todo o corpo docente do colégio. Por sua natureza aberta, configura uma proposta flexível a ser concretizada nas decisões dos projetos educacionais empreendidos na escola. Nele estão contidas as tendências pedagógicas praticadas na escola, bem como o sistema de avaliação e a prática disciplinar desenvolvida pelos professores. As metas aqui propostas se efetivarão em parceria com toda a comunidade escolar e com o real comprometimento dos profissionais que o elaboraram. Esta proposta tem seu fundamento na construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação 9
  • 10. Projeto Político Pedagógico – PPP e/ou reformulação, de acordo com os avanços dos principais paradigmas educacionais da atualidade. É nesta perspectiva que o Projeto Político Pedagógico da Emeb Profª ―Maria Barbosa Martins‖, deverá ser trabalhado e enriquecido na dinâmica da prática pedagógica. Desta forma, não se pretende oferecer um manual para o corpo docente, sua proposta é dialogar a respeito da estrutura educacional, dos conteúdos e da metodologia deste, bem como ter claro seus fins e objetivos. Ao construirmos nosso Projeto Político-Pedagógico levamos em conta a realidade que circunda a Escola e as famílias de nossos alunos, pois, certamente, a realidade social dos alunos afeta a sua vida escolar, e os dados levantados devem contribuir para orientar todo o organismo escolar para os fins de tratar tais indícios com a devida relevância, transformando-os em currículo, objeto de planejamento e potencial de aprendizagem. Em nossos encontros, discussões e pontos em comum, pensando na gama de formações acadêmicas, pessoais e sociais de cada membro que contribuiu para a construção de nosso Projeto, enquanto escola buscamos criar um clima escolar que priorize a tolerância, o cotidiano escolar na cidadania e em prol dela, além da alta expectativa na aprendizagem dos alunos, pois acreditamos que todos podem aprender e que todos somos iguais nas diferenças, por isso precisamos de tratamentos pedagógicos específicos, bem planejados e acompanhados. O resultado dessas perspectiva pode e deve ser acompanhado por avaliações processuais e de resultado, notadamente transformadas. A educação é prioridade para todos os cidadãos, patrimônio inalienável da sociedade, direitos e dever da União, Estados e Municípios, geri-la, e garantir sua acessibilidade, incondicional. Nesta visão com base legal, a educação deve ter como função social, formar e informar o cidadão, e buscar todas as alternativas para que seja superados desafios no processo de ensino aprendizagem do discente, da educação infantil ao termino da educação básica dentro das diretrizes básica nacional. Para que a escola alcance esses objetivos, vale ressaltar a importância de que o corpo docente faça de sua jornada uma opção vocacional na dedicação a regência e no respeito ao cidadão em formação sob sua responsabilidade, e ao poder público, cumprir suas obrigações em manter e gerir sua funcionalidade no cumprimento de sua função social. 10
  • 11. Projeto Político Pedagógico – PPP O Poder público precisar fazer e cumprir suas obrigações, promovendo as adequações necessárias para que o cidadão faça uma opção pela escola, com prazer e dela possa apropriar-se, com consciência de seus deveres e direitos, porém não esquecer que dela depende como garantia de autopromoção na vida em sociedade. Para que isto aconteça cabe a gestão nos quesitos legais, garantir planejamento de programas e projetos que tenha foco no aluno e na formação continuada de colaboradores docentes e não docentes, garantindo qualidade no processo e na promoção da educação local. Coerentes com as estratégias previstas nas Diretrizes Básicas da Educação Nacional, com fidelidade ao Plano Municipal de Educação, a instituição deve priorizar, ações, meta e objetivos que promova o desenvolvimento global do aluno, promovendo mecanismos que celebre a integração educação como formação e informação, não deixando perder os aspectos culturais da região e localidade, como valor na formação da personalidade do cidadão dentro da sociedade e meio em que vive e tem suas práticas sociais, na construção do meio geográfico de seu convívio comunitário. O planejamento e organização do processo não devem restrinja às elucubrações teóricas, mas que se concretize numa escola, na qual a comunidade em que está inserida seja capaz de formar uma sociedade mais justa e preparada para promover mudanças. Diante da oportunidade oferecida para Lei 9.394/96, onde cada escola pode organizar seu sistema de ensino de modo que atenda às necessidades e possibilidades, organizamos nossa Proposta Pedagógica que tem com seu maior objetivo a formação do ―Homem‖ exercendo em sua plenitude o direito à cidadania e explorando as suas potencialidades. 11
  • 12. Projeto Político Pedagógico – PPP A Unidade de Ensino 1 – Identificação da Unidade Escolar Escola Municipal de Educação Básica Profª. Maria Barbosa Martins 1.1 – Endereço: Avenida Gil João da Silva, 690 – Distrito de Bonsucesso – Município de Várzea Grande – Estado de Mato Grosso. 1.2 - Órgão Mantenedor: Prefeitura Municipal de Várzea Grande – MT - Secretaria Municipal de Educação. 1.3 – Comunicação e contato: Fone/Fax: 65-3688-3050 – E-mail: emebmariabarbosa@uol.com.br Blog: www.emebmariabarbosamartins.blogspot.com 2 – Aspecto e Identificação da Comunidade Atendida: Religião Etnia Escolaridade Profissão Renda Católicos: Pardos: Analfabetos: Comerciante: Menos de um 4% 3% salário: 79% 51% Assina o nome:10% Artesão: 5% 3% Evangélicos: Brancos: 1º ao 5ª ano: Garçom: Salário mínimo: 15,5% 28% 30% 36% 30% Sem Religião: Negros: Cozinheira: 6º ao 9º: 25% Autônomos: 3% 21% 30% Pedreiro: 25% Outras: 12% Fund. Comp: Renda entre 1 a 3 2,5% 10% Outros: 16% salários: Médio inc: 3% Do lar: 20% 35% Médio Comp: Mais de 3 25% salários: Nível Superior: 9% 15% 12
  • 13. Projeto Político Pedagógico – PPP Histórico da Instituição A Escola Municipal de Educação Básica Profª ―Maria Barbosa Martins‖. Tem sua sede no Distrito de Bonsucesso. A Região ribeirinha teve seu povoamento nas primeiras décadas do século XIX, na barranca direita do Rio Cuiabá, localizada a 300 metros de sua margem. Inauguração do Novo prédio da Escola Profª Maria Barbosa Funciona em regime de externato, Martins – após sua destruição com a enchente de 1974. nos períodos matutinos e vespertinos, oferecendo Educação Infantil: Pré-escola e Ensino Fundamental 1º ao 9º ano. Funciona em regime de externato, nos períodos matutinos e vespertinos, oferecendo Educação Infantil: Pré-escola e Ensino Fundamental 1º ao 9º ano. A condição de moradia existente na Localidade é um aspecto bastante positivo, pelo fato de a maioria possuir casa própria, apesar de em muitos casos serem terras devoluto, não estarem regularizadas em escrituradas de lavratura pública, são donatários por gerações de suas residências, a possuindo por herança as que esta regularizadas junto ao poder público. Em contrapartida as residências são abastecidas por uma rede publica de água, a qual é imprópria para consumo, devido à alta concentração de minério de ferro ocasionando a sua alcalinidade. A formação profissional dos membros da comunidade é diversificada. Em vista da mudança nas atividades econômicas de subsistência, os pais viram-se na iminência de perderem a única fonte de renda e voltaram às escolas para concluírem o Ensino fundamental, ainda que muitos não tenham prosseguido os estudos e concluído o Ensino Médio. 13
  • 14. Projeto Político Pedagógico – PPP Esta volta à escola contribui sobre maneira na educação dos filhos uma vez que eles podem auxiliá-los em casa. Entretanto a elevação do nível de escolaridade ainda não contribuiu para uma boa formação profissional e qualidade de vida, visto que as ocupações continuam sendo em subemprego, o que gera baixa estima. Em relação à organização popular da comunidade a mesma é congregada nos movimentos sociais, sendo hoje representados, pela: Associação de Moradores do Distrito de Bonsucesso; Associação de Cultura e turismo de Bonsucesso – sendo uma proposta de congregação os proprietários de peixarias e a comunidade do entorno do turismo local da Rota do Peixe sob assessoria do SEBRAE-MT desde 2003, em convênio com a Prefeitura Municipal – Associação de Pescadores do Distrito de Bonsucesso; CORIMBATÁ – Cooperativa de Pescadores e Artesanato de Bonsucesso e Pai André e a Unidade Escolar que uma referencia a toda a comunidade local com seus eventos anuais, como: Feira das Ciências, Festa do Folclore, Dia das Crianças, OLIMBM – Olimpíadas da Escola Cidadã Profª Maria Barbosa Martins – organizadas e realizadas pela COMFESCI – Comissão de Festa da Escola Cidadã – constituída por membros da comunidade organizada e escola sendo eleita anualmente para o evento que tem duração de três dias com muitas atividades desportivas e momentos de lazer com a participação de todos. Quanto à participação na vida pública e política do Distrito como movimento de bairro, as associações e ONG‘s, a comunidade tem uma participação incipiente. Como movimento da Sociedade Organizada, o compromisso é bastante tímido, uma vez que as lideranças que as congregam não dispõe de uma formação e esclarecimento de seus direitos constitucionais, suficientes para buscar soluções de seus problemas do cotidiano da comunidade e região. A relação da escola com as lideranças Comunitárias é harmônica, estando sempre que preciso unidos para a ocupação de seus espaços na vida da comunidade. A formação populacional de Bonsucesso é diversificada, tendo sua origem em diversas regiões brasileiras, exemplos: cuiabanos, goianos, paulistas, paranaenses e mineiros. Mesmo assim, há a predominância de filhos da terra, embora este processo imigratório já conte com algumas décadas, promovidos pela 14
  • 15. Projeto Político Pedagógico – PPP vocação de aventura e pro buscarem melhores condições de vida e tranqüilidade do lugar. A comunidade é bastante solidaria, não há a constatação de discriminação racial, religiosa e opção sexual, sendo bastante acolhedora e há uma harmonia no convívio popular do cotidiano da população. 15
  • 16. Projeto Político Pedagógico – PPP Criação e Aspectos Legais A Escola Municipal de Educação Básica Profª. Maria Barbosa Martins é herdeira direta da historia da Educação no distrito ainda em tempos memoriais na primeira década do século XX. A historia da Educação Distrital em Bonsucesso está inteiramente ligada a criação da primeira escola com o nome de A Profª Maria Barbosa Martins, como patrona, descerrando Placa de Escola Mista de Bonsucesso nesta inauguração do Novo Prédio Escola - pós enchente de 1974. região em 1908, tendo como primeiro educador o professor Miguel José da Silva, porém em 1915 foi transferida para Capão Grande. Em seu lugar foi criada outra escola pelo Decreto lei nº 511-A, no governo de Dom Aquino Correa, sendo instalada neste local em 16 de março de 1920, a qual veio transferida da localidade de Sucuri, então denominada Escola Rural Mista. Durante as grande chuvas de 1974, como uma das maiores enchente do Rio Cuiabá, O prédio escolar, fora totalmente destruído. Vale salientar que até a enchente, a Unidade era de responsabilidade do governo do Estado de Mato Grosso. A sua reconstrução, sob a responsabilidade do governo Municipal de Várzea Grande, ocorre em 1976, durante a gestão do então prefeito Municipal Engº. Júlio José de Campos, a qual passa a partir desta reconstrução para a administração pública municipal, que a recriou pelo e denominou com a edição do Decreto Municipal nº 163/76 de 23 de Junho de 1976, como Escola Municipal de 1º Grau Professora Maria Barbosa Martins. Pela Lei Municipal nº 2.389 de 22 de Novembro de 2001, fora ratificado no Art. 3º, a denominação da Unidade como Escola Municipal de Educação Básica Prof.ª Maria Barbosa Martins, atendendo aos dispositivo legais da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDB. A atual Unidade escolar foi, autorizada a funcionar pela Resolução nº 158/86, de 13/05/1986 - CEE, tendo seu reconhecimento renovado pela Portaria nº 147/02-CEE - D.O. 25/09/2002 - mantida pelo Governo Municipal, através da 16
  • 17. Projeto Político Pedagógico – PPP Secretaria Municipal de Educação e Cultura, situada à Av. Castelo Branco, nº 2500, Paço Municipal Couto Magalhães, Bairro Água Limpa – Várzea Grande - MT. Em 2008, obteve O Recredenciamento junto ao Conselho Municipal de Educação - em nível de Ensino para a Educação Infantil – Pré-Escolar – Resolução nº 013 de 0e de Junho de 2008 e Ensino Fundamental - Anos Iniciais e Finais: 1º ao 9º Ano – Resolução nº 041 de 04 de Junho de 2008. Desde 2002, compartilhamos as instalações de nosso prédio escolar com o governo de Mato Grosso – Secretaria de estado de Educação, havendo a sedencia a Escola Estadual Luiz Pedroso e Silva, que o utiliza na oferta, no período noturno do Ensino Médio a uma clientela do distrito e região, atendendo em 2011, a 160 alunos, matriculados da Educação de Jovens e Adultos e três séries em nível médio. 17
  • 18. Projeto Político Pedagógico – PPP A Patrona da Unidade de Ensino A Professora Maria Barbosa Martins, nasceu em São Luis do Maranhão, no dia 29 de julho de 1915, filha de José Joaquim Barbosa e de Severa da Cunha Barbosa. Iniciou seus estudos em 1922, tendo concluído o curso normal (Magistério), em 1934 no Instituto Rosa Castro, na capital maranhense. Em 1978, em nível de pós-graduação, fez especialização em planejamento educacional, em curso promovido pelo Instituto de Estudos Avançados IESAE, da Fundação Getúlio Vargas, em Cuiabá. Suas atividades profissionais tiveram início em 1934, quando cursava o último ano da escola normal, em substituição a uma professora que adoecera, lecionando como voluntária numa instituição espírita beneficente, em São Luis. Casou-se com o Sr. Hilton Teixeira Martins. Na década de 40, acompanhada de seu marido, mudou-se para Mato Grosso, na cidade Torixoréu. E mais tarde, para Cuiabá, sempre no exercício de sua função. Em 1971, assumiu a coordenação do Movimento de Educação de Base (MEB), tendo com a sua equipe, desenvolvida intensa atividade junto às comunidades da baixada cuiabana, este trabalho buscava envolver as pessoas para serem alfabetizadas a partir de suas próprias experiências culturais. Dentre as diversas localidades onde o MEB atuou, a do Distrito de Bom Sucesso, em Várzea Grande, na opinião da professora Maria Barbosa Martins, foi a que apresentou melhores resultados. Na época, foram realizados trabalhos com grande repercussão na história da comunidade, a qual sofrera um impacto com a enchente de 1974, uma das maiores já registradas, que destruiu várias casas da Comunidade, desabrigando várias famílias. Juntamente com o MEB, Maria Barbosa Martins, fez de tudo para a reconstrução das casas e do prédio escolar, em regime de mutirão, com apoio financeiro de uma organização Assistencial Alemã foram construídas casas de alvenaria pelos próprios moradores, com o apoio de Maria Barbosa Martins. Devido a essa grande ação comunitária, coordenada por Maria Barbosa, a professora Maria Benedita de Magalhães (Maria Titi), moradora do Distrito, em agradecimento e 18
  • 19. Projeto Político Pedagógico – PPP reconhecimento da comunidade a esta grande educadora, sugeriu o nome da benfeitora à escola do Distrito, em sua homenagem, a qual vive hoje na Capital mato-grossense, contando aos 89 anos de vida dedicada a educação e alimentando grandes sonhos, para o segmento educacional da sociedade brasileira, embora já não possa fazer muito pela causa, sendo seu exemplo o guia das novas gerações de docentes. 19
  • 20. Projeto Político Pedagógico – PPP Órgão de Representação Colegiada e Gestão CCDE - Conselho consultivo e Deliberativo Escolar Profª. Maria Barbosa Martins – Inscrito no CNPJ: nº 02.003.455/0001-96 – com sede no mesmo endereço da Unidade de Ensino. Composto nos termos da Lei Federal 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 – Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional e Lei Municipal nº 2.380 de 03 de Setembro de 2001 e resoluções do Conselho Municipal de Educação. Composto, por representação paritária dos segmentos da comunidade escolar interna. O Conselho Escolar, com personalidade Jurídica de Direito civil Privado, organização da sociedade Civil sem fins lucrativos, composto pelos representantes dos segmentos da Unidade de Ensino, sua comunidade Interna, indicados através de eleições livres entre seus pares, é o Órgão consultivo e Deliberativo nos assuntos referentes à Gestão Pedagógica, Administrativa e Financeira da Unidade Escolar. O Conselho Escolar visa ao desenvolvimento das atividades de ensino, dentro do espírito democrático, assegurando a participação dos segmentos da Comunidade Escolar na discussão das questões pedagógico-administrativo-financeiras. Tem funcionamento de Caráter deliberativo e representativo da Comunidade Escolar, e fiel guardião das práticas Democráticas da comunidade escolar interna e do seu entorno, tendo por atribuições principais: I. Ser um Órgão Gestor que junto a direção da Unidade Delibera e compartilha responsabilidade na Gestão dos serviços Educacionais oferecidos a Comunidade no cumprimento da função social da Escola; II. Ser um canal de ligações garantia dos segmentos a seus pares, na defesa imparcial dos interesses coletivos e primar por uma educação de qualidade e igualitária; III. Deliberar as ações de interesses coletivos, quanto as questões administrativas, pedagógicas e a gestão financeira dos recursos disponibilizados pelo poder público e outras fontes nos termos da legislação vigente; IV. Participar do Planejamento Curricular a fim de garantir conteúdos que atendam aos anseios da comunidade e respeitem suas raízes culturais; 20
  • 21. Projeto Político Pedagógico – PPP V. Dialogar com a Secretaria Municipal de Educação e com a comunidade, buscando apóio para o bom andamento das atividades educacionais; VI. Incentivar e participar das comemorações e demais acontecimentos cívicos e culturais. Organização da Instituição seguinte o Seguinte Organograma Funcional: Gestão, Administração Funcional e Comunidade: Departamento que compõem a Unidade de Ensino: Direção; Coordenação Pedagógica; Secretaria; Salas de Aulas; Laboratório de informática; Cozinha; Zeladoria; Arquivo; Deposito de Materiais. 21
  • 22. Projeto Político Pedagógico – PPP Recursos Financeiros A Autonomia Financeira Escolar, concedida pela vigência da Lei Municipal nº 2.380 de 03 de setembro de 2001, em seu Capitulo III art. 127 escreve o legislador: ―A autonomia da Gestão Financeira da Unidade Escolar, objetiva o seu funcionamento eficiente e a melhoria do padrão de qualidade, observando-se: I. Elaboração de projetos visando a implementação da qualidade de ensino na Unidade Escolar; II. Promoção e garantia do desenvolvimento de estudos e pesquisas, buscando o aperfeiçoamento constante e progressivo do processo de ensino aprendizagem. Em Seu Art. 128, escreve a origem do dos recursos que constituem as fontes de financiamento da Educação em sua Unidade de Ensino: I. Repasse, doações, subvenções que lhe forem concedidas pela União, Estado e Município, Entidades Públicas ou Privadas e quaisquer outras categorias ou entes comunitários; II. Renda de exploração de cantina, bem como outras iniciativas ou promoções. Assim, cremos que a educação de qualidade, é responsabilidade de toda a sociedade inclusive aquele que vive em seu entorno, com obrigações para garanti-lhe qualidade e quantidade, e não só do poder Público, mas é preciso que cada cidadão assuma o seu papel para que possa garantir a sua funcionalidade e cumprir a sua função social, disponibilizando acesso irrestrito aos que em idade certa dela precise para sua formação, proteção e garantias educacionais e sociais. 22
  • 23. Projeto Político Pedagógico – PPP Diagnosticando a realidade da instituição 1 - Ponto Fortes da Escola a. Regimento Escolar Atualizado; b. Infra-estrutura física em constante melhoria e adequações; c. Acesso a Informação precisa e em tempo real, via internet; d. Laboratório de Informática instalado e em funcionamento; e. Celebração de parcerias coma iniciativa pública e privada; f. Condições de atendimento as necessidades da comunidade interna e do seu entorno; g. Formação e qualificação profissional de seus colaboradores com capacitação para atender aos anseios da comunidade distrital; h. Conquista do Grau de referencia a população local; i. Envolvimento da equipe docente nos projetos da escola e da SME. Equipe pedagógica com qualificação; j. Apoio Pedagógico disponibilizado aos discentes com baixo rendimento e dificuldade; k. Liderança forte, diante do apoio que recebe da comunidade escolar; l. A escola possui um bom sistema de informações gerenciais. 2 - Pontos Fracos da Escola a. Baixa participação dos pais nos momentos relevantes para o sucesso escolar dos filhos; b. Baixo incentivo aos e estudos dos filhos pelos seus familiares; c. Infra-estrutura precária no setor d e higienização: sanitários do corpo discente; d. Ausência de refeitório; e. Falta espaço de recreação, continua em péssimo estado; f. Indisciplina envolvendo relacionamento entre corpo discente, docentes e colaboradores; 23
  • 24. Projeto Político Pedagógico – PPP g. Prédio necessitando de recuperação da pintura e adequar as cores com o padrão Ministério da Educação. Péssimo esta de conservação da pintura de parte externe e interior de salas de aulas; h. Necessidade d e refrigeração de salas de aulas, com as altas temperaturas da região, têm causado baixo rendimento dos alunos – ausência d e conforto em sala de aulas. 3 – Pontos Fracos que devem ser atacados prioritariamente a. Trabalhar a prevenção a violência contra criança e adolescente: o acesso as drogas e a sexualidade; b. Diminuir o índice de falta do discente ao reforço escolar e as rotina de sala de aulas; c. Formação Continuada para docentes e colaboradores não docentes; d. Diagnosticar o desempenho dos discentes do Ensino Fundamental; e. Fortalecer a relação entre escola/família; f. Fortalecer o ensino inclusivo; g. Projetos de intervenção (para garantir o ensino aprendizagem de qualidade); h. Reavaliar o sistema de avaliação e promoção escolar. 24
  • 25. Projeto Político Pedagógico – PPP Proposta Política e Funcional: 1 – Plano de Ação: Metas e ações a. Envolver os pais nas atividades realizadas na escola; b. Promover gincanas culturais e esportivas; c. Realizar palestras envolvendo os temas: drogas, DSTS, segurança, doenças epidemiológicas; d. Projetos de ensino envolvendo os pais; e. Realizar exposições das atividades realizadas com os alunos, em reuniões e nos conselhos de classe. f. Incentivar o resgate dos valores morais; g. Promover momentos de reflexão no LIE, tendo como apoio os equipamentos tecnológicos; h. Trabalhar com filmes e músicas que desperte o respeito mútuo; i. Promover trabalhos de campos, que evidencie as conseqüências de atitudes indisciplinadas e/ou inflacionárias; j. Solicitar junto a SME apoio para a conclusão das ações; k. Convidar pessoas da comunidade para dar depoimentos e testemunho de vida. l. c) Elevar a qualidade do ensino aprendizagem; m. Realizar projetos envolvendo as datas cívicas e comemorativas, com temas de acontecimentos emergenciais conforme a necessidade do momento; n. Solicitar apoio a SME de cursos e oficinas pedagógicas de aprimoramentos e capacitação ao corpo docente; o. Promover gincanas na área de matemática; p. Participar dos programas direcionados pelo MEC; q. Promover grupos de estudo com o corpo docente; r. Envolver professores e alunos em atividades culturais extra às atividades de rotina escolar; s. Realizar diagnósticos e análises de dados do desempenho acadêmico; t. Promover projetos de leitura, escrita e cálculos; 25
  • 26. Projeto Político Pedagógico – PPP u. Solicitar apoio junto a SME, curso de aprimoramento no atendimento aos alunos com necessidades especiais. v. Aplicar e priorizar o desenvolvimento no modelo de avaliação e promoção; w. Informar os pais ou responsável, o método de avaliação que será aplicado em cada bimestre; x. Trabalhar com toda a comunidade escolar conceitos de respeito. Disciplina, responsabilidade, ética, amor ao próximo e outros; y. Abordar os temas transversais; z. Promover momentos de reflexão e palestras educativas que possam contribuir com a conscientização da comunidade escolar; aa. Aplicar dinâmicas de grupo; Utilizando vídeos; acesso a internet e outros recursos disponíveis na escola, para o desenvolvimento de projetos relacionados à ética, disciplina, responsabilidade e respeito mútuo as diferenças: cor, raça, religião; meio ambiente qualidade de vida, prevenção as drogas e sexualidade. 2- Educação Inclusiva As desigualdade sociais no Brasil afetam diretamente as diversas condições de acesso à educação no país. Quase todos os indicadores educacionais brasileiros evidenciam este fato. São percebidas desigualdades nas condições de acesso à educação e nos resultados educacionais das crianças, dos jovens e dos adultos brasileiros, penalizando especialmente alguns grupos étnicorraciais, a população mais pobre e do campo, os jovens e adultos que não concluíram a educação compulsória na idade adequada. Grandes desigualdades raciais e étnicas continuam existindo na sociedade brasileira (especialmente com relação a alguns grupos específicos, tais como a população indígena, a população afrodescendente, os quilombolas, a população carcerária e a população rural). A literatura especializada mostra que há forte correlação entre a origem étnica e as oportunidades educacionais. Estas coexistem lado a lado com 26
  • 27. Projeto Político Pedagógico – PPP desigualdades sociais e regionais, contribuindo, assim, para a exclusão educacional de um número considerável de jovens e adultos. Os organismos nacionais e internacionais, pretendem envidar esforços e disponibilizar apoio ao país na implementação de ações afirmativas para promover oportunidades iguais de acesso à educação de qualidade, incluindo todos os grupos da sociedade brasileira: cor, raça, religião e a pessoa com deficiencias e com necessidades especiais, par a sua inclusão ao processo ensino-aprendizagem. A educação inclusiva deve ter como objetivo e linhas mestras:  Promover o discente em todas as fases do processo de apropriação de conhecimentos acadêmico, proporcionando o bem estar e o prazer de aprender;  Trabalhar a família em sua conjuntura, e sendo necessário encaminhar par a acompanhamento especializado, juntamente com o discente sob sua responsabilidade;  Promover palestras com os profissionais especializados, sobre temáticas das deficiências educacionais e o valor da inclusão em sala de aulas com alunos que não necessitem de atendimento especial;  Buscar alternativas que leve o discente a apropriação de saberes com recursos de áudio e vídeo e acesso a rede mundial de computadores;  Trazer a família para o interior da escola e proporcionar que acompanhe o discente em todas as suas fases de apropriação de saberes.  Momentos de estudo para a discussão das ações em conjunto para melhorar envolvimento com os alunos inclusos. 27
  • 28. Projeto Político Pedagógico – PPP Filosofia da Escola ―Propiciar ao Educando a formação necessária para seu desenvolvimento com espírito crítico e transformador, assegurando seus direitos e o cumprimento de suas obrigações como cidadão consciente‖. Inserindo no contexto escolar as propostas do PDE – Plano de Desenvolvimento Escolar, como: Nossos Valores “Valorizar nosso alunado oferecendo qualidade nos serviços educacionais...” Nossa Visão de Futuro ―Buscar ser uma escola que prime pela excelência de seus serviços, na cooperação entre os segmentos da comunidade e poder público...‖ Nossa Missão ―Preparar cidadãos que sejam comprometidos com as transformações sociais, críticos e capazes trilhar novos valores ÉTICOS...‖ Nossos Objetivos Estratégicos 1. Aprimorar a Qualidade de Ensino – Aprendizagem; 2. Fortalecer o Trabalho da Gestão Escolar. Objetivo Geral Propiciar aos educandos o contato com outras realidades, visando a ampliação dos conhecimentos gerais e específicos de cada área, integrando o aluno às comunidades afins para que se desenvolva sua visão crítica e ele adquira capacidade de julgamento e emita opinião própria acerca do que ele vivenciou. Objetivos Específicos 1- Estimular e promover atividades culturais e sociais extraclasse envolvendo outras comunidades. 2- Estimular as práticas corporais e esportivas. 3- Qualificar os profissionais da educação. 4- Propiciar momentos de reflexão aprimorando senso crítico. 5- Melhoria do espaço físico da escola. 28
  • 29. Projeto Político Pedagógico – PPP Metas 1- Envolvimento das comunidades em atividades educacionais e sociais realizadas pela escola; 2- Envolver os alunos nas atividades esportivas sociais realizadas pela escola e também por outros Órgãos Públicos e Privados; 3- Proporcionar palestras, seminários, oficinas, treinamentos, pesquisas, jogos e intercâmbios culturais a comunidade escolar; 4- Promover cursos de capacitação para os profissionais da educação; 5- Consolidar a posição de referencia a comunidade escolar interna e externa. Concepção da alfabetização Para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar que a escrita representa graficamente a linguagem, para favorecer a conquista da capacidade de uso da linguagem objetivo central do ensino da língua é tratar os conteúdos de forma coerente com que se pretende alcançar; para isso será necessário, então, organizá-los e seqüenciá-los de acordo com critérios metodológicos, e também ao conhecimento que possuem nossos alunos. Segundo conceitos de educadores como Ferreiro (1985) e Freire (1996) A aprendizagem é um processo de evolução, onde escrever e ler são duas atividades da alfabetização e a leitura de mundo antecede a da escrita. O objetivo desta pesquisa é apontar segundo os autores pesquisados que processo de alfabetização precisa ser construído e para isso devemos estudar muito e contar com teorias que embasem e orientem nosso trabalho. Aprendemos construindo e, para construir, temos que pensar. Vimos ainda que professor deve ser mediador e saber como a criança aprende. Segundo Ferreiro (1985), existe um sujeito que conhece e que, para conhecer, emprega mecanismo de aprendizagem. Há, na sua concepção, um papel ativo do sujeito na interação com os objetos da realidade. Dessa forma, o que a criança aprende não corresponde ao que lhe é ensinado, pois existe um espaço aberto de elaboração do sujeito. O educador deve estar atento a esses processos para promover, adequadamente, a aprendizagem. 29
  • 30. Projeto Político Pedagógico – PPP Em suas concepções assegura, ainda que a aprendizagem da escrita tem caráter evolutivo, no qual é relativamente tardia a descoberta de que a escrita representa a fala, não sendo necessário que se estabeleçam de início, a associação entre letras e sons. Outro aspecto importante nesta evolução refere-se ao aspecto conceitual da escrita. Para que as crianças possam descobrir o caráter simbólico da escrita, é preciso oferecer-lhes situações em que a escrita se torne objeto de seu pensamento. Este aprendizado é considerado fundamental, ao lado de outras habilidades. Suas idéias representam um das mais valiosas e recentes contribuições numa abordagem construtivista- integracionista da aprendizagem, reafirmando: Os aspectos construtivos têm a ver com o que se quis representar (...) para criar diferenciações entre as representações (...). A escrita infantil segue uma linha de evolução surpreendentemente regular, através de meios culturais, de diversas situações educativas e diversas línguas. (FERREIRO, 2001, p.18). Valorizando, assim, as histórias ouvidas e contadas pelas crianças (que devem ser escritas pelo professor), bem como as tentativas de escrever seus nomes ou bilhetes. Essas atividades assumem grande importância no processo, pois são geradoras de espaço para a descoberta dos usos sociais da linguagem – que se escreve. É importante colocar a criança em situações de aprendizagem, em que possa utilizar suas próprias elaborações sobre a linguagem. O objetivo de Ferreiro é integrar o conhecimento espontâneo da criança ao ensino, dando-lhe maior significado. Conhecendo o processo pelo qual as crianças constroem seu próprio sistema de leitura e escrita é possível nortear o ensino da linguagem escrita na escola. Escrever não é a mesma coisa que desenhar. Por vivenciar um mundo gráfico com diferentes símbolos, as crianças inicialmente começam a diferenciar desenhos de outros signos: letras e números, por exemplo. Quando chega á escola a maioria já consegue fazer essa distinção. Tendo compreendido que escrever não é desenhar, as crianças iniciam uma fase de tentar imitar as letras, os símbolos que conhecem. Essas primeiras grafias apesar de não serem mais desenhos também não são letras convencionais, são escritas que tentam se parecer com a escrita adulta. Avançado em sua construção da escrita, a criança percebe que para escrever utilizam-se apenas letras, passam a deixar de representar números em suas hipóteses de escrita. As letras aproximam-se cada vez mais das formas convencionais. 30
  • 31. Projeto Político Pedagógico – PPP É inegável a contribuição de Freire (1999), apontado por boa parte dos educadores, nacional e internacionalmente, como o grande pensador do século vinte. A partir de suas idéias, criou-se uma nova concepção de educação, de ―leitura de mundo‖, proporcionando grandes mudanças no processo de alfabetização, por forte influência prático-teórica no desenvolvimento cultural, social e político do sujeito. Porque não aproveitar a experiência que tem os alunos de viver em áreas da cidade descuidada pelo poder público para discutir (...) a poluição dos riachos e dos córregos etc. porque não discutir com os alunos a realidade concreta? (FREIRE, 1999, p. 33). Para Freire, conhecer é descobrir e construir não é copiar, como na pedagogia dos conteúdos. A educação não pode ser orientada pelo paradigma de uma empresa, que dá ênfase apenas a eficiência. Este paradigma ignora o ser humano. Segundo os construtivistas, aprendem-se quando se quer aprender e só se aprende o que é significativo. Objetivos da Alfabetização  Conhecer os principais estágios cognitivos e os níveis conceituais das crianças para estabelecer alguns princípios gerais que orientam a metodologia a ser adotada;  Desenvolver no aluno através de situações de ensino e aprendizagem, dos conteúdos, estratégias didáticas e dos ambientes educativos, estrutura do psiquismo infantil, melhora da auto-estima, levando-os a aprender a respeitar as diferenças individuais;  Compreender para que sirvam os sinais da escritura (letras, sinais, pontuação, separabilidade) e de que modo eles se articulam na escrita;  Proporcionar ao aluno lidar com vários tipos de fontes, aprender a ler e interpretar diferentes tipos de portadores de textos: jornais, revistas, coletas de dados, objetos, gravuras, fotografias e outros;  Proporcionar aos alunos atos de leitura e escritas em situações reais. 31
  • 32. Projeto Político Pedagógico – PPP Perfil da Comunidade Discente O Perfil do corpo discente da unidade é bastante diferenciada, sendo a maioria deles com um nível de vida bom, muitos moram com seus pais e outros com os avós grande parte não podem ser considerados de extrema carência até mesmo porque não passam fome, devido morar em lugar privilegiada como: a beira do rio, terra fértil e muitos cultivam sua agricultura subsistência, são crianças muito espertas e inteligentes que de certa forma influencia dentro do ambiente escolar assim temos:alunos do 1º ano do 1º ciclo com um perfil bom pois já freqüentaram o pré e automaticamente já trazem em um sua bagagem um certo conhecimento aprimorado, o que facilita a sua alfabetização, sendo assim este perfil que também se estende ao aluno do 2º ano visto que temos salas multiseriadas havendo apenas uma mudança de níveis do conhecimento; já os alunos do 3º ano do ciclo, apresentam um bom rendimento do ensino- aprendizagem, fazendo assim com que haja um seguimento daquilo que vem sendo proposto pelos educadores desta unidade escolar , o 4º e o 5º apresentam uma variação de realidade em seu conhecimento, os alunos apresentam interesse naquilo que lhe convém. Procedimentos Didáticos 1. Professores poderão montar seus próprios instrumentos de registro diagnósticos, por exemplo, tendo um caderno reservado para cada um dos seus alunos, com data da observação para poder ter uma visão do processo. Deverá também fazer registro em ata detectando possíveis problemas de ensino aprendizagem. 2. Umas das estratégias seria Conselho de classe do ciclo básico de alfabetização deverá levar em conta os aspectos emocionais, afetivos e sociais de cada educando. As decisões tomadas e os resultados consensuais deverão estar registrados em atas, súmulas ou relatórios descritivos do Conselho. Reuniões de pais e mestres, reuniões pedagógica, caderno de campo; ficha de acompanhamento mensal da evolução da escrita, mapa demonstrativo e relatório descritivo bimestral da aprendizagem do aluno. 32
  • 33. Projeto Político Pedagógico – PPP 3. A proposta de agrupamento é fazer com que os alunos se interajam, associem ajudando na superação do processo de ensino aprendizagem. 4. Essas atividades serão elaboradas de forma sistematizada de acordo com cada nível. 5. As possíveis intervenções são decisões tomadas por todo grupo escolar nas horas atividades onde nas reuniões pedagógicas com troca de idéias os professores confrontam seus problemas, dificuldades, acertos, avanços, possibilitando que todos compartilhem buscando com isso que possibilite a busca na melhor tomada de decisões chegando ao denominador comum sobre a intervenção que poderá ser feita gradativamente. “É importante refletir sobre a nossa postura perante a realidade dos alunos. Tratar a vida como um conto de fadas não cabe mais.” 33
  • 34. Projeto Político Pedagógico – PPP Ação Continuada do Processo Educativo Com a introdução dos ciclos, o aluno não passa de uma série para outra, mas terá sua escolaridade acontecendo por meio de ações que buscam a integração do processo educativo. É uma concepção em que as aprendizagens se realizam como processos situados no tempo possibilitando-se assim ao aluno a realização dos processos de aprendizagem em toda sua extensão, sem as rupturas existentes no sistema educacional. Do ponto de vista do aluno há a possibilidade de desenvolvimento crescente da complexidade dos conceitos e da apropriação progressiva do método (método para construção do conceito e apropriação dos instrumentos culturais que levam ao desenvolvimento humano). A noção de ciclos está ligada, como vimos, a um projeto de educação que valoriza a formação global humana. Na lógica da seriação, corre-se atrás de um currículo a ser cumprido que não deixa espaço para mais nada. E nela também é praticamente impossível a realização das tarefas que levam ao pleno desenvolvimento humano, uma vez que tais tarefas, em muitos casos, demandam um tempo mais longo que as aulas de cinqüenta minutos. No entanto, reorganizar simplesmente o tempo dos anos escolares em ciclos não é suficiente para uma reforma de fundo na instituição, pois há outras questões na escola que a mera visão em ciclos não resolve como a organização do tempo no dia a dia e a flexibilização na locação do tempo de aula no cotidiano. Para consolidar o amparo legal sobre a ampliação do Ensino Fundamental, foi interessante uma perspectiva do seguinte histórico do ordenamento político-legal: I. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 - Estabelecia 4 anos de Ensino Fundamental. II. Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971 - Obrigatoriedade do Ensino Fundamental de 8 anos. III. Lei 9. 394, de 20 de dezembro de 1996 – admitem a matrícula no IV. Ensino Fundamental de 9 anos, a iniciar-se aos 6 anos de idade. 34
  • 35. Projeto Político Pedagógico – PPP V. Lei nº 10. 172, de 9 de janeiro de 2001 - Aprovou o Plano Nacional de Educação/PNE. O Ensino Fundamental de 9 anos se tornou meta progressiva da educação nacional VI. Lei nº 11. 114 16 de maio de 2005 – torna obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental. VII. Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de idade e estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010. 35
  • 36. Projeto Político Pedagógico – PPP Ensino Fundamental de Nove Anos O Parecer CNE/CEB nº 24/2004, de 15 de setembro de 2004 (reexaminado pelo Parecer 6/2005): Estudos visando ao estabelecimento de normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração. Parecer CNE/CEB nº 6/2005, de 8 de junho de 2005: Reexame do Parecer CNE/CEB 24/2004, que visa o estabelecimento de normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração. Resolução CNE/CEB nº 3, de 3 de agosto de 2005: Define normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração Parecer CNE/CEB nº 18/2005, de 15 de setembro de 2005: Orientações para a matrícula das crianças de 6 (seis) anos de idade no Ensino Fundamental obrigatório, em atendimento à Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005, que altera os Arts. 6º 32 e 87 da Lei nº 9.394/1996 Consulta: sobre situações relativas à matrícula de crianças de seis anos no Ensino Fundamental Parecer CNE/CEB nº 41/2006, de 9 de agosto de 2006: Consulta sobre interpretação correta das alterações promovidas na Lei nº 9.394/ 96 pelas recentes Leis nº 11.114/2005 e nº 11.274/2006. Parecer CNE/CEB nº 45/2006, de 7 de dezembro de 2006: Consulta referente à interpretação da Lei Federal nº 11.274, de 6/2/2006, que amplia a duração do Ensino Fundamental para nove anos, e quanto à forma de trabalhar nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Parecer CNE/CEB nº 5/2007, 1º de fevereiro de 2007(reexaminado pelo Parecer CNE/CEB nº 7/2007): Consulta com base nas Leis nº 11.114/ 2005 e n° 11.274/2006, que tratam do Ensino Fundamental de nove anos e da matrícula obrigatória de crianças de seis anos no Ensino Fundamental. PARECER CNE/CEB nº 7/2007, de 19 de abril de 2007 (reexame do Parecer CNE/CEB nº 5/2007): Reexame do Parecer CNE/CEB nº 5/2007, que trata da consulta com base nas Leis nº 11.114/2005 e n° 11.274/2006, que se referem ao Ensino Fundamental de nove anos e à matrícula obrigatória de crianças de seis anos no Ensino Fundamental. A idade de ingresso no Ensino Fundamental de nove anos de duração será segundo as orientações legais e normas estabelecidas pelo CNE, a data de corte, ou seja, a data de ingresso das crianças no Ensino Fundamental é a partir dos 36
  • 37. Projeto Político Pedagógico – PPP seis anos de idade, completos ou a completar até o início do ano letivo, conforme estabelecido pelo respectivo sistema de ensino. Parecer CNE/CEB nº 6, de 8 de junho de 2005: os sistemas de ensino deverão fixar as condições para a matrícula de crianças de 6 (seis) anos no Ensino Fundamental quanto à idade cronológica: que tenham 6 (seis anos) completos ou que venham a completar seis anos no início do ano letivo. Parecer CNE/CEB nº 18, de 15 de setembro de 2005: os sistemas devem fixar as condições para ―a matrícula de crianças de 6 (seis) anos nas redes públicas: que tenham 6 (seis) anos completos ou que venham a completar seis anos no início do ano letivo. Parecer CNE/CEB nº 5, de 1º de fevereiro de 2007: de fato, não deve restar dúvida sobre a idade cronológica para o ingresso no Ensino Fundamental com a duração de nove anos: a criança necessita ter seis anos completos ou a completar até o início do ano letivo. Parecer CNE/CEB nº 7, de 19 de abril de 2007: não deve restar dúvida sobre a idade cronológica para o ingresso no Ensino Fundamental com a duração de nove anos: a criança necessita ter seis anos completos ou a completar até o início do ano letivo. Os conteúdos que deverão ser desenvolvidos no Ensino Fundamental de nove anos serão os seguintes: A definição de conteúdos é de competência dos sistemas de ensino. Para subsidiar essa discussão é importante observar os seguintes documentos:  A Constituição Federal  A LDB nº. 9.394/1996  Plano Nacional de Educação  Parâmetros Curriculares Nacionais. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Pareceres e resoluções do CNE e do respectivo sistema de ensino O documento Ensino Fundamental de nove anos: orientações para inclusão das crianças de seis anos de idade (publicação do MEC/ SEB/DPE/COEF). As propostas pedagógicas das Secretarias de Educação Os projetos políticos – pedagógicos das escolas. No Ensino Fundamental de nove anos o primeiro ano se destina à alfabetização. Esse primeiro ano constitui uma possibilidade para qualificar o ensino e a aprendizagem dos conteúdos da alfabetização e do letramento. Mas, não se deve restringir o desenvolvimento das crianças de seis anos de idade à exclusividade da alfabetização. Por isso, é importante que o trabalho pedagógico 37
  • 38. Projeto Político Pedagógico – PPP implementado assegure o estudo das diversas expressões e de todas as áreas do conhecimento; ressalte-se que o trabalho que resulte na alfabetização não deve ocorrer apenas no segundo ano do Ensino Fundamental, uma vez que o acesso ao trabalho com a linguagem escrita é um direito da criança a partir do momento que tem acesso ao ambiente chamado escola. No entanto, o que deve ser objeto de estudo permanente por parte dos sistemas e de todos os profissionais envolvidos com esse tema é como possibilitar que a criança seja de fato alfabetizada sem que lhe seja negado o acesso aos conhecimentos das demais áreas e sem a obrigação de ser alfabetizada em 200 dias letivos; o trabalho que assegure uma efetiva alfabetização não se restringe somente a um ano de trabalho pedagógico, pela complexidade da matéria, é um trabalho a ser desenvolvido com seriedade e continuidade pelo menos nos três primeiros anos do Ensino Fundamental; se, no Ensino Fundamental de nove anos, foi ampliado o tempo dos anos iniciais de 4 anos para 5 anos, a proposta não é o aumento dos conteúdos, mas a qualificação da aprendizagem, dando à criança um período mais longo para solidificar suas aprendizagens, inclusive da alfabetização; pela natureza dos objetivos do Ensino Fundamental, definidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/ LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996, toda criança dessa etapa de ensino tem o direito ao conhecimento de todas as áreas do conhecimento estabelecidas na base nacional comum e não somente a linguagem escrita; Faz-se necessário elaborar uma nova proposta curricular coerente com as especificidades não só da criança de seis anos de idade, como também das demais crianças de sete, oito, nove e dez anos de idade que constituem os cinco anos iniciais do Ensino Fundamental, como os anos finais dessa etapa de ensino. Com o objetivo de subsidiar os sistemas de ensino na elaboração da proposta pedagógica e do currículo para essa nova realidade dos anos iniciais do Ensino Fundamental, o MEC publicou os documentos: I. Ensino Fundamental de Nove Anos:  Orientações para a Inclusão da Criança de Seis Anos de Idade. Esse material é composto por 09 capítulos, a saber:  A infância e sua singularidade;  A infância na escola e na vida: uma relação fundamental;  O brincar como um modo de ser e estar no mundo;  As diversas expressões e o desenvolvimento da criança na escola; 38
  • 39. Projeto Político Pedagógico – PPP  As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento;  Letramento e alfabetização: pensando a prática pedagógica;  A organização do trabalho pedagógico: alfabetização e letramento como eixos orientadores;  Avaliação e aprendizagem na escola: a prática pedagógica como eixo da reflexão;  Modalidades organizativas do trabalho pedagógico: uma possibilidade. II. Indagações sobre Currículo, documento sobre concepção curricular, em processo de finalização, será composto de textos sobre:  Currículo e desenvolvimento humano Educando e Educadores: seus direitos e o currículo;  Currículo, conhecimento e cultura;  Diversidade e Currículo;  Currículo e avaliação. A ampliação se fará com o acréscimo de um ano a mais no início do Ensino Fundamental, respeitando desse modo o estabelecido na: Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Art. 87 § 3º, inciso I, ao dispor que cada município e, supletivamente, o estado e a União, deverá: ―matricular todos os educandos a partir dos sete anos de idade e, facultativamente, a partir dos seis anos, no Ensino Fundamental‖.Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005, ―Art. 6o. É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental.‖ (NR)Lei Nº 11. 274, de 6 de fevereiro de 2006, Art. 3o (...) ―Art. 32. O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade (...)‖. 1. Corpo Docente na visão de uma educação de qualidade abrange: I. Titulação acadêmica do docente; II. Regime de trabalho, sua forma de admissão e atualização; III. Experiência no Magistério de Educação Básica e/ou Estágio/monitoria que torne o docente experiente em diferentes modalidades e níveis de Ensino Aprendizagem; IV. Experiências profissionais não docentes; V. Qualificação e regime de trabalho dos Dirigentes e técnicos da Escola; VI. Relação/professor/aluno/espaço VII. Garantias profissionais dos Estatutos da Classe e da legislação vigente; VIII. Projeto de especialização e Pós-graduação ―Latus sensu‖ e ―Stricto sensu‖; IX. Capacitação e treinamento para manusear instrumentos novos; 39
  • 40. Projeto Político Pedagógico – PPP X. Capacidade de convivência com os contrários, espírito empreendedor e gosto pela profissão. XI. Corpo técnico especializado e/ou qualificado. 2. Organização Didática Pedagógica onde está inserido o currículo da escola: A- Avaliação Didática – Pedagógica: a) Concepção da modalidade da Educação Infantil CBAC e do 4º ao 9º; b) Perfil do discente matriculado; c) Perfil do discente egresso; d) Elaboração e execução do currículo conforme perfil discente; e) Iniciação à pesquisa e à produção científica; f) Desenvolvimento de estágios, monitorias e/ou experiências extraclasse; g) Participação em eventos: música, canto, dança, festivais, feira das ciências e artes, encontros e viagens. B - A organização Didático-Pedagógicos necessita ainda que esteja claro para a Comunidade Escolar: a) A missão da escola; b) Objetivos da Educação Infantil, CBAC,e do 4º ao 9º ano; c) Distribuição da carga horária necessária, atendendo a legislação e as peculiaridades da clientela; d) Habilitação proposta pela escola ao egresso Fundamental / aceleração / ciclo / conclusão e egresso; e) Possibilidades de alterações e adequações curriculares; f) Práticas pedagógicas inovadoras e adequadas; g) Procedimentos formais de avaliação, recuperação, aprovação e reprovação. h) Elaboração de projeto para aplicação de carga horária extraclasse; i) Ementário bibliográfico para leitura e consulta. 3. Infraestrutura a) Espaço físico disponível adequado às atividades propostas, ao número de docentes, discentes e demais integrantes da escola; b) Condições concretas de manutenção e conservação; c) Instalações padrão para Educação Básica na modalidade infantil, CBAC do 4º ao 9º ano; d) Laboratórios e oficinas com forma de acesso do educando; e) Equipamentos e instalações, inclusive para desporto e lazer; f) Instalações, equipamentos, instrumentos e insumos de laboratórios adequados às práticas de Ensino; g) Plano de Implantação dos laboratórios de informática e modernização acervos da biblioteca, bem como aquisição de equipamentos e instrumentos novos; 40
  • 41. Projeto Político Pedagógico – PPP 4 -Biblioteca contendo: I. Espaço e móveis próprios; II. Quantidade suficiente de títulos e periódicos disponíveis por disciplina; III. Espaço para leitura e pesquisa; IV. Plano anual de atualização dos títulos e periódicos; V. Pessoal técnico especializado ou qualificado. 5 Sala de vídeo: I. Espaço de convivência; II. Instalações administrativas; III. Instalações de higienização conforme número de usuários; IV. Cozinha e cantina V. Quadra poli-esportiva; VI. Instalações de água e energia elétrica de acordo com a capacidade dos usuários; VII. Iluminação e ventilação conforme os padrões de saúde coletiva; VIII. Pintura e decoração com cores pedagógicas; IX. Acesso apropriado para portadores de necessidades especiais. Objetivo Geral Propiciar aos educandos o contato com outras realidades, visando a ampliação dos conhecimentos gerais e específicos de cada área, integrando o aluno às comunidades afins para que se desenvolva sua visão crítica e ele adquira capacidade de julgamento e emita opinião própria acerca do que ele vivenciou. Objetivos Específicos a. Estimular e promover atividades culturais e sociais extraclasse envolvendo outras comunidades. b. Estimular as práticas corporais e esportivas. c. Qualificar os profissionais da educação. d. Propiciar momentos de reflexão aprimorando senso crítico. e. Melhoria do espaço físico da escola. 41
  • 42. Projeto Político Pedagógico – PPP Metas a. Envolvimento das comunidades em atividades educacionais e sociais realizadas pela escola; b. Envolver os alunos nas atividades esportivas, sociais realizados pela escola e também por outros Órgãos Públicos e Privados; c. Proporcionar palestras, seminários, oficinas, treinamentos, pesquisas, jogos e intercâmbios culturais a comunidade escolar; d. Promover cursos de capacitação para os profissionais da educação. e. Consolidar a melhoria da estrutura física da escola, com nova pintura do prédio, troca da rede elétrica e a construção de novos sanitários para o corpo discente f. Melhorias das dependências administrativas dando melhores condições de trabalhos aos recursos humanos disponível. 42
  • 43. Projeto Político Pedagógico – PPP Regime de Funcionamento A Escola Municipal de Educação Básica Profª “Maria Barbosa Martins”, funciona no período diurno, com carga horária de 800/880 horas e no mínimo 200 dias letivos anuais. No período matutino funciona de 6º ao 9º ano, com aulas de 60 minutos; das 07h00min às 11h30min. No período vespertino funciona o Pré-escolar, CBAC e do 4º ao 5º ano das 13h00min às 17h00min. No período noturno: o Ensino Médio – 19h00min às 22h30min, mantido pelo Governo de Mato Grosso – Secretaria de Estado de Educação, através da Escola Estadual Luiz Pedroso e Silva, a qual usa nossas dependências pedagógicas, salas de aulas e cozinha, como salas anexas da sede do estabelecimento de Ensino Estadual localizada no Distrito de Campão Grande. A oferta dos serviços educacionais são gratuitos e mantidos pelo poder Público Municipal de Várzea Grande, sendo são executados suas etapas e fases em regime presencial com, exigência legal de freqüência não inferior a 75% para aprovação em cada período letivo, com o cumprimento de no mínimo 800 horas e de 200 dias letivos. Recursos Disponíveis 1 - Direção da Unidade Escolar  Diretor (a) – Profissional docente efetivo  Coordenador(a) – profissional docente efetivo  Secretário (a) Escolar – Agente Adm. Efetivo e/ou Nomeado para a função. 43
  • 44. Projeto Político Pedagógico – PPP 2- Exercício da Docência e Sala de aulas Professor efetivo e/ou estável no Sistema Municipal de Educação, com lotação plena na área de atuação, podendo ser exercido por profissionais com habilitação especifica em regime de contratação temporário nos termos da legislação vigente: 2.1 - Educação Infantil: Pré-Escolar; 2.2 - Ensino Fundamental: Anos Iniciais: CBAC: 1º ao 3º Ano; 2.3 - Ensino Fundamental; Anos Iniciais: 4º e 5º Ano; 2.4 - Ensino Fundamental: anos Finais: 6º ao 9º ano: Com Currículo Organizado por Áreas do Conhecimento acadêmico: Área de Conhecimentos Componentes Curriculares L. Port. Alfabetização Língua Portuguesa Linguagens Artes Língua Estrangeira Moderna Espanhol Educação Física Matemática Ciências da Natureza e Matemática Ciências História Ciências Humanas Geografia Educação Religiosa 3 - Espaço físico – Infraestrutura Física A Escola Municipal de Educação Básica Profª ―Maria Barbosa Martins‖ possui: Área construída: 1.260,5 m² - sala de aulas e dependências; Área coberta (Corredores) - livre circulação: 180,5 m²; Quadra Poliesportiva coberto: 548 m². Pátio com parte pavimentado e descoberto: 195m² A. Administrativa Sala de Direção: 18 m² Secretaria Escolar: 17 m²; Cozinha Escolar: 25 m²; 44
  • 45. Projeto Político Pedagógico – PPP Deposito de alimentos: 8m²; Depósito de materiais Limpeza: 10,5 m²; Deposito de Materiais Pedagógicos e Equipamentos: 20 m². B. Pedagógico I. Sala 1 - Programas Federais: 47 m²; II. Sala 2 – Sala de Aulas: 47 m²; III. Salas 3 - Articulação: 22 m²; IV. Salas 4 - Sala de Aulas: 40 m²; V. Salas 5 - Sala de Aulas: 40 m²; VI. Salas 6 - Sala de Aulas: 48 m²; VII. Salas 7 - Sala de Aulas: 48 m² ( Pré-Escolar); VIII. Espaço Cultural Profª Maria Benedita de Magalhães – Palco: 30 m²; IX. Salas 8 - Sala de Aulas: 48 m² ( Laboratório de Informática) X. Quadra Poliesportiva coberta: 548 m² XI. Horta Escolar: 144 m². 3. Sanitários 1 - Sanitário feminino, medindo 12 m², com 03 Box sanitários e acessórios. 1 - Sanitário masculino, medindo 10 m², com 02 Box sanitários e acessórios. 1 - Sanitário administrativo, medindo 2,88 m², com 1 Box sanitário e acessório. Participação da Comunidade Um dos pontos positivos observados tem sido a grande participação da comunidade na escola embora não haja consenso quanto a um horário único para reuniões com todos os pais; dificuldade que esta sendo contornada com reuniões em horários diferenciados. Em contrapartida a escola contribui para o enriquecimento da comunidade, pois serve como referência por possuir laboratório de informática atendendo a mesma e uma pequena biblioteca, que, apesar de modesta, serve como base para pesquisa uma vez que a distância do centro urbano e a deficiência no transporte coletivo local dificultam o acesso a outras fontes de pesquisas. A escola conta com CCDE que se mostra sempre pronto à ação em conjunto, sendo contemplado em sua composição todos os segmentos, como: pais, alunos etc, e estes têm uma participação efetiva nas decisões tomadas em conjuntos uma vez que a escola / comunidade se reúne para dialogar e acertar 45
  • 46. Projeto Político Pedagógico – PPP possíveis problemas no seu cotidiano, numa parceria significativa, evitando assim, a elevação dos índices como: evasão e repetência. Projetos como PETI, MAIS EDUCAÇÃO entre outros, estão sendo preparados pela escola, onde alunos freqüentarão salas de aulas em período diferenciado, para ser trabalhada na integra a sua deficiência, por área de conhecimento, com monitores sob a orientação da Coordenação Pedagógica. Assim, para que estes sejam colocados em prática é necessário que a escola seja dotada de uma melhor infra-estrutura e adequação de seu espaço disponível, sendo este o maior entrave no atendimento Escolar à nossa Comunidade. A Unidade Escolar Profª Maria Barbosa Martins, dentro de seus limites e possibilidades, tem primado pelo bom atendimento escolar a partir do ano de 2000, ocorrendo dentro dos programas de melhorias uma pequena reforma interna dos espaços físicos que minimizou alguns de seus problemas estruturais e educacionais. Hoje devido a grande demanda em nossa escola e com a necessidade de avanços pedagógicos, a nossa escola enfrenta um grande problema que seria a falta de estrutura física para melhoria das condições no atendimento pedagógico. As instalações elétricas e hidráulicas são antigas e precárias, sendo assim, a escola fica impossibilitada de avançar em seus projetos, ficando a mesma privada de melhores êxitos. Necessitamos de uma reforma externa e interna em pintura e construção de novos sanitários para o corpo discente e comunidade, em padrão e normas do MEC. ESCOLA INTEGRAL: Programa Mais Educação 46
  • 47. Projeto Político Pedagógico – PPP O programa tem como aspectos preponderantes questões sociais. Entretanto, e até mesmo por isso, a intencionalidade educativa necessariamente está presente na proposta, pois não se concebe como ação suficiente apenas retirar os jovens das ruas e oferecer-lhes atividades variadas sem relacioná-las ao contexto sociopolítico e econômico em que eles se encontram e às situações concretas das experiências que eles vivenciam e sem promover uma reflexão sobre os valores que adotam. Reduzir a educação à escolarização corresponde a ignorar que ela está presente nas expressões culturais e sociais dos grupos humanos. As oficinas realizadas nas escolas podem pertencer a áreas diversas como cultura, artes, esporte, lazer, saúde, comunicação, informática, entre outras. Além disso, podem ter objetivos de formar para o trabalho, recrear e entreter, informar e ensinar. É inegável que ocupar os jovens com tais atividades, evitando o ócio mal empregado, colabora para a redução da delinqüência juvenil. Entretanto, realizá-las como meras atividades para preenchimento de tempo dos jovens é perder uma grande oportunidade: a de intervir de maneira concreta na qualidade das reflexões e interações sociais das comunidades envolvidas, por meio da transformação dos hábitos de convivência. Educar é uma ação muito mais abrangente do que ensinar, do que transmitir conhecimentos; envolve reflexão sobre os valores implícitos no conhecimento construído e nas atitudes adotadas. Conforme a LDB, Art. 1º, ―A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.‖(grifo nosso) 47
  • 48. Projeto Político Pedagógico – PPP Princípios Filosóficos da Gestão Democrática Segundo Freitas Neto (2005) observa que os novos requisitos educacionais, produtivos e sociais colocados, produzem inegáveis efeitos na formação, no tocante a uma maior competência ou qualificação real, termos que sintetizam o núcleo problemático dessa discussão. Esta problemática se expressa na necessidade de mudança na relação com o conhecimento, na superação de sua desvinculação com a prática, bem como, na superação de sua mercantilização extrema, sob pena de não se poder ingressar adequadamente na chamada era da comunicação ou da sociedade do conhecimento. As mudanças devem envolver a compreensão da transitoriedade dos conhecimentos em nosso tempo, da ruptura de barreiras entre as diferentes áreas do conhecimento, de novas formas de sua utilização, da valorização da diferença, das múltiplas formas de sentir e aperceber- se da realidade e, sobretudo, da necessidade de um maior estreitamento do vínculo entre pesquisa-ensino-extensão que dá sentido ao nível superior de ensino, os estudos mostram segundo Freitas Neto: ―pesquisas recentes ressaltam aspectos importantes a serem considerados nas políticas e nas práticas de ensino, tendo em vista o enfrentamento da maior complexidade do mundo no qual vivemos‖ - ―o equilíbrio entre egressos e mercado de trabalho, considerando as mudanças que demandam os novos profissionais e as necessidades da sociedade‖; - ―a exigência de uma nova forma de elaboração, aquisição e transmissão dos conhecimentos, com base nas novas tecnologias da informação e da comunicação e na visão interdisciplinar e da unidade teoria/prática‖; - ―a adoção de abordagens que contemplem as diferenças, isto é, que valorizem distintas experiências e culturas locais, diversas epistemologias e espiritualidades‖; - ―a adoção de uma nova perspectiva à partir da problematização da noção de competência compreendida em sua dimensão construtiva, processual, coletiva, multifacetada e interdisciplinar do termo‖.(Grifo Nosso) Portanto, entende-se também que dentro do pensamento explica o que e como funciona a gestão, (LUCK, 2006 – p. 99) ―A gestão, por sua vez, envolve estas atividades necessariamente, incorporando certa dose de filosofia e política, o que existe é uma dinâmica interativa entre ambas‖. ―a gestão não deprecia a administração, mas supera as suas limitações de enfoque dicotomizado, simplificado e reduzido, para atender as exigências de uma realidade cada vez mais complexa e dinâmica‖. 48
  • 49. Projeto Político Pedagógico – PPP Segundo Khoury (2007) ―no tocante a crise que a administração sofreu, pois tais teorias jamais foram capazes de conduzir a uma teoria satisfatória do que seja administrar‖, sugerindo à necessidade de um conceito mais abrangente que descrevesse a administração e suas alternativas, vindo daí o conceito de gestão, ou compartilhamento de responsabilidade administrativas. Observa-se que então que a expressão gestão escolar em substituição à administração escolar, não é apenas uma questão semântica. Ela representa uma mudança radical de postura, um novo enfoque de organização, um novo paradigma de encaminhamento das questões escolares, ancorados nos princípios de participação, de autonomia, de autocontrole e de responsabilidade divididas E ainda, se voltarmos o olhar para os teóricos da gestão democrática e os seus conceito, não há como não praticá-la num processo de co- responsabilidades, assim assentamos nestes pensamentos, na busca da consolidação de uma verdadeira gestão compartilhada e que soma e não separa a escola infraestrutura física, em guetos: Se a verdadeira democracia caracteriza-se, dentre outras coisas, pela participação ativa dos cidadãos na vida pública, considerados não apenas como ―titulares de direito‖, mas também como ―criadores de novos direitos‖, é preciso que a educação se preocupe com dotar-lhes das capacidades culturais exigidas para exercerem essas atribuições, justificando-se, portanto a necessidade de a escola pública cuidar, de forma planejada e não apenas difusa, de uma autêntica formação do democrata. (PARO, 2000, p. 78). Portanto, conforme já se pôde introduzir, ―as grandes e contínuas transformações sociais, científicas e tecnológicas passaram a exigir um novo modelo de escola e conseqüentemente, um novo perfil de dirigente, com formação e conhecimentos específicos para o cargo e a função de diretor-gestor‖. Dessa forma ―a gestão democrática surge para fixar novas idéias e estabelecer na instituição uma orientação transformadora conforme sustenta a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 em seu artigo 206, inciso VI e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 em seu artigo 14‖. (KHOURY, 2007). E então, ―participar da gestão democrática da escola significa que todos se sentem e efetivamente são partícipes do sucesso ou do fracasso da escola em todos os seus aspectos: físico, educativo, cultural e político‖. Significa ainda ―usar o espaço escolar como um recurso de Educação para todos, na perspectiva do aprender a viver juntos, de tal forma que os espaços públicos e particulares possam 49