Este documento discute a importância da observação e do registro no acompanhamento e avaliação das crianças na Educação Infantil. A autora apresenta a postura do professor de creche e ressalta a necessidade de reflexão sobre concepções de criança, infância e práticas pedagógicas. Também aborda a observação, diferentes formas de registro e sua função na avaliação das aprendizagens infantis, visando contribuir com a prática docente. O texto convida os professores a refletirem sobre essas temáticas e compartilhar con
O documento lista vários possíveis temas de projetos para o curso de Pedagogia, incluindo como evitar a violência na escola, a importância de brincadeiras e música na educação infantil, e desafios como as dificuldades de aprendizagem e a diferença cultural.
Palestra ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolarAnaí Peña
Este documento discute o papel da família e da escola no desenvolvimento infantil. Ele enfatiza que a família é responsável por 70% do sucesso escolar e que é necessária uma aliança entre família e escola. Ele fornece dicas sobre como os pais podem participar da vida escolar dos filhos, como conversar com os professores, criar rotinas de estudo em casa e conversar com as crianças sobre a escola.
1) O documento apresenta a pauta de uma reunião escolar com temas como normas de convivência, calendário escolar, eleição do conselho escolar e promoções da escola.
2) Inclui também uma reflexão sobre a importância de ensinar valores como respeito e responsabilidade às crianças.
3) O calendário escolar inclui os horários das aulas por série e turno para o ano letivo.
Apresentacão para Reuniao de pais em powerpointNatalia Pina
1) O documento descreve um projeto de promoção da leitura em famílias com crianças em idade pré-escolar.
2) O objetivo é envolver as famílias no Plano Nacional de Leitura de Portugal e incentivar a leitura desde cedo.
3) O projeto fornece conselhos e atividades para tornar a leitura divertida entre pais e filhos.
Este documento descreve um projeto na Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves para celebrar a Semana da Juventude com vários eventos de 25 a 30 de outubro de 2010. O tema central é "Juventude... um fazer de cidadania" e os subtemas incluem violência contra a juventude, juventude e trabalho, e juventude na política. Os objetivos são promover o intercâmbio de informações de interesse dos jovens e mostrar a importância dos jovens na escola e sociedade.
Este documento discute a importância do envolvimento da família na educação escolar dos filhos. Ele explica que a atenção e o interesse da família na vida escolar das crianças são fundamentais para o seu desenvolvimento com boa autoestima e aprendizagem. Também fornece algumas atitudes que as famílias podem adotar para apoiar melhor a educação de seus filhos, como estimular a curiosidade, participar da escola, e valorizar a educação.
Este projeto visa conscientizar estudantes da educação infantil sobre a dengue, ensinando sobre o mosquito transmissor, sintomas e prevenção. Serão realizadas atividades como rodas de conversa, cartazes, recortes e uma maquete sobre locais propícios à proliferação do mosquito para educar as crianças sobre este importante tema de saúde pública.
O documento discute como contar histórias pode desenvolver a imaginação e linguagem de crianças. Sugere atividades após histórias como reproduzi-las, dramatizá-las, desenhar sobre elas ou inventar novas histórias. Também fornece dicas para contar histórias de forma envolvente e lista preferências de histórias de acordo com a idade da criança.
O documento lista vários possíveis temas de projetos para o curso de Pedagogia, incluindo como evitar a violência na escola, a importância de brincadeiras e música na educação infantil, e desafios como as dificuldades de aprendizagem e a diferença cultural.
Palestra ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolarAnaí Peña
Este documento discute o papel da família e da escola no desenvolvimento infantil. Ele enfatiza que a família é responsável por 70% do sucesso escolar e que é necessária uma aliança entre família e escola. Ele fornece dicas sobre como os pais podem participar da vida escolar dos filhos, como conversar com os professores, criar rotinas de estudo em casa e conversar com as crianças sobre a escola.
1) O documento apresenta a pauta de uma reunião escolar com temas como normas de convivência, calendário escolar, eleição do conselho escolar e promoções da escola.
2) Inclui também uma reflexão sobre a importância de ensinar valores como respeito e responsabilidade às crianças.
3) O calendário escolar inclui os horários das aulas por série e turno para o ano letivo.
Apresentacão para Reuniao de pais em powerpointNatalia Pina
1) O documento descreve um projeto de promoção da leitura em famílias com crianças em idade pré-escolar.
2) O objetivo é envolver as famílias no Plano Nacional de Leitura de Portugal e incentivar a leitura desde cedo.
3) O projeto fornece conselhos e atividades para tornar a leitura divertida entre pais e filhos.
Este documento descreve um projeto na Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves para celebrar a Semana da Juventude com vários eventos de 25 a 30 de outubro de 2010. O tema central é "Juventude... um fazer de cidadania" e os subtemas incluem violência contra a juventude, juventude e trabalho, e juventude na política. Os objetivos são promover o intercâmbio de informações de interesse dos jovens e mostrar a importância dos jovens na escola e sociedade.
Este documento discute a importância do envolvimento da família na educação escolar dos filhos. Ele explica que a atenção e o interesse da família na vida escolar das crianças são fundamentais para o seu desenvolvimento com boa autoestima e aprendizagem. Também fornece algumas atitudes que as famílias podem adotar para apoiar melhor a educação de seus filhos, como estimular a curiosidade, participar da escola, e valorizar a educação.
Este projeto visa conscientizar estudantes da educação infantil sobre a dengue, ensinando sobre o mosquito transmissor, sintomas e prevenção. Serão realizadas atividades como rodas de conversa, cartazes, recortes e uma maquete sobre locais propícios à proliferação do mosquito para educar as crianças sobre este importante tema de saúde pública.
O documento discute como contar histórias pode desenvolver a imaginação e linguagem de crianças. Sugere atividades após histórias como reproduzi-las, dramatizá-las, desenhar sobre elas ou inventar novas histórias. Também fornece dicas para contar histórias de forma envolvente e lista preferências de histórias de acordo com a idade da criança.
Inclusão escolar o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...SimoneHelenDrumond
O documento discute a importância do planejamento de aulas inclusivas que preveem atividades para todos os alunos. Ele apresenta os princípios da educação inclusiva, como a discriminação positiva e o respeito à singularidade de cada aluno. Também discute a necessidade de adaptações curriculares com base em diagnósticos iniciais de cada estudante, de modo a promover a aprendizagem de todos.
(1) O documento descreve uma reunião com professores para discutir inclusão digital e planejamento de aulas para o primeiro bimestre;
(2) Inclui uma mensagem de boas-vindas, apresentação de sites educacionais para diferentes disciplinas, e discussão sobre como a tecnologia pode contribuir para as aulas;
(3) O planejamento inclui links para sites sobre temas de Português, Matemática, Ciências para diferentes séries do ensino fundamental.
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãojaqueegervasio
O documento fornece sugestões para trabalhar a cultura africana na educação infantil, como rodas de conversa, vídeos, contos, bonecos negros, toque, comida, música e artes plásticas. A ideia é que as crianças se reconheçam nas atividades e materiais e desenvolvam respeito pela diversidade.
O documento discute sequências didáticas na educação infantil. Ele explica que uma sequência didática é um conjunto sistematizado de atividades planejadas para ensinar um conteúdo de forma etapada. Também discute como elaborar sequências didáticas de forma coletiva e as vantagens de seu uso no planejamento pedagógico.
O documento descreve um projeto desenvolvido em uma escola infantil para promover atividades lúdicas durante o período intermediário por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras. O projeto envolveu várias turmas e teve como objetivos ampliar o repertório de brincadeiras das crianças e estimular seu desenvolvimento físico e cognitivo de forma prazerosa. As atividades incluíram apreciação de obras de arte, confecção de brinquedos, jogos, entre outras.
Este projeto visa desenvolver o hábito da leitura em crianças da educação infantil através de atividades como contos, poesias, músicas e histórias. Será implementado de março a junho utilizando metodologias sociointeracionistas e avaliação contínua para orientar a prática docente.
1. O documento lista 10 competências gerais da BNCC que visam o desenvolvimento de estudantes para entenderem e explicarem a realidade, colaborarem com a sociedade e continuarem aprendendo.
2. São também listadas competências específicas de Matemática para o Ensino Médio que incluem interpretar situações em diversos contextos e tomar decisões éticas e socialmente responsáveis com base na análise de problemas.
3. O texto explica que as habilidades da BNCC desenvolvem as competências ao longo de cada etapa e são organizadas em áreas
O documento discute a importância da família na formação de bons alunos, destacando que os pais devem servir como modelos de comportamento ético e moral e cultivar uma relação entre a família e a escola. Ele fornece sugestões como valorizar o conhecimento, estimular a autoestima e responsabilidade dos filhos, e participar ativamente da vida escolar.
O documento descreve a evolução histórica das ideias pedagógicas no Brasil desde o período colonial até os dias atuais, dividindo-as em quatro períodos: pedagogia tradicional religiosa, pedagogia tradicional religiosa e leiga, pedagogia tradicional e nova, e concepção pedagógica produtivista. Também discute reformas educacionais implementadas ao longo dos séculos.
Reunião de pais e mestres : Alguns segredos da arte de educar!Alzeni Araújo
Educação não é responsabilidade apenas da escola, mas também da família. Os pais devem estabelecer limites e regras claras para os filhos, agindo com amor, afeto e perdão quando necessário. A educação das crianças requer diálogo franco, respeito mútuo e representar valores como bondade e honestidade.
Este manual tem como objetivo orientar a seleção, organização e uso de brinquedos e brincadeiras em creches para crianças de 0 a 3 anos de idade, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil. O documento discute a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil, critérios para escolha de brinquedos, organização do espaço físico e sugestões de atividades lúdicas para diferentes faixas etárias.
O documento descreve a história da educação infantil no Brasil, desde os povos indígenas até os dias atuais. Aborda como as crianças eram educadas pelos indígenas, jesuítas e durante a escravidão, e como a visão sobre a infância mudou ao longo dos séculos XVII-XIX com o surgimento dos jardins de infância e das leis que regulamentaram a educação infantil no país. Também destaca princípios e diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil.
Slides Sextas inclusivas- práticas pedagógicas: O lugar da teoria na prática educativa. Apresentação e construção dos slides por :Marily O. Barbosa; Soraya D. G. Santos.
O papel da didática na formação do professorna educação
O documento discute o papel da didática na formação de professores. Argumenta que a didática, tal como é ensinada, enfatiza excessivamente os métodos de ensino em detrimento de uma compreensão filosófica e ideológica da educação. Defende que a didática deve integrar teoria e prática, ligando opções educacionais, conteúdos e exercício diário da docência.
http://www.youtube.com/use/SimoneHelenDrumond
http://simonehelendrumond.blogspot.comhttp://simonehelendrumond.ning.com
http://grupoescoteirojoaooscalino.ning.com
(Reunião aos sábados de 14h às 17h30 na ESCOLA ESTADUAL TIRADENTES - Próximo ao Corpo de Bombeiros ou Colégio da Policía Militar - no bairro de Petropólis 8808-2372/8813-9525 - Ônibus 601 / 612)
http://www.slideshare.net.upload/SimoneHelenDrumond
O documento discute a importância da ludicidade no desenvolvimento infantil. Ele explica que através do brincar, as crianças desenvolvem habilidades cognitivas, motoras e sociais enquanto se divertem. As atividades lúdicas estimulam a criatividade, imaginação e aprendizagem das crianças de forma espontânea e prazerosa.
1) O documento apresenta uma sequência didática sobre meio ambiente para alunos do nível I, abordando diversos eixos temáticos como linguagem oral e escrita, matemática, natureza e sociedade e movimento.
2) Ao longo de cinco aulas são propostas atividades como leitura coletiva de um abecedário sobre meio ambiente, contagem, identificação de seres vivos e não vivos, e exploração de uma poesia sobre a natureza.
3) O objetivo é desenvolver conceitos ambientais de
O documento descreve as características físicas e personalidades dos vizinhos de uma rua, incluindo o narrador. Alguns vizinhos são alvo de bullying por serem gordos, negros ou ruivos, enquanto o narrador já foi chamado de palito e vareta por ser magro, mas agora aceita como é. Cada um tem qualidades e defeitos próprios.
Angela descreve seu percurso acadêmico e profissional como professora, incluindo seu trabalho no desenvolvimento do projeto "Leituras sem Fronteiras" e sua especialização em educação física e psicopedagogia. Ela destaca a importância da formação continuada de professores para aprimorar a prática pedagógica e discute a reflexão como elemento central na formação docente.
O texto descreve a evolução das Instituições de Educação Infantil no Brasil, desde os primeiros Parques Infantis criados por Mário de Andrade na década de 1930 para atender crianças de famílias operárias até a concepção atual de educação infantil prevista na Constituição de 1988, que reconhece a criança como cidadã com direito à educação desde o nascimento. A professora Maria Clara está estudando essa história para apresentar a proposta pedagógica de sua Instituição à Secretaria Municipal de Educação.
Inclusão escolar o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...SimoneHelenDrumond
O documento discute a importância do planejamento de aulas inclusivas que preveem atividades para todos os alunos. Ele apresenta os princípios da educação inclusiva, como a discriminação positiva e o respeito à singularidade de cada aluno. Também discute a necessidade de adaptações curriculares com base em diagnósticos iniciais de cada estudante, de modo a promover a aprendizagem de todos.
(1) O documento descreve uma reunião com professores para discutir inclusão digital e planejamento de aulas para o primeiro bimestre;
(2) Inclui uma mensagem de boas-vindas, apresentação de sites educacionais para diferentes disciplinas, e discussão sobre como a tecnologia pode contribuir para as aulas;
(3) O planejamento inclui links para sites sobre temas de Português, Matemática, Ciências para diferentes séries do ensino fundamental.
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãojaqueegervasio
O documento fornece sugestões para trabalhar a cultura africana na educação infantil, como rodas de conversa, vídeos, contos, bonecos negros, toque, comida, música e artes plásticas. A ideia é que as crianças se reconheçam nas atividades e materiais e desenvolvam respeito pela diversidade.
O documento discute sequências didáticas na educação infantil. Ele explica que uma sequência didática é um conjunto sistematizado de atividades planejadas para ensinar um conteúdo de forma etapada. Também discute como elaborar sequências didáticas de forma coletiva e as vantagens de seu uso no planejamento pedagógico.
O documento descreve um projeto desenvolvido em uma escola infantil para promover atividades lúdicas durante o período intermediário por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras. O projeto envolveu várias turmas e teve como objetivos ampliar o repertório de brincadeiras das crianças e estimular seu desenvolvimento físico e cognitivo de forma prazerosa. As atividades incluíram apreciação de obras de arte, confecção de brinquedos, jogos, entre outras.
Este projeto visa desenvolver o hábito da leitura em crianças da educação infantil através de atividades como contos, poesias, músicas e histórias. Será implementado de março a junho utilizando metodologias sociointeracionistas e avaliação contínua para orientar a prática docente.
1. O documento lista 10 competências gerais da BNCC que visam o desenvolvimento de estudantes para entenderem e explicarem a realidade, colaborarem com a sociedade e continuarem aprendendo.
2. São também listadas competências específicas de Matemática para o Ensino Médio que incluem interpretar situações em diversos contextos e tomar decisões éticas e socialmente responsáveis com base na análise de problemas.
3. O texto explica que as habilidades da BNCC desenvolvem as competências ao longo de cada etapa e são organizadas em áreas
O documento discute a importância da família na formação de bons alunos, destacando que os pais devem servir como modelos de comportamento ético e moral e cultivar uma relação entre a família e a escola. Ele fornece sugestões como valorizar o conhecimento, estimular a autoestima e responsabilidade dos filhos, e participar ativamente da vida escolar.
O documento descreve a evolução histórica das ideias pedagógicas no Brasil desde o período colonial até os dias atuais, dividindo-as em quatro períodos: pedagogia tradicional religiosa, pedagogia tradicional religiosa e leiga, pedagogia tradicional e nova, e concepção pedagógica produtivista. Também discute reformas educacionais implementadas ao longo dos séculos.
Reunião de pais e mestres : Alguns segredos da arte de educar!Alzeni Araújo
Educação não é responsabilidade apenas da escola, mas também da família. Os pais devem estabelecer limites e regras claras para os filhos, agindo com amor, afeto e perdão quando necessário. A educação das crianças requer diálogo franco, respeito mútuo e representar valores como bondade e honestidade.
Este manual tem como objetivo orientar a seleção, organização e uso de brinquedos e brincadeiras em creches para crianças de 0 a 3 anos de idade, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil. O documento discute a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil, critérios para escolha de brinquedos, organização do espaço físico e sugestões de atividades lúdicas para diferentes faixas etárias.
O documento descreve a história da educação infantil no Brasil, desde os povos indígenas até os dias atuais. Aborda como as crianças eram educadas pelos indígenas, jesuítas e durante a escravidão, e como a visão sobre a infância mudou ao longo dos séculos XVII-XIX com o surgimento dos jardins de infância e das leis que regulamentaram a educação infantil no país. Também destaca princípios e diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil.
Slides Sextas inclusivas- práticas pedagógicas: O lugar da teoria na prática educativa. Apresentação e construção dos slides por :Marily O. Barbosa; Soraya D. G. Santos.
O papel da didática na formação do professorna educação
O documento discute o papel da didática na formação de professores. Argumenta que a didática, tal como é ensinada, enfatiza excessivamente os métodos de ensino em detrimento de uma compreensão filosófica e ideológica da educação. Defende que a didática deve integrar teoria e prática, ligando opções educacionais, conteúdos e exercício diário da docência.
http://www.youtube.com/use/SimoneHelenDrumond
http://simonehelendrumond.blogspot.comhttp://simonehelendrumond.ning.com
http://grupoescoteirojoaooscalino.ning.com
(Reunião aos sábados de 14h às 17h30 na ESCOLA ESTADUAL TIRADENTES - Próximo ao Corpo de Bombeiros ou Colégio da Policía Militar - no bairro de Petropólis 8808-2372/8813-9525 - Ônibus 601 / 612)
http://www.slideshare.net.upload/SimoneHelenDrumond
O documento discute a importância da ludicidade no desenvolvimento infantil. Ele explica que através do brincar, as crianças desenvolvem habilidades cognitivas, motoras e sociais enquanto se divertem. As atividades lúdicas estimulam a criatividade, imaginação e aprendizagem das crianças de forma espontânea e prazerosa.
1) O documento apresenta uma sequência didática sobre meio ambiente para alunos do nível I, abordando diversos eixos temáticos como linguagem oral e escrita, matemática, natureza e sociedade e movimento.
2) Ao longo de cinco aulas são propostas atividades como leitura coletiva de um abecedário sobre meio ambiente, contagem, identificação de seres vivos e não vivos, e exploração de uma poesia sobre a natureza.
3) O objetivo é desenvolver conceitos ambientais de
O documento descreve as características físicas e personalidades dos vizinhos de uma rua, incluindo o narrador. Alguns vizinhos são alvo de bullying por serem gordos, negros ou ruivos, enquanto o narrador já foi chamado de palito e vareta por ser magro, mas agora aceita como é. Cada um tem qualidades e defeitos próprios.
Angela descreve seu percurso acadêmico e profissional como professora, incluindo seu trabalho no desenvolvimento do projeto "Leituras sem Fronteiras" e sua especialização em educação física e psicopedagogia. Ela destaca a importância da formação continuada de professores para aprimorar a prática pedagógica e discute a reflexão como elemento central na formação docente.
O texto descreve a evolução das Instituições de Educação Infantil no Brasil, desde os primeiros Parques Infantis criados por Mário de Andrade na década de 1930 para atender crianças de famílias operárias até a concepção atual de educação infantil prevista na Constituição de 1988, que reconhece a criança como cidadã com direito à educação desde o nascimento. A professora Maria Clara está estudando essa história para apresentar a proposta pedagógica de sua Instituição à Secretaria Municipal de Educação.
Documentação pedagogica texto para estudoeliasdemoch
O documento discute a documentação pedagógica como uma abordagem alternativa para planejamento curricular, avaliação e prática docente na educação infantil. A documentação pedagógica envolve observar e registrar o cotidiano e aprendizagem das crianças de forma a promover uma visão delas como competentes e capazes de participar ativamente no processo educativo. Isso requer uma mudança na formação de educadores para enxergarem as crianças sob nova perspectiva e adotarem práticas mais flexíveis e emergentes.
O documento discute a importância de se dar voz aos alunos e conhecê-los melhor através da análise de seus relatos no boletim escolar. Apesar de mostrar vontade de participar, os relatos dos alunos não apontam problemas estruturais e focam apenas em mudanças individuais. É necessário que a escola, professores e políticas públicas foquem em desenvolver uma escuta ativa e uma leitura crítica do mundo pelos alunos.
O documento descreve a experiência de estágio de uma estudante de biologia em uma escola secundária. Ela detalha sua preparação para as aulas, incluindo o desenvolvimento de atividades interativas com vídeos e experimentos. A estudante também apresenta os desafios de lecionar em uma sala com equipamentos defeituosos e a boa recepção de seus alunos, apesar das dificuldades iniciais.
Este documento discute a metodologia de pesquisa proposta pelo Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância da Universidade Federal de Pelotas. Ele enfatiza que o curso utiliza a pesquisa participante como eixo central da formação docente, envolvendo os estudantes com a pesquisa desde o início do curso para compreender a realidade local. Além disso, relata exemplos de como esta abordagem tem permitido aos professores formados pelo curso entenderem melhor as peculiaridades de suas escolas e comunidades.
Este documento é uma tese de doutorado apresentada à Universidade Metodista de Piracicaba que analisa as marcas da indisciplina na escola e como as práticas pedagógicas podem contribuir para isso. A tese foi escrita por Sandra Mara Fulco Pirola e orientada pela professora Maria Cecília Carareto Ferreira. O trabalho investiga como as relações sociais institucionais influenciam a indisciplina dos alunos e defende que esse comportamento deve ser compreendido e abordado nas práticas pedagógicas.
O documento discute a educação brasileira, enfatizando a importância do ensino fundamental e da educação científica. Também descreve o estágio supervisionado realizado em uma escola, incluindo observações de aulas e atividades desenvolvidas.
O documento discute a inclusão de estudantes com deficiência na educação regular por meio de projetos e tecnologias digitais. Ele descreve exemplos de como projetos construcionistas e o uso de computadores melhoraram o ensino-aprendizagem desses alunos, promovendo sua autonomia, participação e desenvolvimento de habilidades. Também discute a importância dos professores se tornarem mediadores para valorizar as diferenças individuais e construir conhecimento de forma contextualizada.
Projeto para o tcc orientação educacional – mediação e intervenção diante ...Psicanalista Santos
A Orientação Educacional é imprescindível na relação educador-educando e Escola-Família, principalmente diante da indisciplina escolar. Faz- necessária sua Mediação. Mas como fazer essa mediação? Sendo útil e prática, sem ser inconveniente.
Qual o significado da avaliação de crianças nas creches e pré-escolas Jussara...RYCSEIXAS2
O documento discute o significado e propósito da avaliação de crianças em creches e pré-escolas. A avaliação deve ter como objetivo principal conhecer cada criança individualmente para promover experiências educacionais adequadas, e não classificá-las ou compará-las. Um processo avaliativo efetivo requer que os educadores observem as crianças com atenção e reflexão para entender seus interesses, ritmos de desenvolvimento e necessidades únicas.
A documentação na abordagem de Reggio Emilia para a educação infantil e suas ...Ateliê Giramundo
Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada em um Centro de Educação Infantil em São Paulo sobre as práticas de documentação dos educadores, com base na abordagem de Reggio Emilia. O objetivo foi investigar como ocorre o processo de observação, registro e reflexão das crianças e analisar se a apresentação desta abordagem poderia influenciar as práticas pedagógicas. Para isso, foram realizadas apresentações teóricas e intervenções como a criação de um ateliê, acompanhando uma professora. Concluiu-se que há poss
Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes revistas - UEPG
Este documento discute as práticas de avaliação na Educação Infantil e propõe a Documentação Pedagógica como uma abordagem alternativa. A Documentação Pedagógica envolve o registro contínuo das experiências e interações das crianças para acompanhar seu desenvolvimento de forma holística, ao invés de focar nos resultados. Ela também permite que os professores reflitam sobre suas próprias práticas. O documento explica como a Documentação Pedagógica foi usada em um curso de formação de professores, mostrando como
1. O relatório descreve o estágio de uma aluna de pedagogia na Educação Infantil, com foco no desenvolvimento de atividades para o projeto "Contos de Fadas".
2. A estagiária trabalhou com crianças de 4-5 anos em uma escola municipal, planejando atividades para alcançar os objetivos do projeto ao longo das 3 semanas de estágio.
3. O relatório analisa conceitos da Educação Infantil, o processo de ensino, aprendizagem dos alunos e trabalho docente da estagiária durante o está
Esta tese analisa as práticas de registro e documentação na Educação Infantil em quatro pré-escolas municipais no Brasil e Itália. A pesquisa busca entender como essas práticas são construídas no cotidiano pedagógico e sua relação com o projeto político-pedagógico de cada instituição. A tese defende que o registro e a documentação possibilitam a construção de memória, reflexão sobre as práticas e visibilidade do trabalho pedagógico quando assumidos coletivamente.
Este documento apresenta as diretrizes para planejamento e elaboração de material didático impresso para educação a distância. Ele fornece orientações sobre desenho instrucional, linguagem, práticas de ensino e produção de conteúdo para educação a distância. O documento também introduz os autores que contribuíram para o guia.
A coordenadora pedagógica reflete sobre a importância de se levar em conta as diferenças individuais dos alunos ao se pensar o currículo escolar, de forma a promover a aprendizagem de todos. Ela destaca a necessidade de incluir novos saberes produzidos por diversos grupos sociais e de sensibilizar educadores para questões como diversidade cultural e inclusão. A escola precisa estar atenta às demandas atuais e flexibilizar seu tempo e espaços para que a educação seja realmente inclusiva.
Viajando nas descobertas dos tempos das cavernas - Claudinéia da Silva BarbosaClaudinéia Barbosa
VIAJANDO NAS DESCOBERTAS DOS TEMPOS DAS CAVERNAS é um projeto didático referente às propostas do III bimestre 2015, elaborado para investigação e mediação junto a crianças de 4/5 anos. Tem como produto final produção de um livrão contendo registros e produções sobre as descobertas das turmas. A partir da temática central é Evolução da Educação e recorte de pesquisa, As primeiras civilizações. É uma das propostas pedagógicas na PROINFÂNCIA / CEMEI Linésio Bastos Santana em Itaberaba Bahia.
Artigo a psicopedagogia e intervenção na dislexiamkbariotto
1) O documento discute a psicopedagogia e intervenção na dislexia, com foco em metodologias para promover o desenvolvimento significativo de crianças disléxicas.
2) A autora analisa diversos autores e pesquisas sobre história da educação e inclusão, dislexia e escolarização.
3) É importante que professores e psicopedagogos trabalhem em conjunto, utilizando estratégias diferenciadas e formas de avaliação qualitativas para promover a aprendizagem de crianças disléxicas.
O documento discute estratégias para engajar adolescentes na sala de aula, sugerindo: 1) estabelecer diálogo para entender como pensam; 2) usar arte e imaginação, contando histórias para despertar interesse; 3) explorar biografias para apoiar a construção de identidade.
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
3. Realização
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Faculdade de Ciências - Campus de Bauru
Programa de Pós Graduação Docência para a Educação Básica
Av. Eng. Edmundo Carrijo Coube, 14-01
Bauru - CEP 17.033-360 – SP
Texto e Ilustração
Deise Luci Santana Alves
Orientação e Supervisão Geral:
Maria do Carmo Monteiro Kobayashi
Layout
Canva: https://www.canva.com
Imagens
Pixabay: www.pixabay.com.br
Revisão
Profª Drª Cinthia Magda Fernandes Ariosi
Profº Dr Fernando Donizete Alves
Santana Alves, Deise Luci.
Observação e registro : possibilidades reflexivas para professores
de creche / Deise Luci Santana Alves ; orientadora: Maria do Carmo
Monteiro Kobayashi. – Bauru : UNESP, 2017
50 f. : il.
Produto educacional elaborado como parte das exigências do
Mestrado Profissional em Docência para Educação Básica da
Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru
Disponível em: www.fc.unesp.br/posdocencia
1. Educação infantil. 2. Creche. 3. Avaliação. I. Kobayashi, Maria do
Carmo Monteiro. II. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de
Ciências. III. Título.
4. SUMÁRIO
Apresentação........................................................................... 5
Sobre a autora......................................................................... 7
Introdução................................................................................ 8
A postura do professor de creche......................................... 9
Avaliação................................................................................. 13
A avaliação na Educação Infantil.......................................... 14
Observação.............................................................................. 19
Como observar as crianças.................................................. 20
Observação livre................................................................... 23
Pauta de observação............................................................ 25
Registro.................................................................................... 27
Caderno de registro............................................................... 28
Relatórios.............................................................................. 30
Portfólios............................................................................... 33
Fotografias e Vídeos ............................................................ 36
Documentação pedagógica................................................... 39
Concluindo............................................................................... 44
Saiba Mais................................................................................ 45
Referências.............................................................................. 47
5. APRESENTAÇÃO
A criança e a Educação Infantil são pontos centrais de minhas
pesquisas, vivo e transpiro essas temáticas, assim acompanhar esse estudo
intitulado “Observação e Registro: Instrumentos de acompanhamento e
avaliação na Creche”, de certa forma por mim encomendado, foi um misto
de alegria e preocupação. Ao término de nossa caminhada temos um texto –
a dissertação e um produto que divulga, com bases científicas, mas em uma
linguagem apropriada para o uso no cotidiano, apoiando e desafiando os
professores a criarem suas próprias formas de observar, registrar e
acompanhar os progressos de suas crianças, que se materializa nesse
objeto que apresento com tanto gosto e alegria intitulado “Observações e
registros: possibilidades reflexivas para professores de creche”.
Uma imagem me acompanhou no decorrer do processo de realização
da pesquisa e do produto, fruto do nosso trabalho: a dissertação e esse livro
– éramos, Deise e eu, como a criança de Freud que comandava por meio de
um fio de linha os movimentos de vindas e idas, sucessivas, de um carretel,
que se afastava e retornava até ela, sob a força de seu desejo. Entretanto, o
mesmo não ocorria em relação à sua mãe, para nós o mesmo se passava –
encontrávamos nas pesquisas e relatos de outros teóricos, ações que de
nós se aproximava, mas ao mesmo tempo, se afastavam dos nossos dados
e crenças. Todavia, nos nossos encontros de orientação quando dividíamos
nossas descobertas e dávamos encaminhamentos às ações para a
realização do estudo nossas falas se encaixavam com um complexo quebra
cabeças.
A busca de experiências exitosas que nos dessem orientações de como
proceder, sem, no entanto esquecer que cada criança é única, cada
agrupamento, cada equipe e cada unidade escolar é única e tem sua própria
história, as quais nosso foco era seu elemento mais precioso – a criança!
Como acompanhar suas conquistas, seu desenvolvimento, sua evolução,
seus medos e dores?
5
6. Foram praticamente 28 meses, o que a cada dia me mostrava a
condução segura e o conhecimento de Deise sobre o que nos propomos a
estudar juntas. Nossas preocupações estavam centradas em verificar: qual o
papel da observação e dos registros no acompanhamento e apoio às
crianças?
Nosso objetivo foi de identificar e analisar as concepções de
professores de creche acerca da avaliação e acompanhamento na
Educação Infantil, bem como as formas de registro que utilizam.
O texto apresenta uma breve introdução sobre a postura do professor
de creche, seu papel na sociedade atual é de destaque, pois nos três
primeiros anos de vida temos as janelas de oportunidades, as quais são
anos fabulosos para a vida do ser humano, no qual a busca de “adultos
referência” para os bebês e as crianças pequenas é ponto fulcral de
segurança, afeto e de apoio ao seu desenvolvimento e crescimento
saudável.
Seguem-se as orientações sobre avaliação na Educação Infantil,
ressaltando alguns teóricos e os documentos nacionais, referência na nossa
pesquisa, ao que se seguem orientações sobre observações e sugestões de
tipos de registros que possa sugerir novas criações para tanto.
Agradeço por ter encontrado na Deise bases sólidas e seguras para
realizar um projeto ousado e importante, sei que esse será uma referência
para sua formação docente e ponte para projetos futuros. O término dessa
pesquisa dá início a outro ciclo de indagações e análises juntos às Equipes
de Creches Conveniadas de Bauru sob minha responsabilidade formativa há
5 anos, o término desse trabalho implica a sua aplicação como ponto de
partida para os estudos de avaliação na Educação Infantil.
Maria do Carmo Monteiro Kobayashi
Grupo de Estudos da Infância e Educação Infantil: Políticas e Programas
6
7. Sobre a autora
Olá, sou Deise Luci Santana Alves. Sou professora, minha formação
inicial foi no curso Habilitação Específica para o Magistério, cursei
também, Pedagogia na Universidade Estadual Paulista (UNESP),
Campus de Bauru/SP. Trabalhei com as crianças da Educação Infantil e
com as do Ensino Fundamental por 15 anos, e no momento estou
atuando na Coordenação Pedagógica. Este trabalho é resultado dos
estudos realizados durante o curso de Mestrado Profissional do
Programa de Pós-Graduação em Docência para a Educação Básica da
Faculdade de Ciências da Unesp – Bauru. É o produto final da
dissertação “Observação e Registro: Instrumentos de acompanhamento
e avaliação na Creche”. Contamos com a parceria e supervisão da
Profa. Dra. Maria do Carmo Monteiro Kobayashi, minha amiga e
orientadora. O tema desse estudo surgiu a partir da minha própria
inquietação a respeito da “avaliação na educação Infantil”, um assunto
complexo que buscamos, neste trabalho, entender as suas principais
implicações. Foi uma pesquisa enriquecedora e que pretende contribuir
com a prática pedagógica de professores que atuam em creche.
7
8. INTRODUÇÃO
Ai, eu entrei na roda
Ai, eu não sei como se dança
Ai, eu entrei na "rodadança"
Ai, eu já sei dançar
Cancioneiro Popular
8
9. A Postura do Professor de Creche
Ensinar e aprender constitui um movimento de interação que só terá
sentido quando os sujeitos envolvidos nesse processo se propõem a
observar, ouvir, expressar, refletir e agir, possibilitando o crescimento de
ambos para juntos realizarem transformações.
Nesse sentido, o trabalho de professores que atuam com a faixa
etária de 0 a 3 anos de idade, tem o grande desafio de desenvolverem
um trabalho que dê significado aos saberes, interesses e necessidades
de bebês e crianças pequenas.
A creche é um espaço que atende crianças que estão aprendendo a
andar, a desenvolver sua autonomia, a falar, a se expressar e se
socializar. E para que esse atendimento tenha qualidade, é necessário
que os professores reflitam sobre suas concepções de criança, infância,
desenvolvimento infantil e práticas de cuidado e educação na creche,
pois é a partir dessas concepções se configuram seus fazeres
pedagógicos.
Para que essa reflexão seja transformadora e tragam novas
perspectivas, os profissionais devem assumir uma postura de
pesquisador e construtor de conhecimentos acerca do universo infantil e
pedagógico, rompendo com a visão de infância passiva, acomodada e
totalmente dependente.
Partindo de uma concepção de que a criança se comunica através
de múltiplas linguagens que a caracterizam de forma singular,
entendemos que as crianças sentem, pensam, agem, formulam
hipóteses, atribuem significados à sua própria maneira desde o seu
nascimento e constroem cultura, como afirma Antunes (2004, p.9): “A
ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de
vida é o mais importante na organização das bases para as
competências e habilidades que serão desenvolvidas ao longo da
existência humana”.
9
10. Portanto, é nessa faixa etária que ocorre o desenvolvimento e as
aprendizagens mais significativas na vida do ser humano, e por isso,
esse período requer muita atenção dos poderes públicos e da sociedade
em geral. Bebês e crianças pequenas necessitam de profissionais
capacitados, tanto no que diz respeito ao aporte teórico e prático, mas,
sobretudo às questões de afeto, atenção, interesse e empatia:
Esses são requisitos imprescindíveis para que professores possam
organizar práticas pedagógicas significativas que atendam as
especificidades e singularidades de bebês e crianças pequenas. Dessa
forma, o acompanhamento do desenvolvimento e a avaliação das
aprendizagens das crianças são elementos indissociáveis desse
processo educativo que se configura como uma das funções docentes.
Os professores utilizam diferentes procedimentos de avaliação, uma
vez que é necessário avaliar todas as situações para planejar o próximo
passo. Entretanto, é necessário ressaltar, que quando assumimos o
compromisso com uma prática profissional de qualidade, a nossa
avaliação não pode acontecer de forma intuitiva, aleatória ou se basear
apenas na nossa memória. É preciso reflexão, compreensão e
intencionalidade.
Relações entre educadores e crianças muito pequenas não
acontecem por acaso. Elas se desenvolvem a partir de uma série
de interações. Logo, interação, isto é, o efeito que uma pessoa tem
sobre outra, é também uma expressão-chave. Mas as relações não
se desenvolvem a partir de qualquer tipo de interação; elas se
desenvolvem a partir daquelas que são respeitosas, positivamente
reativas e recíprocas (GONZALEZ-MENA, 2014, p. 4).
10
11. A observação e o registro são os principais instrumentos de
acompanhamento e avaliação na Educação Infantil.
Na creche há diversas formas possíveis de se registrar as
observações direcionadas às crianças, porém nem todas assumem a
função avaliativa. Pode-se citar como as mais recorrentes: as anotações
por escrito, fotografias, filmagens, gravações em áudio e as produções
das crianças. Essas formas de registros podem ser feitas em cadernos
de registros, pautas de observação, fichas sobre a rotina da criança na
creche, agenda ou cadernos de recados para as famílias, relatórios
individuais ao da turma, portfólios, álbuns, arquivos digitais e exposições
para a apreciação da comunidade.
A importância de registrar sistematicamente as observações é para
o professor, um facilitador do acompanhamento das diversas situações
de desenvolvimento das crianças e para cumprir as responsabilidades
docentes que, são inúmeras, tais como: entregar dados, relatórios ou
pareceres à equipe gestora e às famílias, para tratamentos médico e
terapêutico, muitas vezes solicitados pelos especialistas, ao Conselho
Tutelar, Poder Judiciário ou até programas governamentais. Sendo
assim, o professor não pode se valer apenas das suas lembranças, o
que prejudicaria até mesmo a veracidade das informações.
Partindo dessa premissa, convidamos professores e professoras a
dialogar sobre as inquietações provocadas pelo tema “avaliação na
educação infantil”. E a refletir acerca de dúvidas sobre:
• Como observar as crianças?
• Quais instrumentos utilizar para registrar essas
observações?
• Como o acompanhamento do desenvolvimento possibilita
avaliar as aprendizagens das crianças que frequentam a creche?
11
12. Este trabalho têm a finalidade de compartilhar os resultados das nossas
pesquisas, reflexões e a organização dos conhecimentos até aqui adquiridos, e
também em contribuir com a prática de professores e professoras no
acompanhamento e avaliação das crianças e do seu próprio fazer pedagógico.
Esperamos que este trabalho seja um ponto de partida para a reflexão e a
construção de práticas significativas, para professores, para os bebês e para as
crianças pequenas.
Boa leitura!
Ao assumir uma postura investigativa e reflexiva, o professor
passa a fazer uma leitura da sua prática em busca de entendê-la e
transformá-la contribuindo assim com a sua formação e
desenvolvimento profissional. Pois, a observação, o registro e a
reflexão são processos inseridos na proposta pedagógica na Educação
Infantil, onde o professor avalia seu trabalho constantemente.
O exercício de registrar o cotidiano vivido com um grupo de
crianças é uma aprendizagem e um grande desafio,
principalmente porque o educador, para tanto, precisa
necessariamente observar ações, reações, interações,
proposições não só das crianças, mas suas também. Precisa
ficar atento às dinâmicas do grupo, às implicações das
relações pedagógicas, para ser “iluminado por elas”
(OSTETTO, 2008, p. 21).
12
13. AVALIAÇÃO
Pontinho de vista
Eu sou pequeno, me dizem,
e eu fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
com o queixo levantado.
Mas, se formiga falasse e me
visse lá do chão, ia dizer, com
certeza:
- Minha nossa, que grandão!
Pedro Bandeira
13
14. Avaliação na Educação Infantil
A avaliação faz parte do nosso cotidiano, o que implica
posicionamentos favoráveis ou contrários. O Professor Cipriano
Luckesi (2008) explica a origem desta palavra e discute o conceito de
avaliação:
O termo avaliar tem sua origem no latim, provindo da composição de a -
valere, que quer dizer “dar valor a”. Porém, o conceito “avaliação” é
formulado a partir das determinações da conduta de “atribuir um valor ou
qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação...”, que, por si, implica
um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objeto, ato ou
curso de ação avaliado. Isso que dizer que o ato de avaliar não se
encerra na configuração do objeto em questão, exigindo uma tomada de
posição favorável ou desfavorável ao objeto de avaliação, com uma
consequente decisão de ação (LUCKESI, 2008, p. 92).
Dessa forma, entende-se que o ato avaliativo implica num julgamento de
valor, que por sua vez, tem como finalidade uma tomada de decisão, e como
podemos observar no conceito de Luckesi (2008), estamos praticando avaliação a
todo o momento.
Já a avaliação educacional é muitas vezes relacionada com burocracias,
disponibilidade de tempo, cobranças e prazos que geram muitos desgastes. Tem-
se a falsa impressão de que a avaliação está presente apenas em momentos
formais, tais como, entrega de notas, pareceres da turma, relatórios, ou quando
somos avaliados por nossos superiores, etc.
No entanto, a avaliação está sempre presente no nosso cotidiano, tanto de
maneira formal quanto informal como, por exemplo: ao avaliar a roupa que vamos
vestir, se está adequada ao clima do dia, se o sapato escolhido combina com a
roupa, enfim, apesar do exemplo corriqueiro, pode-se observar que quando
planejamos algo, antecipamos mentalmente uma ação, e assim estamos
avaliando.
14
15. Na primeira etapa da Educação Infantil a avaliação está também implícita
em todas as ações educativas e nos momentos do cotidiano da creche, pois a
avaliação não é neutra, é carregada de intencionalidades, sendo assim, ela
revela as concepções, de criança e educação dos professores e também as
inseridas no projeto pedagógico da instituição.
A questão da avaliação na educação infantil convive hoje, com a
perspectiva de controle disciplinar da turma, iniciada nos anos 1970. No
entanto, essa perspectiva está evoluindo, integrando as preocupações nas
políticas públicas, e vem sendo discutida por muitos profissionais da educação,
pois, a avaliação é uma prática recorrente na Educação Infantil, de extrema
importância, que acontece diariamente e com sentidos diversos (OLIVEIRA,
2010).
A legislação brasileira aponta a avaliação na Primeira Infância como ponto
fundamental para o acompanhamento do desenvolvimento e aprendizagem da
criança, como podemos constatar no Art. 31 da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação: “Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante
acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (BRASIL, 1996).
No Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (BRASIL,
1998), que é um documento que serve como referencia para a prática do
professor, a observação e o registro são citados como os principais
instrumentos de acompanhamento e avaliação:
[...] a avaliação é entendida, prioritariamente, como um conjunto de ações
que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem
oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pelas
crianças. É um elemento indissociável do processo educativo que
possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar
situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como
função acompanhar, orientar, regular e redirecionar esse processo como
um todo. (BRASIL, 1998, p.59).
15
16. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (BRASIL,
2013), documento de caráter mandatório, coloca que a o planejamento, a
avaliação, a observação e o registro, também são aspectos do mesmo
processo, a prática pedagógica:
Art. 10. As instituições de Educação Infantil devem criar
procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para
avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção,
promoção ou classificação, garantindo:
I – a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e
interações das crianças no cotidiano;
II – utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças
(relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
III – a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da
criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de
transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação
Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-
escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);
IV – documentação específica que permita às famílias conhecer o
trabalho da instituição junto às crianças e os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil;
V – a não retenção das crianças na Educação Infantil (BRASIL, 2013,
p. 100).
Entende-se então, que a avaliação na creche deverá acontecer de
acordo com as vivências das crianças na instituição, em situações de
aprendizagem que devem ser observadas e registradas pelo professor,
que por sua vez, precisa estar preparado para efetuar esses registros e
ter domínio sobre as teorias do desenvolvimento infantil, compreendendo
as necessidades tanto referentes aos cuidados, quanto educativas da
criança.
16
17. Por essa razão, avaliar a própria prática, está relacionado a todo
contexto da creche, principalmente na intervenção e mediação do
docente, com o objetivo de construir um olhar atento e focado na busca
constante do entendimento sobre o desenvolvimento integral, as
necessidades, os interesses e a singularidade da criança desta faixa
etária.
A partir dos estudos de Hoffmann (2012) e Oliveira (2012) observa-
se que há diferentes concepções sobre o que venha a ser avaliação na
Educação Infantil: como a valorização das competências das crianças
em detrimento das interações; as que valorizam os padrões de
comportamentos esperados para assim, garantir controle da disciplina,
os classificatórios e excludentes. Dessa forma, o professor é o único
avaliador e o foco da avaliação é o desempenho das crianças.
Este trabalho concebe uma abordagem formativa de avalição, que
de acordo com Perrenoud (1999) e Haydt (2000), norteia a ação
pedagógica, acompanhando o processo de ensino e aprendizagem, e é
tecida por várias mãos, ou seja, por todos os envolvidos no ato
educativo. Encontra-se também no RCNEI, Brasil (1998) uma definição
dessa forma de avaliação:
No que se refere à avaliação formativa, deve-se ter em conta que
não se trata de avaliar a criança, mas sim as situações de
aprendizagem que foram oferecidas. Isso significa dizer que a
expectativa em relação à aprendizagem da criança deve estar
sempre vinculada às oportunidades e experiências que foram
oferecidas a elas (BRASIL, 1998, p. 50).
17
18. Nesse sentido, o professor deixa de ser o único avaliador, e a
criança a única a ser avaliada. Todos são sujeitos do processo:
professores, educadores, gestores, crianças, famílias.
Aos professores, protagonistas da prática avaliativa, cabem à
função de avaliar a criança individualmente, o grupo de crianças, o
trabalho pedagógico desenvolvido, a parceria com as famílias, e auto
avaliar-se, sendo mediador de todos esses aspectos. Sendo assim, é
relevante ressaltar sobre a importância de o professor estar atento às
manifestações das crianças, que mesmo sendo tão pequenas,
expressam contentamentos, descontentamentos, preferências e
necessidades, por meio do choro, gestos, risos e olhares, e desta forma,
também estão avaliando.
Outro fator extremamente importante é a participação ativa das
famílias, e para isso, cabe à creche dar voz ao que sentem e pensam.
Assim, destacaremos a seguir alguns dos instrumentos
mencionados nas diretrizes e que podem nos auxiliar na prática
avaliativa com crianças pequenas – A observação e o registro.
18
19. OBSERVAÇÃO
Eu vi as três meninas
Eu vi as três meninas
Na janela da escola,
Esperando o quinto ano
Para ver se se aprova.
Ô, tin dô lê lê
Ô, tin, dô lê lê lá lá
Ô, tin dô lê lê
Ô, tin, dô lê lê lá lá
Silva, 2014
19
20. A observação é um instrumento imprescindível para o
acompanhamento e a avaliação na Educação Infantil. Segundo Oliveira
(2012, p. 365), ao professor, a observação “exige colocar em ação um
processo investigativo, pois se trata de um instrumento de pesquisa, não
de confirmação de ideias pré-concebidas que serviriam apenas para
trazer exemplos do que ele já sabe”.
De acordo com Oliveira (2012) a observação possibilita ao professor
compreender a forma como bebês e crianças pequenas se expressam e
comunicam suas ações e reações frente as mais diferentes situações,
como irritação ou satisfação, mesmo antes de começarem a falar, e esse
conhecimento o auxilia a tomar decisões sobre como agir de forma
adequada. Essa ideia coaduna com as de Gandini e Goldhaber (2002),
que também explicita como o professor aprende com a criança:
Como observar as crianças
Através da observação e da escuta atenta e cuidadosa às crianças,
podemos encontrar uma forma de realmente enxerga-las e conhece-las.
Ao fazê-lo tornamo-nos capazes de respeitá-las pelo que elas são e
pelo que querem dizer. Sabemos que, para um observador atento, as
crianças dizem muito, antes mesmo de desenvolverem a fala. Já nesse
estágio, a observação e a escuta são experiências recíprocas, pois ao
observarmos o que as crianças aprendem, nós mesmos aprendemos
(GANDINI; GOLDHABER, 2002, p. 152).
Os contextos construídos na Educação Infantil, para Rovira e Peix
(2004), são grandes possibilidades de interações para as crianças, e
cabe ao professor voltar sua atenção para esses momentos
significativos:
20
21. A escola infantil proporciona o ambiente adequado para a observação
das crianças. Nela o professor-observador tem a sua disposição, de
maneira incondicional, uma gama de situações diferentes que, de
forma natural e espontânea, podem ser contemplada durante o tempo
que seja preciso. Por isso entre as diferentes técnicas de avaliação, a
observação é a que melhor se adapta à educação precoce e às suas
características intrínsecas (ROVIRA; PEIX, 2004. p. 385).
No entanto, para ser bom observador é preciso estudo, disciplina,
escuta e a presença atenta do professor. A Educadora Madalena Freire
(1995, p. 13) alerta que para romper com o “[...] modelo autoritário” e
tradicional de avaliação, “[...] a observação é a ferramenta básica neste
aprendizado da construção do olhar sensível e pensante”. Para
desenvolver uma sintonia com a criança, o professor necessita
desenvolver este olhar:
Neste sentido a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio, a
realidade, o grupo à luz da teoria que nos inspira. Pois sempre só vejo
o que sei (Jean Piaget). Na ação de se perguntar sobre o que vemos é
que rompemos com as insuficiências desse saber; e assim, podemos
voltar à teoria para ampliar nosso pensamento e nosso olhar (FREIRE,
1995, p. 14).
Para alguns professores, a observação e a organização de uma
forma sistemática de registrá-las é algo complexo de se realizar com
turmas de crianças pequenas. As autoras Jablon, Dombro, Dichtelmiller
(2009) ouviram histórias de professoras com o intuito de conhecer
sobre suas dificuldades a esse respeito:
21
22. [...] disse uma professora. Começo com boas intenções. Então, no fim do
ano, tem uma pilha de cartões na gaveta, que eu nunca olhei. É frustrante.
[...] os professores sabem que observar é importante, mas a maioria não
se enxerga como observador efetivo, sentindo-se incapaz de colher os
benefícios da observação. Acreditamos que a observação cria uma
postura de receptividade e de admiração, que permite que você conheça e
entenda as crianças com as quais trabalha todos os dias (JABLON,
DOMBRO, DICHTELMILLER, 2009. p. 18).
O motivo mais relevante para essa dificuldade é a reduzida
incidência dos temas Educação Infantil e avaliação nos currículos de
formação inicial dos professores, como aponta a autora Gatti (2010).
Dessa forma, é necessário que este assunto seja objeto de estudo em
formações em serviço, como é garantido ao professor na sua jornada de
trabalho, mediado pelo Coordenador Pedagógico.
A observação como instrumento de acompanhamento e avaliação,
de acordo com Oliveira (2012) apresenta três características:
Foco – há um ponto ou um aspecto específico claramente colocado para
aquele que observa. Por exemplo, pode ser uma criança, um grupo de
crianças, uma situação no refeitório, um episódio de roda de história etc.
Objetivo – surge de uma inquietação ou da necessidade de conhecer
melhor algum aspecto do desenvolvimento e da aprendizagem da criança,
ou mesmo de se aproximar de seus gostos, preferências etc. Pode partir de
uma ou mais perguntas, iluminando amplamente uma situação para então
gerar questões interessantes.
Continuidade – Convida a um acompanhamento curioso e interessado do
que se passa na interação das crianças, como seus movimentos corporais,
falas, expressões, faciais, os objetos que elas manipulam e os locais que
elas preferem, seu posicionamento isolado ou parcerias prediletas. Por isso,
se estende ao longo de certo tempo, não apenas de um episódio
esporádico (OLIVEIRA, 2012, p. 366).
Nessa perspectiva, a observação pode ser realizada de diferentes
formas, como será discutido a seguir.
22
23. Observação livre
O professor poderá perceber acontecimentos curiosos e
interessantes, por isso, nesses momentos a observação pode ser feita
de forma livre e direta, observando as crianças em suas brincadeiras,
interações, repouso, alimentação e higienização. O olhar e escuta,
devem estar direcionados para as reações, os gestos e ações das
crianças. Para Oliveira (2012, p. 366) “o olhar, nesse caso, é mais livre e
aberto e o esforço de quem observa está em apenas notar o que
acontece sem atribuir um valor nem fazer um julgamento”.
1. A observação deverá ser iniciada aos poucos.
2. Dentro da sua rotina diária com as crianças, estabeleça uma estrutura
que lhe permita observar, como lembretes e papéis para anotações
disponíveis em locais de fácil acesso.
3. Determine um foco diário para anotar as observações, como por
exemplo, na chegada das crianças na creche, durante a alimentação,
repouso, brincadeiras e interações. Observe suas ações e reações.
4. Conte com um parceiro, pode ser o professor com quem divide a sala,
monitor ou auxiliar. Essa parceria possibilitará que as duas pessoas
revezem a observação durante o dia, ou que as informações se
completem caso algo tenha passado despercebido. É interessante que
o registro dessas observações seja feita em conjunto, assim será mais
fácil compartilhar o que foi observado.
5. Faça uma revisão das anotações no final da semana, refletir sobre elas
auxiliará na escrita de relatórios e pareceres, na avaliação das
propostas oferecidas às crianças, nos aspectos que merecem atenção,
das práticas que estão com bons resultados e das que precisam
melhorar.
7. Compartilhe suas anotações e reflexões com os outros professores e
com a equipe gestora, isso possibilitará a reflexão do grupo e as trocas
de experiências.
8. As crianças também podem e devem saber sobre as suas observações,
ao compartilhar as anotações, elas podem começar a se expressarem
melhor, pois sabem que serão observadas e ouvidas.
23
24. A observação o registro e a reflexão são ações que devem
acontecer de maneira articulada na rotina da educação infantil. De
acordo com Rinaldi (2012, p.131) “Qualquer separação seria artificial e
serviria apenas ao argumento. É impossível, na realidade, documentar
sem observar e, obviamente sem interpretar”.
Dessa forma, pode-se anotar as observações em tópicos utilizando
pranchetas, bloco de anotações, fichários ou cadernos, e
posteriormente, se organize as informações para facilitar a reflexão.
Fonte: Acervo das creches participantes. O nome da criança foi
modificado para preservar a sua identidade.
Registro de acompanhamento
Nome: Isis Santana
Data de nascimento: 02/03/2015
20/11/2015: Isis começou
a se sentar sozinha
22/11/2015: Que alegria,
Isis perdeu o medo de brincar com a bola
suíça, ela rola, se senta e até fica em pé
sobre a bola.
25/11/2015: A Isis chegou desanimada hoje,
Alimentou-se pouco, teve o sono leve e agitado,
A mãe acha que está com gripe.
24
25. Pauta de observação
Em outras ocasiões, o ato de observar poderá ser planejado e ter
como instrumento uma pauta de observação. Ter consciência do que se
antecipar o que vai observar e pensar sobre as questões que necessitam
de respostas, auxiliará o professor em descobrir o que precisa saber
sobre as crianças, as famílias e sobre o seu próprio fazer docente.
A utilização de indicadores para nortear a observação é defendida
por Bassedas, Huguet e Solé (1999, p 187): “[...] para aprender a
observar, é útil dispor de instrumentos e de referências que ajudem a
manter claro o que se quer observar e serve de guia para planejar e
prever as situações que serão propostas”.
Para que as pautas de observação sejam significativas e realmente
se constitua como um instrumento de trabalho capaz de auxiliá-lo em sua
prática, elas devem ser construídas pelo próprio professor, a partir de
seus objetivos.
Apresentamos dois exemplos de pauta de observação, como ponto
de partida para que o professor construa aquela que atenderá melhor as
suas necessidades.
NOME DA INSTITUIÇÃO
PAUTA DE OBSERVAÇÃO – adaptação
Professora:
Turma: DATA: ___/___/___
Nome Quais suas
reações na
chegada?
Quais os
brinquedos
preferidos?
Como está a
interação com os
educadores?
Como está a
interação com
as outras
crianças?
NOME DA INSTITUIÇÃO
PAUTA DE OBSERVAÇÃO – linguagem oral
Professora:
Turma:
Nome Como se expressa oralmente?
Balbucio, palavras, frases...
Atende quando
é chamado pelo
nome?
Compreende
perguntas?
Responde
perguntas?
25
26. As observações individuais das crianças também podem ser
registradas pelo professor em diferentes materiais, como sugerem
Jablon, Dombro e Dichtelmiler (2009): porta fichários; cadernos; caixas
com fichas e nomes; pranchetas com blocos de notas, enfim, da forma
como o professor preferir.
26
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27. REGISTROS
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer ?
Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer
Chico Buarque
27
28. Caderno de Registro
Um instrumento muito utilizado pelos professores de Educação
Infantil é o Caderno de Registro. Esse material, no contexto da creche,
tem a função de registro de memórias e reflexão. Ou seja, nele o
professor pode anotar suas reflexões, dúvidas, dificuldades e surpresas.
Para Lopes (2009, p. 115) “[...] correspondem a uma coletânea de
apontamentos e relatos, planos e registros diários, que retratam
atividades desenvolvidas, objetivos propostos, narrativas de aula,
observações sobre as crianças, encaminhamentos construídos ao longo
do ano”.
O caderno de registro também é um instrumento que propicia ao
professor maior liberdade de escrita, sem uma regra específica de
registro, uma vez que, registra seus sentimentos, reflexões e ações.
A escrita no caderno nem sempre é realizada diariamente pelo
professor, no entanto, esclarece Oliveira (2012) que o hábito de registrar
as observações e reflexões no dia-a-dia garante que os fatos estejam
recentes na memória, tornando o relato mais rico em detalhes, e isso
auxiliará o professor na elaboração de outros instrumentos, como o
relatório e o portfólio.
28
29. Apresentamos a seguir algumas questões para nortear a escrita no
caderno de registro.
As propostas planejadas para o dia de hoje foram realizadas?
Qual foi a reação das crianças frente às propostas?
Eu tive alguma dificuldade?
Precisarei retomar alguma ação?
O que não conseguimos realizar e por quê?
Os objetivos foram alcançados?
As crianças disseram ou sinalizaram alguma preferência
Ou necessidade? Como me senti em relação a isso?
29
30. Relatórios
Os relatórios de avaliação ou pareceres descritivos que descrevem
o desempenho das crianças, começaram a ser elaborados a partir da
década de 1970, que de acordo com Hoffmann (2012, p. 97),
representou na época, “uma tentativa de garantir a natureza qualitativa e
descritiva que a avaliação deveria resguardar na Educação Infantil”.
A autora formula algumas questões reflexivas, implícitas no que
chama de “olhar avaliativo” para auxiliar os professores na elaboração
dos relatórios ou pareceres:
Em que áreas do conhecimento/desenvolvimento a criança apresenta
avanços? Quais os fatos que levam o professor a contextualizar tais
avanços? (comentários, temas de interesse, brincadeiras, participação em
jogos, atitudes). Apresenta alguma área a ser melhor trabalhada? Como
pode o professor intervir nesse sentido? Qual contribuição possível da
família? Como os pais se referem quanto aos próprios avanços e ao
trabalho da instituição? Como as crianças se referem aos próprios avanços
e ao trabalho que desenvolvem? (HOFFMANN, 2001, p. 64).
Para Hoffmann (2012) o primeiro passo para a construção do
relatório avaliativo é o registro das observações diárias da turma ou das
crianças individualmente. Esses primeiros registros podem ser realizados
por meio de anotações (como já mencionados), fotografias e vídeos.
Logo após o professor precisa retomar esses registros após uma ou duas
semanas e analisar esse material para, assim, atribuir significados e
construir a narrativa que evidenciará o desenvolvimento e a
aprendizagem das crianças ou do grupo.
30
31. Ao elaborar o relatório/síntese, o professor reúne dados e
reflexões sobre as crianças, repensa sobre as ações educativas
desenvolvidas e atribui novos significados ao contexto vivido. Isto
é ele tem a oportunidade de rever de onde partiu, analisando
procedimentos didáticos, sua forma de interagir com as crianças,
os entraves do processo, etc., podendo então decidir sobre a
continuidade de suas ações. Nesse sentido, fazer o relatório
contribui para o seu próprio aperfeiçoamento docente
(HOFFMANN, 2012, p. 140).
Apresentamos a seguir alguns exemplos de trechos de relatórios:
31
Nina se adaptou muito bem na rotina da turma. Alimentou-se bem
na hora das refeições, sabe utilizar a colher e o copo. Depois de uma
Semana, dormiu pela primeira vez na creche, e quando acordou
Pediu que calçassem seus sapatos e seguiu para o banheiro com os
Coleguinhas. Ela quis lavar as mãos e o rostinho sozinha.
Evidencia-se aqui
uma reflexão sobre
a observação
individual de uma
criança,
salientando a
adaptação e sua
autonomia.
Fonte: Arquivo pessoal da autora. Os nomes forma alterados para preservar a identidade da criança.
As crianças estão cada vez mais atentas quando fazemos a Roda
Histórias, e a mais pedida é a dos três porquinhos.
Como amam essa história, já cantam juntos, as musiquinhas
“Quem tem medo de lobo mal” e “Eu sou lobo mal”.
Eles ficam quietinhos para ouvir a história e participam
durante as cantigas, os assopros do lobo e vibram com o final da história.
Neste trecho,
percebe-se o olhar
direcionado ao
grupo e ao próprio
trabalho do
professor.
Destaca-se a
atenção às
preferencias das
crianças.
32. 32
Creche Municipal “............”
Relatório – 1º Bimestre – 2015
Nome: Antony Alves
Data de nascimento: 02/03/2013
A adaptação do Antony foi um pouco difícil, na primeira semana ele chorou
demonstrando insegurança frente a um novo espaço e novas pessoas. Porém, a partir
da segunda semana, com carinho e paciência conseguimos acalmá-lo e transmitir
segurança para ele. A adaptação foi ficando cada vez mais evidente e ele passou
acompanhar a rotina e os combinados da turma com alegria. Podemos observar seus
avanços neste bimestre da seguinte forma:
- Demonstra a autonomia para guardar os seus pertences e ajudar a turma a guardar
brinquedos;
- Demonstra atitude e autonomia com a sua higiene, ao escovar os dentes, limpar o
nariz e lavar as mãos;
- Alimenta-se bem, e prefere as frutas nas sobremesas e lanchinhos, a qual faz
questão de comer sozinho.
- Aprecia muito os jogos de encaixe e brinca com muita habilidade. Gosta também
dos cantinhos, visita todos, interagindo com os colegas e educadoras, circulado por
todas as atividades propostas.
- A sua história preferida é a “Bruxa, Bruxa, venha à minha festa” de Arden Druce. Ele
pede sempre que seja recontada e adora participar da leitura respondendo aos
convites.
- Antony participa com entusiasmo das atividades artísticas com pinturas, desenhos e
colagens. Demorou um pouco para colocar as mãos em tintas, mas agora ele se
diverte.
- Ele atende pelo nome e reconhece os nomes dos colegas.
Tivemos um bimestre de grandes descobertas, e o próximo será melhor ainda.
Agradecemos à família do Antony toda a paciência e apoio com sua adaptação.
Com carinho,
Professoras:___________________
Educadoras:___________________
______________________, ____/____/______
_________________________________
Assinatura dos Pais ou Responsáveis
Fonte: Acervo pessoal da autora. O nome da criança foi alterado para preservar sua identidade.
33. Portfólios
A palavra portfólio tem origem no latim, que significa portare (portar)
folium (páginas). É um documento de origem inglesa e utilizado
principalmente por artistas plásticos e designers entre outros
profissionais como uma pasta de produtos para divulgar o trabalho do
profissional ou da empresa. Em uma dimensão pedagógica, o portfólio é
utilizado para acompanhar o processo da aprendizagem da criança ou do
grupo (BARBOSA; HORN, 2008).
Esse instrumento é alvo de estudos da educadora portuguesa
Cristina Parente, que o define da seguinte forma:
Genericamente o portfolio é uma compilação organizada e
intencional de evidências que documentam o desenvolvimento e
a aprendizagem de uma criança realizada ao longo do tempo.
Afigura-se como uma estratégia de avaliação que se inscreve no
movimento de avaliação alternativa e que apresenta
componentes adequadas para a avaliação de crianças mais
pequenas, tornando possível aceder a múltiplas fontes de
evidência para olhar e documentar o processo de aprendizagem
da criança (PARENTE, 2004, p. 52).
Assim, percebe-se que o portfólio é um instrumento avaliativo que
apresenta e descreve o percurso da aprendizagem da criança. É
também um recurso norteador do planejamento do professor,
favorecendo assim, a reflexão a cerca das propostas e
encaminhamentos com a turma.
33
34. O portfólio, de acordo com Lopes (2009), pode ser construído para
registrar projetos pedagógicos ou sequencia didática, pode conter
produções das crianças, transcrições de falas das crianças, descrição
das etapas de um trabalho e fotografias e até mesmo relatos das
famílias. É importante conter no portfólio a intencionalidade da
aprendizagem do professor, observações e reflexões sobre as os
processos vivenciados pelas crianças. Para a autora “os portfólios
representam a construção de memória, de história tornando possível o
intercâmbio de experiências e dos saberes dela decorrentes” (LOPES,
2009, p. 130).
Apresentaremos a seguir sugestões para a organização de portfólio,
com o objetivo de nortear a ação do professor:
O Portfólio da criança pode ser elaborado para registrar um projeto,
uma sequencia didática, ou até mesmo o percurso do ano letivo.
Passos Descrição
1º Decidir a forma de armazenar os registros (pastas com plásticos,
fichários, CD, DVD, etc.)
2º Confeccionar uma capa com os dados pessoais da criança.
3º Selecionar as produções da criança que irão compor o material
quando se tratar de atividades gráficas: desenhos, pinturas ou
colagens. Devem trazer data, nome, o objetivo da atividade e
como a criança reagiu. Essas informações devem ser escritas no
verso da folha, para não interferir na produção da criança.
4º Inserir fotografias das atividades de movimento, como dança,
canto e passeios. As famílias também podem contribuir com
fotografias das crianças.
5º Compartilhar o portfólio com os colegas para trocar experiências,
e com as famílias para comunicar o trabalho realizado.
34
35. O portfólio do professor também tem a função de registrar o
percurso do trabalho docente. Sugerimos que o professor inclua em seu
portfólio:
• O planejamento (documento anual/semanal, relativo às
exigências da rede de ensino em que atue);
• Projetos Pedagógicos;
• Registros avaliativos das crianças;
• Autoavaliação.
“Nos portfólios, narração e reflexão se fazem presentes. Em tais
registros o professor expõe concepções, objetivos, justificativa para o
tema escolhido e relata diferentes etapas de trabalho, narrando o
processo de pesquisa vivenciado e construído pelo grupo” (LOPES,
2009, 134).
Há outras maneiras de comunicar o desenvolvimento e
aprendizagens das crianças além dos portfólios como revelam Barbosa e
Horn (2008) tais como: painéis, exposições, instalações, dossiês e cds
com vídeos e fotografias dos trabalhos elaborados pelo grupo. Esse
material pode ser exposto durante as reuniões de pais.
35
36. Fotografias e Vídeos
Para subsidiar o professor na utilização de fotografias e
filmagens, apresentaremos a seguir algumas considerações sobre como
realizar esse trabalho de forma satisfatória. Essas dicas tem como fonte
o vídeo produzido pela Revista Nova Escola, Como fazer registros
pedagógicos em fotos e vídeos:
Fonte: Disponível em <https://novaescola.org.br/conteudo/1882/registros-que-
fazem-o-professor-refletir-sobre-a-pratica > Acesso em 20 jan. 2017.
Planeje o que vai registrar para escolher a melhor
ferramenta, vídeo ou fotografia, este é o ponto de
partida. A fotografia congela o momento e isso pode
favorecer uma discussão a partir da imagem, o vídeo
registra o áudio e o movimento, o que também é
interessante;
Independente do que estiver fotografando, não se
contente com a primeira imagem, continue a fotografar
para ter escolhas depois, se parar para olhar como as
fotos estão ficando, corre-se o risco de perder alguns
momentos interessantes das crianças;
Verifique a capacidade de memória do seu aparelho.
Procure descarregar os dados armazenados em outro
dispositivo para liberar a memória, e assim, poder
utilizar sempre que precisar;
36
37. • Evite fotos tremidas, apoiando o aparelho em um
móvel, ou seus cotovelos no seu tronco, ou apoie o
corpo todo em uma parede e toque na tela da câmera
ou do disparador do aparelho com gentileza;
• Escolha o melhor enquadramento, os profissionais
mencionam sobre: o plano descritivo, que serve para
que se entenda melhor o espaço, são imagens de
espaços mais amplos e abertos; o plano narrativo, onde
se pode aproximar a câmera em duas ou três crianças
e registrar como elas estão se relacionando; e o plano
expressivo, em que se aproxima mais ainda a câmera e
registra uma expressão, olhar ou gesto, para narrar o
que a criança quer dizer através do seu corpo;
• As fotografias feitas na escola, a partir de um
planejamento e que se tem o objetivo de registrar e
comunicar algo, são diferentes de fotos afetiva feitas
em casa, com as pessoas da família ou amigas. Essas
fotos afetivas não combinam com fotos para comunicar
e refletir. Portanto, evite pedir que as crianças façam
poses, as imagens capturadas durante a realização de
atividades, brincadeiras e interações precisam ser
naturais e verdadeiras.
37
38. • Dependendo da distância que se vai fotografar ou
filmar, dê um tempo para que a câmera processe essa
informação e o foco da lente se ajuste, controle o foco
da imagem e conheça bem o aparelho (câmera,
celular, tablete, etc.);
• Se a intenção for fazer um vídeo em que o áudio será
importante e a fala da criança será registrada, cuide da
distância em que o aparelho estará da criança. A regra
básica é manter uma distância de 30 cm a 1 metro do
falante para garantir que não haja distorções ou ruídos
no áudio do que se quer registrar;
• Use o flash em situações em que de ambientes
escurecidos ou muito claros;
• Evite filmar ou fotografar na contraluz, fique sempre de
costas para a fonte de luz (janelas ou portas abertas);
• O trabalho de registro não termina depois que se
fotografa ou filma. Priorize o conteúdo com a seleção e
o tratamento das imagens. Não despreze fotos
borradas, desfocadas, com cabeças cortadas. Essas
fotografias podem estar contando uma história, como
por exemplo: o movimento de uma criança correndo,
de um bebê engatinhando, gestos das mãos, etc.
38
39. Documentação Pedagógica
É importante mencionar sobre a experiência italiana de Reggio
Emillia com a Educação Infantil. Tal proposta traz grande contribuição
aos estudos sobre a primeira infância, especialmente para a creche, pelo
seu aporte teórico e filosófico baseado na teoria construtivista.
A abordagem de Reggio Emilia tem como precursor Loris Malaguzzi
(1920-1994). Professor da rede pública de ensino na Itália, que após o
término da segunda guerra ajudou um grupo de famílias a construir uma
escola para crianças pequenas, assim, teve inicio a abordagem de
Reggio Emilia, mais tarde conhecida como a cidade com as melhores
propostas de Educação Infantil do mundo.
Essa experiência tem na documentação pedagógica um instrumento
para explicitar uma prática docente que torne visível as diversas
maneiras de entender a criança e seus processos de aprendizagem
(BARBOSA; HORN 2008).
A documentação pedagógica é elaborada a partir da observação, da
escuta, do registro e da reflexão das propostas educativas construídas
com as crianças, como revela Rinaldi, (2012, p. 120) “[...] a
documentação é interpretada e utilizada por seu valor como ferramenta
para recordar; isto é, como possibilidade de reflexão”. Esse instrumento
constitui em ações distintas que se completam, evoluindo também no
compartilhamento entre os professores, crianças e famílias, são práticas
que favorecem a contemplação do passado, a compreensão do presente
e a projeção do futuro do trabalho educativo.
39
40. [...] constitui uma ferramenta indispensável para que os
educadores possam construir experiências positivas para as
crianças, facilitando o crescimento profissional e a
comunicação entre os adultos. A documentação serve para
confirmar algo que nós consideramos relevante: dar prova
disso e comunica-lo. Na educação infantil, quando
documentamos algo, estamos deliberadamente optando por
observar e registrar os acontecimentos em nosso ambiente a
fim de pensar e comunicar as surpreendentes descobertas do
cotidiano das crianças e os extraordinários acontecimentos
que ocorrem nos lugares onde elas são educadas (GANDINI;
GOLDHABER, 2002, p. 150 - 151).
Os programas para a primeira infância de Reggio se organizam por
projetos de trabalho, ou seja, as crianças têm liberdade de escolher e
sinalizar os temas da investigação a partir das suas curiosidades e
necessidades, e são estimuladas a trabalharem em pequenos grupos.
O trabalho em projetos visa a ajudar crianças pequenas a
extrair um sentido mais profundo e completo de eventos e
fenômenos de seu próprio ambiente e de experiências que
mereçam sua atenção. Os projetos oferecem a parte do
currículo na qual as crianças são encorajadas a tomarem suas
próprias decisões e fazerem suas próprias escolhas, geralmente
em cooperação com seus colegas, sobre o trabalho a ser
realizado. Presumimos que este tipo de trabalho aumenta a
confiança das crianças em seus próprios poderes intelectuais e
reforça sua disposição de continuar aprendendo (KATS 1999, p.
38).
40
41. Entretanto, essa metodologia não resulta em um trabalho pautado
em improvisos, mas, parte da busca pelo significado. Para os
professores, há duas questões que norteiam o trabalho realizado: “Como
podemos ajudar as crianças a descobrir o sentido daquilo que fazem,
encontram e experimentam? E como podemos fazer isso por nós
mesmos?” (RINALDI, 2016, p. 235).
Para tanto, os professores estão sempre repensando e
reinventando seus instrumentos de coleta e registros a partir das
reflexões com seus pares. Eles trabalham em parceria, discutem,
examinam, organizam e selecionam todos os materiais coletados para
que seja um instrumento disponível e compreensível para outras
pessoas. Há também a preocupação de que essa documentação permita
a revisão e uma nova ressignificação para os próprios professores.
O acesso da documentação pedagógica à comunidade é uma
preocupação constante para os professores de Reggio Emillia:
A documentação pode ser apresentada de muitas maneiras
diferentes, incluindo painéis, materiais escritos á mão ou
digitados, como livros, cadernos, cartas, panfletos, e ainda
caixas, tecidos, instalações e outros tipos de materiais. Podem
ser apresentados de todas as maneiras e combinações
possíveis. Uma importante parte da documentação vem
diretamente dos trabalhos bi e tridimensionais das crianças,
estejam eles já acabados ou sendo elaborados. Esse tipo de
documentação deve vir acompanhado pelas interpretações do
professor e, quando for possível, pelos diálogos e
pensamentos das crianças. Os documentários em formas de
slides ou vídeo comunicam muito bem as experiências
significativas dos adultos e das crianças (GANDINI E
GOLDHABER, 2002, p. 156).
41
42. É interessante notar que a metodologia de trabalho dos professores
de Reggio representa para a comunidade, a construção do
conhecimento, da cultura, das necessidades e da realidade de seu povo.
Não obstante, essa experiência não pode ser transferida em outro
contexto cultural como afirma Goldschmied e Jackson (2006, p.21) “As
qualidades das creches e pré-escolas de Reggio Emilia, que tanto
impressionaram os visitantes, são profundamente conectadas à sua
própria cultura e não podem ser simplesmente transferidas para uma
situação completamente diferente”.
O trabalho realizado nas creches e pré-escolas em Reggio está em
constante transformação, como descreve Edwards, Gandini e Forman
(1999, p. 25), “jamais se torna fixo ou se transforma em rotina, mas ao
contrário, está sempre passando por reexame e experimentação”.
A documentação pedagógica, não é prioritariamente uma
ferramenta avaliativa, mas, são formas de registros que se relacionam
diretamente com a prática pedagógica de forma processual, à
comunicação com as famílias das crianças, à história construída pelo
grupo e à formação profissional dos educadores quando analisam o
próprio fazer pedagógico.
A documentação como forma de comunicação e avaliação. Os
professores precisam documentar seu trabalho educacional a fim
de refletir sobre suas próprias ações e incitar e evitar a
improvisação casual. A boa documentação comunica às crianças
o valor do que elas fazem. Além disso, ajuda os pais e a
população a conhecerem as experiências das crianças na creche
e a elaborarem uma imagem mais firme da infância (GANDINI;
GOLDHABER, 2002, 253).
42
43. A experiência de Reggio é um trabalho inspirador e provoca a
reflexão sobre as formas de encaminhar os procedimentos educacionais
com as crianças, inclusive, o acompanhamento, a avaliação e a
comunicação com as famílias.
Nessa direção, a pesquisadora Bondioli (2004) faz algumas
considerações referentes a essa discussão sobre a qualidade do
trabalho realizado na creche e sua perspectiva educativa. Como a
reflexão partilhada com a comunidade, a construção de um projeto
pedagógico que acontece sob constante avaliação e a observação do
cotidiano como ferramenta de investigação. Esses são indicadores de
qualidade construídos de forma dialogada, negociada e partilhada. São
pontos essenciais construídos em muitos anos de estudos e dedicação.
Nessa perspectiva, decidir sobre quais as formas de registros que
serão utilizadas, quais materiais serão necessários e a forma como será
apresentada às famílias, são questões que devem ser dialogadas com
todos os envolvidos e estar em consonância com a proposta pedagógica
da instituição.
Compreendemos as limitações, no Brasil, que os professores
enfrentam para construírem os registros que comuniquem todo o
trabalho desenvolvido e seja norteadora da prática pedagógica, tais
como: a falta de tempo para registrar as observações, as insuficiências
na formação, a precariedade e até ausência de recursos e tudo isso se
agrava a quantidade excessiva de crianças por turma.
Entretanto, o acompanhamento e a avaliação são parte do processo
de cuidar e educar, configurando-se assim como atribuição docente. São
funções que precisam ser encaradas com intencionalidade e seriedade,
sem, no entanto, perder de vista a luta por melhores condições de
trabalho.
43
44. CONCLUINDO
Acreditamos que compreender a avaliação na primeira infância
integrada com a proposta pedagógica, construindo registros que
considerem o desenvolvimento e o processo de aprendizagem de cada
criança e suas singularidades, sem classificá-las em níveis de
desempenho, merece atenção e reconhecimento como elemento
formativo para os profissionais da Educação Infantil, bem como das
políticas públicas, como reflexão sobre a construção do nosso próprio
fazer pedagógico, considerando nossas reais necessidades, nossa
própria cultura e nossos anseios.
O desafio e a motivação para a concretização deste trabalho estão
enraizados nas relações entre educadores que cultivam a arte de
ensinar e aprender, são generosos ao compartilhar suas dúvidas e
descobertas e mantêm mesmo depois de adultos o olhar e a escuta
atenta das crianças.
44
Foto: Pixabay – www.pixabay.com.br
45. Estes documentos foram elaborados pelo Ministério da Educação e Cultura
para fundamentar a prática de professores de Educação Infantil. É
imprescindível que os profissionais que trabalham com a primeira infância leiam
e estudem essas publicações para se apropriarem de como elas orientam,
explicitam e mencionam as práticas pedagógicas, o acompanhamento do
desenvolvimento e a avaliação das aprendizagens das crianças. Essas e outras
publicações norteadoras da Educação Infantil estão disponíveis em:
http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/publicacoes
45
Saiba Mais...
O Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil (RCNEI) foi publicado em 1998, é composto de
três volumes: 1- Introdução, 2- Formação pessoal e
social e 3- Conhecimento do mundo. Mesmo constituindo
um documento não obrigatório, mas sim orientador, era
na época, a única referência oficial para os profissionais
da Educação Infantil. Esses documentos englobam
considerações importantes para a prática pedagógica e
consequentemente avaliativa que orientam o trabalho do
professor em atividades contextualizadas para que se
possa observar o desenvolvimento e a aprendizagem das
crianças.
Os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil foi
publicado em 2009, e teve a participação de
especialistas de 31 instituições. Foi elaborado um roteiro
para que creches e pré-escolas façam, em conjunto com
a comunidade, uma auto avaliação de suas atividades e
que elaborem uma proposta de plano de ação para
melhorar a qualidade do processo de ensino e
aprendizagem da instituição.
46. 46
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil foram
publicadas em 2010. É um documento de caráter mandatório e
orientador de grande importância referente ao processo
organizacional e avaliativo para a Educação Infantil.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Básica é uma publicação
de 2014 que contém a Revisão das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil, e trata também das diretrizes
dos outros segmentos de ensino, como o Ensino Fundamental,
Médio, Educação de Jovens e adultos, Indígena, quilombola entre
outros assuntos pertinentes à educação brasileira.
O Manual de Orientação Pedagógica Brinquedos e Brincadeiras de
Creches foi publicado em 2012. É um documento técnico que tem
o objetivo de orientar as equipes de creches na organização e uso
de brinquedos e brincadeiras para creches, apontando formas de
organizar espaço, tipos de atividades, conteúdos e diversidade de
materiais, indispensáveis para uma Educação Infantil de qualidade.
Dúvidas mais frequentes sobre Educação Infantil é um documento
publicado em 2013, tem como objetivo esclarecer algumas
questões relativas à Educação Infantil e enfatiza a importância da
avaliação no contexto da primeira infância. O material revela
também, as formas de organização, planejamento, os desafios e
formas de superá-los no trabalho com a criança pequena.
Contribuições para a Política Nacional - A Avaliação em Educação
Infantil a partir da avaliação de contexto foi publicada em 2015. O
objetivo do trabalho foi o de “formular e difundir proposições e
indicadores de avaliação de contexto na Educação Infantil
comprometidos com o debate acadêmico e a política nacional de
Educação Infantil no Brasil” (Brasil, 2015, p. 8).
47. REFERÊNCIAS
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Pedagógicos na Educação Infantil. Porto Alegre: Grupo A, 2008.
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qualidade negociada. Campinas, SP: Autores Associados, 2004.
BRASIL. Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional.. Brasília. 1996. Disponível em
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-
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