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PRAZERES, Heitor dos (1898-1966). Nascido e falecido no Rio de Janeiro. Filho de um
marceneiro que tocava clarinete nas horas vagas, do pai herdou o gosto pela música, e aos
oito anos já tocava cavaquinho. Aprendeu também o ofício de marceneiro, mas se especializou
como polidor de madeira. Menino de morro, cresceria entre a Praça Onze e o Mangue, e aos
13 anos, preso como vadio, passou dois meses na Colônia Correcional da Ilha Grande. Mais
tarde foi sapateiro, alfaiate e tipógrafo. Tocando o seu cavaquinho em serenatas e festas de
família, também compunha e fazia letras, e com o tempo iria tornar-se um dos grandes nomes
da música popular brasileira, autor de sambas como Ora Vejam Só, Gosto que me Enrosco,
Pierrô Apaixonado, Deixaste meu Lar, Tristeza e tantos mais.

Em 1937, "para enfeitar a parede" de seu quarto triste de viúvo, começaria a pintar aquarelas,
estimulado por Carlos Cavalcanti. Só mais tarde enfrentaria a pintura a óleo, fazendo a
princípio uns quadros muito escuros, mas clareando sua palheta com o passar dos anos.
Tematicamente, pintou o morro de sua infância, as favelas cariocas, rodas de samba, mulatas,
tintureiros e malandros, fazendo uso de um desenho de duros contornos e de um colorido
esmaltado de tons chapados. Falando em 1953 de sua pintura, assim se expressou Rubem
Braga:

- Sua pintura é uma flor natural de seu samba e de sua vida, de seu meio e de suas mulatas,
de quem ele desenha com amor todos os dentinhos brancos. Se às vezes exprime algum
drama social, como Os Refugiados, em que aparece gente pobre carregando seus trastes,
expulsa do barraco de uma favela qualquer, ou uma reivindicação racial, como naquela sala de
jantar em que uma família preta é servida por uma copeira branca, quase sempre reflete
momentos amenos da vida da gente do samba, não bem a de hoje, mas os de tempo já antigo,
em que para além de São Cristóvão o Rio de Janeiro era muito rural.

Existe em verdade, na pintura de Heitor dos Prazeres, alguma coisa de profundamente
nostálgico, mesmo porque o artista muitas vezes pintou de memória recantos do Rio e cenas
urbanas que ficaram perdidos no passado, e que procurou assim resgatar do olvido. Por outro
lado, e como bem observou o já mencionado Rubem Braga, "há em sua pintura, às vezes, uma
ressonância da roça em que ele nunca viveu, luares de sertão e frisos de cana-de-açúcar,
caboclas do mato; assim é mais fiel à sua cidade, cujo sentimento rural os pobres que vêm
vindo renovam sem cessar, e mesmo um homem nascido na Cidade Nova é no Brasil, como
somos todos, uns vagos exilados do país essencialmente agrícola ".

Funcionário público por muitos anos lotado na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, homem de trajar impecável, usando paletós belamente talhados e por ele mesmo
desenhados, autor de um conhecido Método de Cavaquinho, Heitor dos Prazeres foi, como
artista popular, uma das expressões mais típicas do Rio de Janeiro proletário, e por isso podia
afirmar, como disse em 1965 a Antônio Carlos Fontoura, no documentário que esse fez sobre
sua vida e obra:

- Eu sou o povo e sou um homem do povo. Eu vejo esse povo que eu transporto para meus
quadros como eu sinto, que eu também sou uma parte desse povo, de forma que eu sinto ele
conforme vivo. Não há nada mais sublime que viver na massa do povo. Povo é a massa
humana, é a voz do sangue, de forma que é o calor da carne. O povo pra mim é o aconchego,
eu por exemplo, o povo para mim, eu sou um ovo e o povo é a Chocadeira.

Realizou algumas individuais - no Rio de Janeiro (1959 e 1961), São Paulo (1963), Bahia
(1964) e Porto Alegre (1965) -, e entre as coletivas de que tomou parte estão a Bienal de São
Paulo (1951,1953,1961), o Festival Mundial de Artes Negras de Dakar (1966) e ainda
manifestações de arte brasileira em Santiago, Buenos Aires, Londres, Nova Iorque, Veneza e
Barcelona. Foi, além do mais, um dos fundadores das primeiras escolas de samba cariocas,
como Portela e Estação Primeira de Mangueira.

                                  Moenda, óleo s/ tela, 1951;
                     0,65 X 0,81, Museu de Arte Contemporânea da USP.
Prazeres, heitor dos

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Prazeres, heitor dos

  • 1. PRAZERES, Heitor dos (1898-1966). Nascido e falecido no Rio de Janeiro. Filho de um marceneiro que tocava clarinete nas horas vagas, do pai herdou o gosto pela música, e aos oito anos já tocava cavaquinho. Aprendeu também o ofício de marceneiro, mas se especializou como polidor de madeira. Menino de morro, cresceria entre a Praça Onze e o Mangue, e aos 13 anos, preso como vadio, passou dois meses na Colônia Correcional da Ilha Grande. Mais tarde foi sapateiro, alfaiate e tipógrafo. Tocando o seu cavaquinho em serenatas e festas de família, também compunha e fazia letras, e com o tempo iria tornar-se um dos grandes nomes da música popular brasileira, autor de sambas como Ora Vejam Só, Gosto que me Enrosco, Pierrô Apaixonado, Deixaste meu Lar, Tristeza e tantos mais. Em 1937, "para enfeitar a parede" de seu quarto triste de viúvo, começaria a pintar aquarelas, estimulado por Carlos Cavalcanti. Só mais tarde enfrentaria a pintura a óleo, fazendo a princípio uns quadros muito escuros, mas clareando sua palheta com o passar dos anos. Tematicamente, pintou o morro de sua infância, as favelas cariocas, rodas de samba, mulatas, tintureiros e malandros, fazendo uso de um desenho de duros contornos e de um colorido esmaltado de tons chapados. Falando em 1953 de sua pintura, assim se expressou Rubem Braga: - Sua pintura é uma flor natural de seu samba e de sua vida, de seu meio e de suas mulatas, de quem ele desenha com amor todos os dentinhos brancos. Se às vezes exprime algum drama social, como Os Refugiados, em que aparece gente pobre carregando seus trastes, expulsa do barraco de uma favela qualquer, ou uma reivindicação racial, como naquela sala de jantar em que uma família preta é servida por uma copeira branca, quase sempre reflete momentos amenos da vida da gente do samba, não bem a de hoje, mas os de tempo já antigo, em que para além de São Cristóvão o Rio de Janeiro era muito rural. Existe em verdade, na pintura de Heitor dos Prazeres, alguma coisa de profundamente nostálgico, mesmo porque o artista muitas vezes pintou de memória recantos do Rio e cenas urbanas que ficaram perdidos no passado, e que procurou assim resgatar do olvido. Por outro lado, e como bem observou o já mencionado Rubem Braga, "há em sua pintura, às vezes, uma ressonância da roça em que ele nunca viveu, luares de sertão e frisos de cana-de-açúcar, caboclas do mato; assim é mais fiel à sua cidade, cujo sentimento rural os pobres que vêm vindo renovam sem cessar, e mesmo um homem nascido na Cidade Nova é no Brasil, como somos todos, uns vagos exilados do país essencialmente agrícola ". Funcionário público por muitos anos lotado na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, homem de trajar impecável, usando paletós belamente talhados e por ele mesmo desenhados, autor de um conhecido Método de Cavaquinho, Heitor dos Prazeres foi, como artista popular, uma das expressões mais típicas do Rio de Janeiro proletário, e por isso podia afirmar, como disse em 1965 a Antônio Carlos Fontoura, no documentário que esse fez sobre sua vida e obra: - Eu sou o povo e sou um homem do povo. Eu vejo esse povo que eu transporto para meus quadros como eu sinto, que eu também sou uma parte desse povo, de forma que eu sinto ele conforme vivo. Não há nada mais sublime que viver na massa do povo. Povo é a massa humana, é a voz do sangue, de forma que é o calor da carne. O povo pra mim é o aconchego, eu por exemplo, o povo para mim, eu sou um ovo e o povo é a Chocadeira. Realizou algumas individuais - no Rio de Janeiro (1959 e 1961), São Paulo (1963), Bahia (1964) e Porto Alegre (1965) -, e entre as coletivas de que tomou parte estão a Bienal de São Paulo (1951,1953,1961), o Festival Mundial de Artes Negras de Dakar (1966) e ainda manifestações de arte brasileira em Santiago, Buenos Aires, Londres, Nova Iorque, Veneza e Barcelona. Foi, além do mais, um dos fundadores das primeiras escolas de samba cariocas, como Portela e Estação Primeira de Mangueira. Moenda, óleo s/ tela, 1951; 0,65 X 0,81, Museu de Arte Contemporânea da USP.